introdução ao projeto aeronáutico - final

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Agro Aeronave Professor: Juliano T. Micheletto Alunos: Chaiane Wiggers de Souza Fábio do Monte Sena (capitão) Fernando Júnior Groff Guilherme Tozzi Marques Marco Aurélio Stimamiglio Timmermann Florianópolis, dezembro de 2010. Universidade Federal de Santa Catarina Centro Tecnológico Departamento de Engenharia Mecânica EMC5352 Introdução ao Projeto Aeronáutico

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  • Agro Aeronave

    Professor: Juliano T. Micheletto

    Alunos: Chaiane Wiggers de Souza

    Fbio do Monte Sena (capito)

    Fernando Jnior Groff

    Guilherme Tozzi Marques

    Marco Aurlio Stimamiglio

    Timmermann

    Florianpolis, dezembro de 2010.

    Universidade Federal de Santa Catarina

    Centro Tecnolgico

    Departamento de Engenharia Mecnica

    EMC5352 Introduo ao Projeto Aeronutico

  • Introduo

    O presente trabalho constitui-se como finalizao da disciplina de Introduo ao

    Projeto Aeronutico. No incio do semestre, o desafio foi proposto como projetar uma

    aeronave dentre as opes oferecidas pelo professor, ou outras sugeridas pelo grupo. No

    nosso caso, escolhemos uma aeronave agrcola, cujo uso seria destinado a aplicao de

    inseticidas e pesticidas.

    O projeto era desenvolvido medida que os checks eram seguidos. No final, o

    contedo foi sintetizado, resultando na aeronave projetada.

  • Desenvolvimento

    Primeiramente, a equipe escolheu o desafio: construir uma aeronave agrcola. Tal escolha

    deu-se ao perceber a falta de aeronaves agrcolas no Brasil, ou seja, uma possibilidade de

    mercado. O capito foi escolhido por demonstrar pr-atividade, Fbio Sena. Em seguida,

    entendendo o nosso pblico-alvo, escolhemos trs diretrizes de projeto:

    Custo: o consumidor deseja uma boa relao custo-benefcio. Uma aeronave muito

    cara no atende a esse requisito.

    Segurana: o avio voar em baixos altitudes, perto de fios eltricos e construes,

    por exemplo. O risco de acidentes alto. A proteo ao piloto fundamental.

    Manuteno: o custo para manter a aeronave em operao deve ser baixo para que o

    agricultor possa maximizar o lucro.

    Para melhor basear nosso projeto, fizemos uma pesquisa de algumas aeronaves com uso

    agrcola, com destaque Ipanema (Neiva), um avio totalmente brasileiro movido a lcool. As

    aeronaves escolhidas foram:

    Neiva Ipanema

    American Champion Citabria - 7GCAA Citabria "A" Package

    Air Tractor AT502-B

    Aero Boero AB-115

    Piper Cherokee PA-28-140

    Socata TB-9

    Tabela 1: Anlise histrica

    Fabricante

    NEIVA AMERICAN CHAMPION CITABRIA

    AIR TRACTOR AERO BOERO

    PIPER CHEROKEE

    SOCATA

    Nome Ipanema (lcool) 7GCAA Citabria "A" Package

    AT-502B AB-115 PA-28-140 TB9

    Envergadura (m)

    11.69 10.2 15,84 10.78 9.2 9.89

    Altura (m)

    2.22 2.4 2.1 2.25 3.02

    Comprimento (m)

    7.43 6.9 7.23 7.16 7.72

    Aeroflio

    NACA 4412 NACA 65415

    Peso vazio (kg)

    503.5 1949 557 544 647

  • Peso de carga (kg)

    1800 748 975

    Peso til (kg)

    244.5 2451 430 413

    Mximo peso de decolagem (kg)

    748 4272 770 975 1060

    Peso de Pouso (kg)

    3629

    Capacidade de combustvel (L)

    264 utilizveis 644 57.5

    Velocidade mxima (km/h)

    260.7 220.48 230 309

    Velocidade de cruzeiro

    204 a 222 202.8 248 144.84 201 196

    Velocidade de stall (km/h)

    88 82.1 Usually landed: 85. UP: 132 (8000ps 3629kg). DOWN: 109 (mesmas condies)

    67-84 87 108

    Range (alcance) (km)

    610 804.7 998 867

    Tipo de trem de pouso

    pneus 8.50 x 10-10 lonas

    rodas: 5.00 x 5

    Distncia de decolagem (m)

    354 347 (4264kg)

    Autonomia

    4,5 a 5h

    Capacidade de carga

    15.3

    Motorizao

    Lycoming IO-540-K1J5, 6 cilindros (Motor a lcool)

    1 Lycoming O-320-A2B

    P&W PT6A-15AG 1 AVCO Lycoming 0 235 C2A, 2400 Horas TBO

    1 Lycoming O-320-E2A Sensenich M74DM

    1 Lycoming O-320-D2A 4-cylinder horizontally-opposed direct drive

    320 hp, 2.700 rpm 150 hp (111.9 kW)

    680 @ 2200 RPM 115 hp a 2800 rpm

    150 hp (113 kW)

    119 kW (160 hp)

    Hlice Hartzell trip Hartzell HC-B3TN-3D/T10282N+4

    1.9m de dimetro

    rea de asa (m)

    15.3 29,01 15.3 15.14 11.9

    Consumo

    25L/h

    Links de referncia

    http://www.aeroneiva.com.br/site/content/produtos/produtos_ipanema_dados.asp

    http://en.wikipedia.org/wiki/American_Champion_Citabria

    http://www.airtractor.com/502a502b

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Aero_Boero_AB-115

    http://en.wikipedia.org/wiki/Piper_Cherokee#cite_note-POH-16

    http://www.socata.org/

    NEIVA AMERICAN CHAMPION CITABRIA

    AIR TRACTOR

    AERO BOERO

    PIPER CHEROKEE

    SOCATA

    Agro Project

  • Alongamento AR 6,15 6,80 8,65 7,60 5,59 8,22 6,67

    Relao peso potncia (kg/hp)

    5,63 4,99 6,28 6,70 6,50 6,63 6,41

    Relao de massas 47,2% 67,3% 45,6% 72,3% 56,8% 61,0% 29,3%

    Carga alar (kg/m) 90,33 48,89 147,26 50,33 64,40 89,08 136,67

    Para melhor visualizao dos resultados, foram elaborados os seguintes grficos:

    0123456789

    Alongamento

    Alongamento AR

    0,00

    2,00

    4,00

    6,00

    8,00

    Relao peso potncia (kg/hp)

    Relao peso potncia (kg/hp)

  • 0,0%10,0%20,0%30,0%40,0%50,0%60,0%70,0%80,0%

    Relao de massas

    Relao de massas

    0,00

    50,00

    100,00

    150,00

    Carga alar (kg/m)

    Carga alar (kg/m)

  • Fotos das aeronaves pesquisadas:

    Figura 1: Ipanema

    Figura 2: Desenhos tcnicos do Ipanema

  • Figura 3: 7GCAA Citabria A

    Figura 4: AT-502B

  • Figura 5: Desenhos tcnicos do AT-502B

    Figura 6: PA-28-140

  • Figura 7: TB9

    Com base na anlise histrica e levando em considerao que nosso projeto no seria

    to otimizado quanto as aeronaves pesquisadas, fizemos uma estimativa pessimista em

    relao ao peso da aeronave:

    Tabela 2: Estimativa de massas da aeronave

    Tanque de combustvel 150kg

    Tanque de produtos qumicos 1200kg Motor 100kg Fuselagem 500kg Piloto 100kg Peso inicial estimado 2050kg

    Para decidir a configurao da aeronave, comparamos as vantagens e desvantagens de

    alguns itens:

    Tabela 3: Comparao das configuraes possveis

    Item Subitem Vantagens Desvantagens

    Superfcies de sustentao

    Asa retangular Barato; Fcil construo.

    Baixa eficincia aerodinmica devida ao arrasto induzido.

    Asa baixa Melhor aplicao do produto; Maior manobrabilidade de rolamento; Menor efeito solo; Exige menor pista de decolagem.

    Menor estabilidade lateral.

    Formas de controle Configurao Menor peso

  • convencional estrutural. Propulso Motor a lcool Mais barato;

    Ecologicamente correto.

    Exige maior tanque de combustvel.

    Motor localizado na parte frontal

    CG localizado mais na frente.

    Hlice localizada na frente do motor

    Escoamento sem perturbaes na hlice.

    Esteira de vrtices na asa; Aumento do arrasto total (aumenta o arrasto de atrito sobre a aeronave).

    Sistema de pouso Trem convencional

    Mais barato; Menor necessidade de manuteno.

    Mais susceptvel a acidentes no nariz; Pior visibilidade.

    Trem de pouso fixo

    Mais fcil construo; Mais barato.

    Perda de eficincia aerodinmica.

    Estrutura Materiais: Alumnio

    Resistncia a corroso; Relativamente leve; Facilidade de manipulao

    Fibra de vidro Resistente; Baixo peso; Adequa-se ao formato desejado.

    Compsitos Alta resistncia. Caro. Ao Resistente;

    Duro. Denso.

    Com base na tabela e nas diretrizes de projeto, a concepo escolhida foi:

    Propulso: Motor a lcool, localizado na parte frontal do avio, atrs da hlice

    Sistema de pouso: Trem convencional

    Estrutura:

    Materiais:

    Alumnio;

    Fibra de vidro;

    Ao (trem de pouso);

    Compsitos.

    Forma:

    Semelhante aos esboos a mo (em anexo).

  • Nossa anlise aerodinmica partiu da frmula do nmero de Reynolds, que um

    nmero adimensional que define vrias propriedades do escoamento de fluidos.

    Para a nossa asa, retangular, que ter corda de 1,5m e ter velocidade de cruzeiro de

    aproximadamente 200 km/h e considerando a densidade de 1,225 kg/m e viscosidade do ar

    17,89 Pa.s (dados retirados do livro ROSA, Edison da. Introduo ao Projeto Aeronutico:

    uma contribuio contribuio SAE Aerodesign; colaborao Juliano Toporoski. Florianpolis:

    UFSC/GRANTE, 2006):

    = 1,225 kg/m

    c = 1,5 m

    = 17,89 * Pa.s

    Tabela 4: Nmeros de Reynolds

    Cl Velocidade de estol (m/s)

    Velocidade atual (m/s)

    Re para a velocidade atual

    0,7 55,9 30,0 3,08E+06

    0,8 52,3 32,5 3,34E+06

    0,9 49,3 35,0 3,59E+06

    1,0 46,8 37,5 3,85E+06

    1,1 44,6 40,0 4,11E+06

    1,2 42,7 42,5 4,37E+06

    1,3 41,0 45,0 4,62E+06

    1,4 39,5 47,5 4,88E+06

    1,5 38,2 50,0 5,14E+06

    1,6 37,0 52,5 5,39E+06

    1,7 35,9 55,0 5,65E+06

    1,8 34,9 57,5 5,91E+06

    1,9 33,9 60,0 6,16E+06

    2,0 33,1 62,5 6,42E+06

    2,1 32,3 65,0 6,68E+06

    Para a velocidade estimada de cruzeiro, v = 200/3,6 m/s,

    Re = 5,70*106.

    Para essa mesma velocidade, tambm calculamos o nmero de Mach usando

    vsom=340m/s:

  • M=0,1634.

    Tendo em vista as premissas de projeto definidas no projeto informacional, escolhemos seis itens para a seleo de perfil. Em seguida, eles foram valorados de acordo com essas premissas, em ordem de importncia.

    Tabela 5: Critrios para seleo de perfil e respectivo peso

    Critrio Valor (1 a 5)

    Arrasto 2

    Fabricao 5

    Coeficiente de momento 5

    Relao Cl/Cd 1

    Resistncia Estrutural 3

    Sustentao 3

    Alguns perfis foram escolhidos para passar por essa avaliao, baseados na anlise

    histrica e em perfis semelhantes queles. Os candidatos foram:

    NACA 0010

    NACA 4412

    NACA 65-210

    SD 7062 (14%)

    SD 8040 (10%)

    Utilizando o software XFLR5 para anlise aerodinmica, os dados dos perfis foram

    avaliados, como mostra a tabela a seguir:

    Tabela 6: Comparao dos perfis

    Peso NACA 4412

    Nota SD 7062

    Nota NACA 0010

    Nota NACA 65-210

    Nota SD 8040

    Nota

    Raio - - - - -

    Espessura (%)

    11,94 - 14 - 9,95 - 9,99 - 10,01 -

    Camber (%) 4 - 3.97 - 0.04 - 1.1 - 2.65 -

    3 Cl mx 1,485 1 1,936 5 1,737 3 1,685 2 1,899 4

    1 Cl/Cd mx 177,2 5 170,0 5 111,6 3 109,6 2 142,0 4

    2 Cd (para Cl mx)

    0,044 2 0,039 3 0,028 5 0,035 4 0,035 4

    5 Cm (para Cl mx)

    -0,030 4 -0,039 5 0,028 4 -0,003 2 -0,014 3

    5 Fabricao 4 4 5 1 4

    3 Resistncia 4 5 2 2 3

  • Estrutural

    Total 64 86 73 37 68

    O perfil selecionado foi o SD 7062, visto que ele apresentou maior pontuao segundo os

    critrios estabelecidos.

    Para o clculo do coeficiente de sustentao da asa, primeiramente foi feita a

    simulao da curva Cl x do perfil, fixando Re=5,7.106 e Mach=0,163. Ento procedemos com

    o clculo de CL segundo os mtodos conhecidos.

    Segundo da Rosa,

    Em que a0 obtido por:

    Figura 8: Grfico Cl x alfa do perfil

  • Ento:

    Resolvendo CL por Nicolai,

    Aps definidas as equaes, prosseguimos com a simulao da asa no software XFLR5,

    com Re=5,6*106, M=0,16, =1,225 kg/m3 e =1,5*10-5m2/s pelo mtodo do 3D pannels.

    A tabela abaixo apresenta valores de CL em funo de Cl (Nicolai) e de (linearizao),

    sendo os valores de Cl obtidos em simulao no XFLR5. Por comparao, os valores obtidos

    com a simulao da asa encontram-se na ltima coluna.

    Tabela 7: Valores de CL

    Alpha ()

    Cl CD CDp CL por

    linearizao CL por Nicolai

    CL na simulao

    -10,0 -0,6924 0,0101 0,0058 -0,1672 -0,5152 -0,4484

    -9,5 -0,6355 0,0097 0,0053 -0,1531 -0,4728 -0,4097

    -9,0 -0,5782 0,0092 0,0048 -0,1391 -0,4302 -0,3708

    -8,5 -0,5204 0,0089 0,0043 -0,1250 -0,3872 -0,3319

    -8,0 -0,4627 0,0085 0,0038 -0,1109 -0,3443 -0,2930

    -7,5 -0,4047 0,0081 0,0034 -0,0968 -0,3011 -0,2539

    -7,0 -0,3462 0,0078 0,0030 -0,0827 -0,2576 -0,2149

    -6,5 -0,2875 0,0075 0,0027 -0,0686 -0,2139 -0,1757

    -6,0 -0,2286 0,0073 0,0025 -0,0546 -0,1701 -0,1366

    -5,5 -0,1697 0,0072 0,0022 -0,0405 -0,1263 -0,0974

    -5,0 -0,1108 0,0069 0,0020 -0,0264 -0,0824 -0,0581

    -4,5 -0,0517 0,0068 0,0018 -0,0123 -0,0385 -0,0189

    -4,0 0,0075 0,0067 0,0016 0,0018 0,0056 0,0204

    -3,5 0,0665 0,0066 0,0015 0,0159 0,0495 0,0597

    -3,0 0,1256 0,0065 0,0013 0,0299 0,0935 0,0989

    -2,5 0,1848 0,0064 0,0012 0,0440 0,1375 0,1382

  • -2,0 0,2435 0,0063 0,0011 0,0581 0,1812 0,1775

    -1,5 0,3021 0,0061 0,0010 0,0722 0,2248 0,2167

    -1,0 0,3608 0,0060 0,0010 0,0863 0,2684 0,2559

    -0,5 0,4194 0,0058 0,0009 0,1004 0,3120 0,2951

    0,0 0,4778 0,0057 0,0010 0,1144 0,3555 0,3342

    0,5 0,5362 0,0057 0,0010 0,1285 0,3989 0,3733

    1,0 0,5944 0,0056 0,0011 0,1426 0,4423 0,4123

    1,5 0,6527 0,0057 0,0012 0,1567 0,4856 0,4513

    2,0 0,7109 0,0057 0,0013 0,1708 0,5289 0,4902

    2,5 0,7688 0,0058 0,0014 0,1849 0,5720 0,5291

    3,0 0,8265 0,0060 0,0016 0,1989 0,6149 0,5678

    3,5 0,8837 0,0061 0,0017 0,2130 0,6575 0,6065

    4,0 0,9406 0,0063 0,0019 0,2271 0,6998 0,6450

    4,5 0,9972 0,0064 0,0021 0,2412 0,7419 0,6835

    5,0 1,0532 0,0066 0,0024 0,2553 0,7836 0,7219

    5,5 1,1077 0,0067 0,0026 0,2694 0,8242 0,7601

    6,0 1,1607 0,0069 0,0029 0,2834 0,8636 0,7982

    6,5 1,2152 0,0073 0,0032 0,2975 0,9041 0,8362

    7,0 1,2695 0,0077 0,0035 0,3116 0,9445 0,8741

    7,5 1,3231 0,0081 0,0038 0,3257 0,9844 0,9118

    8,0 1,3757 0,0085 0,0042 0,3398 1,0236 0,9494

    8,5 1,4268 0,0090 0,0046 0,3539 1,0616 0,9868

    9,0 1,4757 0,0096 0,0051 0,3679 1,0980 1,0241

    9,5 1,5230 0,0102 0,0056 0,3820 1,1332 1,0612

    10,0 1,5696 0,0107 0,0061 0,3961 1,1678 1,0982

    10,5 1,6124 0,0114 0,0067 0,4102 1,1997 1,1349

    11,0 1,6524 0,0121 0,0074 0,4243 1,2294 1,1715

    11,5 1,6779 0,0129 0,0081 0,4384 1,2484 1,2079

    12,0 1,7014 0,0138 0,0090 0,4524 1,2659 1,2441

    12,5 1,7200 0,0151 0,0102 0,4665 1,2797 1,2802

    13,0 1,7369 0,0166 0,0117 0,4806 1,2923 1,3160

    13,5 1,7499 0,0185 0,0136 0,4947 1,3020 1,3516

    14,0 1,7587 0,0210 0,0161 0,5088 1,3085 1,3870

    14,5 1,7596 0,0243 0,0195 0,5228 1,3092 1,4221

    15,0 1,7538 0,0286 0,0238 0,5369 1,3049 1,4571

    15,5 1,7345 0,0346 0,0299 0,5510 1,2905 1,4918

    16,0 1,7171 0,0413 0,0367 0,5651 1,2776 1,5263

    16,5 1,7177 0,0468 0,0423 0,5792 1,2780 1,5605

    17,0 1,7147 0,0530 0,0486 0,5933 1,2758 1,5945

    17,5 1,7089 0,0599 0,0557 0,6073 1,2715 1,6283

    18,0 1,7003 0,0676 0,0635 0,6214 1,2651 1,6618

    18,5 1,6869 0,0764 0,0724 0,6355 1,2551 1,6950

    19,0 1,6708 0,0860 0,0821 0,6496 1,2431 1,7280

    19,5 1,6530 0,0961 0,0924 0,6637 1,2299 1,7607

    20,0 1,6337 0,1068 0,1033 0,6778 1,2155 1,7932

    20,5 1,6141 0,1178 0,1144 0,6918 1,2009 1,8253

  • 21,0 1,5949 0,1287 0,1255 0,7059 1,1867 1,8572

    21,5 1,5767 0,1396 0,1364 0,7200 1,1731 1,8889

    22,0 1,5613 0,1499 0,1469 0,7341 1,1617 1,9202

    22,5 1,5465 0,1601 0,1572 0,7482 1,1506 1,9512

    23,0 1,5316 0,1702 0,1675 0,7623 1,1396 1,9820

    23,5 1,5199 0,1797 0,1771 0,7763 1,1309 2,0125

    24,0 1,5076 0,1894 0,1869 0,7904 1,1217 2,0426

    24,5 1,4965 0,1988 0,1963 0,8045 1,1134 2,0725

    25,0 1,4877 0,2077 0,2053 0,8186 1,1069 2,1021

    25,5 1,4766 0,2170 0,2148 0,8327 1,0986 2,1313

    26,0 1,4689 0,2257 0,2236 0,8468 1,0929 2,1603

    26,5 1,4622 0,2342 0,2322 0,8608 1,0879 2,1889

    27,0 1,4535 0,2431 0,2412 0,8749 1,0814 2,2172

    27,5 1,4477 0,2514 0,2495 0,8890 1,0771 2,2453

    28,0 1,4426 0,2595 0,2577 0,9031 1,0733 2,2729

    28,5 1,4361 0,2680 0,2663 0,9172 1,0685 2,3003

    29,0 1,4321 0,2759 0,2743 0,9313 1,0655 2,3274

    29,5 1,4279 0,2838 0,2823 0,9453 1,0624 2,3541

    30,0 1,4237 0,2918 0,2903 0,9594 1,0593 2,3805

    Figura 9: Grfico comparativo dos CL

    -1,0000

    -0,5000

    0,0000

    0,5000

    1,0000

    1,5000

    2,0000

    2,5000

    3,0000

    -20,0 -10,0 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0

    Cl do perfil

    CL por linearizao

    CL por Nicolai

    CL na simulao

  • Em seguida, foi plotada a curva de distribuio de CL na asa para =0.

    Figura 10: Distribuio de CL na asa

    Percebe-se que o coeficiente de sustentao nas pontas de asa menor, diferena

    esta causada pelas perdas aerodinmicas. Percebeu-se tambm que a soma das duas reas (da

    curva de CL e do downwash) uma constante para cada trecho da asa.

    A figura a seguir ilustra o escoamento na asa, onde percebe-se pela corrente de ar a

    ocorrncia do efeito dos vrtices de ponta de asa.

    Figura 11: Distribuio de Cp na asa e vrtices de ponta de asa

    Para o clculo do coeficiente de Oswald, interpolamos na tabela de Glauert, para = 1 (asa retangular) encontra-se = 0,052, e como ew = 1/(1+ ):

    ew = 0,95087

    O coeficiente de arrasto induzido em funo de CL calculado da forma:

  • A tabela a seguir mostra os valores de CDi em funo de CL e de :

    Tabela 8: CDi em funo de CL e de alfa

    Alfa () CL CDi

    -10,0 -0,4484 0,0100964

    -9,5 -0,4097 0,0084271

    -9,0 -0,3708 0,0069055

    -8,5 -0,3319 0,0055328

    -8,0 -0,2930 0,0043100

    -7,5 -0,2539 0,0032382

    -7,0 -0,2149 0,0023182

    -6,5 -0,1757 0,0015507

    -6,0 -0,1366 0,0009365

    -5,5 -0,0974 0,0004760

    -5,0 -0,0581 0,0001696

    -4,5 -0,0189 0,0000179

    -4,0 0,0204 0,0000209

    -3,5 0,0597 0,0001788

    -3,0 0,0989 0,0004916

    -2,5 0,1382 0,0009593

    -2,0 0,1775 0,0015815

    -1,5 0,2167 0,0023581

    -1,0 0,2559 0,0032886

    -0,5 0,2951 0,0043725

    0,0 0,3342 0,0056091

    0,5 0,3733 0,0069978

    1,0 0,4123 0,0085377

    1,5 0,4513 0,0102278

    2,0 0,4902 0,0120671

    2,5 0,5291 0,0140545

    3,0 0,5678 0,0161887

    3,5 0,6065 0,0184683

    4,0 0,6450 0,0208920

    4,5 0,6835 0,0234582

    5,0 0,7219 0,0261652

    5,5 0,7601 0,0290113

    6,0 0,7982 0,0319947

    6,5 0,8362 0,0351135

    7,0 0,8741 0,0383656

    7,5 0,9118 0,0417491

    8,0 0,9494 0,0452617

    8,5 0,9868 0,0489011

  • 9,0 1,0241 0,0526651

    9,5 1,0612 0,0565513

    10,0 1,0982 0,0605571

    10,5 1,1349 0,0646801

    11,0 1,1715 0,0689175

    11,5 1,2079 0,0732668

    12,0 1,2441 0,0777251

    12,5 1,2802 0,0822898

    13,0 1,3160 0,0869579

    13,5 1,3516 0,0917265

    14,0 1,3870 0,0965926

    14,5 1,4221 0,1015531

    15,0 1,4571 0,1066053

    15,5 1,4918 0,1117457

    16,0 1,5263 0,1169714

    16,5 1,5605 0,1222791

    17,0 1,5945 0,1276655

    17,5 1,6283 0,1331277

    18,0 1,6618 0,1386621

    18,5 1,6950 0,1442657

    19,0 1,7280 0,1499349

    19,5 1,7607 0,1556666

    20,0 1,7932 0,1614574

    20,5 1,8253 0,1673038

    21,0 1,8572 0,1732026

    21,5 1,8889 0,1791505

    22,0 1,9202 0,1851442

    22,5 1,9512 0,1911800

    23,0 1,9820 0,1972548

    23,5 2,0125 0,2033651

    24,0 2,0426 0,2095077

    24,5 2,0725 0,2156795

    25,0 2,1021 0,2218767

    25,5 2,1313 0,2280964

    26,0 2,1603 0,2343352

    26,5 2,1889 0,2405898

    27,0 2,2172 0,2468571

    27,5 2,2453 0,2531340

    28,0 2,2729 0,2594173

    28,5 2,3003 0,2657036

    29,0 2,3274 0,2719903

    29,5 2,3541 0,2782742

    30,0 2,3805 0,2845521

  • Para o clculo do rendimento na empenagem, necessrio conhecer a geometria da aeronave.

    Vamos ento basear a geometria da aeronave com o intuito de obter t 0,9. O estado utilizado para calcular o t da aeronave quando em cruzeiro.

    Primeiramente, calcula-se o CL da aeronave atravs da frmula:

    Quando em cruzeiro, o avio mantm uma altitude constante, ento a sustentao igual ao peso da aeronave. A velocidade de cruzeiro de 200 km/h = 55,5 m/s. A rea da superfcie da asa 15 m2.

    Possuindo o valor de CL , utilizando a frmula:

    Encontra-se = 0,067. Sendo a tg (0,067) = 0,00117.

    Com isso, calcula-se Ht da aeronave com a seguinte frmula:

    Sendo H =lref . tg e lref = 5,375m. Verifica-se que o valor de t = 0,9 esta compreendido

    entre os valores de 0,5 Z 0,9. Sendo Z = 0,9 , calcula-se o Ht da aeronave, que Ht = 0,98m.

    O prximo passo foi o clculo das resistncias da agro aeronave. Utilizando a tabela da pgina 132 do livro, estimam-se valores de CD:

    Parte Descrio CD A

    Fuselagem Forma aerodinmica, sem salincias

    0,06 SC

    Nacele Acima da asa em avies pequenos

    0,1 SC

    Flaps 60% da envergadura, defletido 30

    0,025 S1

    Bequilha Roda da bequilha e sua estrutura

    0,25 Spr

    Trem de pouso Rodas e estrutura expostas

    0,4 Spr

  • Figura 12: CL x CD da aeronave (verde) e da asa (vermelho)

    Em seguida, consideramos o efeito solo. Este efeito de especial importncia na nossa

    aeronave, uma vez que a mesma voa em baixas altitudes para aplicao do veneno. O grfico

    abaixo mostra a influncia do efeito solo a uma altitude de 5m.

    Figura 13: Grfico CL x CD da aeronave sem levar em conta efeito solo (verde) e levando em conta o efeito solo (azul)

    Estipulamos os seguintes dados para as rodas:

  • Raio Dimetro do pneu

    Rodas dianteiras 0,10 m 0,05 m Roda traseira 0,075 m 0,04 m

    Calculamos o arrasto na aeronave utilizando a seguinte tabela:

    Tabela 9: Clculo do arrasto para diferentes fases do vo

    Corrida (=0) Decolagem (=20) Cruzeiro (=2)

    Arrasto de perfil (Cd0)

    Cd0 para =0 Cd0 para =20

    (aproximadamente de estol)

    Cd0 para =2

    0,006 0,012 0,006 Arrasto induzido (CDi)

    0,0051 0,2703 0,0111 Arrasto parasita (CDP)

    0,026918 Arrasto de rolagem (Q)

    Q=0 Q=0

    16892,8 0 0 Arrasto Total

    8606,2 N 1871,2 N 362,9 N

    83,69 m/s 100,43 m/s 117,17 m/s

    Por semelhana com o tipo de aeronave, o motor selecionado foi um motor genrico

    de uma aeronave de transporte ttico areo 350HP, cuja curva foi fornecida pelo professor:

    Figura 14: Curva de potncia disponvel do motor escolhido

    0,00

    2000,00

    4000,00

    6000,00

    8000,00

    10000,00

    0 50 100 150 200

    TD [N]

    TD [N]

  • Tabela 10: Potncia disponvel e requerida

    v [m/s] CL CD TR [N] TD [N] PD [N.m/s]

    PR [N.m/s]

    10 22,345 7835,50 78355

    20 5,58625 7652,00 153040

    30 2,482778 7449,50 223485

    40 1,396563 7228,00 289120

    50 0,8938 0,038906 4504,158694 6987,50 349375 225207,9347

    60 0,620694 0,022189 2249,249594 6728,00 403680 134954,9756

    70 0,45602 6449,50 451465

    80 0,349141 0,012359 831,7877035 6152,00 492160 66543,01628

    90 0,275864 0,010689 586,1839221 5835,50 525195 52756,55299

    100 0,22345 0,009951 450,6862428 5500,00 550000 45068,62428

    110 0,184669 0,009457 367,6899719 5145,50 566005 40445,89691

    120 0,155174 0,009131 314,8261856 4772,00 572640 37779,14227

    130 0,132219 0,009437 291,7391438 4379,50 569335 37926,0887

    140 0,114005 0,008838 257,8883437 3968,00 555520 36104,36812

    150 0,099311 3537,50 530625

    160 0,087285 0,008713 230,6402471 3088,00 494080 36902,43953

    170 0,077318 2619,50 445315

    180 0,068966 2132,00 383760

    O volume de cauda um parmetro, fundamental para a estabilidade longitudinal,

    definido da seguinte forma:

    A partir de um valor referncia obtido da Tabela 10.1 pg. 187 para a aeronave Piper

    Cherokee, que possui S = 16,26m e b = 10,16m, valores semelhantes aos estimados para a

    0

    100000

    200000

    300000

    400000

    500000

    600000

    700000

    0 50 100 150 200

    Series1

  • nossa aeronave. Analisando a tabela obtivemos um valor para o volume de cauda = 0,61.

    Estimou-se ainda um valor para = 5m.

    Com isso determinamos o valor de :

    Analogamente ao valor de obtido a seguir, onde o valor de foi obtido da tabela

    10.1 e

    Com os valores das reas dos estabilizadores, pode-se determinar o dimensionamento

    final dos mesmos, conforme se pode observar na tabela:

    Profundor Leme

    S (m) 2,745 1,11

    b (m) 3 1,5

    c (m) 0,915 1

    c (m) - 0,48

    Para fazer o clculo de hn, utiliza-se a frmula:

    Sendo a = 4.437, aII = 1.8, h0 = 0.375, = 0.067, VH = 0.61 e t = 0.9.

    Com isso, calcula-se hn = 0,582795.

    Para fazer o clculo de MS, utiliza-se:

    Sendo hn = 0,0582795 e h = 0.51, chega-se a:

    MS = 0,072795

    A curva CM x foi plotada no software XFLR5, tendo como base o perfil selecionado e o

    comprimento da corda e a envergadura da asa.

  • Figura 15: Curva CM x alfa da asa

    Sendo a massa da aeronave 2050 kg, seu peso 20110 N. Com este peso, calcula-se n1

    =2,179.

    Para a velocidade de cruzeiro, q = 3788,7 Pa. Sendo S = 15 m, encontra-se a

    sustentao para o maior CL da aeronave, que L = 40217 N. Pensando nisso, no diagrama CM

    x obtivemos o valor de ngulo de ataque para essa carga, 14,5.

    Em seguida, plotamos a curva da distribuio de momento fletor ao longo da asa para

    este ngulo, com a finalidade de calcular os esforos a que ela est submetida. Escolhemos o

    formato da viga, uma viga caixo, para melhor suportar a toro.

    Figura 16: Distribuio de Momento Fletor na asa para velocidade de cruzeiro a =14,5

  • Tendo em vista a segurana, arredondamos o momento fletor mximo da longarina

    para 5.104 N.m. A partir deste valor, e levando em considerao o camber do perfil

    selecionado, iniciamos o dimensionamento da longarina.

    Figura 17: Esquematizao do perfil

    O dimensionamento da longarina se dar levando em conta a tenso das partes

    superior e inferior da viga, visto que as partes laterais no sero to afetadas pelo momento

    fletor.

    Portanto, a altura mxima que a longarina pode ter de 0,21m. Tomando uma altura

    menor para que a aba caiba no perfil, escolhemos uma altura de 0,10m e uma espessura para

    a alma e para a aba de 0,02m. O prximo passo ser encontrar a largura da viga. Relacionando

    tenso e o momento fletor, temos:

    Para a viga caixo:

    O material escolhido foi o Alumnio 2014-T6, cujas propriedades esto listadas a seguir:

  • Tabela 11: Propriedades do Alumnio 2014-T6

    Densidade (kg/m3) 2800

    Mdulo de Elasticidade (GPa) 72,4

    Tenso de Escoamento (MPa) 662

    Tenso de Cisalhamento (MPa) 290

    Utilizamos um fator de segurana 1,2, de forma que aumentasse a segurana mas no

    fosse muito acrscimo de peso.

    Ao compararmos esta frmula com as anteriores, obtemos:

    b=0,0583 m

    O peso da longarina foi calculado pela densidade do material:

    m=132 kg

  • Figura 18: Esquematizao da longarina

  • Concluso

    Ao final desenvolvimento do projeto, percebeu-se que o avio ainda no encontra-se

    pronto para comercializao. Para atingir esse nvel, um estudo mais aprofundado deveria ser

    feito, complementado com mais simulaes, testes e otimizaes.

    Esse curso, foi, entretanto, muito instrutivo na aprendizagem de aeronutica. Apesar

    de algumas dificuldades, como obteno de dados de aeronaves existentes, utilizao dos

    programas de simulao e falta de literatura aprofundada no assunto em portugus, muito foi

    aprendido, no s em sala de aula, mas principalmente na elaborao do projeto de um avio.

  • Referncias

    ROSA, Edison da; TOPOROSKI, Juliano. Introduo ao projeto aeronutico: uma

    contribuio competio SAE Aerodesign. Florianpolis, SC: UFSC, Centro Tecnolgico, 2006.

    283p.

    http://www.airtractor.com/ - Acesso em setembro de 2010.

    http://www.globoaviacaoagricola.com.br/ - Acesso em setembro de 2010.

    http://www.aeroneiva.com.br/ - Acesso em setembro de 2010.

    http://www.engbrasil.eng.br/ - Acesso em setembro de 2010.

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