introduÇÃo a histÓria das ciÊncias e da fÍsica … · dividimos no decorrer desses anos, tanto...

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JAQUELINE JERÔNIMO SOUZA CABRAL INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS E DA FÍSICA COMO INSTRUMENTO DE MOTIVAÇÃO PARA O APRENDIZADO DE FÍSICA JI-PARANÁ, RO JULHO DE 2015

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Page 1: INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS E DA FÍSICA … · dividimos no decorrer desses anos, tanto no aprendizado quanto no dia-a-dia. Alem de todos os colegas que estiveram presentes

JAQUELINE JERÔNIMO SOUZA CABRAL

INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS E DA FÍSICA COMO

INSTRUMENTO DE MOTIVAÇÃO PARA O APRENDIZADO DE FÍSICA

JI-PARANÁ, RO

JULHO DE 2015

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JAQUELINE JERÔNIMO SOUZA CABRAL

INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS E DA FÍSICA COMO

INSTRUMENTO DE MOTIVAÇÃO PARA O APRENDIZADO DE FÍSICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Departamento de Física de Ji-Paraná,

Universidade Federal de Rondônia, Campus de

Ji-Paraná, como parte dos quesitos para a

obtenção do Título de Licenciada em Física,

sob orientação do Prof. Dr. João Batista Diniz

e co-orientação da Prof.ª Esp.Yara Gomes de

Souza Diniz.

JI-PARANÁ, RO

JULHO DE 2015

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE

RONDÔNIA

CAMPUS DE JI-PARANÁ

DEPARTAMENTO DE FÍSICA DE JI-PARANÁ

DEFIJI

ATA DE AVALIAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DO CURSO

DE LICENCIATURA PLENA EM FÍSICA.

Aos nove dias do mês de Julho do ano de 2015, às 14:30hs, no Campus da Unir de Ji-Paraná,

reuniu-se a Banca Julgadora composta pelo professor orientador João Batista Diniz e pelos

examinadores Walter Trennepohl Júnior e Queila da Silva Ferreira, para avaliarem o Trabalho

de Conclusão de Curso, do Curso de Licenciatura Plena em Física, intitulado

“INTRODUÇÃO A HISTORIA DAS CIÊNCIAS E DA FÍSICA COMO

INSTRUMENTO DE MOTIVAÇÃO PARA O APRENDIZADO DE FÍSICA”, da

discente Jaqueline Jerônimo Souza Cabral. Após a apresentação, a candidata foi arguida

pelos integrantes da Banca Julgadora por quarenta (20) minutos. Ao final da arguição, a

Banca Julgadora, em sessão reservada, aprovou a candidata com nota 9,0 (nove inteiros), em

uma avaliação de 0 (zero) a 10 (dez). Nada mais havendo a tratar, a sessão foi encerrada às 15

horas e 25 minutos, dela sendo lavrada a presente ata, assinada por todos os membros da

Banca Julgadora.

_______________________________________________________

Prof. Dr. João Batista Diniz – DEFIJI/CJP/UNIR

Orientador

_______________________________________________________

Prof. Dr. Walter Trennenpoll Junior – DEFIJI/CJP/UNIR

_______________________________________________________

Profª. Dra. Queila da Silva Ferreira – DEFIJI/CJP/UNIR

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DEDICATÓRIA

À minha mãe Rosinha e ao meu Pai Braz.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus Pai, Filho e Espírito Santo, pela força, misericórdia,

pelo cuidado e pelo amor a todos nós.

Agradeço em especial a minha Mãe Rosinha, minhas amigas Mislaine e Valdeide, meu

namorado Luan, pois contribuíram grandemente na elaboração do trabalho, além de me

aguentarem nos dias bons e ruins, amo muito vocês.

Agradeço ao meu Orientador João Batista Diniz e a minha co-orientadora Yara Gomes

de Sousa Diniz pelos auxílios e empenhos, tanto nas orientações do trabalho quanto como

mestres.

Agradeço aos Pastores, Lideres e irmãos da Igreja Redenção G12, pelas orações e

apoio.

Agradeço aos professores Walter e Carlos que estiveram à frente do PIBID nos anos

em que participei desse projeto que foi muito importante para minha formação, bem como

todos os colegas bolsistas que também compartilharam dessa experiência.

Agradeço a todos os professores do departamento de física pela dedicação.

Agradeço aos meus familiares que me apoiaram e incentivaram, em especial meu Pai

Braz, minha tia Cristina e meus primos Mailson e Bruno.

Agradeço em especial às amigas Luciene, Jessica, Nilza, Monique, Clauane, Janileide,

Sabrina, Leane, aos amigos Franklis, Wagner, Artur, Jessé, por todos os momentos que

dividimos no decorrer desses anos, tanto no aprendizado quanto no dia-a-dia. Alem de todos

os colegas que estiveram presentes durante o curso.

Agradeço as escolas participantes da pesquisa pela disponibilidade e atenção, em

especial ao professor Doerte por toda dedicação e esforço.

Agradeço a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a minha formação.

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A maravilhosa disposição e harmonia do universo só

pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo

sabe e tudo pode. Isso fica sendo a minha última e mais

elevada descoberta.

Isaac Newton

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RESUMO

As dificuldades no ensino e na aprendizagem de física são comuns no Ensino Médio, tendo

em vista tal situação o presente trabalho traz como principal intuito apresentar uma introdução

a História das Ciências e da Física (HCF) tendo como finalidade sua aplicação no ensino

médio, pois a história da física é pouco utilizada nesse nível de ensino, uma vez sabendo que

pode vir a ser uma ferramenta que contribui para melhorar o ensino-aprendizado. Para tanto,

apresenta-se em primeiro lugar, a importância da HCF no ensino, na sequência o

levantamento dos temas escolhidos para a aplicação que se deu através de um seminário

apresentado aos alunos. Tendo em vista atingir tal objetivo, a opção metodológica de pesquisa

adotada é a exploratória. Para o referencial teórico do desenvolvimento da metodologia

aplicada, são utilizadas as considerações de Moreira (1999, 2006) para a Teoria da

Aprendizagem Significativa desenvolvida por Ausubel (1963, 1968, 1978). Como universo da

pesquisa, foram escolhidas turmas de 1º ANO e 2º ANO do ensino médio de duas escolas do

município de Ji-Paraná, para investigar o uso da HCF e sua aplicação. Em resultado,

constatou-se que ao transmitir a HCF como metodologia para o ensino de física, percebe-se

que os alunos que assistiram ao seminário apresentaram uma melhora na motivação em

estudar física, mostrando assim que esse recurso pode ser inserido em sala de aula.

Palavras-chave: História das Ciências e da Física. Motivação. Ensino-aprendizagem.

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ABSTRACT

The difficulties in teaching and learning physics in High School are common, and in view of

this condition, the following work has the main intention to present an introduction and a

History of the Sciences and of Physics (HCF). Having the goal to apply this to High School,

since the history of Physics is hardly used within this level of teaching, knowing that this

method may come to be a tool that contributes to improving learning and teaching. For such,

we present in first place the importance of HCF in teaching, following the raising of the

chosen themes for an application that has come through a seminary presented to the students.

In view of reaching that objective, the methodological option of research adopted is the

exploratory one. To the theoretical referential of the applied methodological development, we

use the considerations of Moreira (1999, 2006) for a Theory of Significative Learning

developed by Ausubel (1963, 1968, 1978). As research universe, were chosen the first and

second year classes of High School of two schools in the city of Ji-Paraná, to investigate the

use of HCF and its application. In result, it has been observed that transmitting the HCF as a

teaching methodology for physics, we noticed that the students that attended the seminary

have presented an improve in motivating to study physics, showing that this resource can be

inserted in the classes.

Keyword: History of Science and Physics. Motivation. Teaching and learning.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: séries e quantidade de alunos pesquisados. ......................................................... 59

Quadro 2: series e quantidade de alunos pesquisados no Colégio União. ............................. 70

Quadro 3: respostas do Colégio União para a questão 6 do QB. ......................................... 72

Quadro 4: séries e quantidade de alunos pesquisados na Escola Marcos Bispo. .................. 75

Quadro 5: resultados da Questão 6 do QB, Escola Marcos Bispo. ....................................... 76

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: resultados do 1º Ano para a Questão 4 do QA..................................................... 61

Gráfico 2: resultados do 2º Ano para a Questão 4 do QA. .................................................... 62

Gráfico 3: resultados do Colégio União para a Questão 6 do QA. ........................................ 62

Gráfico 4: resultados do Colégio União para a Questão 8 do QA. ........................................ 63

Gráfico 5: resultados do Colégio União para a Questão 10 do QA. ...................................... 64

Gráfico 6: resultados do 1º Ano da escola Marcos Bispo para a Questão 4 do QA. .............. 65

Gráfico 7: resultados do 2º Ano da escola Marcos Bispo para a Questão 4 do QA.; ............. 65

Gráfico 8: resultados da escola Marcos Bispo para a Questão 6 do QA. .............................. 66

Gráfico 9: resultados da escola Marcos Bispo para a Questão 8 do QA. .............................. 67

Gráfico 10: resultados da escola Marcos Bispo para a Questão 10 do QA. ........................... 67

Gráfico 11: resultados do 1° Colégio União para a Questão 5 do QB................................... 71

Gráfico 12: resultados do 2° ano Colégio União para a Questão 6 do QB. ........................... 72

Gráfico 13: resultado do Colégio União para a Questão 7 do QB......................................... 73

Gráfico 14: resultados do 1° ano Colégio União para a Questão 8 do QB. ........................... 74

Gráfico 15: resultados do 2° ano Colégio União para a Questão 8 do QB. ........................... 74

Gráfico 16: resultados do 1° ano da Escola Marcos Bispo para a Questão 5 do QB. ............ 75

Gráfico 17: resultados do 2° ano da Escola Marcos Bispo para a Questão 5 do QB. ............ 76

Gráfico 18: resultados da Escola Marcos Bispo para a Questão 7 do QB. ............................ 77

Gráfico 19: resultados do 1° ano da Escola Marcos Bispo para a Questão 8 do QB. ............ 78

Gráfico 20: resultados do 2° ano da Escola Marcos Bispo para a Questão 8 do QB. ............ 79

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: os antigos e a astronomia. .................................................................................... 34

Figura 2: A escola de Aristóteles, afresco de Gustav Adolph Spangenberg, 1883-1888. ...... 36

Figura 3: termômetro florentino. ......................................................................................... 37

Figura 4: Aristóteles pintura de Francesco Hayez,1811. ...................................................... 39

Figura 5: Aristóteles ensinando Alexandre, o Grande gravura de Charles Laplante 1866. .... 40

Figura 6: Archimedes Thoughtful, pintura de Domenico Fetti (1620). ................................. 41

Figura 7: Nicolaus Copernicus Tornaeus Borussus Mathematicus 1597, por Theodor de Bry e

Jean-Jacques Boissard. ......................................................................................................... 43

Figura 8: Universo heliocêntrico Harmonia Macrocosmica 1660, Autor Andreas Cellarius. 44

Figura 9: Johannes Kepler (1610), autor Desconhecido. ...................................................... 45

Figura 10: Galileu Galilei, por Justus Sustermans 1636. ...................................................... 47

Figura 11: mapa da Itália. ................................................................................................... 48

Figura 12: Newton retratado por Godfrey Kneller, 1689 (com 46 anos de idade)................. 49

Figura 13: Albert Einstein1921, fotografia oficial do Prêmio Nobel de Física. .................... 53

Figura 14: alunos do Colégio União respondendo os questionários. .................................... 60

Figura 15: alunos do Marcos Bispo respondendo os questionários. .................................... 60

Figura 16: apresentação do seminário no Colégio União. .................................................... 69

Figura 17: apresentação do seminário na Escola Marcos Bispo. .......................................... 69

Figura 18: continuação da apresentação do seminário na Escola Marcos Bispo. .................. 70

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 23

2 CONTRIBUIÇÕES DA HFC PARA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA .......... 25

2.1 A TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA .................................................. 25

2.2 A HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS E DA FÍSICA E SUAS CONTRIBUIÇÕES NO

ENSINO..... ......................................................................................................................... 27

3 INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS E DA FÍSICA .................................. 33

3.1 HISTÓRIA DE ALGUNS CONTEÚDOS ESTUDADOS NAS AULAS DE FÍSICA NO

ENSINO MÉDIO REGULAR.............................................................................................. 33

3.1.1 História da astronomia .............................................................................................. 34

3.1.2 História da mecânica ................................................................................................. 35

3.1.3 História da termodinâmica ....................................................................................... 36

3.1.4 História da ótica ........................................................................................................ 38

3.2 HISTÓRIAS DE ALGUNS CIENTISTAS ..................................................................... 38

3.2.1 Aristóteles .................................................................................................................. 39

3.2.2 Arquimedes................................................................................................................ 41

3.2.3 Nicolau Copérnico ..................................................................................................... 42

3.2.4 Johannes Kepler ........................................................................................................ 45

3.2.5 Galileu Galilei ............................................................................................................ 46

3.2.6 Isaac Newton.............................................................................................................. 49

3.2.7 Albert Einstein........................................................................................................... 50

4 METODOLOGIA ........................................................................................................... 55

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO UNIVERSO DA PESQUISA ............................................... 55

4.1.1 Colégio União ............................................................................................................ 55

4.1.2 Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Marcos Bispo da Silva .............. 56

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4.2 OPÇÃO METODOLÓGICA.......................................................................................... 56

4.3 COLETA DE DADOS ................................................................................................... 57

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................... 59

5.1 ANÁLISE INVESTIGATIVA DO ENSINO DE FÍSICA NAS DUAS ESCOLAS

PESQUISADAS .................................................................................................................. 59

5.1.1 Análise Investigativa: Colégio União ........................................................................ 61

5.1.2 Análise Investigativa: Escola Estadual E. F. M. Marcos Bispo ............................... 64

5.2 APLICAÇAO DO SEMINÁRIO SOBRE HISTORIA DAS CIÊNCIAS E DA FÍSICA E

ANÁLISE DE DADOS........................................................................................................ 68

5.2.1 Análise A Partir Do Seminário: Colégio União ........................................................ 70

5.2.2 Análise A Partir Do Seminário: Escola Estadual E. F. M. Marcos Bispo Da Silva 75

6 CONSIDERAÇOES FINAIS .......................................................................................... 81

REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 83

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO A............................................................................... 85

APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO B ............................................................................... 87

ANEXO A – TERMOS DE AUTORIZAÇÕES INSTITUCIONAIS .............................. 89

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1 INTRODUÇÃO

O ensino da História das ciências vem sendo abordado atualmente por vários

pesquisadores como um recurso na aprendizagem, pois é uma área que está em

desenvolvimento, no ensino de física não seria diferente, uma vez que a história da física está

inclusa na história das ciências podendo assim se verificar uma melhoria no ensino com a

união das mesmas. O presente trabalho traz como proposta apresentar uma alternativa que

auxilie professores e alunos com base na teoria da aprendizagem significativa de forma a

utilizar a História das Ciências e da Física (HCF) como ferramenta didática para o ensino da

física, pois o ensino da história seria uma maneira diferenciada de abordar física, visando

despertar o interesse do aluno pelo aprendizado, não somente através de fórmulas e conteúdos

teóricos, porém de uma maneira mais atrativa.

Os subsídios da HCF na educação estarão dispostos no referencial teórico do Capítulo

2, onde será visto o que é aprendizagem significativa e de que forma a HCF contribui para

que a mesma aconteça nas aulas de física. Para que o leitor tenha mais conhecimento da

História em si, no Capítulo 3 está disposta uma introdução a História das Ciências e da Física

(HCF), abordando a história de alguns temas estudados em física nas primeiras séries do

ensino médio, bem como a história de alguns cientistas exposta através de breves biografias.

No Capítulo 4, apresenta-se a metodologia utilizada para a realização da pesquisa,

justificando a opção metodológica, caracterizando o universo da pesquisa, além de apresentar

o instrumento da coleta de dados.

No Capítulo 5 estão as análises investigativas sobre o decorrer do ensino de física nas

séries escolhidas das escolas participantes da pesquisa, para observar se a HCF é utilizada nas

aulas, como está o interesse dos alunos sobre o tema e o que pensam sobre a sua importância.

Estão dispostas no Capítulo 6 as informações sobre o seminário aplicado aos alunos e os

resultados obtidos após a apresentação, contendo as opiniões dos alunos sobre o Seminário. E

nas Considerações Finais, buscou-se analisar os efeitos da HFC na motivação dos alunos,

como também, trazer uma síntese dos resultados dessa pesquisa. Tendo em vista o exposto, o

objetivo principal desse estudo foi propor a HCF como uma ferramenta no auxílio da

aprendizagem de física, bem como avaliar os seus benefícios para os alunos.

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2 CONTRIBUIÇÕES DA HFC PARA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

A Historia das Ciências e da Física (HCF) tem certa influência sobre o ensino, pois ela

pode auxiliar no processo da assimilação dos conteúdos físicos servindo assim como um

suporte para uma aprendizagem significativa. Moreira (1999) em seus estudos sobre

aprendizagem diz que para Ausubel a aprendizagem significativa é um processo humano, por

meio do qual se adquiri e armazena a vasta quantidade de ideias e informações representadas

em qualquer campo de conhecimento.

2.1 A TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

Marco Antonio Moreira é especialista na teoria da aprendizagem significativa, e

possui muitos livros publicados na área. Em seus livros mostra diferentes dimensões da

aprendizagem significativa.

Este autor por sua vez define que para que a aprendizagem significativa defendida por

Ausubel ocorra, o material deve ser potencialmente significativo e o aprendiz tem de

manifestar uma disposição para aprender (MOREIRA 2006). A primeira dessas condições

implica que o material tenha significado lógico e que o aprendiz tenha disponíveis em sua

estrutura cognitiva, subsunçores específicos com os quais o material seja relacionável.

A teoria de Ausubel define ainda que um conceito subsunçor é, por conseguinte, uma

consideração presente na estrutura cognitiva, que servirá para ligar este conceito já existente

na estrutura cognitiva a um novo conhecimento em caráter de que este adquira, conforme

Moreira:

Assim, a aprendizagem significativa ocorre quando novos conceitos, ideias,

proposições interagem como outros relevantes e inclusivos, claros e disponíveis na estrutura cognitiva, sendo por eles assimilados e contribuindo para sua

diferenciação, elaboração e estabilidade (MOREIRA 2006, p. 136).

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De acordo com a teoria da aprendizagem significativa do pesquisador David Paul

Ausubel, para que o aprendiz tenha uma aprendizagem significativa, este precisa associar

novos conceitos, e conteúdos a algum conceito subsunçor presente em sua estrutura cognitiva,

pode-se dizer que esse conceito seja um conhecimento prévio que o individuo já possui sobre

determinado assunto, uma base que possibilita a construção de novos conhecimentos. Moreira

(1999.p.9) explica que:

A aprendizagem significativa é um conceito enfatizado por David Ausubel (1963,

1968, 1978) desde a década de 1960. Nessa época, a influência behaviorista na

escola estava no auge. O ensino aprendizagem era examinado como estímulos,

respostas e reforços, não como significados. Mas Ausubel insistia com uma “teoria

da aprendizagem significativa” e dizia que é no curso da aprendizagem significativa

e o significado lógico do material e da aprendizagem se transforma em significado

psicológico para o aprendiz

A teoria de Ausubel não foi tão bem recebida logo quando surgiu, todavia ao longo do

tempo ela vem sendo aceita e ganha mais pesquisadores. Moreira (1999, p.9) fala sobre essa

nova fase da teoria:

Alguns anos depois Joseph Novak (1977, 1978, 1980, 1981) passou a colaborar com

Ausubel e, progressivamente, assumiu a tarefa de refinar e divulgar a teoria. Novak

além de desenvolver a técnica do mapeamento conceitual (Novak e Gowin, 1984,

1996; Moreira e Buchewitz, 1987, 1993) – uma estratégia facilitadora da

aprendizagem significativa -, ultrapassou a visão predominantemente cognitivista

que Ausubel dava a este conceito e imprimiu-lhe também uma conotação humanista.

Na física, podem-se citar alguns exemplos como os conceitos de força e campo que já

existem na estrutura cognitiva do aluno de maneira significativa. Servirão de subsunções para

novas informações relativas a outros tipos de força e de campo magnéticos (MOREIRA

1999).

Na teoria da aprendizagem significativa a coordenação de novas informações na mente

humana é apresentada como sendo altamente organizada constituindo uma natureza de

hierarquia conceitual nas quais dados mais particulares de conhecimento são atrelados a

considerações, gerais e inclusivas (MOREIRA 1999).

De modo adverso á aprendizagem significativa, Ausubel define o que seria

aprendizagem mecânica ou arbitrária bem como aprendizagem de novas informações com

insuficiente associação á conceitos relevantes, ou seja, conceitos subsunçores existentes na

estrutura cognitiva (MOREIRA 2006).

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O professor tem papel importante e relevante para que ela ocorra. Um dos aspectos

mais relevantes citados na aprendizagem significativa é que se necessita conhecer o que o

aluno já conhece. Com isso o professor precisa se dispor a entender as necessidades do

aprendiz e o que ele conhece. De acordo com Ausubel apud Moreira (2006, p.14):

Uma vez que o problema organizacional substantivo (identificação dos conceitos

organizadores básicos de uma dada disciplina) está resolvido, a atenção pode ser dirigida aos problemas organizacionais programáticos envolvidos na apresentação e

no arranjo sequencial das unidades competentes. Aqui hipotetiza-se, vários

princípios relativos á programação eficiente do conteúdo são aplicáveis,

independentemente da área de conhecimentos.

Portanto podemos perceber o papel do professor como mediador do conhecimento. O

professor necessita entender o aluno e sua responsabilidade. Moreira (2006, p. 156):

Naturalmente o professor de física espera que seus alunos contemplem e incorporem

á sua estrutura cognitiva os significados cientificamente aceitos, ou contextualmente compartilhados. É com esta finalidade que o professor interage com o aluno e com

ele troca significados.

A ideia central da teoria de Ausubel é o da aprendizagem significativa, maneira pela

qual o aprendiz adquire novas informações e a relaciona a conceitos que ele já conhece. Esta

teoria elucida a importância de saber o que o aluno conhece, e também cita que o aluno

precisa estar disposto a aprender significativamente. Partindo deste pressuposto, deva-se

considerar a importância de “desperta a sede” dos alunos, pelo conhecimento, e pelos

conteúdos mais complexos. Como exemplo novamente meditamos na física, que necessita de

artifícios e métodos que despertem o interesse dos educandos a esta disciplina.

2.2 A HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS E DA FÍSICA E SUAS CONTRIBUIÇÕES NO ENSINO

Ao longo das últimas décadas, as pesquisas sobre ensino da física e das ciências em

geral apontam a importância da parte histórica como um método para auxiliar numa

aprendizagem mais significativa. Conforme defende Martins in Silva (2006, p.p xxi) “Além

de poder ajudar a transmitir uma visão mais adequada sobre a natureza da ciência, a história

das ciências pode auxiliar no próprio aprendizado dos conteúdos científicos”.

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As publicações de Roberto de Andrade Martins apontam que existem há vários anos

educadores de todas as partes do globo, inclusive do Brasil compreenderam a acuidade do

emprego da História da Física e das Ciências no ensino. Em diversos níveis da educação essa

série temática está, pouco a pouco, recebendo espaço no ensino, de maneira especial na

educação superior e no ensino médio.

Os estudos de Lewis (1976) mostram que na Inglaterra, durante a década de trinta

havia cursos de curta duração para professores de Ciências e alguns graus superiores em

História da Ciência. No entanto, somente no final dos anos quarenta a introdução da História

da Ciência nas aulas de Ciências foi modificada, com a introdução da “História de Casos da

Ciência” na Educação Geral de Ciência.

Foi nos anos setenta que História da Ciência teve um maior avanço, pois com o

Projeto Física de Harvard elaborado por um conjunto de trinta e quatro investigadores que

acreditavam que a História da Ciência era essencial no currículo da ciência. Após os projetos

entre docentes e alunos apresentaram mais entusiasmo e interesse pela física. No século XXI

houve um grande avanço no interesse de aproveitar-se da História da Ciência na emenda, não

só com o uso de vida e obra dos amplos Heróis da Física, todavia de maneira igualitária

agregando determinados contextos da História, de maneira lógica e coerente.

O Brasil não foge a essa concepção de usar a Historia das ciências no ensino, e nos

derradeiros anos os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o ensino médio deixam

claro grande relevância da história das ciências como acessório a outras formas de abordagens

no ensino científico (MARTINS in SILVA, 2006, PP. xxii.).

Observa-se que o MEC traz com os PCN a importância de uma abordagem histórica

nas ciências:

Em termos gerais, a contextualização no ensino de ciências abarca competências de

inserção da ciência e de suas tecnologias em um processo histórico, social e cultural

e o reconhecimento e discussão de aspectos práticos e éticos da ciência no mundo

contemporâneo (BRASIL, 1999).

Para o MEC (BRASIL, 1999), o conhecimento histórico incorporado à cultura e

integrado como instrumento tecnológico tornou-se indispensável à formação da cidadania

contemporânea, tal como a necessidade que o conhecimento físico seja explicado como o

processo histórico, objeto de contínua transformação e associado às outras formas de

expressão e produção humanas.

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De um ponto de vista técnico a História da Ciência permite entender o

desenvolvimento de alguns resultados científicos complexos, como defende Martins (1990)

“Ensinar um resultado sem a sua fundamentação é simplesmente doutrinar e não ensinar

ciências”. Do ponto de vista prático a história das ciências pode ser considerada como um

conjunto de disciplinas cientifica que é usada como estratégia didática para auxiliar na

compreensão de conceitos, modelos e teorias.

A ciência é dita por muitos como “a verdade” e aquilo que foi provado e está

irrefutável de maneira que não pode ser modificado, descoberto por seres humanos superiores

que estão livres de qualquer erro. Esta visão é equivoca e falha, já que todos os seres humanos

são falhos e passivos de erros. A ciência sofre distintas mudanças com o decorrer do tempo, e

diversas vezes estas mudanças ocorrem de forma radical, sendo esta vertente na realidade algo

provisório e sem qualquer garantia de mudanças. Constituída de saberes e estudos de homens

e mulheres falhos que mesmo com todo esforço possível e imensurável de demasiado esforço

comum, possuem a natureza terrestre imperfeita, sem nunca possuir a garantia chegar a algo

definitivo.

A história da ciência serve como auxílio na assimilação de conteúdos, de contornos

semelhantes tanto como para docentes quão igualitariamente para aprendizes conhecer a

historia se torna útil no processo ensino aprendizagem sendo para estes, a história um auxílio

no processo de aquisição e transformação de conceitos e símbolos. O aluno precisa ser

transformado, e carece incidir por alguma ação de desenvolvimento, e aperfeiçoamento como

ocorreu na historia das ciências. Segundo Martins (1990) “a historia das ciências pode ser

usada para contrabalanças os aspectos puramente técnicos de uma aula.”

Geralmente os conteúdos de física estudados no ensino médio são transmitidos pelos

professores de maneira pouco atrativa aos alunos que só pensam nas fórmulas, porém alguns

autores tais como Martins e Lewis concordam em relacionar a física com a sociedade em uma

breve introdução da historia das ciências e da física, para que o aluno compreenda como se

deu o inicio aos conceitos físicos, e vejam que não são apenas fórmulas prontas, mas que

possuem toda uma trajetória até a sua elaboração.

Considerações quanto a biografia de grandes nomes da ciência, relacionado a

progresso histórico e cultural de caracterizadas épocas, podem propiciar auxílio em dados

problemas pautados em analogia a dificuldades de inovações, juntas contribuem para uma

nova perspectiva das ciências, tendo como fator motivacional a vida e obra dos cientistas.

Diversos cientistas conseguiram desenvolver estudos e criar teorias, em meio à

ambientes caótico e desfavorável, como guerras, exílios, crises, catástrofes, perseguições por

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suas ideias não aceitas. Estas histórias de superação servem de exemplo e motivação aos

alunos. Biografias de superação são importantes incentivo á alunos desmotivados, e em

ambientes desfavoráveis, a produzir conhecimento.

Ainda em se tratando sobre estas historias as mesmas ainda podem servir de ancora,

para que os alunos compreendam certos temas. A História das Ciências e da Física (HCF)

permite sair um pouco do tradicionalismo, uma breve introdução histórica antes de passar o

conteúdo da forma convencional pode fazer um grande diferença no aprendizado do aluno.

Lourenço (2008, p.131) propõe como suporte, a aprendizagem significativa:

associar à prática de sala de aula a História da Física, de modo a facilitar a aprendizagem dos conceitos visados no estudo que foi realizado, pois a História da

Física pode e deve:

− promover a aprendizagem significativa de equações (que estabeleçam relações

entre conceitos, ou que traduzam leis e princípios) que o ensino tradicional acaba

por transformar em meras expressões matemáticas que servem para resolver

problemas;

− ser útil para lidar com a problemática das concepções alternativas;

– mostrar ao aluno que muitas das dificuldades que encontra na compreensão de

determinados conceitos e na interpretação de fenômenos, foram também encontradas

pelos investigadores do passado, permitindo-lhe descobrir como é que esses

investigadores as ultrapassaram;

− aumentar a cultura geral do aluno, admitindo-se, neste caso, que há um valor intrínseco em se compreender certos episódios fundamentais que ocorreram na

história do pensamento científico.

Para Matthews a ênfase na história da ciência pode contribuir para o ensino de física

por que:

(1) motiva e atrai os alunos; (2) humaniza a matéria; (3) promove uma compreensão

melhor dos conceitos científicos por traçar seu desenvolvimento e aperfeiçoamento;

(4) há um valor intrínseco em se compreender certos episódios fundamentais na

história da ciência - a Revolução Científica, o darwinismo, etc.; (5) demonstra que a

ciência é mutável e instável e que, por isso, o pensamento científico atual está

sujeito a transformações que (6) se opõem a ideologia cientificista; e, finalmente, (7)

a história permite uma compreensão mais profícua do método científico e apresenta

os padrões de mudança na metodologia vigente (MATTHEWS, 1995, p. 7).

É possível ver através dos autores citados anteriormente as contribuições da história

detalhadamente, tanto da física quanto das ciências em geral.

Lewis (1976a) faz uma defesa do uso da história no ensino da física, criticando o

modelo usual de ensino como “um catálogo de fatos apresentados na estrutura de leis a

aprender, de fórmulas a decorar e problemas a solucionar e exercícios laboratoriais de rotina

destinados a obter respostas previamente determinadas” (LEWIS, 1976a, p. 202). E aponta

que desprezar a História da Ciência no ensino de Física é abdicar uma forma pedagógica mais

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útil para conduzir este ensino tomado como um ingrediente necessário à nossa herança

cultural.

Lewis (1976) também destaca a importância da história da ciência para o ensino de

ciências. Para ele, a utilização da história da ciência na sala de aula evidencia aos alunos “a

vasta crônica de ideias e conceitos em mutação e teorias novas e por vezes radicais a que o

homem tem de se adaptar repetidamente ao longo da sua história intelectual” (p. 208).

Roberto Martins (1990) faz referência a um bom professor como aquele que em dada

disciplina científica, consiga convencionar uma prática científica entre o conteúdo

propriamente ditado e um exercício do ensino de maneira didática. Não existem profissionais

suficientes que tenham uma formação inicial adequada para instruir de modo correto

utilizando a história da ciência para recurso didático.

Compreende-se que é indispensável uma exposição bem articulada dos

acontecimentos científicos, relacionados a dadas teorias científicas, e até mesmo de seus

criadores. Além do que os instrumentos a serem utilizados pelo professor para planejamento

de aulas usando estas temáticas estão em falta o que dificulte que este recurso chegue até os

alunos. Os professores necessitam ainda de apoio e informação para que a história das

ciências não seja transmitida apenas como sequência cronológica de dados. É ponderável que

professores não se tornem historiadores, mas é de suma importância que possuam o mínimo de

conhecimento. Conforme Peduzzi:

Por outro lado, também não se pode exagerar ou superdimensionar a contribuição da

história junto ao ensino, para não tornar o ensino um escravo da história, e também para não alimentar expectativas que possam recebê-la como a solução dos sérios

problemas de didática da física. (PEDUZZI in PIETROCOLA 2005, p. 157).

O ensino comum das ciências deve ser complementado com o ensino da historia das

ciências, mas um nunca deverá substituir o outro. Se utilizado o ensino das ciências de

maneira a relacioná-lo a contextos históricos, este poderá mostrar ao aluno as interações entre

a história das ciências e o desenvolvimento tecnológico e cultural revela que a ciência não

acontece separadamente. (MARTINS 2006).

De acordo com Moreira (1999) os alunos serão, especialmente, cidadãos e, como tal, a

física que lhes foi ensinada necessita servir para a vida, possibilitando-lhes melhor

compreensão do mundo, da tecnologia e da história.

A ideia que enfoque histórico pode ser favorável e frutífera para a disciplina de Física

encontra suporte entre as mais variadas visões de ensino e as considerações dos mais

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diferentes professores. Abordagens considerando a História e a Filosofia da Ciência, que têm

estado pouco presentes nas atividades de ensino, apesar de serem importantes para a

compreensão da natureza da Ciência, também necessitariam fazer parte de um currículo

reformulado.

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3 INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS E DA FÍSICA

Conhecer a historia das ciências e física é importante para uma melhor compreensão

dos conteúdos de física, pois permite conhecer como se deu o procedimento cientifico até

chegar a sala de aula. A Física se desenvolve em função da necessidade do homem de

conhecer o mundo natural e controlar e reproduzir as forças da natureza em seu benefício.

Desde a Grécia Antiga são realizados os primeiros estudos que se podem dizer científicos, tais

estudos que eram sobre os fenômenos da natureza visando explicações lógicas diferentes das

teorias divinas. Posteriormente alguns anos depois com Aristóteles é que a Física e as outras

ciências tem um maior desenvolvimento a lógica aristotélica dominou os estudos da Física até

o final da Idade Média.

3.1 HISTÓRIA DE ALGUNS CONTEÚDOS ESTUDADOS NAS AULAS DE FÍSICA NO

ENSINO MÉDIO REGULAR

Há muito tempo, o homem começou a perceber, através da observação da natureza,

que alguns eventos apresentavam periodicidade, variações cíclicas observadas nos céus,

como, por exemplo: as fases da lua, que somam aproximadamente trinta dias, isto é, o período

de um mês; as estações do ano, que somam o tempo de um ano. Essas observações foram

importantes, pois ajudavam a solucionar problemas do dia a dia e garantir sua subsistência.

Primeiramente os esclarecimentos para os fenômenos naturais fundamentavam-se em mitos e

crenças, mas com os gregos, iniciou-se uma compreensão do universo não mais visando às

explicações mitológicas.

Maria José Aragão (2006 p. 3) cita em seu livro História da Física que a física foi

definida como a ciência da natureza e estudava todos os seres vivos, matéria não-viva,

orgânica e inorgânica. Como existiam diferentes fenômenos, eles foram classificados quanto à

semelhança ou diferenças dos objetos ou materiais e quanto aos acontecimentos, e a partir daí

sugiram ciências distintas.

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Aristóteles foi um dos primeiros, que constam na literatura, a elaborar uma teoria

física indicando as primeiras leis do movimento. Na idade clássica Aristóteles (384-322 a.C.)

como os outros sábios da antiguidade, observava cuidadosamente os fenômenos e elaborava

hipóteses por intuição, de forma a conseguir explicar os fenômenos observados. Porém esses

sábios não praticavam a experimentação, convertiam essas hipóteses, não verificadas em leis.

Segundo Aragão (2006 p. 4) “A física tem como objetivo conhecer as leis quantitativas dos

fenômenos físicos, e para isso constitui fórmulas matemáticas que relacionam os valores das

distintas grandezas ou variáveis envolvidas no fenômeno físico.”

3.1.1 História da astronomia

A astronomia é ciência mais antiga existente, é destinada ao estudo da observação dos

astros, ou seja, do sol, da lua, dos planetas, estrelas e outros corpos celestes que podem ser

vistos no céu. Onde começou a astronomia não se conhece precisamente, porém sabe-se que,

muito antes da era cristã, os chineses, os hindus, os caldeus e os egípcios já observavam e

estudavam os céus (antigos na figura 1). Segundo Aragão (2006) os caldeus fizeram notáveis

descobertas a respeito do eclipse do sol e da lua. Enquanto os astrônomos caldeus e babilônios

se preocuparam com a observação do céu, os filósofos gregos interessaram em descobrir as

causas dos fenômenos.

Figura 1: os antigos e a astronomia.

Fonte: https://cienciaemnovotempo.wordpress.com/categorias/astronomia-2/astronomia/

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Moacyr Costa Ferreira (1988) traz que a maior contribuição a astronomia foi dada

pelos gregos entre eles Tales de Mileto, Pitágoras, Arquimedes, Aristóteles e outros.

Ptolomeu criou o sistema Geocêntrico, em que todos os corpos celestes giram em torno da

terra e posteriormente Copérnico elaborou a teoria do sistema Heliocêntrico, em que os

corpos giram em torno do sol. No início do século XVII a astronomia teve um novo período

com os estudos dos planetas e o surgimento das Leis de Kepler e a criação do telescópio por

Galileu Galilei que o permitiu observações que descobriram a composição estrelar da Via

Láctea, os satélites de Júpiter, entre outras descobertas.

3.1.2 História da mecânica

Definir com exatidão as origens da Mecânica é difícil, porém sabe-se que sua origem

está fortemente vinculada às origens da Astronomia. Muitos dos pensadores gregos, desde a

Escola de Mileto (VI a.C.), se atentaram para a Physics, ou seja, com a natureza das coisas e

sua constituição. Uma ênfase especial foi sendo dada aos movimentos de corpos celestes

desde os tempos antigos, ou seja, do Sol, da Lua, dos planetas e de outras estrelas observadas

da Terra. Os pensadores gregos criaram sistemas voltados para a descrição dos movimentos

dos corpos celestes. Eles compreenderam os movimentos como parte proeminente da

“natureza das coisas”. Assim colaboraram de forma decisiva para a formação das bases de

duas áreas do conhecimento: a astronomia e a mecânica.

Um dos primeiros textos produzidos de Mecânica trata-se de um estudo de máquinas

simples chamado de “Problemas de Mecânica”. Ele seria o que conhecemos hoje como um

texto prático ou de aplicação de Mecânica, que para alguns é o primeiro registro escrito da

Mecânica. Por falta de registros mais antigos, muitos autores estabelecem o princípio da

história da Mecânica com Aristóteles (384 - 322 a.C.).

Outros autores conferem o início da Mecânica aos estudos de Arquimedes (287 - 212

a.C.), que, além de delimitar os princípios básicos da estática, utilizou em seu método de

análises deduções matemáticas precisas. Nos trabalhos de Arquimedes a linguagem

matemática tinha um papel fundamental.

Foi o discípulo de Platão Aristóteles de Estagira (384 - 322 a.C.), que sistematizou e

organizou o conhecimento racional da Antiguidade, registrando tudo cuidadosamente. No que

se refere ao conhecimento que chamaríamos hoje de científico, ele criou um sistema que se

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constituiu a base da visão do mundo por quase dois mil anos, além de ter sua escola para

ensinar os conhecimentos (figura 2). Teve assim uma influência na evolução das ciências, e

da mecânica em particular.

Figura 2: A escola de Aristóteles, afresco de Gustav Adolph Spangenberg, 1883-1888.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles

Arquimedes de Siracusa (287 - 212 a.C.) deu uma relevante contribuição para o

desenvolvimento da mecânica, é considerado por alguns historiadores como o pai da

Mecânica, realizou a descrição dos fenômenos de forma matemática, permitindo assim a

quantificação dos eventos. Deste modo Arquimedes fez o estudo da estática e da hidrostática,

ou seja, estudo dos sistemas fluidos em equilíbrio.

A escola alexandrina também deu enormes contribuições para o desenvolvimento da

Mecânica. Em 338 a.C., a civilização grega vai perdendo força política com a conquista da

Grécia pelos macedônios. Entretanto a filosofia e o conhecimento grego se mantiveram firme

Devido à expansão militar do Império Macedônico, efetuada por Alexandre, a cultura grega

foi disseminada permitindo uma interação com os povos orientais que foram conquistados.

3.1.3 História da termodinâmica

Conforme Aragão (2006) em um período antigo da história existia duas teorias que

tentavam explicar o que era o calor. De acordo com uma delas o calor era uma forma de

movimento e os efeitos térmicos eram explicados em termos dos movimentos das partes

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constituintes da matéria. A outra Teoria conhecida como a teoria do calórico, atribuía os

efeitos térmicos observados ao calórico que penetravam nos interstícios de todos os corpos.

O astrônomo italiano Galileo Galilei (1564 – 1642) foi um dos primeiros a construir

um termômetro em 1593, em Florença. O termômetro florentino mostrado na figura 3, surgiu

logo a seguir. As mudanças de temperatura eram registradas através da ascensão e queda das

bolas de vidro dentro de tubos com água.

Figura 3: termômetro florentino.

Fonte: O livro de Perguntas & Respostas Coleção Aventura Visual Editora Globo, 1994.

No ano de 1760 Joseph Black estudou a fusão do gelo e descobriu a noção de calor

latente. Ele definiu a diferença entre temperatura e calor. Black achava que a capacidade

térmica era a quantidade de calor que uma substância pode reter. Porém, de fato trata-se da

quantidade de energia necessária para se aumentar a temperatura de uma substância até certo

valor. Segundo Toribio (2012) Sadi Carnot estudou as máquinas térmicas que haviam sido

criadas e patenteadas no ano de 1769 por James Watt, usando a hipótese do calórico, dando

início a uma forte revolução tecnológica: a Revolução industrial.

De acordo com Ferreira (1988) Rumford em 1798 após a realização de experiências de

fusão do gelo por atrito sugeriu o calor como movimento. O conceito de calor se firmou como

forma de energia depois que Joule estabeleceu a equivalência entre a energia térmica e a

mecânica, melhores esclarecimentos vieram com a teoria cinética da matéria e com a

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mecânica quântica. Posteriormente na década de 1840 as experiências de James Joule,

admitiram relacionar de forma experimental e inequívoca que o calor e o trabalho mecânico

estavam associados.

3.1.4 História da ótica

Aragão (2006) nos diz que apesar dos antigos se dedicarem veemente ao estudo da

ótica as noções eles que tinha dos fenômenos luminosos eram muito imperfeitas. Tinham

pouco conhecimento da reflexão e da refração da luz, estudaram fatos inteiramente ligados a

visão e alguns fenômenos óticos da atmosfera.

Roger Bacon em 1266, explicou como se escrevia bem colocando um caco de vidro

esférico próximo ao papel, a descoberta dos óculos é atribuída ao florentino Armati, que

morreu em 1317. Porém a utilização dos óculos se tornou comum em meados do século XV,

após a invenção da impressão ter proporcionado a produção de livros maior escala e com mais

frequência. Porém a ótica se firmou como ciência no século XVII, quando foram enunciadas

as leis da refração por Snell e Descartes e surgiu o princípio de Fermat.

3.2 HISTÓRIAS DE ALGUNS CIENTISTAS

Alguns homens contribuíram de forma significante para o progresso das ciências

dedicando parte de suas vidas ao estudo da natureza e o que acontece por traz dos fenômenos

e como explicá-los tanto em expressões matemáticas como os seus ciclos. Nem sempre se

conhece como foi à vida de um cientista sua rotina e os acontecimentos da construção da

história do conhecimento que se deu através de tais personalidades. Alguns deles serão

citados aleatoriamente no presente trabalho para fins de decorrer um pouco mais sobre esses

homens que fizeram a diferença e contribuíram de forma tão significante com a sociedade.

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3.2.1 Aristóteles

Para Aragão (2006) Aristóteles, retratado na figura 4, importante filósofo grego,

nasceu na cidade antiga de Estagira em 384-322 a.C., antiga Macedônia (atualmente,

Província da Grécia). Por ser filho de médico gozou de situação favorável para seus estudos

despertando o interesse pelos conhecimentos experimentais da natureza e o gosto pela

metafísica. Seu pai era médico e amigo do rei da Macedônia Amintas II, e avô de Alexandre o

Grande. Porem ficou órfão de pai e mãe muito jovem, sendo educado por Próxenes, da Ásia

Menor.

Figura 4: Aristóteles pintura de Francesco Hayez,1811.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Francesco_Hayez_001.jpg

A filosofia de Aristóteles foi revelada e imposta pela igreja do ocidente durante a

idade media, num primeiro momento na versão árabe e em segundo traduzidas para o latim.

Durante a idade media o aristotelismo dominou totalmente o pensamento europeu. Porem, os

princípios filosóficos de Aristóteles não foram pregados na sua essência ao contrário foram

propagados diferentes de sua proposta real e dos ideais filosóficos por ele pensados. O

aristotelismo opressor empregado a sociedade, foi combatido com austeridade pelos cientistas

que não concordavam com a propagação e o pensamento de junção da filosofia com dogmas

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da igreja que predominava em pleno século XVII, onde determinava condenar a fogueira

quem não concordasse com as normas impostas por ela.

Segundo Aragão, suas principais contribuições para a Física foram os estudos sobre o

movimento, queda de corpos pesados chamados de "graves", por isso a origem da palavra

"gravidade" e o geocentrismo, idealização da teoria de que a terra ë o centro do universo.

Com 17 anos Aristóteles foi para a academia de Platão em Atenas onde começa a estudar e

fica por 20 anos, primeiramente como discípulo e em seguida como professor (ensinando

Aleixandre na figura 5) ate a morte do mestre em 343 a.C.

Figura 5: Aristóteles ensinando Alexandre, o Grande gravura de Charles Laplante 1866.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Alexander_and_Aristotle.jpg

Retorna a Atenas em 335 a.C.,quando Alexandre assume o trono, e torna-se seu tutor,

ocasião, depois no Ginásio do Templo de Apolo Liceu começa a organizar sua escola a qual

chama de Liceu, um adiantado centro de estudos divididos por especialidades e mestres.

Aristóteles foi para Cálcis, na Eubeia, onde fica recolhido em sua propriedade que herdou da

mãe ate os últimos dias de vida, morrendo em 322 a.C. aos 63 anos.

Atualmente só se tem conhecimento de um trabalho original de Aristóteles, que e

sobre a Constituição de Atenas. Porem várias obras difundidas através dos seus seguidores

envolve quase todas as áreas do conhecimento: Física, lógica, ética, política, teologia, meta

física, antropologia, biologia, poética, retórica, psicologia. De acordo com Aragão (2006) os

estudos mais importantes foram reunidos no livro Órganom. Geocentrismo - Aristóteles

descreve o cosmo como um enorme (porém finito) círculo onde existem nove esferas

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concêntricas girando em torno da Terra, que se mantêm imóvel no centro delas. Aristóteles

considera que os corpos caem para chegar ao seu lugar natural.

3.2.2 Arquimedes

Arquimedes, retratado na figura 6, era físico e matemático grego, viveu e morreu em

Siracusa (287-212 a.C), cerca de 100 anos após Aristóteles na Grécia. Segundo Ferreira

(1988, p.22) “É considerado um dos mais ilustres sábios de todos os tempos. Dedicando-se

inteiramente à Ciência, enriqueceu a humanidade com suas invenções e descobertas”. Na

época Arquimedes realizou trabalhos cujos princípios têm validade até hoje, como a

formulação dos conceitos de movimentos virtuais, momento estático e do centro de

gravidade.

Figura 6: Archimedes Thoughtful, pintura de Domenico Fetti (1620).

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Domenico-Fetti_Archimedes_1620.jpg

Arquimedes era um excelente inventor e introduziu engenhosas combinações de

roldanas ou polias, que se tornaram úteis até os dias de hoje, para erguer e lançar pesos que

são máquinas simples. Suas máquinas de lançar pesos foram usadas também como máquinas

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de guerra em Siracusa, para disparar pedras sobre os adversários, teve também importantes

contribuições na matemática; definiu o valor do número pi ( ) até três casas decimais; provou

que a área da superfície de uma esfera é igual a quatro vezes a área do círculo de mesmo raio.

No seu segundo livro "Sobre os Corpos Flutuantes", Arquimedes estabeleceu o

princípio fundamental da hidrostática: a lei do empuxo, tal lei que explica por que os corpos

"perdem peso" quando submersos. Isso se explica pela presença da força de empuxo que está

relacionada com o deslocamento de massa do fluido, e é por isto que alguns deles flutuam.

Arquimedes ficou conhecido na História como o homem que saiu nu pelas ruas da

cidade gritando "eureka" (palavra grega que significa descobri). Essa foi sua reação ao fazer

uma das descobertas que o deixou famoso. Percebeu, quando entrou na banheira, que poderia

medir o peso específico de uma coroa de ouro, presente ao rei Heirão, submergindo-a e

pesando o volume de água deslocado. O rei Heirão desconfiava que a coroa não fosse de ouro,

como, de fato, ficou provado.

3.2.3 Nicolau Copérnico

O astrônomo Nicolau Copérnico, retratado na figura 7, nasceu na Polônia na cidade

de Torun em 1473 e morreu em Frauemburg em 24 de Maio de 1543. Ficou órfão de pai aos

11 anos e foi morar com seu tio Lukasz Watzenrode. Considerado o pai da astronomia

moderna por seus conhecimentos que foram referência para os astrônomos e revolucionaram a

ciência posteriormente. Segundo Brennam (2003, p.17) foi Copérnico quem deu partida na

revolução científica que haveria de destronar a ciência grega e introduzir o homem pensante

num caminho mais produtivo. Em 1507, ele observou que as tabelas das posições planetárias

poderiam ser calculadas com maior precisão caso se admitisse que o Sol, e não a Terra, era o

centro do universo.

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Figura 7: Nicolaus Copernicus Tornaeus Borussus Mathematicus 1597, por Theodor de Bry e Jean-Jacques

Boissard.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Copernicus-Boissard.gif

Estudou línguas e foi para Cracovia continuar seus estudos em filosofia, medicina e

astronomia. Inicia o curso de Medicina em 1491 na Universidade de Cracóvia na Polônia. Por

ordem de seu tio Bispo Lucas Watzelrode em Warmier, vai para a Itália em 1496. Cursa em

1497 Direito Canônico e ao mesmo tempo estuda sobre matemática, astronomia e filosofia

na Bolonha onde fez observações astronômicas e ampliou seus conhecimentos de matemática.

Copérnico Volta para Polônia, no ano de 1501, onde ordenou-se padre e torna-se de

cônego da Catedral de Frauenburg, por um breve período. Concluiu os seus estudos de direito

e medicina. Volta novamente à Itália e frequentou várias universidades. Em 1512 fica

definitivamente em Frauenburg e novamente volta ao cargo de cônego de modo vitalício. Ao

mesmo tempo exerce a medicina e continua estudando diversas disciplinas, dedicando-se

intensamente a astronomia. Para observar os astros, inventou alguns instrumentos. Elaborou

o sistema copernicano, exposto na figura 8, onde o sol é considerado o centro do universo e

todos os planetas giram ao seu redor.

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Figura 8: Universo heliocêntrico Harmonia Macrocosmica 1660, Autor Andreas Cellarius.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Heliocentric.jpg

Dedicou-se as observações e cálculos, para a comprovação de sua pesquisa a teoria

heliocêntrica. Observou a maior precisão das tabelas planetárias e que podiam ser calculadas

com exatidão se admitisse que o Sol e não a Terra era o centro do universo. A organização

dos planetas determinada por ele do sol substituía a proposta tradicional vigente. Assim

segundo Abbagnano (2000), sua teoria não foi aceita pela Igreja e criticada tanto pelos

católicos, quanto pelos luteranos, pois Copérnico não acreditava na teoria geocêntrica e

defendia o heliocentrismo, os poucos que o apoiaram, foram eles Kepler e Galileu.

Apenas no século XVIII foi reconhecido que o sistema copernicano era o único

sistema compatível com as leis de Kepler e Newton, em harmonia com as leis universais que

governam os movimentos dos astros.

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45

3.2.4 Johannes Kepler

Conforme Abbagnano (2000) Johannes Kepler, retratado na figura 9, nasceu em 27 de

dezembro de 1571, em Weil der Stadt cidade da Alemanha e faleceu na cidade de Ratisbona

(Alemanha) em 15 de novembro de 1630. Em 1591 formou-se em filosofia e depois estudou

teologia, matemática e astronomia se interessaram pelo estudo da mecânica, da ótica, da

matemática e da astronomia teórica. Despertou interesse pela Astronomia graças aos seus pais

que o levaram para observar um cometa quando tinha cinco anos e viu um eclipse lunar

mostrado pelo pai quando tinha nove anos de idade. Kepler é considerado o mais importante,

astrofísico, astrônomo, matemático e astrólogo durante o período do Renascimento Científico

nos século XVI e XVII na revolução científica.

Figura 9: Johannes Kepler (1610), autor Desconhecido.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Johannes_Kepler_1610.jpg

Conhecido por seus estudos e formulação das três leis da mecânica celeste, as

chamadas três Leis de Kepler que trata da rotação dos planetas ao redor do sol. A primeira Lei

de Kepler: justifica que os planetas se movimentam ao redor do Sol, em forma de órbitas

elípticas. A segunda Lei de Kepler: determina o raio vetor que faz a ligação de um

determinado planeta ao Sol descreve áreas iguais em tempos iguais. A terceira Lei de Kepler:

diz que o quadrado do período orbital de um planeta é proporcional ao cubo do comprimento

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do semi-eixo maior da sua órbita elíptica. Um dos pontos principais nos estudos de Kelper

que não podemos esquecer, foram as observações de Tycho Brahe que orientaram-lhe a

descobrir as suas leis.

Suas teorias foram utilizadas posteriormente por outros astrônomos que tomaram

como orientação suas obras Astronomia Nova, Harmonices Mundi e Epítome da Astronomia

de Copérnico que foi muito importante e serviram de suporte para a teoria gravitacional de

Isaac Newton. Para Aragão (2006), Kepler pode ser considerado um precursor em mecânica,

por ter feito reflexões sobre o agente que origina os movimentos planetários e como cada

planeta reage a ação desse agente, reflexões essas que o conduziram a sistematização dos

conceitos de força e de massa inerte.

3.2.5 Galileu Galilei

De acordo com Aragão (2006) o sábio italiano Galileu Galilei, retratado na figura 10,

nasceu em 15 de Fevereiro de 1564 na cidade de Pisa, iniciou seus estudos em musica e

medicina por vontade de seu pai. Em 1574 a sua família mudou-se para Florença e Galileu

foi estudar no Mosteiro de Camaldolese.Com apenas 17 anos ingressou na Universidade de

Pisa, para estudar Medicina, onde permaneceu durante quatro anos, logo abandonou esse

curso para seguir os caminhos da física, da astronomia e da matemática. Começou desde cedo

a resolver problemas de geometria, como o dos centros de gravidade dos troncos de

pirâmides, cones e ouros sólidos geométricos.

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Figura 10: Galileu Galilei, por Justus Sustermans 1636.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Justus_Sustermans_-_Portrait_of_Galileo_Galilei,_1636.jpg

Aos 25 anos em 1589 se tornou professor da Universidade de Pisa, encontrou as leis

da queda dos graves, alcançou explicar matematicamente varias leis da física foi considerado

o pai da física moderna. Seu contrato não foi renovado, devido a inveja dos seus colegas,

ligados a física aristotélica, Galileu saiu da universidade de Pisa. Tornou-se professor na

Universidade de Pádua em 1592, onde continuou até aos 43 anos, sua trajetória está descrita

no mapa da figura 11. A sua maneira de agir sempre foi distinta da de seus colegas. Lecionava

em italiano e não em latim. Fez em Párdua várias invenções, como compasso geométrico que

posteriormente daria origem aos termômetros. Algumas das principais descobertas são as leis

do pêndulo e a lei da queda dos graves. Dentre as suas invenções contam-se a do termoscópio

e do telescópio.

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Figura 11: mapa da Itália.

Fonte: https://www.google.com.br/maps/place/Italy/@41.29246,12.5736108,6z/data=!3m1!4b1!4m2!3m!

1s0x12d4fe82448dd203:0xe22cf55c24635e6f

Em 1613 se iniciaram as dificuldades com a falta de aceitação da sua teoria que

concordava com Copérnico quanto ao sistema heliocêntrico. Por não ter melhores

argumentos seus muitos adversários da universidade o denunciaram á inquisição em 1616.

Alegaram que a teoria de Galileu era herética e seus trabalhos começaram a ser vigiados.

Sendo a doutrina do heliocentrismo proibida, Galileu teve que negar de joelhos toda sua teoria

para preservar sua vida.

Em 8 de janeiro de 1642, ele morreu em Arcetri perto de Florença. Encontrava-se

quase cego por observar as manchas solares sem uma proteção adequada nos olhos. Trezentos

e cinquenta anos mais tarde em 31 de outubro de 1992, suas teorias foram reconhecidas

oficialmente pelo papa João Paulo II.

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3.2.6 Isaac Newton

Físico e matemático inglês Isaac Newton, retratado na figura 12, nasceu em

Woolsthorp, a 25 de dezembro de 1642. De acordo com Brennan (2003) Newton sabia que

não era igual as outras crianças, ele era mais isolado e não costumava ter muito contato com

elas. Por ter que se separar da mãe por nove anos o desenvolvimento de sua personalidade foi

comprometido.

Segundo as pessoas entrevistadas por Stukeley, Isaac era introspectivo, tímido, temperamental e extremamente nervoso. Por outro lado, demonstrava habilidade

manual e engenhosidade na construção de brinquedos mecânicos como relógios de

água, reproduções em miniatura de moinhos de vento, pipas e relógios de sol

(BRENNAN 2003, p. 27).

Figura 12: Newton retratado por Godfrey Kneller, 1689 (com 46 anos de idade).

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:GodfreyKneller-IsaacNewton-1689.jpg

Em 1662, aos 19 anos, Newton teve um período de fervor religioso, durante o qual

elaborou uma lista de 58 pecados que havia cometido e precisava confessar para ser perdoado

por Deus. As escolas secundárias no século XVII possuíam o ensino da bíblia e Isaac estudou

a Bíblia nas línguas clássicas e desenvolveu um interesse pelas questões teológicas que

perdurou por toda a sua vida. Para Newton aprender o latim foi essencial na sua educação

formal, pois era a linguagem da ciência e da matemática em todo o mundo ocidental e o

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domínio que dela adquiriu não só permitiu a Newton estudar por conta própria como lhe

forneceu o meio para interagir com a sociedade culta da época. Conforme Bennan 2003 A

maior parte dos biógrafos de Newton afirma que ele não foi reconhecido como gênio na

primeira fase de sua vida:

Newton havia concluído que o que se fazia necessário era uma maneira de

quantificar a operação de um mundo dinâmico, um mundo em constante movimento. Diante disso, mostrou-se à altura do desafio: inventou os cálculos diferencial e

integral, um marco na história da matemática. O cálculo é a mais eficaz ferramenta

matemática de que se dispõe para a resolução de problemas que envolvam variações

infinitesimais em taxas de movimento e para a determinação da trajetória de um

corpo no espaço (BRENNAN 2003, p. 36).

Newton chegou a importantes descobertas dentre elas se destacam o desenvolvimento

da série de potência de um binômio, que hoje é conhecido pelo nome de binômio de Newton,

a criação e desenvolvimento do cálculo diferencial e cálculo integral, o que é uma ferramenta

muito importante para o estudo dos fenômenos físicos. Além de ser ele o criador dessa

ferramenta, foi também ele quem a utilizou pela primeira vez, o estudo sobre os fenômenos

óticos que possibilitaram a elaboração da teoria sobre a cor dos corpos, o estudo das leis dos

movimentos, lançando as bases da Mecânica, desenvolvimento das primeiras ideias sobre a

Gravitação Universal.

Em 20 de março de 1727, Newton morreu em Londres, aos 84 anos e foi enterrado

com grandes honras na abadia de Westminster. Era a primeira vez que se concedia tal

privilégio a um homem de ciência, conhecimento ou arte na Inglaterra. A física não veria

alguém da sua estatura intelectual por quase duzentos anos, até 1905, quando um então

desconhecido funcionário de 26 anos do departamento de patentes de Berna, na Suíça,

publicou suas reflexões sobre tempo, espaço, massa e energia.

3.2.7 Albert Einstein

Segundo Brennan (2003), Albert Einstein Físico e Matemático de origem judaica,

nasceu no dia 14 de março de 1879, na cidade alemã de Ulm. Einstein foi um físico teórico

alemão e que em 1933 se estabeleceu nos Estados Unidos, onde pesquisou e desenvolveu seus

estudos sobre a teoria da relatividade geral, considerada por muitos estudiosos como sendo

um dos dois pilares da física na idade moderna. Um ano após seu nascimento sua família

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muda-se para Munique tem-se conhecimento que a família tinha uma fonte importante de

lembranças sobre os primeiros anos da infância de Einstein escrito por sua irmã, um ensaio

bibliográfico em 1924 depois que ele já era conhecido no meio intelectual e cientifico. A sua

família muda-se em 1894 para Milão na Itália, porém ele fica em Munique para concluir o

ensino secundário, morando com parentes. Sentindo falta da família Einstein fica desanimado

com os estudos e sem motivação para a produção acadêmica culminando com baixas notas e

pouco rendimento na aprendizagem, assim sendo, um de seus professores orientou-lhe a

abandonar a escola e ele terminou aceitando a proposta sem hesitação, abandonando o ensino

ginasial sem adquirir o diploma, porém sem comunicar aos seus pais sua decisão.

Aos dezesseis anos de idade final do ano de 1895, realizou os exames de admissão

para a Escola Politécnica Federal suíça e matriculou-se no curso de quatro anos para adquirir

o diploma de professor de física. Nesse período vivia com a família do professor Jost

Winteler, ocasião que conhece sua filha por quem faz grande amizade, tornando-se sua

companheira de estudo, a futura esposa de Einstein, Mileva Marić, também se matriculou na

Escola Politécnica no mesmo ano que ele, sendo a única mulher entre os seis homens

estudantes da área da matemática e física nas aulas que mais tarde mudou-se para Olsberg,

Suíça, para trabalhar como professora.

Einstein começa a estudar, porém não conseguiu obter nas disciplinas as notas

exigidas, tendo destaque apenas em francês, mas conseguiu surpreender com excelentes notas

nas disciplinas de física e matemática. Em meio a tantos contratempos conseguiu graduar-se

só em 1900 pela Escola Politécnica, onde consegue diplomar-se em Física e almejava ser

contratado na universidade como professor no cargo de assistente, mas não consegui e ficou

extremamente decepcionado com seu professor orientador professor Weber que havia lhe

prometido o cargo e não cumpriu e ele ficou um longo tempo sem trabalho. Nessa fase difícil

de sua vida ele ficou separado de sua amiga e colega de estudo por um longo tempo.

No ano de 1901 aos 22 anos concluiu um artigo cientifico o primeiro a ser publicado

"Conclusões dos Fenômenos da Capilaridade” que lhe propicia o Prêmio Nobel depois de 17

anos. Finalmente, em junho de 1902, com a ajuda do amigo Marcel Grossman, Einstein

conseguiu ser nomeado “perito técnico de terceira classe” do Departamento de Patentes da

Suíça, em Berna. Firma-se no emprego do departamento de patentes e então casa-se com

Mileva em janeiro de 1903.

Nessa época começa a estudar e desenvolver reflexões e escrever sobre a física.

Adquiriu o grau acadêmico de doutor pela Universidade de Zurique quando desenvolveu sua

tese sobre as forças moleculares em gases que terminou em abril de 1905 com Alfred Kleiner,

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professor de física experimental seu orientador. Tornou-se Doutor com sua tese "Uma Nova

Determinação das Dimensões Moleculares” na universidade de Zurique, publicando no

mesmo ano. Sozinho ele realizou quatro trabalhos inéditos sobre a relatividade especial, efeito

fotoelétrico, o movimento browniano, e a equivalência entre massa e energia, o terceiro artigo

conhecido atualmente como teoria especial da relatividade, que mudou a ideia que todos

tinham do universo.

Foi nomeado professor e reconhecido em 1908 como um importante cientista e foi

na Universidade de Berna. Começou depois a dar aulas na Universidade de Zurique. Em 1911

assume o cargo de professor catedrático na Universidade Carolina em Praga. Lecionou

mecânica analítica e termodinâmica de 1912 até 1914 no Instituto Federal de Tecnologia de

Zurique.

Aos 26 anos em 1905 já tinha o respeito de todos pelo seu trabalho no departamento

de patentes, embora não tendo um bom salário ele produziu e considerou um dos mais

importantes na sua vida. De acordo com Brennan, além da teoria geral, Einstein publicou

dois outros importantes artigos em 1917. Um deles tratava da emissão estimulada de luz, uma

concepção que no devido tempo iria fornecer a base para os lasers.

Embora a teoria geral da relatividade tenha sido publicada em 1916, despertando a

atenção e o respeito do mundo dos físicos, Einstein só veio a conquistar o aplauso

internacional em 1919, quando a Royal Society de Londres anunciou que organizaria uma

expedição científica para testar uma das teorias de Einstein sob condições de eclipse.

Em 1920, os sinais de perigo para Einstein na Alemanha eram evidentes. Ocorreu um

distúrbio durante uma de suas preleções na Universidade de Berlim, quando um grupo de

estudantes nazistas interrompeu sua fala. Einstein tentou minimizar isso, dizendo que não

houvera expressões de antissemitismo. Esse foi apenas o primeiro episódio de uma campanha

anti-Einstein cada vez mais intensa movida pelo crescente partido nazista na Alemanha. Seu

trabalho acabaria sendo condenado pelo partido como “física judia” e qualquer cientista

alemão que mostrasse qualquer nível de compreensão ou aceitação das teorias da relatividade

punha em risco, no mínimo, sua carreira acadêmica.

Agora mundialmente famoso, Einstein era muito solicitado para aparições públicas,

conferências e artigos sobre qualquer assunto sobre o qual se dispusesse a escrever. Viajou

por toda a Europa durante esse período para falar sobre relatividade. Logo após a confirmação

da teoria geral veio o Prêmio Nobel de Física de 1921, retratado na figura 13. De fato o

prêmio só foi concedido a Einstein em 1922 e, então, não pelas teorias da relatividade, mas

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por suas contribuições à física matemática e especialmente por sua descoberta da lei do efeito

fotoelétrico.

Figura 13: Albert Einstein1921, fotografia oficial do Prêmio Nobel de Física.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Albert_Einstein_(Nobel).png

Tendo permanecido na Alemanha até 1933, quando Hitler chegou ao poder, Einstein

recebeu muitas ameaças de morte e foi frequentemente difamado em encontros encenados de

cientistas “arianos” que se rivalizavam na denúncia das “falhas fundamentais da teoria da

relatividade”.

Perto do final de 1933, Einstein aceitou um cargo no Instituto de Estudos Avançados

em Princeton, Nova Jersey. Com Elsa e uma assistente chamada Helen Dukas, que começara

a trabalhar para ele em 1928, mudou-se para os Estados Unidos. Porem por conta de muito

trabalho intelectual Einstein sofre um colapso nervoso que foi breve. A saúde física também

estava debilitado, mesmo assim continuou produzindo por anos, morreu em 18 de abril de

1955, na cidade Princeton, nos EUA.

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4 METODOLOGIA

A presente pesquisa foi realizada em três etapas, primeiramente foi realizada a

pesquisa bibliográfica sobre uma breve introdução a história da física e das ciências. Na

segunda etapa foi aplicado um Questionário A (QA), que se encontra no Apêndice A, para

identificar se é ensinados aos alunos a história da física nos conteúdos que são apresentados

da disciplina física em suas aulas regulares e, se consideram importante e se gostariam de

aprender mais sobre o tema. Posteriormente foi elaborado um seminário com um resumo da

história da física e das ciências para apresentar aos alunos visando incentivá-los a se

interessarem mais por essa área. Os conteúdos abordados no seminário foram escolhidos com

base na pesquisa bibliográfica visto no capítulo anterior, em seguida houve a aplicação de um

Questionário B (QB), localizado no Apêndice B, para saber a opinião dos alunos sobre o

seminário apresentado.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO UNIVERSO DA PESQUISA

Foram escolhidas duas escolas no município de Ji-Paraná, sendo aleatoriamente uma

escola Estadual e uma escola Particular. A pesquisa foi aplicada no 1ª ANO e o 2º ANO do

Ensino Médio em turmas que possuíam o mesmo professor de física.

4.1.1 Colégio União

O colégio UNIÃO é uma escola particular localizada no centro de Ji-Paraná, tendo

entre seus alunos classes socioeconômicas mais elevadas, contêm todas as séries do ensino

fundamental e duas séries do ensino médio, a escola possui um professor de física para

atender a todas as turmas.

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4.1.2 Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Marcos Bispo da Silva

A Escola Estadual de Ensino Médio Marcos Bispo da Silva, possui todas as séries do

ensino fundamental e médio, localizada no município de Ji-Paraná/RO, tendo entre seus

alunos as mais diversas classes socioeconômicas. A escola atende mil e quinhentos alunos,

sendo quatrocentos e sessenta e nove do ensino médio, o IDEB da escola é considerado baixo.

4.2 OPÇÃO METODOLÓGICA

Com relação aos objetivos gerais da pesquisa ela se classifica como exploratória que,

segundo Gil (2010 p.27).

[...] têm como finalidade proporcionar maior familiaridade com o problema, com

vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas

pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de

intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a

consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado.

Tal modalidade de pesquisa foi escolhida, pois possibilita uma maior flexibilidade na

preparação da mesma assim como na coleta e análise do objeto de pesquisa.

Na primeira parte do trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica visando o

levantamento de dados, a pesquisa bibliográfica é elaborada com base em material já

publicado. Tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa incluir material impresso como

livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anais de evento cientifico.

Praticamente toda pesquisa acadêmica requer em algum momento a realização de trabalho que pode ser caracterizado como pesquisa bibliográfica. Tanto é que, na

maioria das teses e dissertações desenvolvidas atualmente, um capítulo ou seção é

dedicado à revisão bibliográfica, que é elaborada com o propósito de fornecer

fundamentação teórica ao trabalho (GIL 2010 p.29-30).

Posteriormente foi elaborado um seminário com um resumo da história da física e das

ciências para apresentar para os alunos. Segundo Lakatos (2003) seminário é uma técnica de

aprendizagem que inclui pesquisa, discussão e debate. O seminário não é feito somente para o

professor, mas essencialmente para a turma de alunos. Ele não é uma leitura de um texto, mas

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sim uma troca de ideias entre quem apresenta e quem o assistem. Geralmente os

organizadores apresentam um tema com o apoio de um texto distribuído entre os assistentes e

usa o recurso de figuras, mapas, transparências, recortes de revistas ou jornais, vídeos, entre

outros. Os conteúdos abordados no seminário foram escolhidos a partir da pesquisa

bibliográfica, porém com o foco nos temas mais abordados no 1º Ano e 2º Ano do ensino

médio regular.

Os tópicos abordados foram cinco: Tópico 1 – O que é Ciências e Física?; Tópico 2 –

História de alguns cientistas; Tópico 3 – História da Astronomia; Tópico 4 – História da

Mecânica e Tópico 5 – História da Termologia.

4.3 COLETA DE DADOS

Para a concretização da pesquisa utilizou-se como instrumento de coleta de dados dois

questionários. Segundo Fiorentini e Lorenzato questionário é “um dos instrumentos mais

tradicionais de coleta de informações e consiste numa série de perguntas, que podem ser

fechadas, abertas ou mistas” (2009).

Inicialmente foi aplicado o Questionario A (QA), localizado no Apendice A, que

contem dez questões, sendo 3 de identificação dos participantes, e 7 fechadas. Em outro

momento aplicou-se o Questionário B (QB), disponível no Apêndice B, composto por 8

questões, das quais eram de identificação, 4 fechdas e uma mixta.

Com o consentimento da direção da escola e dos professores das respectivas turmas

participantes da pesquisa através de um termo de autorização institucional, presente no Anexo

B, iniciou-se a pesquisa.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 ANÁLISE INVESTIGATIVA DO ENSINO DE FÍSICA NAS DUAS ESCOLAS

PESQUISADAS

Nesta etapa do trabalho visou-se investigar a opinião dos alunos quanto ao ensino de

física nas escolas pesquisadas, a análise se deu através da aplicação de um Questionário A

(QA), que está no Apendice A, contendo dez questões fechadas, teve como objetivo detectar

como se dá o ensino de física na visão dos alunos, em suas respectivas escolas, bem como

identificar se nas aulas de fisica possuem a abordagem da historia das ciências e da física, e

também saber o interesse que os alunos possuem pela história das ciências e da física e o que

acham da sua importância. O nome das escolas pesquisadas, quantidade de alunos e séries se

encontram no Quadro 1.

Quadro 1: séries e quantidade de alunos pesquisados.

ESCOLA

PESQUISADA

QUANTIDADE DE ALUNOS POR SÉRIE

1º ANO 2º ANO TOTAL

Colégio União 9 12 21

Escola Marcos Bispo 32 49 81

TOTAL 41 61 102

O número total de alunos dos colégios que participaram da pesquisa, que estão nas

figuras 14 e 15, foram 102, perfazendo uma amostra que torna possível para a análise.

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Figura 14: alunos do Colégio União respondendo os questionários.

Figura 15: alunos do Marcos Bispo respondendo os questionários.

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5.1.1 Análise Investigativa: Colégio União

Foi perguntado para os alunos na Questão 4 (Q4) se o professor utiliza a História das

Ciências e da Física para explicar os conteúdos os resultados foram dispostos separadamente

por turma, o primeiro ano respondeu conforme o Gráfico 1:

Gráfico 1: resultados do 1º Ano para a Questão 4 do QA.

Obseva-se que a maioria dos alunos do 1º Ano respondeu que o professor não utiliza a

HCF para explicar os conteúdos, apenas um aluno respondeu que às vezes. Os resultados do

2º Ano estão dispostos no Gráfico 2.

AS VEZES; 1

SIM; 0

NÃO; 8

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1º ANO

Qu

an

tid

ad

e d

e a

lun

os

Q4 - O professor utiliza a história das ciências e

da fisica para explicar os conteúdos?

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Gráfico 2: resultados do 2º Ano para a Questão 4 do QA.

Nota-se que no segundo ano a HCF é mais utilizada pois 3 alunos responderam que

sim e 9 que as vezes. Na Questão 6 (Q6) quando perguntado se os alunos acham importante

conhecer a história da física eles responderam segundo o Gráfico 3.

Gráfico 3: resultados do Colégio União para a Questão 6 do QA.

No 2º ANO apenas um aluno julgou não ser importante conhecer a história da física,

os demais alunos responderam que sim, porém no 1º ANO as respostas foram divididas, pois

AS VEZES; 9

SIM; 3

NÃO; 0 0

2

4

6

8

10

2º ANO

Qu

an

tid

ad

e d

e a

lun

os

Q4 - O professor utiliza a história da fisica e das

ciências para explicar os conteúdos?

5

11 4

1

1º ANO 2º ANO

Q6 - Você acha importante conhecer a história

da fisica?

SIM NÃO

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45% disseram que não e 55% disseram que sim. Portanto é possivel perceber que os alunos do

2º ANO apresentam maior interesse que os do 1ºANO.

Na Questão 8 (Q8) Ao perguntar como os alunos consideram o ensino de fisica em sua

escola eles responderam de acordo com o Gráfico 4:

Gráfico 4: resultados do Colégio União para a Questão 8 do QA.

Observa-se que o 1º Ano posui uma opnião unanime, pois todos consideram que o

nivel de ensino como sendo bom, já no 2º Ano as opiniões foram mais divididas pois 5 alunos

disseram que é bom, 5 que é ótimo e 2 que é regular. Na Questão 10 (Q10) quando

perguntado se os alunos gostariam de saber mais sobre a história da física e das ciências os

alunos responderam conforme o Gráfco 5.

1º ANO 2º ANO

Pessimo 0 0

Ruim 0 0

Regular 0 2

Bom 9 5

Ótimo 0 5

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

10

mer

o d

e alu

nos

Q8 - Como você considera o ensino de física na sua

escola?

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Gráfico 5: resultados do Colégio União para a Questão 10 do QA.

Através dos resultados obtidos observa-se que no 2º Ano 83% dos alunos apresenta

interesse em saber mais sobre a HCF, apenas 17% não se interessa em saber mais, porém no

1º Ano 56% disseram que sim e 44% que não, nota-se pouca diferença.

5.1.2 Análise Investigativa: Escola Estadual E. F. M. Marcos Bispo

Quando perguntado para os alunos da Escola Marcos Bispo se o professor utiliza a

Hisória das Ciências e da Física para explicar os conteúdos os resultados, na Questão 4 (Q4),

os resultados foram dispostos separadamente por turma, o primeiro ano respondeu conforme o

Gráfico 6.

56%

83%

44%

17%

1º ANO 2º ANO

Q10 - Você gostaria de saber mais sobre a historia

das ciências e da física?

SIM NÃO

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65

Gráfico 6: resultados do 1º Ano da escola Marcos Bispo para a Questão 4 do QA.

Observando o gráfico se pode notar que a maior parte dos alunos respondeu que o

professor utiliza a HCF para explicar os conteúdos de física, sendo eles 20 alunos, dos

demais, 9 disseram que sim e apenas 3 que não. Os alunos do segundo ano da Escola Marcos

Bispo responderam conforme o Gráfico 7.

Gráfico 7: resultados do 2º Ano da escola Marcos Bispo para a Questão 4 do QA.;

AS VEZES;

20

SIM; 9

NÃO; 3

0

5

10

15

20

25

1º ANO

Qu

an

tid

ad

e d

e a

lun

os

Q4 - O professor utiliza a história das

ciências e da física para explicar os

conteúdos?

AS VEZES;

20

SIM; 11

NÃO; 18

0

5

10

15

20

25

2º ANO

Qu

an

tid

ad

e d

e a

lun

os

Q4 - O professor utiliza a história da física e

das ciências para explicar os conteúdos?

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66

Onze alunos marcaram que o professor utiliza, 18 marcaram que não e 20

responderam às vezes, ou seja a utilização da HCF não é constante. Na Questão 6 (Q6)

quando perguntado se os alunos acham importante conhecer a história da física as duas séries

da Escola Marcos Bispo responderam segundo o Gráfico 8.

Gráfico 8: resultados da escola Marcos Bispo para a Questão 6 do QA.

No 2º ANO aproximadamente 85% dos alunos disseram que sim é importante

conhecer a história da física e 15% que responderam que não, porém no 1º ANO 91%

disseram que sim e apenas 9% responderam que não. A diferença entre as turmas foi pequena

porém nessa escola foi o primeiro ano que apresentou maior resultado positivo. Na Questão 8

(Q8) Ao perguntar como os alunos consideram o ensino de física em sua escola eles

responderam de acordo com o Gráfico 9.

29 42

3

7

1º ANO 2º ANO

Q6 - Você acha importante conhecer a história da

física?

SIM NÃO

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Gráfico 9: resultados da escola Marcos Bispo para a Questão 8 do QA.

Observa-se que a maioria do 1º Ano julga ser regular, 15 alunos, 11 alunos

consideram bom, 4 acham ótimo, apenas 2 marcaram regular e ninguém disse ser péssimo. No

segundo ano 21alunos marcaram bom, 18 disseram ser regular, 7 julgam ótimo, 2 acham ruim

e um aluno acha péssimo. Na Questão 10 (Q10) quando perguntado se os aulunos gostariam

de saber mais sobre a história da física e das ciências os alunos responderam conforme o

Gráfco 10.

Gráfico 10: resultados da escola Marcos Bispo para a Questão 10 do QA.

1º ANO 2º ANO

Pessimo 0 1

Ruim 2 2

Regular 15 18

Bom 11 21

Ótimo 4 7

0

5

10

15

20

25

mer

o d

e alu

nos

Q8 - Como você considera o ensino de física na

sua escola?

63% 78%

38% 22%

1º ANO 2º ANO

Q10 - Você gostaria de saber mais sobre a historia

das ciências e da fisica?

SIM NÃO

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68

Através dos resultados obtidos observa-se que nas duas turmas é grande a

porcentagem dos alunos que disseram sim, no primeiro ano foram 63%, e no segundo foram

78%, dos que disseram não foram 38% do primeiro e 22% do segundo.

5.2 APLICAÇAO DO SEMINÁRIO SOBRE HISTORIA DAS CIÊNCIAS E DA FÍSICA E

ANÁLISE DE DADOS

Nessa etapa da pesquisa foi apresentado um seminário sobre a história das ciências e

da física (HCF) com o objetivo de levar uma breve introdução ao conhecimento histórico das

ciências e da física para os alunos, o Seminário foi elaborado para ser apresentado em uma

aula, de aproximadamente 50 minutos, em slides contendo imagens, vídeos e textos, a

apresentação foi dividida em cinco tópicos: Tópico 1 – O que é Ciências e Física; Tópico 2 –

História de alguns cientistas; Tópico 3 – História da Astronomia; Tópico 4 – História da

Mecânica e Tópico 5 – História da Termologia, tais tópicos escolhidos foram baseados nos

conteúdos mais vistos no 1º Ano e no 2º Ano. Após a apresentação do seminário foi aplicado

um Questionário B (QB) contendo perguntas relacionadas à opinião dos alunos sobre o

conteúdo da apresentação, sendo elas sete perguntas fechadas e uma aberta totalizando oito

questões, a figura 16 mostra a apresentação no Colégio União, e as figuras 17 e 18 mostram as

apresentações na Escola Marcos Bispo.

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69

Figura 16: apresentação do seminário no Colégio União.

Figura 17: apresentação do seminário na Escola Marcos Bispo.

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Figura 18: continuação da apresentação do seminário na Escola Marcos Bispo.

5.2.1 Análise A Partir Do Seminário: Colégio União

As séries e quantidade de alunos pesquisados no Colégio União estão presentes no

Quadro 2.

Quadro 2: series e quantidade de alunos pesquisados no Colégio União.

COLÉGIO UNIÃO

Series Pesquisadas Quantidade de Alunos

1º ANO 9

2º ANO 12

TOTAL 21

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O número total de alunos pesquisados no Colégio União foram 21. Quando

perguntado para eles na questão 5 (Q5) se sentiram mais motivados a aprender sobre física

após o seminário, o primeiro ano respondeu conforme o Gráfico 11.

Gráfico 11: resultados do 1° Colégio União para a Questão 5 do QB.

O primeiro ano do ensino médio apresentou um índice de motivação após o seminário

de 67% é um número que nos mostra que a maior parte dos alunos se sentiu motivada após o

seminário e apenas 33% não se sentiu motivado. Os alunos do segundo ano responderam

conforme o gráfico 12.

SIM

67%

NÃO

33%

Q5 - Você se sentiu mais motivado a aprender

sobre física?

1º ANO

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Gráfico 12: resultados do 2° ano Colégio União para a Questão 6 do QB.

A turma do 2º Ano apresentou um índice de motivação após o seminário de 75% ou

seja, a maior parte dos alunos se sentiu motivada após o seminário. Já 25% apresenta um nível

de não motivação ao aprender sobre a física. Na Questão 6 (Q6) do QB foi perguntado para os

alunos qual tópico do seminário que eles mais gostaram, as respostas seguem no Quadro 3.

Quadro 3: respostas do Colégio União para a questão 6 do QB.

Q6 - QUAL TÓPICO VOCÊ MAIS

GOSTOU?

1º ANO 2º ANO GERAL

Tópico 1 – O que é Ciências e Física 1 2 3

Tópico 2 – História de alguns cientistas 4 5 9

Tópico 3 – História da Astronomia 1 3 4

Tópico 4 – História da Mecânica 0 2 2

Tópico 5 – História da Termologia 1 0 1

Todos Tópicos 2 0 2

TOTAL DE ALUNOS 9 12 21

Através do quadro observa-se que o tópico que os alunos mais gostaram em geral foi o

Tópico 2 – História de alguns cientistas, pois 9 alunos escolheram esse item, seguido do

Tópico 3 – História da Astronomia em que 4 alunos escolheram. Três alunos escolheram o

Tópico 1 – O que é Ciências e Física, 2 alunos responderam Tópico 4 – História da Mecânica,

SIM

75%

NÃO

25%

Q5 - Você se sentiu mais motivado a aprender

sobre física?

2º ANO

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73

um aluno selecionou o Tópico 5 – História da Termologia e dois alunos marcaram todos os

tópicos.

Quando perguntado para os alunos na questão 7 (Q7) o que acharam da história da

física e da ciência apresentada eles responderam conforme o Gráfico 13.

Gráfico 13: resultado do Colégio União para a Questão 7 do QB.

Nota-se que eles responderam de forma dividida tanto o 1º Ano quanto o 2º Ano

apresentou o mesmo número de resposta achando importante e interessante, porém 3 alunos

do primeiro ano responderam que acharam desnecessária a história a eles apresentada.

Na questão 8 (Q8) foi perguntado aos alunos se eles acham a história da física tão

importante quanto os cálculos, o primeiro ano respondeu conforme o Gráfico 14.

1º ANO 2º ANO

Chata 0 0

Desnecesária 3 0

Muito Importante 3 6

Interesante 3 6

0

1

2

3

4

5

6

7

Tít

ulo

do

Eix

o

Q7 - Você acha da história da física e das ciências é:

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74

Gráfico 14: resultados do 1° ano Colégio União para a Questão 8 do QB.

Para 67% dos alunos do 1º Ano a HCF é tão importante quanto os cálculos e verificou-

se que apenas 33% dos educandos responderam que não é tão importante. Os alunos do

segundo ano responderam conforme o gráfico 15.

Gráfico 15: resultados do 2° ano Colégio União para a Questão 8 do QB.

Verifica-se que para 75% dos alunos do 2º Ano a história da física é tão importante

quanto os cálculos, sendo que 25% desses alunos pesquisados não consideram importante.

SIM

67%

NÃO

33%

Q8 - Você acha a história da física tão importante

quanto cálculos?

1º ANO

SIM

75%

NÃO

25%

Q8 - Você acha a história da física tão importante

quanto cálculos?

2º ANO

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75

5.2.2 Análise A Partir Do Seminário: Escola Estadual E. F. M. Marcos Bispo Da Silva

As séries e quantidade de alunos pesquisados no Marcos Bispo Da Silva estão

presentes no Quadro 4.

Quadro 4: séries e quantidade de alunos pesquisados na Escola Marcos Bispo.

ESCOLA ESTADUAL E. F. M. MARCOS BISPO DA SILVA

Series Pesquisada Quantidade de Alunos

1º ANO 32

2º ANO 49

TOTAL 81

No total na Escola Marcos Bispo, foram 81 alunos pesquisados. Quando perguntado

para os alunos na questão 5 (Q5) se eles se sentiram mais motivados a aprender sobre física

após o seminário, o primeiro ano respondeu conforme o Gráfico 16.

Gráfico 16: resultados do 1° ano da Escola Marcos Bispo para a Questão 5 do QB.

Dos alunos do 1º Ano que foram consultados, 63% se sentiram mais motivados a

estudar física após a apresentação do seminário. Porém observou-se que 38% desses alunos

SIM

63%

NÃO

37%

Q5 - Você se sentiu mais motivado a aprender sobre

física?

1º ANO

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não sentiram motivados em aprender. Os alunos do segundo ano responderam conforme o

gráfico 17.

Gráfico 17: resultados do 2° ano da Escola Marcos Bispo para a Questão 5 do QB.

Dentre os aluno do 2º Ano 75% que foram pesquisados se sentiram mais motivados a

estudar física após a apresentação do seminário, sendo que 25% desses alunos apresentou

motivação ao aprender sobre física.

Na Questão 6 (Q6) do QB foi perguntado para os alunos qual tópico do seminário eles

mais gostaram as respostas seguem no Quadro 5.

Quadro 5: resultados da Questão 6 do QB, Escola Marcos Bispo.

Q6 - Qual tópico você mais

gostou?

1º Ano 2º Ano GERAL

Tópico 1 – O que é Ciências e

Física

6 7 13

Tópico 2 – História de alguns

cientistas

13 10 23

Tópico 3 – História da

Astronomia

8 6 14

Tópico 4 – História da Mecânica 2 3 5

Tópico 5 – História da

Termologia

1 4 5

Dois Tópicos 2 11 13

SIM

75%

NÃO

25%

Q5 - Você se sentiu mais motivado a aprender sobre

física?

2º ANO

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Três Tópicos 0 4 4

Quatro Tópicos 0 2 2

Todos Tópicos 0 2 2

TOTAL DE ALUNOS 32 49 81

Dos tópicos abordados observa-se que o tópico que os alunos mais gostaram em geral

foi o Tópico 2 – História de alguns cientistas, pois 23 alunos marcaram, seguido do Tópico 3

– História da Astronomia onde 14 alunos escolheram. O Tópico 1 – O que é Ciências e Física

foi escolhido por 13 alunos, 5 alunos marcaram o Tópico 4 – História da Mecânica e 5 alunos

marcaram o Tópico 5 – História da Termologia. A quantidade de alunos que marcou dois

tópicos foi de 13 alunos, os que marcaram três tópicos foram 4, os que marcaram 4 tópicos

foram 2 e dois alunos marcaram todos os tópicos.

Quando perguntado para os alunos na questão 7 (Q7) o que acharam da história da

física e da ciência apresentada eles responderam conforme o Gráfico 18.

Gráfico 18: resultados da Escola Marcos Bispo para a Questão 7 do QB.

Através do gráfico observa-se que os resultados das duas turmas foram semelhantes,

pois no 1º ANO 23 alunos responderam interessante, 6 muito importante, 3 chata, e nenhum

assinalou a alternativa desnecessária. No segundo ano também a maior parte dos alunos

respondeu interessante, sendo eles 32, em seguida 14 alunos que consideram muito

1º ANO 2º ANO

Chata 3 3

Desnecesária 0 0

Muito Importante 6 14

Interesante 23 32

0

5

10

15

20

25

30

35

Qu

an

tid

ad

e d

e alu

nos

Q7 - Você acha que história da física e das ciências é:

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importante, 3 que acham chata, e da mesma forma que aconteceu no primeiro ano ninguém

achou desnecessária.

Na questão 8 (Q8) foi perguntado aos alunos se eles acham a história da física tão

importante quanto os cálculos, o primeiro ano respondeu conforme o Gráfico 19.

Gráfico 19: resultados do 1° ano da Escola Marcos Bispo para a Questão 8 do QB.

Observa-se que os alunos do 1º Ano 63% acharam a história da física tão

importante quanto os cálculos após a apresentação do seminário. Verifica-se que 38% dos

alunos não consideraram a física tão importante quanto cálculos. Os alunos do segundo ano

responderam conforme o gráfico 20.

SIM

63%

NÃO

37%

Q8 - Você acha a história da física tão importante

quanto cálculos?

1º ANO

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Gráfico 20: resultados do 2° ano da Escola Marcos Bispo para a Questão 8 do QB.

Verifica-se que no 2º Ano 86% dos alunos acharam a história da física tão importante

quanto cálculos após a apresentação do seminário, mas verifica-se que apenas 14% dos alunos

não acham importantes.

SIM

86%

NÃO

14%

Q8 - Você acha a história da física tão importante

quanto cálculos?

2º ANO

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6 CONSIDERAÇOES FINAIS

A História das Ciências e da Física ainda é pouco conhecida pelos alunos, e pouco

utilizada nas aulas, pois foi visto que os que o uso frequente pelos professores foi considerado

relativamente baixo através dos resultados. O foco fundamental do trabalho era de analisar as

contribuições das HCF como uma ferramenta de motivação para os alunos aprenderem a

física.

Foi visto no decorrer deste trabalho que um alto percentual dos alunos se sentiram

motivados a aprenderem mais sobre física após conhecer a historia, pois ela é vista de uma

maneira mais humanizada, visto que muitos alunos se identificam com a personalidade e a

história de alguns cientistas.

As respostas dos alunos também apontam que a história não é a solução para os

problemas de aprendizagem da física, porém serve como uma excelente ferramenta didática,

pois possibilita ao aluno outra perspectiva do que é a ciência e a física para além dos cálculos.

Com base na pesquisa propõe-se ao professor uma breve introdução histórica antes de cada

conteúdo a ser passado, como incentivo para que ocorra um melhor aprendizado da parte dos

alunos.

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REFERÊNCIAS

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ARAGÃO, Maria José. História da Física. Rio de Janeiro: Interciência, 2006.

BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros

Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: MEC, 1999, 364 p.

BRENNAN, Richard P. Gigantes da física:Uma história da física moderna através de oito

biografias. Tradução, Maria Luiza X. de A. Borges; revisão técnica, Helio da Mota Filho e

Henrique Lins de Barros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003.

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<http://efisica.if.usp.br/mecanica/curioso/historia/origens/> acesso em 03/03/2015.

FERREIRA, Moacyr Costa. História da Física. São Paulo: EDICON,1988.

FIORENTINI. D.; LORENZATO, S. Investigação em Educação Matemática: percursos

teóricos e metodológicos. 3. ed. 228 p. Campinas, SP: Autores Associados, 2009.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5 edição são Paulo, atlas 2010.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São

Paulo: Atlas, 2003.

LEWIS, J. L. O Ensino da Física Escolar. Tradução de Eduardo Saló. Lisboa: Editorial

Estampa Ltda, 1976a. v. 1. Título original: Teaching School Physics.

LOURENÇO, Isabel Maria Mota Heitor. A história da física no ensino da física: a evolução

da descoberta do electromagnetismo na história e no ensino da física. 2008. 218 f.

Dissertação (Mestrado em Física Laboratorial, Ensino e História da Física) – Faculdade de

Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Lisboa 2008.

MARTINS, Roberto de Andrade. Sobre o papel da história da ciência no ensino. Boletim

da Sociedade Brasileira de História da Ciência, Vol. 9, pp. 3-5, 1990.

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84

_________, Roberto de Andrade. A história das ciências e seus usos na educação. in:

SILVA, Cibelle Celestino (Org.). Estudos de história e filosofia das ciências: subsídios

para aplicação no ensino. São Paulo: Livraria da Física, 2006. Introdução, pp. xvii-xxx.

MATTHEWS, Michael R. História, filosofia e ensino de ciências: a tendência atual de

reaproximação. Caderno Catarinense de Ensino de Física, Vol. 12, nº 3, pp. 164- 214,1995.

MOREIRA, Marco Antonio. Aprendizagem Significativa. Brasília: Editora Universidade de

Brasília, 1999.

_________, Marco Antonio. A teoria da aprendizagem significativa e sua implementação

em sala de aula. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2006.

PEDDUZZI, L. O. Q. Sobre a utilização didática da História da Ciência. in:

PIETROCOLA, Maurício, (org.). Ensino de Física: conteúdo, metodologia e epistemologia

numa concepção integradora. 2ª. ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2005. Cap. 7, p. 151-

170.

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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO A

1) Nome da Instituição: _______________________________________________

2) Sexo

( ) Feminino ( ) Masculino

3) Turma

( ) 1º Ano ( ) 2º Ano ( ) 3º Ano

4) O professor utiliza a história da física e das ciências para explicar os conteúdos?

( ) sim ( ) não ( ) as vezes

5) O livro didático/apostila de física que é utilizado nas aulas aborda tópicos históricos

sobre física e ciências?

( ) sim ( ) não ( ) as vezes

6) Você acha importante conhecer a história da física?

( ) sim ( ) não

7) Você gosta de aprender sobre história em geral?

( ) sim ( ) não

8) Como você considera o ensino de Física na sua escola?

( ) Péssimo ( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo

9) Você já viu, leu ou ouviu alguma vez qualquer história da física?

( ) sim ( ) não

10) Você gostaria de saber mais sobre a história da física e das ciências?

( ) sim ( ) não

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APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO B

1) Nome da Instituição: _______________________________________________

2) Sexo

( ) Feminino ( ) Masculino

3) Turma

( ) 1º Ano ( ) 2º Ano ( ) 3º Ano

4) Você gostou de aprender mais sobre a história da física e das ciências?

( ) sim ( ) não

Comente______________________________________________________________

___________________________________________________________

5) Você se sentiu mais motivado a aprender sobre física?

( ) sim ( ) não

6) Qual tópico você mais gostou?

( ) Tópico 1 – O que é Ciências e Física ( ) Tópico 2 – História de alguns cientistas

( ) Tópico 3 – História da Astronomia ( ) Tópico 4 – História da Mecânica

( ) Tópico 5 – História da Termologia

7) Você acha que a história da física e das ciências é:

( ) chata ( )desnecessária ( ) muito importante ( ) interessante

8) Você acha a história da física tão importante quanto os cálculos?

( ) sim ( ) não

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ANEXO A – TERMOS DE AUTORIZAÇÕES INSTITUCIONAIS

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TERMO DE AUTORIZAÇÃO

Eu, JAQUELINE JERÔNIMO SOUZA CABRAL, abaixo assinado, aluno(a) regularmente

matriculado(a) no Curso de Licenciatura em Física, portador(a) do RA:201111019, RG:

7.739.336-SSP-PE, CPF:887.997.004-04, venho por meio deste autorizar a disponibilização

pelo DEFIJI do meu Trabalho de Conclusão de Curso em meios eletrônicos existentes ou que

venham a ser criados.

Ji-Paraná, _____ de _______________________ de 2015

______________________________________

Nome por extenso