introdução à metodologia do trabalho científico...

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Introdução à Metodologia do Trabalho Científico SUMÁRIO SUMÁRIO ABERTURA .................................................................................................................................. 7 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .......................................................................................................................................... 7 OBJETIVO E CONTEÚDO ......................................................................................................................................................... 7 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................................................................. 8 PROFESSORES-AUTORES ......................................................................................................................................................... 9 MÓDULO 1 – MÉTODOS ........................................................................................................... 11 APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 11 UNIDADE 1 – TRABALHOS MONOGRÁFICOS .................................................................................... 11 1.1 DIA A DIA ............................................................................................................................................................................. 11 1.1.1 VALOR DO MÉTODO .................................................................................................................................................... 11 1.2 MONOGRAFIA .................................................................................................................................................................. 12 1.3 TIPOS DE TRABALHO MONOGRÁFICO ...................................................................................................................... 12 1.3.1 VARIAÇÕES .................................................................................................................................................................... 13 1.4 TIPOS DE ANÁLISE ............................................................................................................................................................ 13 1.5 TIPOS DE DISCURSO ........................................................................................................................................................ 13 1.6 CARACTERÍSTICAS GERAIS ............................................................................................................................................. 14 1.7 ORIENTAÇÕES GERAIS ..................................................................................................................................................... 14 1.8 ASPECTOS CIENTÍFICOS ................................................................................................................................................. 14 1.9 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 15 UNIDADE 2 – TIPOS DE PESQUISA ..................................................................................................... 15 2.1 PESQUISA .......................................................................................................................................................................... 15 2.1.1 RELATÓRIOS DE PESQUISA ......................................................................................................................................... 15 2.2 PESQUISA BÁSICA E APLICADA ................................................................................................................................... 16 2.3 PESQUISA DOCUMENTAL E EXPLORATÓRIA ........................................................................................................... 16 2.4 PESQUISA EXPERIMENTAL ............................................................................................................................................. 17 2.5 MÉTODO EXPERIMENTAL .............................................................................................................................................. 17 2.5.1 EFEMERIDADE .............................................................................................................................................................. 18 2.6 MÉTODO HISTÓRICO ....................................................................................................................................................... 18 2.7 MÉTODO COMPARATIVO ................................................................................................................................................ 19 2.8 MÉTODO ESTATÍSTICO .................................................................................................................................................... 19 2.9 MÉTODO OBSERVACIONAL ........................................................................................................................................... 19 2.10 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 20 UNIDADE 3 – INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ...................................................................... 20 3.1 OBSERVAÇÃO ..................................................................................................................................................................... 20 3.2 ENTREVISTA ......................................................................................................................................................................... 20 3.2.1 PROCEDIMENTOS ........................................................................................................................................................ 20 3.3 FORMULÁRIO ..................................................................................................................................................................... 21 3.4 QUESTIONÁRIO .................................................................................................................................................................. 21 3.4.1 ESTRUTURA DO QUESTIONÁRIO .............................................................................................................................. 22 3.5 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 22 UNIDADE 4 – CENÁRIO CULTURAL ..................................................................................................... 22

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Introdução à Metodologia do Trabalho Científico S U M Á R I O

SUMÁRIO

ABERTURA .................................................................................................................................. 7

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .......................................................................................................................................... 7

OBJETIVO E CONTEÚDO ......................................................................................................................................................... 7

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................................................................. 8

PROFESSORES-AUTORES ......................................................................................................................................................... 9

MÓDULO 1 – MÉTODOS ........................................................................................................... 11

APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 11

UNIDADE 1 – TRABALHOS MONOGRÁFICOS .................................................................................... 11

1.1 DIA A DIA ............................................................................................................................................................................. 11

1.1.1 VALOR DO MÉTODO .................................................................................................................................................... 11

1.2 MONOGRAFIA  .................................................................................................................................................................. 12

1.3 TIPOS DE TRABALHO MONOGRÁFICO ...................................................................................................................... 12

1.3.1 VARIAÇÕES  .................................................................................................................................................................... 13

1.4 TIPOS DE ANÁLISE ............................................................................................................................................................ 13

1.5 TIPOS DE DISCURSO ........................................................................................................................................................ 13

1.6 CARACTERÍSTICAS GERAIS ............................................................................................................................................. 14

1.7 ORIENTAÇÕES GERAIS ..................................................................................................................................................... 14

1.8 ASPECTOS CIENTÍFICOS ................................................................................................................................................. 14

1.9 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 15

UNIDADE 2 – TIPOS DE PESQUISA ..................................................................................................... 15

2.1 PESQUISA  .......................................................................................................................................................................... 15

2.1.1 RELATÓRIOS DE PESQUISA ......................................................................................................................................... 15

2.2 PESQUISA BÁSICA E APLICADA ................................................................................................................................... 16

2.3 PESQUISA DOCUMENTAL E EXPLORATÓRIA ........................................................................................................... 16

2.4 PESQUISA EXPERIMENTAL ............................................................................................................................................. 17

2.5 MÉTODO EXPERIMENTAL .............................................................................................................................................. 17

2.5.1 EFEMERIDADE  .............................................................................................................................................................. 18

2.6 MÉTODO HISTÓRICO ....................................................................................................................................................... 18

2.7 MÉTODO COMPARATIVO ................................................................................................................................................ 19

2.8 MÉTODO ESTATÍSTICO .................................................................................................................................................... 19

2.9 MÉTODO OBSERVACIONAL ........................................................................................................................................... 19

2.10 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 20

UNIDADE 3 – INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ...................................................................... 20

3.1 OBSERVAÇÃO ..................................................................................................................................................................... 20

3.2 ENTREVISTA ......................................................................................................................................................................... 20

3.2.1 PROCEDIMENTOS  ........................................................................................................................................................ 20

3.3 FORMULÁRIO ..................................................................................................................................................................... 21

3.4 QUESTIONÁRIO .................................................................................................................................................................. 21

3.4.1 ESTRUTURA DO QUESTIONÁRIO .............................................................................................................................. 22

3.5 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 22

UNIDADE 4 – CENÁRIO CULTURAL ..................................................................................................... 22

S U M Á R I O Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

MÓDULO 2 – IMPORTÂNCIA DO TEMA .................................................................................... 23APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 23

UNIDADE 1 – PAPEL DO ARTIGO CIENTÍFICO .................................................................................... 23

1.1 REQUISITO DA PÓS-GRADUAÇÃO .............................................................................................................................. 23

1.2 VEICULAÇÃO DE NOTÍCIAS CIENTÍFICAS ................................................................................................................ 23

1.3 RELATÓRIO VERSUS ARTIGO CIENTÍFICO .............................................................................................................. 24

1.4 TEMA MONOGRÁFICO .................................................................................................................................................... 24

1.5 PRODUTO DO ARTIGO CIENTÍFICO ............................................................................................................................ 24

1.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 25

UNIDADE 2 – ESCOLHA DO TEMA ...................................................................................................... 25

2.1 REQUISITO BÁSICO ........................................................................................................................................................... 25

2.2 RELEVÂNCIA E INOVAÇÃO ............................................................................................................................................. 25

2.2.1 INDAGAÇÃO SIGNIFICATIVA ...................................................................................................................................... 26

2.2.2 ASSUNTO VERSUS TEMA DE PESQUISA ............................................................................................................. 26

2.2.3 RELEVÂNCIA DO TEMA ................................................................................................................................................ 27

2.2.3.1 VERFICAÇÃO DA RELEVÂNCIA DO TEMA .......................................................................................................... 27

2.3 ORIGINALIDADE .............................................................................................................................................................. 28

2.4 LIMITAÇÕES DO PESQUISADOR .................................................................................................................................. 28

2.5 SUGESTÕES ...................................................................................................................................................................... 29

2.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 29

UNIDADE 3 – TIPOS DE TEMAS-PROBLEMA ...................................................................................... 30

3.1 TIPOS DE PROBLEMAS .................................................................................................................................................... 30

3.2 PROBLEMAS DESCRITIVOS ............................................................................................................................................ 30

3.3 PROBLEMAS PROPOSITIVOS ......................................................................................................................................... 30

3.4 NORMAS JURÍDICAS ......................................................................................................................................................... 31

3.5 DOGMÁTICA JURÍDICA ................................................................................................................................................... 31

3.6 POSSIBILIDADES DE PESQUISA ................................................................................................................................... 32

3.7 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 32

UNIDADE 4 – TIPOS DE PESQUISA ..................................................................................................... 32

4.1 PESQUISAS PROPOSTIVISTAS DE LEGE LATA ......................................................................................................... 32

4.2 ETAPAS DA PESQUISA DE LEGE LATA ....................................................................................................................... 33

4.2.1 IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA .............................................................................................................................. 33

4.2.2 SELEÇÃO DO CONTEÚDO NORMATIVO ................................................................................................................ 34

4.2.3 ANÁLISE DE PONTOS DE VISTA ANTAGÔNICOS ................................................................................................ 34

4.2.4 DEFINIÇÃO DE CRITÉRIOS .......................................................................................................................................... 34

4.2.5 CONCLUSÃO ................................................................................................................................................................... 34

4.3 PESQUISAS PROPOSITIVAS DE LEGE FERENDA .................................................................................................... 35

4.3.1 ETAPAS DA PESQUISA .................................................................................................................................................. 35

4.4 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 36

UNIDADE 5 – CENÁRIO CULTURAL ..................................................................................................... 36

MÓDULO 3 – ELABORAÇÃO DO TRABALHO ........................................................................... 37APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 37

UNIDADE 1 – FORMA E CONTEÚDO ................................................................................................... 37

1.1 FORMATO .......................................................................................................................................................................... 37

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico S U M Á R I O

1.2 TAMANHO DOS ARTIGOS CIENTÍFICOS ................................................................................................................... 37

1.3 TAMANHO DO TRABALHO ............................................................................................................................................ 38

1.4 OBJETIVIDADE E CONCISÃO ......................................................................................................................................... 38

1.5 IMPORTÂNCIA DAS CITAÇÕES ..................................................................................................................................... 38

1.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 39

UNIDADE 2 – INTRODUÇÃO DO ESTUDO .......................................................................................... 39

2.1 ESTRUTURA FINAL DO TRABALHO ............................................................................................................................. 39

2.2 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA ................................................................................................................................. 39

2.2.1 ALGUNS COMENTÁRIOS ............................................................................................................................................. 39

2.3 CONCRETUDE DO PROBLEMA ..................................................................................................................................... 40

2.4 CONCRETUDE DO PROBLEMA ..................................................................................................................................... 41

2.5 APRESENTAÇÃO DA INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 41

2.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 42

UNIDADE 3 – DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO DO ESTUDO ....................................................... 42

3.1 MIOLO DO ARTIGO ......................................................................................................................................................... 42

3.2 TRABALHO COM PROBLEMAS DESCRITIVOS ........................................................................................................ 42

3.3 TRABALHO COM PROBLEMAS PROPOSITIVOS ..................................................................................................... 43

3.3.1 APRESENTAÇÃO DA ARGUMENTAÇÃO .................................................................................................................. 44

3.4 CONTEÚDO DA CONCLUSÃO ...................................................................................................................................... 45

3.5 CONTINUIDADE DO ESTUDO ....................................................................................................................................... 45

3.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 45

UNIDADE 4 – ESCRITURA DO TEXTO ................................................................................................. 45

4.1 TÉCNICA DE ESCRITA ....................................................................................................................................................... 45

4.1.1 CAMADA UM ................................................................................................................................................................... 46

4.1.2 CAMADA DOIS ................................................................................................................................................................ 46

4.1.3 CAMADA TRÊS ................................................................................................................................................................ 47

4.1.4 VANTAGENS DA ESCRITURA EM CAMADAS ........................................................................................................ 47

4.2 CARACTERÍSTICAS DA ESCRITA .................................................................................................................................... 47

4.2.1 MANUALISMO .............................................................................................................................................................. 48

4.2.2 EXCESSO DE INFORMAÇÕES ..................................................................................................................................... 48

4.2.3 FORMAS DE TRATAMENTO ENCOMIÁSTICAS ..................................................................................................... 49

4.2.4 CONSELHOS ESTILÍSTICOS ........................................................................................................................................ 49

4.3 EXCESSOS ESTILÍSTICOS ................................................................................................................................................ 50

4.4 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 50

UNIDADE 5 – CARTILHA ..................................................................................................................... 50

5.1 CARTILHA COMO OPÇÃO DE TCC .............................................................................................................................. 50

5.2 OBJETIVOS DA CARTILHA .............................................................................................................................................. 50

5.2.1 CARÁTER INSTRUMENTAL E COMPORTAMENTAL ............................................................................................. 51

5.3 PRÉ-REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO ....................................................................................................................... 51

5.4 FORMA DE ELABORAÇÃO .............................................................................................................................................. 51

5.4.1 ROTEIRO DE ELABORAÇÃO ........................................................................................................................................ 52

5.5 ESTRUTURA ......................................................................................................................................................................... 52

5.5.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS E PÓS-TEXTUAIS .................................................................................................... 53

5.5.2 ELEMENTOS TEXTUAIS ................................................................................................................................................ 53

5.5.2.1ESCOLHA DOS ELEMENTOS TEXTUAIS ............................................................................................................... 54

S U M Á R I O Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

5.6 INTERLOCUTORES ............................................................................................................................................................. 54

5.7 REQUISITOS DOS OBJETIVOS ....................................................................................................................................... 54

5.7.1 ASPECTOS ABORDADOS ............................................................................................................................................. 55

5.8 REQUISITOS DO CONTEÚDO ........................................................................................................................................ 56

5.9 REDAÇÃO, LINGUAGEM E FORMATAÇÃO ................................................................................................................ 56

5.9.1 SIMPLICIDADE E OBJETIVIDADE .............................................................................................................................. 57

5.9.1 CLAREZA DE LINGUAGEM ......................................................................................................................................... 57

5.9.3 CINCO REGRAS PARA ELABORAÇÃO DA CARTILHA .......................................................................................... 57

5.10 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 58

MÓDULO 4 – EDIÇÃO DO TRABALHO ...................................................................................... 59APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 59

UNIDADE 1 – ESTRUTURA DO TEXTO ................................................................................................ 59

1.1 TRABALHOS ACADÊMICOS ........................................................................................................................................... 59

1.2 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ................................................................................................................................... 59

1.2.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS ....................................................................................................................................... 60

1.2.2 ELEMENTOS TEXTUAIS ................................................................................................................................................ 60

1.2.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS ...................................................................................................................................... 61

1.3 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 61

UNIDADE 2 – ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS ......................................................................................... 61

2.1 CAPA ....................................................................................................................................................................................... 61

2.2 LOMBADA ............................................................................................................................................................................ 62

2.3 ANVERSO DA FOLHA DE ROSTO ................................................................................................................................. 63

2.4 VERSO DA FOLHA DE ROSTO ....................................................................................................................................... 65

2.5 ERRATA ................................................................................................................................................................................ 65

2.6 FOLHA DE APROVAÇÃO .................................................................................................................................................. 66

2.7 DEDICATÓRIA, AGRADECIMENTOS E EPÍGRAFE ..................................................................................................... 67

2.8 RESUMO ............................................................................................................................................................................... 68

2.8.1 CONTEÚDO ...................................................................................................................................................................... 68

2.8.2 ESTILO ................................................................................................................................................................................ 68

2.9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES .................................................................................................................................................. 69

2.9.1 LOCAL ................................................................................................................................................................................ 69

2.10 LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS .................................................................................................. 70

2.11 SUMÁRIO ........................................................................................................................................................................... 70

2.12 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 71

UNIDADE 3 – ELEMENTOS TEXTUAIS ................................................................................................. 71

3.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................... 71

3.1.1 PROJETOS ....................................................................................................................................................................... 71

3.1.2 MONOGRAFIAS ............................................................................................................................................................ 71

3.2 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................................................................ 72

3.2.1 ORGANIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ............................................................................................................. 73

3.2.2 ESTRUTURAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................... 73

3.2.3 SUGESTÕES ................................................................................................................................................................... 74

3.3 CONCLUSÃO ....................................................................................................................................................................... 74

3.3.1 FINALIZAÇÃO DO TRABALHO ................................................................................................................................... 75

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico S U M Á R I O

3.4 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 75

UNIDADE 4 – ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS ........................................................................................ 75

4.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................................................... 75

4.1.1 ELEMENTOS ESSENCIAIS E COMPLEMENTARES ................................................................................................ 75

4.1.2 AUTOR ................................................................................................................................................................................ 76

4.1.3 TÍTULO ............................................................................................................................................................................... 76

4.1.4 EDIÇÃO, LOCAL E DATA ............................................................................................................................................... 76

4.1.5 DESCRIÇÃO FÍSICA, DIMENSÕES E NOTAS ........................................................................................................... 76

4.1.6 MONOGRAFIA, CAPÍTULO, SEÇÃO, SÉRIE, COLEÇÃO, PERIÓDICO ................................................................. 77

4.1.7 ARTIGO DE REVISTA, BOLETIM, JORNAL, SEPARATA, SUPLEMENTO ............................................................. 77

4.1.8 EVENTO, ILUSTRAÇÃO, PATENTE, IMAGEM EM MOVIMENTO ....................................................................... 77

4.1.9 LEGISLAÇÃO, JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA ..................................................................................................... 77

4.1.10 ICONOGRAFIA, CARTOGRAFIA, SOM, PARTITURA ............................................................................................. 77

4.1.11 DOCUMENTO TRIDIMENSIONAL E EM MEIO ELETRÔNICO ........................................................................ 78

4.1.12 ORDENAÇÃO DAS REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 78

4.1.13 ELEMENTOS ESSENCIAIS E COMPLEMENTARES ............................................................................................. 78

4.1.14 ABREVIATURA S ........................................................................................................................................................... 79

4.2 GLOSSÁRIO E APÊNDICE ................................................................................................................................................ 80

4.3 ANEXOS ................................................................................................................................................................................ 80

4.3.1 REGISTRO DOS ANEXOS .............................................................................................................................................. 81

4.4 ÍNDICE ................................................................................................................................................................................... 81

4.5 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 81

UNIDADE 5 – CARACTERÍSTICAS DO TEXTO ..................................................................................... 82

5.1 DIGITAÇÃO .......................................................................................................................................................................... 82

5.2 IMPRESSÃO ....................................................................................................................................................................... 82

5.3 PAGINAÇÃO ...................................................................................................................................................................... 82

5.3.1 SEÇÕES PRIMÁRIAS ....................................................................................................................................................... 82

5.4 MARGENS ............................................................................................................................................................................ 83

5.5 PARÁGRAFO E ESPACEJAMENTO ................................................................................................................................. 83

5.6 TÍTULOS ................................................................................................................................................................................ 84

5.7 NUMERAÇÃO DAS SEÇÕES ........................................................................................................................................... 84

5.7.1 INDICATIVO DE SEÇÕES .............................................................................................................................................. 84

5.8 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 85

UNIDADE 6 – CITAÇÕES E NOTAS ....................................................................................................... 85

6.1 CITAÇÕES ............................................................................................................................................................................. 85

6.2 TIPOS DE REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................ 86

6.3 ALGUMAS REGRAS ........................................................................................................................................................... 86

6.3.1 MAIS ALGUMAS REGRAS ............................................................................................................................................ 87

6.4 OUTRAS REGRAS ............................................................................................................................................................... 87

6.5 CHAMADAS DAS CITAÇÕES .......................................................................................................................................... 88

6.5.1 SISTEMA NUMÉRICO .................................................................................................................................................... 88

6.5.2 SISTEMA AUTOR-DATA ................................................................................................................................................ 88

6.6 NOTAS ................................................................................................................................................................................... 89

6.6.1 TIPOS DE NOTAS ............................................................................................................................................................ 89

6.7 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 90

S U M Á R I O Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

UNIDADE 7 – CENÁRIO CULTURAL ..................................................................................................... 90

MÓDULO 5 – ENCERRAMENTO ................................................................................................ 91APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 91

A B E R T U R A

7

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

ABERTURA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico trata das técnicas e estratégias que facilitam

a produção de um texto científico, assim como apresenta as normas básicas para edição e

formatação desses trabalhos, visando a sua concepção como Trabalho Final de Curso.

Mais ainda... Ao optar por fazer a disciplina Introdução à Metodologia do Trabalho Científico,

você optou também por participar de um novo método de ensino – o ensino a distância. Dessa

forma, você terá bastante flexibilidade para realizar as atividades nele previstas.

OBJETIVO E CONTEÚDO

A disciplina Introdução à Metodologia do Trabalho Científico tem por objetivo auxiliar no

processo de concepção, definição e construção de textos científicos, tomando por base a

modalidades artigo aientífico e cartilha.

Sob esse foco, a disciplina Introdução à Metodologia do Trabalho Científico foi estruturada

em quatro módulos, com a seguinte distribuição de conteúdo...

Módulo 1 – Métodos

Neste módulo, analisaremos as diferentes possibilidades de conduzir uma pesquisa

bem como seus principais métodos – por meio do método, esboçamos, racional e

organizadamente, procedimentos para atingir uma meta predeterminada.

A partir daí, teremos condições de elaborar um projeto a partir do qual será desenvolvido

o trabalho de final de curso.

Módulo 2 – Importância do tema

Iniciaremos este módulo discutindo o objetivo do artigo científico. Veremos que o

artigo científico não se propõe a ser uma prova-mestra de conteúdo e capacidades,

mas um instrumento que permita verificar e avaliar certo conjunto de habilidades, que

são, sensatamente, exigíveis dentro de certos contextos específicos.

A seguir, trataremos da escolha do tema, etapa fundamental para uma monografia

científica, seja ela um artigo, uma dissertação de mestrado ou uma tese de

doutoramento.

Discutiremos, então, a necessidade de o pesquisador ter clareza sobre a natureza do

tema-problema com que trabalhará, para saber como tratá-lo de forma adequada.

Nesse sentido, descreveremos dois tipos diferentes de problemas, os problemas

descritivos e os problemas propositivos.

A B E R T U R A

8

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

Finalmente, aprofundaremos os tipos de pesquisas que podem ser realizadas com os

problemas propositivos, ou seja, pesquisas de lege lata e pesquisas de lege ferenda.

Módulo 3 – Elaboração do trabalho

Neste módulo, focalizaremos o processo de redação do artigo propriamente dito.

Veremos sugestões de técnicas de redação que minimizam os riscos de nos perdermos

em meio ao processo de escrita do trabalho científico, muitas vezes, longo e convidativo

a desvios e perda de foco.

Analisaremos também a cartilha, outra opção de trabalhos de conclusão de cursos

empresariais. Verificaremos as particularidades da cartilha e sua estrutura.

Módulo 4 – Edição do trabalho

Neste módulo, trataremos dos procedimentos relativos à forma como os trabalhos

acadêmicos devem ser formatados e editados. Para auxiliá-lo nessa tarefa,

disponibilizamos um conjunto de documentos que servirá de modelo para o que você

deverá realizar.

Logo, este módulo é estritamente instrumental e como tal deve ser utilizado para

servir de fonte para a busca dos procedimentos corretos para a composição dos

trabalhos – para acessar esses modelos, basta clicar nos respectivos links inseridos nas

telas e nas bases das telas.

BIBLIOGRAFIA

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica. São Paulo: Makron Books do Brasil, 2000.

Obra que coloca à disposição de seus leitores o instrumental científico-metodológico

básico para o trabalho em projetos e relatórios de pesquisa. Orientado para a

aprendizagem do método, sinaliza os passos a serem percorridos no trabalho científico.

DEMO, Pedro. Conhecimento moderno: sobre ética e intervenção do conhecimento. Rio de Janeiro:

Vozes, 1999.

Demo, nesta obra, aponta o conhecimento como o fator mais decisivo dos processos

modernos de transformação da sociedade e da economia. Ao lado da educação,

representa a vantagem comparativa mais importante dos povos.

GALLIANO, A. G. O método científico. São Paulo: Harbra, 2000.

Com linguagem bastante simples e didática, Galliano descorre sobre metodologia da

pesquisa, tratando desde a conceituação de termos relacionados à metodologia da

pesquisa até o valor do emprego dessa mesma metodologia a qualquer ramo da

atividade humana.

A B E R T U R A

9

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

GUIMARÃES, R. Avaliação e fomento de C & T no Brasil: propostas para os anos 90. Brasília: CNPq,

1994.

Obra financiada pelo CNPq que apresenta uma análise retrospectiva da relação de

investimentos públicos em projetos de pesquisa e produção do conhecimento. De

forma bastante pioneira, Guimarães mapeia ainda, neste trabalho, os grupos de pesquisas

ativos em universidades e institutos de pesquisa brasileiros.

NEGRA, C. A. S.; NEGRA, E. M. S. Manual de trabalhos monográficos de graduação, especialização,

mestrado e doutorado. São Paulo: Atlas, 2003.

Trabalho destinado a principiantes, ou seja, àqueles que se iniciam no estudo de métodos

e técnicas de pesquisa científica. Seu objetivo é servir de roteiro para ajudar os alunos

a acompanharem as explicações e outras orientações dadas pelos professores.

SCHWARZMAN, Simon (Org). Ciência e tecnologia no Brasil: política industrial, mercado de trabalho

e instituições de apoio. Rio de Janeiro: FGV, 1995.

A suposição básica deste trabalho é a de que a ciência e a tecnologia podem

desempenhar um papel estratégico no Brasil, dada a necessidade de melhorar a

produtividade da economia, enfrentar problemas de pobreza, educação, saúde e

deteriorização ambiental, participando, dessa forma, de maneira mais integrada social

e economicamente.

______. Ciência e tecnologia no Brasil: a capacitação brasileira para a pesquisa científica e

tecnológica. Rio de Janeiro: FGV, 1996.

Em seu conjunto, os artigos apresentados nesta obra contam uma história semelhante

e têm uma origem comum. A ciência brasileira dá seus primeiros passos mais

significativos no início do século XX e vem, desde então, tentando encontrar seu lugar

em nossa sociedade.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 22ª ed. São Paulo: Cortez, fev. 2003.

Este livro fornece diretrizes lógicas, metodológicas e técnicas para a formação de

adequados hábitos de estudo, de leitura e de análise de textos, de utilização de

instrumentos de trabalho acadêmico, de debate coletivo, de produção e sistematização

do conhecimento.

PROFESSORES-AUTORES

Rafael Mafei Rabelo Queiroz é Doutor, Mestre e Graduado em

Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo –

USP. Foi bolsista DAAD-Capes e desenvolveu parte de sua pesquisa

de doutoramento no Instituto Max Planck para Direito Penal

Estrangeiro e Internacional – Friburgo, Alemanha. Tem experiência

nas áreas de Metodologia Jurídica, História do Direito, Teoria do

Direito e Direito Penal. Foi professor da Faculdade de Direito da

Universidade São Judas Tadeu, de 2009 a 2010. Atuou também como

A B E R T U R A

10

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

professor de História do Direito e Metodologia da Pesquisa em Direito na Escola de Direito da

Fundação Getulio Vargas, onde, atualmente, é Coordenador de Pesquisas e de Metodologia do

Ensino do Direito. Além de artigos científicos em periódicos e livros, é autor de A Modernização do

Direito Penal Brasileiro e Curso de História do Direito, este último em coautoria com José Reinaldo

de Lima Lopes e Thiago dos Santos Acca.

Elisabeth Silveira é Doutora em Linguística e Mestre em Língua

Portuguesa. Atua como Coordenadora Pedagógica do FGV Online.

Antes de ingressar nos quadros da FGV, aposentou-se como

Professora Titular da área de ensino-aprendizagem da Faculdade de

Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Na UERJ,

além de Prática de Ensino em Língua Portuguesa, ministrou diferentes

disciplinas relacionadas à linguagem e ao ensino nos cursos de

Licenciatura em Letras e no Mestrado em Educação. Como

pesquisadora do CNPq, desenvolveu pesquisas na área de estruturação de informações no discurso,

produzindo e divulgando seus trabalhos em diferentes congressos, e, seus artigos, em revistas

científicas.

M Ó D U L O 1

11

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

MÓDULO 1 – MÉTODOS

APRESENTAÇÃO

Neste módulo, analisaremos as diferentes possibilidades de conduzir uma pesquisa bem como

seus principais métodos – por meio do método, esboçamos, racional e organizadamente,

procedimentos para atingir uma meta predeterminada.

A partir daí, teremos condições de elaborar um projeto a partir do qual será desenvolvido o

trabalho de final de curso – a escolha do método de pesquisa é determinante da qualidade do

trabalho realizado.

UNIDADE 1 – TRABALHOS MONOGRÁFICOS

1.1 DIA A DIA

Simples e corriqueiros, muitos métodos nos definem uma sequência de operações necessárias à

obtenção de um determinado objetivo.

Com frequência, realizamos tais operações tão automaticamente que não temos consciência

delas nem da sequência em que elas foram executadas.

Sabemos, entretanto, que, se algumas dessas operações não forem realizadas ou se

essa sequência não for respeitada, não chegaremos aonde desejamos.

Embora nem sempre tenhamos consciência disso – todos nós –, de alguma forma,

conhecemos e utilizamos alguns métodos em diferentes situações de nosso dia a dia.

1.1.1 VALOR DO MÉTODO

Podemos conceituar método como um conjunto de ações – deliberadas ou não – que nos

permite atingir um determinado objetivo e alcançar um determinado resultado.

O método é essencial ao processo de investigação e imprescindível à produção de conhecimentos.

Por meio do método, traçamos, de forma racional e ordenada, procedimentos para

atingir um objetivo preestabelecido.

Os métodos nos apontam o caminho a ser seguido, detectam nossos erros e

nos auxiliam na tomada de decisões.

O método é o instrumento básico para a produção de conhecimentos.

M Ó D U L O 1

12

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

Tanto no campo da ciência pura quanto no da ciência aplicada, o método científico

implica utilizar, adequadamente, a reflexão e a experimentação, evidenciadas em um

conjunto ordenado de sequências operacionais.

Se a meta da atividade científica é – por meio da comprovação de hipóteses – explicar a realidade...

...é o método científico que nos irá permitir, com segurança e economia, alcançar

nossos objetivos – conhecimentos válidos e verdadeiros.

1.2 MONOGRAFIA

A palavra monografia vem do grego e, etimologicamente, é constituída de...

...mónos (único) + gráphein (descrever), significando, pois, fazer a descrição de um só

assunto.

A monografia, portanto, é um estudo minucioso, que pretende esgotar determinado tema

relativamente restrito.

No meio universitário...

...monografia designa trabalhos que envolvam alguma forma de investigação,

geralmente no final de cursos de graduação e pós-graduação, constituindo os chamados

TCCs – Trabalhos de Conclusão de Curso.

Dessa forma, o trabalho científico de final da graduação ou especialização – pós-graduação lato

sensu – só poderá atender pelo nome de monografia se versar sobre um único tema.

1.3 TIPOS DE TRABALHO MONOGRÁFICO

O grau de qualidade exigido nos trabalhos monográficos acabou por criar classificações

diferenciadas no meio acadêmico.

O que diferencia os trabalhos monográficos de cursos de graduação dos de pós-graduação é...

a finalidade;

a profundidade;

a originalidade do tema;

a originalidade das conclusões.

O mesmo se aplica às dissertações e teses.

Na graduação ou pós-graduação lato sensu, trata-se de monografias.

Na pós-graduação stricto sensu – Mestrado –, denomina-se dissertação.

Na pós-graduação stricto sensu – Doutorado –, chama-se tese.

M Ó D U L O 1

13

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

O que diferencia o trabalho monográfico em cada um dos diferentes níveis acadêmicos é...

...o avanço gradativo no mundo da pesquisa e do conhecimento, tanto no particular –

do indivíduo que realiza a pesquisa – quanto no campo científico, específico e geral.

1.3.1 VARIAÇÕES

Dependendo do nível em que o trabalho é desenvolvido – graduação ou pós-graduação –, o que

varia nos ensaios monográficos é...

a qualidade;

a profundidade;

a extensão das exposições e das interpretações.

1.4 TIPOS DE ANÁLISE

Quanto à tipologia de monografias, encontramos duas vertentes distintas entre si – não apenas

conceituais como também estruturais.

Forma e essência diferem no tratamento tipológico da monografia.

A primeira explora a forma de apresentação de conteúdos.

A segunda trata da essência do conteúdo.

Logo, são trabalhos monográficos...

Monografia de análise teórica...

Representa um trabalho teórico-conceitual sobre um assunto pesquisado

bibliograficamente.

Monografia de análise teórico-empírica...

Representa uma pesquisa empírica – trabalho científico.

Monografia de estudo de caso...

Representa uma análise específica da relação entre um caso real e hipóteses, modelos

e teorias.

1.5 TIPOS DE DISCURSO

Em relação ao tipo de discurso utilizado nos trabalhos monográficos, uma monografia pode ser...

Expositiva...

Quando reúne e relaciona material obtido de diferentes fontes, expõe o assunto com

fidedignidade e demonstra habilidade não só no levantamento como também na

organização de material.

M Ó D U L O 1

14

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

Argumentativa...

Quando requer a interpretação das ideias apresentadas e o condicionamento científico

do pesquisador.

Em geral, o discurso monográfico é expositivo-argumentativo, ou seja...

...ao mesmo tempo em que trabalha com a exposição do assunto, o texto traz ainda

interpretações do pesquisador.

1.6 CARACTERÍSTICAS GERAIS

A partir das tipologias dos trabalhos monográficos, os tipos de análise e de discurso apresentam as

seguintes características...

...abordam um só tema, problema ou assunto...

...são escritos com rigor, lógica e sistematicidade...

...utilizam tratamento metodológico apropriado, normalizado e científico...

...tratam, exaustivamente, o objeto de estudo – de acordo com o grau acadêmico a

que se destinam...

...observam, acumulam e organizam informações, procurando, entre elas, relações e

regularidades...

...têm como suporte a investigação científica, na forma de pesquisa

bibliográfica,referencial e teórica.

1.7 ORIENTAÇÕES GERAIS

Uma monografia não é...

respostas a questionários;

exposição de ideias demasiadamente abstratas;

manifestação de opiniões pessoais, sem dados comprobatórios;

manifestação de uma erudição livresca – frases irrelevantes, mal-contextualizadas,

perífrases sem conteúdo;

repetição do que já foi dito por outro – sem nada novo em relação ao enfoque, ao

desenvolvimento ou às conclusões.

1.8 ASPECTOS CIENTÍFICOS

A elaboração de monografias propicia...

...oportunidade para as bibliotecas ampliarem seu trabalho científico.

M Ó D U L O 1

15

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

...mais do que um conjunto de conhecimentos, um modo particular de pensar.

...enriquecimento do currículo do aluno, que inclui o trabalho monográfico em sua

produção acadêmica.

...melhor desempenho do aluno, tendo em vista um conhecimento mais aprofundado

sobre o assunto pesquisado.

1.9 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 2 – TIPOS DE PESQUISA

2.1 PESQUISA

O objetivo do projeto é apresentar a proposta de pesquisa ao professor-orientador...

...para que possamos ser adequadamente orientados acerca da metodologia a ser

utilizada na pesquisa e das fontes de consulta bibliográfica.

Algumas vezes – dependendo, sobretudo, do cronograma definido no projeto –, podemos produzir,

ao longo da pesquisa, relatórios técnicos.

Esses relatórios são encaminhados ao professor-orientador ou à entidade fomentadora

da pesquisa.

2.1.1 RELATÓRIOS DE PESQUISA

Nos relatórios de pesquisa, devemos observar...

...em que estado se encontra a questão que vamos pesquisar...

...se existem outros estudos que tratam do assunto...

...se estamos utilizando uma bibliografia atualizada.

A função desse relatório é prestar contas das atividades que desenvolvemos durante determinado

período.

Antes de escrevermos um trabalho acadêmico, devemos elaborar seu projeto.

Nesse relatório, apresentamos os resultados, as conclusões e as

recomendações do trabalho que realizamos.

M Ó D U L O 1

16

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

Dessa forma, evidenciamos o cumprimento das atividades que planejamos no

cronograma de nosso projeto de pesquisa.

2.2 PESQUISA BÁSICA E APLICADA

As principais diferenças entre a pesquisa básica e a pesquisa aplicada são...

Pesquisa básica...

Fenômenos, processos, fatos podem ser recorrentes, isto é, podem ocorrer inúmeras e

sistemáticas vezes, em determinadas situações.

É justamente por meio da pesquisa básica ou pesquisa teórica que tentaremos – a

partir da formulação de modelos teóricos, de sistemas, de leis – definir as condições

que viabilizam essa recorrência em busca de generalizações.

Pesquisa aplicada...

Definidos modelos teóricos, sistemas, leis, cabe verificar até que ponto tais modelos,

sistemas e leis se aplicam, de forma generalizada, às situações em que foram descritos.

É essa a função da pesquisa aplicada.

Nesse tipo de pesquisa, reproduzimos fenômenos e eventos, visando à comprovação

dos resultados obtidos em pesquisas teóricas, à afirmação ou à negação das hipóteses

propostas em modelos, sistemas e leis postulados pela pesquisa básica.

2.3 PESQUISA DOCUMENTAL E EXPLORATÓRIA

As principais diferenças entre a pesquisa documental ou bibliográfica e a pesquisa exploratória

ou descritiva são...

Pesquisa documental...

Por meio da pesquisa documental ou bibliográfica, procuramos explicar um

determinado fenômeno/evento a partir de referências teóricas já documentadas.

Analisamos documentos escritos, visando ao levantamento dos conhecimentos

produzidos sobre uma determinada questão, alvo de um estudo, de um projeto de

pesquisa.

Esses documentos podem ser de dois tipos – fonte ou bibliografia.

Pesquisa exploratória...

A pesquisa exploratória ou descritiva tem como objetivo o mapeamento, a descrição,

a classificação inicial de fenômenos e eventos.

M Ó D U L O 1

17

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

Nesse tipo de pesquisa, utilizamos, prioritariamente, técnicas de abordagem qualitativa

para análise e interpretação de dados.

Uma das possibilidades da pesquisa exploratória é o estudo de caso, que tem como

foco de investigação um determinado sujeito, um grupo ou uma comunidade.

Pela limitação do universo investigado, o estudo de caso nos possibilita observar e

analisar aspectos variados da experiência, dos procedimentos, das atitudes, dos valores

dos informantes pesquisados.

2.4 PESQUISA EXPERIMENTAL

A pesquisa experimental deve ser devidamente controlada para que possamos...

manipular variáveis e instrumentos de testagem;

produzir e reiterar os fenômenos/eventos que estamos estudando.

Na pesquisa experimental...

...priorizamos o uso de técnicas quantitativas no tratamento dos resultados.

...selecionamos os instrumentos de testagem em função da variável a ser manipulada.

...controlamos as condições que consideramos relevantes – variáveis que interferem

no fenômeno estudado.

...manipulamos, uma a uma, as variáveis em estudo para determinar seu impacto no

fenômeno/evento estudado.

...reproduzimos fenômenos, a partir das alterações observadas nas variáveis estudadas,

para definir, com precisão, as interferências.

2.5 MÉTODO EXPERIMENTAL

A experimentação consiste em...

...um conjunto de processos e de procedimentos por meio dos quais o pesquisador

tenta comprovar as hipóteses que formulou sobre seu objeto de estudo.

Nas mesmas circunstâncias, as mesmas causas produzem os mesmos efeitos, já que as leis da

natureza são fixas e constantes.

Nesse sentido, o antecedente casual de um fenômeno/evento está articulado a esse fenômeno/

evento por meio de uma sequência constante e invariável de fatos.

M Ó D U L O 1

18

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

Logo, determinar, experimentalmente, a causa de um fenômeno/evento é identificar

o antecedente que está, invariavelmente, a ele articulado.

2.5.1 EFEMERIDADE

Para chegarmos a respostas coerentes e confiáveis, os fenômenos/eventos têm de ser replicados

para que tais variáveis possam ser isoladas, controladas uma a uma, excluídas e intensificadas por

meio de sucessivos experimentos.

Sabemos hoje que os fenômenos da natureza nem sempre são predizíveis – por estarem sujeitos

à evolução e por serem inerentes à natureza.

À medida que pesquisamos causas – por mais rigorosas que sejam nossas

experimentações –, as verdades, as certezas tornam-se mais raras.

Consequentemente, a ciência torna-se mais efêmera.

2.6 MÉTODO HISTÓRICO

O método histórico consiste em investigar acontecimentos, processos e instituições do passado

para verificar sua influência na realidade atual.

Para uma melhor compreensão do papel que esses acontecimentos, esses processos e essas

instituições desempenham na realidade...

...devemos remontar aos períodos de sua formação e àqueles em que eles sofreram

algum tipo de alteração.

Partindo do princípio de que as atuais formas de vida social, as instituições e os costumes têm

origem no passado, precisamos pesquisar suas raízes para que possamos compreender sua

natureza e função.

Para o método histórico, as instituições alcançaram sua forma vigente influenciadas

pelo contexto cultural particular de cada época.

O princípio que está subjacente ao método experimental é o do

determinismo.

Com a Teoria do Caos, tudo pode acontecer, tudo é possível.

O método histórico preenche os vazios dos fatos e acontecimentos,

apoiando-se em um tempo, mesmo que artificialmente reconstruído.

M Ó D U L O 1

19

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

2.7 MÉTODO COMPARATIVO

O método comparativo trabalha com comparações, visando verificar similitudes e explicar

divergências entre os fenômenos/eventos investigados.

Ao tentarmos explicar esses fenômenos/eventos com o método comparativo, podemos analisar

o dado concreto, deduzindo, a partir desse dado, os elementos constantes, abstratos e gerais.

A utilização do método comparativo é recomendada em estudos...

de longo alcance;

quantitativos e qualitativos;

descritivos – para checarmos a analogia entre determinados elementos.

2.8 MÉTODO ESTATÍSTICO

O método estatístico possibilita que, de conjuntos complexos, possamos gerar representações

simples por meio da redução quantitativa de fenômenos sociológicos, políticos, econômicos.

A manipulação dessas representações viabiliza ainda...

...a comprovação de relações...

...a formulação de generalizações.

2.9 MÉTODO OBSERVACIONAL

Por meio da observação, podemos captar os aspectos – fatos – essenciais e acidentais de um

determinado fenômeno/evento empírico.

Como a simples observação não nos permite reformular, experimentar e explicar fenômenos e

eventos...

...além de utilizar instrumentos que podem nos auxiliar nessas tarefas, no ato de

observar...

...devemos ter sagacidade, curiosidade, atenção, persistência, perseverança, para que

possamos chegar à compreensão desses fenômenos e eventos.

Os métodos observacionais são constituídos de procedimentos de natureza sensorial.

O estudo das semelhanças e diferenças entre diversos tipos de grupos, sociedades

e povos possibilita-nos compreender melhor o comportamento humano.

A observação depende diretamente da atenção.

M Ó D U L O 1

20

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

2.10 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 3 – INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

3.1 OBSERVAÇÃO

Seja qual for a situação que estivermos observando, devemos ficar atentos, com o olhar aguçado,

para percebermos fatos que passariam despercebidos por outros.

Podemos dizer que a observação...

...pode ser planejada tanto para uma fase inicial da pesquisa quanto para suas situações

de experimentação...

...pode-se dar de forma espontânea – para tal, temos de concentrar nossa atenção nos

fenômenos/eventos estudados...

...pode ser realizada a partir de roteiros ou comandos específicos que nortearão o que

devemos observar durante a coleta de dados.

A pesquisa de campo se processa, por meio de coleta de dados, a partir da observação e da

utilização de instrumentos elaborados para esse fim – entrevista, questionário, formulário.

3.2 ENTREVISTA

Visando à coleta de dados, a entrevista se realiza por meio de nossa interação com um ou mais

informantes.

Além de observar as respostas dadas pelo informante no momento da entrevista,

podemos fazer várias observações sobre o comportamento e sobre as atitudes do

informante.

3.2.1 PROCEDIMENTOS

Para que os resultados de uma entrevista possam ser significativos, devemos observar alguns

procedimentos...

...o entrevistador deve apenas coletar dados, e não discuti-los.

...o entrevistador deve procurar facilitar, ao máximo, a espontaneidade do informante.

Observar é concentrar a atenção sobre um fenômeno/evento, visando

descrevê-lo com precisão.

M Ó D U L O 1

21

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

...os informantes devem ser criteriosamente selecionados, de forma que as informações

por eles prestadas sejam significativas para a pesquisa.

...o entrevistador – que pode ser ou não o próprio investigador – deve utilizar roteiros

previamente elaborados para não se desviar dos propósitos da pesquisa.

...no caso de gravações, o pesquisador deve transcrever – o mais fielmente possível –

as informações dadas pelo informante.

...no caso de não haver gravações, o entrevistador deve procurar anotar o maior número

possível de informações dadas pelo informante.

...a quantidade de informantes deve ser devidamente calculada, de modo que eles

representem uma amostra significativa para o estudo.

3.3 FORMULÁRIO

Também utilizado em pesquisas exploratórias, o formulário é um tipo de roteiro a ser preenchido

pelo próprio entrevistador em situações de coleta de dados, durante observações e entrevistas.

Por ser preenchido por apenas uma pessoa, os dados registrados são mais uniformes,

mais convergentes.

Consequentemente, possibilita maior uniformidade na codificação, na tabulação e na

interpretação das informações coletadas.

3.4 QUESTIONÁRIO

Ao criarmos um questionário – qualquer que seja o tipo de resposta solicitado –, devemos dar

atenção especial à elaboração dos enunciados das questões.

Os enunciados devem ser claros, objetivos – sem ambiguidades – de forma que o

informante possa responder, com precisão, ao que lhe é solicitado.

Algumas vezes, os questionários não são aplicados pelo próprio pesquisador.

Nesses casos, é necessário que os objetivos da pesquisa e a forma como o questionário

deve ser preenchido sejam explicados aos informantes.

O formulário é o instrumento mais adequado para ser aplicado a grupos

heterogêneos de informantes.

O formulário é indicado também para coletarmos informações junto a pessoas

analfabetas.

M Ó D U L O 1

22

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

O questionário é um dos instrumentos mais utilizados na pesquisa exploratória ou descritiva para

coleta de dados.

A objetividade do questionário nos possibilita medir – com maior precisão – as informações

dadas pelos informantes.

3.4.1 ESTRUTURA DO QUESTIONÁRIO

O questionário pode ser estruturado...

...com questões fechadas – uma única resposta é solicitada.

...com questões abertas – informante expressa livremente sua opinião a partir do que

lhe foi solicitado.

...com questões abertas e fechadas – o informante marca sua resposta e, se necessário,

expressa sua opinião.

...com questões de respostas escalares – o informante pondera sua opinião.

O questionário – normalmente escrito – é constituído de um conjunto de questões, coerentemente

relacionadas à temática em investigação.

3.5 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

Não podemos deixar de agradecer a todos que registraram suas opiniões no

questionário.

O questionário possibilita-nos coletar, simultaneamente, dados de vários

informantes alfabetizados.

M Ó D U L O 2

23

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

MÓDULO 2 – IMPORTÂNCIA DO TEMA

APRESENTAÇÃO

Iniciaremos este módulo discutindo o objetivo do artigo científico. Veremos que o artigo científico

não se propõe a ser uma prova-mestra de conteúdo e capacidades, mas um instrumento que

permita verificar e avaliar certo conjunto de habilidades, que são, sensatamente, exigíveis dentro

de certos contextos específicos.

A seguir, trataremos da escolha do tema, etapa fundamental para uma monografia científica, seja

ela um artigo, uma dissertação de mestrado ou uma tese de doutoramento.

Discutiremos, então, a necessidade de o pesquisador ter clareza sobre a natureza do tema-

problema com que trabalhará, para saber como tratá-lo de forma adequada. Nesse sentido,

descreveremos dois tipos diferentes de problemas, os problemas descritivos e os problemas

propositivos.

Finalmente, aprofundaremos os tipos de pesquisas que podem ser realizadas com os problemas

propositivos, ou seja, pesquisas de lege lata e pesquisas de lege ferenda.

UNIDADE 1 – PAPEL DO ARTIGO CIENTÍFICO

1.1 REQUISITO DA PÓS-GRADUAÇÃO

O artigo científico não é uma prova-mestra de conteúdo e capacidades.

O artigo científico pretende ser um instrumento que permite a verificação e a avaliação de certo

conjunto de habilidades, que são, sensatamente, exigíveis dentro de certos contextos específicos.

Uma forma útil de refletir sobre o que deve ser um artigo é tentar responder à seguinte questão...

Por que o artigo científico é um requisito para conclusão de cursos de pós-graduação?

1.2 VEICULAÇÃO DE NOTÍCIAS CIENTÍFICAS

São os artigos científicos que contam à comunidade científica, em primeira mão, as novidades da

ciência, as quais os jornais traduzem para o público geral.

O que os artigos científicos têm de tão especial?

Por que as reportagens sempre citam artigos científicos?

Porque elas não citam livros clássicos, que são muito mais lidos?

M Ó D U L O 2

24

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

Um artigo científico é o veículo preferencial pelo qual pesquisadores tornam públicos resultados

recentes que julgam relevantes, obtidos nas investigações por eles conduzidas.

Jornais de grande circulação mencionam artigos científicos, em colunas ou cadernos

que dão espaço a notícias científicas.

1.3 RELATÓRIO VERSUS ARTIGO CIENTÍFICO

Um cientista estuda e lê coisas quase todos os dias, mas nem por isso produz um artigo científico

a partir de cada coisa que lê.

Um texto que se limite a reproduzir ou resumir textos de terceiros – mesmo que

competentemente – pode ser um bom resumo de livros, um bom roteiro de estudos, um bom

fichamento... mas não é um artigo científico.

Artigos científicos são precedidos não só de estudos e leituras, mas, principalmente, de

atividades específicas de pesquisa, investigação e reflexão.

Se bem conduzidas, as atividades de pesquisa, investigação e reflexão gerarão resultados ou

conclusões, que darão, eles sim, o bojo de um artigo científico.

1.4 TEMA MONOGRÁFICO

O tema de um artigo científico é sempre específico – monográfico – e seu conteúdo procura

apresentar a pesquisa e informar os resultados ou as conclusões que dela se podem extrair.

Os artigos científicos são escritos quando pesquisadores têm algo de relevante a dizer em termos

de descobertas científicas...

...um resultado novo, uma descoberta instigante, a confirmação de algo de que já se

desconfiava, uma reinterpretação de velhos fatos – qualquer coisa relevante, enfim.

1.5 PRODUTO DO ARTIGO CIENTÍFICO

Um artigo científico é capaz de mostrar que seu autor consegue se inserir em um debate relevante

bem como demonstrar familiaridade com o estado da arte da produção acadêmica dentro de seu

assunto de pesquisa.

Artigos científicos não são relatórios de estudos, são meios de divulgação das

descobertas feitas em pesquisas.

A necessidade de um tema relevante faz com que meros resumos do que já

disseram outros autores não se constituam em verdadeiros artigos científicos.

M Ó D U L O 2

25

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

Um artigo científico é capaz de mostrar que seu autor consegue produzir conhecimento sólido,

relevante e inovador na matéria.

Um artigo científico tem muito a dizer sobre seu autor e suas capacidades.

Um artigo científico, quando bem executado, demonstra a apreensão de capacidades e conteúdos

transmitidos ao longo de um curso de pós-graduação – e, por isso, são frequentemente exigidos

como requisito para sua conclusão.

O artigo científico demonstra o exercício qualificado de variadas atividades profissionais e

acadêmicas.

1.6 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 2 – ESCOLHA DO TEMA

2.1 REQUISITO BÁSICO

A escolha do tema é fundamental para uma monografia científica, seja ela um artigo, uma

dissertação de mestrado ou uma tese de doutoramento.

Para que o texto produzido seja verdadeiramente científico, não basta que o tema seja restrito e

instigante.

É preciso – antes de qualquer coisa – que o tema seja suscetível a ser cientificamente

estudado.

2.2 RELEVÂNCIA E INOVAÇÃO

O tema deve ser um problema, um objeto de dúvida...

Se os trabalhos científicos comunicam resultados relevantes de pesquisa a seu público leitor,

relevância significa produção de conhecimento inovador.

Relevância e inovação manifestam-se de muitas formas distintas...

Resposta nova a uma velha pergunta...

Vejamos um exemplo...

hipótese – a orientação socioideológica dos juízes brasileiros em suas

sentenças, para aplacar sentimentos de injustiça social, costuma favorecer a

parte mais fraca?

M Ó D U L O 2

26

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

resposta – uma pesquisa testou a veracidade de tal hipótese e o resultado

mostrou que a hipótese é falsa.

Organização e sistematização de informações...

Por sucessões legislativas pouco claras, muitos materiais tornam-se confusos.

Determinação do significado jurídico de algo novo...

Em todo campo da vida social, em que haja fatos sociais novos, juridicamente relevantes,

podem surgir muitas questões a serem respondidas.

2.2.1 INDAGAÇÃO SIGNIFICATIVA

Os temas podem ser muito diferentes entre si, mas, para gerar um trabalho científico, devem

conter uma característica relevante.

Os temas devem equivaler a perguntas, devem ser objetos de verdadeiras dúvidas, de

indagações significativas.

As perguntas não podem ser singelas ou simplórias, devem ser razoavelmente difíceis,

devem demandar reflexão e estudo para que sejam respondidas com substância.

As reflexões e os estudos são justamente as pesquisas – que, se bem feitas, serão

capazes de construir boas respostas para cada uma dessas perguntas.

Um estudo diletante, por mais que contribua, positivamente, para o aumento de conhecimentos

de um estudante, não suscita, via de regra, o tipo de reflexão necessária a um artigo científico.

2.2.2 ASSUNTO VERSUS TEMA DE PESQUISA

Perguntas, temas de pesquisa férteis, podem-se converter em meros assuntos.

A diferença entre um mero assunto e um verdadeiro tema de pesquisa é que o assunto

indica um campo de interesse, mas não necessariamente um objeto de inquietação, de

dúvida, que será respondido por um trabalho de pesquisa.

Como transformar um assunto em um tema?

Um bom exercício é tentar extrair dele uma pergunta, um problema ou uma dúvida,

inclusive, com ponto de interrogação ao final.

Eis a diferença entre uma pesquisa, que é capaz de gerar um artigo, e o

mero estudo diletante.

M Ó D U L O 2

27

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

A pergunta ou o problema que é tema de pesquisa deve refletir um objeto relevante

para a discussão acadêmica.

2.2.3 RELEVÂNCIA DO TEMA

Segundo Eduardo Marchi, temas profícuos de pesquisa podem nascer de debates doutrinários ou

jurisprudenciais.

De fato, se debates doutrinários ou jurisprudenciais são debates, esses envolverão, invariavelmente,

partidários de uma e de outra posição.

Cada partidário defenderá seus pontos de vista por meio de textos que, provavelmente,

citam-se uns aos outros, seja para expressar concordância, seja para registrar

discordância.

2.2.3.1 VERFICAÇÃO DA RELEVÂNCIA DO TEMA

Há diversos veículos informativos que são úteis para verificar se um tema é pauta dos debates

jurídicos atuais...

Periódicos científicos nacionais e estrangeiros...

Publicação de artigos científicos da área do Direito – principais meios de divulgação de

novidades de pesquisa à comunidade jurídica.

Teses e dissertações jurídicas...

Trabalhos produzidos no âmbito de programas de mestrado e doutoramento no Brasil

e no mundo, disponibilizados, na internet, em bibliotecas digitais virtuais.

Artigos científicos...

Fonte de consulta que apresenta os debates da comunidade acadêmica.

Jornais de grande circulação...

Fontes subsidiárias que podem ser úteis na construção de um tema-problema, mas

que de forma alguma bastam para se fazer uma pesquisa, e nem devem ser a principal

fonte de um pesquisador.

Portais jurídicos...

Portais que contêm, no mais das vezes, pequenos artigos escritos por profissionais do

Direito, bacharéis e estudantes e, além de indicarem a existência de alguma situação-

problema que esteja, atualmente, na pauta dos juristas, podem sugerir alguma

bibliografia desconhecida citada nos artigos em que abrigam.

O fato de um tema ser objeto de frequentes discussões entre pesquisadores

e juristas é bom indicativo de sua relevância como pauta de investigação.

M Ó D U L O 2

28

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

2.3 ORIGINALIDADE

Além de o tema estar na pauta de debates dos juristas, contribuirá para a sua relevância uma certa

originalidade em sua forma de construção ou abordagem.

A originalidade indica apenas uma forma inovadora e criativa de tratamento de um assunto que

pode, muito bem, não ser inédito.

O pesquisador que se preocupar em imprimir tal originalidade em seu trabalho terá

dado um passo decisivo no sentido de construir um tema relevante – mesmo que não

seja inédito – além de uma pesquisa mais instigante e desafiadora para si próprio.

2.4 LIMITAÇÕES DO PESQUISADOR

Todas as características do tema – situação-problema, originalidade – devem, por outro lado, ir ao

encontro de um conjunto de características pessoais e limites circunstanciais de todo e qualquer

pesquisador.

Nada adianta um tema que seja em si ótimo, mas que, por qualquer circunstância,

esteja além das capacidades de quem pretende trabalhá-lo.

É preciso que o pesquisador considere alguns aspectos...

Familiaridade prévia com o tema...

Por mais que estude e pesquise com o objetivo de aprender coisas novas, o tema

escolhido deve sempre ser aquele diante do qual o pesquisador se sinta confortável,

em termos dos conhecimentos que já possui.

Fontes intelectualmente acessíveis...

As fontes de pesquisa devem ser acessíveis a quem irá lê-las.

Limitações de acesso aos materiais...

Tempo para visitar arquivos e bibliotecas, para consultar in loco os livros e os documentos,

ou seja, as fontes dos quais ele precisará para fazer sua pesquisa, para pesquisar na

internet, pois muitos documentos históricos já são abertamente acessíveis na rede.

Cronograma...

A realização de uma pesquisa e a escrita da monografia devem ser planejadas, em face

das limitações de tempo do pesquisador.

Uma pesquisa – que, como qualquer projeto, exige tempo para sua execução – deve

ser concebida a partir de um cronograma e executada de acordo com seus prazos.

Originalidade não é a mesma coisa que ineditismo – requisito apenas das

teses de doutoramento.

M Ó D U L O 2

29

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

2.5 SUGESTÕES

Vamos resumir as sugestões relacionadas ao tema do artigo científico...

Construa o tema como uma pergunta, com ponto de interrogação...

O tema deve ser um problema, um objeto de dúvida e não mera indicação de assunto.

Analise detalhadamente o assunto...

De um mesmo assunto podem ser extraídos muitos temas-problema distintos, cada

qual ensejando uma pesquisa diferente.

Informe-se sobre os debates acadêmicos atuais em sua área de interesse...

O tema deve ser relevante.

Crie critérios para buscar informações na rede...

A internet pode ser uma poderosa aliada mas também uma traiçoeira arapuca.

Escolha temas dentro de assuntos que lhe sejam familiares...

Trabalhos científicos não pressupõem o momento de aprender coisas absolutamente

novas.

Verifique o tempo de que você precisa para pesquisar todas as fontes necessárias...

O tema deve ser suficientemente restrito.

Conheça suas limitações...

Alguns temas e métodos demandam conhecimentos de línguas estrangeiras.

Tenha certeza de que poderá ter pleno acesso às fontes necessárias para a pesquisa...

Fontes de fácil acesso devem ser privilegiadas, algumas fontes estão restritas a poucas

bibliotecas ou a arquivos públicos; logo, o tema da pesquisa deve ser definido com isso

em mente.

Recorte o tema para viabilizar a pesquisa...

O tema deve ser suficientemente restrito, de forma que possa ser exaustivamente

pesquisado dentro das limitações de tempo do pesquisador.

2.6 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

M Ó D U L O 2

30

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

UNIDADE 3 – TIPOS DE TEMAS-PROBLEMA

3.1 TIPOS DE PROBLEMAS

O primeiro passo na construção de um trabalho científico é evoluir de um assunto-interesse para

um tema-problema.

No entanto, há diferentes tipos de temas-problema que se podem extrair de um

assunto, e cada um deles deve ser trabalhado de uma maneira particular – isto é, com

uma metodologia própria.

O pesquisador deve ter clareza sobre a natureza do tema-problema com que trabalhará, para

saber como tratá-lo de forma adequada.

Lembre-se, há, pelo menos, dois tipos diferentes de problemas...

problemas descritivos;

problemas propositivos.

3.2 PROBLEMAS DESCRITIVOS

Os objetos de um trabalho de pesquisa são geralmente muito complexos quando vistos

compreensivamente.

O pesquisador quer oferecer um retrato compreensível de fenômenos complexos,

que ajudam a entender melhor as particularidades neles envolvidas.

A descrição de forma organizada de uma parte de realidades complexas é uma

possibilidade interessante para uma pesquisa científica.

Um problema descritivo de pesquisa pode perfeitamente ter por objeto a dogmática jurídica.

Essas pesquisas são úteis quando o pesquisador se interessa por temas cuja regulamentação

jurídica está dispersa por diversas leis e áreas do direito.

Pesquisas assim simplesmente propõem-se a descrever o estado da arte da regulação

jurídica de certo assunto ou problema, com vistas a facilitar a construção de respostas

jurídicas naquela matéria.

3.3 PROBLEMAS PROPOSITIVOS

Os problemas propositivos são aqueles que, ao invés de meramente retratarem seu objeto de

pesquisa, esforçam-se em oferecer uma resposta – bem construída e bem fundamentada – sobre

como o problema deve ser juridicamente considerado, tratado, classificado ou respondido.

Vamos estudá-los a seguir...

Esse tipo de tema-problema é o que chamamos de problema descritivo...

M Ó D U L O 2

31

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

3.4 NORMAS JURÍDICAS

O tipo de resposta sugerida pelos estudos propositivos é denominada normativa, pois se baseia

não em regras causais de experiência natural, mas sim em regras sociais – éticas, morais, jurídicas,

econômicas.

Respostas normativas sempre são dadas a partir de um critério, um parâmetro, e, no

caso das respostas jurídicas, por normas jurídicas.

As normas jurídicas provêm, principalmente, do direito posto, que é aquele criado pela atividade

oficial do Estado por meio dos procedimentos legislativos aceitos na prática jurídica de cada

nação.

O direito posto, antes de ser aplicado a um caso concreto, tem de ser interpretado por diversos

atores jurídicos em uma dada comunidade...

...alguns o interpretam oficialmente – os juízes de direito.

...outros o interpretam com vistas às atividades práticas do direito – os advogados e os

tabeliães.

...outros o fazem em caráter mais acadêmico e menos comprometido com casos

particulares – os juristas.

Todos esses profissionais, conjuntamente – uns mais, outros menos, mas ainda assim

conjuntamente – contribuem para a formação de um grande repositório de regras.

3.5 DOGMÁTICA JURÍDICA

As regras que resultam do direito posto apontam – diante dos mais variados casos – como

devemos entender o regramento jurídico de uma dada situação e, dessa forma, como devemos

agir para seguir o direito diante dela.

Esse grande depositório de entendimentos jurídicos coletivos pode ser denominado

dogmática jurídica.

A resposta normativa aponta, com um viés eminentemente prático, como

devemos agir face à situação-problema abordada.

Esse contrato é válido?

Como realizar essa operação societária?

Esse tributo é constitucional?

M Ó D U L O 2

32

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

As respostas a essas perguntas são dadas a partir da dogmática jurídica – civil, comercial, tributária.

Esse tipo de conhecimento...

...dá valor social aos egressos das academias jurídicas.

...conforme as opiniões particulares vão ganhando aceitação dos membros da

comunidade jurídica, vai obtendo força normativa.

...acaba por se tornar normas jurídicas cujo cumprimento é revestido de grande

expectativa social, por parte de todos os atores do sistema jurídico e da comunidade

em geral.

3.6 POSSIBILIDADES DE PESQUISA

Uma possibilidade para um trabalho científico – artigo, monografia ou tese – pode ser responder,

normativamente, a uma pergunta de caráter dogmático...

Tal coisa é permitida? proibida? obrigatória?

Quais são as consequências jurídicas da violação à regra posta?

Tal operação é ou não uma compra e venda, para fins tributários?

Esta operação é crime? é ilícito administrativo? ilícito civil?

Todas essas perguntas – jurídicas no sentido mais estrito da palavra – têm natureza dogmática, ou

seja, quem as faz quer saber como deve agir, à luz dos dogmas do direito.

3.7 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 4 – TIPOS DE PESQUISA

4.1 PESQUISAS PROPOSTIVISTAS DE LEGE LATA

A pesquisa de lege lata é um tipo de investigação dogmática que elege um problema interpretativo-

jurídico como objeto.

A pesquisa de lege lata busca esclarecer o problema e oferecer a resposta que entende

ser-lhe a melhor resposta jurídica.

Trabalhos acadêmicos podem muito bem se ocupar de propor respostas

dogmaticamente fundamentadas.

M Ó D U L O 2

33

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

A pesquisa de lege lata considera os dispositivos legais válidos para a matéria, para

propor respostas aos problemas analisados.

4.2 ETAPAS DA PESQUISA DE LEGE LATA

Sinteticamente, podemos traçar um roteiro com cinco etapas para um trabalho científico baseado

em um problema de interpretação jurídica de lege lata...

...identificar o problema interpretativo a ser tratado, com explicitação da natureza do

problema.

...selecionar o conteúdo normativo relevante para a resposta à pergunta.

...precisar as respostas interpretativas rivais que têm sido propostas pelos principais

debatedores do tema.

...encontrar o melhor critério a partir do qual é possível eleger uma vencedora entre as

diversas respostas rivais analisadas.

...concluir o trabalho.

4.2.1 IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA

Nem todos os problemas interpretativos são iguais...

Algumas vezes, a dúvida interpretativa pode estar mais ou menos restrita a um conceito

ou uma palavra.

Outras vezes, a legislação, propositadamente, usa expressões de conteúdo mais

aberto – de forma proporcional ou conforme seja necessário e suficiente – assim como

vocabulário de cunho marcadamente filosófico – justiça, dignidade, isonomia...

Em latim, de lege lata significa segundo a lei criada ou de acordo com a lei

existente.

Definir o tipo de problema interpretativo auxilia a identificação dos tipos de

materiais com os quais se precisará trabalhar, além do método apropriado para a

pesquisa.

M Ó D U L O 2

34

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

4.2.2 SELEÇÃO DO CONTEÚDO NORMATIVO

Desse modo, devem ser coletados...

...os diversos tipos de normas jurídicas pertinentes ao tema – leis, decretos, súmulas –,

bem como...

...suas principais interpretações – correntes doutrinárias e jurisprudenciais, opiniões de

jurisconsultos.

4.2.3 ANÁLISE DE PONTOS DE VISTA ANTAGÔNICOS

A terceira etapa para elaborar um trabalho científico baseado em um problema de interpretação

jurídica de lege lata consiste em um analisar o estado da arte dos trabalhos dogmáticos já escritos

sobre o assunto, ou seja...

...saber o que os juristas de referência no tema têm dito a respeito da dúvida

interpretativa investigada.

Ler textos dogmáticos adversários, buscando a questão subjacente é uma boa maneira de trabalhar

divergências interpretativas de forma mais convincente do que o simples há quem diga A... por

outro lado, há quem diga B..., da qual pouca coisa se pode, efetivamente, concluir.

4.2.4 DEFINIÇÃO DE CRITÉRIOS

Definir um critério para eleger uma argumentação vencedora entre as diversas respostas rivais

analisadas permite ao pesquisador responder ao problema jurídico que escolheu tratar.

4.2.5 CONCLUSÃO

Na conclusão do trabalho, devemos apresentar o resultado da análise da questão interpretativa à

luz do problema identificado, considerado em face da matriz teórica escolhida para seu tratamento.

Esse caminho permite a construção de uma opinião interpretativa bem fundamentada

e explícita em seus critérios de escolha, o que lhe agrega valor – um bom valor

metodológico.

Se a matéria-prima desta espécie de trabalho são as normas jurídicas –

textos de direito posto e suas principais correntes interpretativas –, é fundamental

que, após identificado o problema e sua natureza, o pesquisador identifique e

selecione os textos legais e interpretativos que lhe sejam pertinentes.

Esse método supõe que as divergências interpretativas sobre aspectos

pontuais de textos legais são como meras pontas de icebergs, que escondem

divergências mais substantivas que nem sempre aparecem explícitas.

M Ó D U L O 2

35

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

4.3 PESQUISAS PROPOSITIVAS DE LEGE FERENDA

Pesquisas do tipo lege ferenda não pretendem investigar uma dúvida interpretativa para um

problema jurídico – como as pesquisas de lege lata.

Pesquisas lege ferenda partem de uma resposta dogmática estabelecida, mas com a

qual não concordam.

Pesquisas lege ferenda criticam a resposta juridicamente válida ou propõem-lhe

alterações.

4.3.1 ETAPAS DA PESQUISA

Em termos metodológicos, não há muita diferença substantiva entre esse tipo de pesquisa e as de

lege lata – a questão passará pela identificação de um problema, pela avaliação de propostas

alternativas de acordo com determinada matriz teórica e, finalmente, por uma proposta de

alteração.

O problema identificado pode dizer respeito...

...à redação concreta de uma dada lei ou ainda à interpretação predominante de um

dispositivo legal.

...a um elemento de legislação antigo, que permaneça vigente, mas esteja já em

desacordo com o contexto – político, econômico, social – do atual arranjo social.

A ideia será sempre mostrar que uma determinada parte da ordem normativa vigente –

considerada a redação com que está positivada ou o entendimento dominante a seu respeito –

é, por alguma razão, ruim ou insatisfatória e precisa de alteração.

A etapa seguinte contempla mostrar os argumentos que sugerem a inadequação da atual

regulamentação legal da situação-problema – bem como que apontem os rumos de uma desejada

alteração das normas que disciplinem a situação.

A título de conclusão, e com base na mesma matriz teórica, podem ser indicadas as alterações

legislativas necessárias ao melhor tratamento jurídico da situação problema.

Tudo isso partirá da matriz teórica com que a questão for analisada.

A questão de fundo, conforme identificada pelo pesquisador, indicará o tipo de teoria de que se

necessita. Essa etapa é análoga à quarta etapa da pesquisa de lege lata, descrita anteriormente.

De lege ferenda é uma expressão latina que significa de encontro à lei ou

contra a lei.

M Ó D U L O 2

36

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico

4.4 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 5 – CENÁRIO CULTURAL

Acesse, no ambiente on-line, o cenário cultural deste módulo.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3

37

MÓDULO 3 – ELABORAÇÃO DO TRABALHO

APRESENTAÇÃO

Neste módulo, focalizaremos o processo de redação do artigo propriamente dito. Veremos

sugestões de técnicas de redação que minimizam os riscos de nos perdermos em meio ao

processo de escrita do trabalho científico, muitas vezes, longo e convidativo a desvios e perda de

foco.

Analisaremos também a cartilha, outra opção de trabalhos de conclusão de cursos empresariais.

Verificaremos as particularidades da cartilha e sua estrutura.

UNIDADE 1 – FORMA E CONTEÚDO

1.1 FORMATO

Em geral, as regras de produção de artigos científicos são dadas pelas revistas científicas em que

seus autores pretendem publicá-los.

Sendo assim, as regras de produção de artigos científicos variam um pouco de um

periódico para outro.

1.2 TAMANHO DOS ARTIGOS CIENTÍFICOS

O tamanho de um artigo científico é bastante variável.

Em geral, o artigo científico costuma ser substancialmente mais conciso do que monografias de

conclusão de curso, dissertações e teses...

...os periódicos da editora Revista dos Tribunais pedem trabalhos de 20 a 40 páginas.

...a Revista Direito GV estipula limite máximo de 30 páginas, mas não mínimo.

...a Revista de Informações Legislativas do Senado Federal não dá qualquer orientação

quanto ao tamanho esperado de seus artigos.

...a Revista de Direito Público da Economia, Editora Fórum, admite artigos com o mínimo

de 15 páginas.

...a Revista Brasileira de Arbitragem, Editora IOB, recebe artigos com, no mínimo, 10

páginas.

O artigo científico é uma forma de literatura pouco tratada nos livros de

metodologia jurídica, que se ocupam, sobretudo, de monografias de graduação –

TCC –, dissertações de mestrado e teses de doutoramento.

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3

38

1.3 TAMANHO DO TRABALHO

Considerando a complexidade de um artigo científico a ser entregue como TCC de um MBA, não

se espera que um tema possa ser desenvolvido, com o grau de complexidade que se espera, em

10 ou 15 páginas.

1.4 OBJETIVIDADE E CONCISÃO

Para tratar um tema complexo em poucas páginas, o autor deverá prezar por objetividade e

concisão.

As seções mais comuns, mas nem sempre úteis, dos trabalhos jurídicos – introdução histórica,

direito comparado, natureza jurídica... – devem ser deixadas de lado, em favor de um tratamento

direto e frontal do tema-problema do trabalho.

Essas seções, embora apareçam com uma fidelidade quase canônica, não devem ser vistas como

um roteiro obrigatório, nem natural, de redação de um artigo, um TCC, uma dissertação ou uma

tese.

1.5 IMPORTÂNCIA DAS CITAÇÕES

É fundamental que o autor atente para o fato de que toda informação retirada de qualquer

trabalho deve ser referida expressamente em nota.

No caso de transcrição literal de passagem, deve ser feita sua citação, com igual indicação

de referência.

A desobediência a essa regra caracteriza plágio e traz sérias consequências aos responsáveis.

Por isso – e baseando-se em outras experiências de outros cursos da FGV –,

recomendamos que o artigo científico tenha, aproximadamente, 25 páginas e,

dependendo das necessidades do tema, não exceda 40 páginas.

O autor deverá começar seu texto apresentando a questão que deu origem

ao trabalho, indicando como pretende ocupar-se dela.

A seguir, deve justificar o porquê de suas opções.

Em seguida, deve, efetivamente, enfrentar o problema.

Finalmente, deve concluir, pontualmente, seu trabalho.

Isso vale, inclusive, para outros textos eventualmente já publicados pelo

próprio autor – autoplágio.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3

39

1.6 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 2 – INTRODUÇÃO DO ESTUDO

2.1 ESTRUTURA FINAL DO TRABALHO

Um artigo científico tem de começar com uma introdução e terminar com uma conclusão.

Seu recheio, por assim dizer, consistirá na apresentação do argumento e dos resultados

da pesquisa propriamente ditos.

2.2 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA

Mesmo em trabalhos com temas muito abstratos, o pesquisador deve sempre começar pela

apresentação de seu tema, o problema de que se ocupará.

Por exemplo, Thomas Nagel começa seu ensaio sobre os problemas filosóficos da justiça da

seguinte forma...

É injusto que algumas pessoas nasçam ricas e outras pobres? Se é injusto, deveríamos

fazer alguma coisa quanto a isso? O mundo está repleto de desigualdades – dentro dos

países e entre os países. Algumas crianças nascem em lares prósperos e cheios de conforto,

crescem bem alimentadas e recebem boa educação. Outras nascem pobres, não têm o

suficiente para comer e nunca têm acesso a boa educação ou assistência médica.

Evidentemente, é uma questão de sorte: não somos responsáveis por nascer numa certa

classe social ou econômica ou num certo país. A questão é: ‘até que ponto são ruins as

desigualdades que não são culpa das pessoas afetadas por elas? Deveriam os governos

usar seu poder para tentar reduzir esse tipo de desigualdade, que não é responsabilidade

das vítimas?’

2.2.1 ALGUNS COMENTÁRIOS

A forma singela com que Thomas Nagel abre seu artigo transforma, em grande parte, um assunto

muito amplo – justiça – em um problema mais específico e possível de ser trabalhado.

O autor elege tratar da justiça no contexto da desigualdade social, mesmo havendo diversos

outros contextos em que o tema da justiça seria cabível.

O tema, tal qual proposto, insere a questão da desigualdade social dentro de uma dimensão

particular da justiça – a justiça política –, à medida que se pergunta...

...devem ou não os governos usar seu poder a esse respeito?

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3

40

O agir virtuoso – com justiça – face a desigualdades sociais tem também uma dimensão privada

que se reflete na questão...

...é justo que acumulemos grandes fortunas e não doemos parte de nossos ganhos

privados a instituições que cuidam dos mais pobres, se o pudermos fazer sem grandes

ônus?

A segunda pergunta é diferente daquela que põe a questão quanto a ser justa, ou não, a imposição

de um tributo especial que incida sobre grandes riquezas.

2.3 CONCRETUDE DO PROBLEMA

O problema que apresenta o tema de pesquisa não precisa ser abstrato.

Pode muito bem ser um problema concreto.

Vamos ver um exemplo?

Um homem entra em um bonde bastante cheio. Inicialmente, o cobrador não percebe sua

presença. Somente quando, chegando em seu destino, deseja deixar o veículo, é que o

cobrador lhe exige o pagamento do valor da passagem. O homem replica: ele não concluíra

nenhum contrato de transporte até agora e, no momento, não pensa mais em celebrar

contrato nenhum, já que deseja descer do bonde. Nenhum dos passageiros duvidaria de

que o homem deve pagar o valor da passagem. Apenas o jurista se vê em dificuldades. Ele

percebe: de acordo com os seus conhecimentos acadêmicos, há algo de errado por aqui. A

fim de fundamentar a obrigação do passageiro, é necessário um contrato, ao menos se

consideramos essa relação jurídica como de direito privado. Um contrato, como qualquer

jurista sabe, aperfeiçoa-se quando duas pessoas declaram uma à outra sua vontade

direcionada à ocorrência de efeitos jurídicos. A declaração, logicamente não precisa ser

‘expressa’, ela pode acontecer por meio do dito ‘comportamento concludente’. (...) Mas onde

está o comportamento do passageiro que possa ser considerado ‘aceitação’ da ‘oferta de

contrato’? Até que ele não se faça, de alguma forma, presente ao cobrador, que é o

representante da empresa de transporte, não se pode considerar seu comportamento (...),

de forma alguma, como tendo ‘valor de declaração’. (...) Adentrar o bonde e nele permanecer

até o ponto certamente não é suficiente como ‘aceitação’, se uma tal ‘vontade de aceitar’ de

quem entrou no bonde não for reconhecível. Como reconhecê-la, se a pessoa declara logo

ao embarcar que deseja andar no bonde, mas não quer concluir nenhum contrato de

transporte?

Pela forma como apresenta o tema-problema, o autor indica estar

preocupado com essa última pergunta mais do que com a primeira.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3

41

2.4 CONCRETUDE DO PROBLEMA

Na introdução de um artigo científico, o autor deve-se apressar a dar as informações-chave do

texto, de forma tão direta quanto possível...

O autor deve abandonar as conhecidas partes canônicas dos textos jurídicos, sempre enfadonhas,

pouco objetivas e superficiais – evolução histórica, direito comparado, natureza jurídica do instituto...

As partes canônicas dos textos jurídicos não devem ser trazidas para o texto, a menos

que sejam imprescindíveis para a delimitação do tema-problema ou para a indicação

da metodologia com que ele será tratado.

2.5 APRESENTAÇÃO DA INTRODUÇÃO

Como sugestão, mas sem querer tolher a criatividade, o seguinte roteiro para a introdução de um

artigo científico pode ser seguido...

Apresentação do tema-problema...

Indicar, com clareza e objetividade, o problema ou o objeto de dúvida a que o artigo irá

se dedicar.

Justificativa de sua importância...

Explicitar a razão pela qual o tema eleito merece o esforço de uma pesquisa científica

a seu respeito bem como a possível utilidade dos resultados esperados da pesquisa.

Posição dos debates doutrinários atuais a seu respeito...

Apresentar o estado da arte dos debates jurídicos sobre a matéria, focando-se nos

diferentes argumentos a seu respeito.

Indicação e justificativa do método pelo qual o tema-problema será abordado...

Indicar como o tema-problema será resolvido, mostrando que...

o autor sabe a diferença entre as muitas opções metodológicas à disposição

de um pesquisador;

o método que ele escolheu utilizar é a melhor escolha para o tratamento de

seu tema-problema.

Qual é o objeto do texto?

Por que esse objeto é importante?

Como esse objeto será abordado no artigo, tanto em termos de metodologia, quanto

da apresentação escrita do argumento?

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3

42

Indicação da estrutura subsequente do artigo...

Indicar como os resultados da pesquisa serão apresentados a partir da introdução, ou

seja...

dividir a estrutura do artigo em partes – item 1, item 2...;

indicar, brevemente, o conteúdo que cada uma delas terá, buscando, o

quanto possível, ilustrar ao leitor a conexão que cada uma dessas partes

terão entre si.

Em outras palavras, na introdução, dizer o que se vai dizer no resto do artigo.

2.6 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 3 – DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO DO ESTUDO

3.1 MIOLO DO ARTIGO

Superada a introdução, é chegada a hora de, efetivamente, enfrentar o problema...

...de dizer o que se tem a dizer...

O desenvolvimento do artigo varia de acordo com a modalidade de tema-problema com que se

esteja trabalhando.

3.2 TRABALHO COM PROBLEMAS DESCRITIVOS

Caso o pesquisador tenha optado por trabalhar um problema descritivo, sua introdução já terá

apresentado aquilo que será objeto de descrição – bem como as limitações de tempo, espaço,

órgão... – em que esta descrição será feita.

O bojo desse trabalho deve consistir na apresentação dos resultados obtidos na pesquisa...

...quantos julgados foram encontrados...

...quais eram os específicos objetos da lide...

...quem eram as partes envolvidas...

Um exemplo de problema descritivo, já bem recortado, pode ser...

Como a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça decidiu disputas societárias

envolvendo acionistas minoritários das dez empresas de maior valor de mercado

listadas no pregão da BM&F Bovespa entre os anos de 1999 e 2009?

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3

43

...qual é sua posição processual – autor ou réu...

...quais eram os valores que estavam em jogo...

...quanto tempo já duravam as lides até o momento da decisão do STJ...

...como o Tribunal decidiu...

Tudo o que mais o autor entenda relevante para a montagem do mais completo retrato da

situação analisada, de forma a permiti-lo tirar o máximo de conclusões futuras, deve ser apresentado.

Certamente, será um miolo de artigo recheado de números e tabelas, com alguns

insights que serão posteriormente desenvolvidos na conclusão do artigo.

3.3 TRABALHO COM PROBLEMAS PROPOSITIVOS

No caso de problemas propositivos, em que o autor tem de propor uma resposta jurídica bem

fundamentada para um problema jurídico difícil, o bojo do artigo consistirá no desenvolvimento

do argumento do autor.

Retornemos ao exemplo do artigo de Karl Larenz, acerca do malicioso passageiro de bonde que

entra no vagão, mas enuncia não desejar celebrar qualquer contrato de transporte...

Um homem entra em um bonde bastante cheio. Inicialmente, o cobrador não percebe sua

presença. Somente quando, chegando em seu destino, deseja deixar o veículo é que o

cobrador lhe exige o pagamento do valor da passagem. O homem replica: ele não concluíra

nenhum contrato de transporte até agora e, no momento, não pensa mais em celebrar

contrato nenhum, já que deseja descer do bonde. Nenhum dos passageiros duvidaria de

que o homem deve pagar o valor da passagem. Apenas o jurista se vê em dificuldades. Ele

percebe: de acordo com os seus conhecimentos acadêmicos, há algo de errado por aqui. A

fim de fundamentar a obrigação do passageiro, é necessário um contrato, ao menos se

consideramos essa relação jurídica como de direito privado. Um contrato, como qualquer

jurista sabe, aperfeiçoa-se quando duas pessoas declaram uma à outra sua vontade

direcionada à ocorrência de efeitos jurídicos. A declaração, logicamente não precisa ser

‘expressa’, ela pode acontecer por meio do dito ‘comportamento concludente’. (...) Mas onde

está o comportamento do passageiro que possa ser considerado ‘aceitação’ da ‘oferta de

contrato’? Até que ele não se faça, de alguma forma, presente ao cobrador, que é o

representante da empresa de transporte, não se pode considerar o seu comportamento

(...), de forma alguma, como tendo ‘valor de declaração’. (...) Adentrar o bonde e nele

permanecer até o ponto certamente não é suficiente como ‘aceitação’, se uma tal ‘vontade

de aceitar’ de quem entrou no bonde não for reconhecível. Como reconhecê-la, se a pessoa

declara logo ao embarcar que deseja andar no bonde, mas não quer concluir nenhum

contrato de transporte?

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3

44

Na introdução, Larenz apresentou uma pergunta jurídica que exige uma resposta não descritiva,

mas normativa...

Como fundamentar a obrigação contratual do passageiro que não se apresenta ao

representante da empresa de transporte público ao entrar no bonde do vagão, ou mesmo

que se apresenta a ele para dizer que não deseja celebrar qualquer contrato de transporte,

e que por isso não pagará a tarifa?

Larenz começa o miolo de seu artigo apresentando um argumento à época corrente a respeito

do problema, e identificando Günter Haupt como seu principal expoente...

Segundo Haupt, o comportamento do agente equivaleria a uma manifestação de

vontade no sentido de contratar com a empresa de transporte.

Larenz contra-argumenta, dizendo que Haupt, erroneamente, supõe que a manifestação de

vontade seja condição para o surgimento da obrigação neste caso.

A obrigação de pagar o valor da passagem decorre aqui simplesmente do significado

jurídico de um comportamento social típico que em nada depende da motivação

subjetiva do agente.

Mesmo que tivesse entrado no bonde sem querer, ele terá de pagar o valor da passagem,

pois esse é o típico significado jurídico da conduta de entrar em um bonde, com ou

sem vontade.

O argumento de Larenz é, portanto, o de que...

A situação retratada não pode ser entendida sob o arcabouço das tradicionais teorias

obrigacionais por atos lícitos, mas a criação de uma nova categoria obrigacional –

comportamento social típico – é necessária.

3.3.1 APRESENTAÇÃO DA ARGUMENTAÇÃO

Podemos esquematizar o caminho percorrido por Larenz da seguinte forma...

Apresentação do problema...

Descrever a dificuldade jurídica que ele coloca.

Apontamento das respostas tradicionais ao problema...

Rever, com foco no argumento e em sua relação com o problema – e não em quem os

emitiu –, as respostas já apresentadas ao problema estudado.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3

45

Indicação das falhas da resposta tradicional...

Apontar os pontos frágeis das respostas já dadas ao problema, argumentando e contra-

argumentando, de modo a possibilitar a construção de uma nova abordagem para o

problema estudado.

Sugestão de uma nova abordagem para a questão...

Mostrar as vantagens de uma nova proposta em relação à proposta anterior.

Larenz apresenta tudo isso de maneira muita clara, objetiva e concisa...

Seu artigo inteiro, no qual esse complexo argumento é exposto, tem não mais do que oito

páginas.

3.4 CONTEÚDO DA CONCLUSÃO

A conclusão do artigo deverá retomar os principais pontos nele tratados – tema, metodologia,

resultados colhidos –, sintetizando-os, para que o autor, então, destaque aquilo que lhe parecer

mais importante.

Podem ser destacadas relações reveladoras entre dados quantitativos ou qualitativos,

conclusões sobre a adequada forma de tratamento de uma dúvida jurídica...

3.5 CONTINUIDADE DO ESTUDO

Frequentemente, as conclusões de uma pesquisa são, em si mesmas, indicativas de estudos

futuros que se mostram necessários a partir de seus resultados.

3.6 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 4 – ESCRITURA DO TEXTO

4.1 TÉCNICA DE ESCRITA

Precisamos escrever como uma cebola... 5, 15, 25...

...ou seja, escrever em camadas, como se o texto fosse uma cebola.

Sabendo o conteúdo esperado de um artigo científico, devemos, agora, pensar em uma técnica

que ajude a escrevê-lo.

Ou seja, diga o que foi dito.

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3

46

Quem jamais teve a experiência de escrever um texto acadêmico logo perceberá que colocar

um argumento no papel, com começo, meio e fim, em mais de 20 páginas, não é coisa tão

simples de se fazer.

4.1.1 CAMADA UM

Em um primeiro momento, o autor deve escrever um texto de, aproximadamente, cinco páginas,

com o núcleo duro de sua introdução, bem como do miolo do seu trabalho...

o tema-problema;

a indicação de sua relevância;

a estrutura esperada do artigo;

os principais interlocutores acadêmicos do trabalho;

a forma de coleta de informações;

o tratamento que foi dado a elas;

os importantes resultados encontrados;

o que deles pode-se concluir.

Nessa primeira fase, o autor não precisa preocupar-se em fazer citações ou referências, nem em

trabalhar a redação do que escrever.

Esse texto deve ser muito objetivo e sintético.

Esse texto deverá ser um raio X do texto final, pois trará o esqueleto do texto, ou seja...

...esse deverá ser equivalente ao principal argumento do autor.

Talvez, esse primeiro texto seja pouco inteligível para qualquer leitor que não seja o próprio

pesquisador, ou alguém muito familiarizado com seu tema. Isso não importa, pois o papel dele é

organizar a exposição do argumento.

4.1.2 CAMADA DOIS

Em um segundo momento, o autor deve tentar expandir, de cinco para dez ou quinze páginas, a

camada um.

O autor deve desenvolver as ideias do texto-esqueleto – as mais importantes do

trabalho – e ir inserindo outros elementos colaterais – posições doutrinais minoritárias,

exemplos de casos concretos...

Se o primeiro texto trazia o argumento do autor, esse segundo juntará a esse argumento alguns

elementos de diálogo e ilustração.

Ao final dessa etapa, o texto já se tornará mais legível.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3

47

4.1.3 CAMADA TRÊS

Na terceira camada, o autor volta ao texto e enxerta-o com tudo o mais que entender necessário

para agregar solidez ao artigo.

Nessa fase, o autor deve...

...escolher as citações que fará e inserir as devidas referências às ideias que já haviam

sido suscitadas nas etapas anteriores de escrita.

...fazer outras observações pontuais, no texto ou em notas de rodapé.

...entrar com exemplos e contraexemplos ou quaisquer outras referências ilustrativas

que queira fazer.

4.1.4 VANTAGENS DA ESCRITURA EM CAMADAS

Escrever um texto em camadas tem algumas vantagens...

A escrita de um texto em camadas torna mais fácil para o autor não perder a dimensão

do todo, o que minimiza o risco de que algumas partes do trabalho fiquem

hipertrofiadas – ou atrofiadas – em relação a outras, o que tira a coesão do trabalho.

A escrita de um texto em camadas desestimula o mau hábito de se começar a escrever

sem que se tenha a noção de de onde se vai partir e, principalmente, de aonde se quer

chegar.

A escrita de um texto em camadas exige que o autor só comece a escrever depois de

sua pesquisa estar concluída.

O artigo é algo que se escreve a partir dos resultados de leituras e pesquisas, e não um processo

concomitante ao estudo e à investigação.

Dessa forma, a escritura em camadas diminui, sensivelmente, os riscos de o autor

sentir-se perdido e sem rumo no meio do artigo, com a nítida impressão que o melhor

mesmo seria ele recomeçar toda a escrita, do zero.

4.2 CARACTERÍSTICAS DA ESCRITA

O estilo pertence à esfera de discricionariedade do escritor.

Se, por um lado, não há um estilo predeterminado, podemos dizer, por outro, que tampouco há

absoluta discricionariedade em sua determinação.

Como deve ser a escrita do texto?...

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3

48

Logo, não há estilos certos ou errados, mas sim estilos apropriados e inapropriados, pois

esses últimos dão à monografia formas e características pouco adequadas a um trabalho

científico.

4.2.1 MANUALISMO

Alguns estilos não são apropriados à escrita de um trabalho científico. Essas formas inapropriadas

de escrita podem ser consideradas equívocos estilísticos.

O primeiro e mais comum equívoco estilístico – e que impacta o trabalho metodologicamente –

é escrever o trabalho científico como se fosse um manual ou parte de um. Trata-se do manualismo.

O manualismo faz com que o problema de pesquisa demore a aparecer.

O autor impõe a seu leitor um conjunto de informações básicas – definições, considerações sobre

a natureza jurídica do instituto tratado... – que ele, provavelmente, não está interessado em saber.

Se o leitor estivesse interessado nesse tipo de informação, procuraria um manual, e

não um artigo científico.

Nos casos mais graves de manualismo, o autor termina seu trabalho sem ter o que concluir.

A conclusão é própria de um trabalho científico, em razão da metodologia com que é escrito e

dos objetivos que lhe são inerentes.

A conclusão não tem razão de ser em um manual, que não é, em sentido estrito, um trabalho

científico, mas sim didático-orientativo.

Não é coincidência que trabalhos científicos tenham sempre um capítulo de conclusão,

mas não os manuais.

4.2.2 EXCESSO DE INFORMAÇÕES

O público-alvo de um trabalho científico deve ser presumido como sendo uma comunidade de

experts no assunto – pesquisadores, quando não, como no caso de um programa de pós-graduação,

uma banca ou um conjunto de corretores que, seguramente, são peritos no tema abordado.

Não faz sentido tratar esse público-alvo como neófitos, ou seja, não faz sentido apresentá-los às

noções mais rasteiras do que é o direito, dos princípios que o regem, ou do conceito de contratos...

Além de trazer para o trabalho científico coisas que lhe são irrelevantes, pois

este deve-se focar no tratamento de um problema específico, o manualismo

costuma implicar falta de objetividade na escrita.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3

49

4.2.3 FORMAS DE TRATAMENTO ENCOMIÁSTICAS

As formas de tratamento encomiásticas, próprias do formal e pomposo ambiente forense, não

têm lugar em textos acadêmicos.

As formas de tratamento encomiásticas conferem um verniz de autoridade a pessoas, instituições

e documentos jurídicos que, no universo acadêmico, são apenas interlocutores de debates jurídicos,

que não os próprios objetos de pesquisas acadêmicas.

Como argumentos de autoridade e ciência não combinam, tais expressões devem ser

abolidas dos trabalhos científicos.

4.2.4 CONSELHOS ESTILÍSTICOS

Vejamos alguns conselhos estilísticos que os livros de metodologia jurídica costumam fornecer...

Seja conciso, claro e direto...

Apresente, sem rodeios, o tema da pesquisa, a forma como ele será abordado e o

resultado das investigações.

Escreva, o quanto possível, com frases curtas, que facilitam a compreensão do sentido

do que se quer dizer.

Seja coerente...

Seja coerente, do início ao fim.

Opte por um critério, não ora por um, ora por outro.

Não seja falsamente modesto, nem pretensioso...

Ouse dizer o que pensa, já que as limitações de todos são mais ou menos equivalentes.

Não trate com desdém outros acadêmicos de muito ou pouco renome.

Procure formas sutis de dizer o que quer...

Seja sereno e desapaixonado na forma de apresentação de seu argumento.

Finalize, e não exclame o raciocínio.

Evite ironias e sarcasmos, pois isso não soa bem em um texto acadêmico.

O uso de formas de tratamento encomiásticas – transposição indevida de

expressões quotidianas para trabalhos científicos – é outro equívoco estilístico.

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3

50

Não se force a escrever pomposamente...

Opte por uma maneira mais zelosa e formal de escrita.

Traduza as ideias, sem prejuízos, para uma linguagem mais direta e menos rebuscada.

4.3 EXCESSOS ESTILÍSTICOS

Há casos em que o culto ao estilo da escrita chega ao extremo de prejudicar a própria finalidade

do artigo, que é comunicar, de forma direta e objetiva, uma ideia interessante sobre um problema

relevante.

Tais casos são obviamente problemáticos e devem ser evitados.

4.4 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 5 – CARTILHA

5.1 CARTILHA COMO OPÇÃO DE TCC

Em grande parte, as formalidades da cartilha são as mesmas em comparação com artigos

acadêmicos.

No entanto, as cartilhas têm algumas particularidades que devem ser levadas em

consideração por quem as escreve.

5.2 OBJETIVOS DA CARTILHA

A cartilha é um roteiro que visa tornar acessível um conhecimento sobre determinado assunto.

A cartilha serve de instrumento para a modificação ou a padronização do comportamento de um

grupo de pessoas, com vistas a um propósito qualquer.

Não devemos esquecer que o estilo é acessório, o principal é o argumento

acadêmico do texto.

As cartilhas podem ser apresentadas como trabalhos de conclusão de cursos

empresariais, se assim especificamente facultar o regulamento do curso.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3

51

Em outras palavras, cartilha tem por objetivos...

...uniformizar comportamentos ou informações...

...constituir um objeto de consulta para facilitar as tarefas do dia a dia.

A perspectiva das funcionalidades é o que de mais importante podemos encontrar em uma

cartilha.

5.2.1 CARÁTER INSTRUMENTAL E COMPORTAMENTAL

A cartilha não é o veículo adequado a discussões complexas, são roteiros práticos de ação.

A cartilha pode servir, juridicamente, ao importante propósito de administração de contingências

ocasionadas pelo comportamento de profissionais incumbidos de determinadas tarefas.

Essas tarefas podem trazer implicações obrigacionais, mas que nem sempre têm o

necessário conhecimento técnico para entender todas as consequências – jurídicas –

de suas ações.

A extensão desse fenômeno, em uma empresa de grande porte, é enorme – pode ir desde uma

equipe de negociadores de um departamento comercial a funcionários do atendimento telefônico

ao cliente.

5.3 PRÉ-REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO

A cartilha apresenta os seguintes pré-requisitos a sua elaboração...

escolha do formato;

escolha de um dos temas elencados – rol taxativo.

5.4 FORMA DE ELABORAÇÃO

Antes de tudo, a cartilha será apresentada como documento para avaliação do curso de MBA

Executivo em Direito Bancário.

A cartilha deve transformar o conteúdo que pretendemos transmitir em algo

convidativo e amigável à compreensão.

A principal característica da cartilha é o caráter instrumental e

comportamental.

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3

52

5.4.1 ROTEIRO DE ELABORAÇÃO

Um roteiro possível – mas não necessário nem único – para elaboração de uma cartilha pode

incluir três etapas...

Indicação do Propósito...

Informar, desde o princípio, o propósito do procedimento que se quer implementar, o

que deve incluir...

a precisa indicação do procedimento que se quer padronizar ou regular;

a importância da padronização ou da regulação desse procedimento;

o propósito da padronização ou da regulação proposta pela cartilha –

aumentar eficiência, gerar economia de trabalho, evitar contingências

jurídicas...

a indicação de como o procedimento indicado na cartilha é capaz de atingir

o propósito almejado para o procedimento em questão.

Esclarecimento do Procedimento...

Indicar, passo a passo, o procedimento a ser adotado para garantir os resultados

almejados, de maneira suficientemente detalhada, mas não excessivamente longa ou

complexa...

assegurar-se que leitores com diferentes graus de experiência e

conhecimento sejam igualmente capazes de se comportar da maneira

esperada com o apoio da cartilha;

cobrir todas as variações relevantes do procedimento.

Organização Gráfica do Conteúdo...

Representar graficamente os procedimentos propostos facilita a utilização da cartilha

como elemento de consulta.

Desenhar fluxogramas fornece um roteiro fácil de se acompanhar por leitores

de diferentes níveis de experiência.

Representar graficamente os procedimentos e as ações sugeridas – por

fluxograma ou outro meio qualquer – é um diferencial importante das cartilhas.

5.5 ESTRUTURA

A cartilha segue a estrutura formal de um trabalho acadêmico.

Portanto, a cartilha é dividida em três grandes partes...

elementos pré-textuais;

elementos textuais;

elementos pós-textuais.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3

53

5.5.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS E PÓS-TEXTUAIS

Os elementos pré-textuais e pós-textuais constituem requisitos obrigatórios da cartilha.

Em ambos os casos, as regras aplicáveis ao artigo científico devem ser seguidas – no

que couber.

Já os elementos textuais – que estão diretamente relacionados ao conteúdo – deverão ser

totalmente adaptados para a cartilha.

5.5.2 ELEMENTOS TEXTUAIS

Os elementos textuais são aqueles que constituem o conteúdo propriamente dito do trabalho.

Vejamos como esses elementos funcionam no formato da cartilha...

Objetivos...

Como os objetivos da cartilha são extrínsecos ao tema, eles devem constar do trabalho,

mas não do conteúdo – isto é, dos elementos textuais.

Por essa razão, o item objetivos deve ser inserido como elemento pré-textual, em

substituição ao resumo.

Também não é necessário traduzir o item objetivos para o inglês.

Conteúdo...

O conteúdo deverá ser desenvolvido, integralmente, como elementos textuais,

subdivididos em apresentação e tópicos...

apresentação – única, em um texto breve, suficiente para explicar ao público

alvo a razão do texto;

tópicos – exposição propriamente dita do tema. Cada tópico poderá ser

sucessivamente divido em subtópicos, conforme a necessidade.

Conclusão...

Na cartilha, não há qualquer conclusão a ser tirada, consequentemente, não existe

nenhum elemento textual análogo à conclusão.

Iremos compreender cada uma delas a seguir...

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3

54

5.5.2.1ESCOLHA DOS ELEMENTOS TEXTUAIS

Para compreendermos que elementos textuais são pertinentes à cartilha, precisamos entender

sua finalidade...

A finalidade da cartilha é instruir o interlocutor acerca de determinado assunto. Essa finalidade do

texto parte de uma necessidade do leitor.

Dessa forma, a necessidade e a finalidade da cartilha não estão em seu tema, mas sim em seu

público alvo.

Consequentemente, inexiste ponto de partida – necessidade – ou ponto de chegada

– finalidade – em seu conteúdo.

Posto de outra maneira, existe, na cartilha, uma finalidade extrínseca ao conteúdo, não intrínseca.

5.6 INTERLOCUTORES

A cartilha é apresentada como trabalho acadêmico, mas também é elaborada como ferramenta

de informação e instrução.

Desse modo, a cartilha tem dois grupos de interlocutores...

No primeiro grupo, encontra-se o orientador que fará a avaliação do TCC, interessado

em todas as partes e todos os aspectos do trabalho.

No segundo grupo, encontra-se o público-alvo da cartilha, com interesse, unicamente,

no conteúdo.

Essa dualidade se reflete, diretamente, na redação do trabalho...

5.7 REQUISITOS DOS OBJETIVOS

O conteúdo da cartilha deve ser dirigido ao público-alvo.

O restante dos elementos da cartilha deve ser dirigido ao orientador que fará a avaliação do TCC.

Por essa razão, a cartilha não possui os mesmos elementos textuais de um

artigo científico.

O trabalho ora se comunica com um, ora com outro.

O item objetivos dirige-se ao orientadores. Por isso, deverá ser redigido em

linguagem técnica científica.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3

55

5.7.1 ASPECTOS ABORDADOS

No item objetivos, o aluno deverá abordar as seguintes questões...

A cartilha tem o objetivo de atender que demanda?...

Apresentar a demanda da cartilha significa indicar a finalidade de seu texto. Em outras

palavras, significa explicar o porquê da elaboração da cartilha. Nos objetivos, devemos

informar, por exemplo, que situação ou problema concreto a cartilha visa abordar ou

solucionar.

Quem é o público-alvo?...

O público-alvo relaciona-se, diretamente, com a demanda.

A cartilha é concebida para atender a um grupo específico de pessoas, informando-o

sobre algo. Esse grupo é o público-alvo.

Nesse sentido, a delimitação do público-alvo é muito importante, pois ela condicionará,

diretamente, a profundidade com que o conteúdo será desenvolvido.

Qual é a relação do público-alvo com o tema?...

A relação do público-alvo com o tema da cartilha é um aspecto específico da questão

anterior. Trata-se de um ponto crucial da cartilha, já que contextualiza o interlocutor na

demanda. Sem isso, o trabalho pode-se perder em seus objetivos, divergindo de sua

finalidade.

Que benefício esperamos obter com a cartilha?...

Se a demanda da cartilha é sua causa, os benefícios são suas consequências.

Na abordagem dessa questão, devemos informar como a cartilha atenderá a demanda,

de modo a justificar sua importância.

Qual é o tipo de linguagem que deverá ser utilizada?...

Todas as questões postas convergem para a linguagem da cartilha.

Um público mais técnico exige linguagem mais técnica, enquanto um público leigo

exige uma linguagem mais simples e acessível.

Como todas as questões estão inter-relacionadas, não é necessário abordá-las individualmente. A

redação dos objetivos poderá ser elaborada de forma unificada, como se tratasse de uma única

questão geral.

O importante é que cada um desses aspectos seja, claramente, apresentado.

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3

56

5.8 REQUISITOS DO CONTEÚDO

O conteúdo do trabalho corresponde à cartilha propriamente dita. Se fossem removidas todas as

demais partes do trabalho, teríamos a cartilha pronta e acabada para distribuição ao público-alvo.

Dessa forma, todo o conteúdo deve ser dirigido a esse público, com exceção das notas

de rodapé.

No conteúdo da cartilha, encontramos...

Apresentação...

O primeiro tópico do conteúdo é a apresentação da cartilha.

Na cartilha, a apresentação corresponde à introdução do artigo científico.

A finalidade da apresentação é apresentar ao destinatário o que ele encontrará nos

tópicos do documento, explicando, ainda, sua importância.

Tópicos...

Seguindo a apresentação, encontram-se os tópicos.

Os tópicos deverão ser estruturados de maneira similar aos capítulos de um artigo

científico, seguindo o mesmo padrão de numeração.

Cada tópico pode ser subdivido em tópicos menores, e assim por diante.

Os subtópicos deverão seguir as mesmas diretrizes do artigo científico, principalmente,

no que concerne à montagem do sumário.

Terminado o último tópico, a conteúdo da cartilha estará completo, visto que a cartilha

não deve conduzir a uma conclusão.

5.9 REDAÇÃO, LINGUAGEM E FORMATAÇÃO

A cartilha segue as mesmas regras de formatação dos demais formatos de trabalho acadêmico.

Vamos aprender as regras de formatação dos trabalhos acadêmicos no módulo 4.

Quanto à redação e linguagem da cartilha, precisamos dar atenção para

alguns aspectos que consideraremos a seguir...

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3

57

5.9.1 SIMPLICIDADE E OBJETIVIDADE

A natureza instrumental e comportamental da cartilha acaba por lhe impor algumas cartacterísticas.

A cartilha é para ser lida, mas, principalmente, para ser consultada.

As informações prestadas pela cartilha devem ser claras, objetivas e bem organizadas.

Como em um manual de eletrodoméstico, notas de rodapé, por exemplo, raramente

tem lugar em uma cartilha, a não ser para fazer algum esclarecimento marginal.

5.9.1 CLAREZA DE LINGUAGEM

Além da simplicidade e objetividade de seu texto, a cartilha deve também primar por clareza de

linguagem, evitando termos técnico-jurídicos.

A cartilha deve falar mais a língua de seus destinatários, e menos a de seu autor.

A cartilha deve ser, ao mesmo tempo, breve e compreensiva.

A cartilha deve tratar de todos os aspectos relevantes ao procedimento de que se

ocupe. No entanto, a cartilha não pode transformar-se em um texto de demorada

leitura, sob pena de perder sua funcionalidade.

5.9.3 CINCO REGRAS PARA ELABORAÇÃO DA CARTILHA

Para manter a simplicidade, objetividade e clareza do conteúdo da cartilha, cinco regras devem

ser seguidas...

Devemos produzir um texto fluido, sem a prolixidade habitual dos textos jurídicos.

Devemo-nos concentrar em apresentar resultados prontos, evitando argumentações

que conduzam a eles. Também não devemos fazer menção à autoria de ideias e

resultados no corpo do texto. Tudo deve ser apresentado diretamente.

Considerando que o conteúdo tem de dialogar, minimamente, com o orientador, são

necessários esclarecimentos e indicação de fonte.

Dessa forma, quando necessário, tais esclarecimentos e indicações deverão ser feitos

em notas de rodapé, de modo a não causar nenhum tipo de interrupção na fluidez do

texto.

A primeira delas é a simplicidade e objetividade de seu texto.

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3

58

Devemos estar atentos ao plágio. Todas as legislações em vigor, regras acadêmicas da

FGV e regras internas do Banco do Brasil sobre plágio são aplicáveis ao formato de

cartilha.

A linguagem do conteúdo deve ser direcionada ao público-alvo da cartilha

A única exceção feita são as notas de rodapé, que se dirigem ao orientador, de modo

que deverão ser elaboradas em linguagem técnica-científica.

Em razão da finalidade didática, quadros sinópticos, tabelas, diagramas, entre outras

formas de sistematização de conteúdo não são apenas autorizados, mas também

encorajados.

5.10 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

Por fim, o trabalho final deverá obedecer às regras de formatação

apresentadas no módulo 4.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4

59

MÓDULO 4 – EDIÇÃO DO TRABALHO

APRESENTAÇÃO

Neste módulo, trataremos dos procedimentos relativos à forma como os trabalhos acadêmicos

devem ser formatados e editados. Para auxiliá-lo nessa tarefa, disponibilizamos um conjunto de

documentos que servirá de modelo para o que você deverá realizar.

Logo, este módulo é estritamente instrumental e como tal deve ser utilizado para servir de fonte

para a busca dos procedimentos corretos para a composição dos trabalhos – para acessar esses

modelos, basta clicar nos respectivos links inseridos nas telas e nas bases das telas.

UNIDADE 1 – ESTRUTURA DO TEXTO

1.1 TRABALHOS ACADÊMICOS

Entre outros, podemos considerar trabalhos acadêmicos...

...trabalho de conclusão de curso – TCC.

...trabalho de graduação interdisciplinar – TGI.

...trabalho de conclusão de curso de especialização.

...trabalho de conclusão de curso de mestrado.

...trabalho de conclusão de curso de doutorado.

Segundo a NBR 14724 de 2002, que rege a produção de trabalhos acadêmicos, um trabalho

acadêmico é um documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar

conhecimento do assunto escolhido.

Esse assunto, por sua vez, deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, do módulo,

do estudo independente, do curso e de outros programas ministrados.

1.2 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

A estrutura de um trabalho acadêmico compreende...

elementos pré-textuais não paginados;

elementos pré-textuais paginados, mas não numerados;

elementos textuais;

elementos pós-textuais.

Lembre-se...

Esse trabalho deve ser feito sob a coordenação de um orientador.

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4

60

1.2.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

Os elementos pré-textuais que constituem a estrutura do trabalho acadêmico são...

1.2.2 ELEMENTOS TEXTUAIS

Os elementos textuais da estrutura do trabalho acadêmico são...

elemento monografia

capa obrigatória

lombada opcional

anverso da folha de rosto obrigatória

verso da folha de rosto obrigatório

errata opcional

folha de aprovação obrigatória

dedicatória opcional

agradecimento opcional

epígrafe opcional

resumo na língua

vernáculaobrigatório

resumo em língua

estrangeiraobrigatório

lista de ilustrações opcional

lista de abreviaturas e

siglasopcional

lista de símbolos opcional

sumário obrigatório

elemento monografia

introdução obrigatória

desenvolvimento obrigatório

cronograma não existe

conclusão obrigatória

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Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4

61

1.2.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

Os elementos pós-textuais da estrutura do trabalho acadêmico são...

1.3 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 2 � ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

2.1 CAPA

A capa é obrigatória em projetos de pesquisa e trabalhos monográficos. Impressa em papel mais

encorpado que o restante do trabalho, nela registramos � centralizadas na página � as seguintes

informações...

elemento monografia

referências obrigatórias

glossário opcional

apêndice opcional

anexo opcional

índice opcional

ELABORAÇÃO DE TRABALHOS

DE CONCLUSÃO DE CURSO:3

Projetos de pesquisa e trabalhos monográficos4

Volume 15

Rio de Janeiro � RJ6

20037

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4

62

¹ Nome da instituição...

Opcional – na primeira linha da página, todo em maiúsculas, sem outras marcações.

² Nome do autor...

Na primeira linha da página – ou na segunda, caso na primeira exista o nome da

instituição, todo em maiúscula, sem outras marcações.

³ Título do trabalho...

No meio da página, todo em maiúsculas, podendo ter marcações em negrito ou itálico.

Corpo de letra maior do que o usado no restante do trabalho.

O título deve ser...

curto, porém escolhido com o máximo de cuidado;

atrativo para chamar a atenção do leitor;

preciso – desnecessário o uso de artigos definidos ou indefinidos.

4 Subtítulo do trabalho...

Caso exista – abaixo do título, separado deste por dois pontos, sem outras marcações.

5 Número de volumes...

Se houver mais de um volume – abaixo do subtítulo, mantendo um espaçamento,

indicando a especificação do respectivo volume em algarismo arábico.

6 Local...

Cidade da instituição em que o trabalho deve ser apresentado – ao final da página,

antes do ano, com a primeira letra maiúscula e as demais minúsculas.

7 Ano de depósito...

Na última linha da capa, em algarismo arábico, em quatro dígitos.

2.2 LOMBADA

Na lombada – opcional tanto em projetos de pesquisa quanto em trabalhos monográficos –,

devem ser registradas as informações da seguinte forma...

1 2

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4

63

¹ Lombadas finas...

O autor e o título podem ser grafados verticalmente de cima para baixo.

² Lombadas grossas...

nome do autor;

título e subtítulo – se houver – e outros elementos de identificação, como o número

do volume;

com exceção do título e do subtítulo, todos os outros elementos devem ser grafados

horizontalmente;

XXXX – espaço reservado para a identificação da publicação na biblioteca.

2.3 ANVERSO DA FOLHA DE ROSTO

O anverso da folha de rosto é essencial a qualquer trabalho acadêmico, pois é sua fonte principal

de identificação.

No anverso da folha de rosto – inserido logo após a primeira capa –, devemos registrar

as seguintes informações...

¹ Nome do autor...

Na primeira linha da página – ou na segunda, caso na primeira exista o nome da

instituição –, todo em maiúscula, sem outras marcações.

ELABORAÇÃO DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO:2

Projetos de pesquisa e trabalhos monográficos3

Volume 14

Rio de Janeiro – RJ6

20037

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4

64

² Título do trabalho...

No meio da página, todo em maiúsculas, podendo ter marcações em negrito ou itálico.

Corpo de letra maior que o usado no restante do trabalho.

O título deve ser...

curto, porém escolhido com o máximo de cuidado;

atrativo para chamar a atenção do leitor;

preciso – desnecessário o uso de artigos definidos ou indefinidos.

³ Subtítulo do trabalho...

Caso exista – abaixo do título, separado deste por dois pontos, sem outras marcações.

4 Número de volumes...

Se houver mais de um volume – abaixo do subtítulo, mantendo um espaçamento,

indicando a especificação do respectivo volume em algarismo arábico.

Monografia apresentada ao FGV Online como pré-requisito para a obtenção do

Bacharelado em Educação, orientado pela Profª Drª Elizabeth Silveira.

5 Identificação do trabalho...

Texto ajustado rente à margem direita, com recuo da margem esquerda...

natureza – projeto de pesquisa, relatório;

objetivo – aprovação em disciplina, grau pretendido;

nome da instituição a que é submetido;

área de concentração;

nome do professor-orientador.

6 Local...

Cidade da instituição em que o trabalho deve ser apresentado – ao final da página,

antes do ano, com a primeira letra maiúscula e as demais minúsculas.

7 Ano de depósito...

Na última linha da capa, em algarismo arábico, em quatro dígitos.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4

65

2.4 VERSO DA FOLHA DE ROSTO

O verso da folha de rosto é opcional nos projetos, mas obrigatório nos trabalhos monográficos. No

verso da folha de rosto, devemos inserir – em uma caixa de texto – uma ficha catalográfica,

registrando, em espaço simples e em fonte 10, as seguintes informações...

Sobrenome, Nome...

Sobrenome e nome do autor.

Título do trabalho. Subtítulo (se houver)...

Título e subtítulo do trabalho.

(Orientador)...

Professor-Orientador.

Instituição de ensino...

Instituição onde é apresentado o trabalho.

Ano...

Ano de entrega.

Páginas...

Total de páginas.

Espécie do trabalho...

Natureza do trabalho.

(Palavras-chave)...

Quatro palavras-chave, registradas do geral para o particular e grafadas na mesma linha

ou verticalmente.

2.5 ERRATA

A errata – opcional tanto no projeto quanto no trabalho monográfico – consiste em uma relação

das folhas e linhas onde registramos os erros que identificamos em nosso trabalho.

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4

66

Esses erros devem ser acompanhados das devidas correções. Apresentamos quase

sempre a errata em folha avulsa, acrescida ao trabalho depois de impresso.

O texto da errata deve ser disposto da seguinte maneira...

1 Indicação da página em que foi detectado o erro.

2 Indicação da linha em que foi detectado o erro.

3 Erro detectado.

4 Correção do erro.

2.6 FOLHA DE APROVAÇÃO

A folha de aprovação � obrigatória no projeto e no trabalho monográfico � deve conter...

Nome do autor...

MARY KIMIKO GUIMARÃES MURASHIMA.

folha1

linha2

onde se lê3

leia-se4

nº. da página nº. da linha erro detectado erro corrigido

nº. da página nº. da linha erro detectado erro corrigido

nº. da página nº. da linha erro detectado erro corrigido

nº. da página nº. da linha erro detectado erro corrigido

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Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4

67

Título do trabalho...

ELABORAÇÃO DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO.

Subtítulo do trabalho...Projetos de pesquisa e trabalhos monográficos.

Natureza do trabalho...

Monografia apresentada.

Instituição a que foi submetido o trabalho...FGV Online.

Objetivo do trabalho...

Pré-requisito para a obtenção do Bacharelado em Educação.

Data de aprovação do trabalho...__ de _____ de ___.

Nome, titulação, instituição dos componentes da banca examinadora...

Instituição.

Data e assinaturas dos componentes da banca examinadora deverão ser inseridas após aprovação

do trabalho...Assinatura.

2.7 DEDICATÓRIA, AGRADECIMENTOS E EPÍGRAFE

Concluir uma tarefa nos faz querer dividi-la com outros, com quem, de alguma forma, esteve

conosco durante sua construção.

Apesar de significativos, a dedicatória, os agradecimentos e a epígrafe não sãoobrigatórios...

Dedicatória...

Nossa imaginação e criatividade são essenciais à elaboração da dedicatória.

Agradecimentos...Nossa manifestação de apreço a pessoas e instituições que cooperaram ou tornaram

possível nosso trabalho devem ser registrados nos agradecimentos.

Epígrafe...Citação relacionada à temática do trabalho que pode ser inserida no início do trabalho

e nas folhas de abertura das seções primárias – uma epígrafe para cada capítulo ou

seção.

No entanto, não devemos esquecer-nos de referenciar o autor do texto da epígrafe.

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4

68

2.8 RESUMO

Devemos apresentar, no resumo – de forma clara e simples –, uma síntese de cada uma dasseções de nosso trabalho.

Com o resumo, possibilitamos que o leitor verifique – em função de seus interesses

pessoais – a relevância do conteúdo tratado em nosso trabalho.

Ao final dos resumos, deverão constar as palavras que melhor representam o conteúdodo trabalho, isto é, palavras-chave ou descritores.

O resumo deve ser inserido na página de frente – anverso.

Quando não é muito extenso, pode ser colocado na página de rosto do trabalho.

A norma técnica recomenda que, nas monografias e nos trabalhos acadêmicos, o resumo tenha

até 250 palavras. Nas teses, o resumo pode conter até 500 palavras.

2.8.1 CONTEÚDO

Nos projetos de pesquisa, o resumo deve conter...o tema e os principais objetivos de nosso trabalho;

os métodos e os procedimentos que serão empregados por nós;nossas conclusões provisórias sobre a proposta a ser desenvolvida.

Nos trabalhos monográficos, o resumo deve conter...

o tema e os principais objetivos de nosso trabalho;os métodos e os procedimentos empregados por nós;

a síntese dos resultados alcançados com nosso trabalho;nossas principais conclusões;

se necessário, nossas sugestões de novos estudos.

2.8.2 ESTILO

Se nosso trabalho for apresentado em mais de um volume, o resumo deve figurar somente no

primeiro volume.

Nas monografias e dissertações, o resumo deve vir na língua nacional, acompanhadode uma tradução em uma língua estrangeira.

Nas teses, o resumo deve ser traduzido para mais de uma língua estrangeira – inglês, francês ou

espanhol –, conforme o trabalho exigir.

Nos resumos, não devemos usar ilustrações.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4

69

Em relação ao estilo, o resumo...

...deve apresentar uma sequência de frases concisas, e não de uma enumeração de

tópicos...

...sua primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do documento...

...pode ser escrito na primeira ou terceira pessoa do singular ou com o verbo na vozativa.

2.9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Na lista de ilustrações...

...as ilustrações devem obedecer à ordem em que aparecem no texto.

...as ilustrações devem estar relacionadas ao número da página em que foram inseridas.

...cada ilustração deve ser numerada, receber um título e apresentar uma pequenadescrição.

Cada lista diferente de ilustrações deve ser iniciada em folha própria.

Entretanto, quando o número de ilustrações não for muito grande, tipos diferentes de ilustrações

podem compor uma lista única.

A reprodução de ilustrações retiradas de outros documentos deve ser feita com autorização doautor ou indicação do referido documento quando de publicação pública.

2.9.1 LOCAL

Podemos formatar tabelas e figuras das mais variadas formas...

...colunas, barras, círculos, figuras ou curvas.

Contudo, a forma pela qual a informação é expressa na imagem visual não dispensa nosso

comentário sobre ela, ou seja...

...nossa interpretação sobre os dados nela dispostos.

Logo, devemos sempre referenciá-las com títulos ou legendas.

Com as ilustrações, complementamos, organizamos e exemplificamos as

informações de nosso trabalho.

Se o trabalho for dividido em partes, cada uma deverá ter seu próprio resumo.

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4

70

Devemos inserir as ilustrações no local do texto em que as mencionamos pela primeira vez.

2.10 LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

Caso exista lista de abreviaturas, siglas e símbolos, devemos colocar as abreviaturas e as siglas noinício da página, em letras maiúsculas, centralizadas na folha.

A relação deve vir abaixo, sem caracteres diferenciados – negrito e itálico – do texto do

trabalho, alinhada à margem esquerda.

Só devemos utilizar, em nosso trabalho, abreviaturas, siglas e símbolos que estejamdevidamente convencionalizados.

Tanto a lista de abreviaturas e siglas quanto a de símbolos são opcionais.

As listas de abreviaturas e siglas consistem na apresentação preliminar de convenções utilizadasno decorrer do texto com suas respectivas significações para dar ao leitor condições de melhor

entendimento de nosso trabalho.

2.11 SUMÁRIO

Os tópicos do sumário – numerados ou não – devem ser alinhados à margem esquerda.

Os números das páginas devem ser alinhados à margem direita.

Devemos escrever o sumário só depois de o texto do trabalho estar totalmente pronto...

Somente dessa forma, haverá total coincidência de títulos e indicação das páginas

onde se encontram as seções e suas subdivisões.

O sumário – último elemento pré-textual obrigatório – deve preceder a parte textual do projeto/relatório. O sumário consiste na listagem das principais divisões, seções de nosso trabalho – na

mesma ordem em que aparecem no texto –, acompanhadas de seus respectivos números depágina.

Não devemos utilizar, no sumário, algarismos romanos. Os algarismos utilizados devem

ser sempre os arábicos.

O uso abusivo de abreviaturas, siglas e símbolos no corpo do texto quebra o

ritmo da leitura.

A palavra sumário deve ser grafada em maiúsculas, no início da página e

centralizada no meio da folha.

Não devemos incluir, no trabalho, ilustrações que não sejam citadas no texto.

Nesse caso, devemos colocá-las como anexo.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4

71

2.12 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 3 – ELEMENTOS TEXTUAIS

3.1 INTRODUÇÃO

A introdução é uma das principais seções do projeto e do trabalho monográfico.

Na introdução, devemos apresentar o assunto tratado, os objetivos da pesquisa, eoutros elementos necessários para situar o tema e a abrangência de nosso trabalho.

A partir da introdução, nosso leitor poderá identificar os objetivos de nosso trabalho.

3.1.1 PROJETOS

Na introdução do artigo científico, devem constar...

...um breve histórico das origens de nosso trabalho.

...nossas intenções.

...as características e os objetivos do estudo.

...a delimitação do assunto, considerando, se necessário, recortes temporais/espaciais.

...as questões que nos instigaram no âmbito de um determinado fenômeno/evento.

...o que, até o momento, foi investigado por outros estudiosos sobre as questões

propostas em nossa investigação.

...a importância de nossa pesquisa para a área de conhecimento em que ela se insere.

...o que fizemos para investigar o fenômeno/evento estudado.

...os resultados obtidos com nosso trabalho.

...as principais dificuldades que encontramos nas diferentes fases de elaboração da

pesquisa.

3.1.2 MONOGRAFIAS

Na introdução da monografia, devem constar...

...um breve histórico das origens do trabalho.

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4

72

...a apresentação do tema.

...as características e os objetivos de nosso estudo.

...a delimitação do assunto, considerando, se necessário, recortes temporais/espaciais.

...as questões que nos instigaram no âmbito de um determinado fenômeno/evento.

...o que, até o momento, foi investigado por outros estudiosos sobre as questões

propostas em nossa investigação.

...a importância de nossa pesquisa para a área de conhecimento em que ela se insere.

...o que fizemos para investigar o fenômeno/evento estudado.

...os resultados esperados com nosso trabalho.

...as principais dificuldades ou limitações nas diferentes fases de elaboração da pesquisa.

3.2 DESENVOLVIMENTO

Embora o desenvolvimento corresponda à seção mais extensa de um trabalho acadêmico, não

existem formas para determinar seu tamanho ideal.

O desenvolvimento tem de conter informações suficientes para fazer com que nosso leitorcompreenda plenamente o conteúdo tratado em nosso trabalho.

No desenvolvimento, devemos apresentar...

...a temática estudada.

...os objetivos do trabalho.

...as hipóteses que formulamos.

...a fundamentação teórica que deu suporte ao trabalho.

...a descrição de tudo o que fizemos para dar conta desse estudo.

...o alcance, as implicações e as dificuldades encontradas no decorrer da pesquisa.

Face à extensão e ao volume de informações do desenvolvimento, devemos dividi-lo em várias

seções, de modo a facilitar a compreensão do trabalho realizado.

Essa organização não pode ser arbitrária e sem nexo.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4

73

Devemos submeter os assuntos tratados no desenvolvimento a uma ordem lógica,

articulando suas seções e, consequentemente, elaborando um texto coeso.

3.2.1 ORGANIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO

Ao organizarmos o desenvolvimento de nosso trabalho, devemos distinguir...

...o fundamental do acessório.

...a ideia principal das secundárias – o mais do menos importante.

Embora todas as seções do texto devam ser distribuídas de forma equilibrada, devemos salientar

o que é fundamental e o que é essencial em nosso estudo.

A ausência dessa distinção – principal versus secundário – sinaliza que todas as informações têm

o mesmo valor, ou seja...

...que nossas maiores contribuições àquele objeto de estudo são tão importantes e

significativas quanto as contribuições de menor valor.

3.2.2 ESTRUTURAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO

Podemos elaborar o desenvolvimento de diferentes formas...

Ao estruturarmos o desenvolvimento, podemos organizar as informações, estabelecendo

oposições, ou seja, articulando questões fundamentais – mas opostas – no enfoque de uma

determinada temática.

Dessa articulação, emergem novas questões, que tanto podem afirmar, complementar,

quanto negar posições anteriores.

Podemos também estruturar o desenvolvimento por progressão – construção de uma sequência

lógica de argumentos, a partir dos quais relacionamos os diferentes elementos que constituem o

foco de nosso trabalho.

Apesar de o desenvolvimento apresentar um grande volume e uma grande variedade de

informações, devemos tentar estruturar seu conteúdo da forma mais objetiva possível.

Contudo, o excesso de subdivisões é tão prejudicial à clareza do texto

quanto sua ausência.

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4

74

3.2.3 SUGESTÕES

Ao estruturarmos o desenvolvimento de nosso trabalho, devemos...

Abrir sempre novos parágrafos...

Para arejar o texto e facilitar sua leitura.

Escrever o que nos vier à cabeça, mas apenas em rascunho...

Ao perceberemos que o ímpeto afastou-nos do núcleo do tema, cabe, então,

eliminarmos as divagações.

Contar com o apoio de nosso orientador...

O orientador deve participar da construção de nosso projeto, de nossa monografia.

Não devemos nos sentir gênios solitários.

Evitar ironias...

Devemos utilizar a linguagem referencial, ainda que, às vezes – mas sem exageros –,

seja útil o emprego de uma metáfora ou, quem sabe, de uma sutil ironia.

Definir sempre um termo, ao usá-lo pela primeira vez...

Se não soubermos defini-lo ou não tivermos segurança para utilizá-lo, devemos evitá-lo.

Só aportuguesar nomes estrangeiros em tradução consagrada...

Por exemplo, Platão, Tomás de Aquino.

3.3 CONCLUSÃO

Na conclusão de nosso trabalho, não devemos expor informações novas, pormenores. Devemos

resumir o que realizamos.

Como fechamento do trabalho, a conclusão deve fazer convergir, de forma sintética,

todas as seções que o constituem.

A conclusão – parte final do trabalho – é...

...uma decorrência de tudo o que realizamos...

...o ponto para onde convergem as análises elaboradas no corpo do trabalho.

Todas as análises e investigações realizadas no trabalho só se justificam em função do que é

afirmado na conclusão, ou seja, das repostas às questões que deram origem a nossa pesquisa.

A conclusão também é uma seção importantíssima...

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4

75

Nesse sentido, tanto o valor da introdução quanto o do desenvolvimento só estão assegurados se

essas seções contribuírem, efetivamente, para a elaboração da conclusão.

3.3.1 FINALIZAÇÃO DO TRABALHO

A conclusão é ainda o espaço em que devemos deixar claro nosso posicionamento sobre o

trabalho que acabamos de realizar.

Contudo, esse ponto de vista deve estar fundamentado nos dados concretos que

coletamos, e não apenas em várias opiniões e preferências.

Uma conclusão pode, simplesmente, sinalizar a necessidade de um refinamento da teoria, dos

métodos de pesquisa, dos instrumentos que deram suporte ao trabalho que realizamos.

Pode ser ainda que, na conclusão, reconheçamos que o mérito de nosso trabalho foi

justamente sugerir novos estudos, apontar relações entre o que concluímos e estudos

registrados em trabalhos anteriores.

3.4 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 4 – ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

4.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Nos trabalhos acadêmicos, as referências bibliográficas devem ser formatadas de acordo com as

normas da ABNT.

A referência bibliográfica pode ser inserida...

no rodapé;

no fim do capítulo ou da seção;

ao final da parte textual, em uma lista de referências;

antes dos resumos;

antes das resenhas.

4.1.1 ELEMENTOS ESSENCIAIS E COMPLEMENTARES

A referência deve apresentar os elementos essenciais à identificação de uma fonte de informação.

Se necessário, podemos nela introduzir elementos complementares retirados do próprio

documento.

Nem sempre, ao final de um trabalho, chegamos a resultados originais.

Referência bibliográfica é o conjunto de elementos com que podemos

identificar, no todo ou em parte, os documentos apontados em nosso estudo.

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4

76

Caso os elementos essenciais e complementares não estejam disponíveis, podemo-

nos servir de outras fontes de informação, as quais devem ser apresentadas entre

colchetes.

Elementos essenciais...

Informações indispensáveis à identificação do documento, variando, dessa forma, de

acordo com seu tipo.

Elementos complementares...

Juntamente com os essenciais, facilitam a identificação do documento.

4.1.2 AUTOR

Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro do autor nas referências bibliográficas...

autor – pessoa responsável pela criação do texto, do documento;

autor-entidade – instituição responsável pela publicação de um documento que

não tenha autoria pessoal.

4.1.3 TÍTULO

Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro do titulo nas referências bibliográficas...

título – uma palavra, uma expressão ou até mesmo uma frase que define o assunto

ou o conteúdo de um texto;

subtítulo – informação apresentada após o título para poder esclarecê-lo ou

complementá-lo, mas sempre com base no assunto do texto.

4.1.4 EDIÇÃO, LOCAL E DATA

Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro destes elementos nas referências bibliográficas...

edição – composta pelos exemplares produzidos sem alterações a partir de um

original;

local – cidade em que o documento foi editado;

editora – instituição ou pessoa publicadora e responsável pela produção editorial

do documento;

data – ano de publicação do documento, informado em algarismos arábicos.

4.1.5 DESCRIÇÃO FÍSICA, DIMENSÕES E NOTAS

Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro destes elementos nas referências bibliográficas...

descrição física;

dimensões;

notas.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4

77

4.1.6 MONOGRAFIA, CAPÍTULO, SEÇÃO, SÉRIE, COLEÇÃO, PERIÓDICO

Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro destes materiais nas referências bibliográficas...

monografia – livros, folhetos, manuais, guias, catálogos, enciclopédias, dicionários,

teses, dissertações;

capítulo, seção ou parte – divisões do texto, do documento, com autor ou títulos

individuais;

série e coleção – série ou coleção de materiais;

periódico – coleções, fascículos, números de jornais, de revistas, cadernos, matérias

de um determinado número, volumes, reportagens.

4.1.7 ARTIGO DE REVISTA, BOLETIM, JORNAL, SEPARATA, SUPLEMENTO

Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro destes materiais nas referências bibliográficas...

artigo de revista e boletim – coleções, fascículos, números de jornais, de revistas,

cadernos, matérias de um determinado número, volumes, reportagens;

artigo de jornal – comunicações, editoriais, entrevistas, reportagens, resenhas;

separata – publicação de uma parte de um determinado trabalho pelo próprio

autor ou pelo editor, no intuito de divulgar parte de uma obra;

suplemento – documento que adicionamos a outro com o intuito de complementá-lo.

4.1.8 EVENTO, ILUSTRAÇÃO, PATENTE, IMAGEM EM MOVIMENTO

Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro destes materiais nas referências bibliográficas...

evento – atas, anais, resultados ou trabalho apresentado em um evento;

ilustração – imagens, gravuras, fotos;

patente – registro de propriedade;

imagem em movimento – filmes, vídeos, DVDs.

4.1.9 LEGISLAÇÃO, JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA

Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro destes materiais nas referências bibliográficas...

legislação – constituição, emendas constitucionais, leis complementares e ordinárias,

medidas provisórias, decretos, resoluções do Senado Federal, normas das entidades

públicas e privadas, atos normativos, avisos, comunicados e ordens de serviços;

jurisprudência – súmulas, enunciados, acórdãos, sentenças e outras decisões judiciais;

doutrina – discussões técnicas sobre questões legais.

4.1.10 ICONOGRAFIA, CARTOGRAFIA, SOM, PARTITURA

Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro destes materiais nas referências bibliográficas...

...iconografia – pinturas, gravuras, ilustrações, fotografias, desenhos técnicos,

diapositivos, transparências, cartazes.

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4

78

...cartografia – atlas, mapas, globos, fotos aéreas.

...som – discos, CDs, cassetes, rolos.

...partitura – registro de músicas, impresso, em suporte ou em meio eletrônico.

4.1.11 DOCUMENTO TRIDIMENSIONAL E EM MEIO ELETRÔNICO

Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro destes materiais nas referências bibliográficas...

documento tridimensional – esculturas, maquetes, objetos, fósseis, esqueletos,

objetos de museus, animais empalhados, monumentos;

documento em meio eletrônico – disquete, CD-ROM, DVD;

documento de acesso exclusivo em meio eletrônico – bases de dados, listas de

discussões, sites, arquivos em disco rígido, programas, mensagens eletrônicas.

4.1.12 ORDENAÇÃO DAS REFERÊNCIAS

Podemos ordenar as referências bibliográficas tanto pelo sistema numérico quanto pelo sistema

alfabético...

sistema numérico – as referências devem aparecer na mesma ordem das citações

do texto, numeradas de forma crescente;

sistema alfabético – as referências podem ser listadas ao final de um capítulo, de

uma seção ou ao final do trabalho;

as entradas devem coincidir com as entradas das citações do texto;

as referências são alinhadas à esquerda, com espaço simples para a mesma referência,

mas com espacejamento duplo entre uma e outra;

se as referências aparecem em notas de rodapé, a segunda linha começa na mesma

margem da primeira, com a numeração sobrescrita e sem espaço entre o número

e a referência em si;

a pontuação segue padrões internacionais, e as abreviaturas as normas da NBR

10522.

4.1.13 ELEMENTOS ESSENCIAIS E COMPLEMENTARES

Devemos apresentar os elementos essenciais e complementares da referência em uma sequência

padronizada.

Um recurso tipográfico – negrito, itálico, sublinhado –, deve ser utilizado para destacar

o título da fonte, ou seja, devemos utilizar o mesmo padrão, ao elaborar todas as

referências de um trabalho.

Dessa forma, a inclusão dos elementos complementares deve-se pautar também nesse padrão.

O recurso tipográfico fica a sua escolha.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4

79

4.1.14 ABREVIATURAS

A primeira vez que uma obra é referenciada em um trabalho, sua fonte bibliográfica deve ser

apresentada de forma completa.

A partir daí, podemos simplificar sua especificação, fazendo uso, porém, dos seguintes

elementos...

‘Idem’...

Mesmo autor, simbolizado por Id. – só podemos utilizá-lo na mesma página da citação

a que se refere.

Traço sublinear equivalente a seis espaços e um ponto...

Mesmo autor – para utilizarmos este elemento, a referência deve figurar imediatamente

abaixo da que apresenta o autor da obra.

‘Ibidem’...

Mesma obra, simbolizado por Ibid. – só podemos utilizá-lo na mesma página da citação

a que se refere.

Traço sublinear equivalente a seis espaços e um ponto...

Mesma obra – para utilizarmos este elemento, a referência deve figurar imediatamente

abaixo da que apresenta o autor e o título da obra.

‘Opus citatum, opere citato’...

Obra citada, simbolizado por op. cit. – só podemos utilizá-lo na mesma página da

citação a que se refere.

‘Passim’...

Aqui e ali ou em diversas passagens, simbolizado por passim.

‘Loco citato’...

No lugar citado, simbolizado por loc. cit.

Confira, confronte...

Simbolizado por Cf. – só podemos utilizá-lo na mesma página da citação a que se

refere.

‘Sequentia’...

Seguinte ou que se segue, simbolizado por et seq.

‘Apud’...

Citado por ou conforme ou segundo, simbolizado por apud – só podemos utilizá-lo no

texto ou no rodapé da página.

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4

80

4.2 GLOSSÁRIO E APÊNDICE

O glossário – elemento pós-textual opcional – é uma listagem em que fornecemos o significado

de palavras ou expressões referentes a termos técnicos, científicos. Devemos inseri-lo depois das

referências bibliográficas, com seu início no anverso da página.

O apêndice é um elemento opcional, tanto para o projeto de pesquisa quanto para o trabalho

monográfico.

Devemos identificar o apêndice por letras maiúsculas, consecutivas, seguidas de travessão e dos

respectivos títulos...

APÊNDICE A – Projeto monográfico de conclusão de curso de graduação.

APÊNDICE B – Monografia de conclusão de curso de graduação.

Podemos apresentar na forma de apêndices...

questionários impressos;

modelos de formulários;

detalhes de análises estatísticas;

descrição adicional de metodologia;

ilustração que apenas teste a qualidade ou a quantidade do material utilizado.

4.3 ANEXOS

Os anexos – elementos pós-textuais – introduzem materiais que possibilitam ao leitor maior

entendimento de nosso trabalho.

Devemos inserir, nos anexos, qualquer material que documente, esclareça, prove,

confirme nossas ideias.

Normalmente, o conteúdo dos anexos refere-se...

às ilustrações que não são diretamente citadas nos textos;

às descrições de equipamentos, técnicas e processos, se for necessário ressaltar,

em pormenores, seus aspectos ou discriminar procedimentos de uma técnica

específica ou um programa utilizado;

ao material de acompanhamento que não pode ser incluído livremente no corpo

do projeto/relatório, quer pela forma de apresentação, quer por sua extensão;

aos modelos de formulários ou impressos citados no texto.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4

81

4.3.1 REGISTRO DOS ANEXOS

No registro dos anexos, temos de considerar...

Identificação...

Devem ser identificados por meio de letras maiúsculas consecutivas e seus respectivos

títulos.

Seções...

Devem ser numeradas progressivamente por algarismos arábicos precedidos da letra

maiúscula que identifica o anexo...

Anexo A – Modelo de formulário;

A.1 – Introdução;

A.2 – Desenvolvimento.

Ilustrações...

Devem ser numeradas independentemente das numerações das ilustrações textuais,

sendo estes números precedidos da letra maiúscula correspondente ao anexo...

Tabela A.5 – Opções de resposta;

Figura B.4 – Gabaritos.

4.4 ÍNDICE

O índice – elemento pós-textual opcional – sinaliza a localização das informações ou dos assuntos

contidos em nosso trabalho. O índice pode ser...

Índice geral...

Relaciona, em ordem alfabética, os diversos assuntos, nomes, lugares... contidos no

projeto/relatório com os respectivos números das páginas – ou indicativos de seções.

Índice cronológico...

Agrupa nomes e fatos importantes em relação cronológica de anos, períodos ou épocas.

Índice sistemático...

Agrupa assuntos, nomes, espécies... em relação preparada de acordo com um sistema

de classificação.

Índice onomástico...

Reúne, alfabeticamente, personagens, autores e autoridades citados ao longo do

projeto/relatório.

4.5 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4

82

UNIDADE 5 – CARACTERÍSTICAS DO TEXTO

5.1 DIGITAÇÃO

Ao digitar nosso trabalho, devemos...

utilizar fonte preta sobre papel branco;

utilizar fonte corpo 12 para o texto;

utilizar fonte de corpo 10 para citações longas, notas de rodapé, paginação e

legendas – das ilustrações, dos apêndices e dos anexos;

utilizar fontes mais comuns como Arial ou Times New Roman;

alinhar o texto de forma justificada.

Devemos apresentar os trabalhos acadêmicos no anverso de folha branca – com exceção

apenas da folha de rosto, cujo verso deve conter a ficha catalográfica – no formato A4, ou seja,

210 mm X 297 mm.

5.2 IMPRESSÃO

A encadernação deve possibilitar uma fixação resistente ou durável, firmando o lado esquerdo do

documento.

As capas devem ser resistentes o suficiente para protegerem o texto por um tempo

razoável.

No caso de capas coloridas, o contraste entre a capa e a impressão não deve ser

sensivelmente inferior ao contraste da tinta preta sobre o papel branco.

5.3 PAGINAÇÃO

Devemos começar a numeração na primeira folha da parte textual, ou seja, na introdução...

em algarismo arábico;

no canto superior direito da folha, a 2.0 cm da borda superior;

com o último algarismo do número de página também a 2.0 cm da borda direita da

folha.

A numeração sequencial deve continuar até o final do artigo científico. Se o trabalho tiver mais de

um volume, deve ser mantida uma única sequência de numeração das folhas, do primeiro ao

último volume.

5.3.1 SEÇÕES PRIMÁRIAS

Não há um número definido de páginas para os trabalhos acadêmicos. Contudo, devemos estar

atentos aos objetivos e ao equilíbrio das várias seções do texto, pois o que conta nesses trabalhos

é o bom senso.

Não devemos, simplesmente, fixar as páginas no alto, à esquerda.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4

83

As páginas que iniciam seções primárias – títulos de partes ou capítulos – não devem

ser numeradas. Dessa forma, não devemos inserir numeração nas seguintes páginas...

capa;

folha de rosto;

errata;

folha de aprovação;

dedicatória;

agradecimento;

epígrafe;

resumo na língua vernácula;

resumo em língua estrangeira;

lista de ilustrações;

lista de abreviaturas e siglas;

lista de símbolos;

sumário;

páginas capitulares.

5.4 MARGENS

Normalmente, no texto científico, formatamos as margens da seguinte forma...

margem esquerda e superior = 3.0 cm;

margem direita e inferior = 2.0 cm.

5.5 PARÁGRAFO E ESPACEJAMENTO

O mais usual é o parágrafo americano, em que uma linha é deixada em branco entre os parágrafos,

o início da linha se dá a partir da margem esquerda, sem espaços em branco.

Nos parágrafos tradicionais – entre os quais não existem linhas vazias, devemos iniciar

a digitação a partir do 5º espaço, contado a partir da margem esquerda da página.

Nos títulos de capítulos e de seções que iniciam uma página, devemos observar 8 cm entre a

borda superior da folha e o referido título.

Devemos formatar o espacejamento entre linha em 1,5.

O espaço simples fica para...

as citações longas;

as notas;

as legendas das ilustrações, dos apêndices e dos anexos;

as informações da natureza do trabalho na folha de rosto;

a ficha catalográfica;

o resumo;

as referências bibliográficas.

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4

84

5.6 TÍTULOS

Como o primeiro contato do leitor com o texto se dá por meio dos títulos, devemos, criteriosamente,

selecionar as palavras que os constituem.

Nos títulos de capítulos ou de seções, devemos resumir os elementos mais significativos

do conteúdo do texto que encabeçam.

Os títulos devem ser curtos, de modo a expressar – objetiva e sinteticamente – o que estamos

tratando naquela parte do texto.

5.7 NUMERAÇÃO DAS SEÇÕES

Os títulos sem indicativo numérico – errata, agradecimentos, listas, resumo, sumário, referências

bibliográficas, glossário, apêndices, anexos, índices – devem ser centralizados.

Os elementos sem título e sem indicativo numérico são...

capa;

folha de rosto;

folha de aprovação;

dedicatória;

epígrafe.

5.7.1 INDICATIVO DE SEÇÕES

Cada seção deve ser marcada por um número ou grupo numérico – em algarismos arábicos –

anteposto a cada seção.

O indicativo de seções primárias segue a sequência numérica dos números inteiros,

iniciando-se com 1.

É por meio dos títulos que criamos, no leitor, expectativas sobre o que será

apresentado em nosso trabalho.

O indicativo numérico de uma seção precede seu título, separado por um

espaço de caractere.

Todos os títulos são alinhados à esquerda.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4

85

seção

primária

seção

secundária

seção

ternária

seção

quaternária

seção

quinária

1 1.1 1.1.1 1.1.1.1 1.1.1.1.1

2 1.2 1.1.2 1.1.1.2 1.1.1.1.2

3 1.3 1.1.3 1.1.1.3 1.1.1.1.3

4 1.4 1.1.4 1.1.1.4 1.1.1.1.4

5 1.5 1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.1.5

A seção secundária é constituída pelo indicativo da seção primária a que pertence, seguido do

número que lhe for atribuído na sequência do assunto separado por um ponto...

Devemos iniciar cada seção primária em uma nova página, e todas as seções devem ser numeradas.

Os títulos das seções devem ser destacados gradativamente, usando-se, racionalmente,

os recursos da caixa alta, negrito, itálico...

5.8 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 6 � CITAÇÕES E NOTAS

6.1 CITAÇÕES

As citações podem ser formatadas em itálico ou entre aspas duplas.

As aspas simples devem ser utilizadas para citações dentro de outras citações.

Se curtas � até três linhas �, podem ser inseridas no corpo do texto ou como nota de

rodapé.

Se extensas, devemos deixá-las fora de nosso texto, iniciando-as no próximo parágrafo.

Além disso, a margem esquerda para as citações deve ser de 4.0 cm, e a letra deve ser menor que

a do texto.

As citações são constituídas de informações que podemos extrair de diferentes fontes

bibliográficas.

As citações extensas não devem figurar entre aspas.

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6.2 TIPOS DE REFERÊNCIAS

Nas citações, podemos fazer as seguintes referências...

Citação textual...

Transcrevemos literalmente um segmento de texto indicando – em seu final, em nota

de rodapé, em uma lista ao final do trabalho – a obra, o autor, a data e, separadas por

vírgula, as páginas de onde foi retirada, precedidas de p.

Devemos marcar...

com reticências e entre colchetes as porções de textos que foram excluídas;

com colchetes, os acréscimos ou os comentários que fizermos;

em negrito ou itálico, as passagens que queremos destacar, incluindo a

expressão grifo nosso, ainda dentro dos parênteses;

ressaltar as expressões destacadas pelo autor com grifo do autor.

Citação livre...

Transcrevemos um segmento de texto em que preservamos o conteúdo, mas não a

forma, isto é, parafraseamos, incorporamos esse segmento a nosso discurso.

Devemos mencionar a fonte de onde esse segmento foi extraído. Contudo, a

especificação da página da fonte é facultativa.

Citação mista...

Transcrevemos parte do segmento de texto literalmente – em itálico ou entre aspas –,

complementado-o com nossas próprias palavras.

Citação de citação...

Transcrevemos somente uma citação – textual ou livre – de um texto, sem que tenhamos

acesso ao texto original.

6.3 ALGUMAS REGRAS

Quando traduzimos uma citação, devemos incluir – ainda dentro dos parênteses – a expressão

tradução nossa.

Nas citações de obras, o sobrenome do autor, a instituição responsável ou o título

incluído na sentença devem figurar em letras maiúsculas e minúsculas.

Entretanto, quando estiverem entre parênteses, devem aparecer em letras maiúsculas.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4

87

6.3.1 MAIS ALGUMAS REGRAS

Quando a citação faz referência a uma palestra, a um debate, isto é, a informações obtidas de

forma oral, devemos indicar esse tipo de fonte colocando – após a citação e entre parênteses – a

expressão informação verbal.

Na nota de rodapé correspondente, mencionamos os dados disponíveis.

Quando a citação faz referência a uma obra ainda inacabada, – ainda em fase de

elaboração, devemos indicar essa informação colocando, após a citação e entre

parênteses, a expressão em fase de elaboração.

Devemos mencionar, em nota de rodapé, não só os dados disponíveis sobre a fonte como também

o fato de a obra ainda não ter sido editada.

6.4 OUTRAS REGRAS

Em relação às citações, há ainda algumas regras que devemos observar...

Nome do autor da obra ou instituição por ela responsável...

Caso a citação seja textual, devemos acrescentar, entre parênteses, a data e, separadas

por vírgula, as páginas da citação – estas precedidas de p.

Caso a citação seja livre, a indicação das páginas é opcional.

Autores de diferentes obras com o mesmo sobrenome...

Acrescentamos as iniciais de seus prenomes separadas por vírgula do sobrenome

comum.

Caso os prenomes se iniciem pela mesma letra, podemos escrevê-los por extenso na

mesma posição das iniciais.

Mesmo autor com diferentes obras em um mesmo ano...

Acrescentamos letras minúsculas, sem espacejamento e em ordem alfabética, após a

data.

Mesmo autor com diferentes obras em anos diferentes...

Separamos as datas por vírgulas e em ordem cronológica de publicação.

Diferentes citações livres, de diferentes autores, ao mesmo tempo...

Separamos por ponto e vírgula em ordem alfabética – todas dentro dos mesmos

parênteses.

O uso do ponto final ao término das citações deve seguir as regras gramaticais.

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4

88

6.5 CHAMADAS DAS CITAÇÕES

Para fazermos as chamadas das citações, podemos utilizar dois sistemas...

sistema numérico;

sistema autor-data.

Seja qual for o sistema escolhido, devemos utilizá-lo em todo o trabalho.

6.5.1 SISTEMA NUMÉRICO

No sistema numérico, utilizamos uma numeração única e crescente que nos remete à lista de

referências anexada ao final do trabalho, do capítulo ou da seção.

As referências devem aparecer na mesma ordem em que as citações aparecem ao longo do

texto.

A numeração pode aparecer...

...entre parênteses e alinhada com o texto.

...sobrescrita – podemos dispensar o uso dos parênteses.

Contudo, em ambos os casos, a numeração deve figurar após o final da citação – incluindo as

aspas, caso haja.

Não devemos utilizar esse sistema quando nos servimos de notas de rodapé, já que poderíamos

confundir a numeração das referências bibliográficas com a numeração das notas.

6.5.2 SISTEMA AUTOR-DATA

No sistema autor-data, indicamos a fonte sempre entre parênteses...

...caso a citação seja textual, o sobrenome do autor ou o nome da instituição responsável

pela publicação é indicado até o primeiro sinal de pontuação. A data e as páginas são

separadas por vírgula.

...caso a citação seja livre, a especificação das páginas é opcional.

...caso a citação seja textual e não conheçamos o autor ou a instituição responsável

pela publicação, a primeira palavra do título da obra é seguida por reticências, e a data

e as páginas da citação são separadas por vírgula.

Acertar aqui é só uma questão de atenção.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4

89

...caso a citação seja livre e não conheçamos o autor ou a instituição responsável pela

publicação, a especificação das páginas é opcional.

...caso o título da obra se inicie por um artigo – definido ou indefinido – ou por um

monossílabo, devemos incluí-los na indicação da fonte.

6.6 NOTAS

Usadas – sem exagero, para não fragmentar a leitura de nosso trabalho – as notas, tanto de rodapé

quanto as de final de capítulo ou parte, são práticas, já que nos possibilitam eliminar informações

secundárias do corpo do texto.

A nota – seja ela de que tipo for – deve sempre aparecer com uma letra menor do que

a utilizada em todo o texto.

A referência sempre é feita por meio de uma numeração única e crescente para cada

capítulo ou parte do trabalho, isto é, a cada capítulo ou parte, a contagem das notas

recomeça.

6.6.1 TIPOS DE NOTAS

Para as notas, utilizamos a seguinte classificação...

Notas de referência...

Podemos fazer referência aos autores e às obras das citações feitas no texto – essas

obras devem constar também da bibliografia do trabalho – ou podemos remeter o

leitor a outras partes do trabalho em que o assunto seja abordado também.

Notas de rodapé...

Podemos fazer indicações, observações ou aditamentos, assim como incluir as traduções

das citações.

Essas notas podem aparecer na margem esquerda ou na margem direita da mancha

gráfica, mas devem ser alinhadas à esquerda.

Notas explicativas...

Podemos esclarecer ou explicar algo que esteja sinalizado no texto pelo sistema

numérico.

Normalmente, essas explicações não podem ou não devem fazer parte do texto.

Não deve haver espaço entre a numeração sobrescrita e a nota em si.

Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4

90

6.7 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 7 – CENÁRIO CULTURAL

Acesse, no ambiente on-line, o cenário cultural deste módulo.

Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 5

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MÓDULO 5 – ENCERRAMENTO

APRESENTAÇÃO

Sabemos que o novo – e a disciplina que você terminou de cursar enquadra-se em uma modalidade

de ensino muito nova para todos nós, brasileiros – tem de estar sujeito a críticas... a sugestões... a

redefinições. Por estarmos cientes desse processo, contamos com cada um de vocês para nos

ajudar a avaliar nosso trabalho.

Então? Preparado?