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INTERLIGAÇÕES DA REDE BRASILEIRA DE TELECOMUNICAÇÕES: LAÇOS
“FORTES E “FRACOS”
LEANDRO CESAR MOREIRA SANTOS1
EMERSON LEONARDO SCHMIDT IASKIO2
WALTER TADAHIRO SHIMA3
Resumo: O setor de telecomunicações no Brasil é formado por uma rede de ligações “fortes”
e “fracas” constituída por: empresas, governo, universidades, órgãos reguladores e mercado,
envolvidos nas telecomunicações brasileiras e seus ramos de prestação de serviços: TV por
assinatura, Banda Larga, Telefonia Móvel e Telefonia Fixa. Para explicar as ligações
existentes entre estes entes, e suas respectivas atribuições são utilizados esquemas gráficos
que demonstram a estrutura da rede e as interações com as políticas públicas. Após a
privatização dos serviços de telecomunicações, a regulação do setor é feita pela Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel), instituída por meio da Lei Nº 9.472/1997, tornando-
se um ator importante nas interligações existentes no setor, em especial entre empresa e
consumidor. O objetivo do presente trabalho é demonstrar que a rede formada é constituída
por diferentes relações que dependendo da arena de análise podem ser comerciais,
governamentais ou institucionais. Conclui-se que empresas de telecomunicações,
universidades e consumidores influenciam de maneira diferenciada a agência reguladora
responsável pela implementação de políticas públicas na prestação de serviços e
desenvolvimento de tecnologias no setor de telecomunicações, fato que se reflete nas
reclamações das organizações de consumidores.
Palavras-chave: Telecomunicação; Empresas, Políticas Públicas; Brasil; Redes.
1. INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como objetivo visualizar quais são os laços “fortes” e
“fracos” existentes no setor de telecomunicações brasileiro e a relevância para a arena de
estudo, com enfoque especial para a geração de inovações e nas relações entre os diferentes
atores que compõem o setor. Foi utilizada uma metodologia de pesquisas bibliográfica que
1Universidade Federal do Paraná (UFPR), Programa de Pós Graduação em Políticas Públicas, Brasil. E-mail:
[email protected] 2 Universidade Federal do Paraná (UFPR), Programa de Pós Graduação em Políticas Públicas, Brasil. E-mail:
[email protected] 3 Universidade Federal do Paraná (UFPR), Programa de Pós Graduação em Políticas Públicas, Brasil E-mail:
estuda a teoria dos “laços” de Granovetter (1983) complementada com a análise de
documentos publicados por instituições privadas e governamentais relevantes do setor.
O artigo está dividido em cinco seções. A primeira aborda a estrutura do trabalho
e o cenário a ser estudado. A segunda traz o referencial teórico utilizado para construção da
pesquisa com os laços “fortes” e “fracos” no setor de telecomunicações brasileiro e suas
relações com o campo empresarial. A terceira seção explana a metodologia utilizada. A quarta
parte demonstra os resultados. Findando, são feitos algumas considerações finais sobre todo
o cenário estudado e exposto pelo artigo, demonstrando a relevância do setor e a necessidades
de novos e contínuos estudos para entendimento das relações entre os atores universidade,
empresa, governo e consumidor no setor de telecomunicações brasileiro.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Cenário
O setor das telecomunicações é fundamental no cenário econômico mundial, com
grande influência e papel essencial nas interações sociais. Evoluções tecnológicas são
importantes no desenvolvimento industrial e social, agindo de forma direta ou indireta na
geração de inovações nos mais diferentes ambientes (ANATEL a, 2015: 9).
A convergência de mídias e a estrutura de redes para transferência de conteúdo é
essencial em um mundo globalizado. A formação de redes sociais forma e embasa um novo
cenário para comunicação, criando um número cada vez maior de interconexões
(KAUFMAN, 2012: 215).
O setor de telecomunicações responde por 5% Produto Interno Bruto (PIB) do
Brasil e a cada “10% de aumento no uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC),
há um crescimento de 1,3% no PIB de um país”. (ANATEL b, 2015: 15).
O presente trabalho tem como base de dados, para constituição de redes e
organogramas, a legislação brasileira, assim constituída: Lei nº 4.117, de Agosto de 1962 que
institui o Código Brasileiro de Telecomunicações; Lei nº 5.792, de 11 de julho de 1972 que
institui a política de exploração de serviços de telecomunicações, autoriza o Poder Executivo
a constituir a empresa Telecomunicações Brasileiras S/A. - TELEBRÁS, e dá outras
providências e a Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997 que dispõe sobre a organização dos
serviços de telecomunicações e a criação e funcionamento de um órgão regulador (BRASIL a,
1962; BRASIL b, 1972; BRASIL c, 1997).
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) criada por meio da Lei Geral
de Telecomunicações nº 9.472/1997 e constituída em 5 de novembro de 1997 é a primeira
agência reguladora do Brasil. Integra a administração pública federal, vinculada ao Ministério
das Comunicações, autônoma em sua constituição administrativa e em seus fundos
financeiros. A Anatel tem como função regular, outorgar e fiscalizar o setor de
telecomunicações brasileiro. É um canal de ligação dos usuários com o setor governamental,
prestadores de serviço e coleta de dados e monitoramento no desenvolvimento das
telecomunicações do Brasil (ANATEL b, 2015).
A previsão dos artigos 186 e 187, Lei 9.472/ 1997, que dispõem respectivamente:
sobre a reestruturam e estatizam das empresas federais de telecomunicações e explicam a
passagem da rede das empresas de telecomunicações rede de empresas privadas (BRASIL c,
1997: 15111).
Nos últimos 20 anos houve uma mudança para a ideologia do neoliberalismo, com
uma menor intervenção do Estado e uma visível expansão do mercado e privatizações .
(LANG; SCHNEIDER; WERLE, 2008: 47). Esse cenário pode ilustrar o setor de
telecomunicações brasileiro e as empresas atuantes pós promulgação da Lei Geral de
Telecomunicações Lei nº 9.472/1997.
O art. 8 da Lei 9.472/ 1997 criou a Anatel e nas diretrizes para implementação das
políticas públicas em telecomunicações cabe à agência, em conformidade com a Portaria nº
178/2008 do Ministério das Comunicações:
“Aumento na oferta de serviços para o acesso à Internet por meio de banda larga,
bem como a abrangência e a capacidade de suas redes de suporte; Redução de
barreiras ao acesso e ao uso dos serviços nas diversas regiões do País; Proteção e
defesa dos direitos dos usuários; Diversificação na oferta de serviços; Competição e
concorrência na exploração de serviços; Benefícios em termos de preço e qualidade;
Ambiente favorável ao surgimento e fortalecimento de novos prestadores; Modelo
de competição que favoreça o compartilhamento de redes; e desenvolvimento e
produção de bens e serviços (ANATEL b, 2015: 20).”
As diretrizes possibilitam ao Estado acompanhar os indicadores e incentivar as
transformações tecnológicas, ter acesso a ações do mercado, obter dados e desenvolver novas
políticas e ações para o desenvolvimento tecnológico do setor (ANATEL b, 2015: 21).
O cenário contemporâneo das comunicações brasileiras apresenta uma nova
transação econômica, acontece no ano de 2015 a compra da Global Village Telecom (GVT)
por parte da Telefônica/ Vivo. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE)
discriminou especificidades para não formação de truste e também com condições para
manter a oferta de serviços já oferecidos pelas operadoras GVT e Telefônica/ Vivo (GOY,
2015: 1).
Com a compra da GVT a Telefônica/ Vivo inclui ao seu portfólio uma carteira de
100 milhões de clientes no Brasil com uma abrangência de 156 cidades. Assim, ela obtém
novos mercados em telefonia celular, fixa, banda larga e TV por assinatura (EXAME, 2015:
1).
2.2 Laços e Associações Empresariais
O modelo oferecido por Granovetter (1973:1378) em seu artigo intitulado “The
Strenght Weak Ties” é chamado pelo autor como o fragmento de uma teoria e que outras
questões iriam surgir sobre o assunto. Assim, ele faz um convite para novos estudos e
aplicações da teoria em diferentes cenários e atores, como é a pretensão do presente ensaio em
estudar o setor de Telecomunicações Brasileiro.
Corrobora o mesmo pensamento e escolha do tema do presente trabalho as
palavras de Granovetter (1983: 229) onde há necessidade do desenvolvimento de ideias de
rede em movimentos, longe de análises estáticas, não sistemáticas em relação ao
desenvolvimento e mudanças. Sendo assim, o setor de telecomunicações é, como citado no
cenário, um exemplo de continua evolução tecnológica e econômica.
A maior parte de redes empresariais apresentam “laços fortes” entre os atores,
com grupos bem definidos (GRANOVETTER, 1973: 1360). A “força” de um “laço” pode ser
definida pelo tempo dedicado, a intensidade emocional, a intimidade e os serviços recíprocos
que caracterizam o empate. (GRANOVETTER, 1973:1361).
Nas redes com “laços fortes” existe uma identidade em comum, Kaufman (2012:
208.), como o exemplo dos atores de telecomunicações. As relações geradas nesse âmbito não
se estendem fora dos clusters, que possuem um alto nível de influência. (KAUFMAN, 2012,
p.208). Após as privatizações, o setor privado em telecomunicações ganha força na arena
política tendo em vista que a esfera transfere-se de empresas públicas para privadas. Assim,
como tratado por Lang, Schneider e Werler (2008: 43) podem levar a grupos de interesse a
influenciar o campo das políticas públicas.
Já para os “laços fracos”, quando utilizadas técnicas sociométricas, há uma
tendência de eles serem ignorados, uma disposição de não serem mensurados
(GRANOVETTER, 1973: 1366,). Mas, como define o mesmo Granovetter (1973:1373) os
“laços fracos” são um recurso importante no sentido de mobilidade, de diferentes ações e
oportunidades.
A figura 1 demonstra uma tríade com dois tipos de laços: um “forte” (Anatel e
Empresas) devido a seu regime legal e burocrático de monitoramento por parte da Anatel; e
de “laço fraco” e um maior comprimento do percurso entre Anatel/Consumidor e
Empresas/Consumidor.
Figura 1 - Laços da Anatel, Empresas e Consumidor.
Fonte: Elaborado pelo autor com base em dados da pesquisa (2016).
Devido à regulamentação, prestação de contas e monitoramento da Anatel das
empresas prestadoras de serviços de telecomunicações brasileiros forma-se uma ligação de
“laços fortes” com contínua troca de conteúdos e ações. Já as linhas pontilhadas representam
“laços fracos” entre as Empresas, Anatel e Consumidor.
Embasa-se esses “laços” como “fracos” em alguns fatores como: o caso dos
consumidores não necessariamente estarem ligados de forma fixa e eterna a uma determinada
empresa, fidelidade não mutável. É respalda essa fragilidade de fidelidade de consumidor e a
formação de “laços fracos” nas interconexões atuais, principalmente com o advento das redes
de atuação comercial que exercem papel fundamental nos processos de decisão, o que permite
uma possibilidade de mudanças de consumo (KAUFMAN, 2012:211).
Corrobora com este pensamento Granovetter (1983: 205) quando o autor explana
que os “laços fracos” têm um papel especial na oportunidade de uma pessoa para a
mobilidade, assim como, um maior conhecimento de informações diversas. Os laços fracos
proporcionam para pessoas acesso a informações e oportunidades diversas, não só no seu
círculo social (GRANOVETTER, 1983: 209).
O outro fator de ligação dos laços da Figura 1 são dos Consumidores com a
Anatel, que não possuem “laços fortes” devido ao fato de que muitos consumidores
desconhecem a existência da agência, bem como uso de seus serviços como atendimento de
reclamações, denúncias entre outros.
Na figura 2 são demonstradas, segundo o Relatório Anual de 2014 da Anatel, as
principais empresas que operam nos setores de: TV por assinatura, Banda Larga, Telefonia
Móvel (Celular) e Telefonia Fixa.
No 1º nível são indicados os órgãos públicos: Governo Federal, o Ministério das
Comunicações e Anatel; no 2º nível as empresas privadas e os conglomerados de
organizações com representação de dados quantitativos no relatório da Anatel 2014 (SKY,
GVT, Telefônica/ Vivo, OI, Claro/Embratel/ Net, Outras concessionárias, CTBC/ Algar, TIM
e Outras empresas autorizadas); o 3° nível demonstra as ligações de cada empresa e a
porcentagem que cada corporação possui em um determinado setor de telecomunicações
tomando como base de dados o território brasileiro; e no 4° nível são demonstrados os quatro
setores analisados no presente trabalho: TV por Assinatura, Banda Larga, Telefonia Móvel
(celular) e Telefonia Fixa.
Entre as Empresas GVT e Telefônica/ Vivo encontra-se a representação de um
“laço fraco”, pois ainda não está de todo concretizado e disseminado sua fusão em algumas
áreas administrativas e jurídicas, como também a comunicação de forma mais abrangente para
os consumidores.
O cenário futuro pode ser de empresas com constituição jurídicas diferentes,
ligadas assim, com “laços fortes” ou a possibilidade de dissolução de laços e a constituição de
uma só empresa. Como exemplo no gráfico quando já tabulado e apresentado dados
quantitativos das três empresas que se fundiram e formaram a Claro, Embratel e Net.
Os autores Lang; Schneider e Werler (2008: 43) entendem que um dos fatores de
associações e fusões de empresas pode ser justificados pela expansão ou contração do
mercado. Constituindo os principais impulsionadores da fundação associativa e
comportamento das negociações e associações.
Associações e fusões podem criar grupos de interesse e canais de intermediação,
nas macroestrutura de sistemas políticos. Como exemplo, tem-se o surgimento de novas
unidades administrativas independentes, inseridas dentro dos sistemas políticos,
possibilitando constituir novas unidades governamentais autônomas, como neste ensaio
observa-se o exemplo da Anatel (LANG; SCHNEIDER; WERLE, 2008: 43).
Com o aumento de organizações e de interesses de diversas empresas visualiza-se
uma pluralização de arenas políticas, fragmentadas, que leva as instituições a desenvolver
novos repertórios estratégicos e novas capacidades (LANG; SCHNEIDER; WERLE, 2008:
42-46).
Independente de fusão ou da formação de “laços fortes”, e de novos panorama
políticos, a Telefônica/ Vivo já detém com a negociação de compra da GVT: 8,45% do nicho
de TV por assinatura, 29,4% do serviço de banda larga, 28,47% de telefones móveis
(celulares) e 32,43 % de telefonia fixa.
2.3 Casos de laços “fortes” e “fracos” (2014-2016)
Neste tópico serão demonstrados de forma sintética dois casos em que se
demonstram laços “fortes” e “fracos” no setor de telecomunicações brasileiro.
2.3.1 Marco Civil da Internet
O marco Civil da internet foi estabelecido pela Lei Nº 12.965 de 23 de abril de
2014 e tem como objetivo “Estabelecer princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da
Internet no Brasil”. (BRASIL d, 2014: 1).
Figura 2 - Rede de Telecomunicações Brasileira (TV por assinatura, banda larga, telefonia móvel (celular) e telefonia fixa.
1º ----------------{
2º ----{
3º -------{
4º ----------------{
Fonte: Elaborado pelo autor com base em dados da pesquisa (2016).
9
A figura 3 tem como objetivo demostrar os laços que dois Ministérios
tiveram com o Marco Civil da Internet. Mesmo se tratando de um setor relacionado à
Anatel o ator que figurou de forma inovadora e teve maior ligação, “laços fortes”, com
sua constituição foi o Ministério da Justiça. Como descrito no portal Pensando o Direito
o ministério “Sempre inovando em processos participativos, o Ministério da Justiça
coloca pela primeira vez um decreto em consulta pública” (BRASIL e, 2016).
Figura 3 - Laços do Marco Civil da Internet
Fonte: Elaborado pelo autor com base em dados da pesquisa (2016).
2.3.2 Inatel e Anatel
O Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) está localizado na cidade
de Santa Rita do Sapucaí – MG. Atualmente se constitui como um dos principais
centros de desenvolvimento de pesquisas e tecnologias em telecomunicação do pais. O
instituto as empresas parceiras e instaladas na região formam o “Vale da Eletrônica”.
Atualmente um dos projetos de maior relevância que envolve os atores Universidade,
Empresa e Governo é o desenvolvimento da tecnologia 5G para telefonia móvel
(INATEL a, 2016).
Como demostra a figura 4 existe laços “fracos” e “fortes” entre empresas, o
instituto, as políticas públicas e a Anatel. Um fator que ressalta nesse cenário é o laço
forte da Inatel com o Inatel como exemplo recente onde no início do ano de 2016 a
Anatel utilizou a estrutura do Inatel para teste de convivência entre tecnologias de TV
digital envolvendo vários atores de diversos seguimentos como: Sociedade Brasileira de
10
Televisão, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqd), Rede
Globo entre outros atores das instancias governamentais (INATEL b, 2016).
Figura 4 - Laços do Inatel e da Anatel
Fonte: Elaborado pelo autor com base em dados da pesquisa (2016).
3. METODOLOGIA
Para construção do presente artigo foi feito inicialmente uma pesquisa
bibliográfica que explana a teoria de Laços “fortes” e “fracos” e do setor de
telecomunicações. Posteriormente, foi executada uma pesquisa documental através de
relatórios, atas e documentos divulgados por setores governamentais e empresas do
setor. Para ilustração de alguns casos específicos foi executado uma pesquisa em sítios
da Internet que divulgaram matérias sobre ações específicas do setor.
4. RESULTADOS
Foi demonstrado que laços fortes e fracos são formados entre os diferentes
atores que compõem o sistema de telecomunicação brasileiro. A relação desses laços
11
principalmente quando tratamos de laços com consumidores, eles não são estáticos,
podem variar conforme as mudanças de ações de um dos atores envolvidos na relação.
O Estado é ator preponderante nessa interação entre universidade, empresa,
governo e consumidor. As políticas públicas, que são as formas de intervenção do
Estado, são fundamentais para que laços sejam criados e fortificados.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em vista os conceitos de laços fortes e fracos explicados na segunda
seção, pode-se visualizar que dentre os diferentes atores, em especial universidade-
empresa-governo, existem os dois tipos de laços, figurando um setor que ainda tem que
ser estudado e desenvolvido para que a sinergia entre os diferentes atores se torne mais
forte.
As políticas públicas possuem papel fundamental para que esse cenário se
desenvolva, trazendo novos incentivos, fomentos e regulamentações, além de um forte
monitoramento do setor como o proposto com a criação da Anatel.
Assim, abre-se uma seara de novas oportunidades de estudos do setor, suas
relações e particularidades de casos específicos de uma determinada tecnologia ou
pesquisa. Como o setor de telecomunicações é permeado por contínuas mudanças e
desenvolvimento de novas tecnologias ele sempre proporcionará novos cenários para
pesquisas entre relação Universidades, Empresas, Governo e Consumidores.
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