introdução ao estudo da população. introdução o aumento da população ficará na história da...
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Introdução ao Estudo da População
IntroduçãoIntrodução
O aumento da população ficará na história da
Humanidade como o facto mais extraordinário do século
XX.
Entre o início e o fim do século XX a população mundial
mais do que triplicou o seu número, ultrapassando
actualmente os 6 milhares de milhão de indivíduos. .
Hoje cresce à média de duas pessoas por segundo,
resultado dos cinco nascimentos e três óbitos registados
no mesmo tempo.
Ciência da PopulaçãoCiência da População
A evolução da população resulta do comportamento
dos indicadores demográficos:
Demografia
O conceito de Análise Demográfica foi apresentado pela
primeira vez por Alfred Lotka (1880-1949):
• “Estudo das relações necessárias (…) entre as
quantidades que servem para descrever o estado e as
mudanças de estado de uma população.”
Demografia Demografia
É a Achille Guillard (1799-1876) que se deve a invenção
do termo demografia, em 1855.
Segundo Adolphe Landry, podemos definir Demografia
como:
• Ciência que mede as populações humanas
consideradas enquanto conjuntos que se renovam
“através do jogo dos nascimentos, dos óbitos e dos
movimentos migratórios.”
A Observação DemográficaA Observação Demográfica Como outras ciências, a investigação demográfica está
condicionada pela existência de dados de observação relativos
aos factos.
O conjunto dos acontecimentos demográficos – nascimentos,
óbitos, migrações e casamentos – observados no tempo
constituem o movimento da população e são conhecidos em
geral a partir das informações fornecidas pelos serviços de
Registo Civil.
Os factos relativos aos efectivos da população, isto é, ao seu
estado e estruturas são observados através de operações
periodicamente organizadas para esse efeito, os
recenseamentos.
Como se estuda a PopulaçãoComo se estuda a População
Conhecer o número de pessoas e as suas características
é muito importante para se efectuar um correcto
planeamento das medidas que os governos têm de
assumir para uma gestão eficaz dos recursos humanos e
materiais.
Recenseamentos
RecenseamentoRecenseamento
Definido internacionalmente pela Organização das
Nações Unidas, o recenseamento da população é:
“o conjunto das operações que consistem em recolher,
agrupar, avaliar, analisar, publicar e difundir por
todos os meios dados demográficos, económicos e
sociais relativos, num dado momento, a todos os
habitantes de um país ou de uma parte do país.”
RecenseamentoRecenseamento
Os recenseamentos já se realizam há milhares de anos; a
importância para os governantes consistia em conhecer o
número de homens que podiam disponibilizar para a
guerra e para o pagamento de impostos.
As contagens tradicionais tinham objectivos fiscais,
militares, administrativos e realizavam-se apenas
quando uma forte razão do Estado impunha a sua
necessidade;
Não existiam nem organismos nem pessoal
especializado.
RecenseamentoRecenseamento
A sua prática é actualmente universal e embora possa
haver uma grande variedade de processos e de situações,
todos devem coincidir com a definição da ONU, a qual
actualiza as quatro condições definidas desde o século
XIX:
Universalidade
Contagem individual
Simultaneidade
Periodicidade
Recenseamento em PortugalRecenseamento em Portugal
Os Recenseamentos são efectuados pelo Instituto
Nacional de Estatística (INE) mediante a aplicação de
questionários à população, com a periodicidade de 10 em
10 anos.
São conhecidas várias operações de contagem da
população portuguesa – a mais antiga é o numeramento
mandado fazer por D. João III em 1527,o qual dava uma
população de 1.120.000 pessoas.
Posteriormente ter-se-ão realizado contagens em 1636,
1732 e em 1768.
Recenseamento em PortugalRecenseamento em Portugal
Entre 1800 e 1864 efectuaram-se várias contagens, mas
apenas a de 1864 é considerada um verdadeiro
recenseamento, porque a sua realização obedeceu a
requisitos adoptados internacionalmente:
• Colheita simultânea de informações de carácter
demográfico relativas a toda a população de um
determinado território, realizada pelas autoridades do
Estado, num determinado momento. Operação
repetida com regularidade e periodicidade.
Recenseamento em PortugalRecenseamento em Portugal
Ao recenseamento de 1864, seguiu-se o de 1878.
A partir de 1890, todos os recenseamentos se passariam
a realizar de dez em dez anos, nos anos terminados em
0 (1900, 1920, 1930, 1940, 1950, 1960 e 1970);
A excepção foi o ano de 1910, devido à instabilidade
política causada pela queda da monarquia e instauração
da República, sendo adiado para 1911.
A partir de 1981, acertámos as datas com os países da
UE e realizam-se nos anos terminados em 1.
Medidas dos fenómenos Medidas dos fenómenos DemográficosDemográficos
Distribuição Geográfica da
PopulaçãoCre
scim
ento
Nat
ural
Nat
alid
ade
e M
orta
lidad
e Estrutura Etária
Jovens/Adultos/Idosos
Estrutura ActivaPrimário/Secundário/Terciário
Indicadores DemográficosIndicadores Demográficos Estrutura Etária: Composição da População por sexo e
classes de idades.
Pirâmide Etária ou Pirâmide das Idades: Gráfico que
permite representar a estrutura de uma população, por
classes de idades e sexo.
Esperança média de vida: Número de anos que, em
média, cada indivíduo tem probabilidade de viver.
Envelhecimento: Aumento do número de habitantes nas
classes etárias superiores a 65 anos.
Indicadores DemográficosIndicadores Demográficos
População Absoluta: Número total de habitantes de um
país num dado momento.
Densidade Populacional: mostra como se distribui a
população no espaço territorial e obtém-se dividindo a
população absoluta pela superfície do local em causa,
expressando-se em habitantes por quilómetro quadrado
(hab./km²)
Indicadores DemográficosIndicadores Demográficos
Natalidade: número de nados-vivos ocorridos numa
dada região, num determinado período de tempo.
Mortalidade: número total de óbitos ocorridos numa
dada região, num determinado período de tempo.
Saldo Fisiológico ou Crescimento Natural:
• Diferença entre os nascimentos e os óbitos, numa
dada região e num dado período de tempo (CN=N-M).
Saldo Fisiológico ou Saldo Fisiológico ou Crescimento NaturalCrescimento Natural
Este indicador pode revelar três situações distintas:
• Natalidade > Mortalidade => Crescimento Natural
Positivo (a população aumenta).
• Natalidade < Mortalidade => Crescimento Natural
Negativo (a população diminui).
• Natalidade = Mortalidade => Crescimento Natural
Nulo (a população estagnou).
Indicadores DemográficosIndicadores Demográficos
Migração: Movimento de uma população, temporário ou
permanente, de um lugar para outro.
• Imigração: movimento de população de chegada a uma
região para aí se fixar
• Emigração: movimento de população de partida de uma
região para outra com intenção de aí se fixar.
• Êxodo rural: saída de população das áreas rurais para as
áreas urbano-industriais.
• Êxodo urbano: saída de população das áreas urbanas
para os arredores ou até para as áreas rurais.
Saldo MigratórioSaldo Migratório
Este indicador também pode revelar três situações
distintas:
• Imigração > Emigração => Saldo Migratório Positivo
(entrou mais população do que a que saiu).
• Imigração < Emigração => Saldo Migratório
Negativo (saiu mais população do que a que entrou).
• Imigração = Emigração => Saldo Migratório Nulo (as
entradas igualaram as saídas).
Indicadores DemográficosIndicadores Demográficos
Crescimento Efectivo: Índice demográfico que resulta da
soma entre o crescimento natural e o saldo migratório.
CE = (N - M) + (I - E)
Conclusões:
• Crescimento Efectivo > 0 => Crescimento Populacional
• Crescimento Efectivo < 0 => Decréscimo Populacional
• Crescimento Efectivo = 0 => Estagnação Populacional
Indicadores DemográficosIndicadores Demográficos
Estes indicadores demográficos permitem-nos efectuar
cálculos que nos ajudam a caracterizar uma população.
No entanto, quando queremos comparar diferentes
realidades espaciais (Continentes, Países, Cidades, etc.),
é mais útil recorrer ao cálculo de taxas com base nesses
indicadores.
Medidas dos fenómenos Medidas dos fenómenos DemográficosDemográficos
A partir dos dados de observação, referentes ao estado
da população e aos acontecimentos demográficos –
nascimentos, óbitos, mudanças de residência – ou a
acontecimentos de incidência demográfica –
casamentos, divórcios – a análise demográfica mede os
fenómenos demográficos, recorrendo, para este efeito, a
dois tipos de instrumentos: as taxas e os quocientes.
As TaxasAs Taxas
São o instrumento de medida mais utilizado em análise
demográfica;
Referem a relação entre acontecimentos ocorridos
durante um período e a respectiva população média, de
que resulta a medida da frequência dos movimentos da
população e dos fenómenos demográficos.
As taxas têm sempre uma dimensão anual.
Taxa de Natalidade: expressa o número anual de
nados-vivos por cada 1000 habitantes
Taxa de Mortalidade: expressa o número anual de
óbitos por cada 1000 habitantes
Cálculo de TaxasCálculo de Taxas
• Taxa de Mortalidade Infantil: expressa o número anual
de óbitos de crianças com menos de 1 ano por cada
1000 nados-vivos.
• Taxa de fecundidade ou fertilidade: : expressa o
número de nados-vivos por cada mil mulheres em idade
fecunda (estatisticamente, de 15 a 49 anos).
Cálculo de TaxasCálculo de Taxas
Taxa de crescimento natural ou saldo fisiológico:
diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade.
Taxa de crescimento real ou efectivo: resulta da diferença
entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade, bem
como da diferença entre a imigração e a emigração:
(Natalidade – Mortalidade) + (Imigração – Emigração) X 1000
População Absoluta
Cálculo de TaxasCálculo de Taxas
Evolução da População MundialEvolução da População Mundial
Três Fases da Evolução da Três Fases da Evolução da PopulaçãoPopulação
1ª - Regime demográfico Primitivo 1ª - Regime demográfico Primitivo
(até ao séc. XVIII): (até ao séc. XVIII):
Natalidade e Mortalidade elevadas;
Fraco Crescimento Natural;
Esperança média de vida baixa.
2ª - Revolução Demográfica (do séc. XVIII até aos 2ª - Revolução Demográfica (do séc. XVIII até aos
anos 40 do séc. XX):anos 40 do séc. XX):
Natalidade elevada;
Mortalidade diminui acentuadamente;
O Crescimento Natural aumenta significativamente;
Esperança média de vida baixa.
Três Fases da Evolução da Três Fases da Evolução da PopulaçãoPopulação
3ª - Regime Demográfico Moderno - 3ª - Regime Demográfico Moderno -
explosão demográfica (na actualidade):explosão demográfica (na actualidade):
A Natalidade baixa;
A Mortalidade baixa;
Crescimento Natural baixo;
Esperança média de vida elevada.
Três Fases da Evolução da Três Fases da Evolução da PopulaçãoPopulação
1ª fase1ª faseRegime demográfico Primitivo (até ao séc. XVIII) Regime demográfico Primitivo (até ao séc. XVIII)
Natalidade elevada devido a:Natalidade elevada devido a: Os filhos eram uma fonte de riqueza porque serviram de mão
de obra para trabalhar na agricultura; Desconheciam o planeamento familiar; Mortalidade infantil muito elevada, o que obrigava os pais a
terem mais filhos para substituir os que morriam.
Mortalidade elevada devido a:Mortalidade elevada devido a: Maus anos agrícolas que originavam fomes; Falta de higiene - pestes e epidemias; Guerras; A medicina curativa e preventiva não estava desenvolvida.
2ª fase2ª faseRevolução Demográfica Revolução Demográfica
(do séc. XVIII até aos anos 40 do séc. XX):(do séc. XVIII até aos anos 40 do séc. XX):
A melhoria das condições de vida deu origem:A melhoria das condições de vida deu origem:
A uma significativa diminuição das taxas de mortalidade;
A um aumento da esperança média de vida;
Os valores das taxas de natalidade não sofreram
grandes alterações, o que implicou um importante
aumento do crescimento natural.
2ª fase2ª faseRevolução Demográfica Revolução Demográfica
(do séc. XVIII até aos anos 40 do séc. XX):(do séc. XVIII até aos anos 40 do séc. XX):
Nas regiões onde não aconteceram estas
transformações, como foi o caso de Portugal, que só
conheceu a industrialização posteriormente, manteve-se
o equilíbrio entre a taxa de natalidade e a taxa de
mortalidade, ou seja, um crescimento natural reduzido.
Após este período, começaram a existir diferenças entre
os ritmos demográficos das regiões industrializadas e os
ritmos das regiões não industrializadas..
2ª Fase2ª FaseDois acontecimentos importantes Dois acontecimentos importantes
para a Revolução Demográficapara a Revolução Demográfica
Revolução AgrícolaRevolução Agrícola::
Conjunto de alterações na agricultura europeia que
sucederam a par da Revolução Industrial, por
meados do século XVIII;
Caracterizou-se essencialmente pela introdução de
novos métodos e técnicas de cultivo, que permitiram
o aumento da quantidade e variedade de produtos
agrícolas.
2ª Fase2ª FaseDois acontecimentos importantes Dois acontecimentos importantes
para a Revolução Demográficapara a Revolução Demográfica
Revolução Industrial:Revolução Industrial:
Conjunto de transformações na actividade fabril
apoiadas na aplicação de uma série de inventos.
Iniciou-se no Reino Unido em 1760, estendendo-se
depois a outros países da Europa e, mais tarde, do
Mundo.
Estas transformações na indústria tiveram repercussões
sociais, demográficas e económicas muito importantes.
3ª fase3ª fase Regime Demográfico Moderno – Regime Demográfico Moderno –
explosão demográfica (na actualidade):explosão demográfica (na actualidade):
Após a Segunda Guerra Mundial, verifica-se um crescimento Após a Segunda Guerra Mundial, verifica-se um crescimento
demográfico acelerado da população mundial.demográfico acelerado da população mundial.
Os países industrializados e as organizações por eles formadas Os países industrializados e as organizações por eles formadas
auxiliaram os países menos desenvolvidos. auxiliaram os países menos desenvolvidos.
Esses auxílios provocaram uma grande descida das taxas de Esses auxílios provocaram uma grande descida das taxas de
mortalidade que, associada à manutenção de elevadas taxas de mortalidade que, associada à manutenção de elevadas taxas de
natalidade, deu origem a um crescimento natural explosivo.natalidade, deu origem a um crescimento natural explosivo.
3ª fase3ª fase
Regime Demográfico Moderno – Regime Demográfico Moderno – explosão demográfica (na actualidade):explosão demográfica (na actualidade):
Nos países industrializados, o crescimento natural Nos países industrializados, o crescimento natural
começou a baixar devido à contínua diminuição dos começou a baixar devido à contínua diminuição dos
valores das taxas de natalidade, em consequência da valores das taxas de natalidade, em consequência da
alteração da mentalidade em relação às condições das alteração da mentalidade em relação às condições das
crianças e das mulheres na sociedade.crianças e das mulheres na sociedade.
No período anterior a 1950 a população portuguesa
registou um grande crescimento, à excepção do período
entre 1911 e 1920 devido a:
o Alterações políticas na sequência da implantação da
República;
o 1ª Guerra Mundial;
o À gripe pneumónica.
Evolução da População Portuguesa Evolução da População Portuguesa (2ª metade do séc. XX)(2ª metade do séc. XX)
Entre 1950 e 1960 a revolução demográfica portuguesa
começa a sentir-se, ainda que Portugal tenha sido até à
década de 60, um dos poucos países da Europa que não
sofreu o processo de envelhecimento da população,
apresentando uma população jovem.
Isto deve-se a:
o Características rurais;
o Influência da Igreja Católica;
o Baixo número de mulheres a trabalhar fora de casa.
Evolução da População Portuguesa Evolução da População Portuguesa (2ª metade do séc. XX)(2ª metade do séc. XX)
Entre 1960 e 1970 começou a registar-se pela primeira
vez no séc. XX uma diminuição da população. Para esta
muito contribuíram:
o Emigração;
o Guerra Colonial;
o Alterações socioculturais (utilização de métodos
contraceptivos, maior número de mulheres no
mercado de trabalho, etc.)
Evolução da População Portuguesa Evolução da População Portuguesa (2ª metade do séc. XX)(2ª metade do séc. XX)
Entre 1970 e 1981 regista-se um grande crescimento
demográfico, devido a:
o Fim da guerra colonial;
o Fim do surto migratório;
o Regresso de alguns emigrantes e da população das
ex-colónias.
Evolução da População Portuguesa Evolução da População Portuguesa (2ª metade do séc. XX)(2ª metade do séc. XX)
Actualmente regista-se:
o Baixa taxa de natalidade;
o Baixa taxa de mortalidade;
o Aumento da esperança média de vida.
Evolução da População Portuguesa Evolução da População Portuguesa (2ª metade do séc. XX)(2ª metade do séc. XX)
Distribuição da NatalidadeDistribuição da Natalidade
Os países com TN mais elevada localizam-se em África e no
Médio Oriente;
A Europa, a Rússia, a América do Norte, a Austrália e o
Japão, que pertencem ao conjunto dos países
desenvolvidos, registam as taxas de natalidade mais baixas.
O Comportamento da NatalidadeO Comportamento da Natalidade
Natalidade elevada Natalidade elevada (associada aos países pobres):(associada aos países pobres):
Tradição de famílias numerosas;
Casamento precoce (entre os 15 e os 18 anos);
Os filhos podem ser importantes para ajudar no
trabalho familiar;
A religião contesta o uso de contraceptivos e o
recurso ao aborto;
O analfabetismo dificulta o acesso à informação
sobre planeamento familiar.
O Comportamento da NatalidadeO Comportamento da Natalidade
Natalidade baixa Natalidade baixa (associada aos países desenvolvidos):(associada aos países desenvolvidos):
Modernização das sociedades;
Melhoria do nível de vida e maior preocupação com a
educação dos filhos;
Entrada das mulheres no mercado de trabalho;
Desejo de realização pessoal e profissional dos casais;
Planeamento familiar e generalização do uso de
contraceptivos.
A diminuição da natalidade está relacionada com a descida
do índice sintético de fecundidade: número médio de filhos
por mulher em idade fértil (15-49 anos).
O Comportamento da NatalidadeO Comportamento da Natalidade
Evolução da Natalidade em PortugalEvolução da Natalidade em Portugal
Tem registado uma descida muito significativa passando de
24% para 10,9% nos últimos 50 anos até 2001, devido a:
Diminuição da população rural e o aumento da população
urbana; Integração da mulher no mercado de trabalho; Alterações das mentalidades; Emigração nos anos 60; Envelhecimento da população.
As regiões do litoral, Algarve, Norte, Madeira e Açores são
as que têm menor TN actualmente e as do interior as que
têm valores mais altos.
Distribuição da MortalidadeDistribuição da Mortalidade Podemos considerar a TM em três grandes grupos de países:
Taxas mais elevadas ocorrem nos países menos desenvolvidos, nomeadamente nos
continentes africano e asiático, onde se registam problemas de alimentação e nos
cuidados de saúde.
Taxas mais baixas nos países em desenvolvimento, que têm resolvido os seus
maiores problemas alimentares e de saúde, em virtude de serem populações jovens.
Nos países desenvolvidos registam valores estáveis, uma vez que o envelhecimento
da população e a morte natural por velhice são compensados pela excelência de
cuidados de saúde e dos níveis alimentares. Portugal está inserido neste grupo.
Distribuição da MortalidadeDistribuição da Mortalidade
O Comportamento da MortalidadeO Comportamento da Mortalidade
Mortalidade elevada Mortalidade elevada (associada aos países (associada aos países
pobres):pobres):
Deficiente assistência médica;
Baixo nível sanitário;
Escassez de alimentos e fome;
Guerras e conflitos sociais;
Catástrofes naturais e epidemias;
O Comportamento da MortalidadeO Comportamento da Mortalidade
Mortalidade baixa Mortalidade baixa (associada aos países (associada aos países
desenvolvidos):desenvolvidos):
Boa assistência médica;
Boas condições sanitárias;
Boa alimentação;
Proibição do trabalho infantil;
Elevado nível de vida das populações.
O Comportamento da MortalidadeO Comportamento da Mortalidade
Evolução da Mortalidade em PortugalEvolução da Mortalidade em Portugal
Não regista uma tendência tão clara como a natalidade,
uma vez que se registam factores que, se por um lado a
fazem descer, por outro são responsáveis pelo seu
aumento.
No período pós 1960, verifica-se uma tendência geral
que aponta para uma descida; assim a TM desce de
11,1% em 1961 para 9,31% (valor mínimo em 1982),
sendo actualmente 10,5‰.
Evolução da Mortalidade em PortugalEvolução da Mortalidade em Portugal
Para este decréscimo contribuem factores como:
Uma melhor alimentação; Cuidados de saúde mais eficazes; Uma rede de vacinação infantil generalizada a quase
toda a população; Um maior número de partos a ocorrer em maternidades; Abastecimento de água canalizada.
As regiões do interior são as que têm a TM mais elevada
e as do litoral os valores mais baixos.
Crescimento NaturalCrescimento Natural
Como depende directamente das taxas de natalidade e
mortalidade, há também um contraste entre os países:
Os países desenvolvidos registam valores muito
baixos ou negativos de crescimento natural;
Os países menos desenvolvidos apresentam
valores muito elevados devido sobretudo às
elevadas taxas de natalidade, e localiza-se
essencialmente no continente africano e no médio
oriente.
Crescimento NaturalCrescimento Natural A TCN é muito elevada em África, no Sul da Ásia, no Médio A TCN é muito elevada em África, no Sul da Ásia, no Médio
Oriente e numa parte significativa da América Latina.Oriente e numa parte significativa da América Latina.
Muito baixa na América do Norte, na Europa e no Norte e Muito baixa na América do Norte, na Europa e no Norte e
centro da Ásia.centro da Ásia.
Evolução da TCN em PortugalEvolução da TCN em Portugal
Tem acompanhado a descida da TN, pelo que tem
diminuído significativamente desde 1960, quando o
valor era de 13,37% para em 2001 ser apenas de 0,7%.
Apesar deste decréscimo Portugal continua a
apresentar um crescimento natural positivo.
Crescimento Efectivo em Crescimento Efectivo em PortugalPortugal
Regista uma variação de alguma forma contrária à TCN.
A partir dos anos 90 passou a ter uma evolução positiva
devido ao aumento da Imigração fruto da entrada de
pessoas do Leste Europeu e dos países lusófonos.
Contrastes regionais da TCN e da TCE:Contrastes regionais da TCN e da TCE:
São idênticas, têm valores positivos no litoral e
negativos no interior de Portugal.
Esperança Média de VidaEsperança Média de Vida
Tem aumentado em todo o mundo como consequência
da diminuição da mortalidade:
É maior nos países desenvolvidos, rondando os 77
anos de idade, consequência das melhores condições
de saúde e apoio à 3ª idade;
É menor nos países subdesenvolvidos, rondando
menos de 50 anos, consequência das carências
alimentares, dos cuidados de saúde e de conflitos;
É mais elevada nas mulheres, na medida em que os
homens são mais atreitos a doenças e têm mais
acidentes de trabalho (profissões de maior risco).
Esperança Média de VidaEsperança Média de Vida
Portugal RecentePortugal Recente
Nas últimas décadas, sofreu rápidas e profundas
modificações que alteraram o seu perfil demográfico
“clássico”, aproximando-o do modelo europeu.
À semelhança de outros Estados-Membros da EU,
Portugal tem:
Taxas de crescimento muito reduzidas;
Estrutura etária envelhecida;
Baixos níveis de fecundidade e de mortalidade infantil;
Progressivo acréscimo de estrangeiros.
Portugal RecentePortugal Recente Em 2001, o número de habitantes era de 10 356 117, dos
quais 48% eram homens e 52% mulheres.
Ocupa a 9ª posição entre os países mais povoados da UE,
mas apenas 74.ª a nível mundial.
Em 2001 a densidade populacional era de 112hab/km²,
valor muito próximo da UE-25 (114hab/km²), mas a
repartição da população portuguesa é muito desigual:
As densidades populacionais mais elevadas encontram-
se na faixa litoral Oeste até ao Sado e na orla algarvia;
No interior, e em particular no Alentejo, as densidades
são muitas vezes inferiores a 20hab/km².