introdução · transdutores, sensores e actuadores • necessidade de processar (modificar ou...

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Introdução 2004/05 ©Helena Sarmento 1 Transdutores, sensores e actuadores Transdutor: dispositivo que converte ua forma de energia noutra Transdutor eléctrico converte grandezas não eléctricas (pressão, temperatura, etc) em sinais eléctricos e vice-versa. Grandeza não eléctrica Sinal eléctrico Actuador Sinal eléctrico Grandeza não eléctrica Sensor microfone altifalante 2004/05 ©Helena Sarmento 2 Transdutores, sensores e actuadores Necessidade de processar (modificar ou acondicionar) o sinal eléctrico do sensor, utilizando Ampops, filtros, conversores A/D, etc.. Sensor: transdutor de entrada Amplificador Microfone Altifalante Processador Actuador: transdutor de saída 2004/05 ©Helena Sarmento 3 Transdutores nos sistemas de instrumentação São utilizados transdutores em sistemas de instrumentação para medir grandezas ou controlar a operação de um processo. Sistema de medida Processo Visualização, armazenamento ou transmissão Controlo variável do processo valor medido operador correcção valor desejado 2004/05 ©Helena Sarmento 4 Sensores nos sistemas de medida São utilizados sensores no sistema de medida. Processador Sensor grandeza a medir Sinal eléctrico ponte conversor tensão-corrente filtro amplificador emissor-receptor conversor AD e DA Sinal eléctrico para display Sinal eléctrico para controlo Sinal eléctrico para transmissão Detecção acondicionamento do sinal Actuador 2004/05 ©Helena Sarmento 5 Transdutores nos sistemas de instrumentação Sistema básico de controlo Sistema controlado realimentação referência Acondicionamento de sinal controlo Sensor 2004/05 ©Helena Sarmento 6 Exemplo: sensor e actuador eléctricos eléctrica P R5 térmica Actuador Sensor eléctrica V T térmica Controlo valor desejado V R valor medido V T

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Page 1: Introdução · Transdutores, sensores e actuadores • Necessidade de processar (modificar ou acondicionar) o sinal eléctrico ... ajusta-se R1 (manual ou automaticamente)

Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 1

Transdutores, sensores e actuadores

• Transdutor: dispositivo que converte ua forma de energia noutra

• Transdutor eléctrico converte grandezas não eléctricas (pressão,temperatura, etc) em sinais eléctricos e vice-versa.

Grandezanão eléctricaSinal eléctrico Actuador

Sinal eléctricoGrandeza não eléctrica Sensor

microfone

altifalante

2004/05 ©Helena Sarmento 2

Transdutores, sensores e actuadores

• Necessidade de processar (modificar ou acondicionar) o sinal eléctrico do sensor, utilizando Ampops, filtros, conversores A/D, etc..

Sensor:transdutor de entrada

Amplificador

Microfone Altifalante

Processador Actuador:transdutor de saída

2004/05 ©Helena Sarmento 3

Transdutores nos sistemas de instrumentação

• São utilizados transdutores em sistemas de instrumentação para medir grandezas ou controlar a operação de um processo.

Sistema de medida

Processo

Visualização, armazenamento ou

transmissão

Controlo

variáveldo

processo valormedido

operador

correcção

valor desejado

2004/05 ©Helena Sarmento 4

Sensores nos sistemas de medida

• São utilizados sensores no sistema de medida.

ProcessadorSensor

grandeza a medir

Sinaleléctrico

ponteconversor tensão-corrente

filtroamplificador

emissor-receptor conversor AD e DA

Sinal eléctrico para display

Sinal eléctrico para controlo

Sinal eléctrico para transmissão

Detecção acondicionamento do sinal Actuador

2004/05 ©Helena Sarmento 5

Transdutores nos sistemas de instrumentação

• Sistema básico de controlo

Sistema controlado

realimentação

referência

Acondicionamento de sinal

controlo

Sensor

2004/05 ©Helena Sarmento 6

Exemplo: sensor e actuador eléctricos

eléctricaPR5

térmicaActuador

Sensor

eléctricaVT

térmica

Controlo

valor desejado

VR

valor medido

VT

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 7

Classificação dos sensores

• Várias formas de classificação:– o campo de aplicação

• biomedicina, meteorologia, consumo, automação, etc.– a função que realizam

• ou o que medem: pressão, aceleração, campo magnético, temperatura, capacidade térmica, etc.

– o princípio físico de funcionamento• transdução resistiva, transdução capacitiva, transdução indutiva,

transdução piezoeléctrica, transdução piezoresistiva, transduçãofotovoltaica, transdução termoeléctrica, etc.

– forma de energia do sinal que convertem• mecânica, magnética, radiante, térmica e eléctrica (não há

conversão da forma de energia do sinal)

2004/05 ©Helena Sarmento 8

Princípio físico de funcionamento

• Transdução resistiva• Resistência eléctrica varia com a temperatura (RTD – Resistance

Temperature Detector)

• Transdução fotoresistiva• Condutividade eléctrica do material depende da intensidade luminosa

que neles incide (LDR – Light Dependent Resistor)

• Transdução potenciométrica• Resistência eléctrica varia por variação de um contacto

• Transdução de galga extensométrica: • Resistência eléctrica varia por num fio condutor devido ao efeito de

uma força (strain gauge).

2004/05 ©Helena Sarmento 9

Princípio físico de funcionamento

• Transdução capacitiva: variação da capacidade por alteração no posicionamento dos eléctrodos ou por alteração do dieléctrico

• Transdução indutiva: variação da auto-indução de uma bobina por variação externa do fluxo ou variação de núcleo

fixo

móvel x

fixo

móvel x

fixo

x

móvel

fixo

xx

2004/05 ©Helena Sarmento 10

Princípio físico de funcionamento

• Transdução electromagnética: por variação fluxo magnético por variação do núcleo

• Transdução da relutância magnética por variação do núcleo

x

2004/05 ©Helena Sarmento 11

Princípio físico de funcionamento

• Transdução piezoeléctrica: variação da carga ou da tensão eléctrica quando sujeitos a uma força de compressão ou tensão

• Transdução fotocondutiva: variação da tensão por variação da incidência de luz

2004/05 ©Helena Sarmento 12

Princípio físico de funcionamento

• Transdução fotovoltaica: variação da tensão na junção VD na junção por variação da incidência de iluminação.

• Transdução termoeléctrica: força electromotriz num circuito fechado constituído por dois metais diferentes se os pontos de junção estiverem a temperaturas diferentes. J2 ,T2

J1 ,T1

EAB2

EAB1

T1

T3

T2

A B

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 13

Exemplo: sensor e actuador mecânicos

ActuadorSensor Processador

radiante

térmica

mecânicamagnética

Forma de energia do sinal

radiante

térmica

mecânicamagnética

Forma de energia do sinal

eléctrica eléctrica

Amplificador

2004/05 ©Helena Sarmento 14

Exemplos de actuadores e sua classificação

Geração de movimentoTransmissãoMecânicaMotor eléctrico

Geração de ondas rádioTransmissãoRadianteAntena

Geração de somTransmissãoMecânicaAltifalante

Remoção de materialArmazenamentoRadianteLaser

Magnetização de filmesArmazenamentoMagnéticaCabeça magnética

Cera derretidaArmazenamentoTérmicaImpressora térmica

Moléculas de cristal polarizadasVisualizaçãoRadianteLCD

Geração de fotõesVisualizaçãoRadianteLED

Princípio de funcionamentoFunçãoForma de energiaActuador

2004/05 ©Helena Sarmento 15

Transdutores activos ou passivos

• Activos (self-generating) – não requer uma fonte exterior:– célula fotovoltaica (solar) – termopares

• Passivos (modulating) – é necessária uma fonte exterior que é modulada pelo sinal a medir:– resistência térmica – fotodíodo

transdutorin out

transdutorin out

fonte

2004/05 ©Helena Sarmento 16

Caracterização dos Sensores

• Características de desempenho dos sensores:

• Características estáticas:– relacionadas com sinais a medir sem variações no tempo, em

determinadas condições de temperatura, humidade e pressão atmosférica ( geralmente ambientes interiores).

• Características dinâmicas: – relacionadas com a resposta a sinais a medir que variam no tempo.

• Características ambientais: – relacionadas com o desempenho dos sensor durante ou depois da

exposição a determinadas condições exteriores de temperatura, pressão, vibração, aceleração, etc.

2004/05 ©Helena Sarmento 17

Caracterização dos Sensores

• Características estáticas

• gama de funcionamento• valores máximos e mínimos na entrada (inmax , inmin) • e na saída: (outmax, outmin )

• e máxima variação (span) na entrada

• e na saída (Full Scale Operation):

sensorin out

minmax inin −

minmax outoutFSO −=

out

ingama

FSO

outmav

outmin

inmaxinmin

2004/05 ©Helena Sarmento 18

Caracterização dos Sensores

• erro e exactidão (accuracy)

erro: diferença algébrica entre o valor teórico e o valor medido

• exactidão:

• erros determinados por calibração: histerese, repetibilidade, linearidade

FSO%±

out

inoffset

outmax

outmin

inmaxinmin

erro∆outerro

curva teórica

curva real

outFSOouterro

∆∆∆

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 19

Caracterização dos Sensores

• histeresemáxima diferença entre leituras na saída, para qualquer valor de sinal na entrada dentro da gama de entrada, quando este sinal varia nas direcções diferentes (aumentando e dimuindo)

• repetibilidademáxima diferença entre leituras na

saída, para o mesmo valor de sinal na entrada dentro da gama de entrada , quando este sinal varia na mesma direcção

%FSOh

out

in

h

out

in

r

%FSOr

2004/05 ©Helena Sarmento 20

Caracterização dos Sensores

• linearidade (para sensores com resposta linear)máxima diferença entre a leitura obtida e o valor da linha recta

para o mesmo valor de sinal aplicado na entrada dentro da gama de entra

minmax

minmaxininoutoutK

−−=

offsetinKinoutlin +×=)(

( )FSO

inoutinoutlin )()(max −

out

inoffset

outmav

outmin

inmaxinmin

K - sensibilidade

2004/05 ©Helena Sarmento 21

Caracterização dos Sensores

• resoluçãoamplitude dos degraus de saída quando o sinal a medir varia continuamente na gama de entrada

• limiar (threshold)mínima variação do sinal a medir que provoca diferença no valor de saída

out

in

outmav

outmin

inmaxinmin

resolução

limiar

2004/05 ©Helena Sarmento 22

Caracterização dos Sensores

• Características dinâmicas (com variações no tempo do sinal a medir)• resposta na frequência

variação da amplitude e da fase do sinal de saída para uma gama de frequências de sinais sinusoidais na entrada

• resposta transitória resposta na saída quando há uma variação na entrada em forma de degrau num sistema não amortecido

tr tempo de subidat95% tempo de resposta (estabelecimento) a 95%t98% tempo de resposta a 98%τ = tempo de resposta a 63,2% t5% t95% t98%

tr

9895

t90%

t95%

t98%

sistema de 1ª ordem

2004/05 ©Helena Sarmento 23

Caracterização dos Sensores

sobreelevação

axdtdx

dtxd =++ 2

002

2

2 ωξω

ξ - factor de amortecimento

- frequência de ressonância

- altura do degraua 1>ξ sobre amortecido

sistema de 2ª ordem

factor de amortecimento e frequência de ressonância

2004/05 ©Helena Sarmento 24

Caracterização dos Sensores

• Características ambientais

• gama de temperaturas para as quais o sensor opera

• erro de temperatura: máxima diferença entre leituras obtidas, para o mesmo valor de sinal na entrada dentro da gama de entrada, quando a temperatura varia entre os valores extremos da gama de temperaturas

• erros de aceleração, de vibração, de pressão, de montagem, etc.

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 25

Electrónica da interface

Circuitos de conversão de parâmetros (R,C, L) em tensão

Amplificadores, integradores, seguidores (adaptação de impedância)

Compensação/linearização

Conversor tensão-corrente, conversor AD, conversão frequência-tensão,conversão tensão-frequência,

Filtros (ruído)

Fonte de alimentação (sensores passivos)

x+v-

i

Sensor transmissãoAcondicionamento

de sinal

2004/05 ©Helena Sarmento 26

Circuitos de acondicionamento de sinal

• Muitos sensores alteram um parâmetro eléctrico (resistência, capacidade, indutância, etc.) quando há alteração do sinal de entrada

• A variação do parâmetro eléctrico não pode ser mediada directamente, sendo necessários circuitos: passagem de corrente no sensor determinando a queda de tensão.

2004/05 ©Helena Sarmento 27

Circuitos de acondicionamento de sinal

• Transdução resistiva: divisor de tensão

VREF +

Vout

-

Rref

Rx

sensor

+-

refx

xrefout RR

RVV+

=

ganho:

ref

ref

refx

ref

x

out

RV

RRV

RVA ≈

+==

sistema linear

refx RR <<

2004/05 ©Helena Sarmento 28

Circuitos de acondicionamento de sinal

• O ganho é linear se . Na figura, maior linearidade para k=10

Num sensor linear

0RR

k ref=

refx RR <<

Variação do ganho com x

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

0 2 4 6 8 10x

10=k

1,0=k

1=k

( )xRRx += 10

2004/05 ©Helena Sarmento 29

A sensibilidade num sensor linear

é

O valor é máximo quando

Circuitos de acondicionamento de sinal

x

out

dRdVS =

0=xdR

dSrefx RR =

[ ]20

2 11

xkk

RV

RRRR

VS ref

x

ref

x

ref

ref ++=

+

=0R

Rk ref=

( )xRRx += 10

2004/05 ©Helena Sarmento 30

Circuitos de acondicionamento de sinal

• A sensibilidade é máxima para

• A sensibilidade é pequena quando k é grande

Variação da sensibilidade com x

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0 2 4 6 8 10x

1=k

10=k1,0=k

10

==RR

k ref

refx RR <<

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 31

Circuitos de acondicionamento de sinal

• Divisor potenciométrico:– Vantagem:

• Circuito simples

– Desvantagem: • Para ser linear, não é muito sensível a pequenas variações de x• A tensão de saída fica dependente da variação da temperatura do

sensor

• Alternativa: usar ponte de Wheatstone em modo balanceado ou não balanceado

2004/05 ©Helena Sarmento 32

Circuitos de acondicionamento de sinal

Ponte de Wheatstone (dois divisores de tensão): se R1 for um sensor (dummy) idêntico a Rx , compensam-se variações com a temperatura

vref

Rx

vout

R1

R3 R2

2004/05 ©Helena Sarmento 33

Circuitos de acondicionamento de sinal

Ponte de Wheatstone (dois divisores de tensão): com um elemento de referência (R1) idêntico ao sensor (Rx)

Em modo balanceado (null), ajusta-se R1 (manual ou automaticamente)de modo a ter

O valor de Rx é

sendo o ganho

vref

Rx

vout

R1

R3 R2

2

130RRRRV xout =⇒=

2

31 RRRRx =

2

3

RR

2004/05 ©Helena Sarmento 34

Em modo não balanceado (deflection), detecta-se a tensão Vout

Circuitos de acondicionamento de sinal

vref

Rx

vout

R1

R3 R2

+−

+=

21

1

3 RRR

RRRVVx

xrefout

2004/05 ©Helena Sarmento 35

Circuitos de acondicionamento de sinal

A sensibilidade

é igual à do divisor de tensão, mas:– Em modo não balanceado, pode aumentar-se a sensibilidade com

um andar de ganho. – Em modo balanceado, a medida não depende de Vref .

( )2011

1

3 1 kxk

RV

kRRR

RRRV

dRdS ref

x

xref

x ++=

+−

+=

2

1

3 RR

RRk x ==

2004/05 ©Helena Sarmento 36

Circuitos de acondicionamento de sinal

Modo não balanceado usado quandofazendo

Aproximadamente linear

0321 RRRR ===

1<<x

+=

xxV

V refout 22

xV

V refout 4

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 37

Circuitos de acondicionamento de sinal

vref

R0(1+x)

vout

R0

R0 R0 R5

R5

R6

R6

∆v

xV

RRV

RRV ref

out 46

5

6

5 −≈∆−=

00 =⇒= outVRR

( ) xV

VxRR refout 4

10 =′⇒+=

xV

VVV refoutout 4

=−′=∆

2004/05 ©Helena Sarmento 38

Circuitos de acondicionamento de sinal

Necessidade de:– impedância de entrada elevada– CMRR elevado– desvios (offsets) pequenos

Amplificador de instrumentação:–

R

R

nR

nR

R2

R2

R1

2004/05 ©Helena Sarmento 39

Circuitos de acondicionamento de sinal

Variação da posição relativa dos eléctrodos: (microsensores mecânicos)variação da constante dieléctrica: (sensores de temperatura e químicos)

VREF +

Vout

-

Cref

Cxsensor

+-

refx

xrefout CC

CVV+

=

sistema não linear ou com sensibilidade baixa

dAC ε=

2004/05 ©Helena Sarmento 40

Circuitos de acondicionamento de sinal

vref

Cx

vout

C1

R3 R2

2

31 RRCCx =

Para valores de C (pf) muito pequenos há problemas com capacidades parasitas (integração dos circuitos e sensor)

2004/05 ©Helena Sarmento 41

Conversão frequência-tensão

• Utilização na determinação da velocidade de rotação de eixos de máquinas elétricas ou mecânicas. O sinal com uma dada frequência é proveniente de sensores ópticos ou electromagnéticos que geram impulsos correspondentes à rotação da máquina.

• A tensão contínua obtida pode ser a variável de controlo num sistema que controle a velocidade de rotação de uma máquina.

2004/05 ©Helena Sarmento 42

Conversão frequência-tensão

0=⇒≤ cxi vvv

1=⇒> cxi vvv

0=xv

( )tfsenVv II 02π=+vI-

+

vX

-

-+ Monoestável

+VCC

+VCC

CtRt

+VCCRL CL

+VCCfonte decorrente

vC

+vL-

Q

Q vo

oomonoLLmono

L kfftRIRTtIV ===

0

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 43

Exemplo

• Num sistema de medida constituído por um sensor, um amplificador e um cicuito de armazenamento ligados em série, as sensibilidade são, respectivamente, 0,3 mV/ºC, 2,5V/mV, 4,0 mm/V. Determine a sensibilidade do sistema de medida.

Sensibilidade:

0,3/0,4/3,2/º3,0 =××= VmmmVVCmVK Cmm /º

2004/05 ©Helena Sarmento 44

Exemplo

• Num sistema de medida os erros do sensor, do circuito de acondicionamento de sinal e do cicuito de armazenamento são respectivamente ±2%, ±3% e ±4%. Determine o maior erro possível e o erro mais provável.

Maior erro:

Erro mais provável:

%9)%432( ±=++±

%4,5%29%432 222 ±=±=++±

2004/05 ©Helena Sarmento 45

Exemplo

• Num sistema de medida com um sensor de trandsução resistiva, utiliza-se uma ponte de Wheatstone, alimentada por uma tensão de 5 V. Admitindo que a resistência do sensor é dada por

Rx =120 (1+0,01) Wdetermine a sensibilidade da ponte,Modo de funcionamento da ponte:

Ω==== 1200321 RRRR

mVxV

xxV

V refrefout 5,121,0

45

422=×=≈

+=

não balanceado |x|<<1.

2004/05 ©Helena Sarmento 46

Exemplo

Sensibilidade:

Ω=Ω

=∆∆= /42,10

2,15,12 mVmV

RVSx

out

( ) ( ) Ω=++

=++

= /31,10101,01

1120

51 22

0

mVkx

kRV

S ref

2004/05 ©Helena Sarmento 47

Exemplo

• Uma uma resistência dependente da temperatura (RTD) com uma resistência de 500 W a 0º C, uma gama de 0-50º C e uma sensibilidade de 4 W/º C, é utilizada em duas pontes de Wheatstone, em modo não balanceado em que:1)

2)

Desenhe as curvas de calibração nos dois casos para temperatura de 0ºC, 25 ºC e 50 ºC. São lineares? Qual a melhor configuração para a calibração?

VVRRR ref 10500321 =Ω===

VVRRR ref 1,265000;500 321 =Ω==Ω=

2004/05 ©Helena Sarmento 48

Exemplo

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

500 550 600 650 700

Ω== 50032 RR

Ω== 500032 RR

+−

+=

21

1

3 RRR

RRRVVx

xrefoutxR

xR

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 49

Conversão frequência-tensão

+vI-

+

vX

-

-+ Monoestável

+VCC

+VCC

CtRt

vC

Q

0=⇒≤ cxi vvv

1=⇒> cxi vvv

tt

vI

vC

Q

T0

tmono

0=xv

( )tfsenVv II 02π=

2004/05 ©Helena Sarmento 50

Conversão frequência-tensão

+VCCRL CL

+VCCfonte decorrente

+vL-

Qmalha integradora

IR

oomonoLLmono

L fkftRIRTtIV ===

0

ttIRtmonoI

2004/05 ©Helena Sarmento 51

Conversão tensão frequência

VI tensão contínua a converter

Circuito realimentado

0=Q

+vI-

+

vX

-

-+ Monoestável

+VCC

+VCC

CtRt

+VCCRL CL

+VCCfonte decorrente

vC

+vL-

Q

Qvo

xI VV =

LX VV =

XI VV ≈XI VV > CL carrega

XI VV > CL descarregaaté se ter : regime transitório

2004/05 ©Helena Sarmento 52

No regime transitório, CL descarrega-se até VX=VI ou carrega com um

ou mais impulsos do monoestável até VX=VI .

Conversão tensão frequência

VI<VX

t

VI

VI<VXVI>VX

t

VI

2004/05 ©Helena Sarmento 53

Em regime estacionário, após VL ter atingido o valor de VI, se CL se

descarrega, o monoestável dispara e CL volta a carregar.

Conversão tensão frequência

0=Q

+vI-

+

vX

-

-+ Monoestável

+VCC

+VCC

CtRt

+VCCRL CL

+VCCfonte decorrente

vC

+vL-

Q

Qvo

2004/05 ©Helena Sarmento 54

Em regime estacionário, após VL ter atingido o valor de VI, se CL se

descarrega, o monoestável dispara e CL volta a carregar.

Conversão tensão frequência

t

VI

VC

VX

T0tmono

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 55

Conversão tensão frequência

RL CL

+VCCfonte decorrente

+vL- Q

iCiD

0TtIi mono

C =

L

I

L

xD R

VRVi ≈=

monoL

IoCD tIR

Vfii =⇒= Io Vkf ×=

LM331

2004/05 ©Helena Sarmento 56

Classificação dos sensores

Processador

térmica

magnética

radiante

mecânica

quimícaeléctrica

eléctrica

Form

a de

ene

rgia

do

sina

l

2004/05 ©Helena Sarmento 57

Sensores térmicos

• Medem grandezas relacionadas com o aquecimento de um corpo

Sensor

temperaturafluxo térmicocapacidade térmica

sinaleléctrico

Q – energia térmica ou calor (J ou caloria)m – massa (kg)c – calor específico (J/kg ºC)T – temperatura absoluta (ºK)

TcmQ =

dxdTkA

dtdQ −=

dQ/dt – fluxo térmico k – condutibilidade térmica do materialA – área da secção transversaldT/dx – gradiante térmico

2004/05 ©Helena Sarmento 58

Tipos de sensores térmicos

Sensores térmicos

termoresistênciasmetálicas

semicondutoras

interruptores térmicos

termodíodos

termotransístores

termopares

de ruídoactivos

sensores de contacto:condução

passivos

2004/05 ©Helena Sarmento 59

Termoresistências

• Resistividade eléctrica dos materiais varia com a temperatura• Termoresistências ou termistências: resistências sensíveis à

temperatura

termoresistências

metálicas

semicondutoras

metais ou ligas metálicas

semicondutores em foma cristalina ou amorfa

maior estabilidademaior precisãomaior linearidade

maior sensibilidade

2004/05 ©Helena Sarmento 60

Termoresistências metálicas

• Muitas vezes designadas por RTD – Resistance Temperature Detector• Resistência de um fio (ou filme metálico):

• Resistividade de resistências metálicas, à temperatura

• A condutividade dos electrões depende da temperatura

R – resistência eléctricaρρρρ – resistividadel – comprimentoA – área da secção transversal

AlR ρ=

( )+∆+∆+= 20 1 TT βαρρ

ρρρρ0000 – resistividade à temperatura de referência ΤΤΤΤ0000

TTT ∆+= 0

µσρ

nq==1

µµµµ – mobilidaden – concentração de electrõesq – carga do electrão

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 61

Termoresistências metálicas

• Sensibilidades

Sensibilidade absoluta: taxa da variação de R com T

0Ta dTdRS =

0

1lim 0T

Tsr dTdR

RTRR

S =∆

= →∆

Sensibilidade semi-relativa: taxa da variação percentual de R com T

0

0limT

Tr dTdR

RT

TTRR

S =∆

= →∆

Sensibilidade relativa: taxa de variação percentual de R com a variação percentual de T

Sensibilidade semi-relativa: coeficiente de temperatura

TSR sr ∆×=∆2004/05 ©Helena Sarmento 62

Exemplo

• Duas resistências de 100 W e 10 MW aumentam de 10W quando a temperatura sobe de 40ºC para 50 ºC. Qual a mais sensível?

CTRSa /º1Ω=

∆∆=

166

11

100 º10101010

º01,010

10010

−−− ====∆

= CSCSTRR

S Msrsrsr

161

1100 º1040º4,001,040 −−− ×==×=

= CSCS

TTRR

S Mrrr

2004/05 ©Helena Sarmento 63

Termoresistências metálicas

( )+∆+∆+= 20 1 TT βαρρ

0

1

TT∂∂= ρ

ρα

0

2

2

21

TT∂∂= ρ

ρβ

α e β sensibilidades semi-relativasda resistividade em relação à temperatura ou coeficientes de temperatura de 1ª e 2ª ordem

boa sensibilidade

boa linearidade

α elevado

β reduzido

TT

sr dTdR

RS α==

0

1

αΤ sensibilidade semi-relativaou coeficiente de temperaturada resistência

( )+∆+∆+= 20 1 TTRR βα

2004/05 ©Helena Sarmento 64

Termoresistências metálicas

5,12×10-60,0068Níquel

8,80×10-70,0046Tungsténio

6,25×10-80,0043Cobre

-8,75×10-70,0039Platina

β

(Ω/Ω /ºC2)α

(Ω/Ω/ºC)Metal

R(T) da platina é das mais lineares

Ni

WCu

Pt

0100200300400500600

-100 100 300 500 700

R (Ω)

T (ºC)

Ω= 100º0 CR

semicondutora

Fabricantes especificam valores de R com tabelas

2004/05 ©Helena Sarmento 65

Termoresistências metálicas

• Termoresistências de platina:– A platina pode ser produzido com grau de pureza elevado (resistividade

definida com precisão), estável e inerte. – Serve de padrão de referência para temperaturas 13,8 ºK 1-903,89 ºK– 100 Ω (Pt100), 500 Ω e 1000 Ω

erro < 0,5% 0 - 100ºC

erro < 3% -270 - 800ºC

050

100

150200250300

350400

-200 0 200 400 600 800 10000,00E+00

5,00E-05

1,00E-04

1,50E-04

2,00E-04

2,50E-04

-200 1000

R(T)αT

Pt100

T (ºC)

R (Ω

)

α (Ω

/Ω/ºC

)

2004/05 ©Helena Sarmento 66

Termoresistências metálicas

http://www.rdfcorp.com

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 67

Termoresistências metálicas

• Exemplos (Rdf Corporation) em platina:– Industriais– Com cápsulas– De superfície

• Exemplos (RTD Company) (platina, cobre e níquel):– Genérico– De superfície– Enrolamento– Filme– Enrolamento em cerâmica– Enrolamento oco

2004/05 ©Helena Sarmento 68

Termoresistências semicondutoras

• Resistividade dos semicondutores

termistências semicondutorassilício

cerâmicasPTC

NTC

( )pniqn µµσρ

+==1

( ) kTE

i

g

eTTn 223 −

25

23 −−

∝ TTµ

ni – concentração de portadores intrínsecosEg – altura da banda proibidak – constante de Boltzmanσ - condutividadeµ - mobilidade

2004/05 ©Helena Sarmento 69

Termoresistências semicondutoras

• semicondutores intrínsecos (sem impurezas dopantes ):

termo da exponencial domina

Não se consegue obter com silício um nível de impurezas de modo a ser considerado intrínseco: na gama de temperaturas de interesse as impurezas influenciam ρ

( )kT

En

g

eT 20

∝ρ↓↑ ρT

2004/05 ©Helena Sarmento 70

• Termistências de silício dopado com características semelhantes ao metal (KTY da Philips)

Termoresistências semicondutoras

• semicondutores extrínsecos:

baixas temperaturas:predominância das impurezas

altas temperaturas:preponderância dos portadores intrínsecos

( )+∆+∆+= 20 1 TTRR βα

2004/05 ©Helena Sarmento 71

Termoresistências semicondutoras

Sensor Valor nominal (Ω) Gama de temperaturas (ºC) α (Ω/Ω/ºC) β (Ω/Ω/ºC2)KTY81-1 990-1050 - 55 a 150 7,87E-03 1,87E-05KTY81-2 1980-2100 - 55 a 150 7,87E-03 1,87E-05KTY83-1 990-1050 - 55 a 150 7,64E-03 1,73E-05KTY84-1 970-1050 0 a 300 6,12E-03 1,03E-05

R (k

Ω)

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

-100 -50 0 50 100 150 200 250 300 350

KTY81-2KTY83-1

KTY84-1

KTY81-1

T (ºC)

Fabricantes especificam R com tabelas KTY81-1

2004/05 ©Helena Sarmento 72

Termoresistências semicondutoras

• Menos lineares que termoresistências metálicas • Linearização dos sensores KTY (numa determinada gama de

temperaturas)

RsensorRL

RPTemperatura TA TB TC

Rsensor RA RB RC

LPBPCPAPB RRRRR ⇒−=−

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 73

Termoresistências cerâmicas semicondutoras

• Misturas de óxidos metálicos (ferro, níquel, cobre, magnésio, cobalto, titânio e urânio) cozidas a altas temperaturas

TB

e−

= 0σσ PTCBNTCB

00

<>

TC temperatura de Curie

NTC PTC NTCNTC Negative Temperature CoeficientPTC Positive Temperature Coeficient

( ) ( ) CTeTT TTB

º250

11

00 ==

ρρ

20

1TB

T T

−=∂∂= ρ

ρα

2004/05 ©Helena Sarmento 74

Termoresistências cerâmicas semicondutoras

• Sensor NTC fazendo TC muito elevada

( ) ( ) CTeTRTR TTB

º250

11

00 ==

expressão empírica

TB

AeR =

( ) CRRbaT

º3,0ln1 ±+=

( ) ( ) CRRcRbaT

º01,0lnln1 3 ±++=

2004/05 ©Helena Sarmento 75

Termoresistências cerâmicas semicondutoras

• Termistências NTC e PTC

NTC PTC NTC

NTC - materiais escolhidos de modo a terem TC elevada: R diminui quando T aumenta

PTC - com TC baixa: R aumenta com T numa determinada faixa de temperaturas

TB

AeR =

NTC: T ↑ R↓

PTC: T ↑ R ↑

2004/05 ©Helena Sarmento 76

Termistências NTC

• Auto-aquecimento regenerativo

th+V-

I

I ↑⇒= TIRPgI2

gtha PRTTT =−=∆↓⇒↑ RT

Temperatura final de th:th

afinalTB

th

afinalgI R

TTIeAR

TTIRP final

−=⇒

−== 22

th+V-

I↑↑↓↑⇒= TPRT

RVP ggV

2

Pode haver destruição da resistência

2004/05 ©Helena Sarmento 77

Termistências NTC

• Auto-aquecimento

Ta Tfinal T

P

2IRPgI =

RVPgV

2

=

th

ad R

TTP −=

I

V

↓↑↑↑ RTIV

↑↓ IR

Resistência negativa

2004/05 ©Helena Sarmento 78

Termistências NTC

• LTN –Linear Thermistor Network

th1

th2

R1

R2

B

A

C

th1

th2

R1

R2

( ) rr BTATR +=

th1

th2

R1

R2

V

Vop

Von

vvp BTAVV

+=0

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 79

Sensores lineares com termistências NTC

• LTN –Linear Thermistor Network (Fenwal Electronics)

-2,31 a 2,343,42566-21,4330,1371135,39880 a 100LTN ML3

-2,48 a1,0914,56684-152,2950,3467786,8517-30 a 50LTN ML2

-0,58 a 0,615,6132-40,1780,1958145,7562-5 a 45LTN ML1

Erro de linearidade

0,1ºCBr (kΩ)Ar

(Ω/ºC)BV (V/V)AVmV/ºC

Gama (ºC)LTN

Tolerâncias de fabrico baixas, precisas e linearesPreços relativamente económicos (mais sensíveis que as RTD de platina)

2004/05 ©Helena Sarmento 80

Vantagens e desvantagens das NTC

• Mais sensíveis que qualquer outro sensor de temperatura• Valores variáveis de 1Ω a 100 MΩ• Valores precisos e pouca dispersão de características de sensor para

sensor• Aproveita-se o auto-aquecimento em certas aplicações• Formas variadas, adaptadas à diferentes aplicações

2004/05 ©Helena Sarmento 81

Termistências PTC

• Pouco precisas e pouco estáveis face às NTC, não se utilizando para medir temperaturas

• A resistência varia bruscamente aproveitando-se a sua utilização com interruptor térmico

↓↑

↑↑↑

IRTIV

ebruscamentT em

T até

C

C

I

V

2004/05 ©Helena Sarmento 82

Aplicações das termistências

• Medição de temperaturas. Grande precisão com RTD de platina• Medição de caudais de gases

• Sierra Instruments( ) smfpmt /3048,0minuteper foot =

2 termistências revestidas a vidro:sensor de temperatura do ar à temperatura Ta sensor de velocidade do gás aquecido à temperatura T2

( )º60=∆∆+= TTTT aC

A diferença entre tensões aplicadas ao sensor de velocidade, com e sem fluxo de gás, mantendo a temperatura T2, é função da velocidade do gás

2004/05 ©Helena Sarmento 83

Aplicações das termistências semicondutoras

• Medição de temperaturas com termistências NTC

I pequeno para não haver auto-aquecimentoNTC+

V(T)-

I

( ) TB

IAeTV =

+V(T)

-

I

( ) linear TV

0VV

T

vo

Tadiferença de temperatura entre as

duas termistências

2004/05 ©Helena Sarmento 84

Aplicações das termistências semicondutoras

• Compensação da variação da resistência com a temperatura com umaNTC

∆R>0∆R=0

Circuito com reléManter a corrente constante no circuito, independente da temperatura

RL

-VCC

VCC

T1

T2

I

T3

-VCC

R-∆R 0/ <∆∆ TVBERIVBE =2

↓⇒↓ RVBE

Classe AB limiar de condução na ausência de sinal

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 85

Aplicações das termistências semicondutoras

• Controlo de temperatura com uma NTC

R1

Rv

Reléth

Corpo aquecido por R1, sendo a temperatura controlada por RV

th e R1 acopladas térmicamente

th sem auto-aquecimento

dtRTTdTCdtPt

aci

−+=

tct RC=τ

−∆+= t

t

a eTTT τ1max tiafinal RPTTT =−=∆ max

• Circuito de atraso com uma NTC (auto-aquecimento)

dai EEE +=R1

Reléth

2004/05 ©Helena Sarmento 86

Aplicações das termistências semicondutoras

• Atenuador de corrente de pico com NTC (auto-aquecimento)

th

lâmpada defilamento

Ω== 50º25 RCTΩ== 500º2700 RCT

Lâmpada de 100 Ω

thVoVi

R1

Rs

RLparalelo

th+Vo-

RL

série• Estabilizador de tensão com NTC (auto-aquecimento)

2004/05 ©Helena Sarmento 87

Aplicações das termistências semicondutoras

• Regulador automático de amplitude com NTC (auto-aquecimento)

R1

R2

vIN+vO

-

+vI

-

+

-

-

+

R1

R2

RC

-

+

R C

vo

sZpZ

th

( ) ( ) ( )ps

pZZ

ZRRsβsAsT

+

+==1

21

CRRR 12 012 == ω

2004/05 ©Helena Sarmento 88

Aplicações das termistências semicondutoras

• Medidor de potência de radiação com NTC (auto-aquecimento)

0 012 terpara ==↓↑ VVVRV

V

R1

voR2

R3

R4

004312 ≠===> VRRRRR

0R 02 ≠↓ Vradiação incidente na NTC

0 02 terpara ==↓ VVVV

( ) VV 221

rad RP −=

Radiação de alta frequência

2004/05 ©Helena Sarmento 89

Aplicações das termistências semicondutoras

• Medidor de velocidades de gases com NTC (auto-aquecimento)

0R 02 ≠↓ Vcorrente de ar em R2

Corrente de ar ou de gás

constante V

V

R1

voR2

R3

R4

4321 RRRR ==

( ) ( ) 0e RTempRTemp 021 == V

Valor de Vo é uma medida da velocidade do gásindependente da temperatura ambiente

2004/05 ©Helena Sarmento 90

Aplicações das termistências semicondutoras

• Controlador do nível de líquidos com NTC (auto-aquecimento)

• relé abre e a bomba de água desliga

NTC a temperatura elevada

↓↑↓ I RT NTCNTC

Quando o líquido atinge a NTC

relé abre e a bomba de água desliga

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 91

Aplicações das termistências semicondutoras

• Medidor de fluxo de fluidos com NTC

Fluido parado T1=T0

Fluido a deslocar-se na direcção indicada na figura T1<T0

∆Vo proporcional à velocidade do fluido, com indicação do sentido

NTCs com auto-aquecimento pode evitar resistência de aquecimento

Resistência deaquecimento

T1

V

Vo

T0

2004/05 ©Helena Sarmento 92

Aplicações das termistências semicondutoras

R1

Rv

Reléth

• Quando se aplica a fonte de tensão, inicialmente, a corrente é pequena e o interruptor está fechado.

• A corrente no relé (e portanto a temperatura de R1) é controlada por RV

R1 aquece (aquecimento do corpo cuja temperatura se quer controlar) e a resistência do sensor diminui. Enquanto o interruptor estiver fechado, a corrente no relé vai aumentando até atingir um valor que provoca a abertura do interruptor.

• Quando o interruptor abre, R1 arrefece, a resistência do sensor aumenta,a corrente diminui e o interruptor fecha.

2004/05 ©Helena Sarmento 93

Aplicações das termistências semicondutoras

2004/05 ©Helena Sarmento 94

Aplicações das termistências semicondutoras

Considere o circuito controlador de altura de água num depósito constituído por uma fonte de tensão, uma termistência NTC e um relé de actuação de uma bomba de água, de acordo com o diagrama da figura.

Vcc = 12 V; R2 = 0 W; Rrelé = 50 W; Rntc : Rth = 40 ºC/W , B = 4000 K ; Tágua = 15 ºC ; Tár = 25 ºC

I > 40 mA relé fecha o contacto C, I < 25 mA relé abre o contacto

a) Calcule os valores limite que deve ter a resistência NTC para ligar e desligar o relé.

b) Calcule a potência dissipada na resistência NTC quando o relé é inicialmente actuado.

2004/05 ©Helena Sarmento 95

Aplicações das termistências semicondutoras

c) Calcule a temperatura inicial da resistência NTC (relé no início da actuação) e o valor das suas constantes características, incluindo o valor a 25 ºC.

d) Calcule a máxima temperatura da resistência NTC no ar e o seu valor

e) Quando a resistência NTC mergulha na agua a sua capacidade dedissipação de calor é muito grande (Rth 2 ºC/W). Calcule o valor da resistência NTC quando esta entra dentro da água e verifique se o relé desliga nesta situação.

e) Qual o valor a da resistência quando se mantém dentro de água?

2004/05 ©Helena Sarmento 96

Aplicações das termistências semicondutoras

Ω=⇒

+= 250

501240 ntc

ntc

RR

m Ω=⇒

+= 430

501225 ntc

ntc

RR

m

( ) mWmPntcR 40025040 2 =Ω×=

4115,2734000

250º4150

400 +===⇒

−== AeRCTTTmP ntca

Rntc

410487,7 −×=A

( ) Ω≈= + 500º25 2515,2734000

AeCRntc

CTe

eT

T

T º3,4910487,750

1210487,750

252

15,2734000

4

15,2734000

4 ≈⇒

×+×=−

+−

+−

( ) Ω≈+

×= − 7,18215,273142

400010487,7º3,49 4eRntc

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 97

Aplicações das termistências semicondutoras

( ) Ω≈ 492º5,25ntcR

CTTPntcR º2,162,115

26,0

507,182122

=+=⇒∆==

+=

( ) 430755º2,16 2,1615,2734000

Ω>Ω≈= +AeCRntc

Dentro de água a termistência estabiliza a:

CTe

eT

T

T º5,2510487,750

1210487,7215

2

15,2734000

4

15,2734000

4 ≈⇒

×+×=−

+−

+−

Imediatamente a seguir a entrar na água:

o interruptor abre

2004/05 ©Helena Sarmento 98

Tipos de sensores térmicos

Sensores térmicos

termoresistênciasmetálicas

semicondutoras

interruptores térmicos

termodíodos

termotransístores

termopares

de ruído

activos

passivos

sensores de contacto:condução

2004/05 ©Helena Sarmento 99

Termodíodos e termotransístores

• Estes sensores utilizam a variação da característica i(v) de uma junção de semicondutor com a temperatura.

−= 1T

DVv

sD eIi kTE

s

g

eTAcI 223 −

= qkTVT =

IS corrente inversa de saturação

c – constante que depende da tecnologia

A – área transversal da junção

VT -tensão térmica

iD

vD

I∆vD

T1 > T2 T2

V

2004/05 ©Helena Sarmento 100

Termodíodos e termotransístores

• Pode utilizar-se excitação em tensão medindo a corrente ou excitação em corrente medindo a tensão.

• Modo mais usado por haver mais controlo sobre a tensão pois a variação é logarítmica

ID +

VD

-

T

T1 = 50 ºC T2 = 30 ºC∆T = 20 ºC ∆vD =20 mV

+=

s

DT

s

DTD I

iVIiVv ln1ln

2004/05 ©Helena Sarmento 101

Termodíodos

• A característica vD(T) não é linear

s

DTD I

iVv ln

+=kTE

TdTdI

Igs

s 22311

qk

qE

vTdT

dv gD

D

23

21 −

−=

kTE

s

g

eTAcI 223 −

=

TV

dTdI

IV

dTdV

dVdv

dTdI

dIdv

dTdv Ts

sT

T

T

Ds

s

DD +−=+= 1

2004/05 ©Helena Sarmento 102

Termodíodos

• Funcionamento na zona directa• Zona aproximadamente linear a partir de 50ºK• Acima de 300ºC problemas na junção • Sensores baratos para utilização em aplicações que não sejam critícas em

termos de linearidade e precisão. Facilidade de ntegração com outros componentes electrónicos.

Díodo de silício

)(/º2 SiCmVdTdvD −=

AiD µ10=

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 103

Termodíodos

V

R1

R2 +Vo-

A

Circuitos integrados LM3911 (baixo custo)

V = +15 V

R1=7,5 kΩ

+Vo-

LM3911

KmV /º10

2004/05 ©Helena Sarmento 104

Diferença de tensões em duas junções

ID1 +

VD1

-

ID2 +

VD2

-

+

+=−

2

2

1

1

2

2

1

1

21 ln1

1ln

D

s

s

DT

s

D

s

D

TDD iI

IiV

IiIi

Vvv

≈−

1

2

2

121 ln

AA

ii

qkTvv

D

DDD

Duas junções diferentes à mesma temperatura

Diferença de tensões proporcional à temperatura

2004/05 ©Helena Sarmento 105

Termodíodos: diferença de tensões

ID2

+

VD2

-

ID1 +

VD1

-

...m

mqkTvvii DDDD ln2121 ≈−⇒=

1

2

AAm =

D2 pode ser realizadocom m díodos D1 em paralelo

( ) ( )mqk

dTvvd DD ln21 ≈− característica linear

2004/05 ©Helena Sarmento 106

Termotransístor: diferenças de VBE

T3

T2

T4

T1

IC2IC1

I

R+

VR-

4343 CC IIAA == 3241 CCCC IIII ≈≈

112 8 AAmA ×==

AD590: baseia-se neste circuito

8lnln1

121 q

kTAAm

qkTvvv BEBER =

≈−=

R ajustada para 358 Ω de modo a: TI 610−=

TRvvII BEBE

RT621 1022 −=−×=×=

2004/05 ©Helena Sarmento 107

AD59

0

+5 V

960 Ω

100 Ω

VT = 1mV/ºK

AD590

KA /º1µ

AD590 - corrente proporcional à temperatura absoluta: PTAT - Proportional To Absolute Temperature)

2004/05 ©Helena Sarmento 108

Termotransístor: diferenças de VBE

T10

R

T1

I/2I/2

I

R

R1

2n R1

I

+VCC

-VCC

+-

107,24 == mn

11

101010 2

2RnR

nRvvvv BEBE ++−=

• LM335

( ) ( )121010 +−= nvvv BEBE

Tv 01,073,20 +=

( ) ( )12ln0 += nmqkTv

2101101Iiivv CCCC ==⇒=

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 109

LM335

LM33

5

VCC

R

CelsiusTv 01,073,20 +=

KmV /º10

LM335 - tensão proporcional à temperatura absoluta: PTAT - Proportional To Absolute Temperature)

VCC

R

2004/05 ©Helena Sarmento 110

Tipos de sensores térmicos

Sensores térmicos

termoresistênciasmetálicas

semicondutoras

interruptores térmicos

termodíodos

termotransístores

termopares

de ruído

activos

passivos

sensores de contacto:condução

2004/05 ©Helena Sarmento 111

Interruptores térmicos

• Usados mais como dispositivos de controlo do que para medir temperatura.• Sensor térmico com uma função discreta que modula a temperatura.• Bimetálico: junção de duas tiras de metais com coeficientes de temperatura

diferentes:

• Termistências como interruptores térmicos nos microsensores (temperatura de Curie): resistência passa de valor baixo a valor muito alto

metal Ametal B d circuito

contactos

termostatocoeficiente de dilatação do metal A maior

2004/05 ©Helena Sarmento 112

Tipos de sensores térmicos

Sensores térmicos

termoresistênciasmetálicas

semicondutoras

interruptores térmicos

termodíodos

termotransístores

termopares

de ruído

activos

passivos

sensores de contacto:condução

2004/05 ©Helena Sarmento 113

Termopares

• No circuito fechado com as junções a temperaturas diferentes:

• Com o circuito aberto existe apenas efeito de Seebeck, podendo medir-se a força electromotriz que depende da temperatura T.

BAABAB

BAAB dTd

dTdE ββααα −+Π==−=

(ePAB ) T2

(ePAB ) T\1

e TA

e TB

EAB = (ePAB ) T2 – (ePAB ) T1+ eTA – eTB

Seebeck Peltier Thomson

2004/05 ©Helena Sarmento 114

Termopares

• Termopar: funcionamento em circuito aberto (só efeito de Seebeck). Não há aquecimento por efeitos e Peltier e Thomson.

• A lei de variação da força electromotriz com temperatura T:

EAB

( ) ( )20

20 2

1 TTbTTaE ABABAB −+−=

Por razões de ordem prática (gelo) e não

CT º00 =

KT º00 =0T

T

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 115

Termopares

• Linearidade e sensibilidade:

– Aumenta-se a sensibilidade maximizando aAB

– Aumenta-se a linearidade minimizando bAB

BAAB aaa −=( ) ( )20

20 2

1 TTbTTaE ABABAB −+−=

0 e 0 <> BA aa

dEAB = EAB2 – EAB1 = αAB dT αAB = αA − αB

BAAB bbb −=

TbadTdE

ABABAB +=

2004/05 ©Helena Sarmento 116

Leis dos termopares

• A f.e.m de Seebeck só depende da temperatura das junções (T1 e T2) dos dois condutores, não sendo afectada por temperaturas nos condutores (T3)

T1

T3

T2

A B

2004/05 ©Helena Sarmento 117

Leis dos termopares

• Lei dos condutores intermédios

– A f.e.m. de Seebeck de dois condutores, A e B, não é alterada pela introdução de um condutor C que esteja à mesma temperatura

EBA (T1) + EAC (T3) + ECA (T3) + EAB (T2) = EAB (T2) - EAB (T1)

A

T1

T3

T2

T3

C

B

2004/05 ©Helena Sarmento 118

Leis dos termopares

• A introdução de condutores adicionais (cabos, conectores, etc), não altera da f.e.m de Seebeck, se cada condutor estiver todo à mesma temperatura:

• A introdução de um voltímetro com os dois extremos à mesma temperatura não provoca alteração .

V

T3

T1

T2

AT2

V

T2

T1

A

T1

T3

T2

T3

T4 T4

EAB igual

A

B

2004/05 ©Helena Sarmento 119

Leis dos termopares

• Lei das temperaturas intermédias:– Se num termopar a f.e.m de Seebeck, com as junções às

temperaturas T1 e T2 for E1 e com as junções às temperaturas T2 e T3 for E2 então às temperaturas T1 e T3 será E3 = E2 + E1

E1

Pode utilizar-se qualquer temperatura como referência

T1 T2

A

B

T2 T3

A

B

T1 T3

A

BE2

E3

2004/05 ©Helena Sarmento 120

Leis dos termopares

• Lei dos condutores intermédios: podem determinar-se a f.e.m e os coeficientes de um termopar com base em em tabelas de termopares de vários metais com um metal de referência.

-0,29+16,7Ferro

+0.145+35,6Antimóniob (µV/ºC)a (µV/ºC)Metal

Referência: chumbo

Par Antimónio -Ferro

FePbSbPbSbFe EEE −=

FePbSbPbSbFe aaa −=FePbSbPbSbFe bbb −=

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 121

Leis dos termopares

• Lei das temperaturas intermédias:Qual a f.e.m de um termopar Constantan-Ferro, se uma junção estiver a1100ºC e a outra a 40ºC?

Tabela com valores de f.e.m do Constantan-Ferro

0,23240ºC

11,8461100ºCEAB (mV)T (ºC)

T1 = 1100ºC T2 = 0ºC EAB = 11,842 mV

T3 = 40º C T2 = 0ºC EAB = 0,232 mV

T1 = 1100º C T3 = 40ºC EAB = 11,848- 0,232 = 11,304 mV

T0 = 0ºC

2004/05 ©Helena Sarmento 122

Tipos de termopares comerciais

• Termopares normalizados

E Cromel - ConstantanT Cobre - ConstantanK Cromel - AlumelB Platina (6%) /Ródio – Platina (30%) /Ródio

2004/05 ©Helena Sarmento 123

Tipos de termopares comerciais

• Existe normalização sendo usados determinados metais e ligas metálicas. Escolha depende: linearidade, sensibilidade, gama de temperaturas que suportam, resistência a agentes químicos

-Tungsténio (26%) /Rénio

Tungsténio (5%) /Rénio

C- ANSI

Azul - vermelhoConstantanCobreT- ANSI

Amarelo -vermelhoAlumel (94% Níquel, 3% magnésio,2%

alumínio, 1%Silício)

CromelK- ANSI

Branco -vermelhoConstantanFerroJ- ANSI

Púrpura-vermelhoConstantan (57% Cobre, 43% Níquel)

Cromel (90% Níquel, 10% Crómio)

E- ANSI

Cor dos fiosMetal BMetal ATipo

2004/05 ©Helena Sarmento 124

Tipos de termopares comerciais

• Existe normalização sendo usados determinados metais

-IrídioIrídio (60%)/RódioI

Preto - vermelhoPlatina(30%)//Ródio

Platina(6%)/RódioB- ANSI

Preto - vermelhoPlatinaPlatina(10%)//RódioS- ANSI

Preto -vermelhoPlatinaPlatina (13%)/RódioR- ANSI

-Tungsténio (26%) /Rénio

Tungsténio (5%) /RénioC- ANSI

Azul - vermelhoConstantanCobreT- ANSI

Cor dos fiosMetal BMetal ATipo

2004/05 ©Helena Sarmento 125

Tipos de termopares comerciais

62200I

Resistente à corrosão e oxidação640 a 1800B- ANSI

Resistente à corrosão e oxidação60 a 1550S- ANSI

Atmosferas inertes ou vácuo: pouco resistente àoxidação.

60 a 1600R- ANSI

Atmosferas mediamente redutoras 202300C- ANSI

Atmosferas mediamente redutoras40,6-184 a 400T- ANSI

Uso genérico40,6-184 a 1260K- ANSI

Atmosferas redutoras com pouco oxigénio: ferro oxida a altas temperaturas (acima de 550ºC)

51,7-184 A 760J- ANSI

Maior sensibilidade60,90 a 982E- ANSI

ComentárioaAB (mV/ºC)Temperatura (ººC)Tipo

2004/05 ©Helena Sarmento 126

• Podem ser comprados ou fabricados especificamente para uma dada aplicação com fio bifilar de metais diferentes separados por um isolador. Os fios podem ser soldados ou apertados por um dispositivo mecânico.

• Vários invólucros e várias dimensões:– exemplos (www.lee.dickens.co.uk)

Termopares

• A junção de medida pode estar (diferentes tempos de resposta): – ligada à bainha de encapsulamento (à massa)

– desligada da bainha de encapsulamento (isolada)

– fora da bainha do encapsulamento (exposta)

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 127

Termopares

TV

A

B

T1

T1

C

C

i = 0

11 TBCTABTCA EEEv ++=

Pela lei dos condutores intermédios, a tensão medida no voltímetro:

1111 TABTBATBCTCA EEEE −==+

Mantém as junções AC e BCà mesma temperatura

Termopar aberto para medir temperatura T

1TABTAB EEv −=

pois

São medidas diferenças de temperatura

2004/05 ©Helena Sarmento 128

Termopares

1TABTAB EEv −= Necessário conhecer T1 para obter T

compTABTABcomp vEEvv +−=+1

1 Se

TABcomp Ev =TABcomp Evv =+

Pode adicionar-se à tensão desenvolvida no termopar uma tensão de compensação para se obter EAB

( )0TTaE ABAB −≈ determinando EAB sabe-se T

2004/05 ©Helena Sarmento 129

Se T1 for uma temperatura constante, soma-se a v uma tensão contínua. Pode fixar-se a temperatura da junção fria: com gelo fundente ou com um controlador de temperatura

Pode compensar-se a leitura efectuadacom uma tensão contínua

Termopares

vo

Termopar demedida

Termopar dejunção fria

vin vjf

Gelo a 0ºC

Cjfjfcomp Evvº0

==

10 TjfTin vvv −=

2004/05 ©Helena Sarmento 130

Termopares

vo

Termopar

junção fria

circ

uito

de

com

pens

ação

sensor detemperatura

ambiente

)( 0TTav ambcomp −=

Se a temperatura da junção fria for a temperatura ambiente, Ejf variará de forma aproximadamente linear com Tamb. A compensação será realizada com uma tensão que varie também linearmente com a temperatura, utilizando um sensor de temperatura.

)( 0TTaE ambTjfamb

−=

2004/05 ©Helena Sarmento 131

Termopares

• Compensação da variação da temperatura da junção fria

)()( aABABt TETEv −=

)(102)( 02

0 TTTvv aDD −×−= −

+VCC

-VCC

R2R1

-VCC

R3

+VCC

R4

vD

vo

R5

R2

Cu

Cn

sensor

Jquente

ID ≈ CONST.

+-

va

vt

T CT º250 =

aT( ) ( )0TTaTE aaAB −≈

2004/05 ©Helena Sarmento 132

Termopares

• Compensação da variação da temperatura da junção fria

3

20 R

Rvv D−=+VCC

-VCC

R2R1

R3vD

voR2

+-

va

vt

00 == Dt vv

00 == at vv

avv −=0

00 == Da vv

+=

321

20 ////

1RRR

Rvv t

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 133

Termopares

• Compensação da variação da temperatura da junção fria

ADAB vRRv

RRRRTEv −−

+=

3

2

321

20 ////

1)(

+VCC

-VCC

R2R1

-VCC

R3

+VCC

R4

vD

vo

R5

R2

Cu

Cn

sensor

Jquente

ID ≈ CONST.

+-

va

vt

( )

AD

a

AB

vRRTv

TTRRR

RaRR

RRRRTEv

−−

++×−

+=

3

20

0321

2

3

23

321

20

)(

////1102

////1)(

R3 e R4 com valores tais que

+=

321

20 ////

1)(RRR

RTEv AB

2004/05 ©Helena Sarmento 134

Termopares

A

AA

AATD RR

RRIRRRVVv

++

++−= 5,25,2

TA

AATD V

RR

IRVVv ≈−+

++−= 5,21

5,2

Termopar ferro constantan com a compensação da junção fria realizada com o circuito AD590 que utiliza um termotransístor: erro inferior a 0,5% para

variação T entre 15 e 35 ºC. Existe um termopar prasita (ferro cobre)

TB RRR +=Compensação da temperatura da junção fria de um termopar com o AD590

vD

vA

2,5

V vT

RBRA

IA

1590 10 −== AKII AAD µ

2004/05 ©Helena Sarmento 135

Termopares

LT1025: Compensação da temperatura da junção fria de um termopar E, J, K, R, S e T

( )2251025

−+= TTVLTJ

βα

LT1025:variação não linear para compensara não linearidade do termpar

LT1025 à temperatura da junção fria

LTKA0x - amplificador bipolar:Vos < 35 µVVos/T < 1,5 µV ºC-1IB < 1 nA

2004/05 ©Helena Sarmento 136

Termopares

• Característica EAB(T) de um termopar aproximadamente linear em pequenas faixas de temperatura

• Linearização da característica de um termopar

( ) ( ) ( ) ( ) ...30

2000 +−+−+−=− TTcTTbTTaTTEAB

( ) ( )00 TTaTTEAB −≈−

2004/05 ©Helena Sarmento 137

Termopares

Linearização: amplificação com adição de offset (LT1009)

2004/05 ©Helena Sarmento 138

Termopares

Linearização: amplificação com ganhos diferentes para vários troços

Ov

1Ov

sE

T

3R

3I

4I

5I

2I

6I7I

07V

1oV

Ov

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 139

Termopares

v07

-

+

+VCC

-VCC

AJ

R

R RBJ

RAJ

vo1

IJ

D1JD2J

I1J

I7J 1

1 RvI o

J =

0 71 >+ JJ II D1J on e D2J off 0 =JI

77

AJ

oJ R

vI =

D1J on ou D2J on

AJoo

AJ

oo

RRvv

Rv

Rv

7171 0 −>⇒>+ Quando vo1 aumenta a corrente IJ

anula-se

2004/05 ©Helena Sarmento 140

Termopares

v07

-

+

+VCC

-VCC

AJ

R

R RBJ

RAJ

vo1

IJ

D1JD2J

I1J

I7J

vB

11 R

vI oJ =

77

AJ

oJ R

vI =

77

AJ

oJ R

vI =

D1J on ou D2J on

071 <+ JJ II D1J off D2J on

+−==Rv

RvR

RRvI o

AJ

o

BJBJ

BJ

171

BJAJo

BJ

oJ RR

RvRvI 1

71 −−=

2004/05 ©Helena Sarmento 141

Termopares

−−=

337

3

133

1

BAo

B

o

RRRv

RvRI

−−=

667

6

136

1

BAo

B

o

RRRv

RvRI

=

7

737

A

o

RvRI

...

( )7654323 IIIIIIRvO +++++=

Os termos em vo7 anulam-se

À medida que vo1 aumenta as correntes I3, I4, I5 e I6 vão-se anulando, de modo a diminuir o ganho

3R

3I

4I

5I

2I

6I7I

07V

1oV

Ov

2004/05 ©Helena Sarmento 142

Termopares

Para além da linearização: adição de offset por troços

pode também linearizar-se a resposta do termopar de: forma contínua (AD583: multiplicação, exponenciação e

divisão analógicas) técnicas digitais (microprocessador)

2004/05 ©Helena Sarmento 143

Termopares

• Para obter uma tensão maior podem usar-se vários termopares em série: termopilha

T V

A

B

T1

4 vT

C

vT

vT

vT

vT

2004/05 ©Helena Sarmento 144

Termopares

• Erros na medida de temperatura:

– Não linearidades do termopar (podem ser corrigidas)

– Má compensação da junção fria (podem utilizar-se circuitos que introduzam menos erros)

– Amplificação: Vos, IB, tolerâncias das resistências

– Termopares parasitas (ex: cobre-solda 3 mv/ºC)

– Gradientes de temperatura (fontes de calor e ventiladores). Deve-se calibrar depois de estabilizado o funcionamento.

– Mau posicionamento do termopar (assegurar bom contacto térmico)

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 145

Sensores mecânicos

Sensores mecânicos

Deformação

DeslocamentoAceleração

VelocidadePressão

ForçaRigidez

MassaForma

ViscosidadeAcustica

2004/05 ©Helena Sarmento 146

Sensores mecânicos

• Os sensores mecânicos são utilizados para medir grandezas, tais como:– Deslocamento, velocidade, aceleração, pressão, tensão,

alongamento, massa, etc.• O princípio de funcionamento:

– Resistivo, capacitivo, indutivo, piezoresistivo, piezoeléctrico.

2004/05 ©Helena Sarmento 147

Sensores mecânicos

• Sensores de deformação

– Uma força aplicada a um corpo provoca uma deformação (alteração das suas dimensões).

– As grandezas que originam forças sobre os corpos (velocidade, aceleração, etc) podem ser medidas através de sensores de deformação.

2004/05 ©Helena Sarmento 148

Sensores mecânicos

• Lei de Hooke:– Para pequenas tensões aplicadas aos materiais (micro-

deformações), o alongamento relativo na direcção da força é proporcional à força

E – módulo (de elasticidade) de Young

εσ=E

AF=σ Tensão (stress): força por unidade de área

llδε = Alongamento relativo (strain

2004/05 ©Helena Sarmento 149

Sensores mecânicos

• O módulo de Young caracteriza a capacidade de um material se deformar mais ou menos sob a acção de uma força.

σ∆

domínio elástico

limite elástico limite de rotura

ε

σ

(N/mm-2 )

ε∆

εσ

∆∆=E

E > limite elástico o corpo não recupera as dimensões iniciais

2004/05 ©Helena Sarmento 150

Sensores mecânicos

• O alongamento numa direcção provoca a contracção nas duas dimensões ortogonais:

• Apesar da diminuição da área, o volume aumenta

x

z

x

y

εε

εε

ν −=−= - coeficiente de Poisson (varia entre 0,3 e 0,4) ν

lAV ⋅= ( )( ) yzzyzyyzzzyyA ∆+∆+∆∆+=∆+∆+=

dlAdAldV ⋅+⋅= xxxx zyyzzyyzA νενενενε −−+=

0>dV o volume aumenta

xxx zyxxyzxyzdV ενεεν +−= 222 ( ) 4,0 3,021 axyzdV x =−≈ ννε

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 151

Sensores mecânicos

• Variação da resistência de um fio condutor dada a variação das dimensões:

AlR ρ=

Variação de l e A: efeito resistivoρ: constante

AA

ll

RR δδδ −=

EAF

Ell 1== σδ ( )

ll

dd

rr

AA δνδ

ππδδ 222

2

−===

( )νδδδδ 21 +=−=ll

AA

ll

RR

2004/05 ©Helena Sarmento 152

Sensores mecânicos

• Efeito piezoresistivo: variação da resistividade com a forçaA variação de volume altera a energia da banda proibida, variando o número de portadores de carga. A resistividade varia com o volume.

AlR ρ=

VVCB

δρρδ =

( )llC

dd

llC

dl

dlC

VV

BBBδνδδ

π

πδδ 212

4

42

2

−=

+=

=

(CB – constante de Brigdman): baixa no metal (efeito resistivo) e elevado nos semicondutores (efeito piezoresistivo)

2004/05 ©Helena Sarmento 153

Sensores mecânicos

• Variação da resistência de um fio condutor devido ao efeito de uma força: galga de fio, galga extensométrica ou extensómetro resistivo (strain gauge).

AlR ρ=

Variação de l e A: efeito resistivoVariação de ρ: efeito piezoresistivo

AA

ll

RR δδ

ρρδδ ++=

( )( )llG

llC

AA

ll

RR

eBδδννδδ

ρρδδ =−++=++= 2121

Equação do extensómetro resistivoεeRGR =∆

A força não é geralmente aplicada directamente ao extensómetro,mas a um elemento ligado ao extensómetro.

2004/05 ©Helena Sarmento 154

Sensores mecânicos

A sensibilidade dos extensómetros Ge é muito maior nos semicondutores (Si tipo n de –100 a –140, Si tipo p 100 a 170) que nos metais (1,6 a 2)

FAERGE

AFRGR ee ==∆

Variação da resistência proporcional à força

εeRGR =∆

2004/05 ©Helena Sarmento 155

Sensores mecânicos

• A variação da resistência, nos extensómetros é da ordem de grandeza da tolerância das resistências: circuitos de medida com ponte deWheatstone.

( )( )

++−=

143

314

RRRRRRRRVV

x

xrefout

vref+vout-

R1

R3 R4

( )xRRx += 10

kRR

RR ==

0

3

1

4

( )( )xkkkxVV refout +++

=11

k = 1 resistências iguais em repouso

2004/05 ©Helena Sarmento 156

Sensores mecânicos

( )( )xkkkS ext +++

=111

S1ext é máxima para k=1

41

241 ≈

+=

xSext

não é linear

vref+vout-

R1

R3 R4

( )xRRx += 10

x – variações muito pequenas

Extensómetro em constantan em que R0 = 120 Ω Sext = 2 ε =1500µm/m: x = 0,003

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 157

Sensores mecânicos

• R3: extensómetro idêntico mas alinhado com a direcção transversal para compensação das variações com a temperatura

vref+vout-

R1

R3R4

( )xRRx += 10

14 RR =ref

x

xout V

RRRV

+=

21

3

( )( )( )( ) ( ) refout V

tRtxRtxRV

++++++=

21

11111

00

0

xx

Vout 241

+=

2004/05 ©Helena Sarmento 158

Sensores mecânicos

• Com dois e quatro extensómetros aumenta-se a sensibilidade

vref

Rx

+vout-

R1

R3 R4

extext SS 12 2 ⋅=

extext SS 14 4 ⋅=

Rx sujeita a esforço de tracção:

R4 sujeita a esforço de tracção, ouR1 ou R3 sujeitas a esforço de compressão

Rx sujeita a esforço de tracção:

R4 sujeita a esforço de tracção eR1 e R3 sujeitas a esforço de compressão

2004/05 ©Helena Sarmento 159

Sensores mecânicos

• Ponte de Wheatstone activa– Sensibilidade dupla da ponte de Wheatstone passiva

vref

Rx

R1

R3R4

+vout-

+ -v+ v-

refx

x VRR

RVV+

== −+3

41 RVV

RVV refout −

=− ++

341

4

RRR

RRR

x

x

+=

+0=outV

2004/05 ©Helena Sarmento 160

Sensores mecânicos

• Nos circuitos apresentados a tensão de saída é dependente da fonte Vref , mas a utilização de conversores analógicos digitais resolve este problema, pois o ganho do conversor depende da tensão de referência

vref

R(1+x)

k

R R

+-

A/D

b1 b2 ...bn

kVout

vrefRx

outD v

kVv ⋅=α

xkxV

Vkv ref

refD 44

⋅=⋅= αα

2004/05 ©Helena Sarmento 161

Exemplo

• Determine a variação de resistência de dois extensómetros, ambos de 120 W, quando sujeitos a uma deformação de150 mm/m

– Metálico (galga resistiva ou galga extensométrica)• GE = 2.13

– Semicondutor • GE = -151

Ω=×××=∆ − 038,01015013,2120 6R

Ω−=×××−=∆ − 72,210150151120 6R

llG

RR

e∆×=∆

2004/05 ©Helena Sarmento 162

Exemplo

• Utiliza-se uma ponte de Wheatstone para medir a deformação de um extensómetro em constantan. A ponte é alimentada com uma tensão contínua de 5 V e o extensómetro é colado, na direcção do comprimento, numa barra metálica de 1 m de comprimento e 1 mm2 de secção, cujo módulo de Young E = 15 ×105 kg cm-2. Caractecísticas do extensómetro:

Rg = 120 W ±0,3% a 25 ºCGe =2,05 ±0,3%coeficiente de temperatura 0,7% para DT = 10 º Rth = 1ºC/mWAlongamento relativo máximo 5%

Desenhe o esquema da ponte de modo a que a tensão aumente quando a barra é esticada. Dimensione a ponte de modo a ter a maxima sensibilidade para os valores nominais das resistências.

Qual seria o esquema para a tensão aumentar quando a barra é comprimida?

Page 28: Introdução · Transdutores, sensores e actuadores • Necessidade de processar (modificar ou acondicionar) o sinal eléctrico ... ajusta-se R1 (manual ou automaticamente)

Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 163

Exemplo

– Admitindo que apenas o extensómetro tem tolerância nos valores, determine a tensão de desvio máxima da ponte quando não existe força aplicada. Introduza uma resistência variável, de modo a poder anular essa tensão de desvio.

– Calcule a força de tracção máxima que pode aplicar na barra paraobter o alongamento máximo permitido pelo extensómetro.

– Determine a lei de variação da tensão de saída da ponte com a força aplicada na barra.

– Determine a temperatura do extensómetro– Determine o erro máximo devido à variação da temperatura. – Como se pode compensar a variação com a temperatura?– Como se pode duplicar a sensibilidade da ponte, mantendo a

compensação da variação com a temperatura?

2004/05 ©Helena Sarmento 164

Exemplo

v

+vout-

Rg

R3

R2

R1

+−

+=

2

2

31

3

RRR

RRRVv

gout

Ω=== 120321 RRRv

+vout-

Rg

R3

R2

R1

2004/05 ©Helena Sarmento 165

Sensores mecânicos

• Extensores metálicos: (Galgas extensométricas : constantan e nicrómio, etc.)– Filamento (0,025 mm) disposto em ziguezague, entre duas placas

que são aparafusadas à peça cuja deformação se quer medir – Filamento disposto em ziguezague sobre substrato que pode ser

colado sobre a peça a medir– Fio condutor enrolado sobre substrato em forma de chapa– Filme ou fita condutores depositados sobre substrato (mais

pequenos)– Filmes metálicos em forma de roseta para medir esforços em várias

direcções

Rg

R1

http://www.dur.ac.uk/richard.scott/gauges.html

http://www.omega.com/Pressure/pdf/STRAIN_GAGES.pdf

2004/05 ©Helena Sarmento 166

Sensores mecânicos

• Extensómetros semicondutores– Micromaquinados e realizados com tecnologia de circuitos

integrados.– Mais sensíveis.– Menos lineares, mais frágeis, suportam menos esforços e mais

sensíveis à temperatura– Tipo n (Ge > 0) ou tipo p (Ge < 0)– Associados a diafragmas (sensores de pressão e caudal)

Rg

R1

2004/05 ©Helena Sarmento 167

Sensores mecânicos

• Extensómetros de polímeros semicondutores– Propriedades piezoresistivas acentuadas– Lâmina de polímerosobre a qual são depositados padrões metálicos–

– Também designados por FSR (Force Sensitive Resistor)– Menos exactos que as galgas resistivas

Rg

R1

FB

L eAR =

http://interlinkstore.com

http://interlinkstore.com

2004/05 ©Helena Sarmento 168

Sensores mecânicos

• Aplicações dos extensómetros– Células de carga: sensores de força para balanças electrónicas para

cargas elevadas– Sensores de pressão– Sensores de aceleração

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 169

Sensores mecânicos

• Sensores de velocidade– Detecção da velocidade através da f.e.m induzida pela variação do

fluxo electromagnético num enrolamento de N espiras que se desloca relativamente a um íman permanente:

dtdx

dxdN

dtdNmef Φ−=Φ−=..

se- têm Se tecdxd =Φ

íman

vdxdNmef Φ−=..

vkmef =..

2004/05 ©Helena Sarmento 170

Sensores mecânicos

• Sensores de velocidade– Detecção da velocidade através da variação da frequência entre a

radiação emitida e a reflexão recebida por um corpo que se move à velocidade v (efeito Doppler)

tcAλπ2cos

( )

− tvcAλ

π2cos

λvf =∆

radiação emitida radiação recebida por um objecto com velocidade v

diferença de frequência entre as duas ondas proporcional à velocidade

2004/05 ©Helena Sarmento 171

Sensores mecânicos

• Sensores de velocidade de fluidos (sensores de fluxo)– com base nas diferenças de temperatura

– com base nas diferenças de pressão– com base na variação da frequência do som devida ao movimento

do fluido

Resistência deaquecimento

T1 T0

2004/05 ©Helena Sarmento 172

Sensores mecânicos

• Sensores de força e pressão– Piezoeléctricos que se baseiam na variação da tensão por variação

da força sobre o material.– Piezoresistivos, LVDT e capacitivos que se baseiam na relação

entre a força e o deslocamento (Lei de Hooke).

http://www.endevco.co.uk/pdfs/7591.pdf

2004/05 ©Helena Sarmento 173

Sensores mecânicos

Sensores mecânicos

DeslocamentoAceleração

VelocidadePressão

ForçaRigidez

MassaForma

ViscosidadeAcustica

Deformação

2004/05 ©Helena Sarmento 174

Sensores mecânicos

Sensores mecânicos

DeslocamentoAceleração

VelocidadePressão

ForçaRigidez

MassaForma

ViscosidadeAcustica

Deformação

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 175

Sensores mecânicos

• Sensores de deslocamento– Potenciométricos (com contacto)

– a posição ou deslocamento (linear ou angular) podem ser medidos

l x

+

Vi

-+Vo-

RLR

ioL VlxVR =∞=

lVVxi

o=

http://www.celesco.com/press/clp.htmlhttp://www.piher-nacesa.com/pdf/n15.pdf

2004/05 ©Helena Sarmento 176

Sensores mecânicos

• Sensores de deslocamento– Capacitivos (sem contacto)

+

Vi

-textS

d

dSC ε=

2dS

dC ε

δδ −=

fixo

móvel x

fixo

móvel x

dSC ε

δδ =

fixo

x

móvel

fixo

dSC =

εδδ

dSC ε=

http://www.sick.de/de/products/categories/industrial/capacitiveproximity/en.html

http://www.woojoohitech.com/product/pdf/PI/Capacitive%20Sensor(250%20k).pdf

2004/05 ©Helena Sarmento 177

Sensores mecânicos

• Sensores de deslocamento – Indutivos (sem contacto)– deslocamento provoca alteração da autoindução de uma bobina

xx

http://www.turck.pl/download/files/magnet.pdf

2004/05 ©Helena Sarmento 178

Sensores mecânicos

• Sensores de deslocamento – Electromagnéticos (sem contacto)

• variação do acoplamento entre indutâncias

x ↓↑ 21 VV

↑↓ 21 VV

x

x

LVDT (Linear variable differential transformer)converte deslocamento numa tensão AC (Vo)

http://www.macrosensors.com/pdf/pr750series.pdf

http://www.macrosensors.com/pdf/cd375series.pdf

( )0Vfx =

2004/05 ©Helena Sarmento 179

Sensores mecânicos

• Sensores de deslocamento – Ópticos (sem contacto)

x

Vo

Fonte de luz Sensor óptico

x

Vo

( )0Vfx =

2004/05 ©Helena Sarmento 180

Sensores mecânicos

• Sensores de deslocamento – Radares: emitem impulsos (energia electromagnética) para um

alvo (pequena dimensão) e determinam a distância através do tempo que demora a reflexão.

– c – velocidade da luz– t - tempo

2tcx =

mxst 225015 =⇒= µ

Page 31: Introdução · Transdutores, sensores e actuadores • Necessidade de processar (modificar ou acondicionar) o sinal eléctrico ... ajusta-se R1 (manual ou automaticamente)

Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 181

Sensores mecânicos

Sensores mecânicos

DeslocamentoAceleração

VelocidadePressão

ForçaRigidez

MassaForma

ViscosidadeAcustica

Deformação

2004/05 ©Helena Sarmento 182

Sensores mecânicos

• Sensores de aceleração ou acelerómetros

– Utilizados para medir acelerações, vibrações e choques mecânicos– Princípio de funcionamento da maioria: aceleração medida pelo

deslocamento (angular ou linear) da massa m

2004/05 ©Helena Sarmento 183

Sensores mecânicos

• Sensores de aceleração ou acelerómetros– Efeito resistivo/piezoresistivo (DC ou frequências bixas)

mkxa =

amF = xkF =

Microsensors, Principles and Applications, J.W. Gardner

http://www.sensorsmag.com/articles/0299/0299_38/main.shtml2004/05 ©Helena Sarmento 184

Sensores mecânicos

• Sensores de aceleração ou acelerómetros– Efeito capacitivo (acelerómetro capacitivo diferencial

http://www.microchip.com/download/appnote/pic16/00715a.pdf)

C1

C2

vI

-vI

vO

xxAC

∆+=

01 ε

0x

1C 2C

x∆xx

AC∆−

=0

2 ε

IIO vCC

Cvv 221

1

++−=

IO

O vxxv ∆−=

2004/05 ©Helena Sarmento 185

Sensores mecânicos

• Sensores de aceleração ou acelerómetros– Efeito piezoeléctrico (frequências mais elevadas e impactos

grandes)

<<= xkxq

Cacel Ccab

I

dtdqi =

Piezo Accelerometer Model VP7.html

2004/05 ©Helena Sarmento 186

Sensores mecânicos

• Um acelerómetro tem uma tensão de saída que varia com a aceleração:

• Qual o valor da tensão na saída do acelerómetro para uma aceleração de 1g?

• Qual a sensibilidade deste acelerómetro para acelerações perto de 1g e de 5g?

)/101:(;10;10 2smggAgbVcAb

cAv ===+

=

Vv 91,0110110 =

+×=

AVS

∂∂= ( )2Ab

cbS+

= gVS /82,0=gVS /44,0=

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 187

Sensores mecânicos

• Qual o erro de linearidade para uma aceleração de 1g?

( ) ( ) ( ) ( ) ( )203

002

00

0 2 AAAbcbAA

Abcb

AbcAAV −

+−−

++

+=

( ) 20 2,00 AAAVA −==

%2012,0 ==erro

2004/05 ©Helena Sarmento 188

Sensores mecânicos

Considerando que o sensor está também sujeito a uma vibração da forma

verifique a existência de distorção harmónica.

( )tsen 30201,0 π

( ) ( ) ( )ftsenftsenAV ππ 6000002,06001,0 2−=

2004/05 ©Helena Sarmento 189

Sensores mecânicos

Sensores mecânicos

DeslocamentoAceleração

VelocidadePressão

ForçaRigidez

MassaForma

ViscosidadeAcustica

Deformação

2004/05 ©Helena Sarmento 190

Sensores mecânicos

• Sensores de velocidade– Detecção da velocidade através da f.e.m induzida pela variação do

fluxo electromagnético num enrolamento de N espiras que se desloca relativamente a um íman permanente:

dtdx

dxdN

dtdNmef Φ−=Φ−=..

se- têm Se tecdxd =Φ

íman

vdxdNmef Φ−=..

vkmef =..

2004/05 ©Helena Sarmento 191

Sensores mecânicos

• Sensores de velocidade– Detecção da velocidade através da variação da frequência entre a

radiação emitida e a reflexão recebida por um corpo que se move à velocidade v (efeito Doppler)

tcAλπ2cos

( )

− tvcAλ

π2cos

λvf =∆

radiação emitida radiação recebida por um objecto com velocidade v

diferença de frequência entre as duas ondas proporcional à velocidade

2004/05 ©Helena Sarmento 192

Sensores mecânicos

• Sensores de velocidade de fluidos (sensores de fluxo)– com base nas diferenças de temperatura

– com base nas diferenças de pressão– com base na variação da frequência do som devida ao movimento

do fluido

Resistência deaquecimento

T1 T0

Page 33: Introdução · Transdutores, sensores e actuadores • Necessidade de processar (modificar ou acondicionar) o sinal eléctrico ... ajusta-se R1 (manual ou automaticamente)

Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 193

Sensores mecânicos

Sensores mecânicos

DeslocamentoAceleração

VelocidadePressão

ForçaRigidez

MassaForma

ViscosidadeAcustica

Deformação

2004/05 ©Helena Sarmento 194

Sensores mecânicos

• Sensores de força e pressão– Piezoeléctricos que se baseiam na variação da tensão por variação

da força sobre o material.– Piezoresistivos, LVDT e capacitivos que se baseiam na relação

entre a força e o deslocamento (Lei de Hooke).

http://www.endevco.co.uk/pdfs/7591.pdf

2004/05 ©Helena Sarmento 195

Sensores mecânicos

Sensores mecânicos

DeslocamentoAceleração

VelocidadePressão

ForçaRigidez

MassaForma

ViscosidadeAcustica

Deformação

2004/05 ©Helena Sarmento 196

Sensores de radiação

• A forma de energia do sinal que convertem é radiação que é a emissão de: – partículas nucleares (ex:partículas alfa e beta)– ondas electromagnéticas:

• tipo comprimento de onda• Raios gama < 10-11 m• Raios X 10-11 m - 2. 10 -8 m • Ultravioletas 2. 10-8 m - 4. 10-7 m • Visíveis 4. 10-7 m - 7. 10-7 m• Infravermelhos 7. 10-7 m – 10-4 m• Microondas 10-4m – 10-2 m• Rádio > 10-2 m

UV, V, IR

2004/05 ©Helena Sarmento 197

Sensores de radiação

ER – energia da radiaçãoh – constante de Planck (Js)λ – comprimento de ondac – velocidade de propagação da luz

λchhfER ==

Sensores de radiação

sensores sem contacto

passivos

piroeléctricos

Partículas nucleares

UV, V e IR

fotocondutivos

fotovoltaicos

activos

fotoemissivos

2004/05 ©Helena Sarmento 198

Sensores de radiação

• Sensores de radiação nuclear: – detectores com câmaras de gás (contadores de Geiger) em que as

partículas nucleares colidem com as moléculas de gás, formando iões que são acelerados e multiplicados por um campo eléctrico.

– contadores de cintilação em que as partículas são transformadas em impulsos de luz que faz cintilar um material orgânico ou inorgânico.

– detectores de semicondutor em que a radiação é absorvida pelo semicondutor gerando electrões de condução.

Page 34: Introdução · Transdutores, sensores e actuadores • Necessidade de processar (modificar ou acondicionar) o sinal eléctrico ... ajusta-se R1 (manual ou automaticamente)

Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 199

Sensores de radiação

• Os sensores UV-V-IR (ópticos-quânticos): convertem a energia que neles incide (fotões) em electrões de condução (efeito fotoeléctrico).

• Utilização:– Medição da intensidade de fontes luminosas (fotometria)– Detecção da variação da intensidade de luz (câmaras de emissão de

televisão)– Detecção de alteração da intensidade do feixe luminoso (contagem e

objectos, abertura de portas, alarmes, interruptores ópticos, comunicações ópticas)

vcg EEE −=Eg banda proibidaEc banda de conduçãoEv banda de valência

gEchhf >=λ

h – constante de Planck (Js)λ – comprimento de ondac – velocidade de propagação da luz

2004/05 ©Helena Sarmento 200

Sensores de radiação

• Sensores fotocondutivos ou fotoresistências:

– a condutividade eléctrica do material depende da intensidade luminosa que neles incide (LDR – Light Dependent Resistor)

– Com iluminação, existe absorção de energia, os electrões libertam-se e o material torna-se condutor

– Na escuridão absoluta a resistência é muito elevada (MW), pois não há electrões livres.

– Material: sulfureto de cádmio

2004/05 ©Helena Sarmento 201

Sensores de radiação

• Célula LDR: barra de material semicondutor entre dois eléctrodos

L

L – iluminação (Lux) é o número de fotões por unidade de tempo e área

ldLe ⋅⋅=ηnld – área

rendimento quânticoη

υhP

fotões0n =

2004/05 ©Helena Sarmento 202

Sensores de radiação

α−= LARLDR

dVEv µµ == ν - velocidade de deriva

µ - mobilidade

τdvi e ⋅= n

µτηLlqd

IVR == ( ) βλττ −= L0

α depende do material [0,7;0,9] 0

1

µτηdlq

A =

τ – tempo de trânsito τµηdVlLqi =

λ – comprimento de onda da radiação

2004/05 ©Helena Sarmento 203

Sensores de radiação

0

1

µτηdlq

A =

↑↑↑↓dlA ,(material) , 0τη

maior sensibilidade para A pequeno

↑dl

forma de tira comprida

α−= LARLDR

↑↑ ητ , 0 sulfureto de cádmio

2004/05 ©Helena Sarmento 204

Sensores de radiação

Resposta espectral do CaS

CaS máximo para 680 nm Efeito fotoeléctrico deixa de se manifestar nos IR

gEch >λ

A resistência não é infinita à temperaturaambiente: há libertação de alguns electrões

Page 35: Introdução · Transdutores, sensores e actuadores • Necessidade de processar (modificar ou acondicionar) o sinal eléctrico ... ajusta-se R1 (manual ou automaticamente)

Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 205

Sensores de radiação

• Resposta no tempo e na frequência

– A diminuição da resistência por aumento da iluminação é um processo mais rápido que o seu inverso (10 MW/s) : a geração deelectrões muito mais rápida (10 a 100 vezes) que a recombinação electrão-lacuna (captura dos electrões pelos núcleos positivos).

2004/05 ©Helena Sarmento 206

Sensores de radiação

• Exemplo

2004/05 ©Helena Sarmento 207

Sensores de radiação

Exemplo

2004/05 ©Helena Sarmento 208

Sensores de radiação

• Fotodíodos:– Efeito fotovoltaico: a incidência de iluminação gera portadores (pares

electrão-lacuna) que se movem-se devido a variação de dopagem (p-n). Existe assim uma tensão na junção VD na junção.

– Têm maior sensibilidade, maior linearidade, melhor estabilidade, são mais rápidos e mais pequenos que as fotoresistências.

fotodíodo p-n

2004/05 ©Helena Sarmento 209

schottky avalanche190 – 680 nm 400 – 800 nm

Sensores de radiação

• Tipos de fotodíodos: pn, pin, schottky e avalanche

p-n p-i-n 190 – 1100 nm 320 – 1100 nm

2004/05 ©Helena Sarmento 210

• Símbolo

• Modelo para sinais fortes

Sensores de radiação

IDVDIopt

A

C

I

L

A

C

qfhPI o

opt η=

Junção semicondutora

−= 1T

DVv

SD eII

Corrente gerada pelos fotôes

optVv

S IeII T

D

−= 1

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 211

Revisões

• Sensores de deslocamento (potenciométrico, capacitivo, indutino,LVDT, óptico, radar).

• Acelerómetros (resistivo/piezoresistivo, capacitivo, piezoeléctrico)• Sensores de velocidade (electromagnéticos, efeito doppler) e de

velocidade de fluidos• Sensores de pressão e temperatura• Sensores de radiação ópticos: fotoresistências (LDR) e fotodíodos

2004/05 ©Helena Sarmento 212

• Fotodíodo utilizado com polarização externa:

Sensores de radiação

IDVDIopt

Vo

I

RL

Vcc

L

DCCoptD R

VVIII −=−=L

DCCopt

VV

S RVVIeII D

D −=−

−= 1

2004/05 ©Helena Sarmento 213

Sensores de radiação

• Fotodíodo utilizado sem polarização externa como sensor de luz:– Em curto-circuito

0=DV

optII −=ID

VDIopt

I-+

Rf

V0

LIopt ∝

IRV f=0

Tensão proporcional à luminância

2004/05 ©Helena Sarmento 214

Sensores de radiação

• Fotodíodo utilizado sem polarização externa como sensor de luz:– Em aberto RL = ∞

LIopt ∝IDVDIopt

+=

S

optTD I

IVV 1ln

Tensão proporcional à luminância

2004/05 ©Helena Sarmento 215

Sensores de radiação

• Fotodíodo utilizado com polarização externa inversa como sensor de luz:

IDVDIopt

Vo

I

RL

Vcc

optSD IIII −=≈−= 0

optL IRV =0

( ) ( )

0

1

0

Ψ−

=D

JDJ V

CVC potencial de barreira da altura0Ψ

rápido circuito o sendo pequena muito se- tornarpodeJCVantagem:

2004/05 ©Helena Sarmento 216

• Fotodíodo utilizado com polarização externa nula, célula fotovoltaica: geração de energia sem qualquer fonte aplicada

Sensores de radiação

IDVDIopt

Vo

I

RL

00 =⇒∞==LRBB PRR

+=⇒∞=

S

optTB I

IVVR 1ln0

optCCB IIIR −==⇒= 00 máxima corrente em cc

máxima tensão em vazio

Page 37: Introdução · Transdutores, sensores e actuadores • Necessidade de processar (modificar ou acondicionar) o sinal eléctrico ... ajusta-se R1 (manual ou automaticamente)

Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 217

• Fotodíodo como célula fotovoltaica: existe uma resistência de carga Rmque maximiza a transferência de potência

Sensores de radiação

DR VVL

= optVV

SR IeII D

D

L−

−= 1

mV

mImaxP

LRV

LRI

CCI

m

mm IVR =

IDVDIopt

Vo

I

RL

2004/05 ©Helena Sarmento 218

Sensores de radiação

• Células fotovoltaicas:

• Fotodíodos de grande dimensão que aproveitam a energia solar.

• Os painéis solares são associações em série e paralelo de células fotovoltaicas, realizadas com semicondutores cristalinos ou amorfos, que permitem obter as correntes e tensões necessárias para carregar as baterias.

2004/05 ©Helena Sarmento 219

Sensores de radiação

• Fototransístor• Transístor de junção bipolar em que a junção colector base é submetida

a efeito fotovoltaico. Junção BE muito pequena e junçaõ colectror base polarizada inversamente.

• Os fotões atravessam a base e atingem a junção do colector.

2004/05 ©Helena Sarmento 220

Sensores de radiação

• Fototransístor com ou sem polarização da base (IB) e com polarização inversa da junção CB

IC

VCE

Iopt

C

IE

IB

VCC

E

B

C

E

B

( )optBFC III += βEficiência do transístor βF vezes maior que a do díodo, mas tem tempos de resposta piores (capacidade de Miller)

2004/05 ©Helena Sarmento 221

Sensores de radiação

• Fotodíodos e fototransístores utilizam-se em acopladores ópticos: sistemas que permitem a transmissão de sinais eléctricos, através de luz.

• Num acoplador óptico, realizado com um LED e um fototransístor no mesmo encapsulamento, consegue-se isolarmento galvânico entre duas partes de um circuito.

2004/05 ©Helena Sarmento 222

Sensores de radiação

Sensores de radiação

sensores sem contacto

passivos

piroeléctricos

Partículas nucleares

UV, V e IR

fotocondutivos

fotovoltaicos

activos

fotoemissivos

Sensores fotoemissivos: os fotões conseguem arrancar electrões que se forem gerados no vácuo podem ser captados por um campo eléctrico para medir a intencidade da radiação incidente.

Page 38: Introdução · Transdutores, sensores e actuadores • Necessidade de processar (modificar ou acondicionar) o sinal eléctrico ... ajusta-se R1 (manual ou automaticamente)

Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 223

Sensores de radiação

Pirómetros de radiação são sensores de radiação térmica Medem a temperatura de objectos em função da energia de

radiação recebida desses objectos que provoca o aquecimento do sensor.

Um objecto aquecido radia energia electromagnética: a temperaturas altas a emissão atinge a radiação visível.

Os sensores são em geral associações em série de termopares (termopilhas) em que a junção quente é coberta por um material, que absorve bem a energia de radiação térmica.

Bolómetros são sensores de radiação térmica que medem a energia da radiação por alterações da resistência eléctrica

2004/05 ©Helena Sarmento 224

Sensores de radiação

• Pirómetros de radiação: a medida é independente da distância (emlinha de vista e desprezando a absorção pelo ar)

A energia recebida depende do ângulo: o ponto B revebe menos energia de cadaponto, mas recebe de mais pontos

caixa fechada

sensoraberturaObjecto

2004/05 ©Helena Sarmento 225

Sensores de radiação

• Um fotodíodo do tipo p-n, cuja corrente inversa de saturação de 1pA, tem quando iluminado uma corrente de curto-circuito de 25mA, à temperatura de 290ºK.– Qual a tensão aos terminais do fotodíodo em circuito aberto nas

mesmas condições de iluminação?

VVD 483,010110251ln

2982901026

12

33

⋅⋅+×⋅= −

−−

IDVDIopt

( )KVVT º2981026 3−⋅=

2004/05 ©Helena Sarmento 226

Sensores de radiação

– Qual a máxima potência que o díodo pode fornecer a uma carga?

−=×= opt

VV

sDRD IeIVIVP T

D

L1

01 =+−

−= T

D

T

DVV

sT

Dopt

VV

sD

eIVVIeI

dVdP 1+=−

s

optVV

T

DVV

II

eVVe T

D

T

D

+=+ 1ln)1ln(

s

opt

T

D

T

D

II

VV

VV

T

D

s

opt

TD

VV

II

VV+

+=

1

1ln

2004/05 ©Helena Sarmento 227

Sensores de radiação

– Qual o valor da resistência de carga nessa situação?

mWP 4,22max =

VVD 502,0= mAID 9,0=

mAI 1,24=

3

93

103,241

1103,24ln103,24−⋅

+

+⋅⋅=D

D VV

Ω== 201,24

502,0m

I

2004/05 ©Helena Sarmento 228

Sensores magnéticos

Sensores magnéticos

Dispositivos de Hall

Magnetoresistências

Magnetodíodos

Magnetotransístores

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 229

Sensores magnéticos

• Efeito de Hall– Um campo magnético transversal a um condutor percorrido por

corrente, gera um campo eléctrico prependicular à direccção da corrente e ao campo magnético.

xy

z

tBIRV zx

HH = RH – constante de Hall

l

Ixt

w+ -+

-

B z

Ey

VH

2004/05 ©Helena Sarmento 230

Sensores magnéticos

• Efeito de Hall em metal

– Um electrão num campo magnético fica sujeito à força de Lorentz

– em equilíbrio, o campo eléctrico de Hall compensa a força de Lorentz

( )BvqF ×−= v – velocidade de derivaq – carga do electrão

zxH BvEy

= HH wEV =

+ + + + + + + + + + + + +- - - - - - - - - - - - - -

l

Ixt

w+ -+

-

B z

EHy

VH

+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

xy

z

2004/05 ©Helena Sarmento 231

Sensores magnéticos

A tensão de Hall é proporcional à corrente e ao campo magnético

zx

zxHH BnqJwBwvwEV −=−== wt

IJ xx =

nqtBIV zxH

1−=

tBIRV zx

HH =

nqRH

1−=

– A velocidade de deriva e a densidade de corrente xx nqvJ −=

n – densidade de electrões

2004/05 ©Helena Sarmento 232

Sensores magnéticos

• Efeito de Hall em semicondutores

• Velocidade de deriva e densidade de corrente de electrões e lacunas

• Densidade de corrente de electrões e lacunas segundo y

EvEv ppnn µµ −=−=

zxy BvE =

yppyynny EqpJEqnJ µµ −==

ppnn nqvJnqvJ =−=

( ) ypnypynpynyy EpnqEqpEqnJJJ µµµµ +=+=+=

2004/05 ©Helena Sarmento 233

Sensores magnéticos

( )( )pn

zxpny pnq

BEpnqE

µµµµ

+−−

=22

( )( ) zxHzx

pn

npy BJRBJ

pnqnp

E =+−

= 2

22

µµµµ

qnRpn H

1−=⇒>>

qpRpn H

1=⇒<<

( )pni

npHi qnRnpn

µµµµ+

−=⇒==

( ) ( ) zxpnyypny BEqpqnJEpnqJ 22 µµµµ +−=⇒+=

( ) xpnx EpnqJ µµ +=

( )( )2

22

pn

npH pnq

npR

µµµµ

+−

=

2004/05 ©Helena Sarmento 234

Sensores magnéticos

• Sensibilidade

Grnq

RH1−=

r – factor de correcção com base experimentalG – factor de correcção de geometria quando l < w

depende de l/w

nqtGr

BV

IS

z

H

xI =

∂∂= 1

1>lw

Para ter alta sensibilidade

tBIRB

wtIwRwEV zxH

zx

HyH ===

nqtRGr

BV

VS

z

HV =

∂∂= 1

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 235

Sensores magnéticos

• Magnetoresistências semicondutoras– A resistência de um semicondutor é influenciada pela aplicação de

um campo magnético

θcos21 ll =

θ

d 2

d 1

l1

l2

θ

θcos21 dd =

0Rresistência sem campo magnético aplicado0R

)tan1( 20 θ+= RR

zx

zxH

x

zxH

x

y BE

BEqnREBJR

EE

µµθ ====tanSe a tensão de Hall não compensa

força de Lorentzwl <<

2004/05 ©Helena Sarmento 236

Sensores magnéticos

• Um dispositivo de Hall é integrado em tecnologia bipolar, sendoformado pela camada epitaxial tipo n (ver figuras), cuja densidade de impurezas é ND = 4,5×1015 cm-3. A camada epitaxial tem uma espessura de 20 mm sendo a resistividade r = 1 Wcm. Admita L =300 mm e W = 100 mm. A corrente aplicada é I = 6,7 mA e o campo magnético B = 1 T.

• q = 1,60218×10-19 C

2004/05 ©Helena Sarmento 237

Sensores magnéticos

• Determine:– O coeficiente de Hall

– A tensão de Hall

– O ângulo de Hall

Asmnq

RH /10387,11060218,15,4

101 3319

15−

⋅−=⋅⋅

−=−=

VtIBRV xzH

H 46,01020

107,6110387,16

33

=⋅

⋅⋅⋅⋅=−= −

−−GaussT 4101 =

º814,0tan =⇒== θµθ znB

Vsmn /14,0 2=µ

2004/05 ©Helena Sarmento 238

Sensores magnéticos

– A sensibilidade semi-relativa com a tensão

RV

tBR

tBIRV zHzxH

H == RtRR

BV

VS H

z

HV 6

3

102010387,11−

⋅⋅==

∂∂=

Ω⋅=⋅⋅⋅

⋅== −−

−3

44

4

105,1102010100

103001SlR ρ

1536

3

1046,0105,11020

10387,1 −−−

⋅=⋅⋅⋅

⋅= TSV

2004/05 ©Helena Sarmento 239

Sensores magnéticos

• Magnetoresistências em materiais magnéticos– quando um campo magnético é aplicado a magnetização roda, afectando o

percurso dos portadores de carga– efeito muito maior que nos semicondutores– para combinar este efeito com circuitos electrónicos utilizam-se camadas

magnéticas com circuitos integrados em silício.

– R0 é a resistência quando a corrente e a magnetização são paralelos

– R90 é a resistência quando a corrente e o campo são perpendiculares

– R45º é um valor utilizado (boa sensibilidade)–

θθ2

º9000 sin)( RRRR −−=

2004/05 ©Helena Sarmento 240

Sensores magnéticos

• Magnetodíodos– A caraterística I(V) de um díodo pode ser modificada por uma

campo magnético.– Na polarização directa a corrente depende da injecção e difusão

dos portadores de carga e da geração e recombinação na zona de deplecção.

– Nos tipos habituais de díodos a zona de deplecção é muito pequena na polarização directa, sendo a corrente dependente da difusão.

– Nos magnetodíodos a zona de deplecção é maior para reforçar o efeito de geração e recombinação, existindo superfícies para as quais os portadores se deslocam por efeito do campo magnético.

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Introdução

2004/05 ©Helena Sarmento 241

Sensores magnéticos

• Díodo formado pela estrutura p+ n- n+, com a zona central longa, com baixa concentração de impurezas e tempo de vida dos portadores elevada.

• A interface Si – Si O2 tem velocidade de recombinação baixa e a interface Si –safira tem velocidade de recombinação alta.

• Por acção do campo magnético electrões e lacunas são dirigidos para a interface Si – safira e a recombinação aumenta. Para a mesma tensão aplicadana junção a corrente aumenta. Por acção de um campo eléctrico de sentido contrário a recombinação na interface Si – Si O2 diminui.

• São não lineares, sensíveis a variações da temperatura e de díficil reprodutibilidade

S i O 2

l

t

-B

s a fira (A L 2 O 3)S in -p + n +

lw+

+ -S i O 3

2004/05 ©Helena Sarmento 242

Sensores magnéticos

• Magnetotransístores

– A caraterística de transístores pode ser modificada por uma campo magnético.

– Utilizam-se as tecnologias dos bipolares e dos MOS para realizar magnetotransístores.

– A maior parte dos magnetotransístores tem um emissor ou fonte e mais de um colector ou dreno.

– Existem dois mecanismos: deflecção como nos dispositivos de Hall e modulação da injecção do emissor.

– Existem dois tipos de magnetotransístores: os laterais em que acorrente flui na superfície do silício e são sensíveis a campos magnéticos prependiculares e os verticais em que a corrente fluiprependicularmente à superfície.

2004/05 ©Helena Sarmento 243

Sensores magnéticos

• Magnetotransístor lateral: a corrente flui na superfície do silício

• Mecanismo de deflecção–

b1 b2

n+ n+

n

e p

c1 p

pc2

Ie

B

++++

_

_

__ _ Os portadores tipo p de Ie sãodeflectidos de um ângulo θ, havendouma variação da corrente nos colectores (Ic)

A aplicação de tensão ente os terminais de b1 e b2 torna a zona da base um dispositivo de Hall

( ) ennc BIkI µµ +=∆pnp

2004/05 ©Helena Sarmento 244

Sensores magnéticos

• Magnetotransístor lateral: a corrente flui na superfície do silício

• Mecanismo de modulação de injecção–

p

b1

e

b2

c1 c2

I

I

_

++

_

II

B

_

++

_

Por efeito do campo magnético quando a corrente no colector 1 aumenta a do colector 2 diminui.

A diferença de correntes mede o campo magnético.

pnp

2004/05 ©Helena Sarmento 245

Sensores magnéticos

• Magnetotransístores verticais

DAMS - Differential Amplification Magnetic Sensor

Vertical dual-collector magnetotransistor

Silicon Sensors, S. Middelhoek, S. Audet2004/05 ©Helena Sarmento 246

Sensores magnéticos

• Aplicações• Medição do campo magnético• Medição da corrente eléctrica,

sem contacto: o núcleo é magnetizado pela corrente a medir.

• Cabeças de leitura de discos magnéticos• Sensores de deslocamento, velocidade e aceleração (sem contacto)

• Medidores de potência

Silicon Sensors, S. Middelhoek, S. Audet

http://catalog.sensing.honeywell.com/

http://www.sentron.ch/support/downloads/CSA-1.pdf