internacional após 18 dias de protestos, ditador é derrubado do … · cabletech e utilkit foco...

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A CSP-Conlutas, juntamente com outras organi- zações como o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), Cobap e Intersindical, está preparando um ato em Brasília, no próximo dia 24. Será uma manifestação em defesa das reivindicações da classe trabalhadora, como por um aumento decente do salário mínimo, aposentadoria e direitos. Órgão Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá ANO 28 - Nº 940 www.sindmetalsjc.org.br De 16 a 28 de fevereiro de 2011 Pág. 2 No próximo dia 22, será realizada, no TRT de Campinas, uma audiência de conciliação para discutir as 170 demissões ocorridas na Avibras. Os cortes estão suspensos por uma liminar obtida pelo Sindicato. Dia 22, audiência de conciliação discute demissões na Avibras Vamos a Brasília, dia 24, em defesa do salário mínimo, aposentadoria e direitos Pág.3 Egito: a queda do ditador e as lições que ficam A revolução no Egito conseguiu derrubar o ditador que governava o país há 30 anos. É uma vitória histórica dos trabalhadores, estudantes e povo pobre egípcio. Entretanto, a luta ainda não acabou. Agora, os militares estão no poder ao lado de integrantes do antigo governo, o que ameaça a conquista das reivindicações da população. Essa luta precisa avançar, para não retroceder. A vitória da revolução egípcia não afeta somente aquele país, mas trará consequências em todo o mundo. Saiba mais na pág.4

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Page 1: Internacional Após 18 dias de protestos, ditador é derrubado do … · CAblEtECH E Utilkit FoCo CARnAvAl nA ColôniA SEMináRio DE PlAnEjAMEnto Rápidas 22 Jornal do Metalúrgico

A CSP-Conlutas, juntamente com outras organi-zações como o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), Cobap e Intersindical, está preparando um ato em Brasília, no próximo dia 24. Será uma manifestação em defesa das reivindicações da classe trabalhadora, como por um aumento decente do salário mínimo, aposentadoria e direitos.

Órgão Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá

Ano 28 - nº 940www.sindmetalsjc.org.br

De 16 a 28 de fevereiro de 2011

Pág. 2

No próximo dia 22, será realizada, no TRT de Campinas, uma audiência de conciliação para discutir as 170 demissões ocorridas na Avibras. Os cortes estão suspensos por uma liminar obtida pelo Sindicato.

Dia 22, audiência de conciliação discute demissões na Avibras

Vamos a Brasília, dia 24, em defesa do salário mínimo, aposentadoria e direitos

Pág.3

Egito:a queda do ditador e as lições que ficam

A revolução no Egito conseguiu derrubar o ditador que governava o país há 30

anos. É uma vitória histórica dos trabalhadores, estudantes e povo pobre egípcio.

Entretanto, a luta ainda não acabou. Agora, os militares estão no poder ao lado

de integrantes do antigo governo, o que ameaça a conquista das reivindicações da

população. Essa luta precisa avançar, para não retroceder. A vitória da revolução

egípcia não afeta somente aquele país,

mas trará consequências em todo o

mundo. Saiba mais na pág.4

Orgão informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de S. J. Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá • Rua Maurício Diamante, 65 - 12209-570- (12) 3946.5333 - Fax: 3922.4775 - site: www.sindmetalsjc.org.br - e-mail: [email protected] - São José dos Campos - SP - Responsabilidade: Diretoria do Sindicato - Edição: Ana Cristina Silva - Redação: Douglas Dias, Eliane Mendonça e Shirley Rodrigues. Editoração Eletrônica: Bruno César Galvão Ilustração: Bruno César Galvao. Fotolito e Impressão: UniSind Gráfica Ltda (11) 3271-1137

Expediente

Internacional

Jornal do Metalúrgico4

Após 18 dias de protestos, ditador é derrubado do poder no EgitoHosni Mubarak, que dirigia o país há 30 anos, renunciou após pressão. Porém, luta ainda não acabou

Revolução no Egito tem de continuar

Milhões de egípcios foram às ruas nos últimos dias e mobilização derrubou ditador

Ameaças vaziasO Márcio, chefe de produção da RFCom, mais conhecido

como babão, vive perseguindo a peãozada. Agora perdeu a noção

e anda ameaçando demitir por justa causa quem não obedecer suas ordens. Mas, que absurdo!

Tá achando que o povo é desinformado a ponto de acre-ditar que qualquer bobagem dá demissão por justa causa?

Cuidado, você é grande mas não é dois. Sua batata tá assando...

Perdendo tempoNo último sábado de produção normal na S10, da GM, a em-

presa teve a coragem de mandar os trabalhadores para o MVA na hora das refeições. Com isso, o pessoal gastou quase meia hora só em trânsito e acabou sendo obrigado a comer voando, sem

respirar, pra voltar a tempo. Mas que falta de respeito com os tra-balhadores! Que não se repita...

Quando dá na telha!Está grave a situação dos traba-lhadores da Produmec, já que a

empresa não respeita datas e faz o pagamento dos salários quando dá na telha. Se isso não bastasse, a empresa ainda se acha no direito

de pressionar as trabalhadoras por mais produção. Êpa, êpa, êpa. Antes de exigir alguma coisa, seria bom ter o mínimo de considera-

ção, fazendo o pagamento de salá-rios nas datas certas, não acham?

MaratonaO pessoal da Wirex Cable está

descontente com o convênio mé-dico da empresa, que é do Policlin. Agora, quem precisa de um exame mais complexo, como uma resso-nância magnética, por exemplo, tem de encarar uma maratona,

com direito a uma lista de espera e uma perícia. Um absurdo sem tamanho. Será que estão achan-do que os trabalhadores andam fazendo exames sem necessida-de? Será que alguém faz isso por

hobby? Providências, já!

Difícil de engolirA comida servida pela Hitachi tá dureza. Tá sempre fria, as

vezes até com bicho. E o lanche servido na hora extra é sempre o mesmo, e com suco da pior

qualidade. Quando vai melhorar essa gororoba?

Sindicato realiza palestra, dia 18

As revoluções são impossíveis, até que se tornem inevitáveis. A

frase do revolucionário Leon Trotski pode resumir o que está aconte-cendo no Egito. Há poucos meses, ninguém poderia prever que em uma das regiões mais conflituosas do mundo, com ditaduras e repressão, haveria uma revolução popular.

Entretanto, é no Egito, um dos prin-cipais países do Oriente Médio, que, na última sexta-feira, dia 11, o povo derrubou o ditador Hosni Mubarak.

Foram 18 dias de megapro-testos. Milhões de trabalhadores, estudantes e desempregados foram às ruas para exigir o fim da ditadura e mudanças no regime que, por 30 anos, impôs desemprego, miséria e repressão ao povo.

Após a renúncia, as centenas de milhares de manifestantes que ocu-pavam a Praça Tahrir, centro das ma-nifestações, fizeram uma verdadeira festa pela queda do ditador.

Revolução se espalhaA queda de Mubarak representa

uma derrota para os países ricos,

como Estados Unidos e Israel, que tinham esta ditadura como seu prin-cipal aliado na região.

O principal temor desses países é que as mudanças no governo atrapalhem seus interesses. O Egito tem uma importância estratégica política, econômica e militar para o imperialismo.

Outro temor dos países impe-rialistas é o de que a revolução em curso na região, que além de Mubarak, já derrubou o presidente

O Sindicato, juntamente com a CSP-Conlutas e outras entidades sindicais e po-pulares, realiza na próxima sexta-feira, dia 18, às 19h, um Ato-Debate no auditório Mário Covas, da Câmara Municipal de São José dos Campos. O evento contará com a presença de Fábio Bosco, representante da Frente em Defesa do Povo Palestino e integrante da Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT-QI). O objetivo é aprofundar o debate sobre as consequências dessa revolução e cobrir de solidariedade a luta do povo egípcio. Compareça!

da Tunísia, se espalhe pela África e Oriente Médio, derrubando outros governos aliados. Manifestações já estão acontecendo em vários países da região como Mauritânia, Argélia, Jordânia e Iêmen.

“A queda de Mubarak foi uma vi-tória dos trabalhadores egípcios mas é preciso resistir e avançar para que a vitória seja completa“, avalia o Fá-bio Bosco, da Liga Internacional dos Trabalhadores e integrante da Frente em Defesa do Povo Palestino.

A luta dos trabalhadores egípcios foi detonada pela situação de repressão, miséria e desemprego em que vive a ampla maioria da população. Situação que foi agravada ainda mais pela atual crise econômica.

Mas o fato é que essa revolução é parte de uma situação mundial, que inclui vários países na Europa, que também enfrentam protestos, como na Grécia, França, Espanha, Portugal, entre outros.

Outras ditaduras no Oriente Médio e norte da Áfri-ca também estão ameaçadas. Essa situação, com suas desigualdades, pode se estender ao resto do mundo.

Esse é um dos motivos porque essa revolução tem um grande impacto na luta dos trabalhadores em todo o mundo. Ela mostra o caminho que a classe operária deve seguir para resistir aos ataques dos governos e patrões, que querem jogar a conta da crise sobre nossas costas.

Após a renúncia de Mubarak, o Conselho Militar Supremo tomou posse no Egito e anunciou medidas como a dissolução do Parlamento e a suspensão da Constituição, ambos exigidos pela população em luta. Mas o Exército não está ao lado do povo egípcio. Uma das provas disso é que Mohamed Tantawi, escolhido para chefiar o país até as eleições, foi ministro da De-fesa por 20 anos e é de confiança dos EUA.

O povo do Egito sabe disso. Por isso, as manifesta-ções continuam, exigindo o fim da Lei de Emergência e a demissão de todo o ministério anterior. Greves es-touram em todo o país reivindicando melhores salários e condições de vida.

“A única saída para o povo do Egito é levar esta revo-lução até o fim, até a conquista de suas reivindicações e a formação de um governo operário e popular. Do contrário, nada mudará”, afirmou Bosco.

Como o Egito afeta a luta dos trabalhadores

Charge da semana

JORNAL METAL-940.indd 1 15/02/2011 20:25:51

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CARnAvAl nA ColôniACAblEtECH E Utilkit FoCo

SEMináRio DE PlAnEjAMEnto

Rápidas

22 Jornal do Metalúrgico2

Audiência, dia 22, discute demissões na Avibras. Exigimos volta dos trabalhadoresNão engolimos argumento de que a empresa está sem dinheiro. Desde 2009, situação financeira saiu do vermelho

Em defesa do emprego

A audiência de conciliação na Justiça que colocará em discus-

são as 170 demissões da Avibras acontecerá na próxima terça, dia 22, em Campinas. Na audiência, a empresa terá de se explicar sobre a demissão em massa e abrir seus livros contábeis, uma vez que ela alega dificuldades financeiras.

Entretanto, os fatos mostram que as demissões não eram, de fato, ne-cessárias. Em primeiro lugar, porque um mês antes dos cortes, a Avibras recebeu um empréstimo de R$ 12 milhões do Banco do Brasil.

Em segundo lugar, a estimativa é que, em 2010, a empresa teve um faturamento de R$ 500 milhões. Desde 2009, o caixa da Avibras saiu do vermelho.

Segundo dados da própria em-presa, 170 trabalhadores geram um

A Foco encerrou suas atividades semana passada, depois de ser des-pejada do local onde funcionava, nas Chácaras Reunidas. O Sindicato já conseguiu, na Justiça, o arresto de bens da empresa para garantir o pagamento das verbas rescisórias. Se a empresa tentar dar o calote nos companheiros, o maquinário será todo vendido.

Na maior arrogância, a Cable-tech já avisou ao Sindicato que a Utilkit não pretende se enquadrar como empresa metalúrgica. As duas empresas pertencem ao mes-mo grupo e atuam em atividades metalúrgicas. A Utilkit, entretanto, está cadastrada como prestadora de serviços. O Sindicato não vai aceitar essa afronta!

O sorteio para o Carnaval na Colônia de Férias será neste sábado, dia 19, às 9h, na sede do Sindicato. O prazo para retirada de senha termina sexta-feira, na sede ou subsedes, com apresentação da carteirinha de sócio. No dia do sorteio, o titular deve estar presente ou enviar um representante, com procuração.

Todos os diretores do Sindicato estarão reunidos, entre os dias 21 e 23, para o Seminário de Planeja-mento 2011. A diretoria vai colocar em discussão as ações a serem tomadas durante o ano.

Estamos de olho no pagamento da segunda parcela da PLRZona sul

custo de R$ 5 milhões. Portanto, um valor irrisório para a Avibras.

As demissões estão suspensas, por força de liminar obtida pelo Sin-dicato no TRT 15ª Região.

ReuniãoNa última segunda, dia 14, a

Avibras procurou o Sindicato para reafirmar que as demissões só serão revertidas se o governo assinar o con-trato do Programa Astros 2020.

O Sindicato, entretanto, não aceitou esse argumento. Apesar de defender a assinatura do contrato e ter, inclusive, ido várias vezes a Brasilia cobrar o governo Lula/Dilma, exigimos o cancelamento imediato das demissões.

“Os trabalhadores não podem pagar a conta pela morosidade do Governo Federal e pela sede de lucros

da Avibras. Além disso, a empresa tem condições financeiras de manter todos os trabalhadores. Isso ficará provado com a abertura dos livros”, afirma o diretor José Donizetti de Almeida. O

Sindicato também exige a regulariza-ção do pagamento salarial e luta pela estatização da empresa, única forma de garantir os direitos trabalhistas e defender a soberania do país..

Algumas empresas da zona sul estão ten-tando bancar as espertas para escapar do pagamento integral da PLR.

As desculpas na hora de pagar a segunda parcela da PLR são diversas, sempre com uma manobra para reduzir ou não fazer o paga-mento.

Uma nova audiência de concilia-ção vai discutir, na próxima segunda, dia 21, o pagamento das diferenças sobre a multa dos 40% do FGTS, relativas aos Planos Collor e Verão devidas a ex-funcionários da GM.

Apesar de a Justiça já ter reco-nhecido formalmente a dívida, a GM continua recorrendo a mano-bras para complicar o processo e atrasar o pagamento. A empresa quer excluir trabalhadores que têm direito à diferença.

Tem direito à reposição de per-das quem trabalhou na GM entre

Fique atento ao calendário da eleição de CIPA em sua fábrica

Organização no Local de Trabalho

Esta semana tem eleição para a CIPA na Gerdau e Pesola. Mas em outras fábricas, o processo continua. Por isso, fique atento ao calendário e participe, seja como um candidato de luta, seja como trabalhador consciente na hora de votar.

Fábrica

GerdauGMPesolaSopeçaeroTrelleborgTI/BundyEmbraer

inscrições

encerradasencerradasaté 16/02até 18/02até 27/0201 a 15/0321/3 a 4/4

Eleição

16 e 17/201/0317/0223/0314/0316 e 17/311 e 12/4

No acordo coletivo assinado entre empresas e Sindicato ficou definido que, em caso de qualquer problema, as empresas tinham de procurar o Sindi-cato com antecedência para que os trabalhadores não fossem prejudicados. Mas, na prática, a coisa não está funcionando bem assim.

Lembramos que a data limite para o pagamen-

to da segunda parcela é dia 28 de fevereiro. Quem não procurou o Sindicato, terá de

fazer o pagamento na íntegra, sem desculpas. Caso contrário, haverá mobilização.

As assembleias, nas fábricas da zona sul onde houver problemas, começam nos pró-ximos dias.

1989 e 1990, e foi demitido até 2003, sem justa causa. Na época da demissão, a multa do FGTS não con-templava a inflação. Essa diferença tem de ser paga agora pela GM.

Em 2003, o Supremo Tribunal Federal determinou que a diferen-ça dos planos econômicos sobre a multa dos 40% dos FGTS fosse paga pelas empresas. Desde então, houve uma avalanche de processos. Em al-guns casos, como Embraer e Eaton, já houve acordo. A GM, entretanto, continua resistindo! Por isso, nossa mobilização vai aumentar!

Audiência discute diferença de planos econômicos sobre o FGTS

General Motors

Luta é para garantir empregos e direitos

noSSAS bAnDEiRAS DE lUtA

Ato em Brasília, dia 24, em defesa do salário mínimo, aposentadoria e direitos62% de aumento para deputados, 6% para o salário mínimo. Contra esse e outros absurdos, vamos protestar!

Jornal do Metalúrgico 3

A CSP-Conlutas em conjunto com diversas entidades sindicais e

do movimento popular, como o FST (Fórum Sindical dos Trabalhadores), Cobap e Intersindical, realiza um grande ato em Brasília, no próximo dia 24, a partir das 9h, no auditório Petrônio Portella, no Senado.

O nosso Sindicato participará da manifestação, juntamente com uma delegação da regional do Vale do Paraíba da CSP-Conlutas.

Em defesa dos direitosO objetivo é protestar contra o

reajuste irrisório do salário mínimo e manifestar nosso apoio em defesa dos servidores, dos serviços públicos, dos direitos previdenciários e da aposentadoria e exigir a correção da tabela do Imposto de Renda.

Recentemente, deputados e senadores decidiram reajustar os próprios salários em 62%. Em con-trapartida, o salário mínimo deverá ser reajustado em apenas 6,87% caso seja fixado em R$ 545, que

é o valor defendido pelo governo. Uma provocação! Por isso, é preciso exigir um aumento imediato de 62% também para o salário mínimo.

Se isso não bastasse, os investi-mentos na área social, a aposenta-doria e os direitos estão sob ataque. Na semana passada, o governo Dilma confirmou um corte de R$ 50 bilhões no Orçamento. Cortes que, seguramente, devem afetar o finan-ciamento das políticas sociais.

O Banco Central também au-mentou a taxa básica de juros que, além de outros prejuízos que causa ao país, aumentará o volume de recursos públicos repassados aos banqueiros na forma de pagamento de juros da dívida pública.

“Vamos nos juntar nessa mani-festação para reivindicar e defender os direitos e os interesses da classe trabalhadora”, disse o diretor do Sin-dicato e um dos coordenadores da CSP-Conlutas Vale do Paraíba, Adilson dos Santos, o Índio.

Embraer e GM também dizem "NÃO" ao Imposto Sindical

Assembleias

Manifestação

Camisetas para o bloco Acorda Peão já estão à venda

Já começou a venda de camisetas do tradicional bloco Acorda Peão, pelo preço único de R$ 10.

Os foliões que quiserem podem adquirir a sua na sede e subsedes do Sindicato.

A partir da próxima segun-da-feira, dia 21, o CD com o samba-enredo também começa a ser vendido, pelo preço único de R$ 5, para que os foliões tenham tempo de aprender o samba e fazer bonito na avenida.

EnsaiosOs ensaios do bloco come-

çam nesta quarta-feira, dia 16, a partir das 18h30. Os ensaios acontecerão sempre às quartas-feiras, no terreno da Francisco Paes, 316, Centro. Todos estão convidados a participar.

Neste ano, o samba aborda a ocupação dos morros do Rio de Janeiro, a roubalheira e o tráfico de

Carnaval

influências, em Brasília, a tragédia das enchentes e soterramentos do Rio e o aumento abusivo dos salários dos deputados.

A presidente Dilma Rouseff e o deputado federal Tiririca estarão representados no bloco.

o que é o imposto Sindical?É o desconto referente a um dia de trabalho, que é feito pelo gover-no uma vez por ano, no mês de março.

De quem é cobrado?De todos os trabalhadoresbrasileiros.

Por que é feita essa cobrança?O Imposto Sindical foi criado pelo governo de Getúlio Vargas para atrelar os sindicatos ao Estado, com o objetivo claro de sufocar as lutas da classe trabalhadora. Ainda hoje é usado pelo governo para esse fim.

Por que nós não pagamos?Porque nosso Sindicato, que não concorda com este imposto, conseguiu uma liminar, em 1999,

suspendendo a cobrança em toda a nossa base.

o que pode mudar?Depois de 12 anos, esse imposto pode voltar a ser descontado dos metalúrgicos de nossa base.

Por quê?Porque o governo federal recorreu na Justiça e o TRF determinou que o desconto seja feito, mesmo que o Sindicato se recuse a receber tal verba.

Qual a posição do Sindicato?O Sindicato não aceita a cobrança e já recorreu da decisão. Caso o recurso não impeça o desconto do Imposto Sindical, o Sindicato vai devolver 60% do valor aos traba-lhadores, que é a parte que seria destinada à entidade.

Nesta semana foi a vez dos tra-balhadores da Embraer e da GM rejeitarem, em assembleias, a volta da cobrança do Imposto Sindical.

Os trabalhadores das duas maiores empresas de nossa base foram unâni-mes em dizer “não” a esse absurdo, e apoiaram a posição do Sindicato de recorrer da decisão. Caso o Sindicato não consiga impedir a cobrança, 60%

do valor descontado, que é a parte que será repassada ao Sindicato, será devol-vido integralmente aos trabalhadores.

“Temos orgulho de não cobrar o Imposto Sindical e nenhuma decisão judicial vai nos convencer do contrá-rio”, disse o presidente em exercício Herbert Claros. As assembleias con-tinuam esta semana nas fábricas de nossa base.

tire suas dúvidas

Salário Mínimo valorizado com reajuste substancial!Em defesa dos servidores e dos serviços públicos!

Em defesa dos direitos previdenciários e da aposentadoria!Em defesa e ampliação dos direitos trabalhistas!

Correção da tabela do imposto de renda!Solidariedade às vítimas das enchentes!

Contra despejos e remoções sem alternativa e por moradia digna!

Protesto reunirá manifestantes de todo o país

contra ataques do governo

JORNAL METAL-940.indd 2 15/02/2011 20:25:52

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CARnAvAl nA ColôniACAblEtECH E Utilkit FoCo

SEMináRio DE PlAnEjAMEnto

Rápidas

22 Jornal do Metalúrgico2

Audiência, dia 22, discute demissões na Avibras. Exigimos volta dos trabalhadoresNão engolimos argumento de que a empresa está sem dinheiro. Desde 2009, situação financeira saiu do vermelho

Em defesa do emprego

A audiência de conciliação na Justiça que colocará em discus-

são as 170 demissões da Avibras acontecerá na próxima terça, dia 22, em Campinas. Na audiência, a empresa terá de se explicar sobre a demissão em massa e abrir seus livros contábeis, uma vez que ela alega dificuldades financeiras.

Entretanto, os fatos mostram que as demissões não eram, de fato, ne-cessárias. Em primeiro lugar, porque um mês antes dos cortes, a Avibras recebeu um empréstimo de R$ 12 milhões do Banco do Brasil.

Em segundo lugar, a estimativa é que, em 2010, a empresa teve um faturamento de R$ 500 milhões. Desde 2009, o caixa da Avibras saiu do vermelho.

Segundo dados da própria em-presa, 170 trabalhadores geram um

A Foco encerrou suas atividades semana passada, depois de ser des-pejada do local onde funcionava, nas Chácaras Reunidas. O Sindicato já conseguiu, na Justiça, o arresto de bens da empresa para garantir o pagamento das verbas rescisórias. Se a empresa tentar dar o calote nos companheiros, o maquinário será todo vendido.

Na maior arrogância, a Cable-tech já avisou ao Sindicato que a Utilkit não pretende se enquadrar como empresa metalúrgica. As duas empresas pertencem ao mes-mo grupo e atuam em atividades metalúrgicas. A Utilkit, entretanto, está cadastrada como prestadora de serviços. O Sindicato não vai aceitar essa afronta!

O sorteio para o Carnaval na Colônia de Férias será neste sábado, dia 19, às 9h, na sede do Sindicato. O prazo para retirada de senha termina sexta-feira, na sede ou subsedes, com apresentação da carteirinha de sócio. No dia do sorteio, o titular deve estar presente ou enviar um representante, com procuração.

Todos os diretores do Sindicato estarão reunidos, entre os dias 21 e 23, para o Seminário de Planeja-mento 2011. A diretoria vai colocar em discussão as ações a serem tomadas durante o ano.

Estamos de olho no pagamento da segunda parcela da PLRZona sul

custo de R$ 5 milhões. Portanto, um valor irrisório para a Avibras.

As demissões estão suspensas, por força de liminar obtida pelo Sin-dicato no TRT 15ª Região.

ReuniãoNa última segunda, dia 14, a

Avibras procurou o Sindicato para reafirmar que as demissões só serão revertidas se o governo assinar o con-trato do Programa Astros 2020.

O Sindicato, entretanto, não aceitou esse argumento. Apesar de defender a assinatura do contrato e ter, inclusive, ido várias vezes a Brasilia cobrar o governo Lula/Dilma, exigimos o cancelamento imediato das demissões.

“Os trabalhadores não podem pagar a conta pela morosidade do Governo Federal e pela sede de lucros

da Avibras. Além disso, a empresa tem condições financeiras de manter todos os trabalhadores. Isso ficará provado com a abertura dos livros”, afirma o diretor José Donizetti de Almeida. O

Sindicato também exige a regulariza-ção do pagamento salarial e luta pela estatização da empresa, única forma de garantir os direitos trabalhistas e defender a soberania do país..

Algumas empresas da zona sul estão ten-tando bancar as espertas para escapar do pagamento integral da PLR.

As desculpas na hora de pagar a segunda parcela da PLR são diversas, sempre com uma manobra para reduzir ou não fazer o paga-mento.

Uma nova audiência de concilia-ção vai discutir, na próxima segunda, dia 21, o pagamento das diferenças sobre a multa dos 40% do FGTS, relativas aos Planos Collor e Verão devidas a ex-funcionários da GM.

Apesar de a Justiça já ter reco-nhecido formalmente a dívida, a GM continua recorrendo a mano-bras para complicar o processo e atrasar o pagamento. A empresa quer excluir trabalhadores que têm direito à diferença.

Tem direito à reposição de per-das quem trabalhou na GM entre

Fique atento ao calendário da eleição de CIPA em sua fábrica

Organização no Local de Trabalho

Esta semana tem eleição para a CIPA na Gerdau e Pesola. Mas em outras fábricas, o processo continua. Por isso, fique atento ao calendário e participe, seja como um candidato de luta, seja como trabalhador consciente na hora de votar.

Fábrica

GerdauGMPesolaSopeçaeroTrelleborgTI/BundyEmbraer

inscrições

encerradasencerradasaté 16/02até 18/02até 27/0201 a 15/0321/3 a 4/4

Eleição

16 e 17/201/0317/0223/0314/0316 e 17/311 e 12/4

No acordo coletivo assinado entre empresas e Sindicato ficou definido que, em caso de qualquer problema, as empresas tinham de procurar o Sindi-cato com antecedência para que os trabalhadores não fossem prejudicados. Mas, na prática, a coisa não está funcionando bem assim.

Lembramos que a data limite para o pagamen-

to da segunda parcela é dia 28 de fevereiro. Quem não procurou o Sindicato, terá de

fazer o pagamento na íntegra, sem desculpas. Caso contrário, haverá mobilização.

As assembleias, nas fábricas da zona sul onde houver problemas, começam nos pró-ximos dias.

1989 e 1990, e foi demitido até 2003, sem justa causa. Na época da demissão, a multa do FGTS não con-templava a inflação. Essa diferença tem de ser paga agora pela GM.

Em 2003, o Supremo Tribunal Federal determinou que a diferen-ça dos planos econômicos sobre a multa dos 40% dos FGTS fosse paga pelas empresas. Desde então, houve uma avalanche de processos. Em al-guns casos, como Embraer e Eaton, já houve acordo. A GM, entretanto, continua resistindo! Por isso, nossa mobilização vai aumentar!

Audiência discute diferença de planos econômicos sobre o FGTS

General Motors

Luta é para garantir empregos e direitos

noSSAS bAnDEiRAS DE lUtA

Ato em Brasília, dia 24, em defesa do salário mínimo, aposentadoria e direitos62% de aumento para deputados, 6% para o salário mínimo. Contra esse e outros absurdos, vamos protestar!

Jornal do Metalúrgico 3

A CSP-Conlutas em conjunto com diversas entidades sindicais e

do movimento popular, como o FST (Fórum Sindical dos Trabalhadores), Cobap e Intersindical, realiza um grande ato em Brasília, no próximo dia 24, a partir das 9h, no auditório Petrônio Portella, no Senado.

O nosso Sindicato participará da manifestação, juntamente com uma delegação da regional do Vale do Paraíba da CSP-Conlutas.

Em defesa dos direitosO objetivo é protestar contra o

reajuste irrisório do salário mínimo e manifestar nosso apoio em defesa dos servidores, dos serviços públicos, dos direitos previdenciários e da aposentadoria e exigir a correção da tabela do Imposto de Renda.

Recentemente, deputados e senadores decidiram reajustar os próprios salários em 62%. Em con-trapartida, o salário mínimo deverá ser reajustado em apenas 6,87% caso seja fixado em R$ 545, que

é o valor defendido pelo governo. Uma provocação! Por isso, é preciso exigir um aumento imediato de 62% também para o salário mínimo.

Se isso não bastasse, os investi-mentos na área social, a aposenta-doria e os direitos estão sob ataque. Na semana passada, o governo Dilma confirmou um corte de R$ 50 bilhões no Orçamento. Cortes que, seguramente, devem afetar o finan-ciamento das políticas sociais.

O Banco Central também au-mentou a taxa básica de juros que, além de outros prejuízos que causa ao país, aumentará o volume de recursos públicos repassados aos banqueiros na forma de pagamento de juros da dívida pública.

“Vamos nos juntar nessa mani-festação para reivindicar e defender os direitos e os interesses da classe trabalhadora”, disse o diretor do Sin-dicato e um dos coordenadores da CSP-Conlutas Vale do Paraíba, Adilson dos Santos, o Índio.

Embraer e GM também dizem "NÃO" ao Imposto Sindical

Assembleias

Manifestação

Camisetas para o bloco Acorda Peão já estão à venda

Já começou a venda de camisetas do tradicional bloco Acorda Peão, pelo preço único de R$ 10.

Os foliões que quiserem podem adquirir a sua na sede e subsedes do Sindicato.

A partir da próxima segun-da-feira, dia 21, o CD com o samba-enredo também começa a ser vendido, pelo preço único de R$ 5, para que os foliões tenham tempo de aprender o samba e fazer bonito na avenida.

EnsaiosOs ensaios do bloco come-

çam nesta quarta-feira, dia 16, a partir das 18h30. Os ensaios acontecerão sempre às quartas-feiras, no terreno da Francisco Paes, 316, Centro. Todos estão convidados a participar.

Neste ano, o samba aborda a ocupação dos morros do Rio de Janeiro, a roubalheira e o tráfico de

Carnaval

influências, em Brasília, a tragédia das enchentes e soterramentos do Rio e o aumento abusivo dos salários dos deputados.

A presidente Dilma Rouseff e o deputado federal Tiririca estarão representados no bloco.

o que é o imposto Sindical?É o desconto referente a um dia de trabalho, que é feito pelo gover-no uma vez por ano, no mês de março.

De quem é cobrado?De todos os trabalhadoresbrasileiros.

Por que é feita essa cobrança?O Imposto Sindical foi criado pelo governo de Getúlio Vargas para atrelar os sindicatos ao Estado, com o objetivo claro de sufocar as lutas da classe trabalhadora. Ainda hoje é usado pelo governo para esse fim.

Por que nós não pagamos?Porque nosso Sindicato, que não concorda com este imposto, conseguiu uma liminar, em 1999,

suspendendo a cobrança em toda a nossa base.

o que pode mudar?Depois de 12 anos, esse imposto pode voltar a ser descontado dos metalúrgicos de nossa base.

Por quê?Porque o governo federal recorreu na Justiça e o TRF determinou que o desconto seja feito, mesmo que o Sindicato se recuse a receber tal verba.

Qual a posição do Sindicato?O Sindicato não aceita a cobrança e já recorreu da decisão. Caso o recurso não impeça o desconto do Imposto Sindical, o Sindicato vai devolver 60% do valor aos traba-lhadores, que é a parte que seria destinada à entidade.

Nesta semana foi a vez dos tra-balhadores da Embraer e da GM rejeitarem, em assembleias, a volta da cobrança do Imposto Sindical.

Os trabalhadores das duas maiores empresas de nossa base foram unâni-mes em dizer “não” a esse absurdo, e apoiaram a posição do Sindicato de recorrer da decisão. Caso o Sindicato não consiga impedir a cobrança, 60%

do valor descontado, que é a parte que será repassada ao Sindicato, será devol-vido integralmente aos trabalhadores.

“Temos orgulho de não cobrar o Imposto Sindical e nenhuma decisão judicial vai nos convencer do contrá-rio”, disse o presidente em exercício Herbert Claros. As assembleias con-tinuam esta semana nas fábricas de nossa base.

tire suas dúvidas

Salário Mínimo valorizado com reajuste substancial!Em defesa dos servidores e dos serviços públicos!

Em defesa dos direitos previdenciários e da aposentadoria!Em defesa e ampliação dos direitos trabalhistas!

Correção da tabela do imposto de renda!Solidariedade às vítimas das enchentes!

Contra despejos e remoções sem alternativa e por moradia digna!

Protesto reunirá manifestantes de todo o país

contra ataques do governo

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Page 4: Internacional Após 18 dias de protestos, ditador é derrubado do … · CAblEtECH E Utilkit FoCo CARnAvAl nA ColôniA SEMináRio DE PlAnEjAMEnto Rápidas 22 Jornal do Metalúrgico

A CSP-Conlutas, juntamente com outras organi-zações como o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), Cobap e Intersindical, está preparando um ato em Brasília, no próximo dia 24. Será uma manifestação em defesa das reivindicações da classe trabalhadora, como por um aumento decente do salário mínimo, aposentadoria e direitos.

Órgão Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá

Ano 28 - nº 940www.sindmetalsjc.org.br

De 16 a 28 de fevereiro de 2011

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No próximo dia 22, será realizada, no TRT de Campinas, uma audiência de conciliação para discutir as 170 demissões ocorridas na Avibras. Os cortes estão suspensos por uma liminar obtida pelo Sindicato.

Dia 22, audiência de conciliação discute demissões na Avibras

Vamos a Brasília, dia 24, em defesa do salário mínimo, aposentadoria e direitos

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Egito:a queda do ditador e as lições que ficam

A revolução no Egito conseguiu derrubar o ditador que governava o país há 30

anos. É uma vitória histórica dos trabalhadores, estudantes e povo pobre egípcio.

Entretanto, a luta ainda não acabou. Agora, os militares estão no poder ao lado

de integrantes do antigo governo, o que ameaça a conquista das reivindicações da

população. Essa luta precisa avançar, para não retroceder. A vitória da revolução

egípcia não afeta somente aquele país,

mas trará consequências em todo o

mundo. Saiba mais na pág.4

Orgão informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de S. J. Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá • Rua Maurício Diamante, 65 - 12209-570- (12) 3946.5333 - Fax: 3922.4775 - site: www.sindmetalsjc.org.br - e-mail: [email protected] - São José dos Campos - SP - Responsabilidade: Diretoria do Sindicato - Edição: Ana Cristina Silva - Redação: Douglas Dias, Eliane Mendonça e Shirley Rodrigues. Editoração Eletrônica: Bruno César Galvão Ilustração: Bruno César Galvao. Fotolito e Impressão: UniSind Gráfica Ltda (11) 3271-1137

Expediente

Internacional

Jornal do Metalúrgico4

Após 18 dias de protestos, ditador é derrubado do poder no EgitoHosni Mubarak, que dirigia o país há 30 anos, renunciou após pressão. Porém, luta ainda não acabou

Revolução no Egito tem de continuar

Milhões de egípcios foram às ruas nos últimos dias e mobilização derrubou ditador

Ameaças vaziasO Márcio, chefe de produção da RFCom, mais conhecido

como babão, vive perseguindo a peãozada. Agora perdeu a noção

e anda ameaçando demitir por justa causa quem não obedecer suas ordens. Mas, que absurdo!

Tá achando que o povo é desinformado a ponto de acre-ditar que qualquer bobagem dá demissão por justa causa?

Cuidado, você é grande mas não é dois. Sua batata tá assando...

Perdendo tempoNo último sábado de produção normal na S10, da GM, a em-

presa teve a coragem de mandar os trabalhadores para o MVA na hora das refeições. Com isso, o pessoal gastou quase meia hora só em trânsito e acabou sendo obrigado a comer voando, sem

respirar, pra voltar a tempo. Mas que falta de respeito com os tra-balhadores! Que não se repita...

Quando dá na telha!Está grave a situação dos traba-lhadores da Produmec, já que a

empresa não respeita datas e faz o pagamento dos salários quando dá na telha. Se isso não bastasse, a empresa ainda se acha no direito

de pressionar as trabalhadoras por mais produção. Êpa, êpa, êpa. Antes de exigir alguma coisa, seria bom ter o mínimo de considera-

ção, fazendo o pagamento de salá-rios nas datas certas, não acham?

MaratonaO pessoal da Wirex Cable está

descontente com o convênio mé-dico da empresa, que é do Policlin. Agora, quem precisa de um exame mais complexo, como uma resso-nância magnética, por exemplo, tem de encarar uma maratona,

com direito a uma lista de espera e uma perícia. Um absurdo sem tamanho. Será que estão achan-do que os trabalhadores andam fazendo exames sem necessida-de? Será que alguém faz isso por

hobby? Providências, já!

Difícil de engolirA comida servida pela Hitachi tá dureza. Tá sempre fria, as

vezes até com bicho. E o lanche servido na hora extra é sempre o mesmo, e com suco da pior

qualidade. Quando vai melhorar essa gororoba?

Sindicato realiza palestra, dia 18

As revoluções são impossíveis, até que se tornem inevitáveis. A

frase do revolucionário Leon Trotski pode resumir o que está aconte-cendo no Egito. Há poucos meses, ninguém poderia prever que em uma das regiões mais conflituosas do mundo, com ditaduras e repressão, haveria uma revolução popular.

Entretanto, é no Egito, um dos prin-cipais países do Oriente Médio, que, na última sexta-feira, dia 11, o povo derrubou o ditador Hosni Mubarak.

Foram 18 dias de megapro-testos. Milhões de trabalhadores, estudantes e desempregados foram às ruas para exigir o fim da ditadura e mudanças no regime que, por 30 anos, impôs desemprego, miséria e repressão ao povo.

Após a renúncia, as centenas de milhares de manifestantes que ocu-pavam a Praça Tahrir, centro das ma-nifestações, fizeram uma verdadeira festa pela queda do ditador.

Revolução se espalhaA queda de Mubarak representa

uma derrota para os países ricos,

como Estados Unidos e Israel, que tinham esta ditadura como seu prin-cipal aliado na região.

O principal temor desses países é que as mudanças no governo atrapalhem seus interesses. O Egito tem uma importância estratégica política, econômica e militar para o imperialismo.

Outro temor dos países impe-rialistas é o de que a revolução em curso na região, que além de Mubarak, já derrubou o presidente

O Sindicato, juntamente com a CSP-Conlutas e outras entidades sindicais e po-pulares, realiza na próxima sexta-feira, dia 18, às 19h, um Ato-Debate no auditório Mário Covas, da Câmara Municipal de São José dos Campos. O evento contará com a presença de Fábio Bosco, representante da Frente em Defesa do Povo Palestino e integrante da Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT-QI). O objetivo é aprofundar o debate sobre as consequências dessa revolução e cobrir de solidariedade a luta do povo egípcio. Compareça!

da Tunísia, se espalhe pela África e Oriente Médio, derrubando outros governos aliados. Manifestações já estão acontecendo em vários países da região como Mauritânia, Argélia, Jordânia e Iêmen.

“A queda de Mubarak foi uma vi-tória dos trabalhadores egípcios mas é preciso resistir e avançar para que a vitória seja completa“, avalia o Fá-bio Bosco, da Liga Internacional dos Trabalhadores e integrante da Frente em Defesa do Povo Palestino.

A luta dos trabalhadores egípcios foi detonada pela situação de repressão, miséria e desemprego em que vive a ampla maioria da população. Situação que foi agravada ainda mais pela atual crise econômica.

Mas o fato é que essa revolução é parte de uma situação mundial, que inclui vários países na Europa, que também enfrentam protestos, como na Grécia, França, Espanha, Portugal, entre outros.

Outras ditaduras no Oriente Médio e norte da Áfri-ca também estão ameaçadas. Essa situação, com suas desigualdades, pode se estender ao resto do mundo.

Esse é um dos motivos porque essa revolução tem um grande impacto na luta dos trabalhadores em todo o mundo. Ela mostra o caminho que a classe operária deve seguir para resistir aos ataques dos governos e patrões, que querem jogar a conta da crise sobre nossas costas.

Após a renúncia de Mubarak, o Conselho Militar Supremo tomou posse no Egito e anunciou medidas como a dissolução do Parlamento e a suspensão da Constituição, ambos exigidos pela população em luta. Mas o Exército não está ao lado do povo egípcio. Uma das provas disso é que Mohamed Tantawi, escolhido para chefiar o país até as eleições, foi ministro da De-fesa por 20 anos e é de confiança dos EUA.

O povo do Egito sabe disso. Por isso, as manifesta-ções continuam, exigindo o fim da Lei de Emergência e a demissão de todo o ministério anterior. Greves es-touram em todo o país reivindicando melhores salários e condições de vida.

“A única saída para o povo do Egito é levar esta revo-lução até o fim, até a conquista de suas reivindicações e a formação de um governo operário e popular. Do contrário, nada mudará”, afirmou Bosco.

Como o Egito afeta a luta dos trabalhadores

Charge da semana

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