intervenção dos espíritos no mundo corporal (elio mollo)

INTERVENO DOS ESPRITOS NO MUNDO CORPORAL - 1

INTERVENO DOSESPRITOS NO

MUNDOCORPORAL

O LIVRO DOS ESPRITOSobra codificada por Allan Kardec

Livro Segundo - qq. 456 a 557

Diagramao e composio: Elio Mollo


NDICE

Cap.

Tema Pg.

I - Penetrao de nosso pensam entopelos espritos. 3

II - Influncia oculta dos Espritos sobrenossos pensamentos e sobre as no s-sas aes. 4

III - Possessos. 6

IV - Convulsionrios. 8

V - Afeio dos Espritos por certas pe s-soas. 9

VI - Anjos guardies, Espritos proteto-res, familiares e simpticos. 10

VII - Pressentimentos. 15

VIII - Influncia dos Espritos sobre os a-contecimentos da vida. 16

IX - Ao dos Espritos sobre os fenm e-nos da Natureza. 18

X - Os Espritos durante os combates. 19

XI - Dos Pactos 20

XII - Poder oculto, talisms. Feiticeiros. 21

XIII - Bnos e maldies. 23


PENETRAO DE NOSSOPENSAMENTO PELOS ESPRITOS

456 - Os Espritos podem ver tudo o que ns fazemos, visto que nos rodeiam incessantemente. Todavia,cada um no v seno as coisas sobre s quais dirige sua ateno, porque com aqueles que lhes so indif e-rentes, eles no se preocupam.

457 - Freqentemente, os Espritos podem conhecer nossos mais secretos pensame ntos, inclusive elesconhecem aquilo que queremos ocultar a ns mesmos; nem atos, nem pensamentos podem lhe ser di ssimu-lados.

457a - mais fcil esconder uma coisa de uma pessoa viva que faz -lo a essa mesma pessoa depois desua morte. E quando acreditamos estar bem ocultos, freqentemente, existe uma multido de Espritos, aonosso lado, que ns vem.

458 - Depende muito da categoria dos Espritos que esto ao nosso redor e, que nos observam, a anliseque eles fazem de ns; por exemplo: Os Espritos fr volos se riem dos pequenos aborrecimentos que nossuscitam e zombam das nossas impacincias. Os Espritos srios lastimam nossos defeitos e procuram nosajudar.

RESUMOOs Espritos podem ver tudo o que fazemos, pois que constantemente nos rode iam.

Cada um, porm, s v aquilo a que d ateno. Muitas vezes chegam a conhecer o que des e-jaramos ocultar at de ns mesmos. Nem atos nem pensamentos se lhes podem di ssimular.


INFLUNCIA OCULTA DOS ESPRITOS SOBRE OSNOSSOS PENSAMENTOS E SOBRE AS NOSSAS AES

459 - A influncia dos Espritos sobre os nossos pensamentos e as nossas aes, maior do que pod e-mos acreditar, freqentemente, so eles que nos dirigem.

460 - Temos pensamentos que so nossos e outros que nos so sugeridos. Po r exemplo: Somos Espr i-tos que pensamos, assim, no podemos ignorar que vrios pensamentos nos alcanam, ao mesmo tempo,sobre o mesmo assunto e, freqentemente, bem contrrios uns dos outros; ento, h sempre de ns e outrosque nos so sugeridos pelos Espritos e, isso que nos coloca na incerteza, posto que temos em ns duasidias que se combatem.

461 - Quando um pensamento sugerido, como uma voz que nos fala. Os pensamentos prprios so,em geral, aqueles do primeiro momento. De resto, no h um grande interesse para vs nessa distino, e freqentemente til no sabermos. O homem age mais livremente e, se ele se decide pelo bem, o faz maisvoluntariamente; se toma o mau caminho, no tem nisso seno mais responsabilidades.

462 - Algumas vezes, os homens de inteligncia e de gnio haurem idias de sua prpria natureza ntima,porm, freqentemente, elas lhes so sugeridas por outros Espritos que os julgam capazes de as compr e-ender e dignos de as transmitir. Quando eles no as encontram em si, a pelam inspirao; uma evocaoque fazem sem o suspeitar.

NOTA DE ALLAN KARDEC: Se fosse til que pudssemos distinguir claramente nossos prprios pensamentos daquelesque nos sugeridos, Deus nos teria dado o meio, como ele nos deu o de distinguir o d ia da noite. Quando uma coisa vaga, queassim deve ser para o bem.

463 - No exato dizer que o primeiro impulso sempre bom; pode ser bom ou mau, segundo a naturezado Esprito encarnado. sempre bom para aquele que ouve as boas inspiraes.

464 - Para distinguir se um pensamento sugerido vem de um bom ou de um mal Esprito, necessrioexaminar o pensamento: os bons Espritos s aconselham o bem; cabe a ns distinguir.

465a e b - Os Espritos imperfeitos nos induzem ao mal para nos fazer sofrer como eles. Eles fazem issopor inveja de verem criaturas mais felizes que eles. E normalmente a natureza dos sofrimento que eles qu e-rem nos fazer experimentar, e nos ver cair, para nos afastar de Deus.

466 - Os Espritos imperfeitos so instrumentos des tinados a experimentar a f e a constncia dos h o-mens no bem. O Esprito deve progredir na cincia do infinito e por isso que passa pelas provas do malpara alcanar o bem. A misso dos Bons Espritos de colocarem os homens no bom caminho, e quando asms influncias agem sobre o homem, que ele as atrai sobre si pelo desejo de fazer o mal, quando ele temvontade de pratic-lo. Os maus Espritos no tem condio de ajudar algum de fazer o mal, seno quandoesse algum desejar praticar o mal. Se uma pe ssoa tiver propenso ao homicdio, ter uma multido de Esp -ritos que procuraro manter esse pensamento nessa pessoa; mas, tambm, tero outros que se esforaroem influenciar essa pessoa a ter bons pe nsamentos, o que faz restabelecer a balana, e fazer c om que essapessoa decida por si mesma, de praticar o hom icdio ou no.

NOTA DE ALLAN KARDEC: assim que Deus deixa nossa conscincia a escolha do caminho que devemos seguir, e aliberdade de ceder a uma ou outra das influncias contrrias que exercem sobre ns.

467 - Pode-se libertar da influncia dos Espritos que nos solicitam ao mal, porque eles no se ligam s e-no aos que os solicitam por seus desejos ou os atraem por seus pensamentos.


468 - Os Espritos cuja influncia repelida pela vontade, re nunciam as suas tentativas. Quando no hnada a fazer, eles cedem o lugar; entretanto, aguardam o momento favorvel, como o gato espreita o rato.

469 - O nico meio de neutralizar a influncia dos maus Espritos fazendo o bem e colocando toda aconfiana em Deus, assim, se repele a influncia dos Espritos inferiores, e se destroi o imprio que eles qu e-rem tomar sobre ns. Deve-se evitar de escutar suas sugestes, ou seja, aquelas que suscitam os mauspensamentos, as discrdias e aquelas que excitam as ms paixes. Deve-se desconfiar sobretudo, daquelesque exaltam o orgulho porque as tomam por nossa fraqueza. Eis porque Jesus nos faz dizer na orao dom i-nical: Senhor! no nos deixeis sucumbir tentao, mas livrai -nos do mal.

470 - Nunca um Esprito recebe a misso de fazer o mal. Quando ele o faz por sua prpria vontade e,por conseguinte, lhe suporta as conseqncias. Deus pode deix -lo fazer para nos experimentar, mas nolhe ordena, e est em ns a deciso de repeli -lo ou no.

471 - Quando experimentamos um sentimento de angstia, de ansiedade indefinvel ou de satisfao int e-rior sem causa conhecida, so quase sempre, comunicaes que temos inconscientemente, com os Espr i-tos, ou que tivemos com eles durante o sono.

472 - Os Espritos que querem nos excitar ao mal, aproveitam a circunstncia, mas, freqentemente, aprovocam, compelindo-nos, inconscientemente, ao objeto da nossa cobia. Assim, por exemplo, um homemencontra sobre seu caminho uma soma de dinheiro; no creiais que foram os Espr itos que levaram o dinhei-ro para esse lugar, mas eles podem dar ao homem o pensamento de se apoderar dele, enquanto outros lhesugerem o de entregar esse dinheiro aquele a quem pertence. Ocorre o mesmo em todas as outras tent a-es.

RESUMOOs Espritos influem a tal ponto, em nossos pensamentos e atos, que de ordinrio so

eles que nos dirigem. No conjunto de nossos pensamentos esto sempre de mistura os queso nossos e o que so dos Espritos. Da a incerteza em que nos vemos quando temos duasidias a se combaterem em nossa mente. Mas o homem tem o direito de agir com liberdade;se se decide pelo bem, melhor para ele; se se decidir pelo mal, assumir responsabilidade deseu ato. Pode o homem eximir -se da influncia dos Espritos que procuram arrast -lo ao mal,visto que tais Espritos s se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam, ou aos que,pelos seus pensamentos, os atraem.


POSSESSOS

473 - Um Esprito no pode revestir o envoltrio fsico de uma outra pessoa, nem que seja momenta nea-mente, pois, no como a porta de uma casa. Ele se afina com um Esprito encarnado que tem os mesmosdefeitos e as mesmas qualidades para agir conjuntamente. Mas sempre o Esprito encarnado que age c o-mo quer sobre a matria da qual est revestido. Um Esprito no pode substituir aquele que est encarnado,porque o Esprito e o corpo esto ligados at o tempo marcado para o trmino da existncia material.

474 - No h possesso propriamente dito, quer dizer, coabitao de dois Espritos no mesmo corpo , aalma pode se encontrar na dependncia de um outro Esprito, de maneira a estar por ele subjugada ou obse-dada, a ponto que sua vontade esteja, de alguma sorte, paralisada, e esses so os verdadeiros possessos.Mas essa dominao no se faz jamais sem a participao daquele que a suporta, seja por sua fraqueza,seja por seu desejo. Tm-se tomado, freqentemente, por possessos os epilpticos ou os loucos que tmmais necessidade de mdico que de exorcismo.

NOTA DE ALLAN KARDEC: A palavra possesso, em seu sentido vulgar, supe a existncia de demnios, quer dizer, deuma categoria de seres de natureza m, e a coabitao de um desses seres com a alma no corpo de um indivduo. Posto que no hdemnios nesse sentido, e que dois Espritos no podem habitar sim ultaneamente o mesmo corpo, no h possessos segundo aidia ligada a essa dependncia absoluta em que a alma pode se encontrar em relao a Espritos imperfeitos que a subjugam.

475 - Pode-se, por si mesmo, afastar os maus Espritos e se libertar de sua dominao, ou seja, sacudirum jugo, quando se tem vontade firme.

476 - Pode acontecer que a fascinao exercida por um Esprito mau seja tal que a pessoa subjugadano a perceba, ento, a vontade de um homem de bem pode ajudar apelando pelo concurso dos bons Espri-tos, porque quanto mais se um homem de bem, mais se tem poder sobre os Espritos imperfeitos para osafastar, e sobre os Espritos bons, para os atrair. Entretanto, seria incapaz se aquele que est subjugado noconsentir nisso. Existem pessoas que se alegram em uma dependncia que agrada seus gostos e seus d e-sejos. Em todos os casos, aquele cujo corao no puro, no pode ter nenhuma influncia; os bons Espr i-tos o abandonam e os maus no o t emem.

477 - As frmulas de exorcismo no tm qual quer eficcia contra os maus Espritos, pois eles se riem ese obstinam quando vem algum levar as suas traquinagens a srio. (vide item anterior sobre o homem de bem)

478 - O melhor meio de se livrar dos Espritos obsessores cansar sua pacincia, no t omar conheci-mento de suas sugestes, mostrar -lhes que perdem tempo; ento, quando vem que no tm nada a fazer,eles se vo.

479 - A prece um meio poderoso e eficaz para se socorrer em tudo, inclusive a obsesso, mas, nobasta murmurar algumas palavras para obter o que se deseja. Deus assiste aqueles que agem e no aquelesque se limitam a pedir. necessrio, pois, que o obsidiado faa, a seu turno, aquilo que necessrio paradestruir, em si mesmo, a causa que atrai os maus Espritos.

480 - A expulso dos demnios, de que fala o Evangelho, depende da interpretao. Se chamais demnioa um mau Esprito que subjugue um indivduo, quando a sua influncia for destruda, ele ser verdadeirame n-te expulso. Se atribuis uma doena ao demnio, quando houverde s curado a doena direis, tambm, queexpulsastes o demnio. Uma coisa pode ser verdadeira ou falsa segundo o sentido que se der as palavras.As maiores verdades podem parecer absurdas quando no se olha seno a forma, e quando se toma a al e-goria pela realidade. Compreendei bem isto e o guardai, pois de uma aplicao geral.


RESUMOO estado de possesso no o de um Esprito que entre em um corpo, como se e n-

trasse em uma casa. O possessor identifica -se com o Esprito encarnado cujos d efeitos equalidades sejam os mesmos que os seus, a fim de obrar conjuntamente com ele. O enca r-nado, porm sempre quem atua, conforme quer, sobre a matria de que se acha revestido.Um Esprito no pode substituir -se ao que est encarnado. A dom inao no se efetua nuncasem que aquele que a sofre o consiste, quer pela sua fr aqueza, quer porque a deseje, sempre possvel, a quem quer que seja, subtrair -se ao jugo do possessor desde que, com vontadefirme, o queira.


CONVULSIONRIOS

481 - Os Espritos exercem um papel muito grande nos fenmenos que se produzem nos indivduos d e-signados sob o nome de convulsionrios, assim como o magnetismo, que lhe fonte primeira. Todavia ocharlatanismo, freqentemente, tem explorado e exagerado esses efeitos, o que os tem feito cair no rid culo.

481a - Os Espritos que concorrem para essa espcie de fenmenos, so de natureza pouco elevada. OsEspritos superiores no se divertem com semelhante coisas.

482 - O estado anormal dos convulsionrios e dos que sofrem crises podem acontecer subitamente emtoda uma populao pelo efeito simptico; as disposies morais se comunicam muito facilmente em certoscasos. Basta conhecer os efeitos magnticos para compreender isso e a parte que certos Espritos deve nis-so tomar por simpatia aqueles que os provocam.

NOTA DE ALLAN KARDEC: Entre as faculdades estranhas que se distinguem nos convulsionrios, reconhecem -se sem di-ficuldade as que o sonambulismo e o magnetismo oferecem numerosos exemplos: tais so, en tre outras, a insensibilidade fsica, oconhecimento do pensamento, a transmisso simptica das dores, etc. No se pode, pois, duvidar que os que sofrem crises noestejam em uma espcie de sonambulismo desperto, provocado pela influncia que exercem uns s obre os outros. Eles so, aomesmo tempo, magnetizadores e ma gnetizados, sem o saberem.

483 - A causa de insensibilidade fsica que se nota em convulsionrios, ou em outros indivduos submet i-dos s torturas atrozes, um efeito exclusivamente magntico qu e age sobre o sistema nervoso, da mesmamaneira que certas substncias. Em outros, a exaltao do pensamento enfraquece a sensibilidade, porquea vida parece retirar-se do corpo para se transportar ao Esprito. Quando o Esprito est fortemente preoc u-pado com alguma coisa, o corpo no sente, no v e no ouve nada.

NOTA DE ALLAN KARDEC: A exaltao fantica e o entusiasmo oferecem, freqentemente, nos suplcios, o exemplo deuma calma e de um sangue -frio que no triunfariam de uma dor aguda se no se admit isse que a sensibilidade se encontra neutral i-zada por uma espcie de efeito anestsico. Sabe -se que no calor do combate a pessoa no se apercebe, freqentemente, de umferimento grave, enquanto que, em circunstncias ordinrias, uma arranhadura a faria est remecer.

Visto que esses fenmenos dependem de uma causa fsica e da ao de certos Espritos, pode -se perguntar como ele pdedepender da autoridade para cessar em certos casos. A razo simples. A ao dos Espritos no aqui seno secundria; eles nofazem mais que aproveitar uma disposio natural. A autoridade no suprimiu essa disposio, mas a causa que a entretinha e exa l-tava; de ativa passou a latente, e tinha razo de agir assim, porque resultava do abuso e escndalo. Sabe -se, de resto, que essainterveno nenhum poder tem quando a ao dos Espritos direta e espontnea.

RESUMOConcorrem para a produo do fenmeno de convulso os Espritos de categoria po u-

co elevada. Tudo feito de simpatia. As disposies morais se comunicam muito facilm ente,em certos casos. Nalguns, o fenmeno exclusivamente efeito de magn etismo, que atua so-bre o sistema nervoso. Em outros, a exaltao do pensamento e mbota a sensibilidade. Quan-do o Esprito est vivamente preocupado com uma coisa, o corpo nada sente, nada v e nadaouve.


AFEIO DOS ESPRITOS POR CERTAS PESSOAS

484 - Os Espritos se afeioam de preferncia por certas pessoas; os bons Espritos simpatizam com h o-mens de bem, ou suscetveis de se melhorarem; os Espritos inferiores com os homens viciosos ou que pos-sam vir a s-lo. Dai sua afeio, por causa da semelhana das sensaes.

485 - A afeio verdadeira nada tem de carnal; mas, quando um Esprito se liga a uma pessoa, nemsempre por afeio e pode a misturar uma lembrana das paixes humanas.

486 - Os bons Espritos fazem o bem possvel e ficam felizes com todas as nossas alegrias. Eles se afl i-gem com os nossos males, principalmente quando no as suportamos com resignao, porque esses malesficam sem resultados para ns; como o doente que rejeita a bebida amarga que deve cur -lo.

487 - Entre o mal fsico e o mal moral, o que mais afligem os Espritos por ns, o egosmo e a dureza decorao: porque dai que tudo deriva. Eles se riem de todos esses males imaginrios que nascem do orgu-lho e da ambio, e se regozijam com aqueles que tm por efeito abreviar o nosso tempo de prova.

NOTA DE ALLAN KARDEC: Os Espritos, sabendo que a vida corporal transitria e que as tribulaes que a acomp a-nham so os meios de chegar a um estado me lhor, se afligem mais pelas causas morais que nos distanciam deles, que pelos m alesfsicos, que so passage iros.

Os Espritos se inquietam pouco a pouco com as infelicidades que no afeta seno as nossas idias mundanas, como f a-zemos com os desgostos pueris da infncia.

Os Espritos que vem nas aflies da vida um meio de progresso para ns, consideram -nas como a crise momentnea quedeve salvar o doente. Eles se compadecem dos nossos sofrimentos, como nos compadecemos com os de um amigo. Todavia, vendoas coisas de um ponto de vista mais justo, eles as apreciam de outro modo que o nosso, e enquanto os bons levantam nossa cor a-gem no interesse do nosso futuro, os outros excitam -nos ao desespero, tendo em vista compromet -lo.

488 - Nossos parentes e nossos amigos, que nos precederam na outra vida, tm por ns mais simpatiaque os Espritos que nos so estranhos, e freqentemente ele nos protegem como Espritos, segundo o seupoder e, eles so muitos sensveis, mas eles esquecem aqueles que os esquecem.

RESUMOOs bons Espritos simpatizam com os homens de bem ou susceptveis de se m elhora-

rem. Os inferiores, com os homens viciosos ou que podem tornar -se tais. Da suas afeies,como conseqncia da conformidade de sentimentos. A verdadeira afeio, entretanto, nadatem de carnal. Os bons Espritos fazem todo o bem que lhes possvel e se sentem ditososcom as nossas alegrias. Afligem -se com os males, quando os no suportamos com resign a-o, porque nenhum benefcio, ento, tiramos deles. Os p arentes e amigos, que nos votamque aqueles que nos so estranhos, e sempre nos pr otegem, na medida do poder de que dis-pem.


ANJOS GUARDIES, ESPRITOS PROTETORES,FAMILIARES OU SIMPTICOS

489 - Os Espritos que se ligam a um indivduo em particular para o proteg er, e o que podemos chamarde irmo espiritual, o bom Esprito ou o bom gnio .

490 - Deve-se entender por anjo guardio, o Esprito protetor de uma ordem elevada.

491 - A misso do Esprito protetor a de ser um pai sobre seus filhos: guiar seu protegid o no bom cami-nho, ajud-lo com seus conselhos, consolar suas aflies, sustentar sua coragem nas provas da vida.

492 - O Esprito protetor liga-se ao indivduo no seu nascimento e estar junto dele at a morte, e, fr e-qentemente, o segue depois da morte na vida esprita, e mesmo em vrias existncias corporais, porqueessas existncias so apenas fases bem curtas com relao vida do Esprito.

493 - O Esprito protetor obrigado a velar por ns porque aceitou essa tarefa, mas pode escolher os s e-res que lhe so simpticos. Para alguns um prazer, para outros uma misso ou um dever. Mas, isso no oimpede tambm de ajudar outras criaturas, s que o faz menos exclusivamente.

494 - Freqentemente, ocorre que o Esprito protetor tem que deixar sua posio p ara executar outrasmisses; ento, so substitudos.

Mensagem de So Luiz e Santo Agostinho (foi mudado otratamento de vs para ns)

495 - O Esprito protetor se afasta quando v seus conselhos inteis, e que a vontade de sofrer a influ n-cia de Espritos inferiores mais forte. Todavia, no o abandona completamente, e se faz sempre ouvir se n-do, ento, o homem quem fecha os ouvidos. Ele retorna, desde que chamado.

uma doutrina que deveria converter os mais incrdulos pelo seu encanto e pela doura: a dos anjosguardies. Pensar que se tem sempre perto de si seres que nos so superiores, que esto sempre a paranos aconselhar, nos sustentar, nos ajudar a escalar a spera montanha do bem, que so os amigos maisseguros e devotados do que as mais ntima s ligaes que se possa contrair sobre a Terra, j uma idiabem consoladora. Esses seres esto perto de ns por ordem de Deus; Ele os colocou junto de ns, e esto,por seu amor, cumprindo uma bela, mas penosa misso. Onde estejamos, ele estar conosco : na priso, noshospitais, nos lugares de devassido, na sol ido, nada nos separa desse amigo invisvel, mas do qual nossaalma sente os mais doces estmulos e ouve os s bios conselhos.

Devemos procurar conhecer melhor esta verdade! quantas vezes ela nos ajudou e ajudara ainda nosmomentos de crise; quantas vezes ela nos salvou e salvar ainda dos ataques dos maus Espritos! Todavia,no grande dia, este anjo de bondade ter freqentemente de nos dizer: No te disse isto? e no fizeste; note mostrei o abismo? e ai te precipitaste; no te fiz ouvir na conscincia a voz da verdade? e seguistes osconselhos da mentira? Procuremos interrogar nossos anjos guardies; procuremos estabelecer entre eles ens uma ternura ntima a mesma que reina entre os melhore amigos. No pensemos em esconder -lhe nada,porque eles tm os olhos de Deus, e no o pod emos enganar. Sonhemos com o futuro; procuremos avanarnesta vida e nossas provas sero mais curtas, nossas existncias mais felizes. Caminhemos! homens decoragem; procuremos atirar para longe de ns, de uma vez por todas, preconceitos e idias preconcebidas;vamos entrar juntos na nova estrada que se abre diante de ns; ma rchemos! temos orientadores, seguros: oobjetivo no nos pode faltar, porque esse objetivo Deus .

Aqueles que pensam ser impossvel aos Espritos verdadeiramente elevados, se sujeitarem a uma tarefato laboriosa e de todos os instantes, diremos que eles influenciam nossas almas mesmo estando a vriosmilhes de lguas de ns. Para eles o espao no nada, e mesmo vivendo em outro mundo, os Espritosconservam sua ligao. Gozam, eles, de qualidades que no podemos ainda compreender, mas estejamoscertos de que Deus no imps a eles uma tarefa acima de suas foras, assim, como Ele no nos abandonou


ss sobre a Terra, sem amigos sem apoio. Cada anjo guardio tem seu protegido sobre o qual vela, comoum pai vela sobre o seu filho, e feliz qua ndo o v no bom caminho, e sofre quando seus conselhos so m e-nosprezados.

No vamos nos preocupar em fatigar os anjos com nossas perguntas; procuremos estar ao contrrio,sempre nos relacionando com eles: seremos mais fortes e mais felizes. So essas comunicaes de cadahomem com seu Esprito familiar que fazem todos os homens mdiuns, mdiuns hoje ignorados, mas que semanifestaro mais tarde e se espalharo como um oceano sem limites para repelir a incredulidade e a ign o-rncia. Homens instrudos, instrui; homens de talento procuram elevar seus semelhantes. Procuremos cont i-nuar a obra do Cristo, a que Deus nos imp s. Por que Deus nos deu a inteligncia e a cincia, para repartircom nossos irmos, para os adiantar no cam inho da alegria e da felicidade eterna.

NOTA DE ALLAN KARDEC: A doutrina dos anjos guardies, velando sobre seus protegidos, malgrado a distncia que se-para os mundos, no tem nada que deva surpreender; ela , ao contrrio, grande e sublime. No vemos sobre a Terra um pai velarsobre o seu filho ainda estando longe, ajud -lo com seus conselhos por correspondncia? Que haver, ento, de espantoso em queos Espritos possam guiar aqueles que tomaram sob sua proteo, de um mundo a outro, visto que, para eles, a distncia que sep araos mundos menor que a que separa, sobre a Terra, os continentes? No tem eles, por outro lado, o fludo universal que li ga todosos mundos e os torna solidrios, veculo imenso da transmisso dos pensamentos, como o ar para ns o veculo da tran smisso dosom?

496 - Quando os bons Espritos tm que abandonar seus protegidos, no fazem, jamais, o mal; deixamque o faam aqueles que tomam o seu lugar; no podemos, ento, acusar a sorte pelos infortnios que nosacabrunham, quando nossa a falta.

497 - H unio dos maus Espritos para neutralizar a ao dos bons. Mas, se o protegido quiser, ele dartoda a fora ao seu bom Esprito. O bom Esprito talvez encontre uma boa vontade, alhures, para ajudar, di s-to aproveita at seu retorno junto do seu protegido.

498 - Quando o Esprito protetor deixa seu protegido se transviar na vida, no por falta de fora, de suaparte, na luta contra outros Espritos malvolos, porque ele no quer. Seu protegido sai das provas maisperfeito e mais instrudo. Ele o assiste com seus conselhos, pelos bons pensamentos que lhe sugere, masque, infelizmente, no so sempre ouvidos. No seno a fraqueza, a negligncia ou o orgulho do homemque do fora aos maus Espritos; o poder deles sobre ns resulta de no lhes resulta de no lhes opormosresistncia.

499 - No necessrio o Esprito protetor estar constantemente com seu protegido. H c ircunstnciasem que a presena do Esprito protetor no necessria junto ao seu protegido.

500 - Quando se alcanar um grau de poder se conduzir a si mesmo, assim como, quando um escolarno tiver mais necessidade de um mestre, no haver mais necessi dade de se ter um anjo guardio; masisso ainda esta longe de ocorrer aqui na Terra.

501 - A ao dos Espritos sobre nossa existncia oculta e, no feita de forma ostensiva, porque s e-no no agiramos por ns mesmos, e ns como Espritos no progred iramos. Para que possa avanar necessrio a experincia e preciso, freqentemente, que se adquira s prprias custas; preciso que exe r-a suas habilidades, sem isso seria como uma criana que no se permitisse andar sozinha. A ao dos E s-pritos que nos querem bem sempre regulada de maneira a nos deixar o livre arbtrio, porque se no tive r-mos responsabilidade no avanaremos no caminho que nos deve conduzir at Deus. O homem, no vendoo seu apoio, se entrega s suas prprias foras; seu guia, entr etanto, vela sobre ele e, de tempos em tem-pos, lhe brada para desconfiar do perigo.

502 - um mrito para o Esprito protetor, quando consegue conduzir seu protegido no bom caminho, s e-ja para seu prprio adiantamento, seja por sua alegria. Ele feliz qu ando v seu desvelo coroado de suce s-so, triunfando como um preceptor triunfa com o sucesso de seu aluno.

O Esprito protetor no responsvel se no triunfar, visto que fez tudo aquilo que dependia de seu e s-foro.


503 - O Esprito protetor sofre e lastim a quando v seu protegido seguir um mau caminho, malgrado osseus avisos. S que essa aflio no tem as angstias da paternidade terrestre, porque sabe que h remdiopara o mal, e que aquilo que no se faz hoje, far -se- amanh.

504 - No h necessidade de conhecer o nome do nosso Esprito protetor, mas, podemos acreditar que sempre um amigo, um conhecido nosso.

504a - Para invoc-lo, podemos lhe dar o nome que quisermos, inclusive o de um Esprito superior peloqual temos simpatia ou venerao. Esse nosso Esprito protetor vir a esse apelo, porque todos os bons E s-pritos so irmos e se assistem entre si.

505 - Nem sempre os nomes de pessoas conhecidas do qual os Espritos protetores usam, so sempredessas pessoas, mas o usam, porque tem simpatia p or essas pessoas que lhes so simpticas e que, fr e-qentemente, vm por sua ordem. Normalmente ainda necessitamos de nomes, principalmente daqueles quenos inspiram confiana. Quando no podemos cumprir uma misso pessoalmente, no enviamos algum doqual temos confiana para cumpri -la em nosso nome?

506 - Quando estivermos na vida esprita, reconheceremos nosso Esprito protetor e, ficaremos surpr e-sos, porque normalmente, vamos verificar, que o conhecamos antes de nos encarnarmos.

507 - Nosso Esprito protetor pode pertencer a uma classe de Espritos superiores, pode tambm se e n-contrar entre os mdios, pode ser at algum que j foi nosso pai, s que a proteo supe um certo grau deelevao, um poder ou uma virtude a mais, concedida por Deus. O pai qu e protege seu filho, pode ser, elemesmo, assistido por um Esprito mais elevado.

508 - Os Espritos que deixaram a Terra, mesmo aqueles a deixaram em boas condies, tem seus pod e-res mais ou menos restritos; a posio em que se encontram no lhes deixa t oda a liberdade de agir. Assim,nem sempre podem proteger aqueles que amam e que ficaram na Terra.

509 - Cada homem tem um Esprito que vela sobre ele, seja no seu estado selvagem ou de inferioridademoral, mas as misses so relativas ao seu objetivo. N o podemos dar a uma criana que est aprendendo aler um professor de filosofia. O progresso do Esprito familiar segue o do Esprito protegido. Tendo cada umde ns um Esprito superior que nos vela. Onde podemos, por outro turno, sermos protetor de um Es pritoque ns inferior, e os progressos que o ajudarmos a conquistar contribuiro para o nosso adiantamento.Deus no pede ao Esprito, alm do que comportem sua natureza e o grau que alcanou.

510 - Nem sempre quando um pai que vela sobre o filho vem a reencarnar, continua a velar sobre ele, i s-so bem mais difcil acontecer, mas ele convida, num momento de desprendimento, um Esprito simpticopara o assistir nessa misso. Alis, os Espritos no aceitam seno misses que podem cumprir at o fim.

O Esprito encarnado, sobretudo nos mundos onde a existncia material, est mais submetido ao seucorpo para poder ser inteiramente devotado, quer dizer, assistir pessoalmente. Por isso, aqueles que sobastante elevados, so, eles mesmos, assistidos por Espr itos que lhe so superiores, de tal sorte que se umfalta por uma causa qualquer, substitudo por um outro.

511 - Os maus Espritos procuram desviar do bom caminho um indivduo quando encontram oportunid a-de; mas quando um deles se liga a um indivduo, o faz por si mesmo, posto que espera ser escutado. Ento,h luta entre o bom e o mau, e vence aquele que o homem deixar imperar sobre si.

512 - Cada homem tem sempre Espritos simpticos, mais ou menos elevados, que se afeioam e se int e-ressam por ele, como tem os que os assistem no mal.


523 - Algumas vezes os Espritos simpticos agem em virtude de uma misso temporria mas, o maisfreqentemente, no so solicitados seno pela semelhana de pensamentos e de sentimentos no bem, c o-mo no mal.

514 - Existem diferenas entre Espritos simpticos, familiares e protetores, na proteo e na simpatia; OEsprito familiar antes o amigo da casa.

NOTA DE ALLAN KARDEC: Das explicaes acima e das observaes feitas sobre a natureza dos Espritos que se ligamao homem, pode-se deduzir o que se segue:

O Esprito protetor, anjo guardio ou bom gnio, aquele que tem por misso seguir o homem na vida e ajud -lo a progre-dir. Ele sempre de uma natureza superior relativamente do protegido.

Os Espritos familiares se ligam a certas pessoas por laos mais ou menos durveis tendo em vista ser -lhes teis, no limitede seu poder, freqentemente bastante limitado. Eles so bons mas, algumas vezes, pouco avanados e mesmo um pouco levi anos.Eles se ocupam, de bom grado, dos detalhes da vida ntima e no agem seno por ordem ou com permisso dos Espritos protet o-res.

Os Espritos simpticos so os que se sentem atrados para ns por afeies particulares e uma certa semelhana de go s-tos e de sentimentos, no bem como no mal. A durao de suas relaes quase sempre subordinada s circunstncias.

O mau gnio um Esprito imperfeito ou perverso que se liga ao homem para desvi -lo do bem, e age por sua prpria in icia-tiva e no em virtude de uma misso. Sua tenacidade est em raz o do acesso mais ou menos fcil que encontra. O homem estsempre livre para escutar sua voz ou repeli -la.

515 - Certas pessoas exercem sobre outras, uma espcie de fascinao, que parece irresistvel e, ligam -se a certos indivduos para os compelir pe rdio, ou para gui-los no bom caminho. Quando isso tem lugarpara o mal, so maus Espritos que se servem de outros maus Espritos para melhor subjugar. Deus o perm i-te para os experimentar.

516 - Algumas vezes, nosso bom ou mau gnio podem se encarnar p ara nos acompanhar na vida de ummodo mais direto. S, que, freqentemente, eles encarregam dessa misso outros Espritos encarnados, quelhes so simpticos.

517 - Certos Espritos se ligam aos membros de uma mesma famlia que vivem em conjunto e que est ounidos pela afeio, mas no deve se admitir Espritos protetores do orgulho de raa.

518 - Os Espritos vo de preferncia onde esto seus semelhantes; a esto mais a vontade e mais s e-guros de serem ouvidos. O homem atrai para si os Espritos em raz o de suas tendncias, quer esteja s ouformando uma coletividade, como uma sociedade, uma cidade ou um povo. H ento, sociedades, cidades epovos que so assistidos por Espritos mais ou menos elevados segundo o carter e as paixes que nelesdominam. Os Espritos imperfeitos se afastam daqueles que os repelem. Resulta disso que o aperfeioame n-to moral das coletividades, como o dos indivduos, tende a afastar os maus Espritos e a atrair os bons queexcitam e entretm o sentimento do bem nas massas como o utros podem lhes insuflar as ms paixes.

519 - As aglomeraes de indivduos, como as sociedades, as cidades, as naes, tm seus Espritosprotetores especiais, porque essas reunies so de individualidades coletivas que marcham com um objetivocomum e que tm necessidade de uma direo superior.

520 - A natureza dos Espritos protetores das massas so relativas, dependem do grau de adiantamentodas massas, como dos indivduos.

521 - Certos Espritos podem ajudar o progresso das artes, pois h Esprit os especiais que assistem a-queles que os invocam, quando eles os julgam dignos. Mas, no com aqueles que crem ser o que no so.Os Espritos no fazem os cegos verem, nem os surdos ouvirem.

NOTA DE ALLAN KARDEC: Os antigos fizeram divindades especiais; as Musas no eram outras que a personificao al e-grica dos Espritos protetores das cincias e das artes, como designaram sob o nome de lares e de penates os Espritos prot etoresda famlia. Entre os modernos, as artes, as diferentes indstrias, as cidade s, os continentes tm tambm seus patronos pr otetores,que no so outros que os Espritos superiores, mas sob outros nomes.


Cada homem tendo seus Espritos simpticos, disso resulta que, nas coletividades, a generalidade dos Espritos simpticosest na relao com a generalidade dos indivduos; que os Espritos estranhos para ai so atrados pela identidade dos gostos e dospensamentos, em uma palavra, que esses agregados, assim como os indivduos, so mais ou menos bem rodeados, assist idos,influenciados segundo a natureza dos pensamentos da multido. Entre os povos, as causas de atrao dos Espritos so os cost u-mes, os hbitos, o carter dominante, as leis sobretudo, porque o carter de uma nao se reflete em suas leis. Os homens, quefazem reinar a justia entre si, combatem a influncia dos maus Espritos. Em toda a parte onde as leis consagram as coisas injustas,contrrias Humanidade, os bons Espritos esto em minoria, e a massa dos maus que afluem entretm a nao em suas idias eparalisa as boas influncias parciais perdidas na multido, como uma espiga isolada no meio das as saras. Estudando os costumesdos povos ou de toda reunio de homens, fcil de se fazer uma idia da populao oculta que se imiscui nos seus pe nsamentos enas suas aes.

RESUMOCada indivduo tem o seu irmo espiritual, a que chamamos de Bom Esprito, Bom

Gnio. Por Anjo da Guarda ou Anjo Guardio deve -se entender o Esprito protetor, pertencen-te a uma ordem elevada. A sua funo a de um pai, em relao aos filhos; a de guiar o seuprotegido pela senda do bem, auxili -lo com seus conselhos, consol -lo nas suas aflies,levantar-lhe o nimo nas provas de vida. Nem sempre o Esprito protetor est junto ao seuprotegido, mas no o perde de vista. Podemos inv ocar o nosso Esprito protetor, pelo pe n-samento, que ele acudir ao apelo.

H tambm Espritos que nos assistem e que so denominados Espritos famili ares ouEspritos simpticos. So os amigos da casa. Mesmo as aglomeraes de indiv duos, as so-ciedades, as cidades, as naes, tm Espritos protetores, pois so colet ivamente que preci-sam de uma direo superior.


PRESSENTIMENTOS

522 - O pressentimento o conselho ntimo e oculto de um Esprito que vos quer bem. Est tambm naintuio da escolha que se fez e a voz do instinto. O Esprito, antes de encarnar, tem conhecimento dasprincipais fases de sua existncia, quer dizer, do gnero de provas nas quais se obriga. Quando estas tmum carter marcante, ele conserva, no seu foro ntimo, uma espcie de impresso, que a voz do instinto,despertando quando o momento se aproxima, como pressentimento.

523 - Quando os pressentimentos e a voz do instinto tiver alguma coisa de vago, e nos deixam na ince r-teza, podemos pedir auxlio ao nosso Esprit o protetor, ou melhor, orar ao Senhor de todas as coisas, Deus,que ele nos enviar um de seus mensageiros.

524 - As advertncias de nossos Espritos protetores no tm por objetivo nico a conduta moral ou aconduta a ter nas coisas da vida particular, a brange tudo; eles procuram fazer -nos viver o melhor possvel.S, que, freqentemente, fechamos os ouvidos s boas advertncias, e somos infelizes por nossa prpriacausa.

NOTA DE ALLAN KARDEC: Os Espritos protetores nos ajudam com seus conselhos pela vo z da conscincia, que fazemfalar em ns. Mas, como a isso no ligamos sempre a importncia necessria, nos do de maneira mais direta, servindo -se das pes-soas que nos rodeiam. Que cada um examine as diversas circunstncias, felizes e infelizes, de sua vid a e ver que em muitas ocas i-es recebeu conselhos que nem sempre aproveitou e que lhe teriam poupado desgostos se os houvesse escutado.

RESUMOO pressentimento o conselho ntimo e oculto de um Esprito que nos quer bem. Os

Espritos protetores nos ajuda m com seus conselhos mediante a voz da conscincia, que f a-zem ressoar em nosso ntimo. Como nem sempre ligamos a isso a devida impo rtncia, outrosconselhos mais diretos eles nos do, servindo -se das pessoas que nos cercam.

PESQUISAOs pressentimentos so lembranas vagas e intuitivas do que o Esprito aprendeu em seus

momentos de liberdade, e, algumas vezes, advertncias ocultas dadas por Espritos benvolos.Allan Kardec no livro O que o Espiritismo


INFLUNCIA DOS ESPRITOS SOBREOS ACONTECIMENTOS DA VIDA

525 - Os Espritos, seguramente, exercem uma influncia sobre os acontecimentos da vida, visto que nosaconselham.

525a - Eles exercem essa influncia de outro modo que pelos pensamentos que sugerem, quer dizer, e-les tm uma ao direta sobre os cumprimento das coisas, mas eles no agem, nunca, fora das leis da Nat u-reza.

NOTA DE ALLAN KARDEC: Imaginamos injustamente que a ao dos Espritos no deve se manifestar seno por fen me-nos extraordinrios. Quisramos que nos viessem aju dar por meio de milagres e ns os representamos sempre armados de umavarinha mgica. No assim; eis porque sua interveno nos parece oculta e o que se faz com seu concurso nos parece muito nat u-ral. Assim, por exemplo, eles provocaro a reunio de duas pessoas que parecero se reencontrar por acaso; eles inspiraro a a l-gum o pensamento de passar por tal lugar; eles chamaro sua ateno sobre tal ponto, se isso deve causar o resultado que queremobter; de tal sorte que o homem, no crendo seguir seno se u prprio impulso, conserva sempre seu livre arbtrio.

526 - bem verdade que os Espritos tm uma ao sobre a matria, mas para o cumprimento das leisda Natureza e no para as derrogar, fazendo surgir no momento oportuno um acontecimento inesperado econtrrio a essas leis. Por exemplo:

Um homem deve perecer: ele sobe uma escada, a escada se quebra e o homem se mata; so os Espr i-tos que fazem a escada quebrar para cumprir o destino desse homem?

No exemplo acima, a escada se rompe porque ela estava car comida ou no bastante forte para suportaro peso do homem. Se esse homem escolheu como prova perecer dessa maneira formando uma espcie dedestino, eles lhe inspiraro o pensamento de subir por essa escada, que dever se romper sob o seu peso, esua morte ter lugar por um efeito natural, sem que seja necessrio fazer um milagre para isso.

527 - Tomemos um outro exemplo em que o estado normal da matria no seja relevante:Um homem deve perecer por um raio; ele se refugia sob uma rvore, o raio brilha e e le morto. ainda a mesma coisa que no exemplo anterior. O raio explodiu sobre essa rvore, porque estava nas

leis da Natureza que fosse assim. No foi dirigido propositadamente sobre essa rvore porque o homem e s-tava debaixo, mas foi inspirado ao homem o pensamento de se refugiar sob uma rvore, sobre a qual o raiodevia desabar. A rvore no seria menos atingida por estar ou no estar o homem debaixo dela.

528 - Outro exemplo:Um homem mal intencionado lana sobre algum um projtil que o roa e no at inge.Se o indivduo no deve ser atingido, um Esprito benevolente lhe inspirar o pensamento de se desviar

ou poder lanar um pensamento sobre o inimigo, e o confundir de maneira a faz -lo apontar mal, porque oprojtil, uma vez lanado, segue a linha que deve percorrer.

529 - As balas encantadas, de que tratam certas lendas, e que atingem fatalmente um alvo pura imag i-nao. O homem ama o maravilhoso e no se contenta com as maravilhas da Natureza.

530 - Os Espritos levianos e zombeteiros podem sus citar pequenos embaraos que vm obstar nossosprojetos e confundir nossas previses a fim de se comprazerem com esse aborrecimentos, que so para nsprovas para exercitar nossa pacincia; mas se cansam, quando vem que nada conseguem. Entretanto, noseria justo nem exato acus-los de todas as vossas decepes, das quais ns mesmos somos os primeirosartfices pela nossa irreflexo. Uma coisa podemos estar certo, que se alguma xcara, prato ou outra coisaqualquer se quebrar pela nossa impercia, do que pelos Espritos.

Os Espritos que suscitam aborrecimentos agem em conseqncia de uma animosidade pessoal ou, ta m-bm, atacam o primeiro que chega, sem um motivo determinado, unicamente por malcia. Algumas vezes so


inimigos que se fizeram durante esta vi da, ou em outra, e que nos perseguem. De outras vezes no h mot i-vo.

531 - Na maioria das vezes, a malevolncia dos seres que nos fizeram mal sobre a Terra se extingue comsua vida corporal, eles reconhecem sua injustia e o mal que fizeram. Mas, outras v ezes, tambm eles nosperseguem com sua animosidade, se houver a permisso de Deus, para continuar a nos experimentar.

531a - Pode-se pr um termo em tudo isso, orando por esses Espritos, procurando transformar o mal embem, fazendo-os compreender os seus danos. De resto, quando se sabe colocar acima de suas maquin a-es, eles cessam vendo que nada ganham com isso.

NOTA DE ALLAN KARDEC: A experincia prova que certos Espritos perseguem sua vingana de uma existncia a outra, eque se expiam assim, cedo ou tarde, os danos que se tenham feito a algum.

532 - Os Espritos no tm o poder de afastar inteiramente os males de sobre certas pessoas e de atrairsobre elas a prosperidade, porque h males que esto nos decretos da Providncia; porm eles podem mi no-rar as dores, dando pacincia e resignao.

Devemos saber tambm, que depende de cada um de ns afastar esses males ou pelo menos atenu -los. Deus nos deu a inteligncia para servir -nos e por ela sobretudo que os Espritos vm nos ajudar, sug e-rindo-nos pensamentos propcios. Mas eles no assistem seno os que sabem assistir a si mesmos, o se n-tido destas palavras: Procurai e achareis, batei e abrir -se-vos-.

Devemos saber ainda, que aquilo que nos parece um mal no sempre um mal; freqentemente, umbem deve surgir, que ser maior que o mal, e isso que no queremos compreender, porque pensamos sno momento presente ou unicamente em nossa pessoa.

533 - Os Espritos podem algumas vezes, nos fazer obter os dons da fortuna, para nos provar, quando osolicitamos com insistncia para esse efeito, porm, freqentemente, eles recusam, como se recusa a umacriana, que faz um pedido inconsiderado.

Os Espritos que concedem esses favores, podem ser bons ou maus; isso depende da inteno. Mais fr e-qentemente, so aqueles Espritos que querem nos arrastar ao mal e que encontram um meio fcil nos pr a-zeres que a fortuna proporciona.

534 - Quando os obstculos parecem vir fatalmente se opor aos nossos projetos, algumas vezes, porinfluncia de algum ou alguns Espritos; porm, na maioria das vezes, que escolhemos mal. A posio e ocarter influem muito. Se teimamos em seguir um caminho que no o correto, a culpa nossa e no dosEspritos, somos o nosso prprio gnio mau.

535 - Quando nos acontecer alguma coisa boa e nos deixar feliz, procuremos, antes de qualquer coisaagradecer a Deus, sem cuja permisso nada se faz, pois os bons Espritos foram seus agentes.

535a - No devemos neglicenciar o agradecimento, seria ser por demais ingrato.

535b - Podemos dizer, que h pessoas que no oram, nem agradecem e s coisas lhe saem semprebem, mas preciso ver o fim, pois pagaro bem caro essa felicidade passageira que no merecem, porquequanto mais tenham recebido, mais tero que restituir.

RESUMOOs Espritos exercem influncia nos acontecimentos da nossa vida, pois que nos a-

conselham, ou para o bem ou para o mal, mas de ns depende o poupar -nos aos males ou,ao menos, atenu-los. Deus nos outorgou a inteligncia para que dela nos sirvamos e saib a-mos distinguir o bem do mal.


AO DOS ESPRITOS SOBREOS FENMENOS DA NATUREZA

536 - Os grandes fenmenos da Natureza, os que se considera como uma perturbao dos elementos,no obedece a uma causa fortuita, mas sim a um fim providencial, pois, tudo tem uma raz o de ser e nadaacontece sem a permisso de Deus.

536a - Esses fenmenos, algumas vezes eles tm uma razo de ser direta para o homem, mas, freqe n-temente, tambm no tem outro objeto que o restabelecimento do equilbrio e das harmonias das foras fs i-cas da Natureza.

536b - A vontade de Deus a causa primeira, tanto nos fenmenos da Natureza como em todas as co i-sas, porm, no se consagra a uma ao direta sobre a matria; Ele possui seus agentes devotados (Espr i-tos) em todos os graus da escala dos mun dos.

537 - A mitologia dos Antigos olhava os Espritos como divindades, representando deuses ou Espritoscom atribuies especiais. Assim, alguns estavam encarregados dos ventos, outros do raio, outros de presidira vegetao, etc. S que esta crena d estituda de fundamento, que est ainda abaixo da verdade.

537a - Podemos dizer que esses Espritos no habitam positivamente a Terra, mas que presidem e dir i-gem segundo suas atribuies. Um dia, teremos a explicao de todos esses fenmenos e os compreen de-remos melhor.

538 - Os seres que presidem aos fenmenos da Natureza sero ou foram Espritos encarnados comons.

538a - A ordem hierrquica a que esses Espritos obedece depende de seu papel mais ou menos mater i-al. Alguns comandam, outros executam. Os que executam as coisas materiais so sempre de uma ordeminferior, entre os Espritos como entre os homens.

539 - Na produo de certos fenmenos, as tempestades por exemplo, os Espritos se renem e agemem massas inumerveis.

540 - Alguns Espritos que exercem uma ao sobre os fenmenos da Natureza agem com conhecimentode causa, outros no. Faamos uma comparao: imaginemos essas mirades de animais que, pouco a po u-co, fazem surgir do mar as ilhas e os arquiplagos; em tudo isso h um fim providenc ial e que uma certatransformao da superfcie do globo necessria harmonia geral. Esses so animais da ltima ordem quecumprem essas coisas para proverem suas necessidades e sem desconfiarem que so os instrumentos deDeus. Assim, os Espritos mais atrasados, tambm, so teis ao conjunto. Enquanto ensaiam para a vida eantes de terem a plena conscincia dos seus atos e seu livre arbtrio, agem sobre certos fenmenos dosquais so agentes inconscientes; eles executam primeiro; mais tarde, quando sua inteligncia estiver maisdesenvolvida, comandaro e dirigiro as coisas do mundo moral. assim que tudo serve, tudo se coordenana Natureza, desde o tomo primitivo at o arcanjo que, ele mesmo, comeou pelo tomo. Admirvel lei deharmonia da qual nosso esprito limitado no pode ainda entender no conjunto.

RESUMODeus no exerce ao direta sobre a matria. Ele dispem de agentes dedicados, em

todos os graus da escala dos mundos. Os Espritos presidem e dirigem os fenm enos, deacordo com as atribuies que tm.


OS ESPRITOS DURANTE OS COMBATES

541 - Em uma batalha h Espritos que assistem e sustentam cada partido, e que estimulam sua cor a-gem.

NOTA DE ALLAN KARDEC: Os Antigos, outrora, representavam os deuses tomando partido por tal ou tal povo. E sses deu-ses no eram outros seno Espritos representados sob figuras alegricas.

542 - Numa guerra, h Espritos que s buscam a discrdia e a destruio. Para eles a guerra a guerra:a justia da causa pouco lhes importa.

543 - Certos Espritos podem influenciar o general em todas as concepes dos seus planos de camp a-nha.

544 - Os maus Espritos, tambm, podem suscitar -lhe planos errados visando derrota. Porm, o generaltem seu livre arbtrio. Se o seu raciocnio no lhe permite distinguir uma id ia certa de uma falsa, ter de so-frer as conseqncias e faria melhor em obedecer do que comandar.

545 - O general pode, algumas vezes, ser guiado por uma espcie de segunda vista, uma vista intuitiva,que lhe mostre antecipadamente o resultado de seus p lanos. Freqentemente, assim no homem de gnio, o que se chama inspirao, e faz com que ele aja com uma espcie de certeza. Essa inspirao lhe vemdos Espritos que o dirigem e sabem aproveitar as faculdades de que dotado.

546 - No calor do combate, aqueles Espritos que sucumbem, alguns ainda se interessam pela luta e n-quanto outros se afastam.

NOTA DE ALLAN KARDEC: Nos combates, acontece aquilo que ocorre em todos os casos de morte violenta: no primeiromomento, o Esprito est surpreso e como pe rturbado, e no cr estar morto, parecendo -lhe, ainda, tomar parte na ao. No s e-no pouco a pouco que a realidade lhe aparece.

547 - Os Espritos que se combatiam, estando vivos, uma vez morto, no est ainda de sangue -frio. Noprimeiro momento, ele pode ainda querer seu inimigo e mesmo persegu -lo, inclusive, percebendo ainda orudo das armas, mas, quando as idias lhe retornam, v que sua animosidade no tem mais objetivo. Entr e-tanto, pode ainda conservar-lhe as impresses, mais ou menos segundo seu carter.

548 - Quando h mortes instantneas, na maioria da vezes, o Esprito cujo corpo vem a ser mortalmenteferido, no tem conscincia sobre o momento. Quando ele comea a se reconhecer, ento que se podedistinguir o Esprito que se move ao lado do cadver. Isso parece to natural que a viso do corpo morto noproduz nenhum efeito desagradvel. Estando toda a vida transportada no Esprito, s ele atrai ateno e com ele que se conserva ou a ele que se dirige.

RESUMODurante uma batalha, h Esp ritos assistindo aos combates e amparando cada um dos

exrcitos, estimulando-lhes a coragem. H alguns que s se comprazem na di scrdia e nadestruio. Para esses, a guerra a guerra; a justia da causa pouco os preocupa. H outrosque pensam e agem ao contrrio.

O Esprito desencarnado em combate nunca est calmo. Pode acontecer que nos pr i-meiros instantes, aps a morte, ainda odeie ao seu inimigo e mesmo o persiga. Quando, p o-rm, se lhe restabelece a serenidade, v que nenhum fundamento h mais para a sua animo-sidade. Contudo no impossvel que dela guarde vestgios mais ou menos fortes, conformeo seu carter.


DOS PACTOS

549 - No existe nada de verdadeiro nos pactos com os maus Espritos, no h pactos, mas uma natur e-za m simpatizando com maus Esp ritos. Por exemplo: algum quer atormentar o vizinho, e no sabe comofaz-lo; ento chama para si os Espritos inferiores que, como ele, s querem o mal, e para o ajudar queremque ele os sirvam nos seus maus propsitos. Porm. Isso no impede o vizinho de se livrar deles por umaconjurao contrria e pela sua vontade. Aquele que quer cometer uma ao m, chama, s por essa inte n-o, maus Espritos para ajud-lo. Est, ento, obrigado a servi -los, como o fazem para si, porque eles ta m-bm tm necessidade dele para o mal que queiram fazer. somente nisso que consiste o pacto.

NOTA DE ALLAN KARDEC: A dependncia em que o homem se encontra, algumas vezes, em relao aos Espritos inf eri-ores, provm de seu abandono aos maus pensamentos que eles lhe sugerem e no de quaisquer estipulaes recprocas. O pacto,no sentido vulgar que se d a essa palavra, uma alegoria que figura uma natureza m simpatizando com Espritos malfazejos.

550 - Todas as fbulas mesmo aquelas lendas fantsticas segundo as quais ind ivduos teriam vendidosua alma a Satans para obter certos favores guardam um ensinamento e um sentido moral; o erro t o-m-las ao p da letra. Essa uma alegoria que se pode explicar assim: aquele que chama em sua ajuda osEspritos para obter os dons da fortuna, ou qualquer outro favor, murmura contra a Providncia. Ele renuncia misso que recebeu e s provas que deve suportar neste mundo, e disso sofrer as conseqncias na vidafutura. Isso no quer dizer que sua alma esteja para sempre consagrada infelicidade. Mas, porque em lugarde se libertar da matria, ele nela se enchafurda mais e mais, aquilo que gozou sobre Terra no fruir nomundo dos Espritos, at que o tenha resgat ado em provas, talvez maiores e mais penosas. Por seu amoraos prazeres materiais, ele se coloca na dependncia dos Espritos impuros. H entre estes e ele um pactotcito que o conduz perdio, mas que lhe sempre fcil de romper com a assistncia dos bons Espritos,se para isso tiver vontade firme.

RESUMONo h pactos entre os encarnados e os maus Espritos, como muita gente cost uma

acreditar. H porm, naturezas ms, que simpatizam com os maus Espritos e p edem o seuauxlio para praticarem o mal. Ficam, entretanto, abrigados a servir, depois, a esses Espritos,porque estes tambm precisam de seu auxlio. Nisto apenas que consiste o pacto.


PODER OCULTO. TALISM, FEITICEIROS

551 - Um homem mau, no pode, com a ajuda de uma mal Esprito que lhe devotado, fazer mal ao seuprximo, Deus no o permitiria.

552 - Certas pessoas tm um poder magntico muito grande, do qual podem fazer uma mau uso se seuprprio Esprito mau e, nesse caso, elas podem ser secundadas por outros maus Espritos. No se podeacreditar num pretendido poder mgico que no existe seno na imaginao de pessoas supersticiosas, i g-norantes das verdadeiras leis da Natureza. Os fatos que mencionam so fatos naturais mal observados e,sobretudo, mal compreendidos.

553 - O efeito das frmulas e prticas com ajuda das quais certas pessoas pretendem dispor da vontadedos Espritos so ridculas se forem de boa f; caso contrrio, so patifes que merecem um castigo. Todasas frmulas so enganosas; no h nenhuma palavra sacramental, nenhum sinal cabalstico, nenhum talismque tenha uma ao qualquer sobre os Espritos, porque estes so atrados pelo pensamento e no pelascoisas materiais.

Certos Espritos ditaram e ditam at hoje frmulas cabalsticas, indicando sinais e palavras bizarras ouprescrevem certos atos com a ajuda dos q uais fazeis o que chamais de conjurao. Mas podemos estar bemseguros que so Espritos que zombam e abusam da credulidade das pessoas.

554 - verdade que aquele, errado ou certo, tem confiana no que chama virtude de um talism, atraindopor essa confiana um Esprito, porque o pensamento que age. Esse talism o auxilia a dirigir o pensame n-to, mas a natureza do Esprito atrado depende da pureza da inteno e da elevao dos sentimentos. raroque aquele que to simples para crer na virtude de um t alism no tenha objetivo mais material do quemoral. Em todos os casos isso anuncia uma baixeza e uma fraqueza de idias, que o expe aos Espritosimperfeitos e zombeteiros.

555 - Aqueles chamados de feiticeiros so pessoas, quando de boa f, dotadas de certas faculdades,como a fora magntica ou a segunda vista. Ento, como eles fazem coisas difcil de se compreender, acr e-dita-se que so dotadas de uma fora sobrenatural.

NOTA DE ALLAN KARDEC: O Espiritismo e o Magnetismo nos do a chave de uma mu ltido de fenmenos sobre os quaisa ignorncia bordou uma infinidade de fbulas, onde os fatos so exagerados pela imaginao. O conhecimento claro dessas duascincias, que por assim dizer so apenas uma, mostrando a realidade das coisas e sua verdadeira causa, o melhor preservativocontra as idias supersticiosas, porque mostra o que possvel e o que impossvel, o que est nas leis naturais e o que umacrena ridcula.

556 - A fora magntica de certas pessoas, pode curar pelo simples toque quan do secundada pela pure-za de sentimentos e um ardente desejo de fazer o bem, porque ento os bons Espritos ajudam. Porm preciso desconfiar da maneira pela qual so contadas por pessoas muito crdulas ou muito entusiasmadas,sempre dispostas a ver o maravilhoso nas coisas mais simples e mais naturais. preciso desconfiar -se, tam-bm, das narraes interesseiras da parte de pessoas que exploram a credulidade em seu proveito.

RESUMONo pode ser um homem mau, com o auxlio de um Esprito que lhe seja dedic ado, fa-

zer o mal ao seu prximo, por ser mau, e no tem proteo que o acoberte de ms influ n-cias. Algumas pessoas dispem de grande fora magntica, de que podem fazer mau uso,caso em que possvel se torna serem ajudados por Espritos maus.

Aquele que confia na virtude de um talism pode atrair um Esprito, por efeito dessaconfiana, pois o que atua o pensamento. Da pureza da inteno e da elev ao dos senti-mentos depende, porm, a natureza do Esprito atrado. Essa maneira de proceder denuncia,


no entanto, inferioridade e fraqueza de idias, que favorecem a ao de Esp ritos imperfeitose escarninhos.

Os que so chamados de feiticeiros so pessoas que, quando de boa f, gozam de ce r-tas faculdades, como sejam a fora magntica ou a dupla vista. Como fa zem coisas geral-mente incompreensveis, so tidas por dotadas de um poder sobrenatural, quando no o so.

Algumas pessoas tm o poder de curar pelo simples contato, empregando a fo ramagntica, secundada pela pureza de sentimento e por um ardente desejo d e fazer o bem,porque ento os bons Espritos lhes vm em auxlio. Cumpre, porm, desconfiar da maneirapela qual contam as coisas pessoas muito crdulas e muito entusiastas, bem como das na r-rativas interesseiras, feitas para iludir a credulidade alheia.


BNOS E MALDIES

557 - Deus no escuta uma maldio injusta, e aquele que a pronuncia culpado aos seus olhos. Comotemos os dois gnios opostos, o bem e o mal, ela pode ter uma influncia momentnea, mesmo sob re a ma-tria, mas essa influncia no ocorre seno pela vontade de Deus e como acrscimo de prova para aqueleque dela objeto. De resto, o mais freqentemente, se maldizem os maus e se bendizem os bons. A bnoe a maldio no podem jamais desviar a P rovidncia do caminho da justia; ela no atinge o maldito senose mau, e sua proteo no cobre seno aquele que a merece.

RESUMODeus no escuta a maldio injusta, e culpado perante Ele se torna o que a pr ofere.

Pode a maldio exercer momentaneamen te influncia, porm isto s se verifica com o co n-sentimento de Deus, como aumento de prova para o atingido por ela. A Pr ovidncia nuncafere o maldito seno quando mau.


A vida desenvolve-se em dois planos.Um deles bastante conhecido, j que palpvel e visvel aos olhos humanos,

pode-se sentir, cheirar e bastasse olhar ao redor. chamado de mundo corporal oufsico.

O outro, agora comea a ser conhecido e reconhecido, sendo invisvel aos olhoshumanos e do qual foi conhecido atravs dos fenmenos da mediunidade. Emborainvisvel aos sentidos comuns, esse outro mundo perfeitamente defin ido, formandouma outra sociedade composta de pessoas desencarnadas.

o chamado mundo espiritual ou dos Espritos.Os Espritos esto ao nosso lado, convivem conosco a todo instante.Mais informaes:

CONHEA OS LIVROS CODIFICADOS POR ALLAN KARDEC

O QUE O ESPIRITISMO..................................... 1859O LIVRO DOS ESPRITOS.................................... 1857O LIVRO DOS MDIUNS ....... ............................... 1861REVISTA ESPRITA .............................................. 1858-1869O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIR ITISMO ...... 1864O CU E O INFERNO ............................................ 1865A GNESE ............................................................. 1868

intervenção dos espíritos no mundo corporal (elio mollo)

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