interpretação de muitos mundos (imm)
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Universidade Estadual de Campinas
Interpretação de Muitos Mundos (IMM)
Artigo ensino - Mecânica Quântica - Idaiane Leandra Machado5 de maio de 2020 1 / 17
Sumário
I. O que é a IMM e como ela surgiu;
O Problema da Medida;Interpretação de Muitos Mundos.
II.Prós e Contras;
Referências.
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I. O que é a IMM e como ela surgiu?
O Problema da Medida:
Tomando o experimento de Stern-Gerlach como exemplo (processo demedida):
Figura: Referências 1 e 2.
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I. O que é a IMM e como ela surgiu?
Mas uma dúvida permanece... Se o colapso for algo real, onde e quando eleocorre? Na detecção? Na amplificação? No registro macroscópico? Ou naobservação feita por um ser consciente?
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I. O que é a IMM e como ela surgiu?
Interpretação de Muitos Mundos:Hugh Everett III em 1957 (John Wheeler);Universo todo como um sistema quântico;Todo o universo seria descrito por uma única função de onda que evoluideterministicamente, de acordo com a equação de Schrödinger;Como não existem observadores externos NUNCA ocorrem colapsos!Um observador humano, ao olhar para o resultado do experimento, en-traria numa superposição quântica, e haveria então duas versões do ob-servador, dois “ramos”.Cada ramo corresponderia assim a um resultado da medição quântica−→ medidos todas as possibilidades simultaneamente;Mas a memória do ser humano, em cada ramo, não teria acesso à me-mória do outro ramo.
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I. O que é a IMM e como ela surgiu?
Interpretação de Muitos Mundos:
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I. O que é a IMM e como ela surgiu?
O observador estaria iludido acreditando que mediu apenas 1 resultadoe que tal resultado surgiu após uma “redução” ou colapso do estadoquântico.Interpretação dos "estados relativos";Caráter ondulatório-realista;Graficamente, a história do universo não é uma única linha, é uma árvorecom diversos ramos;Após a publicação de sua Tese Everett ABANDONA a física;
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I. O que é a IMM e como ela surgiu?
Várias dificuldades para divulgar suas ideias para a comunidade dosfísicos, em especial para Niels Bohr;
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I. O que é a IMM e como ela surgiu?
Neste ponto é importante nós conhecermos os protagonistas dessahistória:
Figura: EngenheiroQuímico - Raro talentomatemático!
Figura: Papel crucial nodesenvolvimento dasbombas atômicas →Relatividade: importantesavanços teóricos como osBuracos de Minhoca etc.."Buraco negro".
Figura: Fundadores daMQ; Nobel 1922;Interpretação deCopenhague.
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I. O que é a IMM e como ela surgiu?
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I. O que é a IMM e como ela surgiu?
Everett versus Bohr
Estado físico do sistema é com-pletamente descrito pela funçãode onda (ψ - ENTIDADE FÍ-SICA);
Sistema físico existe em uma su-perposição de diferentes autoes-tados mutuamente excludentes -todos os eventos ocorrem simul-taneamente;
O observador que é afetado aose correlacionar com o sistema;
ψ considerada como um artifí-cio matemático que possibilitaalguém fazer predições estatísti-cas ⇒ a maioria dos problemasque Everett se propunha a resol-ver eram, para Bohr, pseudopro-blemas;
A matemática da mecânicaquântica permite prever a proba-bilidade para ocorrer um evento;
O sistema que é alterado emfunção de uma observação;
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I. O que é a IMM e como ela surgiu?
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I. O que é a IMM e como ela surgiu?
Entre 1957-1967 o artigo deEverett tinha poucas citações(proceedings de uma conferên-cia sobre gravitação e cosmolo-gia). A abordagem dos estadosrelativos parecia fadada ao es-quecimento;Em 1973, Bryce DeWitt escre-veu um artigo (quantização dagravidade), afirmando que, parainterpretar adequadamente seusresultados teóricos, era necessá-rio utilizar a formulação de Eve-rett.⇒ IMM em que os diferen-
tes ramos da ψ universal SÃOMUNDOS DISTINTOS ou uni-versos paralelos. Enquantoque para Everett existe apenasum Universo (comportamentoquântico).
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II. Prós e Contras
Prós —————— Contras
Não temos mais que nos preo-cupar com quem é o observadordo universo ou se ele interfere namedida, o observador não é maisnecessário para compreender osfenômenos quânticos;Não temos colapso;Todas as possibilidades são me-didas, nós vemos a que foi esco-lhida no nosso ramo;Mesmo formalismo matemáticoutilizado pela Interpretação deCopenhague;
Seria bastante complexo obte-mos e extraímos informação deuma função de onda universal;
Se nosso mundo está em cons-tante divisão, como ficaria, porexemplo, a conservação da ener-gia? Não é abordado com cla-reza.
É uma teoria testável? Podemosobter evidências de muitos uni-versos? Só temos à nossa reali-dade e o que nós medimos.
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III. A computação Quântica e a IMM (David Deutsch)
É possível interpretar a compu-tação quântica no contexto daIMM;
David Deutsch (pioneiros dacomputação quântica) em livropublicado em 1998 e intitulado"The Fabric of Reality", tradu-zido para o português (Deutsch,2000);
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IV. Referências
1 PESSOA JR, Osvaldo. Conceitos de Física Quântica 1. EditoraLivraria da Física, 2003.
2 PESSOA JR, Osvaldo. Computação Quântica e as Interpretações daTeoria Quântica.
3 BARRETT, Jeffrey. Everett’s relative-state formulation of quantummechanics. 1998.
4 Arquivo com 230 documentos originais digitalizados egravações em áudio relacionadas a Hugh Everett III:http://ucispace.lib.uci.edu/handle/10575/1060
5 DEWITT, Bryce Seligman; GRAHAM, Neill (Ed.). The many worldsinterpretation of quantum mechanics. Princeton University Press,2015.
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IV. Referências
6 CAMARA, Tiago Cunico. A interpretação de Copenhague e os estadosrelativos de Hugh Everett III: o problema do realismo científico. 2015.
7 FREITAS, F.; FREIRE JR, O. Para que serve uma função de onda?:Everett Wheeler, Bohr e uma nova interpretação da teoriaquântica/What is a wave function good for?: Everett, Wheeler, Bohrand a new interpretation of quantum theory. Rev. Bras. Hist. Ciência,v. 1, p. 12-25, 2008.
8 FREITAS, Fabio. Os estados relativos de Hugh Everett III: Umaanálise histórica e conceitual. 2007. Tese de Doutorado. Masterdissertation. Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia.
9 Nature, edição dos 50 anos da interpretação de muitos mundos:https://www.nature.com/nature/volumes/448/issues/7149
10 DEUTSCH, D. (2000). A Essência da Realidade, Tradução: BrasilRamos Fernandes. São Paulo: Makron Books.
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