interesse geral da indÚstria · 2017-06-14 · informativo da cni ano 25 - nº 018 - 12 de junho...

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Informativo da CNI Ano 25 - nº 018 - 12 de Junho de 2017 ISSN 2358-8365 Nesta Edição: INTERESSE GERAL DA INDÚSTRIA Restrição da utilização dos recursos do FAT ao território nacional PL 07755/2017 do deputado Jovair Arantes (PTB/GO) 4 Redução dos prazos processuais para depósitos e pedidos de exames de patentes PLS 00173/2017 do senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB) 4 Letras de Comércio Exterior (LCE) e sistema de registro, custódia, compensação e liquidação para operações de comércio exterior PLP 00382/2017 do deputado Walter Ihoshi (PSD/SP) 4 Descontos e prazos diferenciados para MPEs administradas por empresários entre 18 e 25 anos PLP 00384/2017 do deputado Veneziano Vital do Rêgo (PMDB/PB) 5 Mudança dos critérios para condução de processo administrativo sancionador no âmbito do BACEN e da CVM MPV 00784/2017 do Poder Executivo 6 Obrigatoriedade de sistema de logística reversa para cápsulas de café PL 07796/2017 do deputado Rômulo Gouveia (PSD/PB) 7 Alterações na lei de terceirização e de trabalho temporário PL 07839/2017 do deputado Deoclides Macedo (PDT/MA) 7 Extensão do Vale-transporte aos empregados que disponham de veículo próprio PL 07819/2017 do deputado Cabo Sabino (PR/CE) 8

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Informativo da CNI

Ano 25 - nº 018 - 12 de Junho de 2017

ISSN 2358-8365

Nesta Edição:

INTERESSE GERAL DA INDÚSTRIA Restrição da utilização dos recursos do FAT ao território nacional

PL 07755/2017 do deputado Jovair Arantes (PTB/GO) 4

Redução dos prazos processuais para depósitos e pedidos de exames de patentes PLS 00173/2017 do senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB) 4

Letras de Comércio Exterior (LCE) e sistema de registro, custódia, compensação

e liquidação para operações de comércio exterior

PLP 00382/2017 do deputado Walter Ihoshi (PSD/SP) 4

Descontos e prazos diferenciados para MPEs administradas por empresários

entre 18 e 25 anos

PLP 00384/2017 do deputado Veneziano Vital do Rêgo (PMDB/PB) 5

Mudança dos critérios para condução de processo administrativo sancionador no

âmbito do BACEN e da CVM

MPV 00784/2017 do Poder Executivo 6

Obrigatoriedade de sistema de logística reversa para cápsulas de café

PL 07796/2017 do deputado Rômulo Gouveia (PSD/PB) 7

Alterações na lei de terceirização e de trabalho temporário

PL 07839/2017 do deputado Deoclides Macedo (PDT/MA) 7

Extensão do Vale-transporte aos empregados que disponham de veículo próprio PL 07819/2017 do deputado Cabo Sabino (PR/CE) 8

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Informativo da CNI

Ano 25 - nº 018 - 12 de Junho de 2017

ISSN 2358-8365

Aumento da duração da licença-paternidade

PL 07824/2017 do deputado Veneziano Vital do Rêgo (PMDB/PB) 8

Extensão da licença-maternidade no caso de adoção de adolescente

PL 07826/2017 da deputada Laura Carneiro (PMDB/RJ) 8

Movimentação do FGTS para abertura de empreendimento próprio

PL 07768/2017 do deputado Luis Tibé (PTdoB/MG) 8

Inclusão do saneamento básico como direito social

PEC 00328/2017 do deputado Aureo (SD/RJ) 9

Priorização de recursos dos programas de eficiência energética na instalação de

geração solar em instituições federais de ensino superior

PL 07790/2017 do deputado Rômulo Gouveia (PSD/PB) 9

Criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Federativo (FNDF) para compensar

os Estados e Municípios em razão da perda de receita da Lei Kandir

PL 07760/2017 do deputado Reginaldo Lopes (PT/MG) 10

Divulgação de informações sobre incentivo ou benefício de natureza tributária

PLP 00377/2017 do deputado Jorge Boeira (PP/SC) 10

Obrigatoriedade de adoção nos projetos de lei de critérios objetivos para avaliação

da eficiência dos benefícios fiscais

PLP 00378/2017 do deputado Jorge Boeira (PP/SC) 11

Reavaliação de benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez

PLS 00175/2017 do senador Paulo Paim (PT/RS) 11

Convocação do aposentado para reavaliação da aposentadoria por invalidez

PLS 00186/2017 do senador Paulo Paim (PT/RS) 11

INTERESSE SETORIAL Aquisição local de produtos panificáveis no âmbito do Programa Nacional de

Alimentação Escolar

PL 07745/2017 do deputado Danilo Cabral (PSB/PE) 12

Incentivo fiscal para a industrialização e comercialização de veículos híbridos e

movidos a energia elétrica

PL 07785/2017 do deputado Luiz Nishimori (PR/PR) 12

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Ano 25 - nº 018 - 12 de Junho de 2017

ISSN 2358-8365

Acompanhe o dia a dia dos projetos no

LEGISDATA

Utilização preferencial de cimentício desenvolvido a partir de rejeitos de mineração

nas obras públicas

PL 07795/2017 do deputado Rômulo Gouveia (PSD/PB) 13

Critérios para suspensão do fornecimento de energia elétrica por inadimplemento

PL 07759/2017 do deputado Beto Rosado (PP/RN) 13

Condições para as atividades de geração e transmissão de energia elétrica em

terras indígenas

PL 07813/2017 do deputado Jhonatan de Jesus (PRB/RR) 13

Informação obrigatória sobre lactose em embalagens ou rótulos de medicamentos

PL 07783/2017 do deputado Aureo (SD/RJ) 15

Sustação do decreto que aprova o Regulamento do Procedimento Licitatório

simplificado da PETROBRÁS

PDC 00680/2017 do deputado Davidson Magalhães (PCdoB/BA) 15

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Ano 25 - nº 018 - 12 de Junho de 2017

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INTERESSE GERAL DA INDÚSTRIA REGULAMENTAÇÃO DA ECONOMIA

DIREITO DE PROPRIEDADE E CONTRATOS

Restrição da utilização dos recursos do FAT ao território nacional

PL 07755/2017 do deputado Jovair Arantes (PTB/GO), que “Acrescenta parágrafo único ao art. 11 da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, para determinar a aplicação exclusivamente no território nacional dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT”.

Restringe a aplicação dos recursos do FAT ao território nacional.

INOVAÇÃO

Redução dos prazos processuais para depósitos e pedidos de exames de patentes

PLS 00173/2017 do senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB), que “Altera a Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996, para tornar mais eficiente o processo de exame de pedido de patente pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI”.

Reduz prazos processuais para demandas do requerente em pedidos de patente. Redução do prazo de sigilo - reduz, quando houver, o prazo de sigilo de 18 para 12 meses, contados da data de depósito ou da prioridade mais antiga, para a publicação do pedido de patentes. Redução do prazo para requerer o exame de patente - reduz de 36 para 18 meses o prazo para requerer o exame, contados da data de depósito, sob pena do arquivamento do pedido. Desarquivamento do pedido - reduz de 60 para 30 dias o prazo para o pedido de desarquivamento, contados do arquivamento, sob pena de arquivamento em definitivo. Apresentação de informações adicionais - diminui de 60 para 30 dias o prazo de apresentação de informações adicionais após o pedido de exame. Negação da patente - reduz de 90 para 30 dias o prazo para o depositando manifestar-se em caso de indeferimento do pedido de patente, não enquadramento do pedido na natureza reivindicada ou solicitação de qualquer exigência adicional.

COMÉRCIO EXTERIOR E NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS

Letras de Comércio Exterior (LCE) e sistema de registro, custódia, compensação e liquidação para operações de comércio exterior

PLP 00382/2017 do deputado Walter Ihoshi (PSD/SP), que “Autoriza criação de sistema de registro e administração de garantias de comércio exterior brasileiro e dispõe também sobre a emissão da Letra de Comércio Exterior - LCE”.

Autoriza a emissão de títulos de crédito lastreados em operações contratadas de comércio exterior, as Letras de Comércio Exterior - LCE. Institui o sistema de registro, custódia, compensação e liquidação específico para as operações brasileiras de comércio exterior.

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Fica autorizada a criação de entidade privada sem fins lucrativos, composta por agentes e outras instituições direta ou indiretamente envolvidas nas atividades de comércio internacional, para desenvolver, implantar e administrar o sistema de registro, custódia, compensação e de liquidação específicos para atividades de comércio exterior. O custeio da entidade será provido com os recursos oriundos de taxas e emolumentos dos serviços prestados. Letra de Comércio Exterior - Os agentes que praticam comércio exterior no Brasil poderão emitir títulos de crédito com lastro em operações de comércio exterior, denominado Letra de Comércio Exterior (LCE), que poderá ser emitida também em moeda estrangeira. O titulo de crédito será nominativo, endossável, de livre negociação no Brasil e poderá lastrear ativos negociados no exterior, devendo conter: a) denominação "Letra de Comércio Exterior - LCE"; b) nome do emitente; c) número de ordem; d) valor nominal em moeda nacional ou estrangeira; e) local e data de emissão; f) descrição do lastro da emissão; g) descrição da garantia real; h) data do vencimento; i) local do pagamento. São extensivos à LCE todos os incentivos fiscais e tributários concedidos aos financiamentos para o comércio exterior. A LCE será emitida sob a forma escritural em sistema de registro, custódia e de liquidação financeira de ativos. Todos os registros relativos às transferências de titularidade, pagamentos e resgates serão de responsabilidade do sistema a ser implantado. São facultadas, nos termos do regulamento, a emissão da LCE para as exportações indiretas. Sistema de Registro, Custódia, Compensação e Liquidação para Comércio Exterior - o sistema deve ser desenvolvido e implantado com o objetivo específico de criar alternativas operacionais que possam dar maior dinâmica e redução de custos financeiros para o comércio exterior brasileiro quanto a itens especificados e outros a serem definidos pelo órgão regulador competente. Poderão participar do sistema todos os agentes privados diretamente envolvidos nas operações de comércio exterior brasileiro, nos termos fixados pelo órgão regulador. O órgão regulador poderá autorizar, nos termos do regulamento, a entidade gestora do sistema a credenciar outras entidades nacionais e internacionais com notória especialização na prestação de serviços de interesse para o comércio exterior brasileiro.

MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE

Descontos e prazos diferenciados para MPEs administradas por empresários entre 18 e 25 anos

PLP 00384/2017 do deputado Veneziano Vital do Rêgo (PMDB/PB), que “Altera a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que dispõe sobre o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional”.

Estabelece que o valor dos tributos devidos mensalmente pela microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples, poderão ser pagos com desconto de 10% quando o titular, administrador e sócios da microempresa forem pessoas com idade entre 18 e 25 anos. Além disso, para essas empresas, o Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) estabelecerá prazos diferenciados e dilatados para recolhimento dos tributos devidos.

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QUESTÕES INSTITUCIONAIS

Mudança dos critérios para condução de processo administrativo sancionador no âmbito do BACEN e da CVM

MPV 00784/2017 do Poder Executivo, que “Dispõe sobre o processo administrativo sancionador na esfera de atuação do Banco Central do Brasil e da Comissão de Valores Mobiliários, altera a Lei nº 4.131, de 3 de setembro de 1962, a Lei nº 4.829, de 5 de novembro de 1965, a Lei nº 6.024, de 13 de março de 1974, a Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, a Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995, a Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, a Lei nº 9.873, de 23 de novembro de 1999, a Lei nº 10.214, de 27 de março de 2001, a Lei nº 11.371, de 28 de novembro de 2006, a Lei nº 11.795, de 8 de outubro de 2008, a Lei nº 12.810, de 15 de maio de 2013, a Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013, o Decreto nº 23.258, de 19 de outubro de 1933, o Decreto-Lei nº 9.025, de 27 de fevereiro de 1946 e a Medida Provisória nº 2.224, de 4 de setembro de 2001, e dá outras providências”.

Amplia o poder sancionador do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Aumenta o valor das multas e permite que o BACEN faça acordos de leniência com empresas que cometam ilegalidades. A MPV também estabelece novas regras sobre o processo administrativo conduzido no âmbito da Comissão de Valores Mobiliários. Efeitos dos recursos - os recursos ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro nacional contra as penalidades estabelecidas pela CVM serão recebidos somente com efeito devolutivo. O apenado poderá requerer efeito suspensivo ao recurso ao Diretor Relator da decisão recorrida, no prazo previsto em regulamento e havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação e se assim exigir o interesse público. O Diretor Relator da decisão recorrida poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso, no prazo previsto em regulamento. Caberá recurso da decisão que negar efeito suspensivo, no prazo previsto em regulamento, a ser decidido em última instância pelo Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários. Inabilitação - o prazo de cumprimento da penalidade de inabilitação será contado a partir da data em que a CVM receber, do inabilitado ou de cada entidade em que ele atuou como administrador ou conselheiro fiscal, comunicação de que houve o efetivo afastamento do cargo, instruída com os documentos comprobatórios do fato. A inabilitação temporária, para até o máximo de 20 anos, será aplicada para o exercício de cargo de administrador ou de conselheiro fiscal de companhia aberta, de entidade do sistema de distribuição ou de outras entidades que dependam de autorização ou registro na Comissão de Valores Mobiliários. Operações de câmbio - altera o Decreto que dispõe sobre as operações de câmbio para estabelecer que aplicam-se as disposições sancionadoras da Medida Provisória às operações de cambio ilegítimas realizadas entre bancos, pessoas naturais ou jurídicas, domiciliadas ou estabelecidas no país, com quaisquer entidades do exterior, quando tais operações não transitem pelos bancos habilitados a operar em cambio, mediante prévia autorização da fiscalização bancária a cargo do Banco do Brasil. Penalidades - A multa aplicada em eventual decisão condenatória no processo administrativo conduzido pela CVM não excederá o maior dentre os seguintes valores: a) R$ 500.000.000,00; b) o dobro do valor da emissão ou da operação irregular; c) três vezes o montante da vantagem econômica obtida ou da perda evitada em decorrência do ilícito; ou d) vinte por cento do valor do faturamento total individual ou consolidado do grupo econômico, obtido no exercício anterior à instauração do processo administrativo sancionador, no caso de pessoa jurídica. Em caso de reincidência pode-se aplicar multa até três vezes maior que a da primeira condenação. A multa cominada pela inexecução de ordem da Comissão de Valores Mobiliários não excederá, por dia de atraso no seu cumprimento, os seguintes valores: a) um milésimo do valor do faturamento total individual ou consolidado do grupo econômico, obtido no exercício anterior à aplicação da multa; ou b) R$ 100.000,00. Além das sanções acima previstas, a CVM poderá proibir os acusados de contratar, até o máximo de cinco anos, com instituições financeiras oficiais, e de participar de licitação tendo por objeto aquisições, alienações, realizações de obras e serviços, concessões de serviços públicos, na administração pública federal, estadual, distrital e municipal e em entidades da administração pública indireta.

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Suspensão do Processo: a Comissão de Valores Mobiliários, após análise de conveniência e oportunidade, poderá suspender, em qualquer fase que preceda a tomada da decisão de primeira instância, o processo administrativo instaurado para a apuração de infração, se o investigado assinar termo de compromisso. Acordo de leniência (BACEN): o Banco Central do Brasil poderá celebrar acordo de leniência com pessoas físicas ou jurídicas que confessarem a prática de infração às normas legais ou regulamentares cujo cumprimento lhe caiba fiscalizar. O acordo poderá resultar em extinção da ação punitiva ou redução de um a dois terços da penalidade aplicável. Para fins de validação do acordo, o BACEN observará: a) o atendimento das condições estipuladas no acordo; b) a efetividade da colaboração prestada; e c) a boa-fé do infrator quanto ao cumprimento do acordo. A declaração do cumprimento do acordo de leniência pelo Banco Central do Brasil resultará, em relação ao infrator que firmou o acordo, na extinção da ação de natureza administrativa punitiva ou na aplicação do fator de redução da pena. Em caso de descumprimento, o beneficiário ficará impedido de celebrar novo acordo de leniência pelo prazo de três anos.

MEIO AMBIENTE Obrigatoriedade de sistema de logística reversa para cápsulas de café

PL 07796/2017 do deputado Rômulo Gouveia (PSD/PB), que “Dispõe sobre a obrigatoriedade de implementação do sistema de logística reversa para cápsulas de café”.

Acrescenta à Política Nacional de Resíduos Sólidos a implementação obrigatória do sistema de logística reversa para cápsulas de café.

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

TERCEIRIZAÇÃO

Alterações na lei de terceirização e de trabalho temporário

PL 07839/2017 do deputado Deoclides Macedo (PDT/MA), que “Altera-se os artigos 2°, 4º, 4º-A, 4º-B, 5º-A, 6º e 9º da lei 6.019, de 3 de janeiro de 1974, dispositivos da Lei no 6.019, que dispõe sobre o trabalho temporário nas empresas urbanas e dá outras providências; e dispõe sobre as relações de trabalho na empresa de prestação de serviços a terceiros”.

Realiza alterações no trabalho temporário e na terceirização de serviços. Trabalho temporário - limita o trabalho temporário ao trabalho urbano. Permite a contratação do trabalhador temporário diretamente pela empresa contratante sem a intermediação da empresa de trabalho temporário e proíbe, em qualquer hipótese, a contratação de trabalho temporário para a substituição de trabalhadores em greve. Terceirização - proíbe a terceirização da atividade-fim e veda a subcontratação, além de estabelecer que a responsabilidade da empresa contratante será solidária. Capital social da empresa de tercerização - fixa o capital social integralizado em valor igual ou superior a R$ 250.000,00, excluindo o escalonamento variável de R$ 10.000,00 a R$ 250.000,00.

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BENEFÍCIOS

Extensão do Vale-transporte aos empregados que disponham de veículo próprio

PL 07819/2017 do deputado Cabo Sabino (PR/CE), que “Altera a Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, que "Institui o Vale-Transporte e dá outras providências", para estender o benefício aos empregados que disponham de veículo próprio”.

Determina que o Vale-Transporte será assegurado na forma de regulamento e o empregador deverá: a) proporcionar o deslocamento por meios próprios ou contratos, em veículos adequados ao transporte coletivo; b) participar dos gastos em deslocamento do trabalhador em veículo próprio, que será efetuada em pecúnia e será limitada ao menor entre os seguintes valores: 1) ao valor referente ao deslocamento do trabalhador no percurso residência-trabalho e vice-versa, no serviço de transporte coletivo que melhor se adequar às suas necessidades, deduzida a parcela de 6%; 2) ao valor do custo médio incorrido por trabalhador no percurso residência-trabalho.

Aumento da duração da licença-paternidade

PL 07824/2017 do deputado Veneziano Vital do Rêgo (PMDB/PB), que “Modifica o inciso III do art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1943, para dispor sobre a licença-paternidade de quinze dias, acrescida de cinco dias por filho, em caso de nascimentos múltiplos”.

Amplia o prazo da licença-paternidade para 15 dias. No caso de nascimento de múltiplos será concedido mais 5 dias por filho.

Extensão da licença-maternidade no caso de adoção de adolescente

PL 07826/2017 da deputada Laura Carneiro (PMDB/RJ), que “Altera a redação do art. 392-A da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, e do art. 71-A da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, a fim de assegurar a licença-maternidade e o salário-maternidade à empregada que adote adolescente”.

Estende os benefícios de licença-maternidade para empregada que adotar ou obtiver guarda judicial de adolescente. Atualmente, a previsão é apenas para criança.

FGTS

Movimentação do FGTS para abertura de empreendimento próprio

PL 07768/2017 do deputado Luis Tibé (PTdoB/MG), que “Acrescenta inciso ao caput do art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, para permitir a movimentação de parcela do saldo da conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, para abertura de empreendimento próprio”.

Permite a movimentação do FGTS no caso de abertura de empreendimento próprio, cujo projeto de negócio tenha sido previamente aprovado pelo SEBRAE, concedendo a utilização máxima de 50% do saldo existente na data em que exercer a opção, desde que a conta vinculada não tenha sido movimentada nos últimos 12 meses e observando as condições estabelecidas pelo Conselho Curador.

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INFRAESTRUTURA Inclusão do saneamento básico como direito social

PEC 00328/2017 do deputado Aureo (SD/RJ), que “Altera a Seção II do Capítulo II da Constituição Federal para incluir o saneamento básico dentre as ações de saúde, fixar percentuais mínimos de investimento, prever sua forma de financiamento e dá outras providências”.

Inclui o saneamento básico como direito social constitucionalizado. As ações e serviços públicos de saneamento básico constituem um sistema nacional coordenado entre a união e os demais entes federados, orientados por diretrizes estabelecidas na lei, com execução descentralizada nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, e classificados como ações preventivas em saúde. Sistema Nacional - o sistema nacional de saneamento será financiado com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. Aplicação anual de recursos - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão anualmente em ações e serviços públicos de saneamento básico recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre receita corrente liquida do respectivo exercício financeiro, não poderá ser inferior a: a) 5% no caso da União; b) 3,5% no caso dos Estados, Municípios e do Distrito Federal. A aplicação anual dos recursos será cumprida progressivamente, garantidas, no mínimo: a) 3,2% da receita corrente líquida no primeiro exercício financeiro subsequente ao da promulgação desta Emenda Constitucional; b) 3,7% da receita corrente líquida no segundo exercício financeiro subsequente ao da promulgação desta Emenda Constitucional; c) 4,1% da receita corrente líquida no terceiro exercício financeiro subsequente ao da promulgação desta Emenda Constitucional; d) 4,5% da receita corrente líquida no quarto exercício financeiro subsequente ao da promulgação desta Emenda Constitucional; e) 5% da receita corrente líquida no quinto exercício financeiro subsequente ao da promulgação desta Emenda Constitucional.

Priorização de recursos dos programas de eficiência energética na instalação de geração solar em

instituições federais de ensino superior

PL 07790/2017 do deputado Rômulo Gouveia (PSD/PB), que “Altera a Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, para priorizar a aplicação de recursos dos programas de eficiência energética na instalação de geração solar fotovoltaica em instituições federais de ensino superior”.

Determina que parte dos investimentos hoje destinados para pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico em eficiência energética serão priorizados para a instalação de geração solar fotovoltaica em instituições federais de ensino superior, de acordo com regulamentos estabelecidos pela ANEEL.

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SISTEMA TRIBUTÁRIO

DESONERAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES

Criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Federativo (FNDF) para compensar os Estados e Municípios em razão da perda de receita da Lei Kandir

PL 07760/2017 do deputado Reginaldo Lopes (PT/MG), que “Cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Federativo (FNDF)”.

Cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Federativo (FNDF). O FDNF tem o objetivo de administrar, gerir e transferir os recursos provenientes da compensação devida pela União a Estados, Distrito Federal e Municípios provenientes da Lei Kandir, priorizando a sua utilização para: a) liquidação de dívidas dos Estados, Distrito Federal e Municípios com a União; b) obras de infraestrutura nos Estados, Distrito Federal e Municípios; c) investimentos em educação nos Estados, Distrito Federal e Municípios; d) investimentos em saúde nos Estados, Distrito Federal e Municípios. O FNDF terá natureza contábil e financeira e será vinculado ao Ministério da Indústria Comércio Exterior e Serviços através do BNDES, que terá a responsabilidade de gerir o Fundo junto com o Conselho formado pelos Estados, Distrito Federal e Municípios. Conselho Deliberativo - o FNDF será administrado por Conselho Deliberativo próprio, que terá as seguintes atribuições: a) elaborar sua proposta orçamentária; b) organizar o plano anual de trabalho e o cronograma de execução físico financeira; c) transferir recursos devidos a Estados, Distrito Federal e Municípios de acordo com a determinação da Lei Complementar, ainda não aprovada, de compensação proveniente da Lei Kandir; d) ordenar despesas com recursos do Fundo; e) prestar contas dos recursos do Fundo aos órgãos competentes; f) outras atribuições que lhe sejam pertinentes na qualidade de gestor do Fundo. Recursos - os recursos do Fundo serão executados pelo Conselho Gestor e serão constituídos por: a) créditos, provenientes da compensação da isenção de ICMS sobre exportações de commodities agrícolas, produtos semielaborados e minerais; b) dotações orçamentárias e créditos adicionais; c) transferências de recursos da União, do Estado, Distrito Federal ou de outras entidades públicas e privadas; d) arrecadação de tributos e impostos estipulados em lei; e) rendimentos de qualquer natureza que venham a ser auferidos como remuneração de aplicações do patrimônio do Fundo; f) outros destinados por lei.

OBRIGAÇÕES, MULTAS E ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIAS

Divulgação de informações sobre incentivo ou benefício de natureza tributária

PLP 00377/2017 do deputado Jorge Boeira (PP/SC), que “Altera o art. 198 do Código Tributário Nacional (CTN), Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, para permitir a divulgação de informações sobre a concessão, ampliação, redução ou extinção de incentivo ou benefício de natureza tributária, inclusive a identificação dos beneficiários e dos valores relativos a cada operação”.

Possibilita a divulgação, por parte da Fazenda Pública, de informações referentes à concessão, ampliação, redução ou extinção de incentivo ou benefício de natureza tributária, inclusive a identificação dos beneficiários e dos valores relativos a cada operação.

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Obrigatoriedade de adoção nos projetos de lei de critérios objetivos para avaliação da eficiência dos benefícios fiscais

PLP 00378/2017 do deputado Jorge Boeira (PP/SC), que “Altera a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, para dispor sobre a exigência de metas de desempenho e sobre o estabelecimento de critérios objetivos para avaliação da eficiência dos programas governamentais que envolvam a concessão de benefícios de natureza tributária”.

Determina que as proposições legislativas que concedam ou ampliem incentivos ou benefícios de natureza tributária da qual decorram renúncia de receita devem conter metas anuais de desempenho, bem como o estabelecimento de critérios objetivos para avaliação anual da eficiência de cada programa criado ou ampliado. Será realizada, no prazo de 60 dias do encerramento do exercício, avaliação anual pelo TCU para aferir a eficiência no alcance das metas traçadas no lançamento do programa. O não atingimento das metas por dois anos consecutivos ou três anos intercalados, comprovado por parecer elaborado pelo TCU, ensejará a recomendação ao Congresso Nacional para a extinção do programa que se revelou ineficiente.

INFRAESTRUTURA SOCIAL

PREVIDÊNCIA SOCIAL

Reavaliação de benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez

PLS 00175/2017 do senador Paulo Paim (PT/RS), que “Revoga o § 12 do art. 60 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências”.

Suprime a alteração feita pela MPV 767/2016 na Lei de Benefícios da Previdência que determina que na ausência de fixação de prazo para duração do auxílio-doença, o beneficio cessará após o prazo de 120 dias, contado da data de concessão ou de reativação, exceto se o segurado requerer a sua prorrogação junto ao INSS.

Convocação do aposentado para reavaliação da aposentadoria por invalidez

PLS 00186/2017 do senador Paulo Paim (PT/RS), que “Revoga o § 5º do art. 43 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências”.

Altera a Lei de Benefícios para revogar a determinação que o aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das condições que ocasionaram o afastamento ou aposentadoria, concedida judicial ou administrativamente.

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INTERESSE SETORIAL INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA Aquisição local de produtos panificáveis no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar

PL 07745/2017 do deputado Danilo Cabral (PSB/PE), que “Altera a Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, quanto à aquisição local de produtos panificáveis no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar”.

O percentual mínimo de 30% dos recursos destinados à aquisição de gêneros alimentícios, no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), deverá ser utilizado diretamente em aquisições do empreendedor das micro e pequenas indústrias de panificação local ou das suas organizações. Inclui na abrangência do limite mínimo a aquisição de produtos panificáveis de fabricação própria de micro e pequenas indústrias de panificação local ou das suas organizações coletivas.

INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

Incentivo fiscal para a industrialização e comercialização de veículos híbridos e movidos a energia elétrica

PL 07785/2017 do deputado Luiz Nishimori (PR/PR), que “Institui incentivo fiscal para a industrialização e comercialização de veículos híbridos e movidos a energia elétrica”.

Institui incentivo fiscal para a industrialização e comercialização de veículos híbridos e movidos a energia elétrica. Ficam reduzidas a zero a alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e Cofins incidentes sobre a receita bruta das vendas no mercado interno de veículos híbridos e movidos a energia elétrica, fabricados conforme Processo Produtivo Básico a ser definido pelo Poder Executivo. IPI - reduz em 50% as alíquotas do IPI incidentes sobre os veículos híbridos e movidos a energia elétrica. Processo Produtivo Básico - o Poder Executivo, na definição do Processo Produtivo Básico, poderá suspender a exigência do II, do IPI, da Contribuição para PIS/Pasep e da Cofins nas vendas no mercado interno ou nas importações de partes e acessórios a serem empregados ou incorporados na fabricação dos veículos. A suspensão, após o emprego ou incorporação das partes e acessórios na fabricação dos veículos, será convertida em: a) alíquota zero em relação à contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins; e b) isenção em relação ao II e ao IPI. A pessoa jurídica que não utilizar as partes e os acessórios ficará obrigada a recolher o imposto e as contribuições não pagas em decorrência da suspensão, acrescidos de multas e juros, sem prejuízo de outras penalidades previstas na legislação, contados a partir da data de aquisição dos produtos ou do registro da Declaração de Importação (DI).

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INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Utilização preferencial de cimentício desenvolvido a partir de rejeitos de mineração nas obras públicas

PL 07795/2017 do deputado Rômulo Gouveia (PSD/PB), que “Determina a utilização preferencial de cimentíciodesenvolvido a partir de rejeitos de mineração nas obras de construção e reforma de obras públicas”.

Determina que para obras públicas de construção e conservação será dada preferência à utilização de cimentício desenvolvido a partir de rejeitos de mineração. A utilização de outra espécie de cimentício será admitida, desde que justificada por critérios técnicos e/ou econômicos.

INDÚSTRIA DE ENERGIA ELÉTRICA Critérios para suspensão do fornecimento de energia elétrica por inadimplemento

PL 07759/2017 do deputado Beto Rosado (PP/RN), que “Dispõe acerca da suspensão, por inadimplemento, do fornecimento de energia elétrica a unidade consumidora atendida em baixa tensão”.

Determina que a falta de pagamento de fatura de energia elétrica referente à unidade consumidora atendida em baixa tensão deverá ser informada ao consumidor na fatura seguinte. Em caso de persistência do inadimplemento na fatura subsequente, a suspensão poderá ser realizada desde que notificada com antecedência mínima de trinta dias e executada em horário comercial. A apresentação da quitação do débito, até o momento da suspensão do fornecimento, impede sua efetivação. Prescrição - é vedada a suspensão do fornecimento após o decurso do prazo de 180 dias, contados da data da fatura vencida e não paga, salvo se comprovado impedimento da sua execução por determinação judicial, ficando suspensa a contagem pelo período do impedimento. Penalidade - a empresa fornecedora de energia elétrica que realizar a suspensão do serviço, sem observar o disposto no projeto, sofrerá multa de R$ 1.000,00 a R$ 3.000,00, cujo valor será convertido em indenização ao consumidor afetado.

Condições para as atividades de geração e transmissão de energia elétrica em terras indígenas

PL 07813/2017 do deputado Jhonatan de Jesus (PRB/RR), que “Dispõe sobre a avaliação e o aproveitamento de potenciais hidráulicos para geração de energia elétrica em terras indígenas, de que tratam os artigos 176, § 1º, e 231, § 3º, da Constituição Federal, e sobre a implantação de sistemas de transmissão de energia elétrica em terras indígenas, associados ou não a empreendimento hidrelétrico localizado em terras indígenas”.

Estabelece as condições para as atividades de avaliação e aproveitamento de potenciais hidráulicos para geração e transmissão de energia elétrica em terras indígenas. Autorização pelo Congresso Nacional - a avaliação e o aproveitamento de potenciais hidráulicos para geração de energia elétrica em terras indígenas, assim como a implantação de sistemas de transmissão, associados ou não a empreendimento hidrelétrico, só podem ser realizados após autorização do Congresso Nacional. As comunidades indígenas afetadas deverão ser ouvidas, sendo-lhes assegurada a participação nos resultados econômicos advindos do empreendimento hidrelétrico e dos sistemas de transmissão instalados nas áreas em que habitam.

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Participação nos resultados econômicos do empreendimento - os valores anuais atribuídos às comunidades indígenas a título de participação nos resultados econômicos do empreendimento hidrelétrico, ou sistemas de transmissão instalados nas áreas em que habitam, deverão: I - ser definidos considerando: a) o número de indivíduos das comunidades, no último dia útil do ano anterior ao pedido de autorização encaminhado pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional para implantação do empreendimento; b) uma estimativa de despesas anuais com educação, saúde, segurança e preservação da cultura dessas comunidades; e c) o limite máximo de 1% da receita anual bruta associada ao empreendimento; II - permanecer constantes, em percentual da receita do empreendimento, durante toda a sua vida útil, independentemente da variação da população indígena que habite as terras onde o empreendimento será implantado; III - ser depositados em fundo de natureza contábil destinado à comunidade indígena afetada, que será gerido por órgão do Poder Executivo competente pela tutela dos direitos indígenas, que deverá priorizar as aplicações nas áreas de saúde, educação, segurança e preservação da cultura dessas comunidades. A arrecadação de valores e as alocações de recursos do Fundo sujeitam-se à fiscalização do TCU. Autorização para Avaliação de Potenciais Hidráulicos em Terras Indígenas e Implantação Quando entender conveniente e oportuna a execução de serviços e atividades em campo para realização de estudos de inventário ou de viabilidade para implantação de aproveitamentos de potencial hidráulico para geração de energia elétrica localizados em terras indígenas, o Poder Executivo deverá enviar mensagem ao Congresso Nacional solicitando autorização para a realização dos serviços e atividades nos sítios em questão, contendo, entre outros: estimativas das áreas e do potencial hidrelétrico passível de aproveitamento, cronogramas para execução dos serviços e justificativa econômica. Autorização para implantação de sistema de transmissão de energia elétrica em terras indígenas não associado a empreendimento hidrelétrico localizado em terras indígenas Considerando necessária a implantação de sistemas de transmissão de energia elétrica em terras indígenas não associado a empreendimento hidrelétrico localizado em terras indígenas, o Poder Executivo deverá enviar mensagem ao Congresso Nacional solicitando autorização para a implantação do sistema de transmissão em questão, contendo as mesmas disposições estabelecidas para o item anterior. Análise da solicitação de autorização para avaliação e implantação de empreendimentos hidrelétricos e sistemas de transmissão em terras indígenas pelo Congresso Nacional O Congresso Nacional designará Comissão Mista responsável pela análise da autorização solicitada pelo Poder Executivo para a implantação do sistema de transmissão e geração de energia elétrica. A autorização aprovada pela Comissão Mista deverá ser apreciada pelo Congresso Nacional, em reunião conjunta, no prazo máximo de trinta dias, contado da deliberação final da referida Comissão Mista. A autorização negada pela Comissão Mista, ou em reunião do Congresso Nacional será arquivada, comunicando-se ao Poder Executivo a decisão adotada pelo Congresso Nacional e publicando-se o voto vencedor.

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INDÚSTRIA FARMACÊUTICA Informação obrigatória sobre lactose em embalagens ou rótulos de medicamentos

PL 07783/2017 do deputado Aureo (SD/RJ), que “Torna obrigatória a informação sobre a presença de lactose nas embalagens ou rótulos de medicamentos”.

Obriga a inclusão de advertência sobre a presença ou ausência de lactose nas embalagens ou rótulos de medicamentos que contenham a substância, ainda que em quantidade residual. O não cumprimento configura infração sanitária e sujeita o infrator às sanções previstas na legislação sanitária federal.

INDÚSTRIA PETROLÍFERA

Sustação do decreto que aprova o Regulamento do Procedimento Licitatório simplificado da Petrobrás

PDC 00680/2017 do deputado Davidson Magalhães (PCdoB/BA), que “Susta o Decreto 2.745, de 24 de agosto de 1998, que Aprova o Regulamento do Procedimento Licitatório Simplificado da Petróleo Brasileiro S.A. -PETROBRÁS previsto no art. 67 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997”.

Susta os efeitos do Decreto 2.745/98, do Presidente da República, que aprova o Regulamento do Procedimento Licitatório Simplificado da Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobrás.

INFORME LEGISLATIVO | Publicação Semanal da Confederação Nacional da Indústria - Unidade de Assuntos Legislativos - CNI/COAL | Gerente Executivo: Marcos Borges de Castro | Gerente Executivo Adjunto: Godofredo Franco Diniz | Gerente de Informação e Estudos: Frederico Gonçalves Cezar | Coordenadora de Informações Legislativas: Brenda Parada Granados | Informações técnicas e obtenção de cópia das proposições pelo telefone (61) 3317.9060 ou pelo e-mail: [email protected] | Endereço: Setor Bancário Norte Quadra 1 Bloco C Edifício Roberto Simonsen CEP 70040-903 Brasília, DF | Autorizada a reprodução desde que citada a fonte.