introdução à metodologia do trabalho científico...
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Introdução à Metodologia do Trabalho Científico S U M Á R I O
SUMÁRIO
ABERTURA .................................................................................................................................. 7
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .......................................................................................................................................... 7
OBJETIVO E CONTEÚDO ......................................................................................................................................................... 7
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................................................................. 8
PROFESSORES-AUTORES ......................................................................................................................................................... 9
MÓDULO 1 – MÉTODOS ........................................................................................................... 11
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 11
UNIDADE 1 – TRABALHOS MONOGRÁFICOS .................................................................................... 11
1.1 DIA A DIA ............................................................................................................................................................................. 11
1.1.1 VALOR DO MÉTODO .................................................................................................................................................... 11
1.2 MONOGRAFIA .................................................................................................................................................................. 12
1.3 TIPOS DE TRABALHO MONOGRÁFICO ...................................................................................................................... 12
1.3.1 VARIAÇÕES .................................................................................................................................................................... 13
1.4 TIPOS DE ANÁLISE ............................................................................................................................................................ 13
1.5 TIPOS DE DISCURSO ........................................................................................................................................................ 13
1.6 CARACTERÍSTICAS GERAIS ............................................................................................................................................. 14
1.7 ORIENTAÇÕES GERAIS ..................................................................................................................................................... 14
1.8 ASPECTOS CIENTÍFICOS ................................................................................................................................................. 14
1.9 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 15
UNIDADE 2 – TIPOS DE PESQUISA ..................................................................................................... 15
2.1 PESQUISA .......................................................................................................................................................................... 15
2.1.1 RELATÓRIOS DE PESQUISA ......................................................................................................................................... 15
2.2 PESQUISA BÁSICA E APLICADA ................................................................................................................................... 16
2.3 PESQUISA DOCUMENTAL E EXPLORATÓRIA ........................................................................................................... 16
2.4 PESQUISA EXPERIMENTAL ............................................................................................................................................. 17
2.5 MÉTODO EXPERIMENTAL .............................................................................................................................................. 17
2.5.1 EFEMERIDADE .............................................................................................................................................................. 18
2.6 MÉTODO HISTÓRICO ....................................................................................................................................................... 18
2.7 MÉTODO COMPARATIVO ................................................................................................................................................ 19
2.8 MÉTODO ESTATÍSTICO .................................................................................................................................................... 19
2.9 MÉTODO OBSERVACIONAL ........................................................................................................................................... 19
2.10 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 20
UNIDADE 3 – INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ...................................................................... 20
3.1 OBSERVAÇÃO ..................................................................................................................................................................... 20
3.2 ENTREVISTA ......................................................................................................................................................................... 20
3.2.1 PROCEDIMENTOS ........................................................................................................................................................ 20
3.3 FORMULÁRIO ..................................................................................................................................................................... 21
3.4 QUESTIONÁRIO .................................................................................................................................................................. 21
3.4.1 ESTRUTURA DO QUESTIONÁRIO .............................................................................................................................. 22
3.5 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 22
UNIDADE 4 – CENÁRIO CULTURAL ..................................................................................................... 22
S U M Á R I O Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
MÓDULO 2 – IMPORTÂNCIA DO TEMA .................................................................................... 23APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 23
UNIDADE 1 – PAPEL DO ARTIGO CIENTÍFICO .................................................................................... 23
1.1 REQUISITO DA PÓS-GRADUAÇÃO .............................................................................................................................. 23
1.2 VEICULAÇÃO DE NOTÍCIAS CIENTÍFICAS ................................................................................................................ 23
1.3 RELATÓRIO VERSUS ARTIGO CIENTÍFICO .............................................................................................................. 24
1.4 TEMA MONOGRÁFICO .................................................................................................................................................... 24
1.5 PRODUTO DO ARTIGO CIENTÍFICO ............................................................................................................................ 24
1.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 25
UNIDADE 2 – ESCOLHA DO TEMA ...................................................................................................... 25
2.1 REQUISITO BÁSICO ........................................................................................................................................................... 25
2.2 RELEVÂNCIA E INOVAÇÃO ............................................................................................................................................. 25
2.2.1 INDAGAÇÃO SIGNIFICATIVA ...................................................................................................................................... 26
2.2.2 ASSUNTO VERSUS TEMA DE PESQUISA ............................................................................................................. 26
2.2.3 RELEVÂNCIA DO TEMA ................................................................................................................................................ 27
2.2.3.1 VERFICAÇÃO DA RELEVÂNCIA DO TEMA .......................................................................................................... 27
2.3 ORIGINALIDADE .............................................................................................................................................................. 28
2.4 LIMITAÇÕES DO PESQUISADOR .................................................................................................................................. 28
2.5 SUGESTÕES ...................................................................................................................................................................... 29
2.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 29
UNIDADE 3 – TIPOS DE TEMAS-PROBLEMA ...................................................................................... 30
3.1 TIPOS DE PROBLEMAS .................................................................................................................................................... 30
3.2 PROBLEMAS DESCRITIVOS ............................................................................................................................................ 30
3.3 PROBLEMAS PROPOSITIVOS ......................................................................................................................................... 30
3.4 NORMAS JURÍDICAS ......................................................................................................................................................... 31
3.5 DOGMÁTICA JURÍDICA ................................................................................................................................................... 31
3.6 POSSIBILIDADES DE PESQUISA ................................................................................................................................... 32
3.7 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 32
UNIDADE 4 – TIPOS DE PESQUISA ..................................................................................................... 32
4.1 PESQUISAS PROPOSTIVISTAS DE LEGE LATA ......................................................................................................... 32
4.2 ETAPAS DA PESQUISA DE LEGE LATA ....................................................................................................................... 33
4.2.1 IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA .............................................................................................................................. 33
4.2.2 SELEÇÃO DO CONTEÚDO NORMATIVO ................................................................................................................ 34
4.2.3 ANÁLISE DE PONTOS DE VISTA ANTAGÔNICOS ................................................................................................ 34
4.2.4 DEFINIÇÃO DE CRITÉRIOS .......................................................................................................................................... 34
4.2.5 CONCLUSÃO ................................................................................................................................................................... 34
4.3 PESQUISAS PROPOSITIVAS DE LEGE FERENDA .................................................................................................... 35
4.3.1 ETAPAS DA PESQUISA .................................................................................................................................................. 35
4.4 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 36
UNIDADE 5 – CENÁRIO CULTURAL ..................................................................................................... 36
MÓDULO 3 – ELABORAÇÃO DO TRABALHO ........................................................................... 37APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 37
UNIDADE 1 – FORMA E CONTEÚDO ................................................................................................... 37
1.1 FORMATO .......................................................................................................................................................................... 37
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico S U M Á R I O
1.2 TAMANHO DOS ARTIGOS CIENTÍFICOS ................................................................................................................... 37
1.3 TAMANHO DO TRABALHO ............................................................................................................................................ 38
1.4 OBJETIVIDADE E CONCISÃO ......................................................................................................................................... 38
1.5 IMPORTÂNCIA DAS CITAÇÕES ..................................................................................................................................... 38
1.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 39
UNIDADE 2 – INTRODUÇÃO DO ESTUDO .......................................................................................... 39
2.1 ESTRUTURA FINAL DO TRABALHO ............................................................................................................................. 39
2.2 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA ................................................................................................................................. 39
2.2.1 ALGUNS COMENTÁRIOS ............................................................................................................................................. 39
2.3 CONCRETUDE DO PROBLEMA ..................................................................................................................................... 40
2.4 CONCRETUDE DO PROBLEMA ..................................................................................................................................... 41
2.5 APRESENTAÇÃO DA INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 41
2.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 42
UNIDADE 3 – DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO DO ESTUDO ....................................................... 42
3.1 MIOLO DO ARTIGO ......................................................................................................................................................... 42
3.2 TRABALHO COM PROBLEMAS DESCRITIVOS ........................................................................................................ 42
3.3 TRABALHO COM PROBLEMAS PROPOSITIVOS ..................................................................................................... 43
3.3.1 APRESENTAÇÃO DA ARGUMENTAÇÃO .................................................................................................................. 44
3.4 CONTEÚDO DA CONCLUSÃO ...................................................................................................................................... 45
3.5 CONTINUIDADE DO ESTUDO ....................................................................................................................................... 45
3.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 45
UNIDADE 4 – ESCRITURA DO TEXTO ................................................................................................. 45
4.1 TÉCNICA DE ESCRITA ....................................................................................................................................................... 45
4.1.1 CAMADA UM ................................................................................................................................................................... 46
4.1.2 CAMADA DOIS ................................................................................................................................................................ 46
4.1.3 CAMADA TRÊS ................................................................................................................................................................ 47
4.1.4 VANTAGENS DA ESCRITURA EM CAMADAS ........................................................................................................ 47
4.2 CARACTERÍSTICAS DA ESCRITA .................................................................................................................................... 47
4.2.1 MANUALISMO .............................................................................................................................................................. 48
4.2.2 EXCESSO DE INFORMAÇÕES ..................................................................................................................................... 48
4.2.3 FORMAS DE TRATAMENTO ENCOMIÁSTICAS ..................................................................................................... 49
4.2.4 CONSELHOS ESTILÍSTICOS ........................................................................................................................................ 49
4.3 EXCESSOS ESTILÍSTICOS ................................................................................................................................................ 50
4.4 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 50
UNIDADE 5 – CARTILHA ..................................................................................................................... 50
5.1 CARTILHA COMO OPÇÃO DE TCC .............................................................................................................................. 50
5.2 OBJETIVOS DA CARTILHA .............................................................................................................................................. 50
5.2.1 CARÁTER INSTRUMENTAL E COMPORTAMENTAL ............................................................................................. 51
5.3 PRÉ-REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO ....................................................................................................................... 51
5.4 FORMA DE ELABORAÇÃO .............................................................................................................................................. 51
5.4.1 ROTEIRO DE ELABORAÇÃO ........................................................................................................................................ 52
5.5 ESTRUTURA ......................................................................................................................................................................... 52
5.5.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS E PÓS-TEXTUAIS .................................................................................................... 53
5.5.2 ELEMENTOS TEXTUAIS ................................................................................................................................................ 53
5.5.2.1ESCOLHA DOS ELEMENTOS TEXTUAIS ............................................................................................................... 54
S U M Á R I O Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
5.6 INTERLOCUTORES ............................................................................................................................................................. 54
5.7 REQUISITOS DOS OBJETIVOS ....................................................................................................................................... 54
5.7.1 ASPECTOS ABORDADOS ............................................................................................................................................. 55
5.8 REQUISITOS DO CONTEÚDO ........................................................................................................................................ 56
5.9 REDAÇÃO, LINGUAGEM E FORMATAÇÃO ................................................................................................................ 56
5.9.1 SIMPLICIDADE E OBJETIVIDADE .............................................................................................................................. 57
5.9.1 CLAREZA DE LINGUAGEM ......................................................................................................................................... 57
5.9.3 CINCO REGRAS PARA ELABORAÇÃO DA CARTILHA .......................................................................................... 57
5.10 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 58
MÓDULO 4 – EDIÇÃO DO TRABALHO ...................................................................................... 59APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 59
UNIDADE 1 – ESTRUTURA DO TEXTO ................................................................................................ 59
1.1 TRABALHOS ACADÊMICOS ........................................................................................................................................... 59
1.2 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ................................................................................................................................... 59
1.2.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS ....................................................................................................................................... 60
1.2.2 ELEMENTOS TEXTUAIS ................................................................................................................................................ 60
1.2.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS ...................................................................................................................................... 61
1.3 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 61
UNIDADE 2 – ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS ......................................................................................... 61
2.1 CAPA ....................................................................................................................................................................................... 61
2.2 LOMBADA ............................................................................................................................................................................ 62
2.3 ANVERSO DA FOLHA DE ROSTO ................................................................................................................................. 63
2.4 VERSO DA FOLHA DE ROSTO ....................................................................................................................................... 65
2.5 ERRATA ................................................................................................................................................................................ 65
2.6 FOLHA DE APROVAÇÃO .................................................................................................................................................. 66
2.7 DEDICATÓRIA, AGRADECIMENTOS E EPÍGRAFE ..................................................................................................... 67
2.8 RESUMO ............................................................................................................................................................................... 68
2.8.1 CONTEÚDO ...................................................................................................................................................................... 68
2.8.2 ESTILO ................................................................................................................................................................................ 68
2.9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES .................................................................................................................................................. 69
2.9.1 LOCAL ................................................................................................................................................................................ 69
2.10 LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS .................................................................................................. 70
2.11 SUMÁRIO ........................................................................................................................................................................... 70
2.12 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 71
UNIDADE 3 – ELEMENTOS TEXTUAIS ................................................................................................. 71
3.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................... 71
3.1.1 PROJETOS ....................................................................................................................................................................... 71
3.1.2 MONOGRAFIAS ............................................................................................................................................................ 71
3.2 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................................................................ 72
3.2.1 ORGANIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ............................................................................................................. 73
3.2.2 ESTRUTURAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................... 73
3.2.3 SUGESTÕES ................................................................................................................................................................... 74
3.3 CONCLUSÃO ....................................................................................................................................................................... 74
3.3.1 FINALIZAÇÃO DO TRABALHO ................................................................................................................................... 75
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico S U M Á R I O
3.4 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 75
UNIDADE 4 – ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS ........................................................................................ 75
4.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................................................... 75
4.1.1 ELEMENTOS ESSENCIAIS E COMPLEMENTARES ................................................................................................ 75
4.1.2 AUTOR ................................................................................................................................................................................ 76
4.1.3 TÍTULO ............................................................................................................................................................................... 76
4.1.4 EDIÇÃO, LOCAL E DATA ............................................................................................................................................... 76
4.1.5 DESCRIÇÃO FÍSICA, DIMENSÕES E NOTAS ........................................................................................................... 76
4.1.6 MONOGRAFIA, CAPÍTULO, SEÇÃO, SÉRIE, COLEÇÃO, PERIÓDICO ................................................................. 77
4.1.7 ARTIGO DE REVISTA, BOLETIM, JORNAL, SEPARATA, SUPLEMENTO ............................................................. 77
4.1.8 EVENTO, ILUSTRAÇÃO, PATENTE, IMAGEM EM MOVIMENTO ....................................................................... 77
4.1.9 LEGISLAÇÃO, JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA ..................................................................................................... 77
4.1.10 ICONOGRAFIA, CARTOGRAFIA, SOM, PARTITURA ............................................................................................. 77
4.1.11 DOCUMENTO TRIDIMENSIONAL E EM MEIO ELETRÔNICO ........................................................................ 78
4.1.12 ORDENAÇÃO DAS REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 78
4.1.13 ELEMENTOS ESSENCIAIS E COMPLEMENTARES ............................................................................................. 78
4.1.14 ABREVIATURA S ........................................................................................................................................................... 79
4.2 GLOSSÁRIO E APÊNDICE ................................................................................................................................................ 80
4.3 ANEXOS ................................................................................................................................................................................ 80
4.3.1 REGISTRO DOS ANEXOS .............................................................................................................................................. 81
4.4 ÍNDICE ................................................................................................................................................................................... 81
4.5 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 81
UNIDADE 5 – CARACTERÍSTICAS DO TEXTO ..................................................................................... 82
5.1 DIGITAÇÃO .......................................................................................................................................................................... 82
5.2 IMPRESSÃO ....................................................................................................................................................................... 82
5.3 PAGINAÇÃO ...................................................................................................................................................................... 82
5.3.1 SEÇÕES PRIMÁRIAS ....................................................................................................................................................... 82
5.4 MARGENS ............................................................................................................................................................................ 83
5.5 PARÁGRAFO E ESPACEJAMENTO ................................................................................................................................. 83
5.6 TÍTULOS ................................................................................................................................................................................ 84
5.7 NUMERAÇÃO DAS SEÇÕES ........................................................................................................................................... 84
5.7.1 INDICATIVO DE SEÇÕES .............................................................................................................................................. 84
5.8 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 85
UNIDADE 6 – CITAÇÕES E NOTAS ....................................................................................................... 85
6.1 CITAÇÕES ............................................................................................................................................................................. 85
6.2 TIPOS DE REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................ 86
6.3 ALGUMAS REGRAS ........................................................................................................................................................... 86
6.3.1 MAIS ALGUMAS REGRAS ............................................................................................................................................ 87
6.4 OUTRAS REGRAS ............................................................................................................................................................... 87
6.5 CHAMADAS DAS CITAÇÕES .......................................................................................................................................... 88
6.5.1 SISTEMA NUMÉRICO .................................................................................................................................................... 88
6.5.2 SISTEMA AUTOR-DATA ................................................................................................................................................ 88
6.6 NOTAS ................................................................................................................................................................................... 89
6.6.1 TIPOS DE NOTAS ............................................................................................................................................................ 89
6.7 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 90
S U M Á R I O Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
UNIDADE 7 – CENÁRIO CULTURAL ..................................................................................................... 90
MÓDULO 5 – ENCERRAMENTO ................................................................................................ 91APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 91
A B E R T U R A
7
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
ABERTURA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico trata das técnicas e estratégias que facilitam
a produção de um texto científico, assim como apresenta as normas básicas para edição e
formatação desses trabalhos, visando a sua concepção como Trabalho Final de Curso.
Mais ainda... Ao optar por fazer a disciplina Introdução à Metodologia do Trabalho Científico,
você optou também por participar de um novo método de ensino – o ensino a distância. Dessa
forma, você terá bastante flexibilidade para realizar as atividades nele previstas.
OBJETIVO E CONTEÚDO
A disciplina Introdução à Metodologia do Trabalho Científico tem por objetivo auxiliar no
processo de concepção, definição e construção de textos científicos, tomando por base a
modalidades artigo aientífico e cartilha.
Sob esse foco, a disciplina Introdução à Metodologia do Trabalho Científico foi estruturada
em quatro módulos, com a seguinte distribuição de conteúdo...
Módulo 1 – Métodos
Neste módulo, analisaremos as diferentes possibilidades de conduzir uma pesquisa
bem como seus principais métodos – por meio do método, esboçamos, racional e
organizadamente, procedimentos para atingir uma meta predeterminada.
A partir daí, teremos condições de elaborar um projeto a partir do qual será desenvolvido
o trabalho de final de curso.
Módulo 2 – Importância do tema
Iniciaremos este módulo discutindo o objetivo do artigo científico. Veremos que o
artigo científico não se propõe a ser uma prova-mestra de conteúdo e capacidades,
mas um instrumento que permita verificar e avaliar certo conjunto de habilidades, que
são, sensatamente, exigíveis dentro de certos contextos específicos.
A seguir, trataremos da escolha do tema, etapa fundamental para uma monografia
científica, seja ela um artigo, uma dissertação de mestrado ou uma tese de
doutoramento.
Discutiremos, então, a necessidade de o pesquisador ter clareza sobre a natureza do
tema-problema com que trabalhará, para saber como tratá-lo de forma adequada.
Nesse sentido, descreveremos dois tipos diferentes de problemas, os problemas
descritivos e os problemas propositivos.
A B E R T U R A
8
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
Finalmente, aprofundaremos os tipos de pesquisas que podem ser realizadas com os
problemas propositivos, ou seja, pesquisas de lege lata e pesquisas de lege ferenda.
Módulo 3 – Elaboração do trabalho
Neste módulo, focalizaremos o processo de redação do artigo propriamente dito.
Veremos sugestões de técnicas de redação que minimizam os riscos de nos perdermos
em meio ao processo de escrita do trabalho científico, muitas vezes, longo e convidativo
a desvios e perda de foco.
Analisaremos também a cartilha, outra opção de trabalhos de conclusão de cursos
empresariais. Verificaremos as particularidades da cartilha e sua estrutura.
Módulo 4 – Edição do trabalho
Neste módulo, trataremos dos procedimentos relativos à forma como os trabalhos
acadêmicos devem ser formatados e editados. Para auxiliá-lo nessa tarefa,
disponibilizamos um conjunto de documentos que servirá de modelo para o que você
deverá realizar.
Logo, este módulo é estritamente instrumental e como tal deve ser utilizado para
servir de fonte para a busca dos procedimentos corretos para a composição dos
trabalhos – para acessar esses modelos, basta clicar nos respectivos links inseridos nas
telas e nas bases das telas.
BIBLIOGRAFIA
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica. São Paulo: Makron Books do Brasil, 2000.
Obra que coloca à disposição de seus leitores o instrumental científico-metodológico
básico para o trabalho em projetos e relatórios de pesquisa. Orientado para a
aprendizagem do método, sinaliza os passos a serem percorridos no trabalho científico.
DEMO, Pedro. Conhecimento moderno: sobre ética e intervenção do conhecimento. Rio de Janeiro:
Vozes, 1999.
Demo, nesta obra, aponta o conhecimento como o fator mais decisivo dos processos
modernos de transformação da sociedade e da economia. Ao lado da educação,
representa a vantagem comparativa mais importante dos povos.
GALLIANO, A. G. O método científico. São Paulo: Harbra, 2000.
Com linguagem bastante simples e didática, Galliano descorre sobre metodologia da
pesquisa, tratando desde a conceituação de termos relacionados à metodologia da
pesquisa até o valor do emprego dessa mesma metodologia a qualquer ramo da
atividade humana.
A B E R T U R A
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Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
GUIMARÃES, R. Avaliação e fomento de C & T no Brasil: propostas para os anos 90. Brasília: CNPq,
1994.
Obra financiada pelo CNPq que apresenta uma análise retrospectiva da relação de
investimentos públicos em projetos de pesquisa e produção do conhecimento. De
forma bastante pioneira, Guimarães mapeia ainda, neste trabalho, os grupos de pesquisas
ativos em universidades e institutos de pesquisa brasileiros.
NEGRA, C. A. S.; NEGRA, E. M. S. Manual de trabalhos monográficos de graduação, especialização,
mestrado e doutorado. São Paulo: Atlas, 2003.
Trabalho destinado a principiantes, ou seja, àqueles que se iniciam no estudo de métodos
e técnicas de pesquisa científica. Seu objetivo é servir de roteiro para ajudar os alunos
a acompanharem as explicações e outras orientações dadas pelos professores.
SCHWARZMAN, Simon (Org). Ciência e tecnologia no Brasil: política industrial, mercado de trabalho
e instituições de apoio. Rio de Janeiro: FGV, 1995.
A suposição básica deste trabalho é a de que a ciência e a tecnologia podem
desempenhar um papel estratégico no Brasil, dada a necessidade de melhorar a
produtividade da economia, enfrentar problemas de pobreza, educação, saúde e
deteriorização ambiental, participando, dessa forma, de maneira mais integrada social
e economicamente.
______. Ciência e tecnologia no Brasil: a capacitação brasileira para a pesquisa científica e
tecnológica. Rio de Janeiro: FGV, 1996.
Em seu conjunto, os artigos apresentados nesta obra contam uma história semelhante
e têm uma origem comum. A ciência brasileira dá seus primeiros passos mais
significativos no início do século XX e vem, desde então, tentando encontrar seu lugar
em nossa sociedade.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 22ª ed. São Paulo: Cortez, fev. 2003.
Este livro fornece diretrizes lógicas, metodológicas e técnicas para a formação de
adequados hábitos de estudo, de leitura e de análise de textos, de utilização de
instrumentos de trabalho acadêmico, de debate coletivo, de produção e sistematização
do conhecimento.
PROFESSORES-AUTORES
Rafael Mafei Rabelo Queiroz é Doutor, Mestre e Graduado em
Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo –
USP. Foi bolsista DAAD-Capes e desenvolveu parte de sua pesquisa
de doutoramento no Instituto Max Planck para Direito Penal
Estrangeiro e Internacional – Friburgo, Alemanha. Tem experiência
nas áreas de Metodologia Jurídica, História do Direito, Teoria do
Direito e Direito Penal. Foi professor da Faculdade de Direito da
Universidade São Judas Tadeu, de 2009 a 2010. Atuou também como
A B E R T U R A
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Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
professor de História do Direito e Metodologia da Pesquisa em Direito na Escola de Direito da
Fundação Getulio Vargas, onde, atualmente, é Coordenador de Pesquisas e de Metodologia do
Ensino do Direito. Além de artigos científicos em periódicos e livros, é autor de A Modernização do
Direito Penal Brasileiro e Curso de História do Direito, este último em coautoria com José Reinaldo
de Lima Lopes e Thiago dos Santos Acca.
Elisabeth Silveira é Doutora em Linguística e Mestre em Língua
Portuguesa. Atua como Coordenadora Pedagógica do FGV Online.
Antes de ingressar nos quadros da FGV, aposentou-se como
Professora Titular da área de ensino-aprendizagem da Faculdade de
Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Na UERJ,
além de Prática de Ensino em Língua Portuguesa, ministrou diferentes
disciplinas relacionadas à linguagem e ao ensino nos cursos de
Licenciatura em Letras e no Mestrado em Educação. Como
pesquisadora do CNPq, desenvolveu pesquisas na área de estruturação de informações no discurso,
produzindo e divulgando seus trabalhos em diferentes congressos, e, seus artigos, em revistas
científicas.
M Ó D U L O 1
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Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
MÓDULO 1 – MÉTODOS
APRESENTAÇÃO
Neste módulo, analisaremos as diferentes possibilidades de conduzir uma pesquisa bem como
seus principais métodos – por meio do método, esboçamos, racional e organizadamente,
procedimentos para atingir uma meta predeterminada.
A partir daí, teremos condições de elaborar um projeto a partir do qual será desenvolvido o
trabalho de final de curso – a escolha do método de pesquisa é determinante da qualidade do
trabalho realizado.
UNIDADE 1 – TRABALHOS MONOGRÁFICOS
1.1 DIA A DIA
Simples e corriqueiros, muitos métodos nos definem uma sequência de operações necessárias à
obtenção de um determinado objetivo.
Com frequência, realizamos tais operações tão automaticamente que não temos consciência
delas nem da sequência em que elas foram executadas.
Sabemos, entretanto, que, se algumas dessas operações não forem realizadas ou se
essa sequência não for respeitada, não chegaremos aonde desejamos.
Embora nem sempre tenhamos consciência disso – todos nós –, de alguma forma,
conhecemos e utilizamos alguns métodos em diferentes situações de nosso dia a dia.
1.1.1 VALOR DO MÉTODO
Podemos conceituar método como um conjunto de ações – deliberadas ou não – que nos
permite atingir um determinado objetivo e alcançar um determinado resultado.
O método é essencial ao processo de investigação e imprescindível à produção de conhecimentos.
Por meio do método, traçamos, de forma racional e ordenada, procedimentos para
atingir um objetivo preestabelecido.
Os métodos nos apontam o caminho a ser seguido, detectam nossos erros e
nos auxiliam na tomada de decisões.
O método é o instrumento básico para a produção de conhecimentos.
M Ó D U L O 1
12
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
Tanto no campo da ciência pura quanto no da ciência aplicada, o método científico
implica utilizar, adequadamente, a reflexão e a experimentação, evidenciadas em um
conjunto ordenado de sequências operacionais.
Se a meta da atividade científica é – por meio da comprovação de hipóteses – explicar a realidade...
...é o método científico que nos irá permitir, com segurança e economia, alcançar
nossos objetivos – conhecimentos válidos e verdadeiros.
1.2 MONOGRAFIA
A palavra monografia vem do grego e, etimologicamente, é constituída de...
...mónos (único) + gráphein (descrever), significando, pois, fazer a descrição de um só
assunto.
A monografia, portanto, é um estudo minucioso, que pretende esgotar determinado tema
relativamente restrito.
No meio universitário...
...monografia designa trabalhos que envolvam alguma forma de investigação,
geralmente no final de cursos de graduação e pós-graduação, constituindo os chamados
TCCs – Trabalhos de Conclusão de Curso.
Dessa forma, o trabalho científico de final da graduação ou especialização – pós-graduação lato
sensu – só poderá atender pelo nome de monografia se versar sobre um único tema.
1.3 TIPOS DE TRABALHO MONOGRÁFICO
O grau de qualidade exigido nos trabalhos monográficos acabou por criar classificações
diferenciadas no meio acadêmico.
O que diferencia os trabalhos monográficos de cursos de graduação dos de pós-graduação é...
a finalidade;
a profundidade;
a originalidade do tema;
a originalidade das conclusões.
O mesmo se aplica às dissertações e teses.
Na graduação ou pós-graduação lato sensu, trata-se de monografias.
Na pós-graduação stricto sensu – Mestrado –, denomina-se dissertação.
Na pós-graduação stricto sensu – Doutorado –, chama-se tese.
M Ó D U L O 1
13
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
O que diferencia o trabalho monográfico em cada um dos diferentes níveis acadêmicos é...
...o avanço gradativo no mundo da pesquisa e do conhecimento, tanto no particular –
do indivíduo que realiza a pesquisa – quanto no campo científico, específico e geral.
1.3.1 VARIAÇÕES
Dependendo do nível em que o trabalho é desenvolvido – graduação ou pós-graduação –, o que
varia nos ensaios monográficos é...
a qualidade;
a profundidade;
a extensão das exposições e das interpretações.
1.4 TIPOS DE ANÁLISE
Quanto à tipologia de monografias, encontramos duas vertentes distintas entre si – não apenas
conceituais como também estruturais.
Forma e essência diferem no tratamento tipológico da monografia.
A primeira explora a forma de apresentação de conteúdos.
A segunda trata da essência do conteúdo.
Logo, são trabalhos monográficos...
Monografia de análise teórica...
Representa um trabalho teórico-conceitual sobre um assunto pesquisado
bibliograficamente.
Monografia de análise teórico-empírica...
Representa uma pesquisa empírica – trabalho científico.
Monografia de estudo de caso...
Representa uma análise específica da relação entre um caso real e hipóteses, modelos
e teorias.
1.5 TIPOS DE DISCURSO
Em relação ao tipo de discurso utilizado nos trabalhos monográficos, uma monografia pode ser...
Expositiva...
Quando reúne e relaciona material obtido de diferentes fontes, expõe o assunto com
fidedignidade e demonstra habilidade não só no levantamento como também na
organização de material.
M Ó D U L O 1
14
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
Argumentativa...
Quando requer a interpretação das ideias apresentadas e o condicionamento científico
do pesquisador.
Em geral, o discurso monográfico é expositivo-argumentativo, ou seja...
...ao mesmo tempo em que trabalha com a exposição do assunto, o texto traz ainda
interpretações do pesquisador.
1.6 CARACTERÍSTICAS GERAIS
A partir das tipologias dos trabalhos monográficos, os tipos de análise e de discurso apresentam as
seguintes características...
...abordam um só tema, problema ou assunto...
...são escritos com rigor, lógica e sistematicidade...
...utilizam tratamento metodológico apropriado, normalizado e científico...
...tratam, exaustivamente, o objeto de estudo – de acordo com o grau acadêmico a
que se destinam...
...observam, acumulam e organizam informações, procurando, entre elas, relações e
regularidades...
...têm como suporte a investigação científica, na forma de pesquisa
bibliográfica,referencial e teórica.
1.7 ORIENTAÇÕES GERAIS
Uma monografia não é...
respostas a questionários;
exposição de ideias demasiadamente abstratas;
manifestação de opiniões pessoais, sem dados comprobatórios;
manifestação de uma erudição livresca – frases irrelevantes, mal-contextualizadas,
perífrases sem conteúdo;
repetição do que já foi dito por outro – sem nada novo em relação ao enfoque, ao
desenvolvimento ou às conclusões.
1.8 ASPECTOS CIENTÍFICOS
A elaboração de monografias propicia...
...oportunidade para as bibliotecas ampliarem seu trabalho científico.
M Ó D U L O 1
15
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
...mais do que um conjunto de conhecimentos, um modo particular de pensar.
...enriquecimento do currículo do aluno, que inclui o trabalho monográfico em sua
produção acadêmica.
...melhor desempenho do aluno, tendo em vista um conhecimento mais aprofundado
sobre o assunto pesquisado.
1.9 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
UNIDADE 2 – TIPOS DE PESQUISA
2.1 PESQUISA
O objetivo do projeto é apresentar a proposta de pesquisa ao professor-orientador...
...para que possamos ser adequadamente orientados acerca da metodologia a ser
utilizada na pesquisa e das fontes de consulta bibliográfica.
Algumas vezes – dependendo, sobretudo, do cronograma definido no projeto –, podemos produzir,
ao longo da pesquisa, relatórios técnicos.
Esses relatórios são encaminhados ao professor-orientador ou à entidade fomentadora
da pesquisa.
2.1.1 RELATÓRIOS DE PESQUISA
Nos relatórios de pesquisa, devemos observar...
...em que estado se encontra a questão que vamos pesquisar...
...se existem outros estudos que tratam do assunto...
...se estamos utilizando uma bibliografia atualizada.
A função desse relatório é prestar contas das atividades que desenvolvemos durante determinado
período.
Antes de escrevermos um trabalho acadêmico, devemos elaborar seu projeto.
Nesse relatório, apresentamos os resultados, as conclusões e as
recomendações do trabalho que realizamos.
M Ó D U L O 1
16
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
Dessa forma, evidenciamos o cumprimento das atividades que planejamos no
cronograma de nosso projeto de pesquisa.
2.2 PESQUISA BÁSICA E APLICADA
As principais diferenças entre a pesquisa básica e a pesquisa aplicada são...
Pesquisa básica...
Fenômenos, processos, fatos podem ser recorrentes, isto é, podem ocorrer inúmeras e
sistemáticas vezes, em determinadas situações.
É justamente por meio da pesquisa básica ou pesquisa teórica que tentaremos – a
partir da formulação de modelos teóricos, de sistemas, de leis – definir as condições
que viabilizam essa recorrência em busca de generalizações.
Pesquisa aplicada...
Definidos modelos teóricos, sistemas, leis, cabe verificar até que ponto tais modelos,
sistemas e leis se aplicam, de forma generalizada, às situações em que foram descritos.
É essa a função da pesquisa aplicada.
Nesse tipo de pesquisa, reproduzimos fenômenos e eventos, visando à comprovação
dos resultados obtidos em pesquisas teóricas, à afirmação ou à negação das hipóteses
propostas em modelos, sistemas e leis postulados pela pesquisa básica.
2.3 PESQUISA DOCUMENTAL E EXPLORATÓRIA
As principais diferenças entre a pesquisa documental ou bibliográfica e a pesquisa exploratória
ou descritiva são...
Pesquisa documental...
Por meio da pesquisa documental ou bibliográfica, procuramos explicar um
determinado fenômeno/evento a partir de referências teóricas já documentadas.
Analisamos documentos escritos, visando ao levantamento dos conhecimentos
produzidos sobre uma determinada questão, alvo de um estudo, de um projeto de
pesquisa.
Esses documentos podem ser de dois tipos – fonte ou bibliografia.
Pesquisa exploratória...
A pesquisa exploratória ou descritiva tem como objetivo o mapeamento, a descrição,
a classificação inicial de fenômenos e eventos.
M Ó D U L O 1
17
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
Nesse tipo de pesquisa, utilizamos, prioritariamente, técnicas de abordagem qualitativa
para análise e interpretação de dados.
Uma das possibilidades da pesquisa exploratória é o estudo de caso, que tem como
foco de investigação um determinado sujeito, um grupo ou uma comunidade.
Pela limitação do universo investigado, o estudo de caso nos possibilita observar e
analisar aspectos variados da experiência, dos procedimentos, das atitudes, dos valores
dos informantes pesquisados.
2.4 PESQUISA EXPERIMENTAL
A pesquisa experimental deve ser devidamente controlada para que possamos...
manipular variáveis e instrumentos de testagem;
produzir e reiterar os fenômenos/eventos que estamos estudando.
Na pesquisa experimental...
...priorizamos o uso de técnicas quantitativas no tratamento dos resultados.
...selecionamos os instrumentos de testagem em função da variável a ser manipulada.
...controlamos as condições que consideramos relevantes – variáveis que interferem
no fenômeno estudado.
...manipulamos, uma a uma, as variáveis em estudo para determinar seu impacto no
fenômeno/evento estudado.
...reproduzimos fenômenos, a partir das alterações observadas nas variáveis estudadas,
para definir, com precisão, as interferências.
2.5 MÉTODO EXPERIMENTAL
A experimentação consiste em...
...um conjunto de processos e de procedimentos por meio dos quais o pesquisador
tenta comprovar as hipóteses que formulou sobre seu objeto de estudo.
Nas mesmas circunstâncias, as mesmas causas produzem os mesmos efeitos, já que as leis da
natureza são fixas e constantes.
Nesse sentido, o antecedente casual de um fenômeno/evento está articulado a esse fenômeno/
evento por meio de uma sequência constante e invariável de fatos.
M Ó D U L O 1
18
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
Logo, determinar, experimentalmente, a causa de um fenômeno/evento é identificar
o antecedente que está, invariavelmente, a ele articulado.
2.5.1 EFEMERIDADE
Para chegarmos a respostas coerentes e confiáveis, os fenômenos/eventos têm de ser replicados
para que tais variáveis possam ser isoladas, controladas uma a uma, excluídas e intensificadas por
meio de sucessivos experimentos.
Sabemos hoje que os fenômenos da natureza nem sempre são predizíveis – por estarem sujeitos
à evolução e por serem inerentes à natureza.
À medida que pesquisamos causas – por mais rigorosas que sejam nossas
experimentações –, as verdades, as certezas tornam-se mais raras.
Consequentemente, a ciência torna-se mais efêmera.
2.6 MÉTODO HISTÓRICO
O método histórico consiste em investigar acontecimentos, processos e instituições do passado
para verificar sua influência na realidade atual.
Para uma melhor compreensão do papel que esses acontecimentos, esses processos e essas
instituições desempenham na realidade...
...devemos remontar aos períodos de sua formação e àqueles em que eles sofreram
algum tipo de alteração.
Partindo do princípio de que as atuais formas de vida social, as instituições e os costumes têm
origem no passado, precisamos pesquisar suas raízes para que possamos compreender sua
natureza e função.
Para o método histórico, as instituições alcançaram sua forma vigente influenciadas
pelo contexto cultural particular de cada época.
O princípio que está subjacente ao método experimental é o do
determinismo.
Com a Teoria do Caos, tudo pode acontecer, tudo é possível.
O método histórico preenche os vazios dos fatos e acontecimentos,
apoiando-se em um tempo, mesmo que artificialmente reconstruído.
M Ó D U L O 1
19
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
2.7 MÉTODO COMPARATIVO
O método comparativo trabalha com comparações, visando verificar similitudes e explicar
divergências entre os fenômenos/eventos investigados.
Ao tentarmos explicar esses fenômenos/eventos com o método comparativo, podemos analisar
o dado concreto, deduzindo, a partir desse dado, os elementos constantes, abstratos e gerais.
A utilização do método comparativo é recomendada em estudos...
de longo alcance;
quantitativos e qualitativos;
descritivos – para checarmos a analogia entre determinados elementos.
2.8 MÉTODO ESTATÍSTICO
O método estatístico possibilita que, de conjuntos complexos, possamos gerar representações
simples por meio da redução quantitativa de fenômenos sociológicos, políticos, econômicos.
A manipulação dessas representações viabiliza ainda...
...a comprovação de relações...
...a formulação de generalizações.
2.9 MÉTODO OBSERVACIONAL
Por meio da observação, podemos captar os aspectos – fatos – essenciais e acidentais de um
determinado fenômeno/evento empírico.
Como a simples observação não nos permite reformular, experimentar e explicar fenômenos e
eventos...
...além de utilizar instrumentos que podem nos auxiliar nessas tarefas, no ato de
observar...
...devemos ter sagacidade, curiosidade, atenção, persistência, perseverança, para que
possamos chegar à compreensão desses fenômenos e eventos.
Os métodos observacionais são constituídos de procedimentos de natureza sensorial.
O estudo das semelhanças e diferenças entre diversos tipos de grupos, sociedades
e povos possibilita-nos compreender melhor o comportamento humano.
A observação depende diretamente da atenção.
M Ó D U L O 1
20
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
2.10 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
UNIDADE 3 – INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
3.1 OBSERVAÇÃO
Seja qual for a situação que estivermos observando, devemos ficar atentos, com o olhar aguçado,
para percebermos fatos que passariam despercebidos por outros.
Podemos dizer que a observação...
...pode ser planejada tanto para uma fase inicial da pesquisa quanto para suas situações
de experimentação...
...pode-se dar de forma espontânea – para tal, temos de concentrar nossa atenção nos
fenômenos/eventos estudados...
...pode ser realizada a partir de roteiros ou comandos específicos que nortearão o que
devemos observar durante a coleta de dados.
A pesquisa de campo se processa, por meio de coleta de dados, a partir da observação e da
utilização de instrumentos elaborados para esse fim – entrevista, questionário, formulário.
3.2 ENTREVISTA
Visando à coleta de dados, a entrevista se realiza por meio de nossa interação com um ou mais
informantes.
Além de observar as respostas dadas pelo informante no momento da entrevista,
podemos fazer várias observações sobre o comportamento e sobre as atitudes do
informante.
3.2.1 PROCEDIMENTOS
Para que os resultados de uma entrevista possam ser significativos, devemos observar alguns
procedimentos...
...o entrevistador deve apenas coletar dados, e não discuti-los.
...o entrevistador deve procurar facilitar, ao máximo, a espontaneidade do informante.
Observar é concentrar a atenção sobre um fenômeno/evento, visando
descrevê-lo com precisão.
M Ó D U L O 1
21
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
...os informantes devem ser criteriosamente selecionados, de forma que as informações
por eles prestadas sejam significativas para a pesquisa.
...o entrevistador – que pode ser ou não o próprio investigador – deve utilizar roteiros
previamente elaborados para não se desviar dos propósitos da pesquisa.
...no caso de gravações, o pesquisador deve transcrever – o mais fielmente possível –
as informações dadas pelo informante.
...no caso de não haver gravações, o entrevistador deve procurar anotar o maior número
possível de informações dadas pelo informante.
...a quantidade de informantes deve ser devidamente calculada, de modo que eles
representem uma amostra significativa para o estudo.
3.3 FORMULÁRIO
Também utilizado em pesquisas exploratórias, o formulário é um tipo de roteiro a ser preenchido
pelo próprio entrevistador em situações de coleta de dados, durante observações e entrevistas.
Por ser preenchido por apenas uma pessoa, os dados registrados são mais uniformes,
mais convergentes.
Consequentemente, possibilita maior uniformidade na codificação, na tabulação e na
interpretação das informações coletadas.
3.4 QUESTIONÁRIO
Ao criarmos um questionário – qualquer que seja o tipo de resposta solicitado –, devemos dar
atenção especial à elaboração dos enunciados das questões.
Os enunciados devem ser claros, objetivos – sem ambiguidades – de forma que o
informante possa responder, com precisão, ao que lhe é solicitado.
Algumas vezes, os questionários não são aplicados pelo próprio pesquisador.
Nesses casos, é necessário que os objetivos da pesquisa e a forma como o questionário
deve ser preenchido sejam explicados aos informantes.
O formulário é o instrumento mais adequado para ser aplicado a grupos
heterogêneos de informantes.
O formulário é indicado também para coletarmos informações junto a pessoas
analfabetas.
M Ó D U L O 1
22
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
O questionário é um dos instrumentos mais utilizados na pesquisa exploratória ou descritiva para
coleta de dados.
A objetividade do questionário nos possibilita medir – com maior precisão – as informações
dadas pelos informantes.
3.4.1 ESTRUTURA DO QUESTIONÁRIO
O questionário pode ser estruturado...
...com questões fechadas – uma única resposta é solicitada.
...com questões abertas – informante expressa livremente sua opinião a partir do que
lhe foi solicitado.
...com questões abertas e fechadas – o informante marca sua resposta e, se necessário,
expressa sua opinião.
...com questões de respostas escalares – o informante pondera sua opinião.
O questionário – normalmente escrito – é constituído de um conjunto de questões, coerentemente
relacionadas à temática em investigação.
3.5 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
Não podemos deixar de agradecer a todos que registraram suas opiniões no
questionário.
O questionário possibilita-nos coletar, simultaneamente, dados de vários
informantes alfabetizados.
M Ó D U L O 2
23
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
MÓDULO 2 – IMPORTÂNCIA DO TEMA
APRESENTAÇÃO
Iniciaremos este módulo discutindo o objetivo do artigo científico. Veremos que o artigo científico
não se propõe a ser uma prova-mestra de conteúdo e capacidades, mas um instrumento que
permita verificar e avaliar certo conjunto de habilidades, que são, sensatamente, exigíveis dentro
de certos contextos específicos.
A seguir, trataremos da escolha do tema, etapa fundamental para uma monografia científica, seja
ela um artigo, uma dissertação de mestrado ou uma tese de doutoramento.
Discutiremos, então, a necessidade de o pesquisador ter clareza sobre a natureza do tema-
problema com que trabalhará, para saber como tratá-lo de forma adequada. Nesse sentido,
descreveremos dois tipos diferentes de problemas, os problemas descritivos e os problemas
propositivos.
Finalmente, aprofundaremos os tipos de pesquisas que podem ser realizadas com os problemas
propositivos, ou seja, pesquisas de lege lata e pesquisas de lege ferenda.
UNIDADE 1 – PAPEL DO ARTIGO CIENTÍFICO
1.1 REQUISITO DA PÓS-GRADUAÇÃO
O artigo científico não é uma prova-mestra de conteúdo e capacidades.
O artigo científico pretende ser um instrumento que permite a verificação e a avaliação de certo
conjunto de habilidades, que são, sensatamente, exigíveis dentro de certos contextos específicos.
Uma forma útil de refletir sobre o que deve ser um artigo é tentar responder à seguinte questão...
Por que o artigo científico é um requisito para conclusão de cursos de pós-graduação?
1.2 VEICULAÇÃO DE NOTÍCIAS CIENTÍFICAS
São os artigos científicos que contam à comunidade científica, em primeira mão, as novidades da
ciência, as quais os jornais traduzem para o público geral.
O que os artigos científicos têm de tão especial?
Por que as reportagens sempre citam artigos científicos?
Porque elas não citam livros clássicos, que são muito mais lidos?
M Ó D U L O 2
24
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
Um artigo científico é o veículo preferencial pelo qual pesquisadores tornam públicos resultados
recentes que julgam relevantes, obtidos nas investigações por eles conduzidas.
Jornais de grande circulação mencionam artigos científicos, em colunas ou cadernos
que dão espaço a notícias científicas.
1.3 RELATÓRIO VERSUS ARTIGO CIENTÍFICO
Um cientista estuda e lê coisas quase todos os dias, mas nem por isso produz um artigo científico
a partir de cada coisa que lê.
Um texto que se limite a reproduzir ou resumir textos de terceiros – mesmo que
competentemente – pode ser um bom resumo de livros, um bom roteiro de estudos, um bom
fichamento... mas não é um artigo científico.
Artigos científicos são precedidos não só de estudos e leituras, mas, principalmente, de
atividades específicas de pesquisa, investigação e reflexão.
Se bem conduzidas, as atividades de pesquisa, investigação e reflexão gerarão resultados ou
conclusões, que darão, eles sim, o bojo de um artigo científico.
1.4 TEMA MONOGRÁFICO
O tema de um artigo científico é sempre específico – monográfico – e seu conteúdo procura
apresentar a pesquisa e informar os resultados ou as conclusões que dela se podem extrair.
Os artigos científicos são escritos quando pesquisadores têm algo de relevante a dizer em termos
de descobertas científicas...
...um resultado novo, uma descoberta instigante, a confirmação de algo de que já se
desconfiava, uma reinterpretação de velhos fatos – qualquer coisa relevante, enfim.
1.5 PRODUTO DO ARTIGO CIENTÍFICO
Um artigo científico é capaz de mostrar que seu autor consegue se inserir em um debate relevante
bem como demonstrar familiaridade com o estado da arte da produção acadêmica dentro de seu
assunto de pesquisa.
Artigos científicos não são relatórios de estudos, são meios de divulgação das
descobertas feitas em pesquisas.
A necessidade de um tema relevante faz com que meros resumos do que já
disseram outros autores não se constituam em verdadeiros artigos científicos.
M Ó D U L O 2
25
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
Um artigo científico é capaz de mostrar que seu autor consegue produzir conhecimento sólido,
relevante e inovador na matéria.
Um artigo científico tem muito a dizer sobre seu autor e suas capacidades.
Um artigo científico, quando bem executado, demonstra a apreensão de capacidades e conteúdos
transmitidos ao longo de um curso de pós-graduação – e, por isso, são frequentemente exigidos
como requisito para sua conclusão.
O artigo científico demonstra o exercício qualificado de variadas atividades profissionais e
acadêmicas.
1.6 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
UNIDADE 2 – ESCOLHA DO TEMA
2.1 REQUISITO BÁSICO
A escolha do tema é fundamental para uma monografia científica, seja ela um artigo, uma
dissertação de mestrado ou uma tese de doutoramento.
Para que o texto produzido seja verdadeiramente científico, não basta que o tema seja restrito e
instigante.
É preciso – antes de qualquer coisa – que o tema seja suscetível a ser cientificamente
estudado.
2.2 RELEVÂNCIA E INOVAÇÃO
O tema deve ser um problema, um objeto de dúvida...
Se os trabalhos científicos comunicam resultados relevantes de pesquisa a seu público leitor,
relevância significa produção de conhecimento inovador.
Relevância e inovação manifestam-se de muitas formas distintas...
Resposta nova a uma velha pergunta...
Vejamos um exemplo...
hipótese – a orientação socioideológica dos juízes brasileiros em suas
sentenças, para aplacar sentimentos de injustiça social, costuma favorecer a
parte mais fraca?
M Ó D U L O 2
26
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
resposta – uma pesquisa testou a veracidade de tal hipótese e o resultado
mostrou que a hipótese é falsa.
Organização e sistematização de informações...
Por sucessões legislativas pouco claras, muitos materiais tornam-se confusos.
Determinação do significado jurídico de algo novo...
Em todo campo da vida social, em que haja fatos sociais novos, juridicamente relevantes,
podem surgir muitas questões a serem respondidas.
2.2.1 INDAGAÇÃO SIGNIFICATIVA
Os temas podem ser muito diferentes entre si, mas, para gerar um trabalho científico, devem
conter uma característica relevante.
Os temas devem equivaler a perguntas, devem ser objetos de verdadeiras dúvidas, de
indagações significativas.
As perguntas não podem ser singelas ou simplórias, devem ser razoavelmente difíceis,
devem demandar reflexão e estudo para que sejam respondidas com substância.
As reflexões e os estudos são justamente as pesquisas – que, se bem feitas, serão
capazes de construir boas respostas para cada uma dessas perguntas.
Um estudo diletante, por mais que contribua, positivamente, para o aumento de conhecimentos
de um estudante, não suscita, via de regra, o tipo de reflexão necessária a um artigo científico.
2.2.2 ASSUNTO VERSUS TEMA DE PESQUISA
Perguntas, temas de pesquisa férteis, podem-se converter em meros assuntos.
A diferença entre um mero assunto e um verdadeiro tema de pesquisa é que o assunto
indica um campo de interesse, mas não necessariamente um objeto de inquietação, de
dúvida, que será respondido por um trabalho de pesquisa.
Como transformar um assunto em um tema?
Um bom exercício é tentar extrair dele uma pergunta, um problema ou uma dúvida,
inclusive, com ponto de interrogação ao final.
Eis a diferença entre uma pesquisa, que é capaz de gerar um artigo, e o
mero estudo diletante.
M Ó D U L O 2
27
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
A pergunta ou o problema que é tema de pesquisa deve refletir um objeto relevante
para a discussão acadêmica.
2.2.3 RELEVÂNCIA DO TEMA
Segundo Eduardo Marchi, temas profícuos de pesquisa podem nascer de debates doutrinários ou
jurisprudenciais.
De fato, se debates doutrinários ou jurisprudenciais são debates, esses envolverão, invariavelmente,
partidários de uma e de outra posição.
Cada partidário defenderá seus pontos de vista por meio de textos que, provavelmente,
citam-se uns aos outros, seja para expressar concordância, seja para registrar
discordância.
2.2.3.1 VERFICAÇÃO DA RELEVÂNCIA DO TEMA
Há diversos veículos informativos que são úteis para verificar se um tema é pauta dos debates
jurídicos atuais...
Periódicos científicos nacionais e estrangeiros...
Publicação de artigos científicos da área do Direito – principais meios de divulgação de
novidades de pesquisa à comunidade jurídica.
Teses e dissertações jurídicas...
Trabalhos produzidos no âmbito de programas de mestrado e doutoramento no Brasil
e no mundo, disponibilizados, na internet, em bibliotecas digitais virtuais.
Artigos científicos...
Fonte de consulta que apresenta os debates da comunidade acadêmica.
Jornais de grande circulação...
Fontes subsidiárias que podem ser úteis na construção de um tema-problema, mas
que de forma alguma bastam para se fazer uma pesquisa, e nem devem ser a principal
fonte de um pesquisador.
Portais jurídicos...
Portais que contêm, no mais das vezes, pequenos artigos escritos por profissionais do
Direito, bacharéis e estudantes e, além de indicarem a existência de alguma situação-
problema que esteja, atualmente, na pauta dos juristas, podem sugerir alguma
bibliografia desconhecida citada nos artigos em que abrigam.
O fato de um tema ser objeto de frequentes discussões entre pesquisadores
e juristas é bom indicativo de sua relevância como pauta de investigação.
M Ó D U L O 2
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Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
2.3 ORIGINALIDADE
Além de o tema estar na pauta de debates dos juristas, contribuirá para a sua relevância uma certa
originalidade em sua forma de construção ou abordagem.
A originalidade indica apenas uma forma inovadora e criativa de tratamento de um assunto que
pode, muito bem, não ser inédito.
O pesquisador que se preocupar em imprimir tal originalidade em seu trabalho terá
dado um passo decisivo no sentido de construir um tema relevante – mesmo que não
seja inédito – além de uma pesquisa mais instigante e desafiadora para si próprio.
2.4 LIMITAÇÕES DO PESQUISADOR
Todas as características do tema – situação-problema, originalidade – devem, por outro lado, ir ao
encontro de um conjunto de características pessoais e limites circunstanciais de todo e qualquer
pesquisador.
Nada adianta um tema que seja em si ótimo, mas que, por qualquer circunstância,
esteja além das capacidades de quem pretende trabalhá-lo.
É preciso que o pesquisador considere alguns aspectos...
Familiaridade prévia com o tema...
Por mais que estude e pesquise com o objetivo de aprender coisas novas, o tema
escolhido deve sempre ser aquele diante do qual o pesquisador se sinta confortável,
em termos dos conhecimentos que já possui.
Fontes intelectualmente acessíveis...
As fontes de pesquisa devem ser acessíveis a quem irá lê-las.
Limitações de acesso aos materiais...
Tempo para visitar arquivos e bibliotecas, para consultar in loco os livros e os documentos,
ou seja, as fontes dos quais ele precisará para fazer sua pesquisa, para pesquisar na
internet, pois muitos documentos históricos já são abertamente acessíveis na rede.
Cronograma...
A realização de uma pesquisa e a escrita da monografia devem ser planejadas, em face
das limitações de tempo do pesquisador.
Uma pesquisa – que, como qualquer projeto, exige tempo para sua execução – deve
ser concebida a partir de um cronograma e executada de acordo com seus prazos.
Originalidade não é a mesma coisa que ineditismo – requisito apenas das
teses de doutoramento.
M Ó D U L O 2
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Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
2.5 SUGESTÕES
Vamos resumir as sugestões relacionadas ao tema do artigo científico...
Construa o tema como uma pergunta, com ponto de interrogação...
O tema deve ser um problema, um objeto de dúvida e não mera indicação de assunto.
Analise detalhadamente o assunto...
De um mesmo assunto podem ser extraídos muitos temas-problema distintos, cada
qual ensejando uma pesquisa diferente.
Informe-se sobre os debates acadêmicos atuais em sua área de interesse...
O tema deve ser relevante.
Crie critérios para buscar informações na rede...
A internet pode ser uma poderosa aliada mas também uma traiçoeira arapuca.
Escolha temas dentro de assuntos que lhe sejam familiares...
Trabalhos científicos não pressupõem o momento de aprender coisas absolutamente
novas.
Verifique o tempo de que você precisa para pesquisar todas as fontes necessárias...
O tema deve ser suficientemente restrito.
Conheça suas limitações...
Alguns temas e métodos demandam conhecimentos de línguas estrangeiras.
Tenha certeza de que poderá ter pleno acesso às fontes necessárias para a pesquisa...
Fontes de fácil acesso devem ser privilegiadas, algumas fontes estão restritas a poucas
bibliotecas ou a arquivos públicos; logo, o tema da pesquisa deve ser definido com isso
em mente.
Recorte o tema para viabilizar a pesquisa...
O tema deve ser suficientemente restrito, de forma que possa ser exaustivamente
pesquisado dentro das limitações de tempo do pesquisador.
2.6 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
M Ó D U L O 2
30
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
UNIDADE 3 – TIPOS DE TEMAS-PROBLEMA
3.1 TIPOS DE PROBLEMAS
O primeiro passo na construção de um trabalho científico é evoluir de um assunto-interesse para
um tema-problema.
No entanto, há diferentes tipos de temas-problema que se podem extrair de um
assunto, e cada um deles deve ser trabalhado de uma maneira particular – isto é, com
uma metodologia própria.
O pesquisador deve ter clareza sobre a natureza do tema-problema com que trabalhará, para
saber como tratá-lo de forma adequada.
Lembre-se, há, pelo menos, dois tipos diferentes de problemas...
problemas descritivos;
problemas propositivos.
3.2 PROBLEMAS DESCRITIVOS
Os objetos de um trabalho de pesquisa são geralmente muito complexos quando vistos
compreensivamente.
O pesquisador quer oferecer um retrato compreensível de fenômenos complexos,
que ajudam a entender melhor as particularidades neles envolvidas.
A descrição de forma organizada de uma parte de realidades complexas é uma
possibilidade interessante para uma pesquisa científica.
Um problema descritivo de pesquisa pode perfeitamente ter por objeto a dogmática jurídica.
Essas pesquisas são úteis quando o pesquisador se interessa por temas cuja regulamentação
jurídica está dispersa por diversas leis e áreas do direito.
Pesquisas assim simplesmente propõem-se a descrever o estado da arte da regulação
jurídica de certo assunto ou problema, com vistas a facilitar a construção de respostas
jurídicas naquela matéria.
3.3 PROBLEMAS PROPOSITIVOS
Os problemas propositivos são aqueles que, ao invés de meramente retratarem seu objeto de
pesquisa, esforçam-se em oferecer uma resposta – bem construída e bem fundamentada – sobre
como o problema deve ser juridicamente considerado, tratado, classificado ou respondido.
Vamos estudá-los a seguir...
Esse tipo de tema-problema é o que chamamos de problema descritivo...
M Ó D U L O 2
31
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
3.4 NORMAS JURÍDICAS
O tipo de resposta sugerida pelos estudos propositivos é denominada normativa, pois se baseia
não em regras causais de experiência natural, mas sim em regras sociais – éticas, morais, jurídicas,
econômicas.
Respostas normativas sempre são dadas a partir de um critério, um parâmetro, e, no
caso das respostas jurídicas, por normas jurídicas.
As normas jurídicas provêm, principalmente, do direito posto, que é aquele criado pela atividade
oficial do Estado por meio dos procedimentos legislativos aceitos na prática jurídica de cada
nação.
O direito posto, antes de ser aplicado a um caso concreto, tem de ser interpretado por diversos
atores jurídicos em uma dada comunidade...
...alguns o interpretam oficialmente – os juízes de direito.
...outros o interpretam com vistas às atividades práticas do direito – os advogados e os
tabeliães.
...outros o fazem em caráter mais acadêmico e menos comprometido com casos
particulares – os juristas.
Todos esses profissionais, conjuntamente – uns mais, outros menos, mas ainda assim
conjuntamente – contribuem para a formação de um grande repositório de regras.
3.5 DOGMÁTICA JURÍDICA
As regras que resultam do direito posto apontam – diante dos mais variados casos – como
devemos entender o regramento jurídico de uma dada situação e, dessa forma, como devemos
agir para seguir o direito diante dela.
Esse grande depositório de entendimentos jurídicos coletivos pode ser denominado
dogmática jurídica.
A resposta normativa aponta, com um viés eminentemente prático, como
devemos agir face à situação-problema abordada.
Esse contrato é válido?
Como realizar essa operação societária?
Esse tributo é constitucional?
M Ó D U L O 2
32
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
As respostas a essas perguntas são dadas a partir da dogmática jurídica – civil, comercial, tributária.
Esse tipo de conhecimento...
...dá valor social aos egressos das academias jurídicas.
...conforme as opiniões particulares vão ganhando aceitação dos membros da
comunidade jurídica, vai obtendo força normativa.
...acaba por se tornar normas jurídicas cujo cumprimento é revestido de grande
expectativa social, por parte de todos os atores do sistema jurídico e da comunidade
em geral.
3.6 POSSIBILIDADES DE PESQUISA
Uma possibilidade para um trabalho científico – artigo, monografia ou tese – pode ser responder,
normativamente, a uma pergunta de caráter dogmático...
Tal coisa é permitida? proibida? obrigatória?
Quais são as consequências jurídicas da violação à regra posta?
Tal operação é ou não uma compra e venda, para fins tributários?
Esta operação é crime? é ilícito administrativo? ilícito civil?
Todas essas perguntas – jurídicas no sentido mais estrito da palavra – têm natureza dogmática, ou
seja, quem as faz quer saber como deve agir, à luz dos dogmas do direito.
3.7 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
UNIDADE 4 – TIPOS DE PESQUISA
4.1 PESQUISAS PROPOSTIVISTAS DE LEGE LATA
A pesquisa de lege lata é um tipo de investigação dogmática que elege um problema interpretativo-
jurídico como objeto.
A pesquisa de lege lata busca esclarecer o problema e oferecer a resposta que entende
ser-lhe a melhor resposta jurídica.
Trabalhos acadêmicos podem muito bem se ocupar de propor respostas
dogmaticamente fundamentadas.
M Ó D U L O 2
33
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
A pesquisa de lege lata considera os dispositivos legais válidos para a matéria, para
propor respostas aos problemas analisados.
4.2 ETAPAS DA PESQUISA DE LEGE LATA
Sinteticamente, podemos traçar um roteiro com cinco etapas para um trabalho científico baseado
em um problema de interpretação jurídica de lege lata...
...identificar o problema interpretativo a ser tratado, com explicitação da natureza do
problema.
...selecionar o conteúdo normativo relevante para a resposta à pergunta.
...precisar as respostas interpretativas rivais que têm sido propostas pelos principais
debatedores do tema.
...encontrar o melhor critério a partir do qual é possível eleger uma vencedora entre as
diversas respostas rivais analisadas.
...concluir o trabalho.
4.2.1 IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
Nem todos os problemas interpretativos são iguais...
Algumas vezes, a dúvida interpretativa pode estar mais ou menos restrita a um conceito
ou uma palavra.
Outras vezes, a legislação, propositadamente, usa expressões de conteúdo mais
aberto – de forma proporcional ou conforme seja necessário e suficiente – assim como
vocabulário de cunho marcadamente filosófico – justiça, dignidade, isonomia...
Em latim, de lege lata significa segundo a lei criada ou de acordo com a lei
existente.
Definir o tipo de problema interpretativo auxilia a identificação dos tipos de
materiais com os quais se precisará trabalhar, além do método apropriado para a
pesquisa.
M Ó D U L O 2
34
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
4.2.2 SELEÇÃO DO CONTEÚDO NORMATIVO
Desse modo, devem ser coletados...
...os diversos tipos de normas jurídicas pertinentes ao tema – leis, decretos, súmulas –,
bem como...
...suas principais interpretações – correntes doutrinárias e jurisprudenciais, opiniões de
jurisconsultos.
4.2.3 ANÁLISE DE PONTOS DE VISTA ANTAGÔNICOS
A terceira etapa para elaborar um trabalho científico baseado em um problema de interpretação
jurídica de lege lata consiste em um analisar o estado da arte dos trabalhos dogmáticos já escritos
sobre o assunto, ou seja...
...saber o que os juristas de referência no tema têm dito a respeito da dúvida
interpretativa investigada.
Ler textos dogmáticos adversários, buscando a questão subjacente é uma boa maneira de trabalhar
divergências interpretativas de forma mais convincente do que o simples há quem diga A... por
outro lado, há quem diga B..., da qual pouca coisa se pode, efetivamente, concluir.
4.2.4 DEFINIÇÃO DE CRITÉRIOS
Definir um critério para eleger uma argumentação vencedora entre as diversas respostas rivais
analisadas permite ao pesquisador responder ao problema jurídico que escolheu tratar.
4.2.5 CONCLUSÃO
Na conclusão do trabalho, devemos apresentar o resultado da análise da questão interpretativa à
luz do problema identificado, considerado em face da matriz teórica escolhida para seu tratamento.
Esse caminho permite a construção de uma opinião interpretativa bem fundamentada
e explícita em seus critérios de escolha, o que lhe agrega valor – um bom valor
metodológico.
Se a matéria-prima desta espécie de trabalho são as normas jurídicas –
textos de direito posto e suas principais correntes interpretativas –, é fundamental
que, após identificado o problema e sua natureza, o pesquisador identifique e
selecione os textos legais e interpretativos que lhe sejam pertinentes.
Esse método supõe que as divergências interpretativas sobre aspectos
pontuais de textos legais são como meras pontas de icebergs, que escondem
divergências mais substantivas que nem sempre aparecem explícitas.
M Ó D U L O 2
35
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
4.3 PESQUISAS PROPOSITIVAS DE LEGE FERENDA
Pesquisas do tipo lege ferenda não pretendem investigar uma dúvida interpretativa para um
problema jurídico – como as pesquisas de lege lata.
Pesquisas lege ferenda partem de uma resposta dogmática estabelecida, mas com a
qual não concordam.
Pesquisas lege ferenda criticam a resposta juridicamente válida ou propõem-lhe
alterações.
4.3.1 ETAPAS DA PESQUISA
Em termos metodológicos, não há muita diferença substantiva entre esse tipo de pesquisa e as de
lege lata – a questão passará pela identificação de um problema, pela avaliação de propostas
alternativas de acordo com determinada matriz teórica e, finalmente, por uma proposta de
alteração.
O problema identificado pode dizer respeito...
...à redação concreta de uma dada lei ou ainda à interpretação predominante de um
dispositivo legal.
...a um elemento de legislação antigo, que permaneça vigente, mas esteja já em
desacordo com o contexto – político, econômico, social – do atual arranjo social.
A ideia será sempre mostrar que uma determinada parte da ordem normativa vigente –
considerada a redação com que está positivada ou o entendimento dominante a seu respeito –
é, por alguma razão, ruim ou insatisfatória e precisa de alteração.
A etapa seguinte contempla mostrar os argumentos que sugerem a inadequação da atual
regulamentação legal da situação-problema – bem como que apontem os rumos de uma desejada
alteração das normas que disciplinem a situação.
A título de conclusão, e com base na mesma matriz teórica, podem ser indicadas as alterações
legislativas necessárias ao melhor tratamento jurídico da situação problema.
Tudo isso partirá da matriz teórica com que a questão for analisada.
A questão de fundo, conforme identificada pelo pesquisador, indicará o tipo de teoria de que se
necessita. Essa etapa é análoga à quarta etapa da pesquisa de lege lata, descrita anteriormente.
De lege ferenda é uma expressão latina que significa de encontro à lei ou
contra a lei.
M Ó D U L O 2
36
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico
4.4 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
UNIDADE 5 – CENÁRIO CULTURAL
Acesse, no ambiente on-line, o cenário cultural deste módulo.
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3
37
MÓDULO 3 – ELABORAÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
Neste módulo, focalizaremos o processo de redação do artigo propriamente dito. Veremos
sugestões de técnicas de redação que minimizam os riscos de nos perdermos em meio ao
processo de escrita do trabalho científico, muitas vezes, longo e convidativo a desvios e perda de
foco.
Analisaremos também a cartilha, outra opção de trabalhos de conclusão de cursos empresariais.
Verificaremos as particularidades da cartilha e sua estrutura.
UNIDADE 1 – FORMA E CONTEÚDO
1.1 FORMATO
Em geral, as regras de produção de artigos científicos são dadas pelas revistas científicas em que
seus autores pretendem publicá-los.
Sendo assim, as regras de produção de artigos científicos variam um pouco de um
periódico para outro.
1.2 TAMANHO DOS ARTIGOS CIENTÍFICOS
O tamanho de um artigo científico é bastante variável.
Em geral, o artigo científico costuma ser substancialmente mais conciso do que monografias de
conclusão de curso, dissertações e teses...
...os periódicos da editora Revista dos Tribunais pedem trabalhos de 20 a 40 páginas.
...a Revista Direito GV estipula limite máximo de 30 páginas, mas não mínimo.
...a Revista de Informações Legislativas do Senado Federal não dá qualquer orientação
quanto ao tamanho esperado de seus artigos.
...a Revista de Direito Público da Economia, Editora Fórum, admite artigos com o mínimo
de 15 páginas.
...a Revista Brasileira de Arbitragem, Editora IOB, recebe artigos com, no mínimo, 10
páginas.
O artigo científico é uma forma de literatura pouco tratada nos livros de
metodologia jurídica, que se ocupam, sobretudo, de monografias de graduação –
TCC –, dissertações de mestrado e teses de doutoramento.
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3
38
1.3 TAMANHO DO TRABALHO
Considerando a complexidade de um artigo científico a ser entregue como TCC de um MBA, não
se espera que um tema possa ser desenvolvido, com o grau de complexidade que se espera, em
10 ou 15 páginas.
1.4 OBJETIVIDADE E CONCISÃO
Para tratar um tema complexo em poucas páginas, o autor deverá prezar por objetividade e
concisão.
As seções mais comuns, mas nem sempre úteis, dos trabalhos jurídicos – introdução histórica,
direito comparado, natureza jurídica... – devem ser deixadas de lado, em favor de um tratamento
direto e frontal do tema-problema do trabalho.
Essas seções, embora apareçam com uma fidelidade quase canônica, não devem ser vistas como
um roteiro obrigatório, nem natural, de redação de um artigo, um TCC, uma dissertação ou uma
tese.
1.5 IMPORTÂNCIA DAS CITAÇÕES
É fundamental que o autor atente para o fato de que toda informação retirada de qualquer
trabalho deve ser referida expressamente em nota.
No caso de transcrição literal de passagem, deve ser feita sua citação, com igual indicação
de referência.
A desobediência a essa regra caracteriza plágio e traz sérias consequências aos responsáveis.
Por isso – e baseando-se em outras experiências de outros cursos da FGV –,
recomendamos que o artigo científico tenha, aproximadamente, 25 páginas e,
dependendo das necessidades do tema, não exceda 40 páginas.
O autor deverá começar seu texto apresentando a questão que deu origem
ao trabalho, indicando como pretende ocupar-se dela.
A seguir, deve justificar o porquê de suas opções.
Em seguida, deve, efetivamente, enfrentar o problema.
Finalmente, deve concluir, pontualmente, seu trabalho.
Isso vale, inclusive, para outros textos eventualmente já publicados pelo
próprio autor – autoplágio.
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3
39
1.6 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
UNIDADE 2 – INTRODUÇÃO DO ESTUDO
2.1 ESTRUTURA FINAL DO TRABALHO
Um artigo científico tem de começar com uma introdução e terminar com uma conclusão.
Seu recheio, por assim dizer, consistirá na apresentação do argumento e dos resultados
da pesquisa propriamente ditos.
2.2 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA
Mesmo em trabalhos com temas muito abstratos, o pesquisador deve sempre começar pela
apresentação de seu tema, o problema de que se ocupará.
Por exemplo, Thomas Nagel começa seu ensaio sobre os problemas filosóficos da justiça da
seguinte forma...
É injusto que algumas pessoas nasçam ricas e outras pobres? Se é injusto, deveríamos
fazer alguma coisa quanto a isso? O mundo está repleto de desigualdades – dentro dos
países e entre os países. Algumas crianças nascem em lares prósperos e cheios de conforto,
crescem bem alimentadas e recebem boa educação. Outras nascem pobres, não têm o
suficiente para comer e nunca têm acesso a boa educação ou assistência médica.
Evidentemente, é uma questão de sorte: não somos responsáveis por nascer numa certa
classe social ou econômica ou num certo país. A questão é: ‘até que ponto são ruins as
desigualdades que não são culpa das pessoas afetadas por elas? Deveriam os governos
usar seu poder para tentar reduzir esse tipo de desigualdade, que não é responsabilidade
das vítimas?’
2.2.1 ALGUNS COMENTÁRIOS
A forma singela com que Thomas Nagel abre seu artigo transforma, em grande parte, um assunto
muito amplo – justiça – em um problema mais específico e possível de ser trabalhado.
O autor elege tratar da justiça no contexto da desigualdade social, mesmo havendo diversos
outros contextos em que o tema da justiça seria cabível.
O tema, tal qual proposto, insere a questão da desigualdade social dentro de uma dimensão
particular da justiça – a justiça política –, à medida que se pergunta...
...devem ou não os governos usar seu poder a esse respeito?
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3
40
O agir virtuoso – com justiça – face a desigualdades sociais tem também uma dimensão privada
que se reflete na questão...
...é justo que acumulemos grandes fortunas e não doemos parte de nossos ganhos
privados a instituições que cuidam dos mais pobres, se o pudermos fazer sem grandes
ônus?
A segunda pergunta é diferente daquela que põe a questão quanto a ser justa, ou não, a imposição
de um tributo especial que incida sobre grandes riquezas.
2.3 CONCRETUDE DO PROBLEMA
O problema que apresenta o tema de pesquisa não precisa ser abstrato.
Pode muito bem ser um problema concreto.
Vamos ver um exemplo?
Um homem entra em um bonde bastante cheio. Inicialmente, o cobrador não percebe sua
presença. Somente quando, chegando em seu destino, deseja deixar o veículo, é que o
cobrador lhe exige o pagamento do valor da passagem. O homem replica: ele não concluíra
nenhum contrato de transporte até agora e, no momento, não pensa mais em celebrar
contrato nenhum, já que deseja descer do bonde. Nenhum dos passageiros duvidaria de
que o homem deve pagar o valor da passagem. Apenas o jurista se vê em dificuldades. Ele
percebe: de acordo com os seus conhecimentos acadêmicos, há algo de errado por aqui. A
fim de fundamentar a obrigação do passageiro, é necessário um contrato, ao menos se
consideramos essa relação jurídica como de direito privado. Um contrato, como qualquer
jurista sabe, aperfeiçoa-se quando duas pessoas declaram uma à outra sua vontade
direcionada à ocorrência de efeitos jurídicos. A declaração, logicamente não precisa ser
‘expressa’, ela pode acontecer por meio do dito ‘comportamento concludente’. (...) Mas onde
está o comportamento do passageiro que possa ser considerado ‘aceitação’ da ‘oferta de
contrato’? Até que ele não se faça, de alguma forma, presente ao cobrador, que é o
representante da empresa de transporte, não se pode considerar seu comportamento (...),
de forma alguma, como tendo ‘valor de declaração’. (...) Adentrar o bonde e nele permanecer
até o ponto certamente não é suficiente como ‘aceitação’, se uma tal ‘vontade de aceitar’ de
quem entrou no bonde não for reconhecível. Como reconhecê-la, se a pessoa declara logo
ao embarcar que deseja andar no bonde, mas não quer concluir nenhum contrato de
transporte?
Pela forma como apresenta o tema-problema, o autor indica estar
preocupado com essa última pergunta mais do que com a primeira.
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3
41
2.4 CONCRETUDE DO PROBLEMA
Na introdução de um artigo científico, o autor deve-se apressar a dar as informações-chave do
texto, de forma tão direta quanto possível...
O autor deve abandonar as conhecidas partes canônicas dos textos jurídicos, sempre enfadonhas,
pouco objetivas e superficiais – evolução histórica, direito comparado, natureza jurídica do instituto...
As partes canônicas dos textos jurídicos não devem ser trazidas para o texto, a menos
que sejam imprescindíveis para a delimitação do tema-problema ou para a indicação
da metodologia com que ele será tratado.
2.5 APRESENTAÇÃO DA INTRODUÇÃO
Como sugestão, mas sem querer tolher a criatividade, o seguinte roteiro para a introdução de um
artigo científico pode ser seguido...
Apresentação do tema-problema...
Indicar, com clareza e objetividade, o problema ou o objeto de dúvida a que o artigo irá
se dedicar.
Justificativa de sua importância...
Explicitar a razão pela qual o tema eleito merece o esforço de uma pesquisa científica
a seu respeito bem como a possível utilidade dos resultados esperados da pesquisa.
Posição dos debates doutrinários atuais a seu respeito...
Apresentar o estado da arte dos debates jurídicos sobre a matéria, focando-se nos
diferentes argumentos a seu respeito.
Indicação e justificativa do método pelo qual o tema-problema será abordado...
Indicar como o tema-problema será resolvido, mostrando que...
o autor sabe a diferença entre as muitas opções metodológicas à disposição
de um pesquisador;
o método que ele escolheu utilizar é a melhor escolha para o tratamento de
seu tema-problema.
Qual é o objeto do texto?
Por que esse objeto é importante?
Como esse objeto será abordado no artigo, tanto em termos de metodologia, quanto
da apresentação escrita do argumento?
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3
42
Indicação da estrutura subsequente do artigo...
Indicar como os resultados da pesquisa serão apresentados a partir da introdução, ou
seja...
dividir a estrutura do artigo em partes – item 1, item 2...;
indicar, brevemente, o conteúdo que cada uma delas terá, buscando, o
quanto possível, ilustrar ao leitor a conexão que cada uma dessas partes
terão entre si.
Em outras palavras, na introdução, dizer o que se vai dizer no resto do artigo.
2.6 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
UNIDADE 3 – DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO DO ESTUDO
3.1 MIOLO DO ARTIGO
Superada a introdução, é chegada a hora de, efetivamente, enfrentar o problema...
...de dizer o que se tem a dizer...
O desenvolvimento do artigo varia de acordo com a modalidade de tema-problema com que se
esteja trabalhando.
3.2 TRABALHO COM PROBLEMAS DESCRITIVOS
Caso o pesquisador tenha optado por trabalhar um problema descritivo, sua introdução já terá
apresentado aquilo que será objeto de descrição – bem como as limitações de tempo, espaço,
órgão... – em que esta descrição será feita.
O bojo desse trabalho deve consistir na apresentação dos resultados obtidos na pesquisa...
...quantos julgados foram encontrados...
...quais eram os específicos objetos da lide...
...quem eram as partes envolvidas...
Um exemplo de problema descritivo, já bem recortado, pode ser...
Como a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça decidiu disputas societárias
envolvendo acionistas minoritários das dez empresas de maior valor de mercado
listadas no pregão da BM&F Bovespa entre os anos de 1999 e 2009?
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3
43
...qual é sua posição processual – autor ou réu...
...quais eram os valores que estavam em jogo...
...quanto tempo já duravam as lides até o momento da decisão do STJ...
...como o Tribunal decidiu...
Tudo o que mais o autor entenda relevante para a montagem do mais completo retrato da
situação analisada, de forma a permiti-lo tirar o máximo de conclusões futuras, deve ser apresentado.
Certamente, será um miolo de artigo recheado de números e tabelas, com alguns
insights que serão posteriormente desenvolvidos na conclusão do artigo.
3.3 TRABALHO COM PROBLEMAS PROPOSITIVOS
No caso de problemas propositivos, em que o autor tem de propor uma resposta jurídica bem
fundamentada para um problema jurídico difícil, o bojo do artigo consistirá no desenvolvimento
do argumento do autor.
Retornemos ao exemplo do artigo de Karl Larenz, acerca do malicioso passageiro de bonde que
entra no vagão, mas enuncia não desejar celebrar qualquer contrato de transporte...
Um homem entra em um bonde bastante cheio. Inicialmente, o cobrador não percebe sua
presença. Somente quando, chegando em seu destino, deseja deixar o veículo é que o
cobrador lhe exige o pagamento do valor da passagem. O homem replica: ele não concluíra
nenhum contrato de transporte até agora e, no momento, não pensa mais em celebrar
contrato nenhum, já que deseja descer do bonde. Nenhum dos passageiros duvidaria de
que o homem deve pagar o valor da passagem. Apenas o jurista se vê em dificuldades. Ele
percebe: de acordo com os seus conhecimentos acadêmicos, há algo de errado por aqui. A
fim de fundamentar a obrigação do passageiro, é necessário um contrato, ao menos se
consideramos essa relação jurídica como de direito privado. Um contrato, como qualquer
jurista sabe, aperfeiçoa-se quando duas pessoas declaram uma à outra sua vontade
direcionada à ocorrência de efeitos jurídicos. A declaração, logicamente não precisa ser
‘expressa’, ela pode acontecer por meio do dito ‘comportamento concludente’. (...) Mas onde
está o comportamento do passageiro que possa ser considerado ‘aceitação’ da ‘oferta de
contrato’? Até que ele não se faça, de alguma forma, presente ao cobrador, que é o
representante da empresa de transporte, não se pode considerar o seu comportamento
(...), de forma alguma, como tendo ‘valor de declaração’. (...) Adentrar o bonde e nele
permanecer até o ponto certamente não é suficiente como ‘aceitação’, se uma tal ‘vontade
de aceitar’ de quem entrou no bonde não for reconhecível. Como reconhecê-la, se a pessoa
declara logo ao embarcar que deseja andar no bonde, mas não quer concluir nenhum
contrato de transporte?
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3
44
Na introdução, Larenz apresentou uma pergunta jurídica que exige uma resposta não descritiva,
mas normativa...
Como fundamentar a obrigação contratual do passageiro que não se apresenta ao
representante da empresa de transporte público ao entrar no bonde do vagão, ou mesmo
que se apresenta a ele para dizer que não deseja celebrar qualquer contrato de transporte,
e que por isso não pagará a tarifa?
Larenz começa o miolo de seu artigo apresentando um argumento à época corrente a respeito
do problema, e identificando Günter Haupt como seu principal expoente...
Segundo Haupt, o comportamento do agente equivaleria a uma manifestação de
vontade no sentido de contratar com a empresa de transporte.
Larenz contra-argumenta, dizendo que Haupt, erroneamente, supõe que a manifestação de
vontade seja condição para o surgimento da obrigação neste caso.
A obrigação de pagar o valor da passagem decorre aqui simplesmente do significado
jurídico de um comportamento social típico que em nada depende da motivação
subjetiva do agente.
Mesmo que tivesse entrado no bonde sem querer, ele terá de pagar o valor da passagem,
pois esse é o típico significado jurídico da conduta de entrar em um bonde, com ou
sem vontade.
O argumento de Larenz é, portanto, o de que...
A situação retratada não pode ser entendida sob o arcabouço das tradicionais teorias
obrigacionais por atos lícitos, mas a criação de uma nova categoria obrigacional –
comportamento social típico – é necessária.
3.3.1 APRESENTAÇÃO DA ARGUMENTAÇÃO
Podemos esquematizar o caminho percorrido por Larenz da seguinte forma...
Apresentação do problema...
Descrever a dificuldade jurídica que ele coloca.
Apontamento das respostas tradicionais ao problema...
Rever, com foco no argumento e em sua relação com o problema – e não em quem os
emitiu –, as respostas já apresentadas ao problema estudado.
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3
45
Indicação das falhas da resposta tradicional...
Apontar os pontos frágeis das respostas já dadas ao problema, argumentando e contra-
argumentando, de modo a possibilitar a construção de uma nova abordagem para o
problema estudado.
Sugestão de uma nova abordagem para a questão...
Mostrar as vantagens de uma nova proposta em relação à proposta anterior.
Larenz apresenta tudo isso de maneira muita clara, objetiva e concisa...
Seu artigo inteiro, no qual esse complexo argumento é exposto, tem não mais do que oito
páginas.
3.4 CONTEÚDO DA CONCLUSÃO
A conclusão do artigo deverá retomar os principais pontos nele tratados – tema, metodologia,
resultados colhidos –, sintetizando-os, para que o autor, então, destaque aquilo que lhe parecer
mais importante.
Podem ser destacadas relações reveladoras entre dados quantitativos ou qualitativos,
conclusões sobre a adequada forma de tratamento de uma dúvida jurídica...
3.5 CONTINUIDADE DO ESTUDO
Frequentemente, as conclusões de uma pesquisa são, em si mesmas, indicativas de estudos
futuros que se mostram necessários a partir de seus resultados.
3.6 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
UNIDADE 4 – ESCRITURA DO TEXTO
4.1 TÉCNICA DE ESCRITA
Precisamos escrever como uma cebola... 5, 15, 25...
...ou seja, escrever em camadas, como se o texto fosse uma cebola.
Sabendo o conteúdo esperado de um artigo científico, devemos, agora, pensar em uma técnica
que ajude a escrevê-lo.
Ou seja, diga o que foi dito.
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3
46
Quem jamais teve a experiência de escrever um texto acadêmico logo perceberá que colocar
um argumento no papel, com começo, meio e fim, em mais de 20 páginas, não é coisa tão
simples de se fazer.
4.1.1 CAMADA UM
Em um primeiro momento, o autor deve escrever um texto de, aproximadamente, cinco páginas,
com o núcleo duro de sua introdução, bem como do miolo do seu trabalho...
o tema-problema;
a indicação de sua relevância;
a estrutura esperada do artigo;
os principais interlocutores acadêmicos do trabalho;
a forma de coleta de informações;
o tratamento que foi dado a elas;
os importantes resultados encontrados;
o que deles pode-se concluir.
Nessa primeira fase, o autor não precisa preocupar-se em fazer citações ou referências, nem em
trabalhar a redação do que escrever.
Esse texto deve ser muito objetivo e sintético.
Esse texto deverá ser um raio X do texto final, pois trará o esqueleto do texto, ou seja...
...esse deverá ser equivalente ao principal argumento do autor.
Talvez, esse primeiro texto seja pouco inteligível para qualquer leitor que não seja o próprio
pesquisador, ou alguém muito familiarizado com seu tema. Isso não importa, pois o papel dele é
organizar a exposição do argumento.
4.1.2 CAMADA DOIS
Em um segundo momento, o autor deve tentar expandir, de cinco para dez ou quinze páginas, a
camada um.
O autor deve desenvolver as ideias do texto-esqueleto – as mais importantes do
trabalho – e ir inserindo outros elementos colaterais – posições doutrinais minoritárias,
exemplos de casos concretos...
Se o primeiro texto trazia o argumento do autor, esse segundo juntará a esse argumento alguns
elementos de diálogo e ilustração.
Ao final dessa etapa, o texto já se tornará mais legível.
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3
47
4.1.3 CAMADA TRÊS
Na terceira camada, o autor volta ao texto e enxerta-o com tudo o mais que entender necessário
para agregar solidez ao artigo.
Nessa fase, o autor deve...
...escolher as citações que fará e inserir as devidas referências às ideias que já haviam
sido suscitadas nas etapas anteriores de escrita.
...fazer outras observações pontuais, no texto ou em notas de rodapé.
...entrar com exemplos e contraexemplos ou quaisquer outras referências ilustrativas
que queira fazer.
4.1.4 VANTAGENS DA ESCRITURA EM CAMADAS
Escrever um texto em camadas tem algumas vantagens...
A escrita de um texto em camadas torna mais fácil para o autor não perder a dimensão
do todo, o que minimiza o risco de que algumas partes do trabalho fiquem
hipertrofiadas – ou atrofiadas – em relação a outras, o que tira a coesão do trabalho.
A escrita de um texto em camadas desestimula o mau hábito de se começar a escrever
sem que se tenha a noção de de onde se vai partir e, principalmente, de aonde se quer
chegar.
A escrita de um texto em camadas exige que o autor só comece a escrever depois de
sua pesquisa estar concluída.
O artigo é algo que se escreve a partir dos resultados de leituras e pesquisas, e não um processo
concomitante ao estudo e à investigação.
Dessa forma, a escritura em camadas diminui, sensivelmente, os riscos de o autor
sentir-se perdido e sem rumo no meio do artigo, com a nítida impressão que o melhor
mesmo seria ele recomeçar toda a escrita, do zero.
4.2 CARACTERÍSTICAS DA ESCRITA
O estilo pertence à esfera de discricionariedade do escritor.
Se, por um lado, não há um estilo predeterminado, podemos dizer, por outro, que tampouco há
absoluta discricionariedade em sua determinação.
Como deve ser a escrita do texto?...
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3
48
Logo, não há estilos certos ou errados, mas sim estilos apropriados e inapropriados, pois
esses últimos dão à monografia formas e características pouco adequadas a um trabalho
científico.
4.2.1 MANUALISMO
Alguns estilos não são apropriados à escrita de um trabalho científico. Essas formas inapropriadas
de escrita podem ser consideradas equívocos estilísticos.
O primeiro e mais comum equívoco estilístico – e que impacta o trabalho metodologicamente –
é escrever o trabalho científico como se fosse um manual ou parte de um. Trata-se do manualismo.
O manualismo faz com que o problema de pesquisa demore a aparecer.
O autor impõe a seu leitor um conjunto de informações básicas – definições, considerações sobre
a natureza jurídica do instituto tratado... – que ele, provavelmente, não está interessado em saber.
Se o leitor estivesse interessado nesse tipo de informação, procuraria um manual, e
não um artigo científico.
Nos casos mais graves de manualismo, o autor termina seu trabalho sem ter o que concluir.
A conclusão é própria de um trabalho científico, em razão da metodologia com que é escrito e
dos objetivos que lhe são inerentes.
A conclusão não tem razão de ser em um manual, que não é, em sentido estrito, um trabalho
científico, mas sim didático-orientativo.
Não é coincidência que trabalhos científicos tenham sempre um capítulo de conclusão,
mas não os manuais.
4.2.2 EXCESSO DE INFORMAÇÕES
O público-alvo de um trabalho científico deve ser presumido como sendo uma comunidade de
experts no assunto – pesquisadores, quando não, como no caso de um programa de pós-graduação,
uma banca ou um conjunto de corretores que, seguramente, são peritos no tema abordado.
Não faz sentido tratar esse público-alvo como neófitos, ou seja, não faz sentido apresentá-los às
noções mais rasteiras do que é o direito, dos princípios que o regem, ou do conceito de contratos...
Além de trazer para o trabalho científico coisas que lhe são irrelevantes, pois
este deve-se focar no tratamento de um problema específico, o manualismo
costuma implicar falta de objetividade na escrita.
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3
49
4.2.3 FORMAS DE TRATAMENTO ENCOMIÁSTICAS
As formas de tratamento encomiásticas, próprias do formal e pomposo ambiente forense, não
têm lugar em textos acadêmicos.
As formas de tratamento encomiásticas conferem um verniz de autoridade a pessoas, instituições
e documentos jurídicos que, no universo acadêmico, são apenas interlocutores de debates jurídicos,
que não os próprios objetos de pesquisas acadêmicas.
Como argumentos de autoridade e ciência não combinam, tais expressões devem ser
abolidas dos trabalhos científicos.
4.2.4 CONSELHOS ESTILÍSTICOS
Vejamos alguns conselhos estilísticos que os livros de metodologia jurídica costumam fornecer...
Seja conciso, claro e direto...
Apresente, sem rodeios, o tema da pesquisa, a forma como ele será abordado e o
resultado das investigações.
Escreva, o quanto possível, com frases curtas, que facilitam a compreensão do sentido
do que se quer dizer.
Seja coerente...
Seja coerente, do início ao fim.
Opte por um critério, não ora por um, ora por outro.
Não seja falsamente modesto, nem pretensioso...
Ouse dizer o que pensa, já que as limitações de todos são mais ou menos equivalentes.
Não trate com desdém outros acadêmicos de muito ou pouco renome.
Procure formas sutis de dizer o que quer...
Seja sereno e desapaixonado na forma de apresentação de seu argumento.
Finalize, e não exclame o raciocínio.
Evite ironias e sarcasmos, pois isso não soa bem em um texto acadêmico.
O uso de formas de tratamento encomiásticas – transposição indevida de
expressões quotidianas para trabalhos científicos – é outro equívoco estilístico.
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3
50
Não se force a escrever pomposamente...
Opte por uma maneira mais zelosa e formal de escrita.
Traduza as ideias, sem prejuízos, para uma linguagem mais direta e menos rebuscada.
4.3 EXCESSOS ESTILÍSTICOS
Há casos em que o culto ao estilo da escrita chega ao extremo de prejudicar a própria finalidade
do artigo, que é comunicar, de forma direta e objetiva, uma ideia interessante sobre um problema
relevante.
Tais casos são obviamente problemáticos e devem ser evitados.
4.4 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
UNIDADE 5 – CARTILHA
5.1 CARTILHA COMO OPÇÃO DE TCC
Em grande parte, as formalidades da cartilha são as mesmas em comparação com artigos
acadêmicos.
No entanto, as cartilhas têm algumas particularidades que devem ser levadas em
consideração por quem as escreve.
5.2 OBJETIVOS DA CARTILHA
A cartilha é um roteiro que visa tornar acessível um conhecimento sobre determinado assunto.
A cartilha serve de instrumento para a modificação ou a padronização do comportamento de um
grupo de pessoas, com vistas a um propósito qualquer.
Não devemos esquecer que o estilo é acessório, o principal é o argumento
acadêmico do texto.
As cartilhas podem ser apresentadas como trabalhos de conclusão de cursos
empresariais, se assim especificamente facultar o regulamento do curso.
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3
51
Em outras palavras, cartilha tem por objetivos...
...uniformizar comportamentos ou informações...
...constituir um objeto de consulta para facilitar as tarefas do dia a dia.
A perspectiva das funcionalidades é o que de mais importante podemos encontrar em uma
cartilha.
5.2.1 CARÁTER INSTRUMENTAL E COMPORTAMENTAL
A cartilha não é o veículo adequado a discussões complexas, são roteiros práticos de ação.
A cartilha pode servir, juridicamente, ao importante propósito de administração de contingências
ocasionadas pelo comportamento de profissionais incumbidos de determinadas tarefas.
Essas tarefas podem trazer implicações obrigacionais, mas que nem sempre têm o
necessário conhecimento técnico para entender todas as consequências – jurídicas –
de suas ações.
A extensão desse fenômeno, em uma empresa de grande porte, é enorme – pode ir desde uma
equipe de negociadores de um departamento comercial a funcionários do atendimento telefônico
ao cliente.
5.3 PRÉ-REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO
A cartilha apresenta os seguintes pré-requisitos a sua elaboração...
escolha do formato;
escolha de um dos temas elencados – rol taxativo.
5.4 FORMA DE ELABORAÇÃO
Antes de tudo, a cartilha será apresentada como documento para avaliação do curso de MBA
Executivo em Direito Bancário.
A cartilha deve transformar o conteúdo que pretendemos transmitir em algo
convidativo e amigável à compreensão.
A principal característica da cartilha é o caráter instrumental e
comportamental.
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3
52
5.4.1 ROTEIRO DE ELABORAÇÃO
Um roteiro possível – mas não necessário nem único – para elaboração de uma cartilha pode
incluir três etapas...
Indicação do Propósito...
Informar, desde o princípio, o propósito do procedimento que se quer implementar, o
que deve incluir...
a precisa indicação do procedimento que se quer padronizar ou regular;
a importância da padronização ou da regulação desse procedimento;
o propósito da padronização ou da regulação proposta pela cartilha –
aumentar eficiência, gerar economia de trabalho, evitar contingências
jurídicas...
a indicação de como o procedimento indicado na cartilha é capaz de atingir
o propósito almejado para o procedimento em questão.
Esclarecimento do Procedimento...
Indicar, passo a passo, o procedimento a ser adotado para garantir os resultados
almejados, de maneira suficientemente detalhada, mas não excessivamente longa ou
complexa...
assegurar-se que leitores com diferentes graus de experiência e
conhecimento sejam igualmente capazes de se comportar da maneira
esperada com o apoio da cartilha;
cobrir todas as variações relevantes do procedimento.
Organização Gráfica do Conteúdo...
Representar graficamente os procedimentos propostos facilita a utilização da cartilha
como elemento de consulta.
Desenhar fluxogramas fornece um roteiro fácil de se acompanhar por leitores
de diferentes níveis de experiência.
Representar graficamente os procedimentos e as ações sugeridas – por
fluxograma ou outro meio qualquer – é um diferencial importante das cartilhas.
5.5 ESTRUTURA
A cartilha segue a estrutura formal de um trabalho acadêmico.
Portanto, a cartilha é dividida em três grandes partes...
elementos pré-textuais;
elementos textuais;
elementos pós-textuais.
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3
53
5.5.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS E PÓS-TEXTUAIS
Os elementos pré-textuais e pós-textuais constituem requisitos obrigatórios da cartilha.
Em ambos os casos, as regras aplicáveis ao artigo científico devem ser seguidas – no
que couber.
Já os elementos textuais – que estão diretamente relacionados ao conteúdo – deverão ser
totalmente adaptados para a cartilha.
5.5.2 ELEMENTOS TEXTUAIS
Os elementos textuais são aqueles que constituem o conteúdo propriamente dito do trabalho.
Vejamos como esses elementos funcionam no formato da cartilha...
Objetivos...
Como os objetivos da cartilha são extrínsecos ao tema, eles devem constar do trabalho,
mas não do conteúdo – isto é, dos elementos textuais.
Por essa razão, o item objetivos deve ser inserido como elemento pré-textual, em
substituição ao resumo.
Também não é necessário traduzir o item objetivos para o inglês.
Conteúdo...
O conteúdo deverá ser desenvolvido, integralmente, como elementos textuais,
subdivididos em apresentação e tópicos...
apresentação – única, em um texto breve, suficiente para explicar ao público
alvo a razão do texto;
tópicos – exposição propriamente dita do tema. Cada tópico poderá ser
sucessivamente divido em subtópicos, conforme a necessidade.
Conclusão...
Na cartilha, não há qualquer conclusão a ser tirada, consequentemente, não existe
nenhum elemento textual análogo à conclusão.
Iremos compreender cada uma delas a seguir...
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3
54
5.5.2.1ESCOLHA DOS ELEMENTOS TEXTUAIS
Para compreendermos que elementos textuais são pertinentes à cartilha, precisamos entender
sua finalidade...
A finalidade da cartilha é instruir o interlocutor acerca de determinado assunto. Essa finalidade do
texto parte de uma necessidade do leitor.
Dessa forma, a necessidade e a finalidade da cartilha não estão em seu tema, mas sim em seu
público alvo.
Consequentemente, inexiste ponto de partida – necessidade – ou ponto de chegada
– finalidade – em seu conteúdo.
Posto de outra maneira, existe, na cartilha, uma finalidade extrínseca ao conteúdo, não intrínseca.
5.6 INTERLOCUTORES
A cartilha é apresentada como trabalho acadêmico, mas também é elaborada como ferramenta
de informação e instrução.
Desse modo, a cartilha tem dois grupos de interlocutores...
No primeiro grupo, encontra-se o orientador que fará a avaliação do TCC, interessado
em todas as partes e todos os aspectos do trabalho.
No segundo grupo, encontra-se o público-alvo da cartilha, com interesse, unicamente,
no conteúdo.
Essa dualidade se reflete, diretamente, na redação do trabalho...
5.7 REQUISITOS DOS OBJETIVOS
O conteúdo da cartilha deve ser dirigido ao público-alvo.
O restante dos elementos da cartilha deve ser dirigido ao orientador que fará a avaliação do TCC.
Por essa razão, a cartilha não possui os mesmos elementos textuais de um
artigo científico.
O trabalho ora se comunica com um, ora com outro.
O item objetivos dirige-se ao orientadores. Por isso, deverá ser redigido em
linguagem técnica científica.
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3
55
5.7.1 ASPECTOS ABORDADOS
No item objetivos, o aluno deverá abordar as seguintes questões...
A cartilha tem o objetivo de atender que demanda?...
Apresentar a demanda da cartilha significa indicar a finalidade de seu texto. Em outras
palavras, significa explicar o porquê da elaboração da cartilha. Nos objetivos, devemos
informar, por exemplo, que situação ou problema concreto a cartilha visa abordar ou
solucionar.
Quem é o público-alvo?...
O público-alvo relaciona-se, diretamente, com a demanda.
A cartilha é concebida para atender a um grupo específico de pessoas, informando-o
sobre algo. Esse grupo é o público-alvo.
Nesse sentido, a delimitação do público-alvo é muito importante, pois ela condicionará,
diretamente, a profundidade com que o conteúdo será desenvolvido.
Qual é a relação do público-alvo com o tema?...
A relação do público-alvo com o tema da cartilha é um aspecto específico da questão
anterior. Trata-se de um ponto crucial da cartilha, já que contextualiza o interlocutor na
demanda. Sem isso, o trabalho pode-se perder em seus objetivos, divergindo de sua
finalidade.
Que benefício esperamos obter com a cartilha?...
Se a demanda da cartilha é sua causa, os benefícios são suas consequências.
Na abordagem dessa questão, devemos informar como a cartilha atenderá a demanda,
de modo a justificar sua importância.
Qual é o tipo de linguagem que deverá ser utilizada?...
Todas as questões postas convergem para a linguagem da cartilha.
Um público mais técnico exige linguagem mais técnica, enquanto um público leigo
exige uma linguagem mais simples e acessível.
Como todas as questões estão inter-relacionadas, não é necessário abordá-las individualmente. A
redação dos objetivos poderá ser elaborada de forma unificada, como se tratasse de uma única
questão geral.
O importante é que cada um desses aspectos seja, claramente, apresentado.
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3
56
5.8 REQUISITOS DO CONTEÚDO
O conteúdo do trabalho corresponde à cartilha propriamente dita. Se fossem removidas todas as
demais partes do trabalho, teríamos a cartilha pronta e acabada para distribuição ao público-alvo.
Dessa forma, todo o conteúdo deve ser dirigido a esse público, com exceção das notas
de rodapé.
No conteúdo da cartilha, encontramos...
Apresentação...
O primeiro tópico do conteúdo é a apresentação da cartilha.
Na cartilha, a apresentação corresponde à introdução do artigo científico.
A finalidade da apresentação é apresentar ao destinatário o que ele encontrará nos
tópicos do documento, explicando, ainda, sua importância.
Tópicos...
Seguindo a apresentação, encontram-se os tópicos.
Os tópicos deverão ser estruturados de maneira similar aos capítulos de um artigo
científico, seguindo o mesmo padrão de numeração.
Cada tópico pode ser subdivido em tópicos menores, e assim por diante.
Os subtópicos deverão seguir as mesmas diretrizes do artigo científico, principalmente,
no que concerne à montagem do sumário.
Terminado o último tópico, a conteúdo da cartilha estará completo, visto que a cartilha
não deve conduzir a uma conclusão.
5.9 REDAÇÃO, LINGUAGEM E FORMATAÇÃO
A cartilha segue as mesmas regras de formatação dos demais formatos de trabalho acadêmico.
Vamos aprender as regras de formatação dos trabalhos acadêmicos no módulo 4.
Quanto à redação e linguagem da cartilha, precisamos dar atenção para
alguns aspectos que consideraremos a seguir...
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 3
57
5.9.1 SIMPLICIDADE E OBJETIVIDADE
A natureza instrumental e comportamental da cartilha acaba por lhe impor algumas cartacterísticas.
A cartilha é para ser lida, mas, principalmente, para ser consultada.
As informações prestadas pela cartilha devem ser claras, objetivas e bem organizadas.
Como em um manual de eletrodoméstico, notas de rodapé, por exemplo, raramente
tem lugar em uma cartilha, a não ser para fazer algum esclarecimento marginal.
5.9.1 CLAREZA DE LINGUAGEM
Além da simplicidade e objetividade de seu texto, a cartilha deve também primar por clareza de
linguagem, evitando termos técnico-jurídicos.
A cartilha deve falar mais a língua de seus destinatários, e menos a de seu autor.
A cartilha deve ser, ao mesmo tempo, breve e compreensiva.
A cartilha deve tratar de todos os aspectos relevantes ao procedimento de que se
ocupe. No entanto, a cartilha não pode transformar-se em um texto de demorada
leitura, sob pena de perder sua funcionalidade.
5.9.3 CINCO REGRAS PARA ELABORAÇÃO DA CARTILHA
Para manter a simplicidade, objetividade e clareza do conteúdo da cartilha, cinco regras devem
ser seguidas...
Devemos produzir um texto fluido, sem a prolixidade habitual dos textos jurídicos.
Devemo-nos concentrar em apresentar resultados prontos, evitando argumentações
que conduzam a eles. Também não devemos fazer menção à autoria de ideias e
resultados no corpo do texto. Tudo deve ser apresentado diretamente.
Considerando que o conteúdo tem de dialogar, minimamente, com o orientador, são
necessários esclarecimentos e indicação de fonte.
Dessa forma, quando necessário, tais esclarecimentos e indicações deverão ser feitos
em notas de rodapé, de modo a não causar nenhum tipo de interrupção na fluidez do
texto.
A primeira delas é a simplicidade e objetividade de seu texto.
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 3
58
Devemos estar atentos ao plágio. Todas as legislações em vigor, regras acadêmicas da
FGV e regras internas do Banco do Brasil sobre plágio são aplicáveis ao formato de
cartilha.
A linguagem do conteúdo deve ser direcionada ao público-alvo da cartilha
A única exceção feita são as notas de rodapé, que se dirigem ao orientador, de modo
que deverão ser elaboradas em linguagem técnica-científica.
Em razão da finalidade didática, quadros sinópticos, tabelas, diagramas, entre outras
formas de sistematização de conteúdo não são apenas autorizados, mas também
encorajados.
5.10 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
Por fim, o trabalho final deverá obedecer às regras de formatação
apresentadas no módulo 4.
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4
59
MÓDULO 4 – EDIÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
Neste módulo, trataremos dos procedimentos relativos à forma como os trabalhos acadêmicos
devem ser formatados e editados. Para auxiliá-lo nessa tarefa, disponibilizamos um conjunto de
documentos que servirá de modelo para o que você deverá realizar.
Logo, este módulo é estritamente instrumental e como tal deve ser utilizado para servir de fonte
para a busca dos procedimentos corretos para a composição dos trabalhos – para acessar esses
modelos, basta clicar nos respectivos links inseridos nas telas e nas bases das telas.
UNIDADE 1 – ESTRUTURA DO TEXTO
1.1 TRABALHOS ACADÊMICOS
Entre outros, podemos considerar trabalhos acadêmicos...
...trabalho de conclusão de curso – TCC.
...trabalho de graduação interdisciplinar – TGI.
...trabalho de conclusão de curso de especialização.
...trabalho de conclusão de curso de mestrado.
...trabalho de conclusão de curso de doutorado.
Segundo a NBR 14724 de 2002, que rege a produção de trabalhos acadêmicos, um trabalho
acadêmico é um documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar
conhecimento do assunto escolhido.
Esse assunto, por sua vez, deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, do módulo,
do estudo independente, do curso e de outros programas ministrados.
1.2 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
A estrutura de um trabalho acadêmico compreende...
elementos pré-textuais não paginados;
elementos pré-textuais paginados, mas não numerados;
elementos textuais;
elementos pós-textuais.
Lembre-se...
Esse trabalho deve ser feito sob a coordenação de um orientador.
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4
60
1.2.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
Os elementos pré-textuais que constituem a estrutura do trabalho acadêmico são...
1.2.2 ELEMENTOS TEXTUAIS
Os elementos textuais da estrutura do trabalho acadêmico são...
elemento monografia
capa obrigatória
lombada opcional
anverso da folha de rosto obrigatória
verso da folha de rosto obrigatório
errata opcional
folha de aprovação obrigatória
dedicatória opcional
agradecimento opcional
epígrafe opcional
resumo na língua
vernáculaobrigatório
resumo em língua
estrangeiraobrigatório
lista de ilustrações opcional
lista de abreviaturas e
siglasopcional
lista de símbolos opcional
sumário obrigatório
elemento monografia
introdução obrigatória
desenvolvimento obrigatório
cronograma não existe
conclusão obrigatória
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Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4
61
1.2.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Os elementos pós-textuais da estrutura do trabalho acadêmico são...
1.3 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
UNIDADE 2 � ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
2.1 CAPA
A capa é obrigatória em projetos de pesquisa e trabalhos monográficos. Impressa em papel mais
encorpado que o restante do trabalho, nela registramos � centralizadas na página � as seguintes
informações...
elemento monografia
referências obrigatórias
glossário opcional
apêndice opcional
anexo opcional
índice opcional
ELABORAÇÃO DE TRABALHOS
DE CONCLUSÃO DE CURSO:3
Projetos de pesquisa e trabalhos monográficos4
Volume 15
Rio de Janeiro � RJ6
20037
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4
62
¹ Nome da instituição...
Opcional – na primeira linha da página, todo em maiúsculas, sem outras marcações.
² Nome do autor...
Na primeira linha da página – ou na segunda, caso na primeira exista o nome da
instituição, todo em maiúscula, sem outras marcações.
³ Título do trabalho...
No meio da página, todo em maiúsculas, podendo ter marcações em negrito ou itálico.
Corpo de letra maior do que o usado no restante do trabalho.
O título deve ser...
curto, porém escolhido com o máximo de cuidado;
atrativo para chamar a atenção do leitor;
preciso – desnecessário o uso de artigos definidos ou indefinidos.
4 Subtítulo do trabalho...
Caso exista – abaixo do título, separado deste por dois pontos, sem outras marcações.
5 Número de volumes...
Se houver mais de um volume – abaixo do subtítulo, mantendo um espaçamento,
indicando a especificação do respectivo volume em algarismo arábico.
6 Local...
Cidade da instituição em que o trabalho deve ser apresentado – ao final da página,
antes do ano, com a primeira letra maiúscula e as demais minúsculas.
7 Ano de depósito...
Na última linha da capa, em algarismo arábico, em quatro dígitos.
2.2 LOMBADA
Na lombada – opcional tanto em projetos de pesquisa quanto em trabalhos monográficos –,
devem ser registradas as informações da seguinte forma...
1 2
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4
63
¹ Lombadas finas...
O autor e o título podem ser grafados verticalmente de cima para baixo.
² Lombadas grossas...
nome do autor;
título e subtítulo – se houver – e outros elementos de identificação, como o número
do volume;
com exceção do título e do subtítulo, todos os outros elementos devem ser grafados
horizontalmente;
XXXX – espaço reservado para a identificação da publicação na biblioteca.
2.3 ANVERSO DA FOLHA DE ROSTO
O anverso da folha de rosto é essencial a qualquer trabalho acadêmico, pois é sua fonte principal
de identificação.
No anverso da folha de rosto – inserido logo após a primeira capa –, devemos registrar
as seguintes informações...
¹ Nome do autor...
Na primeira linha da página – ou na segunda, caso na primeira exista o nome da
instituição –, todo em maiúscula, sem outras marcações.
ELABORAÇÃO DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO:2
Projetos de pesquisa e trabalhos monográficos3
Volume 14
Rio de Janeiro – RJ6
20037
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4
64
² Título do trabalho...
No meio da página, todo em maiúsculas, podendo ter marcações em negrito ou itálico.
Corpo de letra maior que o usado no restante do trabalho.
O título deve ser...
curto, porém escolhido com o máximo de cuidado;
atrativo para chamar a atenção do leitor;
preciso – desnecessário o uso de artigos definidos ou indefinidos.
³ Subtítulo do trabalho...
Caso exista – abaixo do título, separado deste por dois pontos, sem outras marcações.
4 Número de volumes...
Se houver mais de um volume – abaixo do subtítulo, mantendo um espaçamento,
indicando a especificação do respectivo volume em algarismo arábico.
Monografia apresentada ao FGV Online como pré-requisito para a obtenção do
Bacharelado em Educação, orientado pela Profª Drª Elizabeth Silveira.
5 Identificação do trabalho...
Texto ajustado rente à margem direita, com recuo da margem esquerda...
natureza – projeto de pesquisa, relatório;
objetivo – aprovação em disciplina, grau pretendido;
nome da instituição a que é submetido;
área de concentração;
nome do professor-orientador.
6 Local...
Cidade da instituição em que o trabalho deve ser apresentado – ao final da página,
antes do ano, com a primeira letra maiúscula e as demais minúsculas.
7 Ano de depósito...
Na última linha da capa, em algarismo arábico, em quatro dígitos.
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4
65
2.4 VERSO DA FOLHA DE ROSTO
O verso da folha de rosto é opcional nos projetos, mas obrigatório nos trabalhos monográficos. No
verso da folha de rosto, devemos inserir – em uma caixa de texto – uma ficha catalográfica,
registrando, em espaço simples e em fonte 10, as seguintes informações...
Sobrenome, Nome...
Sobrenome e nome do autor.
Título do trabalho. Subtítulo (se houver)...
Título e subtítulo do trabalho.
(Orientador)...
Professor-Orientador.
Instituição de ensino...
Instituição onde é apresentado o trabalho.
Ano...
Ano de entrega.
Páginas...
Total de páginas.
Espécie do trabalho...
Natureza do trabalho.
(Palavras-chave)...
Quatro palavras-chave, registradas do geral para o particular e grafadas na mesma linha
ou verticalmente.
2.5 ERRATA
A errata – opcional tanto no projeto quanto no trabalho monográfico – consiste em uma relação
das folhas e linhas onde registramos os erros que identificamos em nosso trabalho.
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4
66
Esses erros devem ser acompanhados das devidas correções. Apresentamos quase
sempre a errata em folha avulsa, acrescida ao trabalho depois de impresso.
O texto da errata deve ser disposto da seguinte maneira...
1 Indicação da página em que foi detectado o erro.
2 Indicação da linha em que foi detectado o erro.
3 Erro detectado.
4 Correção do erro.
2.6 FOLHA DE APROVAÇÃO
A folha de aprovação � obrigatória no projeto e no trabalho monográfico � deve conter...
Nome do autor...
MARY KIMIKO GUIMARÃES MURASHIMA.
folha1
linha2
onde se lê3
leia-se4
nº. da página nº. da linha erro detectado erro corrigido
nº. da página nº. da linha erro detectado erro corrigido
nº. da página nº. da linha erro detectado erro corrigido
nº. da página nº. da linha erro detectado erro corrigido
id22702031 pdfMachine by Broadgun Software - a great PDF writer! - a great PDF creator! - http://www.pdfmachine.com http://www.broadgun.com
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4
67
Título do trabalho...
ELABORAÇÃO DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO.
Subtítulo do trabalho...Projetos de pesquisa e trabalhos monográficos.
Natureza do trabalho...
Monografia apresentada.
Instituição a que foi submetido o trabalho...FGV Online.
Objetivo do trabalho...
Pré-requisito para a obtenção do Bacharelado em Educação.
Data de aprovação do trabalho...__ de _____ de ___.
Nome, titulação, instituição dos componentes da banca examinadora...
Instituição.
Data e assinaturas dos componentes da banca examinadora deverão ser inseridas após aprovação
do trabalho...Assinatura.
2.7 DEDICATÓRIA, AGRADECIMENTOS E EPÍGRAFE
Concluir uma tarefa nos faz querer dividi-la com outros, com quem, de alguma forma, esteve
conosco durante sua construção.
Apesar de significativos, a dedicatória, os agradecimentos e a epígrafe não sãoobrigatórios...
Dedicatória...
Nossa imaginação e criatividade são essenciais à elaboração da dedicatória.
Agradecimentos...Nossa manifestação de apreço a pessoas e instituições que cooperaram ou tornaram
possível nosso trabalho devem ser registrados nos agradecimentos.
Epígrafe...Citação relacionada à temática do trabalho que pode ser inserida no início do trabalho
e nas folhas de abertura das seções primárias – uma epígrafe para cada capítulo ou
seção.
No entanto, não devemos esquecer-nos de referenciar o autor do texto da epígrafe.
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4
68
2.8 RESUMO
Devemos apresentar, no resumo – de forma clara e simples –, uma síntese de cada uma dasseções de nosso trabalho.
Com o resumo, possibilitamos que o leitor verifique – em função de seus interesses
pessoais – a relevância do conteúdo tratado em nosso trabalho.
Ao final dos resumos, deverão constar as palavras que melhor representam o conteúdodo trabalho, isto é, palavras-chave ou descritores.
O resumo deve ser inserido na página de frente – anverso.
Quando não é muito extenso, pode ser colocado na página de rosto do trabalho.
A norma técnica recomenda que, nas monografias e nos trabalhos acadêmicos, o resumo tenha
até 250 palavras. Nas teses, o resumo pode conter até 500 palavras.
2.8.1 CONTEÚDO
Nos projetos de pesquisa, o resumo deve conter...o tema e os principais objetivos de nosso trabalho;
os métodos e os procedimentos que serão empregados por nós;nossas conclusões provisórias sobre a proposta a ser desenvolvida.
Nos trabalhos monográficos, o resumo deve conter...
o tema e os principais objetivos de nosso trabalho;os métodos e os procedimentos empregados por nós;
a síntese dos resultados alcançados com nosso trabalho;nossas principais conclusões;
se necessário, nossas sugestões de novos estudos.
2.8.2 ESTILO
Se nosso trabalho for apresentado em mais de um volume, o resumo deve figurar somente no
primeiro volume.
Nas monografias e dissertações, o resumo deve vir na língua nacional, acompanhadode uma tradução em uma língua estrangeira.
Nas teses, o resumo deve ser traduzido para mais de uma língua estrangeira – inglês, francês ou
espanhol –, conforme o trabalho exigir.
Nos resumos, não devemos usar ilustrações.
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4
69
Em relação ao estilo, o resumo...
...deve apresentar uma sequência de frases concisas, e não de uma enumeração de
tópicos...
...sua primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do documento...
...pode ser escrito na primeira ou terceira pessoa do singular ou com o verbo na vozativa.
2.9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Na lista de ilustrações...
...as ilustrações devem obedecer à ordem em que aparecem no texto.
...as ilustrações devem estar relacionadas ao número da página em que foram inseridas.
...cada ilustração deve ser numerada, receber um título e apresentar uma pequenadescrição.
Cada lista diferente de ilustrações deve ser iniciada em folha própria.
Entretanto, quando o número de ilustrações não for muito grande, tipos diferentes de ilustrações
podem compor uma lista única.
A reprodução de ilustrações retiradas de outros documentos deve ser feita com autorização doautor ou indicação do referido documento quando de publicação pública.
2.9.1 LOCAL
Podemos formatar tabelas e figuras das mais variadas formas...
...colunas, barras, círculos, figuras ou curvas.
Contudo, a forma pela qual a informação é expressa na imagem visual não dispensa nosso
comentário sobre ela, ou seja...
...nossa interpretação sobre os dados nela dispostos.
Logo, devemos sempre referenciá-las com títulos ou legendas.
Com as ilustrações, complementamos, organizamos e exemplificamos as
informações de nosso trabalho.
Se o trabalho for dividido em partes, cada uma deverá ter seu próprio resumo.
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4
70
Devemos inserir as ilustrações no local do texto em que as mencionamos pela primeira vez.
2.10 LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
Caso exista lista de abreviaturas, siglas e símbolos, devemos colocar as abreviaturas e as siglas noinício da página, em letras maiúsculas, centralizadas na folha.
A relação deve vir abaixo, sem caracteres diferenciados – negrito e itálico – do texto do
trabalho, alinhada à margem esquerda.
Só devemos utilizar, em nosso trabalho, abreviaturas, siglas e símbolos que estejamdevidamente convencionalizados.
Tanto a lista de abreviaturas e siglas quanto a de símbolos são opcionais.
As listas de abreviaturas e siglas consistem na apresentação preliminar de convenções utilizadasno decorrer do texto com suas respectivas significações para dar ao leitor condições de melhor
entendimento de nosso trabalho.
2.11 SUMÁRIO
Os tópicos do sumário – numerados ou não – devem ser alinhados à margem esquerda.
Os números das páginas devem ser alinhados à margem direita.
Devemos escrever o sumário só depois de o texto do trabalho estar totalmente pronto...
Somente dessa forma, haverá total coincidência de títulos e indicação das páginas
onde se encontram as seções e suas subdivisões.
O sumário – último elemento pré-textual obrigatório – deve preceder a parte textual do projeto/relatório. O sumário consiste na listagem das principais divisões, seções de nosso trabalho – na
mesma ordem em que aparecem no texto –, acompanhadas de seus respectivos números depágina.
Não devemos utilizar, no sumário, algarismos romanos. Os algarismos utilizados devem
ser sempre os arábicos.
O uso abusivo de abreviaturas, siglas e símbolos no corpo do texto quebra o
ritmo da leitura.
A palavra sumário deve ser grafada em maiúsculas, no início da página e
centralizada no meio da folha.
Não devemos incluir, no trabalho, ilustrações que não sejam citadas no texto.
Nesse caso, devemos colocá-las como anexo.
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4
71
2.12 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
UNIDADE 3 – ELEMENTOS TEXTUAIS
3.1 INTRODUÇÃO
A introdução é uma das principais seções do projeto e do trabalho monográfico.
Na introdução, devemos apresentar o assunto tratado, os objetivos da pesquisa, eoutros elementos necessários para situar o tema e a abrangência de nosso trabalho.
A partir da introdução, nosso leitor poderá identificar os objetivos de nosso trabalho.
3.1.1 PROJETOS
Na introdução do artigo científico, devem constar...
...um breve histórico das origens de nosso trabalho.
...nossas intenções.
...as características e os objetivos do estudo.
...a delimitação do assunto, considerando, se necessário, recortes temporais/espaciais.
...as questões que nos instigaram no âmbito de um determinado fenômeno/evento.
...o que, até o momento, foi investigado por outros estudiosos sobre as questões
propostas em nossa investigação.
...a importância de nossa pesquisa para a área de conhecimento em que ela se insere.
...o que fizemos para investigar o fenômeno/evento estudado.
...os resultados obtidos com nosso trabalho.
...as principais dificuldades que encontramos nas diferentes fases de elaboração da
pesquisa.
3.1.2 MONOGRAFIAS
Na introdução da monografia, devem constar...
...um breve histórico das origens do trabalho.
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4
72
...a apresentação do tema.
...as características e os objetivos de nosso estudo.
...a delimitação do assunto, considerando, se necessário, recortes temporais/espaciais.
...as questões que nos instigaram no âmbito de um determinado fenômeno/evento.
...o que, até o momento, foi investigado por outros estudiosos sobre as questões
propostas em nossa investigação.
...a importância de nossa pesquisa para a área de conhecimento em que ela se insere.
...o que fizemos para investigar o fenômeno/evento estudado.
...os resultados esperados com nosso trabalho.
...as principais dificuldades ou limitações nas diferentes fases de elaboração da pesquisa.
3.2 DESENVOLVIMENTO
Embora o desenvolvimento corresponda à seção mais extensa de um trabalho acadêmico, não
existem formas para determinar seu tamanho ideal.
O desenvolvimento tem de conter informações suficientes para fazer com que nosso leitorcompreenda plenamente o conteúdo tratado em nosso trabalho.
No desenvolvimento, devemos apresentar...
...a temática estudada.
...os objetivos do trabalho.
...as hipóteses que formulamos.
...a fundamentação teórica que deu suporte ao trabalho.
...a descrição de tudo o que fizemos para dar conta desse estudo.
...o alcance, as implicações e as dificuldades encontradas no decorrer da pesquisa.
Face à extensão e ao volume de informações do desenvolvimento, devemos dividi-lo em várias
seções, de modo a facilitar a compreensão do trabalho realizado.
Essa organização não pode ser arbitrária e sem nexo.
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4
73
Devemos submeter os assuntos tratados no desenvolvimento a uma ordem lógica,
articulando suas seções e, consequentemente, elaborando um texto coeso.
3.2.1 ORGANIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
Ao organizarmos o desenvolvimento de nosso trabalho, devemos distinguir...
...o fundamental do acessório.
...a ideia principal das secundárias – o mais do menos importante.
Embora todas as seções do texto devam ser distribuídas de forma equilibrada, devemos salientar
o que é fundamental e o que é essencial em nosso estudo.
A ausência dessa distinção – principal versus secundário – sinaliza que todas as informações têm
o mesmo valor, ou seja...
...que nossas maiores contribuições àquele objeto de estudo são tão importantes e
significativas quanto as contribuições de menor valor.
3.2.2 ESTRUTURAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
Podemos elaborar o desenvolvimento de diferentes formas...
Ao estruturarmos o desenvolvimento, podemos organizar as informações, estabelecendo
oposições, ou seja, articulando questões fundamentais – mas opostas – no enfoque de uma
determinada temática.
Dessa articulação, emergem novas questões, que tanto podem afirmar, complementar,
quanto negar posições anteriores.
Podemos também estruturar o desenvolvimento por progressão – construção de uma sequência
lógica de argumentos, a partir dos quais relacionamos os diferentes elementos que constituem o
foco de nosso trabalho.
Apesar de o desenvolvimento apresentar um grande volume e uma grande variedade de
informações, devemos tentar estruturar seu conteúdo da forma mais objetiva possível.
Contudo, o excesso de subdivisões é tão prejudicial à clareza do texto
quanto sua ausência.
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4
74
3.2.3 SUGESTÕES
Ao estruturarmos o desenvolvimento de nosso trabalho, devemos...
Abrir sempre novos parágrafos...
Para arejar o texto e facilitar sua leitura.
Escrever o que nos vier à cabeça, mas apenas em rascunho...
Ao perceberemos que o ímpeto afastou-nos do núcleo do tema, cabe, então,
eliminarmos as divagações.
Contar com o apoio de nosso orientador...
O orientador deve participar da construção de nosso projeto, de nossa monografia.
Não devemos nos sentir gênios solitários.
Evitar ironias...
Devemos utilizar a linguagem referencial, ainda que, às vezes – mas sem exageros –,
seja útil o emprego de uma metáfora ou, quem sabe, de uma sutil ironia.
Definir sempre um termo, ao usá-lo pela primeira vez...
Se não soubermos defini-lo ou não tivermos segurança para utilizá-lo, devemos evitá-lo.
Só aportuguesar nomes estrangeiros em tradução consagrada...
Por exemplo, Platão, Tomás de Aquino.
3.3 CONCLUSÃO
Na conclusão de nosso trabalho, não devemos expor informações novas, pormenores. Devemos
resumir o que realizamos.
Como fechamento do trabalho, a conclusão deve fazer convergir, de forma sintética,
todas as seções que o constituem.
A conclusão – parte final do trabalho – é...
...uma decorrência de tudo o que realizamos...
...o ponto para onde convergem as análises elaboradas no corpo do trabalho.
Todas as análises e investigações realizadas no trabalho só se justificam em função do que é
afirmado na conclusão, ou seja, das repostas às questões que deram origem a nossa pesquisa.
A conclusão também é uma seção importantíssima...
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4
75
Nesse sentido, tanto o valor da introdução quanto o do desenvolvimento só estão assegurados se
essas seções contribuírem, efetivamente, para a elaboração da conclusão.
3.3.1 FINALIZAÇÃO DO TRABALHO
A conclusão é ainda o espaço em que devemos deixar claro nosso posicionamento sobre o
trabalho que acabamos de realizar.
Contudo, esse ponto de vista deve estar fundamentado nos dados concretos que
coletamos, e não apenas em várias opiniões e preferências.
Uma conclusão pode, simplesmente, sinalizar a necessidade de um refinamento da teoria, dos
métodos de pesquisa, dos instrumentos que deram suporte ao trabalho que realizamos.
Pode ser ainda que, na conclusão, reconheçamos que o mérito de nosso trabalho foi
justamente sugerir novos estudos, apontar relações entre o que concluímos e estudos
registrados em trabalhos anteriores.
3.4 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
UNIDADE 4 – ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
4.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Nos trabalhos acadêmicos, as referências bibliográficas devem ser formatadas de acordo com as
normas da ABNT.
A referência bibliográfica pode ser inserida...
no rodapé;
no fim do capítulo ou da seção;
ao final da parte textual, em uma lista de referências;
antes dos resumos;
antes das resenhas.
4.1.1 ELEMENTOS ESSENCIAIS E COMPLEMENTARES
A referência deve apresentar os elementos essenciais à identificação de uma fonte de informação.
Se necessário, podemos nela introduzir elementos complementares retirados do próprio
documento.
Nem sempre, ao final de um trabalho, chegamos a resultados originais.
Referência bibliográfica é o conjunto de elementos com que podemos
identificar, no todo ou em parte, os documentos apontados em nosso estudo.
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4
76
Caso os elementos essenciais e complementares não estejam disponíveis, podemo-
nos servir de outras fontes de informação, as quais devem ser apresentadas entre
colchetes.
Elementos essenciais...
Informações indispensáveis à identificação do documento, variando, dessa forma, de
acordo com seu tipo.
Elementos complementares...
Juntamente com os essenciais, facilitam a identificação do documento.
4.1.2 AUTOR
Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro do autor nas referências bibliográficas...
autor – pessoa responsável pela criação do texto, do documento;
autor-entidade – instituição responsável pela publicação de um documento que
não tenha autoria pessoal.
4.1.3 TÍTULO
Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro do titulo nas referências bibliográficas...
título – uma palavra, uma expressão ou até mesmo uma frase que define o assunto
ou o conteúdo de um texto;
subtítulo – informação apresentada após o título para poder esclarecê-lo ou
complementá-lo, mas sempre com base no assunto do texto.
4.1.4 EDIÇÃO, LOCAL E DATA
Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro destes elementos nas referências bibliográficas...
edição – composta pelos exemplares produzidos sem alterações a partir de um
original;
local – cidade em que o documento foi editado;
editora – instituição ou pessoa publicadora e responsável pela produção editorial
do documento;
data – ano de publicação do documento, informado em algarismos arábicos.
4.1.5 DESCRIÇÃO FÍSICA, DIMENSÕES E NOTAS
Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro destes elementos nas referências bibliográficas...
descrição física;
dimensões;
notas.
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4
77
4.1.6 MONOGRAFIA, CAPÍTULO, SEÇÃO, SÉRIE, COLEÇÃO, PERIÓDICO
Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro destes materiais nas referências bibliográficas...
monografia – livros, folhetos, manuais, guias, catálogos, enciclopédias, dicionários,
teses, dissertações;
capítulo, seção ou parte – divisões do texto, do documento, com autor ou títulos
individuais;
série e coleção – série ou coleção de materiais;
periódico – coleções, fascículos, números de jornais, de revistas, cadernos, matérias
de um determinado número, volumes, reportagens.
4.1.7 ARTIGO DE REVISTA, BOLETIM, JORNAL, SEPARATA, SUPLEMENTO
Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro destes materiais nas referências bibliográficas...
artigo de revista e boletim – coleções, fascículos, números de jornais, de revistas,
cadernos, matérias de um determinado número, volumes, reportagens;
artigo de jornal – comunicações, editoriais, entrevistas, reportagens, resenhas;
separata – publicação de uma parte de um determinado trabalho pelo próprio
autor ou pelo editor, no intuito de divulgar parte de uma obra;
suplemento – documento que adicionamos a outro com o intuito de complementá-lo.
4.1.8 EVENTO, ILUSTRAÇÃO, PATENTE, IMAGEM EM MOVIMENTO
Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro destes materiais nas referências bibliográficas...
evento – atas, anais, resultados ou trabalho apresentado em um evento;
ilustração – imagens, gravuras, fotos;
patente – registro de propriedade;
imagem em movimento – filmes, vídeos, DVDs.
4.1.9 LEGISLAÇÃO, JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA
Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro destes materiais nas referências bibliográficas...
legislação – constituição, emendas constitucionais, leis complementares e ordinárias,
medidas provisórias, decretos, resoluções do Senado Federal, normas das entidades
públicas e privadas, atos normativos, avisos, comunicados e ordens de serviços;
jurisprudência – súmulas, enunciados, acórdãos, sentenças e outras decisões judiciais;
doutrina – discussões técnicas sobre questões legais.
4.1.10 ICONOGRAFIA, CARTOGRAFIA, SOM, PARTITURA
Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro destes materiais nas referências bibliográficas...
...iconografia – pinturas, gravuras, ilustrações, fotografias, desenhos técnicos,
diapositivos, transparências, cartazes.
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4
78
...cartografia – atlas, mapas, globos, fotos aéreas.
...som – discos, CDs, cassetes, rolos.
...partitura – registro de músicas, impresso, em suporte ou em meio eletrônico.
4.1.11 DOCUMENTO TRIDIMENSIONAL E EM MEIO ELETRÔNICO
Acesse, no ambiente on-line, a forma de registro destes materiais nas referências bibliográficas...
documento tridimensional – esculturas, maquetes, objetos, fósseis, esqueletos,
objetos de museus, animais empalhados, monumentos;
documento em meio eletrônico – disquete, CD-ROM, DVD;
documento de acesso exclusivo em meio eletrônico – bases de dados, listas de
discussões, sites, arquivos em disco rígido, programas, mensagens eletrônicas.
4.1.12 ORDENAÇÃO DAS REFERÊNCIAS
Podemos ordenar as referências bibliográficas tanto pelo sistema numérico quanto pelo sistema
alfabético...
sistema numérico – as referências devem aparecer na mesma ordem das citações
do texto, numeradas de forma crescente;
sistema alfabético – as referências podem ser listadas ao final de um capítulo, de
uma seção ou ao final do trabalho;
as entradas devem coincidir com as entradas das citações do texto;
as referências são alinhadas à esquerda, com espaço simples para a mesma referência,
mas com espacejamento duplo entre uma e outra;
se as referências aparecem em notas de rodapé, a segunda linha começa na mesma
margem da primeira, com a numeração sobrescrita e sem espaço entre o número
e a referência em si;
a pontuação segue padrões internacionais, e as abreviaturas as normas da NBR
10522.
4.1.13 ELEMENTOS ESSENCIAIS E COMPLEMENTARES
Devemos apresentar os elementos essenciais e complementares da referência em uma sequência
padronizada.
Um recurso tipográfico – negrito, itálico, sublinhado –, deve ser utilizado para destacar
o título da fonte, ou seja, devemos utilizar o mesmo padrão, ao elaborar todas as
referências de um trabalho.
Dessa forma, a inclusão dos elementos complementares deve-se pautar também nesse padrão.
O recurso tipográfico fica a sua escolha.
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4
79
4.1.14 ABREVIATURAS
A primeira vez que uma obra é referenciada em um trabalho, sua fonte bibliográfica deve ser
apresentada de forma completa.
A partir daí, podemos simplificar sua especificação, fazendo uso, porém, dos seguintes
elementos...
‘Idem’...
Mesmo autor, simbolizado por Id. – só podemos utilizá-lo na mesma página da citação
a que se refere.
Traço sublinear equivalente a seis espaços e um ponto...
Mesmo autor – para utilizarmos este elemento, a referência deve figurar imediatamente
abaixo da que apresenta o autor da obra.
‘Ibidem’...
Mesma obra, simbolizado por Ibid. – só podemos utilizá-lo na mesma página da citação
a que se refere.
Traço sublinear equivalente a seis espaços e um ponto...
Mesma obra – para utilizarmos este elemento, a referência deve figurar imediatamente
abaixo da que apresenta o autor e o título da obra.
‘Opus citatum, opere citato’...
Obra citada, simbolizado por op. cit. – só podemos utilizá-lo na mesma página da
citação a que se refere.
‘Passim’...
Aqui e ali ou em diversas passagens, simbolizado por passim.
‘Loco citato’...
No lugar citado, simbolizado por loc. cit.
Confira, confronte...
Simbolizado por Cf. – só podemos utilizá-lo na mesma página da citação a que se
refere.
‘Sequentia’...
Seguinte ou que se segue, simbolizado por et seq.
‘Apud’...
Citado por ou conforme ou segundo, simbolizado por apud – só podemos utilizá-lo no
texto ou no rodapé da página.
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4
80
4.2 GLOSSÁRIO E APÊNDICE
O glossário – elemento pós-textual opcional – é uma listagem em que fornecemos o significado
de palavras ou expressões referentes a termos técnicos, científicos. Devemos inseri-lo depois das
referências bibliográficas, com seu início no anverso da página.
O apêndice é um elemento opcional, tanto para o projeto de pesquisa quanto para o trabalho
monográfico.
Devemos identificar o apêndice por letras maiúsculas, consecutivas, seguidas de travessão e dos
respectivos títulos...
APÊNDICE A – Projeto monográfico de conclusão de curso de graduação.
APÊNDICE B – Monografia de conclusão de curso de graduação.
Podemos apresentar na forma de apêndices...
questionários impressos;
modelos de formulários;
detalhes de análises estatísticas;
descrição adicional de metodologia;
ilustração que apenas teste a qualidade ou a quantidade do material utilizado.
4.3 ANEXOS
Os anexos – elementos pós-textuais – introduzem materiais que possibilitam ao leitor maior
entendimento de nosso trabalho.
Devemos inserir, nos anexos, qualquer material que documente, esclareça, prove,
confirme nossas ideias.
Normalmente, o conteúdo dos anexos refere-se...
às ilustrações que não são diretamente citadas nos textos;
às descrições de equipamentos, técnicas e processos, se for necessário ressaltar,
em pormenores, seus aspectos ou discriminar procedimentos de uma técnica
específica ou um programa utilizado;
ao material de acompanhamento que não pode ser incluído livremente no corpo
do projeto/relatório, quer pela forma de apresentação, quer por sua extensão;
aos modelos de formulários ou impressos citados no texto.
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4
81
4.3.1 REGISTRO DOS ANEXOS
No registro dos anexos, temos de considerar...
Identificação...
Devem ser identificados por meio de letras maiúsculas consecutivas e seus respectivos
títulos.
Seções...
Devem ser numeradas progressivamente por algarismos arábicos precedidos da letra
maiúscula que identifica o anexo...
Anexo A – Modelo de formulário;
A.1 – Introdução;
A.2 – Desenvolvimento.
Ilustrações...
Devem ser numeradas independentemente das numerações das ilustrações textuais,
sendo estes números precedidos da letra maiúscula correspondente ao anexo...
Tabela A.5 – Opções de resposta;
Figura B.4 – Gabaritos.
4.4 ÍNDICE
O índice – elemento pós-textual opcional – sinaliza a localização das informações ou dos assuntos
contidos em nosso trabalho. O índice pode ser...
Índice geral...
Relaciona, em ordem alfabética, os diversos assuntos, nomes, lugares... contidos no
projeto/relatório com os respectivos números das páginas – ou indicativos de seções.
Índice cronológico...
Agrupa nomes e fatos importantes em relação cronológica de anos, períodos ou épocas.
Índice sistemático...
Agrupa assuntos, nomes, espécies... em relação preparada de acordo com um sistema
de classificação.
Índice onomástico...
Reúne, alfabeticamente, personagens, autores e autoridades citados ao longo do
projeto/relatório.
4.5 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4
82
UNIDADE 5 – CARACTERÍSTICAS DO TEXTO
5.1 DIGITAÇÃO
Ao digitar nosso trabalho, devemos...
utilizar fonte preta sobre papel branco;
utilizar fonte corpo 12 para o texto;
utilizar fonte de corpo 10 para citações longas, notas de rodapé, paginação e
legendas – das ilustrações, dos apêndices e dos anexos;
utilizar fontes mais comuns como Arial ou Times New Roman;
alinhar o texto de forma justificada.
Devemos apresentar os trabalhos acadêmicos no anverso de folha branca – com exceção
apenas da folha de rosto, cujo verso deve conter a ficha catalográfica – no formato A4, ou seja,
210 mm X 297 mm.
5.2 IMPRESSÃO
A encadernação deve possibilitar uma fixação resistente ou durável, firmando o lado esquerdo do
documento.
As capas devem ser resistentes o suficiente para protegerem o texto por um tempo
razoável.
No caso de capas coloridas, o contraste entre a capa e a impressão não deve ser
sensivelmente inferior ao contraste da tinta preta sobre o papel branco.
5.3 PAGINAÇÃO
Devemos começar a numeração na primeira folha da parte textual, ou seja, na introdução...
em algarismo arábico;
no canto superior direito da folha, a 2.0 cm da borda superior;
com o último algarismo do número de página também a 2.0 cm da borda direita da
folha.
A numeração sequencial deve continuar até o final do artigo científico. Se o trabalho tiver mais de
um volume, deve ser mantida uma única sequência de numeração das folhas, do primeiro ao
último volume.
5.3.1 SEÇÕES PRIMÁRIAS
Não há um número definido de páginas para os trabalhos acadêmicos. Contudo, devemos estar
atentos aos objetivos e ao equilíbrio das várias seções do texto, pois o que conta nesses trabalhos
é o bom senso.
Não devemos, simplesmente, fixar as páginas no alto, à esquerda.
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4
83
As páginas que iniciam seções primárias – títulos de partes ou capítulos – não devem
ser numeradas. Dessa forma, não devemos inserir numeração nas seguintes páginas...
capa;
folha de rosto;
errata;
folha de aprovação;
dedicatória;
agradecimento;
epígrafe;
resumo na língua vernácula;
resumo em língua estrangeira;
lista de ilustrações;
lista de abreviaturas e siglas;
lista de símbolos;
sumário;
páginas capitulares.
5.4 MARGENS
Normalmente, no texto científico, formatamos as margens da seguinte forma...
margem esquerda e superior = 3.0 cm;
margem direita e inferior = 2.0 cm.
5.5 PARÁGRAFO E ESPACEJAMENTO
O mais usual é o parágrafo americano, em que uma linha é deixada em branco entre os parágrafos,
o início da linha se dá a partir da margem esquerda, sem espaços em branco.
Nos parágrafos tradicionais – entre os quais não existem linhas vazias, devemos iniciar
a digitação a partir do 5º espaço, contado a partir da margem esquerda da página.
Nos títulos de capítulos e de seções que iniciam uma página, devemos observar 8 cm entre a
borda superior da folha e o referido título.
Devemos formatar o espacejamento entre linha em 1,5.
O espaço simples fica para...
as citações longas;
as notas;
as legendas das ilustrações, dos apêndices e dos anexos;
as informações da natureza do trabalho na folha de rosto;
a ficha catalográfica;
o resumo;
as referências bibliográficas.
Introdução à Metodologia do Trabalho CientíficoM Ó D U L O 4
84
5.6 TÍTULOS
Como o primeiro contato do leitor com o texto se dá por meio dos títulos, devemos, criteriosamente,
selecionar as palavras que os constituem.
Nos títulos de capítulos ou de seções, devemos resumir os elementos mais significativos
do conteúdo do texto que encabeçam.
Os títulos devem ser curtos, de modo a expressar – objetiva e sinteticamente – o que estamos
tratando naquela parte do texto.
5.7 NUMERAÇÃO DAS SEÇÕES
Os títulos sem indicativo numérico – errata, agradecimentos, listas, resumo, sumário, referências
bibliográficas, glossário, apêndices, anexos, índices – devem ser centralizados.
Os elementos sem título e sem indicativo numérico são...
capa;
folha de rosto;
folha de aprovação;
dedicatória;
epígrafe.
5.7.1 INDICATIVO DE SEÇÕES
Cada seção deve ser marcada por um número ou grupo numérico – em algarismos arábicos –
anteposto a cada seção.
O indicativo de seções primárias segue a sequência numérica dos números inteiros,
iniciando-se com 1.
É por meio dos títulos que criamos, no leitor, expectativas sobre o que será
apresentado em nosso trabalho.
O indicativo numérico de uma seção precede seu título, separado por um
espaço de caractere.
Todos os títulos são alinhados à esquerda.
Introdução à Metodologia do Trabalho Científico M Ó D U L O 4
85
seção
primária
seção
secundária
seção
ternária
seção
quaternária
seção
quinária
1 1.1 1.1.1 1.1.1.1 1.1.1.1.1
2 1.2 1.1.2 1.1.1.2 1.1.1.1.2
3 1.3 1.1.3 1.1.1.3 1.1.1.1.3
4 1.4 1.1.4 1.1.1.4 1.1.1.1.4
5 1.5 1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.1.5
A seção secundária é constituída pelo indicativo da seção primária a que pertence, seguido do
número que lhe for atribuído na sequência do assunto separado por um ponto...
Devemos iniciar cada seção primária em uma nova página, e todas as seções devem ser numeradas.
Os títulos das seções devem ser destacados gradativamente, usando-se, racionalmente,
os recursos da caixa alta, negrito, itálico...
5.8 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
UNIDADE 6 � CITAÇÕES E NOTAS
6.1 CITAÇÕES
As citações podem ser formatadas em itálico ou entre aspas duplas.
As aspas simples devem ser utilizadas para citações dentro de outras citações.
Se curtas � até três linhas �, podem ser inseridas no corpo do texto ou como nota de
rodapé.
Se extensas, devemos deixá-las fora de nosso texto, iniciando-as no próximo parágrafo.
Além disso, a margem esquerda para as citações deve ser de 4.0 cm, e a letra deve ser menor que
a do texto.
As citações são constituídas de informações que podemos extrair de diferentes fontes
bibliográficas.
As citações extensas não devem figurar entre aspas.
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6.2 TIPOS DE REFERÊNCIAS
Nas citações, podemos fazer as seguintes referências...
Citação textual...
Transcrevemos literalmente um segmento de texto indicando – em seu final, em nota
de rodapé, em uma lista ao final do trabalho – a obra, o autor, a data e, separadas por
vírgula, as páginas de onde foi retirada, precedidas de p.
Devemos marcar...
com reticências e entre colchetes as porções de textos que foram excluídas;
com colchetes, os acréscimos ou os comentários que fizermos;
em negrito ou itálico, as passagens que queremos destacar, incluindo a
expressão grifo nosso, ainda dentro dos parênteses;
ressaltar as expressões destacadas pelo autor com grifo do autor.
Citação livre...
Transcrevemos um segmento de texto em que preservamos o conteúdo, mas não a
forma, isto é, parafraseamos, incorporamos esse segmento a nosso discurso.
Devemos mencionar a fonte de onde esse segmento foi extraído. Contudo, a
especificação da página da fonte é facultativa.
Citação mista...
Transcrevemos parte do segmento de texto literalmente – em itálico ou entre aspas –,
complementado-o com nossas próprias palavras.
Citação de citação...
Transcrevemos somente uma citação – textual ou livre – de um texto, sem que tenhamos
acesso ao texto original.
6.3 ALGUMAS REGRAS
Quando traduzimos uma citação, devemos incluir – ainda dentro dos parênteses – a expressão
tradução nossa.
Nas citações de obras, o sobrenome do autor, a instituição responsável ou o título
incluído na sentença devem figurar em letras maiúsculas e minúsculas.
Entretanto, quando estiverem entre parênteses, devem aparecer em letras maiúsculas.
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6.3.1 MAIS ALGUMAS REGRAS
Quando a citação faz referência a uma palestra, a um debate, isto é, a informações obtidas de
forma oral, devemos indicar esse tipo de fonte colocando – após a citação e entre parênteses – a
expressão informação verbal.
Na nota de rodapé correspondente, mencionamos os dados disponíveis.
Quando a citação faz referência a uma obra ainda inacabada, – ainda em fase de
elaboração, devemos indicar essa informação colocando, após a citação e entre
parênteses, a expressão em fase de elaboração.
Devemos mencionar, em nota de rodapé, não só os dados disponíveis sobre a fonte como também
o fato de a obra ainda não ter sido editada.
6.4 OUTRAS REGRAS
Em relação às citações, há ainda algumas regras que devemos observar...
Nome do autor da obra ou instituição por ela responsável...
Caso a citação seja textual, devemos acrescentar, entre parênteses, a data e, separadas
por vírgula, as páginas da citação – estas precedidas de p.
Caso a citação seja livre, a indicação das páginas é opcional.
Autores de diferentes obras com o mesmo sobrenome...
Acrescentamos as iniciais de seus prenomes separadas por vírgula do sobrenome
comum.
Caso os prenomes se iniciem pela mesma letra, podemos escrevê-los por extenso na
mesma posição das iniciais.
Mesmo autor com diferentes obras em um mesmo ano...
Acrescentamos letras minúsculas, sem espacejamento e em ordem alfabética, após a
data.
Mesmo autor com diferentes obras em anos diferentes...
Separamos as datas por vírgulas e em ordem cronológica de publicação.
Diferentes citações livres, de diferentes autores, ao mesmo tempo...
Separamos por ponto e vírgula em ordem alfabética – todas dentro dos mesmos
parênteses.
O uso do ponto final ao término das citações deve seguir as regras gramaticais.
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6.5 CHAMADAS DAS CITAÇÕES
Para fazermos as chamadas das citações, podemos utilizar dois sistemas...
sistema numérico;
sistema autor-data.
Seja qual for o sistema escolhido, devemos utilizá-lo em todo o trabalho.
6.5.1 SISTEMA NUMÉRICO
No sistema numérico, utilizamos uma numeração única e crescente que nos remete à lista de
referências anexada ao final do trabalho, do capítulo ou da seção.
As referências devem aparecer na mesma ordem em que as citações aparecem ao longo do
texto.
A numeração pode aparecer...
...entre parênteses e alinhada com o texto.
...sobrescrita – podemos dispensar o uso dos parênteses.
Contudo, em ambos os casos, a numeração deve figurar após o final da citação – incluindo as
aspas, caso haja.
Não devemos utilizar esse sistema quando nos servimos de notas de rodapé, já que poderíamos
confundir a numeração das referências bibliográficas com a numeração das notas.
6.5.2 SISTEMA AUTOR-DATA
No sistema autor-data, indicamos a fonte sempre entre parênteses...
...caso a citação seja textual, o sobrenome do autor ou o nome da instituição responsável
pela publicação é indicado até o primeiro sinal de pontuação. A data e as páginas são
separadas por vírgula.
...caso a citação seja livre, a especificação das páginas é opcional.
...caso a citação seja textual e não conheçamos o autor ou a instituição responsável
pela publicação, a primeira palavra do título da obra é seguida por reticências, e a data
e as páginas da citação são separadas por vírgula.
Acertar aqui é só uma questão de atenção.
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...caso a citação seja livre e não conheçamos o autor ou a instituição responsável pela
publicação, a especificação das páginas é opcional.
...caso o título da obra se inicie por um artigo – definido ou indefinido – ou por um
monossílabo, devemos incluí-los na indicação da fonte.
6.6 NOTAS
Usadas – sem exagero, para não fragmentar a leitura de nosso trabalho – as notas, tanto de rodapé
quanto as de final de capítulo ou parte, são práticas, já que nos possibilitam eliminar informações
secundárias do corpo do texto.
A nota – seja ela de que tipo for – deve sempre aparecer com uma letra menor do que
a utilizada em todo o texto.
A referência sempre é feita por meio de uma numeração única e crescente para cada
capítulo ou parte do trabalho, isto é, a cada capítulo ou parte, a contagem das notas
recomeça.
6.6.1 TIPOS DE NOTAS
Para as notas, utilizamos a seguinte classificação...
Notas de referência...
Podemos fazer referência aos autores e às obras das citações feitas no texto – essas
obras devem constar também da bibliografia do trabalho – ou podemos remeter o
leitor a outras partes do trabalho em que o assunto seja abordado também.
Notas de rodapé...
Podemos fazer indicações, observações ou aditamentos, assim como incluir as traduções
das citações.
Essas notas podem aparecer na margem esquerda ou na margem direita da mancha
gráfica, mas devem ser alinhadas à esquerda.
Notas explicativas...
Podemos esclarecer ou explicar algo que esteja sinalizado no texto pelo sistema
numérico.
Normalmente, essas explicações não podem ou não devem fazer parte do texto.
Não deve haver espaço entre a numeração sobrescrita e a nota em si.
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6.7 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
UNIDADE 7 – CENÁRIO CULTURAL
Acesse, no ambiente on-line, o cenário cultural deste módulo.
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MÓDULO 5 – ENCERRAMENTO
APRESENTAÇÃO
Sabemos que o novo – e a disciplina que você terminou de cursar enquadra-se em uma modalidade
de ensino muito nova para todos nós, brasileiros – tem de estar sujeito a críticas... a sugestões... a
redefinições. Por estarmos cientes desse processo, contamos com cada um de vocês para nos
ajudar a avaliar nosso trabalho.
Então? Preparado?