interações de influenciadoras digitais, seguidores e...
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Interações de influenciadoras digitais, seguidores e empresas parceiras do
setor de moda: Estudo de multicasos no estado do Paraná (Brasil)
Letícia Bresulin
Dissertação de Mestrado
Mestrado em Assessoria de Administração
Porto – 2017
INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DO PORTO
INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO
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Interações de influenciadoras digitais, seguidores e empresas parceiras do
setor de moda: Estudo de multicasos no estado do Paraná (Brasil)
Letícia Bresulin
Dissertação de Mestrado apresentada ao Instituto
Superior de Contabilidade e Administração do Porto
para a obtenção do grau de Mestre em Assessoria de
Administração, sob orientação de Elizângela Mara
Carvalheiro e Paulo Jorge Pinheiro Gonçalves.
“Esta versão contém as críticas e sugestões dos elementos do júri”.
Porto – 2017
INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DO PORTO
INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO
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Resumo:
O marketing é fundamental para o desenvolvimento de estratégias e ações para o
mercado consumidor. Numa sociedade em constante mudança, como a de hoje, os canais de
comunicação e de relacionamento, em especial, as redes sociais (como os blogs, Instagram,
Facebook, entre outros), são meios determinantes na construção de relacionamentos. Neste
cenário, é fundamental o papel exercido na economia por certos players e stakeholders,
como os blogueiros (as), ou, ainda, chamados de influenciadores digitais, no âmbito da
construção e (processo de) influência do (s) publico (s) alvo.
Dada a relevância da moda, como ato de consumo e o seu peso na atividade
econômica, o objetivo deste trabalho, de acordo com uma metodologia qualitativa, é analisar
uma rede de relacionamento dos (as) influenciadores digitais, perante suas empresas
parceiras e os (as) seguidores (as) nas redes sociais, perante a disseminação de ações de
marketing digital do mercado de moda no estado do Paraná (Brasil). Os (as) influenciadores
digitais são, atualmente, vistos como um meio de divulgação de produtos, sendo, ou não,
fonte de patrocínio das empresas, estabelecendo uma ligação entre as organizações, os
próprios influenciadores e seus seguidores, que se podem tornar consumidores e fãs.
Palavras chave: marketing, influenciadores digitais, seguidores, mercado de moda.
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Abstract:
Marketing is essential for the development of strategies and actions for the
consumer market. In a society in constant change, as of today, the channels of
communication and relationship, in particular, social networks (such as blogs, Instagram,
Facebook, among others), are factors in the construction of relationships Given the relevance
of fashion, as an act of consumption and its weight in economic activity, the objective of this
work, according to a qualitative methodology, is to analyze a network of relationships of
(the) digital influencers, before its partner companies and (the) followers (the) on social
networks, given the spread of digital marketing activities of the fashion market in the state
of Paraná (Brazil).
(The) digital influencers are, currently, seen as a means of dissemination of
products, being, or not, the source of sponsorship from companies, establishing a link
between the organizations, their influencers and his followers, which may become
consumers and fans.
Key words: marketing, digital influencers, followers, fashion market.
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Agradecimentos
Agradeço primeiramente aos meus pais, que sempre me apoiaram e me aguentaram
nos dias de sufoco até aqui, que foram minha base no decorrer desta trajetória, amo muito vocês.
Obrigada a minha família, por torcer por mim sempre.
Agradeço a UTFPR por todo conhecimento proporcionado destes cinco anos, inclusive
a minha orientadora Elizângela, pela paciência e apoio para concluir este trabalho.
Meus agradecimentos também ao meu orientado Paulo Jorge, pelo auxílio e apoio na
produção deste trabalho.
Aos amigos que fiz no decorrer deste curso, compartilhando trabalhos acadêmicos e
festas.
A professora Liliane por ter nos auxiliado e proporcionado o intercâmbio para
Portugal, uma fase espetacular e um marco em minha vida, onde evolui como ser humano, e fiz
amigos que pretendo levar para vida toda, em especial Emily Chitto, Maycon Barrozo, Bruno
Prando, Bruno André Nunes, Samara Girardi, Matheus Quednau, Jean Carlos Velho, Fernanda
Belokurous.
A todos meu muito obrigada!
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Índice geral
1 Introdução ........................................................................................................................... 1
Capitulo 2 – Marketing digital em mídias sociais ................................................................. 6
2.1. Do marketing tradicional para o marketing digital ......................................................... 7
2.2. Influência do marketing digital no comportamento do consumidor online.................. 16
2.3. Mídias sociais: o uso das redes sociais na influência do consumidor .......................... 19
2.4. O universo das redes sociais e influenciadores digital ................................................. 24
2.5. Caracterização do mercado de influenciadoras digital de moda no Brasil ................... 28
Capitulo 3 - Metodologias de investigação ......................................................................... 33
3.1. Abordagens metodológicas........................................................................................... 34
3.2. Lócus da pesquisa ......................................................................................................... 36
3.3. Técnicas e instrumentos de coleta de dados e análise de dados ................................... 37
Capitulo 4 – Apresentação e resultados da análise .............................................................. 39
4.1. Descrição de quatro influenciadoras digitais do estado do Paraná ............................... 40
4.2. Caracterização das formas de interação e comunicação das influenciadoras digitais com
os seguidores ....................................................................................................................... 47
4.4. Rede de relacionamento das influenciadoras digitais com as empresas parceiras ....... 51
5 – Considerações finais ...................................................................................................... 66
6. Referências ...................................................................................................................... 70
Apêndice .............................................................................................................................. 78
vii
Índice de Quadros
Quadro 1 - Estratégias de marketing tradicional e digital e a internet ..................................... 14
Quadro 2 - Caracterização das redes sociais utilizadas pelas influenciadoras digitais ............ 47
Quadro 3 - Ações de marketing digital realizadas por Dayana Langaro de empresas parceiras
em suas redes sociais ................................................................................................................ 53
Quadro 4 - Ações de marketing digital realizadas por Thaise Juriatti de empresas parceiras em
suas redes sociais ...................................................................................................................... 57
Quadro 5 - Ações de marketing digital realizadas por Caroline Moschei de empresas parceiras
em suas redes sociais ................................................................................................................ 60
Quadro 6 - Ações de marketing digital realizadas por Marina Sauzen de empresas parceiras em
suas redes sociais ...................................................................................................................... 62
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Índice de figuras
Figura 1 - Os 8P's do marketing digital .................................................................................... 12
Figura 2 - Teia da estratégia do marketing digital .................................................................... 15
Figura 3 - Rede de relacionamento entre influenciadores digital, empresas parcerias e
seguidores ................................................................................................................................. 27
Figura 4 - Classificação dos Influenciadores digitais ............................................................... 31
Figura 5 - Imagem página inicial do blog "Vogue and Mode”, por Dayana Langaro ............. 41
Figura 6 - Imagem do perfil do Instagram de Dayana Langaro ............................................... 42
Figura 7 - magem página do Instagram de Thaise Juriatti ....................................................... 43
Figura 8 - Imagem página do Facebook administrada por Thaise Juriatti ............................... 44
Figura 9 - Imagem perfil do Instagram de Caroline Moschei .................................................. 45
Figura 10 - Imagem perfil do Instagram de Marina Sauzen ..................................................... 46
Figura 11 - Imagem página inicial do blog " Moda Contemporânea” de Marina Sauzen ........ 46
Figura 12 - Imagem do blog Vogue and Mode, sobre publicação dos tipos de usar camisa xadrez
.................................................................................................................................................. 55
Figura 13 - Imagem do Youtube, sobre o vídeo de Dayana sobre como deixar o batom vermelho
matte ......................................................................................................................................... 56
Figura 14 - Imagem do Instagram de Dayana, publicação sobre o procedimento no nariz ..... 56
Figura 15 - Imagem de publicação no Instagram de Thaise Juriatti ......................................... 58
Figura 16 - Imagem Instagram de Thaise Juriatti usando oculos da Otica Especialista .......... 59
Figura 17 - Imagem de publicação no Instagram de Caroline Moschei ................................... 61
Figura 18 - Imagem do Instagram de Caroline Moschei com Pamela Ferraric ........................ 62
Figura 19 - Imagem de publicação no Instagram de Marina Sauzen ....................................... 63
Figura 20 - Imagem do Instagram de Marina Sauzen .............................................................. 64
Figura 21 - Imagem do Instagram de Marina Sauzen .............................................................. 64
1
1 Introdução
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No mundo atual, independentemente do (s) segmento (s) em que uma empresa atua,
o sucesso está diretamente relacionado com o conhecimento dos consumidores, podendo
advir de ações de marketing para popularizar os produtos no mercado. Porém, para manter
os clientes e conquistar novos, a empresa precisa acompanhar os avanços tecnológicos, e ao
público alvo.
Dessa forma, as organizações empresariais se viram imersas em um ambiente que,
com o advento da internet, se tornou virtual. E, houve a migração das trocas de informações
entre indivíduos, para as redes sociais, inclusive, com os smartphones, as pessoas passam a
estar conectados o dia todo e em qualquer lugar. Segundo dados do site Nielsen (2015), um
número significativo de pessoas que utiliza a internet através dos smartphones são cerca de
68,4 milhões no primeiro trimestre de 2015.
O aumento significativo do uso das redes sociais na interação entre as pessoas,
despertou o avanço do marketing digital, o qual vislumbrou possibilidades de propagação de
marcas e produtos. Prova disto é um estudo divulgado pela revista comScore (2016), a qual
informa que mais de 9,3 bilhões de reais foram gastos em publicidade digital no Brasil em
2015, um valor significativo e que tem aumentado.
Como ressalta Conrado (2011), o comportamento típico de um consumidor na
internet é pesquisar o nome da empresa, perguntar nas redes sociais se alguém utilizou o
produto. Assim o site de uma empresa ou um anúncio online ou off-line, pode não ser
suficiente para estimular o consumidor. Num ambiente movido por redes virtuais é
necessário que a empresa tenha “amigos, fãs, seguidores, não somente clientes porque esses
podem ser clientes de uma única compra” (Conrado, 2011, p.310).
A relação dos avanços em tecnologia e a prática do acesso a internet em qualquer
lugar, culminou uma grande diversidade existente de inúmeras redes sociais, que passaram
a ser vistas muito mais do que de relacionamento interpessoal, mas sim, um meio de
divulgação e proximidade entre empresas e potenciais consumidores.
Entre a diversidade das redes sociais, estas podem ser classificadas, por exemplo,
como redes de relacionamento (Facebook, Twitter, Blogs, Instagram, Google+, Youtube),
redes profissionais (Linkedin). Cada uma destas promovem, nas mais variadas formas, na
figura de influencidores digitais que as representam, a disseminação de conteúdos e a
formação virtual de opinião.
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Através dos estudos das redes sociais, é possível perceber uma nova visão da
sociedade, tendo os indivíduos como participantes ativos, compartilhando suas experiências
com os demais. As possibilidades de mudanças nos comportamentos e a mentalidade dos
seguidores está vinculado às estratégias que cada influenciador (as) digital utiliza para se
conectar com os seus seguidores. As ações são realizadas de forma simples, clara e natural,
para que a identificação das pessoas com o perfil da rede social e com o conteúdo que é
divulgado seja acessível e próximo da realidade dos seguidores.
Vislumbrando uma maior proximidade com os consumidores, divulgação com
custo mais baixos e propagação das marcas aos mercados, as organizações empresariais,
passaram a utilizar as redes de relacionamento das influenciadoras digitais para a realização
do marketing digital. Assim, num contexto geral, ocorrem interações entre as empresas
(promover e fortalecer a marca), seus seguidores (visam a necessidade de representatividade
e identificação) e o autor das publicações nas mídias sociais (influenciador (a) digital). Cada
um destes atores realiza ações e articulações diferentes na construção de um rede de
relacionamento digital. onde cada um tem um papel e representa um valor.
Dessa forma, as empresas utilizam o marketing digital nas redes sociais, buscando
estabelecer uma ligação estreita entre os seus produtos/serviços, a imagem dos(as)
influenciadores (as) digitais, que propagam para os seguidores (e potenciais consumidores)
de forma natural, a usabilidade e as qualidades destes. Essa proximidade pode contribuir
significativamente para todas as partes, já que as redes sociais passaram a ser mais do que
uma forma de interação online, tornando-se um meio de divulgação em grande escala de
marcas e produtos, que podem gerar efeitos multiplicadores pelos forma como são
representados pelos influenciadores de opiniões.
Neste viés, as empresas passaram a direcionar parte de suas ações de marketing
digital em redes sociais, enviando aos (as) influenciadores (as) digitais os seus produtos, para
que eles testem e demonstrem aos seguidores as vantagens e utilidades e influenciem os
mesmos na preferências por estes produtos.
O fato é que, parte do aumento do acesso a publicidade online, acontece por conta
dos(as) influenciadores(as) digitais, que abastecem as suas redes sociais diariamente com
informações sobre produtos, aguçando a curiosidade de potenciais consumidores e
despertando o seu desejo em adquirir novos produtos.
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Esta prática adotada pelas empresas, de acordo com o artigo do iMasters (2017),
que usa como exemplo a rede social “Blog”, permite um maior aprofundamento do
conteúdo, através de artigos, alta relevância pelo sistema de buscas, abordagens temáticas
segmentadas devido a frequência da produção, o que gera maior atratividade de retorno
público e consequentemente mais acessos, os posts podem ser compartilhados em demais
redes sociais, e também permite liberdade de criação.
Neste cenário pode-se destacar o uso dos Blogs de moda, como modelo de rede
social que vem ganhando espaço no mercado, pois são “eficientes para noticiar a moda com
instantaneidade, capacidade de conteúdo e espaços de interatividade com o leitor, nos quais
aumentaram os números de acessos e os investimentos publicitários” (Hinerasky, 2010, p.
3). A utilização dos blogs atualmente, está diretamente vinculada ao uso de outras redes
sociais, como o Instagram por exemplo, que pela praticidade em publicar as postagens,
marcar empresas mencionadas e até a divulgação de links, facilita a relação e gera um alcance
maior de seguidores de forma rápida e prática.
Nos anos 2000, as pessoas que se mantinham informadas sobre moda eram grupos
mais elitizados, que frequentavam desfiles, pertencentes a um restrito grupo de profissionais,
o qual era responsável por passar essas informações aos consumidores através de revistas
e/ou imprensa especializada. Os (As) influenciadores (as) digitais democratizaram as
informações e os seguidores passaram a entendê-los como um canal de acesso irrestrito ao
mundo da moda. Assim, a rede de relacionamento digital que é formalizada pelas interações
entre os seguidores, influenciadores (as) digitais e as empresas, é uma fonte de informações
e trocas importantes, onde todos os agentes envolvidos ganham de alguma forma.
Em suas redes sociais os (as) influenciadores (as) digitais podem disponibilizar aos
seus seguidores diversas formas de disponibilizar as informações sobre os produtos, marcas
e/ou atividades ligadas a moda seja, através de descrição de produtos (seja mostrando os
aspectos negativas ou positivos), seja pela participação e cobertura de eventos, relatos das
tendências de moda, divulgação de looks do dia, demonstrações de como utilizar
determinadas peças, tutoriais de beleza, entre outros.
Perante este cenário, que está em constante mudança e adaptação, a pergunta central
de pesquisa é preciso analisar e investigar como são realizadas as interações dos (as)
influenciadores (as) digitais de moda do Estado do Paraná (Brasil), com as empresas e
seguidores nas ações de marketing digital. E, genericamente, o quadro geral de investigação
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é se existe alguma relação entre as práticas de marketing digital e a influência dos
influenciadores digitais.
A consolidação do uso das redes sociais, além de contribuir para gerar retorno para
as empresas no processo de fortalecimento e divulgação da marca e dos produtos, também
promove uma maior aproximação com os consumidores, que podem ser os seguidores nas
redes sociais (ou pessoas próximas a estes), dando maior transparência nas informações e
permitindo que estes opinem e comentem as postagens. Assim, há uma relação mais próxima
do autor das publicações (Influenciador (a) digital) com seus seguidores, servindo também
como feedback para as empresas em relação aos seus produtos.
Assim, tem-se como objetivo geral: analisar as interações de quatro Influenciadora
digital com empresas parceiras e os (as) seguidores (as), nas ações de marketing digital, do
mercado de moda do Estado do Paraná (Brasil). Os objetivos específicos são: a) descrever
as principais características de quatro influenciadoras digitais do mercado da moda e beleza
do Estado do Paraná (Brasil); b) identificar e caracterizar as formas de interação e
comunicação dos (as) influenciadores (as) digitais com os seguidores (as); c) identificar e
descrever as principais interações dos (as) influenciadores (as) digitais com as empresas
parceiras;
Para tanto, a pesquisa será descritiva e cunho qualitativo e documental. Em um
estudo de vários casos, com aplicação de um formulário às influenciadoras digitais do Estado
do Paraná (Brasil).
O trabalho será divido em quatro partes, sendo a primeira parte da introdução, que
versou sobre o assunto principal da pesquisa, juntamente com os objetivos e a justificativa
do tema escolhido. A segunda parte é composta pela fundamentação teórica, que abrange
estudos sobre Marketing e sua transição para o Marketing digital, o comportamento do
consumidor on-line, as Mídias sociais e o uso das redes sociais na influência do consumidor,
também como o universo das Redes Sociais e os influenciadores digitais, e o uso das redes
sociais, e a caracterização do mercado de Influenciadores digitais de moda no Brasil, com
definições e conceitos de diversos autores sobre os respectivos temas, sendo base
fundamental para a pesquisa. Posteriormente, temos um breve diagnostico em relação à
metodologia utilizada, seguida da análise dos dados obtidos na pesquisa, e
consequentemente as considerações finais sobre o trabalho.
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Capitulo 2 – Marketing digital em mídias sociais
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Este capítulo aborda definições sobre o Marketing, suas principais teorias e
conceitos, sendo dividido nas seguintes seções: Marketing e sua transição para o Marketing
digital, o comportamento do consumidor on-line, as Mídias sociais e o uso das redes sociais
na influência do consumidor, também como o universo das Redes Sociais e os
influenciadores digitais, e o uso das redes sociais, e a caracterização do mercado de
Influenciadores digitais de moda no Brasil.
2.1. Do marketing tradicional para o marketing digital
A palavra e o significado “marketing” vêm sendo usado há muito tempo pelas
empresas, estando associada à criação de estratégias para atrair os consumidores,
contribuindo como uma ferramenta e vantagem competitiva das organizações. Com bem
ressaltou Kotler e Armstrong (2003, p. 3), “marketing é a entrega de satisfação para o cliente
em forma de benefício. Os dois principais objetivos do marketing são atrair novos clientes,
prometendo-lhes valor superior, e manter os clientes atuais, propiciando-lhes satisfação”.
Nesta mesma linha, Carl e Roger (2004, p. 4), “marketing é o processo de planejar
e executar a concepção, o preço, a promoção e a distribuição de ideias, bens e serviços para
criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais”. Marketing está
relacionado a uma questão de troca entre as partes, e os profissionais do marketing são
responsáveis por oferecer os produtos às pessoas certas, usando as técnicas de promoção.
Mas o marketing não se trata apenas de publicidade e vendas, pois ele começa
quando a empresa passa a analisar o mercado, o público alvo, a demanda, a necessidade dos
consumidores, para depois criar o produto, e assim divulga-lo no mercado. Nesse contexto
existe ainda, a análise da satisfação do consumidor e do posicionamento do produto no
mercado. Las Casas (2004) ressalta que o conceito de marketing não se trata apenas da troca
de mercadorias, mas sim, de todas as trocas onde exista a satisfação de quem adquiriu o bem
desejado, e o impacto dessas trocas na sociedade.
Já Carl e Roger (2004), o conceito de marketing está envolvido em três princípios
básicos: a orientação do consumidor, onde identifica as pessoas ou empresas mais propensas
a comprar o produto, a orientação de metas, em que a empresa é orientada para o consumidor
somente na medida em que também atinja suas metas empresariais, e a orientação de
sistemas, onde são estabelecidos sistemas para descobrir o que os consumidores desejam.
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Assim, “os principais conceitos que compõe o marketing são as necessidades, desejos e
demandas, os produtos e serviços, o valor, satisfação e qualidade, a troca, transações e
relacionamentos, e o mercado” (Kotler & Armstrong, 2003, p. 4). Porém, quando se fala em
necessidades, trata-se de elementos básicos da condição humana, como alimentação,
vestuário, segurança, entre outros. Já o desejo é aquilo que ultrapassa a necessidade, ele já
tem algo para suprir a necessidade, mas deseja algo superior. E quando apoiados pelo poder
de compra, os desejos podem ser chamados de demanda.
O marketing engloba muitas atividades, envolvendo as relações de troca, na
satisfação dos consumidores, para alcançar os objetivos da empresa, levando em
consideração o ambiente onde atua e seu impacto na sociedade (Las Casas, 2007). O
marketing “é um processo social e gerencial, pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que
necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros”
(Kotler, 1998, p. 27). No marketing, como essa troca envolve valores monetários, pode-se
denominá-la como transação. De acordo com Kotler e Armstrong (2003, p. 7), “além da
geração de transações em curto prazo, os profissionais de marketing precisam se preocupar
em criar relacionamentos de longo prazo com clientes, distribuidores e fornecedores. ” Isso
fortalece a empresa, pois mais importante que atrair novos clientes é mantê-los.
Os produtos e os serviços podem ser de qualquer segmento, oferecidos pelo
mercado, com o intuito de satisfazer a necessidade ou o desejo do cliente. Mas, na hora de
escolher determinado produto/serviço, o cliente terá alguns critérios de compra, já que
muitas empresas oferecem o mesmo produto, ele leva em consideração alguns fatores para
efetuar sua escolha, seja em termos de valor, satisfação e qualidade. Kotler e Armstrong
(2003, p. 6), relatam que “a satisfação do cliente depende do que ele percebe sobre o
desempenho do produto em relação ás suas expectativas”. Se o produto ou serviço
corresponder com o que o cliente espera, ele ficará satisfeito, caso contrário, a empresa
acabará perdendo um cliente e até outros possíveis clientes futuros, pelo fato de que se
alguém pedir sua opinião a respeito do produto, ele pode falar mal, e influenciar o outro
consumidor.
Para atingir sucesso no mercado foram desenvolvidas algumas estratégias de
marketing, a partir do uso de algumas ferramentas criadas. Segundo Kotler e Armstrong
(2003, p. 49) ‘’ uma estratégia de marketing é a lógica de marketing por meio da qual uma
empresa espera alcançar seus objetivos de marketing. É constituída de estratégias especificas
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para os mercados-alvo, o posicionamento, o mix de marketing e os níveis de despesa com
marketing.”
De acordo com Gronross (1993 apud Crescitelli, 2003), o objetivo do marketing é
determinar, permanecer e ampliar o relacionamento com os consumidores, para além de
obter lucro, mas também atender os objetivos das partes envolvidas, que seriam os clientes,
investidores e fornecedores.
A pesquisa de mercado certamente é uma das principais estratégias de marketing.
Segundo Kotler e Armstrong (2003, p. 8) “mercado é o conjunto de compradores atuais e
potenciais de um produto, que compartilham de um desejo ou necessidade específica, que
pode ser satisfeita por meio de trocas e relacionamentos. ” Outra ferramenta seria, para
Kotler e Armstrong (2003), a segmentação de mercado, que é o processo de dividir o
mercado em grupos de compradores com diferentes necessidades, características e
comportamentos que podem exigir produtos ou mix de marketing distintos. Um segmento
de mercado é um grupo de consumidores com características em comum, que respondem a
mesma estratégia de marketing.
A partir do momento em que os segmentos são definidos, a empresa parte para outra
fase que seria definir o mercado-alvo, na definição dos autores Kotler e Armstrong (2003, p.
46) “implica em avaliar a atratividade de cada segmento de mercado e selecionar um ou mais
segmentos para entrar. ” Normalmente, no início, a empresa prefere inserir-se em um único
segmento, focando em ser bem-sucedida para depois arriscar-se em outro.
Com inúmeras mudanças no cenário atual, para que as marcas possam conquistar a
fidelidade e a intimidade dos seus clientes, elas precisam criar experiências que estabeleçam
conexões emocionais duradouras com os clientes. Depois de decidir o segmento, a empresa
deve escolher em qual posição ocupar nele. Para Kotler e Armstrong (2003, p. 46) “a posição
de um produto é o lugar que ele ocupa na mente dos consumidores em relação aos produtos
concorrentes”.
O posicionamento de mercado significa fazer com que um produto ocupe um lugar
de destaque na mente do consumidor em relação aos produtos concorrentes, um diferencial
das outras marcas, tendo uma vantagem estratégica. Essa vantagem competitiva pode ser
tanto em relação ao valor, como na qualidade, ou outras vantagens que a empresa pode dar
ao cliente como benefício, fazendo com que ele escolha esse determinado produto ao invés
dos demais. De acordo com Pinho (2001) as empresas precisam estar atentas em como
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compatibilizar a produção com o consumo, ou seja, produzir aquilo que os consumidores
desejam, e analisar os mercados já existentes e quais produtos e serviços oferecer.
Ao falar em estratégias de marketing, deve-se levar em conta, além das
necessidades dos consumidores, o comportamento dos concorrentes e suas estratégias.
Segundo Kotler e Armstrong (2003, p. 47) “ a estratégia de marketing competitiva que uma
empresa adota depende de sua posição no setor. Uma empresa que domina um mercado pode
adotar uma ou mais das muitas estratégias de líder de mercado”. Ou seja, grandes empresas
líderes de mercado são constantemente alvo das empresas consideradas “segundo lugar” em
determidado segmento.
Para Cobra (2005), a satisfação do cliente é um dos principais objetivos em relação
às estratégias de mercado, pois em face da concorrência, os consumidores optam pelo o que
lhes proporcione mais vantagens, pelo que, assim, tem vantagem competitiva a empresa
oferecer o melhor diferencial.
Outra ferramenta de mercado utilizada é o mix de marketing, que de acordo com
Kotler e Armstrong (2003, p. 47), “ é um conjunto de ferramentas de marketing táticas e
controláveis que a empresa utiliza para produzir a resposta que deseja no mercado-alvo.” Ou
seja, é tudo o que a empresa faz para influenciar a demanda. Isso pode ser explicado a partir
das variáveis conhecidas como ‘4ps’: produto, preço, praça e promoção.
Para os autores Carl e Roger (2004, p. 7), a definição de mix de marketing é “a
fusão singular de estratégias de produto/serviço, preço, promoção, ofertas e distribuição
formuladas para atingir um mercado-alvo específico”. Sendo assim, é após a análise de
mercado, que podemos determinar o público alvo, ou consumidores potenciais, para
determinado produto/serviço que a empresa pretende oferecer.
Os avanços tecnológicos e as inovações, as constantes mudanças na conjuntura
econômica e as influências socioculturais geraram muitas mudanças na formação histórica
do Marketing, que pode se dividir em quatro fases distintas, sendo: o marketing 1.0, 2.0, 3.0
e o mais recente 4.0. No primeiro, o marketing era orientado pelo produto, concentrava-se
em como efetuar a venda. No segundo, tornou-se orientado pelo relacionamento – satisfação
do consumidor e de suas necessidades. No terceiro, o marketing estava voltado para a era de
valores, em que os consumidores possuem motivações espirituais e necessidade de
transformar o mundo em um lugar melhor, por meio de suas escolhas. Este convida os
consumidores a participar do desenvolvimento de produtos da empresa e de suas
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comunicações. Já o Marketing 4.0, segue a mesma lógica do anterior, no quesito a
valorização das pessoas no centro das estratégicas, mas foca nos paradoxos causados pela
conectividade, economia digital e o aumento da fragmentação subcultural que moldará o
consumidor de amanhã, ou seja, a era digital de propagação de conteúdo (Kotler, Kartajaya
& Setiawan, 2010 e 2017; Kotler, 2010).
Destaca-se que o marketing passa a ter um caráter conectivo, interativo e expressivo
das pessoas. Com a popularização da inteligência artificial, robótica, smartphones,
automações e celulares, computadores e da internet, Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010)
vivencia-se a era da participação, em que os indivíduos além de serem receptores das
informações, passam também a produzi-las. Assim, “o marketing centrado no ser humano
ainda é a chave para desenvolver a atração da marca na era digital, já que marcas com uma
personalidade humana serão possivelmente mais diferenciadas” (Kotler, Kartajaya &
Setiawan, 2017, p. 25).
Com os avanços dos meios de comunicação, surgem novas formas de interação
social, colaborando para o surgimento de uma complexa reorganização de padrões de
relações humanas (Thompson, 1998). Para Limeira (2007), juntamente com os avanços em
tecnologias da informação e comunicação, especialmente da internet, o marketing evoluiu
para um conceito de marketing eletrônico, e-marketing ou marketing digital, que conceitua
o conjunto de ações de marketing intermediadas por canais eletrônicos, onde o cliente
controla o tipo de informação a ser recebida. Para Li e Bernoff (2009), se comparar o modo
como as coisas eram nos anos 2000, a tendência de as pessoas estarem cada dia mais
conectadas e dependentes uma das outras, na visão online, tende a aumentar.
A segmentação e a definição de mercado-alvo do marketing tradicional mostraram
um relacionamento vertical entre a marca e seus clientes, gerando decisões unilaterais. Já o
marketing digital, os clientes estão socialmente conectados em redes horizontais de
comunidades que compartilham naturalmente dos mesmos anseios e desejos (Kotler,
Kartajaya & Setiawan, 2017).
O marketing digital pode ser descrito como um modelo de negócio onde a principal
ferramenta é a internet e os meios digitais explorados a partir dela, para realizar ações
promocionais para divulgação de produtos e serviços em geral, ou até mesmo a própria
marca da empresa (Karina Kranz, 2014). Ressaltando também que a parte digital, envolve o
uso dos aparelhos para acessar essas mídias, que são dispositivos como celulares e
computadores, entre outros.
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No marketing digital, com expressou Limeira (2007, p. 10) “o cliente tem um papel
ativo, possibilitando a personalização e a customização dos produtos e serviços”. O principal
diferencial do marketing tradicional para o digital é o uso da publicidade online, que para
Torres (2010), é a junção das ações de marketing digital com o intuito de divulgar o produto
ou serviço, semelhantes às ações tradicionais já utilizadas, porém com o acréscimo de
mecanismos diferentes.
Se com o marketing tradicional, o fato de atrair, relacionar-se e manter o cliente é
desafiador, com a contribuição dos avanços das tecnologias, o marketing digital tem
mostrado melhores resultados juntamente com suas estratégias bem elaboradas. O cliente
pode ser visto como um bom parceiro de negócios, se sair satisfeito com sua compra.
Neste contexto, o mix do marketing tradicional centrado em “produto, preço, praça,
promoção”, foi adaptado para o ambiente digital, e Conrado (2011) teorizou os 8 P’s do
marketing digital, citando-os: Pesquisa, Planejamento, Produção, Publicação, Promoção,
Propagação, Personalização e Precisão.
Figura 1 - Os 8P's do marketing digital
Fonte: Conrado (2011)
O primeiro passo, que seria a pesquisa, consiste em identificar seu público alvo
através de pesquisas na web, e depois planejar como alcançar esse público. A produção parte
da ideia de elaborar as formas de como será feita essa interação com o público, em sequência,
a publicação, onde toda a ideia é colocar em prática. Após essa imersão no mercado, a marca,
ou produto, precisa promover, buscando formas de atrair ainda mais seus consumidores, para
Pesquisa
Planejamento
Produção
Publicação
Promoção
Programação
Personalização
Precisão
13
que assim, compartilhem e divulguem com os demais, conhecido como propagação. A
personalização pode ser designada como a fase em que a empresa precisa filtrar suas
estratégias e começar a focar no que realmente deu resultado, definindo seu público alvo,
passando para a última fase de precisão (Conrado, 2011).
Assim, na pesquisa é necessário conhecer o mercado, o comportamento de seu
público e as mídias digitais e suas peculiaridades. No planejamento, irá ser construído o
caminho para as estratégias de marketing (qual mídia e conteúdo irá abordar) utilizando-se
das informações da pesquisa. Na produção, transforma o planejamento em ação, definindo
formato, estrutura, funcionalidades, conteúdo, escolha ou criação para cada mídia. Na
publicação é feito a otimização dos conteúdos para que atendam o público estabelecendo
conexões entre as diferentes publicações (Conrado, 2011).
Já a promoção visa alcançar o público alvo, pois apesar de ter um custo mais
reduzido que a mídia tradicional, as mídias digitais para atingir os consumidores precisam
ter investimento em anúncios no Google Adwords, Facebook Ads, e outras formas de
anúncios em redes sociais de Influenciadores Digitais. A propagação são ações de
divulgação com compartilhamento em seus canais próprios ou em redes sociais, tendo
estratégia a utilização do seu público como disseminadores de conteúdo. A personalização
envolve o diálogo, interação e aproximação das interações com o público alvo, para que o
mesmo sinta acolhido e importante, é necessário sempre responder seu público. E por fim, a
precisão, envolve a possibilidade de estabelecer métricas precisas, como por exemplo, o
Google Analytics (Conrado, 2011).
Dessa forma, pode dizer que as mudanças no ambiente mercadológico, fez com que
o marketing passasse a se comunicar e estabelecer relacionamentos com seus clientes,
através de uma vertente modificada e que envolve as estratégias expressas no Quadro abaixo.
14
Quadro 1 - Estratégias de marketing tradicional e digital e a internet
Fonte: Torres (2009, p.69)
Considerando o Quadro, observa-se que se tem seis estratégias de marketing digital,
que tem como foco o comportamento do consumidor e todas estas ações devem estar inter-
relacionadas como se fossem uma rede. Além destas, a Internet gera um ambiente virtual
que propicia o surgimento de mais uma delas que é o monitoramento dos resultados, que
gera os dados tão importante para o processo de tomada de decisão das organizações
empresariais, e de difícil implementação no marketing tradicional (Torres, 2009).
Assim, o marketing digital deve ser composto por sete ações estratégicas, conforme
a Figura 2.
Estratégia de
marketing
Estratégia de
marketing digital
Ações táticas e
operacionais
Tecnologias e
plataformas
empregadas
atualmente
Comunicação
corporativa
Relações públicas
Marketing de
conteúdo
Geração de
conteúdo
Marketing de busca
Blogs SEO/SEM
Marketing de
relacionamento
Marketing nas
mídias sociais
Ações em redes
sociais Ações com
blogueiros
Orkut,
Youtube
LinkedIn, etc.
Marketing direto E-mail marketing
Newsletter
Promoções
Lançamentos
E-mail SMS
Publicidade e
propaganda
Marketing de
guerrilha
Marketing Viral Postagem de
vídeos, Animações
e músicas
Publicações de
widgets
Redes sociais
YouTube
Widgets virais
Publicidade e
propaganda
Branding
Publicidade online Banners Podcast e
video-cast Wid-
gets Jogos online
Sites
Blogs
mídias sociais
Google AdWords
Pesquisa de
mercado Branding
Pesquisa online Buscas e clipping
Monitoramento de
marca
Monitoramento de
mídias
Redes Sociais
Clipping
15
Figura 2 - Teia da estratégia do marketing digital
Fonte: Torres (2009, p. 71)
Para Torres (2009) a imagem de uma teia demonstra o conceito de marketing digital
com as seis dimensões que circundam o monitoramento, que controla os resultados. Além
disso, representa a necessidade de coordenação e inter-relação entre as ações estratégicas.
A implantação do marketing digital para atrair clientes, precisa seguir algumas
ações estratégicas, que proporcionam a difusão de informações sobre os produtos da empresa
para os clientes, tanto por mídias sociais ou o e-mail marketing (Cruz e Silva, 2014).
O marketing digital pode ser visto como um facilitador nas relações entre a empresa
e o consumidor, pois com a internet e o uso das mídias sociais, as informações podem ser
acessadas em qualquer lugar do mundo, permite também a troca de mensagens e arquivos
com facilidade, e a disponibilidade de páginas de diversos assuntos (Chleba, 2000). O
marketing digital por meio de suas ações, permite criar uma interação mais estreita entre a
empresa e o consumidor, no qual o mesmo tem um papel ativo e possibilita a personalização
dos produtos e serviços, e até mesmo do atendimento (Limeira, 2007).
Para Cruz e Silva (2014, p. 3) “é importante ressaltar que o marketing digital
ampliou as relações já existentes entre organizações e clientes, só que através do auxílio da
internet como um meio de difusão de informações sobre produtos e serviços fornecidos pelas
empresas. ” Para Mendonça (2013), o surgimento da internet e a evolução das tecnologias
de informação e comunicação, contribui para o aumento da busca por informações,
ferramenta essencial na atual rotina das pessoas. A internet, em pouco tempo, atingiu mais
de 50 milhões de usuários no mundo, isso devido ao fato de proporcionar maior comodidade
16
e qualidade, e interligar as pessoas, em um espaço bidirecional, permitindo a interação entre
as pessoas e a geração de conteúdo (Guiotti apud Campos, 2014).
O uso da internet possibilitou mudanças e influenciou hábitos diferentes, aguçou a
curiosidade das pessoas em arriscar e ter novas experiências diante dos fatores que
caracterizam o comportamento em relação às compras e busca de informações pela internet.
Sendo assim, é de extrema importância que as empresas procurem chamar a atenção dos
consumidores e fidelizar clientes utilizando esse meio (Bertolino, 2010).
Para as autoras Li e Bernoff (2009), antes mesmo de entrar no ambiente virtual, as
empresas precisam conhecer seus clientes para ter um bom planejamento, realizando
estratégias focando no consumidor. Nesta mesma linha, Guiotti apud Campos (2014, p. 1)
ressalta que “a grande pegada do marketing digital não é simplesmente anunciar na internet,
mas sim falar a linguagem do seu público e para seu público o que é de seu interesse, estar
presente onde ele estiver e estimular seus clientes a falarem bem de sua marca”.
Com tudo, pode-se perceber que quando se fala em marketing e a transição para o
marketing digital, trata-se de uma área que está em constante evolução, procurando sempre
encaixar-se na situação atual do mercado, acompanhando também as transformações da
demanda dos consumidores.
2.2. Influência do marketing digital no comportamento do consumidor online
Como mencionado anteriormente, o marketing digital, além de abordar as
estratégias que seguiu do marketing tradicional, acompanhado dos avanços da tecnologia,
vem, de certa forma, cercando os consumidores, estando presente de várias formas no
ambiente online e outros mecanismos de acesso.
Dentre as ferramentas de marketing, uma parte importante para atingir o sucesso
nas vendas, é a análise do comportamento consumidor, possível cliente em potencial, que
precisa ser analisado cuidadosamente.
Segundo Kotler e Armstrong (2003, p. 119) “as compras do consumidor são
extremamente influenciadas pelas características culturais, sociais, pessoais e psicológicas.
Na maior parte das vezes, os profissionais de marketing não podem controlar esses fatores,
mas devem leva-los em consideração”. O direcionamento das estratégias de marketing e sua
implantação, sendo focados na análise do comportamento do consumidor, englobam também
17
o estudo dos agentes de compra e os processos de troca, para entender como os consumidores
tomam as decisões de compra em relação aos seus recursos disponíveis, como tempo,
dinheiro ou esforço exigido (Limeira, 2007).
Os comportamentos de compra também podem ser classificados, com base no grau
de envolvimento e na existência das diferentes marcas. O comportamento do consumidor
pode ser identificado também como motivo pelo qual as pessoas compram. Os profissionais
da área de marketing estão sempre na procura de novas estratégias para entender e influenciar
os consumidores, e o que eles realmente querem, para só depois disso lançar um novo
produto.
Segundo Pride e Ferrel (2001, p. 151), “o processo de compra do consumidor
compreende cinco estágios: identificação do problema, busca de informações, avaliação de
alternativas, compra e avaliação pós-compra”. O consumidor ‘’sente’’ a necessidade de algo,
investiga onde encontrar, avalia as opções e depois da seu feedback sobre o produto ou
serviço, e se ele atendeu suas expectativas.
São inúmeras as variáveis que influenciam o consumidor a adquirir um produto, e
que a sociedade e o meio no qual ele vive lhe impõem. A tomada de decisão de compra
envolve um grande processo, pois os consumidores pesquisam sobre o que desejam, criam
uma expectativa na informação até atingiram a compensação total (Solomon, 2002).
Toda a decisão de compra envolve algum risco, principalmente quando se trata de
um produto de valor mais elevado, algo que o consumidor não adquire com certa frequência.
Para Solomon (2002) a análise do risco ocorre quando a escolha de determinado produto
pode trazer algum risco ou consequência se o consumidor fizer a escolha errada.
Sendo assim, após analisar os riscos e efetuar a compra, outro princípio a ser
analisado pelo estudo de mercado e comportamento do consumidor é a satisfação pós-
compra. É como uma resposta dos consumidores, em relação a sua satisfação com o produto,
e se correspondeu as suas expectativas. De acordo com Solomon (2002, p.246) “os
consumidores se envolvem em um constante processo de avaliação do que compram à
medida que os produtos são integrados em suas atividades diárias de consumo”.
Um dos fatores que desperta o desejo de compra nos consumidores é a publicidade.
O mercado consumidor tende a despertar necessidades que os clientes não conheciam, para
a oferta. Através da satisfação dos consumidores após adquirir o produto, que a empresa
conquista clientes fiéis. Obviamente que isso também envolve o atendimento e vantagens ao
18
consumidor, mas, a lealdade a marca é certamente um dos fatores mais importantes para as
empresas continuarem no mercado. Para Solomon (2002) a lealdade a marca é uma forma
de garantir que o consumidor volte sempre a loja, e continue a adquirir os produtos,
demonstrando de forma positiva que as estratégias de marketing da empresa estão dando
resultado.
O foco no consumidor é de extrema importância, pois dependendo da satisfação do
cliente, ele poderá falar mal da marca, nesse caso, cabe à empresa resolver os problemas e
queixas, conquistando o cliente e por meio de sua avaliação positiva, atrair mais
consumidores, e conquistando um maior espaço no mercado (Guiotti apud Campos, 2014).
Segundo Mothersbaugh et al. (2007, p. 373): “a atmosfera online influencia o
comportamento de compra”. As pessoas são constantemente influenciadas pelo marketing
sem perceber. Os especialistas analisam o comportamento do consumidor como ponto chave
no lançamento de qualquer produto, usando técnicas para criar uma demanda. O processo de
marketing é algo complexo a ser analisado, pois envolve analisar o ambiente externo de
forma geral, juntamente com a parte demográfica, tecnológica, política e cultural, os
fornecedores e o ambiente interno da empresa, sempre com o foco principal nos
consumidores-alvo.
O comportamento do consumidor na internet está a cada dia ganhando mais espaço
em ferramentas pelas quais pode manifestar a sua opinião, bem como pesquisando em
plataformas, vendo vídeos sobre os produtos, procurando opiniões de outros consumidores
em redes sociais, como por exemplo, em blogs, estando sempre conectado (Conrado, 2011).
Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010), descrevem que a internet permite essa
interação e o consumidor exige mais, portanto, esse processo começa no consumidor e
termina no mesmo.
Pode-se determinar o comportamento dos consumidores através das suas decisões
de compra, sendo uma das funções dos profissionais da aérea de pesquisa em marketing.
Limeira (2008, p. 8) o define o comportamento do consumidor como “um conjunto de
reações ou respostas dos indivíduos a determinados estímulos, os quais decorrem de fatores
pessoais, ambientais, situacionais e de marketing”.
De acordo com Terci (2001, p. 5) “o consumidor, assume papéis intercambiáveis
de comprador, influenciador se utilizador, que podem existir isolados ou conjuntamente”. O
consumidor tende a ser a base para todo o processo de análise de mercado.
19
Com o surgimento das lojas online, o ato de comprar pela internet sem precisar sair
de casa aumentou consideravelmente, mesma forma que o uso das redes sociais também os
consumidores passaram a divulgar o que compram e opinar sobre o produto adquirido, tanto
para sua rede de amigos, como para um público maior. Esse tipo de comportamento é
descrito por muitos autores como “marketing boca a boca”, onde os consumidores ao invés
de buscar informações sobre os produtos que pretendem adquirir direto nas lojas preferem
pesquisar informações de outros consumidores, que já utilizaram o produto, dando certa
credibilidade, passando maior confiança ao consumidor.
Os principais meios de informação para um consumidor podem ser: as pessoas, e
também as mídias sociais. O consumidor tente a levar em consideração não somente suas
experiências anteriores com o produto, mas também quando alguém de sua confiança lhe
sugere algo. Essas transformações têm gerado necessidade de adequações por parte dos
profissionais de marketing e das empresas.
O padrão de consumo dos indivíduos está em constante mudança, já que os avanços
tecnológicos fazem com que as distâncias diminuíssem e muitas atividades passam a ser
realizadas através da internet.
2.3. Mídias sociais: o uso das redes sociais na influência do consumidor
A evolução do marketing, passando para o marketing digital, culminou no
surgimento das mídias sociais, de grande utilidade atualmente. As mídias sócias e redes
sociais já existiam muito antes da internet, mas com os avanços da tecnologia, foram
adaptadas para a web.
Um aspecto relevante no Marketing digital é a globalização, que inclusive é
impulsionada pela tecnologia. Segundo Kotler (2012) a tecnologia da informação melhora a
troca de informações entre os países de todo o mundo, permitindo um alcance maior ainda
das culturas e interligando de várias formas a humanidade. Conforme retratou Saad (2003,
p. 54), “a década de 1990 trouxe a explosão da aplicação combinada entre as tecnologias de
informática, telecomunicações e transmissão por redes digitais de comunicação”. Em
complementação, Santos (2005, p. 19), ressalta que é “na comunicação real, as pessoas são
mais flexíveis menos rígidas nas suas posições. Na comunicação online, o que se escreve
torna-se inflexível, defensivo e documentado”.
20
O acesso às mídias sociais vem ganhando força, e está entre uma das atividades
mais realizadas na internet, fazendo parte do cotidiano das pessoas. Todas as tecnologias
permitem o melhor relacionamento entre os indivíduos na sociedade, tanto social como
profissional.
Devido ao potencial da internet em inovar nos meios de comunicação, surgiram às
mídias sociais, termo correspondente ao uso do meio eletrônico para interação entre pessoas.
São sistemas online de interação social, que permitem compartilhamento de diversos tipos
de informação em vários formatos, como conteúdo, experiências, textos e até mesmo vídeos
(Bertolino, 2010).
Para Recuero (2015, p. 35) o que hoje denomina-se de “mídia social se refere a um
fenômeno emergente, que tem início com a apropriação dos sites de rede social pelos
usuários. Essa apropriação, que horizontaliza ainda mais os processos de comunicação, dá
outra força ao papel dos nós da rede”. Atualmente, ouve-se muito sobre os termos mídias
sociais e redes sociais. Para o autor Telles (2011), apesar de gerar controvérsias, ambos os
termos têm sentidos diferentes, mas fazem o uso da mesma ferramenta de comunicação. As
redes sociais fazem parte das mídias sociais. As redes sociais são ambientes para reunir
pessoas, chamados de membros, com interesses em comum, que uma vez inscritos, expõem
seu perfil de diversas maneiras.
Entretanto, é necessário distinguir as mídias sociais de redes sociais, pois têm
significado diferente. As redes sociais têm o objetivo de reunir pessoas, chamados de
membros, que se comunicam por meio de textos, mensagens ou vídeos. As redes sociais
fazem parte das mídias sociais (Telles, 2011). Para o blog Midiatismo (2016), as redes
sociais podem ser definidas como um grupo de pessoas com certo nível de relação de
proximidade e interesses em comum. No entanto, as mídias sociais seriam o englobamento
de ferramentas online usadas para divulgação de conteúdo, atingindo em massa. Ou seja, a
mídia social é um conceito amplo, que abrange o conceito de rede social.
Neste sentido, Dourado (2010, p.3) demonstrou que “com o crescente uso das
tecnologias da informação e comunicação pelas pessoas, começou-se um debate reflexivo e
metarefencial através destes próprios meios”. Discussões sobre as mídias socias são feitas
nestes mesmos ambientes e muitos profissionais ou até mesmo pessoas comuns, as quais
utilizam as mesmas para entender esse fenômeno que está mudando a forma como as
empresas e as pessoas encaram o mercado e o mundo.
21
Os meios de comunicação estão ajudando as pessoas a construir comunidades
variadas, personalidades com interesses em comum e individual, reformulando o conceito
de ambiente social (Grams, 2011).
São três principais princípios que orientam o crescimento do ciberespaço: a criação
de comunidades virtuais, a interconexão e a inteligência coletiva (Levy, 1999). Segundo
Saad (2003, p. 74), além do papel de manter a sociedade interconectado sendo um suporte
social, “possibilita a integração de todas as mensagens num único padrão cognitivo, em que
o mesmo sistema, por causa de sua interatividade e seletividade acolhe todo o tipo de
mensagem, mesclando a diversidade de códigos de comunicação; e disponibilização de
qualquer tipo de expressão cultural com toda a sua diversidade”.
Desde o início da popularização do uso da internet, a cada ano surgem novas redes
sociais, onde algumas se consagram e continuam por anos como preferidas pelos usuários,
já outras foram substituídas pelas atuais, que vão sendo adaptadas aos poucos, para sempre
atender as necessidades dos indivíduos.
As pessoas criam seus perfis nestas respectivas redes sociais, para interagir com
seus os amigos com interesses em comum, e estar conectado com informações também sobre
lojas online, promoções, eventos, marcas, e novidades no mercado consumidor.
Atualmente, as mídias sociais e as redes sociais, são responsáveis por grande parte
das ideias compartilhadas entre grupos de pessoas com interesses em comum, e também
facilitam a divulgação e transmissão de ideias, sendo assim, é indispensável o estudo das
mídias sociais para estratégia das empresas e marcas (Bertolino, 2010).
Á medida que as redes sociais conquistam mais os seguidores, os mesmos vão
influenciando outros, compartilhando experiências e aumentando a divulgação das marcas.
Neste contexto, Kotler (2012, p. 19) relata que “a influência que a propaganda corporativa
tem em moldar o comportamento de compra diminuirá proporcionalmente. Além disso, os
consumidores estão participando mais em outras atividades e usando o computador;
portanto, estão expostos a menos anúncios”.
Assim, Martino (2015, p. 55) disse que as “redes sociais podem ser entendidas como
um tipo de relação entre seres humanos pautados pela flexibilidade de sua estrutura e pela
dinâmica entre seus participantes”. Este mesmo, ressalta que o principal objetivo das redes
sociais é explicar alguns tipos de relações entre as pessoas, o uso da noção de redes sociais
22
no ambiente da internet significa transpor um modelo de análise social para o espaço virtual,
o que requer algumas mudanças no conceito (Martino, 2015).
O que se pode dizer é que “a questão central das redes sociais é a valorização dos
elos informais e das relações, em detrimento das estruturas hierárquicas. As redes sociais
são exatamente as relações entre os indivíduos na comunicação mediada por computador”
(Cardozo, 2008, p. 8).
Em relação ao uso das redes sociais houve o surgimento do marketing de conteúdo,
que, segundo Mendonça (2013, p. 8) “é uma estratégia que visa elaborar e disseminar
conteúdo de forma relevante para construir e manter um relacionamento de confiança com
determinado público-alvo”.
Trata-se de uma estratégia onde se produz conteúdo para atrair o consumidor, no
momento em que ele está pesquisando para tomar uma decisão de compra e através desse
conteúdo, trabalham-se as mídias e as redes sociais, contendo informações importantes para
manter um bom relacionamento com os consumidores interessados na marca ou empresa
(Torres, 2010).
Para Recuero (2009, p. 107), “os sites de redes sociais são capazes de construir e
facilitar a emergência de tipos de capital social que não são facilmente acessíveis aos atores
sociais no espaço off-line”. Os sites facilitam o fluxo das informações, conectando as pessoas
de forma mais aproximada, interagindo e contribuindo com suas diferentes opiniões.
Com a popularização das redes sociais, os consumidores têm influenciado outros
com suas experiências e expondo suas opiniões, essa comunicação diante das mídias sociais
vem exigindo das empresas maior gestão do conhecimento, as empresas precisam saber em
qual rede o consumidor está e como atraí-lo (Tonus & Costa, 2009).
Para Albernaz e Meira (2010), o que destaca uma rede social é o seu crescimento e
os recursos que apresenta. A popularidade de uma rede, além de atrair mais membros, chama
a atenção do mercado para divulgação. Seguindo nesta linha, Martino (2015, p. 56) relatou
que “cada rede social tem sua própria dinâmica, e isso esta ligado de alguma maneira a
própria arquitetura da tecnologia sobre a qual é construída a interação social”.
A repercussão das redes sociais dá-se pelo fato das informações que os membros
publicam sobre algo e por manter uma rede de relacionamento. Essa informação transmitida
23
através das redes, sendo uma reclamação ou elogio, afeta não apenas os seus amigos, como
amigos de amigos, espalhando-se cada vez mais (Torres, 2010).
Como bem ressaltou Medeiros et al. (2014), as redes sociais, ganharam proporções
mundiais e propiciaram que a comunicação ocorresse de modo descentralizado, livre,
gratuito e global. Dentre elas, os “blogs foram o meio que mais passaram a dialogar com a
moda, tornando-se referência de opinião para muitos. Os departamentos de marketing das
empresas passaram então a dedicar parte do seu tempo para pensar como poderiam usar as
mídias sociais estrategicamente” (Medeiros et al., 2014, p. 13).
Partindo da definição exposta sobre o que são redes sociais, pode-se citar algumas
das principais utilizadas atualmente, ou mais populares, como por exemplo: o Facebook,
Instagram, Blog, Snapchat, Youtube e Twitter.
Segundo dados publicados em “Guia prático para o bom uso das redes sociais” por
Luciano Antunes Batista (2015), o Facebook conta com mais de 1,15 bilhões de usuários
conectados diariamente, sendo que 23% dessas pessoas, acessam suas contas pelo menos 5
vezes por dia. O autor também destaca que “os profissionais de marketing consideram a
plataforma importante para suas estratégias de negócios, porque o engajamento obtido pelo
seu produto/marca atinge 75% dos usuários do Facebook em até 5 horas” (Batista, 2015, p.
6). Os usuários criam um perfil no Facebook, onde podem procurar seus amigos que também
possuem conta, seguir pessoas famosas ou que admiram, “curtir” imagens, páginas, e
compartilhas diversos tipos de conteúdo, publicações de textos, vídeos, entre outros.
Destaca-se que atualmente uma das redes sociais mais utilizada é o Instagram, com
mais de 130 milhões de usuários, compartilhando mais de 5 milhões de fotos por dia; “ a
cada segundo, 8 mil usuários “curtem” uma foto publicada; 1 mil comentários são feitos por
segundo e cada usuário posta, em média, 40 fotos” (Batista, 2015, p. 7).
Da mesma forma que o Facebook, os usuários criam uma conta, e passam a seguir
outros usuários, no Instagram, inicialmente, as interações eram principalmente através de
postagens de fotos, “curtir” e comentar nas mesmas, mas a rede social foi se adaptando, e
hoje em dia é possível enviar mensagens, chamados de direct, e postar vídeos e fotos
instantâneos que se excluem automaticamente em 24 horas, chamados de stories.
Os Blogs, que existem a tanto tempo, criados com o intuito de compartilhar
conteúdos e relatos sobre a vida cotidiana, nas palavras de Silva (2007, p. 75) define que
24
Weblog “ É uma palavra da língua inglesa composta por web (página de internet) e log
(diário de bordo), hoje mais conhecida como blog. É um site criado nos moldes de um diário
e que pode conter espaço para comentários sobre cada texto inserido (o post) ”.O autor ou
usuário do Blog é intitulado de blogueiro. De acordo com Rocha (2003), os blogs podem ser
vistos como diários virtuais, que variam de confecções de artigos até exposição de fatos e
historias, fotografias e relatos autobiográficos.
Já o Snapchat é uma rede social utilizada inicialmente apenas para troca de imagens,
evoluindo para compartilhamento de vídeos e mensagens, todos instantâneos, que após
enviados e visualizados se excluem automaticamente. Segundo artigo publicado no site
Escola da Tecnologia (2015), “o grande diferencial do aplicativo é a obrigação de determinar
um tempo duração de 1 a 10 segundos a serem exibidas ao seu destinatário, sendo assim o
conteúdo não ficará salvo no dispositivo alheio“. Também conta com filtros para fotos
divertidas, e a possibilidade de deixar algumas imagens visíveis por até 24 horas.
O YouTube foi uma rede social criada exclusivamente para o compartilhamento de
vídeos, onde as pessoas criam uma conta e podem postar seus vídeos para que os outros
assistam. Segundo Brasil Escola (2017), “a palavra “youtube” foi feita a partir de dois termos
da língua inglesa: “you”, que significa “você” e “tube”, que provêm de uma gíria que muito
se aproxima de “televisão”.
O Twitter pode ser definido como, segundo publicação no site Significados (2017)
“Uma rede social e servidor para microblogging, que permite aos usuários enviar e receber
atualizações pessoais de outros contatos, em textos de até 140 caracteres”. Pouco utilizado
atualmente, pode ser considerado uma espécie de blog limitado, onde as pessoas seguem
umas às outras e podem, além de publicar textos também imagens.
Cada rede social possui suas diferenças, porém todas tem um propósito em comum:
promover a interação como forma de entretenimento entre seus usuários.
2.4. O universo das redes sociais e influenciadores digital
Juntamente com o avanço da internet, houve um grande crescimento do uso das
redes sociais, o que abre possibilidades e ferramentas para o marketing digital, tanto para as
empresas já consagradas no mercado, como para aquelas que estão começando um negócio,
e precisam de meios para divulgação. Assim, as redes sociais como o Facebook, Instagram,
25
e o Snapchat, existem os Blogs, onde pessoas comuns escrevem sobre seu cotidiano, dando
dicas de moda, beleza, viagens, livros, dentre outros inúmeros assuntos.
Até então, o termo blogueiros (as) era utilizado para designar os escritores do Blogs,
que divulgavam produtos em suas postagens, influenciando seus leitores. Porém, com o
surgimento de outras redes sociais, e pela maior facilidade de interação através delas, o Blog
continuou sendo utilizado, mas com menos frequência, e o termo blogueiros (as) foi sendo
substituído pela expressão Influenciador(a) digital, com seus milhares de seguidores, o que
reflete em suas redes sociais, onde divulgam as novas postagens ganhando mais visitações.
De acordo com artigo publicado no site LNF Inbound (2017) pode-se definir
Influenciadores Digitais como “ produtores de conteúdos que possuem muitos seguidores
engajados. Podem ser blogueiros, youtubers ou pessoas populares nas mídias sociais.”
Normalmente são reconhecidos pela rede social em que se destacam mais (blogueiro,
youtuber), por isso o termo blogueiro era tão utilizado em relação a moda, que foi onde as
primeiras influenciadoras nessa área se destacaram, mas atualmente, pela relevância em
outras redes, passaram a ser chamados de Influenciadores(as) digitais.
Ao contrário do que é divulgado na televisão, por exemplo, e que deve ser efetuado
de acordo com os padrões da emissora em questão, os(as) Influenciadores(as) digitais têm
total liberdade para falarem o que quiserem, da forma que acharem melhor, atua como uma
contracultura, fazendo do seu próprio jeito sem a interferência da mídia institucionalizada
(Rocha, 2003).
O uso das redes sociais pelos (as) influenciadores (as) digitais como uma nova
forma de divulgação das marcas, tem grande interatividade com o público, alcançando a
coletividade através de uma comunicação em grande escala. O público sente-se mais ativo,
e também mais livre para expressar as suas opiniões. Um dos propósitos principais é divulgar
os produtos das marcas que lhes patrocinam ou que ainda não patrocinam, e assim, divulgam
a marca procurando serem vistos e assim ganhar o patrocínio, seduzindo os seguidores para
estes comprarem mais. Esse uso das redes, podem ser considerados um meio de comunicação
não oficial e informal, transformando os consumidores em produtores de conteúdo.
As marcas querem obter grandes lucros e descobriram que divulgando através da
internet, estariam ainda mais próximas ao consumidor, estando sempre presentes nas
postagens dos (as) influenciadores(as), por isso, podem ser considerados como um fenômeno
mercadológico.
26
A influência das (os) influenciadores (as) digitais está sendo reconhecida, diante
das inúmeras matérias em revistas e programas, a maioria relacionada à moda, onde suas
publicações ganham destaque. Diversas empresas estão percebendo a influência dos (as)
influenciadores (as) digitais e convidando-os para divulgar suas marcas, seja em campanhas
publicitárias ou mesmo em suas redes sociais (Bertolino, 2010).
A ideia de videos postados no YouTube também sugere o fato do(a) influenciador(a)
ficar mais próximo do seu público e conseguir expor de maneira mais fácil sua ideia, e
também, quando se trata de tutoriais, mostrar de forma mas dinâmica ao seguidor.
Por exemplo, em relação ao Blog, para Primo (2008, p. 4) “ através do sistema de
comentários e do detalhamento das estatísticas do blog, seus autores podem aperfeiçoar os
seus textos futuros na intenção de manter o interesse de suas audiências e promover debates,
motivando a integração relacional dos comentaristas”. Os(as) influenciadores(as) digitais
conseguem ter um feedback direto do seguidor, tendo noção se o conteúdo que esta sendo
postado, e se esta agradando o consumidor e o que deve ser melhorado.
Embora existam influenciadores digitais do sexo masculino, quando fala-se em
moda e cosméticos, tendências no geral, que seria o foco deste trabalho, os principais, ou
quase a totalidade, são sexo feminino. São de várias faixas etárias, estas com seguidores de
várias faixas etárias também, abrangendo um grande público ativo, e estão sempre atentas
as tendências mundiais, abastecendo suas redes sociais com diversos tipos de publicações,
como “ Look do dia”, ou roupas com versões mais baratas das grandes marcas.
Há algum tempo atrás, o conteúdo sobre moda era mais restrito, normalmente as
pessoas que compravam revistas em bancas tinha mais acesso, ou então as que participavam
em desfiles em que viajavam para o exterior. Os (as) influenciadores (as) digitais
disseminaram essas informações que eram restritas, transformando-se em verdadeiros
“gurus” da moda, e com opinião relevante, tendo acesso a qualquer pessoa.
Por meio disso, é relevante para as empresas ficarem atentas que, para manter uma
comunicação eficaz com seu público, vendo estes influenciadores digitais como uma
vantagem competitiva e visto com maior confiabilidade por parte dos consumidores, pois as
empresas precisam buscar sempre a interação mais próxima com o consumidor. De acordo
com Wright (2008, introdução) “as empresas podem aprender muito lendo blogs para
determinar o que clientes e não clientes estão dizendo sobre seus negócios”. Isso vale
também para as outras redes sociais.
27
Por meio do monitoramento, participação e utilização da divulgação nas redes
sociais destes influenciadores, a empresa ganha vantagem em vários aspectos, tanto no
lançamento de novos produtos, como na comunicação com o consumidor, pois possibilita
que obtenham um feedback real e imediato dos mesmos (Bertolino, 2010).
Dessa forma, o que se percebe é que a geração Y busca inspiração e referências nas
personalidades digitais. Assim, há uma auto identificação desses jovens com as pessoas que
seguem. Observam o que é feito e reproduzem, “querem usar o que eles usam, faz parte do
processo de se sentir - gente como a gente. São pessoas comuns, como as suas públicas, mas
com um estilo admirado por uma multidão” (Silva & Tessarolo, 2016, p.6)
Tendo como exemplo a denominação do Blog, a Figura 04 mostra a relação entre
as empresas, os (as) blogueiros, e os consumidores, ligados em uma cadeia, onde se tem os
recursos dos quais o autor da rede social depende, e os recursos que proporciona (Castro &
Santos Junior, 2013).
Figura 3 - Rede de relacionamento entre influenciadores digital, empresas parcerias e
seguidores
Fonte: Castro e Santos Júnior (2013, p. 188)
Outros
Rede Social
Seguidores
Rede
Social
Empresas
Parceiras
Seguidores
Empresas
parceiras
Rede
Social
Empresas
Parceiras
Legitimação para cooperar
por meio de links de
recomendação
Produtos para
divulgação
Acessos a página
Informação Publicidade a
baixo custo
Influenciadores
digitais
28
Assim, as interações entre influenciadores digitais: com as empresas (que podem
utilizar-se de remuneração financeira ou permuta de produtos) visam por publicidade de
baixo custo; com os seguidores (trocas de conteúdos), pelo fornecimento de informação e
recebimento de acessos à página; com outros blogs (parceria), possibilidade de cooperação
e recomendação de links (Castro & Santos Júnior, 2013).
Ao se estudar as redes sociais, pode-se perceber que elas não se limitam apenas aos
seus administradores, que seriam os (as) influenciadores (as) digitais, mas abrange também
a interação que existe entre seus seguidores, por meio dos acessos e comentários, que servem
como indicações das percepções do consumidor para as empresas divulgadas e parceiras.
2.5. Caracterização do mercado de influenciadoras digital de moda no Brasil
Tudo se iniciou com os blogs temáticos que na maioria das vezes, estavam ligados
ao entretenimento nas horas vagas – e versavam por diferentes assuntos, tais como: moda,
beleza, viagens, livros, maternidade, entre outros. O que todos tinham em comum, era o fato
de o hobby virar uma profissão. O que ocorreu no mercado foi uma transição do ambiente
televisivo para o ambiente das redes sociais, e essas influenciadoras digitais “ [...] foram as
precursoras de um modelo de negócios que tem se replicado em blogs temáticos dos mais
variados” (Karhawi, 2016, p.43).
Está-se vivendo num ambiente do de liberdade de expressão e de fornecimento de
conteúdo, assim ocorre um “[...] choque da inclusão de amadores como produtores, em que
não precisamos mais pedir ajuda ou permissão a profissionais para dizer as coisas em
público” (Shirky, 2011, p.50).
Os bloggers iniciaram o que se pode chamar de uma revolução digital, pois com as
publicações de suas críticas sobre as marcas, que de início não foi bem vista, pelo fato do
mercado da moda sentir-se invadido por “pessoas comuns”, publicando suas opiniões e
influenciado seus leitores.
Diante deste contexto, o mercado da moda, antigamente, era direcionado às classes
mais altas da sociedade, tendo seu conteúdo divulgado em revistas renomadas e
frequentadores de desfiles. De acordo com Ferrari (2010), o conceito do que está na “moda”
evolui constantemente, e com isso, os consumidores estão influenciados a acompanharem
esse processo, através dos produtos e marcas. Atualmente, o ato de consumir também está
29
relacionado como uma forma de distração e satisfação pessoal. Ainda para Ferrari (2010,
p.15) “ a moda é uma forma de comunicação cujos elementos (roupas, acessórios, atitudes
etc) podem ser semanticamente codificados, mas essa semântica é muito sutil e volúvel, e
está em constante transformação”.
A divulgação no meio televisivo e propagandas em outdoors por meio das lojas,
não proporcionavam uma interação e demonstração de estilo ou dicas de como se vestir, mas
sim, sobre os itens vendidos. Com o surgimento dos Blogs disponibilizando conteúdo sobre
moda, além de divulgar as lojas, estavam dando uma noção maior sobre moda e estilo, com
dicas de como se vestir bem, para todos os públicos. Segundo Daniela Aline Hinerasky
(2010, p. 4) “a indústria da moda mundial expandiu nos últimos 3 anos, com desfiles de
grandes estilistas e tendências antecipadas nas mãos dos profissionais e grandes
compradores, movimentando o mercado editorial da moda”.
Como descreve a autora Karhawi (2016, p. 4), “a informação entregue pelos blogs
de moda, especialmente nos primeiros anos de sua consolidação, era muito diferente da
mídia de moda tradicional. Tratava-se de diários pessoais sobre estilo“. O objetivo principal
não era ensinar sobre moda, mas sim, compartilhar looks, estilo e tendências. Assim, “a
mídia também é responsável por atribuir valores aos objetos e às tendências, que se tornam
capazes de evidenciar tipos de personalidades e comportamentos dos consumidores”
(Ferrari, 2010, p. 17).
A propagação das informações sobre moda se tornou mais rápida e mais acessível,
tendo maior participação do público no que realmente faria sucesso de vendas e conquistar
o consumidor.
Dessa forma, pode-se dizer que “ a base de sustentação da moda está intimamente
ligada à trinômia tecnologia, criação e tendência. Portanto, aqueles que desejam trabalhar
nessa área precisam desenvolver muito bem seu domínio técnico e sua capacidade criativa”
(Ferrari, 2010, p. 19). Muitas mulheres ficaram famosas no Brasil com seus Blogs, alguns
nomes conhecidos como Camila Coelho do Blog “Super Vaidosa”, e Camila Coutinho do
blog “Garotas Estúpidas”, são exemplos de sucesso nesse meio.
Como bem ressaltou Visconde (2016, p. 1) “vivemos na era da Geração 3C’s onde
impera o Curtir, Comentar e Compartilhar. (...) a busca de conteúdos relevantes ao nosso
perfil que nos permite interagir, fazendo com que relacionamento entre conteúdo e público
seja uma via de mão dupla”.
30
A influência se dá de tal forma, que ter um visual parecido e ou imitar o estilo de
usar uma calça daquele influenciador digital que tem um conteúdo chamativo, significa
muito para os seguidores. Vislumbrando esse cenário, as marcas que buscar estar conectadas
a este público, veem nas personalidades digitais um elo de ligação. Quando esses
influenciadores postam uma foto, vídeo ou uma ação de marketing digital, este carrega
consigo a confiança dos seguidores que é transferida para a marca (Silva & Tessarolo, 2016).
Segundo Ribeiro (2016) em uma publicação no site Adnews “2016 pode ser visto
como o ano do reconhecimento da relevância e visibilidade destes criadores pelos meios off-
line e pela publicidade de marcas e produtos”.
De acordo o Sebrae (2017, p. 1) “esses influenciadores são produtores de conteúdo,
conhecidos no nicho em que atuam, e se encontram nas principais redes sociais como
Instagram, Youtube, Snapchat, Twitter e Facebook”. A partir do momento em que uma
empresa decide utilizar um influenciador como parte de divulgação de sua marca, estará
mais próximo do consumidor.
Segundo dados do Sebrae (2017, p. 1) cerca de 5 a 10% dos usuários das redes
sociais são responsáveis com 60 a 80% da influência, e a internet é a segunda maior mídia
utilizada, perdendo apenas para a televisão, onde projeções indicam que até 2019 será a
primeira colocada. E 74% dos consumidores afirmam que dependem das redes sociais para
decidir sobre uma compra e 54% procura recomendações confiáveis.
Usando a divulgação dos Influenciadores digitais como estratégia, a empresa
precisa definir um perfil do influenciador e saber seu público alvo. As empresas estão atentas
às redes sociais utilizadas pelos influenciadores, para acompanhar também os concorrentes
e a forma que utilizam para ter maior proximidade do consumidor.
A Figura 1, publicada originalmente em inglês no site americano Traackr
(http://www.traackr.com/faces-of-influence) e traduzida pela Tracto Content Marketing
(http://www.tracto.com.br/dez-tipos-de-influenciadores-na-internet/), classifica os
influenciadores pelo alcance (tamanho das audiências/números de seguidores), ressonância
(força de engajamento), e relevância (ajuste ao contexto). E com isso, categorizou os
influenciadores em: Celebridade, Autoridade, Elo de ligação, Marca Pessoal, Analista,
Ativista, Expert, Informante, Agitador e Jornalista.
31
Figura 4 - Classificação dos Influenciadores digitais
Fonte: Tracto Content Marketing, 2017
Ainda que esse meio possa parecer um tanto igualitário, com a popularidade dos
influenciadores em diversas áreas, de moda até vídeo games, foi possível criar essa
classificação, facilitando para as empresas na decisão de qual escolher.
Num contexto geral, o que se percebe sobre o mercado da moda, é que as ações de
marketing digital realizado pelas influenciadoras digitais atraem a atenção dos seguidores
por terem uma linguagem simples, como se fossem realizar uma conversa intima entre
amigas, serem carismáticas e demonstrar dicas de produtos ou serviços que elas utilizam. Já
as empresas percebem a capacidade destas de atingir um público grande moldar opiniões e
ditar tendências aos seus seguidores, e as utilizam para ações de marketing. Assim, em um
mundo cada vez mais virtual, é imprescindível que as marcas das empresas estejam presentes
no cotidiano dos seus potenciais clientes e nos seus feeds de notícias.
32
O uso das redes sociais tornou as pessoas mais expostas no universo digital, o que
também estimula a ideia de pertencer a um grupo ou estar atualizado sobre o que está
acontecendo mundialmente, o que vale também para as tendências de moda, favorecendo o
papel dos (as) influenciadores(as) digitais na sociedade.
33
Capitulo 3 - Metodologias de investigação
34
Este capítulo tem por objetivo descrever o processo de investigação, divido em:
abordagens metodológicas, lócus da pesquisa, técnicas e instrumentos de coleta de dados e
análise de dados.
3.1. Abordagens metodológicas
Para a realização deste trabalho, as abordagens metodológicas utilizadas serão
centradas em análises exploratória, descritiva e documental de cunho qualitativo de dados
primários e secundários.
Segundo Mattar (2000, p. 18) “a pesquisa exploratória visa prover o pesquisador de
maior conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em perspectiva. Por isso é
apropriada para os primeiros estágios da investigação quanto familiaridade, o conhecimento
e a compreensão do fenômeno por parte do pesquisador são geralmente, pouco ou
inexistentes”. É necessária a leitura de diversos artigos relacionados ao tema, buscando
maior aprofundamento sobre a pesquisa que será feita.
As pesquisas exploratórias buscam descobrir ideias de forma a conseguir maior
conhecimento sobre o fenômeno estudado. Nesse modelo de pesquisa não é sempre
necessário realizar formulação de hipótese (Selltiz et al., 1965). Neste trabalho, será
necessário uma busca e um maior apronfundamento sobre os(as) influenciadores(as) digitais
de moda no Brasil e uma revisita bibliográfica que facilite o entendimento do contexto e das
interações vivenciada por estes.
Além disso, será utilizado uma pesquisa descritiva, que para Oliveira Neto (2008,
p. 26) é o “estudo, análise, registro e interpretação dos fatos do mundo físico sem a
interferência do pesquisador [...] que deverá apenas descobrir a frequência com que os
fenômenos acontecem ou como se estrutura e funciona um sistema, método, processo ou
realidade operacional”. Assim, o processo descritivo “ visa à identificação, registro e análise
das características, fatores ou variáveis que se relacionam com o fenômeno ou processo”
(Oliveira Neto, 2008, p. 27).
A análise descritiva “exige do investigador uma série de informações sobre o que
deseja pesquisar. Esse tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de
determinada realidade” (Triviños, 1987, p.113).
35
O cunho qualitativo da pesquisa é focada nas interações entre os atores da rede
digital imerso no ambiente virtual. O objetivo da pesquisa qualitativa é explicar e solucionar
o problema, sem precisar quantificar os dados como ressaltou. Para Goldemberg (1997, p.34)
“os pesquisadores qualitativos recusam o modelo positivista aplicado ao estudo da vida
social, uma vez que o pesquisador não pode fazer julgamento nem permitir que seus
preconceitos e crenças contaminem a pesquisa”.
Já Minayo (2001), a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados,
motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais
profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos á
operacionalização de variáveis.
Em relação à natureza dos procedimentos técnicos utilizados para o estudo, este foi
um estudo de casos múltiplos realizado com quatro influenciadoras digitais de moda e beleza
brasileira e, também, pesquisa documental.
A pesquisa documental trilha os mesmos caminhos da pesquisa bibliográfica, não
sendo fácil por vezes distinguí-las. A pesquisa bibliográfica utiliza fontes constituídas por
material já elaborado, constituído basicamente por livros e artigos científicos localizados em
bibliotecas. A pesquisa documental recorre a fontes mais diversificadas e dispersas, sem
tratamento analítico, tais como: tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos,
oficiais, cartas, filmes, fotografias, pinturas, tapeçarias, relatórios de empresas, vídeos de
programas de televisão (Fonseca, 2002, p. 32).
Roesch (2006, p.165), explica que a pesquisa de documentos é “uma das fontes
mais utilizadas em trabalhos de pesquisa em administração, tanto de natureza quantitativa
como qualitativa, e são constituídas por documentos como relatórios anuais da organização,
materiais utilizados em relações públicas, declarações sobre sua missão, politicas de
marketing e de recursos humanos, documentos legais, etc.” Além disso, pode-se dizer que
as postagens do(as) Influenciadores(as) Digitais a serem analisados(as) também é um
documento de pesquisa.
De acordo com Gil (1946) a pesquisa documental e bibliográfica, são muito
semelhantes, á diferença está na natureza da fonte, pois a documental vale-se de materiais
que não receberam nenhum tratamento analítico, documentos de primeira mão.
36
E no caso deste estudo, os documentos estão disponível no ambiente virtual, em
que as postagens nos Blogs, Instagram, Facebook, Twitter e Youtube, servirão de fontes de
informações para a concretização dos objetivos.
A pesquisa bibliográfica, muito semelhante á pesquisa documental, é desenvolvida
com base em material já elaborado, constituído por artigos e livros, levantamento de teorias
já analisadas, e publicadas através de meios escritos ou eletrônicos, artigos, páginas de web
sites, entre outros. Algumas pesquisas cientificas se baseiam apenas em pesquisa
bibliográfica, recolhendo informações sobre o problema para o qual se procura a resposta
(Fonseca, 2002).
A partir da pesquisa bibliográfica e das análises contextuais dispostas no referencial
teórico, pode-se ter como base os fundamentos definidos do tipo de pesquisa, e dar sequência
ao locus, focando na análise da resposta do problema levantado.
3.2. Lócus da pesquisa
Diante do universo de muitos(as) influenciadores(as) digitais de moda existentes no
Brasil, a pesquisa desenvolvida optou por utilizar uma amostragem não probabilística
intencional. Assim, a pesquisa será realizado em quatro Influenciadoras Digitais, que atuam
no Estado do Paraná.
A escolha das influenciadoras digitais se deu através do envio de email solicitando
a possibilidade de realização da pesquisa, para cada um dos 100 blogs de moda e beleza mais
acessados no Brasil em janeiro de 2017 realizado pelos sites de estatística de tráfico Alexa e
Similar Web. Assim, quatro influenciadoras digitais aceitaram participar do estudo,
destacando: Dayana Victoria Langaro, Thaise Juriatti Chiarini, Caroline Moschei e Marina
Sauzen, tendo-se então um estudo multicasos.
Conforme Herriott e Firestone (1983, apud YIN, 2001, p. 68), “as provas resultantes
de casos múltiplos são consideradas mais convincentes, e o estudo global é visto, por
conseguinte, como sendo mais robusto”. Desta forma, optou-se por estudar não apenas uma,
mas quatro Influenciadoras Digitais, aumentando a abrangência e relevância da pesquisa.
Três desses influenciadoras forneceram informações, por um formulário enviado
por email, e uma foi entrevistada. Esses dados permitiram descrever as interações entre a
influênciadora, os seguidores e as empresas. Vale destacar que, entende-se por empresas
37
parceiras, aquelas que utilizam as redes sociais como meio de divulgação dos seus produtos
a um custo mais reduzido. Já os seguidores, são os seguidores das influenciadoras digitais
nas redes sociais (Instagram, Facebook, Blog, Twitter, Youtube) que, em geral, utilizam a
plataforma como um meio de rápido acesso ao conteúdo postado.
Torna-se importante estudá-las, por estas possuírem uma grande representatividade
em seu estado, o Paraná, atuando em diferentes regiões – com perfis e abrangências diversos.
3.3. Técnicas e instrumentos de coleta de dados e análise de dados
Considerando os objetivos propostos neste trabalho, a coleta de dados se deu em
dois momentos. O primeiro momento, utilizou dados secundários e uma análise qualitativa
de publicações nas redes sociais utilizadas pelas influenciadoras analisadas, incluindo perfil
no Instagram, Facebook, as que possuíam Blog e canal no YouTube. Artigos científicos que
envolviam a temática marketing digital e redes sociais também. Para Lakatos e Marconi
(1991), são dados secundários aqueles já buscados por outra pessoa, e que apenas auxiliam
o pesquisador, que tem o papel de analisar e tirar o máximo proveito possível desse material.
E assim, caracterizar e descrever o mercado das influenciadora digital de moda no Brasil,
identificando o perfil das mídias digitais utilizada para potencializar as publicações.
Num segundo momento, realizou-se a pesquisa com as quatros influenciadoras
digitais. Para tanto, utilizou-se um formulário com onze perguntas abertas de cunho
qualitativas (Modelo no Apêndice I), que versavam sobre as características das redes sociais,
seguidores e empresas parceiras. Três das participantes da pesquisa, optaram por receber o
formulário via email, enviado no dia 20 de agosto de 2017, com devoluções em 28 e 29 de
agosto de 2017, onde descreveram suas ações. Uma das pesquisadas, aceitou conceder uma
entrevista, que foi realizada em 10 de agosto de 2017, com duração de 40 minutos
aproximadamente, realizada em um café com horário previamente marcado. O método
utilizado para gravação de áudio foi através do smartphone.
A análise das respostas foi feita seguindo as perguntas do questionário, e analisando
uma influenciadora de cada vez, estabelecendo sua relação com as empresas e seguidores, e
posteriormente, fazendo uma comparação entre todas as influenciadoras que responderam.
38
Com estas informações e as observações das publicações nas redes sociais, buscou-
se identificar e descrever as formas de interações das influenciadoras digitais, empresas e
seguidores.
39
Capitulo 4 – Apresentação e resultados da análise
40
Este capítulo contém os dados coletados procurando responder o objetivo geral:
analisar as interações de quatro Influenciadoras digitais com empresas parceiras e os (as)
seguidores (as), nas ações de marketing digital, do mercado de moda do Estado do Paraná
(Brasil). Os objetivos específicos são: a) descrever as principais características de quatro
influenciadoras digitais do mercado da moda e beleza do Estado do Paraná (Brasil); b)
identificar e caracterizar as formas de interação e comunicação dos (as) influenciadores (as)
digitais com os seguidores (as); c) identificar e descrever as principais interações dos (as)
influenciadores (as) digitais com as empresas parceiras.
4.1. Descrição de quatro influenciadoras digitais do estado do Paraná
Foram selecionadas quatro influenciadoras digitais, no caso todas do sexo feminino,
sendo: Dayana Victoria Langaro, Thaise Juriatti Chiarini, Caroline Moschei e Marina
Sauzen. Estas influenciadoras atuam no mercado com ações de marketing digital de
empresas e disseminam informações para seus seguidores. Para melhor entendimento, será
detalhado a descrição das principais caracteríticas de cada um das influenciadoras digitais
estudadas.
A Dayana utiliza as redes socias como o blog titulado de Vogue and Mode,
Intagram, Facebook e Youtube, para explicitar a sua paixão por moda e beleza,
compartilhando seus interesses e dicas de produtos que usa e se identifica com seus
seguidores. Iniciou suas atividades em 2012, com o Blog, época em que era a principal rede
utilizada pelos Influenciadores. Os conteúdos variavam entre postagens sobre “Unha da
semana”, “Look do dia”, “Dicas de moda”, entre outros. Em decorrência disso, Dayana criou
uma página no Facebook para divulgação do Blog. Com a popularidade e surgimente de
outras redes, Dayana passou também a gravar alguns videos no Youtube, e criar uma conta
no Instagram, que segundo ela, foi a principal rede social a ajudar em sua carreira.
Buscando aprimorar suas redes sociais, sempre buscou parcerias, mesmo que no
inicio, não havia ganhos financeiros, ia até as lojas, divulgava os produtos, indicava para as
amigas, tudo isso porque realmente gostava e não pelo retorno, já que era comum a
realização de ações de marketing digital por permuta (recebia da empresa parceira os
produtos que divulgava).
Apesar do seu interesse inicial, e foco, ser o Blog (Figura 5), com o passar do
tempo, este foi sendo menos utilizado, e ela posta apenas quando a empresa solicita. Os
41
Blogs são bons para compartilhar suas ideias, opiniões, e a sua interpretação sobre a moda
e mostrar que se entende sobre o que esta escrevendo, e que as pessoas deveriam lhe
acompanhar, para aprender com ela.
Figura 5 - Imagem página inicial do blog "Vogue and Mode”, por Dayana Langaro
Fonte: Blog Vogue and Mode (2017).
Já a proposta do Intagram é um microblog de fotografia, e se fortaleceu com as
#selfie, possibilitando uma maior agilidade e visibilidade nas postagens diárias. Dayana
garante que o Instagram gera mais retorno em relação as divulgações e popularidade, e
também descreve que os profissionais que trabalham com redes sociais não podem ter medo
de mudanças, pois com os avanços da internet, é preciso estar sempre se adaptando.
42
Figura 6 - Imagem do perfil do Instagram de Dayana Langaro
Fonte: Instagram @dayanalangaro (2017).
Apesar de viver em uma cidade pequena como Pato Branco, Dayana não desistiu
de suas metas, e hoje colhe os frutos de seu trabalho feito com muito empenho e dedicação.
A Thaise, iniciou com o Blog em 2015, juntamente com a página do Facebook e
perfil no Intagram. “Eu queria trabalhar com moda e o blog envolve várias coisas que eu
amo, era o “emprego” perfeito naquele momento. Acabou virando um sonho, porque quanto
mais eu conhecia e aprendia eu amava mais”. O processo de construção de sua identidade
digital ocorreu de forma natural, pois já era um mercado em ascensão, que se iniciou a mais
de dez anos com outras influenciadoras digitais. Entretanto, na sua percepção, ela acredita
que tudo o que conquistou foi por mérito pessoal, e não pela notoriedade de seu blog. Ela
tentava conciliar as postagens nas mídias sociais com outro trabalho, em que auxiliava os
pais na administração dos negócios da família, e devido a problemas familiares, acabou
deixando de lado as postagens.
Havia um certo preconceito, em relação aos retornos que poderia ter como
influenciadora digital, como ela mesmo ressaltou “Eu não tinha cabeça e achava tão fútil,
mas deixei ali paradinho porque as minhas amigas e algumas seguidoras que já me
acompanhavam não deixaram eu desistir”. Isso demonstra também, o seu potencial de
influencia sobre as suas seguidoras. Thaise não retornou com o blog, e mantém seu foco
apenas com o Instagram e seu perfil pessoal no Facebook, onde compartilha postagens do
43
Instagram também. Suas publicações variam entre cosméticos que ela usa, procedimentos
estéticos, moda, até mesmo restaurantes que frequenta (Figura 7 mostra uma de suas
postagens no Instagram).
Figura 7 - magem página do Instagram de Thaise Juriatti
Fonte: Instagram @thaisejuriatti (2017).
Pelo seu destaque regional, ela relata que muitas empresas a procuravam para
realização de parcerias. Como atualmente seu foco não é o blog, continuou nesse ramo pelas
empresas que continuam a procura-la, e ressalta ainda que “ As marcas dizem que eu vendo,
me convidam, me mandam coisas, e eu acabo usando essa influência e colocando ao meu
favor nos meus novos sonhos. Acho que as pessoas gostam de se inspirar e se identificam
melhor com pessoas reais”. Esse é o principal papel das influenciadoras digitais,
democratizar a moda, com uma linguagem acessível, informal e amigável, estabelecendo
uma relação de confiança com os seguidores, que levam em consideração suas opiniões na
hora de adquirir um produto.
Thaise, juntamente com uma amiga, administra a página no Facebook com nome
de TS LOOK. Essa parceria surgiu ao acaso, quando ela resolveu mudar-se para Cascavel,
no Paraná, e conheceu a sócia em um evento, onde Thaise comentou seu interesse em
trabalhar como Influenciadora digital, e então resolveram iniciar um trabalho em conjunto.
Começaram a marcar reuniões com as empresas, e são muito conhecidas na cidade em que
atuam.
44
Figura 8 - Imagem página do Facebook administrada por Thaise Juriatti
Fonte: Facebook, TS LOOK (2017).
Para Thaise ser influenciadora ainda não é seu foco principal, faz por gosto e não
pelo retorno financeiro.
Em relação a Caroline Moschei, esta trabalha como fotografa a quatro anos (2013),
e iniciou os trabalhos como criadora de conteúdo digital a apenas nove meses. Devido ao
grande número de clientes mulheres, com faixa etária de 14 a 45 anos, que estão sempre
ligadas no mundo digital, e buscavam acompanhar seus trabalhos, postagens nas redes
sociais de dicas de moda e viagens. Como ela relatou “sempre gostei desse modelo de
comunicação e trabalhar com isso juntamente da fotografia, foi apenas consequência de algo
que eu ja gostava muito de fazer”. Através da fotografia, começou a ter muitos seguidores,
e quando começou a fazer o trabalho como influenciadora, aumentou ainda mais a procura
das clientes, ela garante que “fazer duas coisas que eu amo caminharem juntas foi a
realização de mais um sonho“. Seus trabalhos como fotografa são muito populares na região,
trabalha com fotografia em eventos, festas de casamento, aniversários de 15 anos, ensaios
fotográficos para casais, jovens, e também bebês, buscando aprimoramento em cursos e
demonstrando muito bom gosto no que faz.
45
Figura 9 - Imagem perfil do Instagram de Caroline Moschei
Fonte: Instagram @carolinemoschei (2017).
Em suas redes sociais, Caroline divulga seus trabalhos como fotógrafa, suas
viagens, looks do cotidiano ou usados em festas, sempre dando dicas e compartilhando com
seu público.
Já em relação a influenciadora Marina Sauzen, iniciou a carreira em novembro de
2016, com foco direcionado especificamente para o Instagram e seu blog Moda
Comtemporânea, Marina começou em uma época em que o blog já não esta mais tão
consagrado entre os influenciadores, e procura buscar evoluir em suas publicações, com
maior qualidade em suas fotos, e fornecendo mais informações sobre tendências de moda,
cabelo e maquiagem. Atualmente Marina esta cursando Engenharia Civil na cidade de Pato
Branco, no Paraná, no período noturno. Ela prefere buscar de inicio parcerias locais, onde o
retorno de seu trabalho se torna mais visível e pode ser acompanhado com maior
proximidade, pois como começou a pouco tempo nessa área, precisa adquirir mais
conhecimento sobre o assunto.
46
Figura 10 - Imagem perfil do Instagram de Marina Sauzen
Fonte: Instagram @marinasauzen (2017).
Figura 11 - Imagem página inicial do blog " Moda Contemporânea” de Marina Sauzen
Fonte: Blog “ Moda Contemporânea, por Marina Sauzen (2017).
A partir do perfil das quatro influenciadoras analisadas, pode-se perceber que
mesmo sendo do segmento da moda, cada uma tem suas particularidades, encaixando seus
gostos pessoais, com sua personalidade destacada em cada detalhe presente em suas redes
sociais.
47
4.2. Caracterização das formas de interação e comunicação das influenciadoras digitais
com os seguidores
Para se ter uma melhor visualização sobre a abrangência das influenciadoras
digitais, o quadro a seguir, retrata quais são as mídias sociais utilizadas por cada uma,
número de seguidores e detalhes sobre as postagens.
Quadro 2 - Caracterização das redes sociais utilizadas pelas influenciadoras digitais
Mídias sociais Número de
seguidores
Quantas vezes por
semana publica
novos posts
Número de curtidas
média por post
Que tipo de post
você mais publica
Dayana Langaro:
Blog
(Não há como
contabilizar)
Só quando
determinada
empresa pede
- Moda
26,6 Mil
Todos os dias,
alguns dias mais de
uma vez
Atualmente 800 a
2.000 curtidas
Look (moda), fotos
pessoais,
maquiagem.
Não posta mais,
apenas
compartiha no
Raramente 600 Curtidas Vida pessoal, fotos
do Instagram.
Youtube
3,5 Mil inscritos
Uma vez por -
semana. Poucas vizualizações
Viagens, tutoriais,
dicas.
Snapchat
1.100
vizualiações por
dia
Todos os dias. 1.100 vizualizações Vida pessoal.
Thaise Juriatti
Blog
Não possui mais Não publica mais
Quando publicava
tinha uma media de
500 a 1.000
vizualizações, se
usava sua imagem
chegava a 100, mas
publicidade era 500.
Moda
Instagran
7.344 Seguidores Raramente
De 100 a 600, mas
algumas fotos com
2.000 (quando saiu na
Glamour)
Moda, fotos pessoais,
lojas parceiras, e
produtos.
4.419 curtidas na
página Interação variável
Post com 30 e tem post
com 400 curtidas. Moda
Caroline Moschei
Instagram 22,6 Seguidores Diariamente
Entre 100 e 600
curtidas por
publicação.
Moda, eventos,
cosmpeticos, seus
trabalhos como
fotografa.
Facebook 28.832 Curtidas
na página. Semanalmente
Entre 200 e 2.000
curtidas por
publicação.
Fotos de seu trabalho
como fotografa.
Youtube 6.685 Inscritos Mensalmente Entre 100 e 5.000
vizualizaçoes.
Dicas sobre moda,
beleza, decoração,
tags.
48
Marina Salzen
Blog
No blog não tem
um número exato
No máximo um
post por semana.
Dicas de moda,
beleza, Looks
Instagran 14 Mil
seguidores
Entre 5 à 7 vezes
por semana.
Em torno de 400 a
1.500 curtidas. Looks
Facebook Página do blog
800 curtidas
No máximo uma
vez por semana.
Entre 100 e 200
curtidas Looks
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
A única que faz uso da maioria das redes sociais é Dayana, pois Thaise não utiliza
Youtube, Snapchat nem Twitter, Caroline não possui blog, Twitter e Snapchat, e Mariana
não possui conta no Youtube, Twitter e nem snapchat.
É muito comum hoje em dia, pessoas famosas contarem com a ajuda de um
profissional para auxiliar na administração de suas redes sociais, para responder os
seguidores e as empresas que as procuram. Nesse caso, as redes sociais das influenciadoras
em questão, são administradas por elas mesmas. Dayana relata que sua rede social que possui
mais comentários seria o Instagram, tanto nas imagens como pelos stories que ela posta. Ela
relata que “do stories vai direto para direct, mais directs do que comentários nas fotos, tem
dias que são cem mensagens, e respondo todas. Mas não respondo todos os comentários,
porque são relativos, as vezes elogios, mas se forem perguntas respondo todas”. Em relação
as críticas, Dayana diz só responder o que for relevante para ela, e como a maioria dos
comentários são elogios, ela apenas curte, ou faz um agradecimento geral. E nos directs na
maioria das vezes são dúvidas sobre produtos, viagens e lugares.
Thaise esclarece que o Instagram também é sua rede social com mais interações
entre os seguidores e comentários, “eu respondo todos os directs e os comentários também,
se forem vários parecidos faço um agradecimento geral mas se tiver dúvida junto eu
respondo individual”. Thaise garante que os mais frequentes são os elogios, e quando são
postagens nos stories, normalmente são dúvidas sobre onde comprar, ou o que estava
usando.
Para Caroline, as suas redes sociais com mais comentários são a página no
Facebook, Instagram e seu canal no Youtube. Caroline relata que “costumo sempre
responder os recados e directs de todas as mídias sociais. Os comentários mais frequentes
são elogios de looks, poses e fotos. E também muitas perguntas sobre todos os
procedimentos e coisas que eu faço”.
49
Já para Mariana, a rede social mais utilizada é também o Instagram, ela descreve que
“Eu curto sempre os comentários e se eles são algum tipo de pergunta, pedido de informação
eu respondo sim. Os cometários que mais surgem são “linda” “que cabelo lindo” e “amei o
look”.
Compreende-se, que não existe uma forma ou padrão para a comunicação e o
relacionamento entre os seguidores e os influenciadores.
4.3. Rede de interações das influenciadoras digitais com os seguidores
Independente do fato das quatro influenciadoras analisadas seguirem a mesma
linha, ou segmento, em relação a moda, cada uma possui suas particularidades e podem
influenciar diferentes públicos, ou ter uma interação de forma diferenciada com seus
seguidores.
Em relação a que tipo de influência existe com os seguidores, Dayana diz ser um
relacionamento pessoal, onde além de influenciar na compra de produtos, nas técnicas de
maquiagem utilizadas em seus vídeos, nos procedimentos estéticos, e na forma como se
vestir, acredita influenciar também no estilo de vida, fatos do cotidiano, rotinas, entre outros
aspectos. É impossível definir exatamente um perfil de seguidores que acompanham seu
trabalho, pois por ser eclética, tanto em relação ao estilo como no conteúdo (viagens e
restaurantes) acaba interagindo com diversos perfis diferentes
Thaise descreve que “eu influencio na compra, normalmente eu vendo o que eu uso.
As pessoas querem usar ou fazer o que eu estou fazendo e usando por exemplo”. Tendo sua
opinião relevante, as pessoas acreditam e confiam no que ela costuma compartilhar, e se
inspiram em seu estilo de vida. Sobre seu público alvo, Thais esclaresse que “direcionava
para um público mais A, porque o perfil dos produtos que eu gosto e trabalho tem esse
publico, porém sempre tenho seguidores pedindo particularmente como fazer de forma mais
barata e eu consigo auxiliar sempre”.
A Caroline, “tenta trabalhar e criar conteúdo apenas em cima dos meus gostos
pessoais, acho que se as pessoas me acompanham, é para saber a verdade sobre o que eu
gosto e o que não gosto”. Seu foco esta em influenciar através dos produtos que ela acredita
serem bons e valerem a pena, também influência no estilo de se vestir, fazer atividades
50
físicas, cuidar da saúde, e inspirar seus seguidores a sonharem. Através de uma análise em
seu perfil do Instagram, Caroline constatou que pelo menos 69% de seu público são
mulheres, entre 18 e 24 anos, e 31% são homens, mais ou menos da mesma faixa etária das
mulheres, sendo em sua maioria do Sudoeste do Paraná.’
Mariana acredita que sua influência é mais como inspiração para as seguidores, “as
meninas sempre reproduzem meus looks, também gosto de passar informações de looks
“baratinhos” eles sempre tem uma boa procura nas lojas de parceiros”. Relata também sua
influência no uso de maquiagens e cabelos, onde as seguidores buscam inspiração, e acabam
procurando produtos que ela mostrou para adquirí-los. Para Mariana, o perfil de seus
seguidores é quase que exclusivamente feminino, e um público mais jovem, na faixa etária
entre 16 e 28 anos.
Embora na maioria dos casos a parceria com as empresas acontecer de forma
natural, algumas influenciadoras procuram as empresas que tem interesse em divulgar, por
já terem conhecimento da marca e gostarem do que ela pode lhes oferecer.
A interação de Dayana em relação a isso é que “tem empresas que eu nunca ouvi
falar que chegam até mim, ai eu me pesquiso sobre isso, vejo se a empresa é de confiança,
como eles estão me tratando, e penso no modo como eles vão tratar minha leitora depois”.
Esse contato, pode ocorrer de diversas maneiras, muitas empresas entram em contato por e-
mail ou pelo direct no Instagram. Já as empresas com as quais ela tem interesse em fazer
uma parceria, sua abordagem se dá da seguinte forma: “primeiro eu vou no estabelecimento,
conheço, me apresento, as vezes compro alguma coisa, mostro quem eu sou, digo para me
seguir, e posteriormente faço uma indicação para fazer uma parceria comigo”.
Dayana relata ter preferência por parcerias fixas com as empresas, com contrato,
estipulando em meses, esclarecendo o tipo de publicação que será feita, e em quais redes irá
publicar, mostrando do que gosta e com o que se identifica em determinadas marcas, criando
uma proximidade maior. Apesar disso, mantém parcerias esporádicas, onde recebe produtos,
que, alguns ela cobra para publicar, fazendo indicações, o que descreve ser um tipo de
parceria sem contrato.
Para Thaise, ela relata que “já trabalhei com marcas ou lojas grandes no mercado
de forma mais profissional, com valor fixo mensal e contrato também. Quando eu procuro
uma marca é normalmente porque me identifiquei muito”. A partir disso, Thaise explica que
cria um projeto especial para determinada marca, como se fosse um “midia kit”, e também
51
auxilia a marca parte do marketing geral, explicando como acompanhar os resultados, por
meio de estratégias de marketing desenvolvidas por ela, através de seus estudos sobre o
assunto.
Já para Caroline, pelo fato de precisar conciliar a atividade de influenciadora com
seu trabalho como fotografa, recebe propostas de diversas empresas, porém algumas não
consegue atender por falta de tempo. Garante que “apenas aceito trabalhar com pessoas e
empresas nas quais me identifico, pois o que a gente compartilha é nossa vida real. Tenho
pacotes mensais para publicação de fotos, stories, sorteios, recebidos, provadores ou vídeos
no canal”. Também faz o uso de parcerias com contrato, onde entra em um acordo com a
empresa, tendo liberdade para escolher os looks e postar só o que realmente gostar.
Em relação a Marina, ela relata que na maioria das vezes é a empresa que entra em
contato com ela, porém, quando ela busca parcerias, prefere sempre marcar uma reunião
para conhecer melhor a empresa e explicar sua proposta. Ela ainda esclarece que “tenho
parcerias tanto mensais, chamadas de fixas quanto por publicação. Não faço contrato nem
nada que fidelize a parceria, o que pode ser desfeita de ambas as partes em qualquer
momento”. Apesar de levar seu trabalho a sério, Marina não tem preocupação com contratos.
4.4. Rede de relacionamento das influenciadoras digitais com as empresas parceiras
Os blogueiros e Youtubers, bem como Influenciadoras digitais, são considerados
formadores de opinião, e “ aquilo que eles proferem em seus vídeos ou as dicas que dão em
seus blogs repercutem, positiva ou negativamente, entre os seus públicos” (Karhawi, 2017,
p.7).
Na atual situação da sociedade consumidora, influenciar as pessoas em relação a
produtos e serviços tornou-se uma profissão remunerada, onde cada um busca a melhor
forma para se relacionar com seu publico e com as marcas parceiras. Segundo Silva e
Tessarolo (2016, p. 13) “algumas empresas chegam ao ponto de acompanhar os perfis dos
influenciadoras digitais e enviam para eles aquilo que mencionaram que gostam ou que
estavam precisando comprar. É uma técnica eficaz para agradar o canal de comunicação e
ter sua empresa elogiada para milhões de seguidores a um custo baixíssimo: um produto“.
Ou seja, nessa relação de busca de parcerias, ocorre tanto por parte do influenciador como
da empresa.
52
Ainda para Silva e Tessarolo (2016, p.13), relatam que “algumas marcas e produtos
já começam a investir parte do seu orçamento de marketing e comunicação e se aproximam
desses influenciadores como forma de passar a sua mensagem sem sofrer uma rejeição do
público em relação à publicidade tradicional”. Muitas vezes, a empresa vista ou transmitida
através da visão do influenciador, agrada mais e convence de maneira diferente os
consumidores.
Para Bastos et al. (2017), descreve que a atuação de influenciadoras digitais como
formadores de opinião sobre as marcas, também facilitou a comunicação em relação a troca
de experiências sobre os produtos e serviços através das redes sociais. Bastos et al. (2017,
p.10), “as empresas varejistas passaram a vislumbrar o fato de que esses influenciadores
trazem benefícios aos seus negócios, visto que a relação existente entre consumidor e
influenciador é de confiança e credibilidade, e a aceitação do influenciador, acerca de um
produto ou serviço, indica que a empresa terá grandes chances de agradar o seu público
alvo“. A relação de confiabilidade diante do público agrega inúmeros benefícios em relação
a divulgação.
Ainda para Bastos et al. (2017, p.10) “com a ampliação do acesso à internet e da
quantidade de pessoas cadastradas nas mais diversas redes sociais, os números de seguidores
dessas pessoas tendem a crescer cada dia mais. Para isso, também é preciso preparação por
parte desses profissionais, para que estejam sempre atualizados e que ofereçam um conteúdo
alinhado aos padrões exigidos pelos consumidores“. Tanto as marcas quanto os
influenciadores precisam estar atentos as redes sociais mais utilizadas pelo público alvo,
adaptando-se a possíveis mudanças.
Em relação as empresas parceiras das influenciadoras analisadas. A Dayana possui
diversas parcerias, no quadro 3 estão representadas as parcerias com contrato oficial. Porém,
a influenciadora trabalha com outras parcerias como: a fotógrafa Chintia Vicini, o cirurgião
plástico Dr. Dalmo Luis da Silva, com lojas como Face Fashion, Closet Store, Arte e
Sedução, Dress. Maquiadores como Lisi Barbosa, Marieli Ramos, entre outras.
53
Quadro 3 - Ações de marketing digital realizadas por Dayana Langaro de empresas
parceiras em suas redes sociais
Empresa que
tem parceria
Produto que
realizou ações
Tipo de ação de marketing digital (foto,
video)
Qual rede social foi
realizada a ação
Chilli Beans Óculos de sol e
grau
Stories mostrando as novidades, selfies
usando os produtos, marcação da marca
em fotos de looks em que usei, check in
na loja.
Instagram,
Facebook e
Snacpchat.
Atelier Eliza
Vestidos Sociais
Posts no blog com várias opções de
vestido, fotos postadas nas redes, permuta
de vestidos usados em eventos pessoais,
check in na loja, vídeo se arrumando e
escolhendo as peças.
Blog, Youtube.
Instagram,
Snapchat e
Facebook.
Melody Jeans
Roupas
Recebidos no stories do Instagram, fotos
profissionais em look do dia e selfies
usando as peças.
Instagram e Blog.
Studio Moriá
Serviços de salão
de beleza – unha,
cabelo,
maquiagem.
Stories e snaps mostrando tudo, algo bem
pessoal, conversando com os
profissionais e explicando os
procedimentos. Fotos e vídeos dos
resultados finais. Vídeo no canal com
passo a passo de penteados, check in no
salão.
Instagram, Youtube,
Snapchat, Facebook
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
Atualmente, a cada dia surgem novos perfis de influenciadoras digitais na mídia,
com o intuito de atrair empresas para ampliar suas parcerias, pois a divulgação e os
benefícios que isso lhe proporciona, é o que lhe mantém no mercado. E cabe a elas
procurarem oferecer ou demonstrar algo que desperte o interesse da empresa em seu
trabalho.
Dayana descreve que a identificação por parte de seu público, pelas fotos que ela
posta em suas redes sociais, é o que desperta o interesse das marcas. Ela influência
esteticamente, porém, é preciso ter cuidado para não criar um efeito reverso, em relação a
estereótipos e padrões de beleza a serem impostos da sociedade, custos, entre outros fatores.
Por isso, Dayana busca destacar em suas postagens o fato de que todos tem sua beleza, e que
cada um deve se amar do jeito que é. Ela destaca que “algumas marcas me chamam
justamente por eu não ter medo de opinar e dar dicas, sou honesta em dizer quando acha algo
feio oi bonito, inclusive eu ajudo algumas marcas com o marketing digital das empresas”.
Além de atuar como Influenciadora digital, Dayana também oferece serviços para auxiliar
no marketing próprio da empresa, tratando-se de outros pacotes de publicidade, por já ter
uma experiência de cinco anos no mercado, mostrando a maneira correta de abordagem,
auxiliando em seu mercado de atuação.
54
Dayana também destaca que “não faço parcerias com quem eu não gosto, eu nunca
diria para comprarem algo que eu não gostei, nunca faria isso, mas já aconteceu da empresa
me mandar um kit de ótima qualidade, com dois ou três produtos que eram ruins, eu falei
sobre eles, e não deixei de indicar a empresa”. Ela ressalta que isso tudo é muito relativo,
por isso, tenta mostrar para seus seguidores sua vida real, para criar uma maior aproximação
e confiabilidade.
Em contrapartida, algumas empresas possuem características que podem ser
atrativas para um influenciador digital. Dayana, as empresas que mais chamam sua atenção
são as que possuem um perfil no Instagram, que trabalham com outras influenciadoras as
quais ela admira, lojas com roupas de seu estilo, com fotos legais, entre outros aspectos. Ela
destaca também que “as vezes eu recebo uma roupa que eu nunca usei, ai vou ter que fazer
a foto, adapto ao meu estilo pra fazer a foto”. Algumas empresas pedem seu endereço e
mandam produtos, assim ela posta no stories, e marca a empresa na publicação, onde cobra
um valor por publi-post, “se for parceria fixa eu cobro um valor mais em conta, tipo a pessoa
esta ali, varios meses comigo, e a pontual eu cobro outro valor”. Para ela, não é apenas o
financeiro que leva a divulgar uma empresa. Ela cita que “se fosse pelo financeiro, eu já teria
muito mais parcerias, bateria ali na loja e falaria eu posto lá você me paga tanto, que é o que
normalmente as pessoas desse ramo fazem para se sustentar. É como vender para uma loja”.
Dayana explica que “eu vejo que eu quero trabalhar com a marca primeiro e depois
eu vejo se ela esta interessada na parte financeira, tem parcerias que eu faço por permuta”.
Sobre permuta, seria o fato da marca não estar interessada em uma parceria fixa por contrato,
mas mesmo assim ela faz postagens com a marca, simplesmente por gostar, ou algumas que
apenas lhe enviam os produtos, mas ela não recebe nada para divulgar.
Cada influenciador pode ter suas estratégias especificas em relação a divulgação.
Para Dayana, quando ela mantia o Blog, procurava publicar conteúdos antes dos outros
influenciadores, fazendo resenhas com mais detalhes do que as outras influenciadoras, mas
atualmente, procura falar o máximo possível de sua experiência pessoal, com suas próprias
palavras, criticando quando necessário, buscando sempre ser sincera. Ela destaca que “ser
sincera e colocar o meu jeito nas publicações, foi a forma que meu público chegou até mim,
e minha identificação. Seguir a tendência também de acordo com a sua personalidade, e o
seu nicho. Eu sou bem sem estilo definido”.
55
Desde o início de sua carreira, são incontáveis as postagens feitas por Dayana, mas
algumas publicações tiveram maior alcance e retorno ao seu trabalho. No blog de Dayana,
uma das postagens que deu muito retorno no começo, foi sobre como usar camisa xadrez de
várias formas, ela relata que “postei fotos de outras meninas usando, nem eram minhas, com
várias camisas, amarradas, como top, teve muitas vizualiações.”
Figura 12 - Imagem do blog Vogue and Mode, sobre publicação dos tipos de usar camisa
xadrez
Fonte: Blog Vogue and Mode, (2017).
Sobre seus vídeos postados em seu canal no Youtube, Dayana conta que o primeiro
que teve muitas visualizações foi de como deixar o batom vermelho mate perfeito, depois o
vlog da sua viagem de formatura, aniversario de 18 anos, entre outros. Porém, a
Influenciadora decidiu parar com o Youtube por algum tempo, pois o fato de gravar e editar
vídeos da muito trabalho, sendo que ela ainda concilia com a faculdade de Direito que esta
cursando no momento.
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Figura 13 - Imagem do Youtube, sobre o vídeo de Dayana sobre como deixar o
batom vermelho matte
Fonte: YouTube, Dayana Langaro (2017).
Outra postagem que deu muito resultado e curtidas no Instagram de Dayana, foi o
antes e depois de um procedimento estético em seu nariz. Através do Snapchat, o fato de
mostrar os produtos para cuidados com a pele também gerava muitos acessos, e também
quando frequentou o evento SPFW em parceria com as empresas.
Figura 14 - Imagem do Instagram de Dayana, publicação sobre o procedimento no
nariz
Fonte: Instagram @dayanalangaro (2017).
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Inspirada nas publicações que tiveram maior sucesso, Dayana consegue perceber o
que realmente interessa ao seu público alvo, e busca seguir investindo em publicações
inspiradas no mesmo estilo e conteúdo.
As parcerias com empresas em marketing digital realizadas pela influenciadora
Thaise Juriatti podem ser observadas no quadro 4. Entretanto, faz parcerias esporádicas com
outras lojas como Queen21, Constance, GappyStore, algumas marcas de cosméticos Davines
Brasil, e maquiadoras como Thata, e também a Otica Especialista.
Quadro 4 - Ações de marketing digital realizadas por Thaise Juriatti de empresas parceiras
em suas redes sociais
Empresa que
tem parceria
Produto que realizou
ações
Tipo de ação de marketing
digital (foto, video)
Qual rede social foi
relaizada a ação.
Bio Extratus
Produtos para os cabelos
(Shampoos,
condicionadores,
mascaras,etc)
.Postagens sobre os
produtos. Instagram e Facebook.
Cyntia
Fontanella Vestidos Sociais Fotos com os vestidos.
Instagram e Facebook.
Vicki Brasil
Dermocosméticos
Enviam produtos e eu
publico divulgando. Instagram e Facebook.
Sax
Departament
Serviços de salão de
beleza – unha, cabelo,
maquiagem
Faz chek-in no salão e
publica sobre os
procedimentos.
Instagram e Facebook.
Aesthetic Procedimentos estéticos Comenta sobre os
procedimentos realizados. Instagram e Facebook.
Mazzali
Calçados Calçados
Enviam produtos e eu
divulgo em minhas
postagens.
Instagram e Facebook.
Leonardo
Lemos Fotografia
Fotográfo (em SP) com ele
sempre e divulgo as fotos. Instagram e Facebook.
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
Como Thaise já relatou, muitas empresas á procuram para divulgação de seus
produtos, pois de certa forma, tem um perfil que lhes atrai. Thaise garante “ Como eu disse,
normalmente eu vendo, e esse é o foco de uma marca ou loja, vender mais!”. Ela diz ter essa
credibilidade por ajudar a desenvolver projetos com o intuito de vender mais. Seu foco é
vender e manter suas parcerias, no entanto, não tem ganhos fixos com isso, seu objetivo no
momento não é ganhar dinheiro, mas sim continuar sendo influenciadora, fazer mais
contatos e manter a credibilidade.
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Thaise esclarece que procura parcerias com produtos que ela realmente gosta,
costuma usar, ou tem curiosidade em conhecer. Destaca que “É essencial ter qualidade e
vontade de se modernizar e crescer junto comigo. As vezes, as marcas só mandam um
presente e nem pagam um valor pela publicação mas eu faço porque eu realmente gosto de
ter essa relação de amiga com minhas seguidoras.” Ela diz que já lhe ofereceram dinheiro
para divulgar certas marcas e ela não aceitou, pois sua vida financeira não depende somente
dessa renda, dizendo que “Não faço algo que não acredito ou que as pessoas olhem e digam
que é só por dinheiro”.
Em relação as estratégias de divulgação utilizadas, Thaise comenta que busca postar
fotos e fazer stories no Instagram mostrando o produto e marcando a loja, ela comenta que
“Tento usar uma linguagem rápida e que não deixe dúvidas, continuo mostrando no dia a dia
para mostrar que é real, e impulsiono e direciono a publicação de acordo com idade,
localização e pessoas que tenham perfil de comprar o produto”. Thaise sempre pesquisou
muito sobre o assunto, e fez cursos da área do marketing, que lhe proporcionaram
conhecimento adequado para seguir nessa carreira.
Figura 15 - Imagem de publicação no Instagram de Thaise Juriatti
Fonte: Instagram @thaisejuriatti (2017).
A publicação com maior repercussão foi uma foto publicada no Instagram, de um
look em um evento em São Paulo, que saiu na revista Glamour como “ Look mais votado”,
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e ela foi convidada a mandar a foto do look para votação. Thaise relata que “Era uma roupa
da Zara, e muitas pessoas compraram por ter visto ela usando.” Por participar de eventos, e
também divulgar hotéis e restaurantes que frequenta, ela contou que foi convidada para ir
em um restaurante japonês em Curitiba, quando estava viajando por lá, e foi um sucesso, ela
contou que “Apenas tirei foto e criei stories, mas o restaurante me posicionou que muita
gente procurou e pediu os pratos que viram eu provando, além de aumento nos números de
seguidores no Instagram deles, inclusive as portas ficaram abertas sempre que eu precisar.”
Ela marcou presença também no SPFW, onde foi patrocinada com óculos determinada ótica,
que também obteve uma venda maior depois de sua divulgação.
Figura 16 - Imagem Instagram de Thaise Juriatti usando oculos da Otica Especialista
Fonte: Instagram @thaisejuriatti (2017).
A participação em eventos é essencial para aumentar a popularidade, pois é uma
forma de interação diferente com o público, tanto para os que não possuem redes sociais
como para os que ainda não conhecem a influenciadora, o que gera troca de contatos e
consequentemente maior número de seguidores.
Caroline Moschei, tem diversas ações de marketing digital com empresas, que
podem ser observadas no quadro 5.
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Quadro 5 - Ações de marketing digital realizadas por Caroline Moschei de empresas
parceiras em suas redes sociais
Empresa que tem
parceria
Produto que realizou
ações
Tipo de ação de marketing
digital (foto, video)
Qual rede social foi
relaizada a ação.
M.Moderne Roupas
Fotos, videos de recebidos,
stories no Instagram,
sorterios.
Instagram e Youtube.
Arte e Sedução Moda fitness e praia Fotos e sorteios. Instagram
Dress Roupas Fotos, stories, sorteio,
provador, videos. Instagram e Youtube
Contém 1g Maquiagem
Fotos, videos de recebidos,
stories no Instagram,
sorterios.
Instagram e Youtube.
Centro de Beleza
Movimento Natural
Paulo Henrique
Hair Style
Serviços de salão –
cabelo, maquiagem,
unhas.
Fotos, stories, sorteios, e
vídeos. Instagram e Youtube.
Lass Divas Artigos de decoração e
perfumaria. Stories, fotos e videos. Instagram e Youtube.
La Basic Roupas e acessórios Fotos e stories. Instagram
Zariff Calçados Fotos e stories Instagram
SlimFood Fit Comidas Fitness Fotos e vídeos. Instagram e Youtube.
Levite Pilates Pilates Fotos e videos Instagram e Youtube
Personal Costa
Gama Academia Stories Instagram
Corporalle Estética corporal e
facial
Tratamentos contínuos e
semanais, postagens de
stories e fotos.
Ateliê Maria Clara Vestidos sociais
Me fornecem vestidos para
todos os eventos, e posto
fotos com eles.
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
Caroline destaca que “atualmente o consumidor prefere, segundo pesquisas, confiar
na credibilidade e na palavra de uma pessoa “comum” que utiliza suas redes sociais para
divulgar sua opinião do que em marcas”. Para ela, isso gera um vinculo próximo entre o
consumidor, marca e influenciador, deixando a marca mais próximo do Target.
São inúmeras empresas investindo em influenciadoras digitais atualmente, e quanto
mais marcas trabalharem, maior seria sua popularidade nesse meio, porém, Caroline ressalta
que procura buscar parcerias compatíveis com seu estilo e gostos pessoais, ou com o que ela
gosta de usar, fazer e comer, esclarecendo que as empresas vão vender para as pessoas que
61
são influenciadas por ela, por segmento e gosto parecidos. Caroline explica que “Eu faço
esse trabalho porque realmente gosto, hoje, ainda, o financeiro não está na lista dos meus
porquês, até porque eu levo como uma profissão extra, para ser aliada a minha parte de
fotografia”. Ainda destaca que “acredito que fazer o que se ama é a chave do sucesso, e o
restante é consequência do quanto você se dedica e estuda pra que dê certo”.
Figura 17 - Imagem de publicação no Instagram de Caroline Moschei
Fonte:Instagram @carolinemoschei (2017).
Sobre as estratégias utilizadas em suas divulgações, Caroline relata que procura
criar looks que sejam de seu estilo, mas que também agradem seus seguidores. Ela explica
que “dar informações sobre maquiagem, dicas de viagem e novidades que vou conhecendo,
compartilhar experiencias, é a melhor estratégia de divulgação, mas sempre estudar o
público alvo e saber para quem estou falando faz toda diferença”.
Dentre suas ações que tiveram maior repercussão, Caroline destaca que algumas
fotos que ela fez, de outras Influenciadoras digitais em eventos, por exemplo, a Pamella
Ferrari, com mais de 600 mil seguidores. Ela destaque que “a interação com outras pessoas
do meio aumentam a visibilidade do meu trabalho, pois potencializa ambos os seguidores de
cada uma. Cria um laço bacana entre os estilos de vida”.
62
Figura 18 - Imagem do Instagram de Caroline Moschei com Pamela Ferraric
Fonte: Instagram @carolinemoschei (2017).
A relação de parcerias entre influenciadores do mesmo segmento também é muito
comum, vista como uma forma de agregar mais seguidores para ambos e compartilhar
conhecimento.
Marina Sauzen, realiza as ações de marketing digital com empresas parceiras
conforme destacado no quadro 6.
Quadro 6 - Ações de marketing digital realizadas por Marina Sauzen de empresas parceiras
em suas redes sociais
Empresa que tem
parceria
Produto que realizou
ações
Tipo de ação de
marketing digital (foto,
video)
Qual rede social foi relaizada a
ação.
Carpe Diem Tratamentos Estéticos Fotos Instagram
Karminna Ótica Fotos Instagram e Blog
André Bohn Cabeleleiro Fotos e vídeos Instagram, Blog,e Facebook.
Katia Moscon Maquiagem Fotos. Instagram, Blog,e Facebook.
Farmacia Bella
Vitta Produtos Fotos e vídeos. Instagram, Blog,e Facebook.
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
63
Ela também faz algumas parcerias com o estudio de fotografia Casamax, a
maquiadora Danielle Campestrini.
Marina relata que o que chama a atenção de uma empresa para utilizar sua imagem
para divulgação dos produtos, seria o fato de que ela procura passar confiança sobre os
produtos e serviços prestados, que utiliza e divulga, alegando postar somente o que realmente
gosta e usa. Ela destaca que “sendo assim as empresas que eu faço publicações tem serviços
e produtos de qualidade e precisam que outras pessoas saibam disso”.
Figura 19 - Imagem de publicação no Instagram de Marina Sauzen
Fonte: Instagram @marinasauzen (2017).
Da mesma forma, algumas empresas acabando despertando o interesse por conta
própria dos influenciadores. Marina explica que “tendo produtos e serviços de qualidade,
produtos diferenciados, a empresa já me atrai. Não tenho só parcerias com lucro financeiro
(dinheiro) aceito também serviços e produtos (maquiagens, roupas, calçados, acessórios) em
troca de divulgações”.
Em relação as estratégias para divulgação, Marina conta que procura mostrar
sempre da forma mais natural possível, utilizando o produto ou o serviço e a forma como
sente-se satisfeita com o mesmo. Ela diz ainda que “gosto de mostrar as coisas de um jeito
particular com o meu estilo encaixando no meu dia a dia, e tendo sempre coisas novas para
mostrar”.
64
Marian destaca que uma de suas postagens com maior repercussão, foram duas
publicações, ambas no Instagram “As melhores postagens look postado em 23 de julho de
2017 (Instagram) foto para ótica sendo armação de oculos de grau e acessórios 2 de
setembro de 2017 (Instagram)”.
3
Figura 20 - Imagem do Instagram de Marina Sauzen
Fonte: Instagram @marinasauzen (2017).
Figura 21 - Imagem do Instagram de Marina Sauzen
Fonte: Instagram @marinasauzen (2017).
65
Dayana Langaro, Thaise Juriatti, Caroline Moschei e Marina Sauzen possuem os
mais variados seguidores com diferentes perfis nas redes sociais, e vem moldando o mercado
de moda e beleza conquistando cada vez mais a credibilidade de seus seguidores, executando
ações de marketing digital de empresas parceiras, que podem direcionar opiniões e
influenciar decisões através das possibilidades de se ter um relacionamento diária, amigável
e de confiança com seus seguidores. Baseado nesta interação, muitas das publicidades
executadas, expressam as influenciadoras utilizando os produtos que estão divulgados,
demonstrando como seus seguidores poderiam ficar se usassem o mesmo produto. Isso
aproxima o potencial consumidor do produto.
Entretanto, deve-se considerar que não existe uma ação de marketing digital mais
correta ou uma rede social, o meio utilizado para se comunicar, varia de acordo com o perfil,
proposta de cada uma das influenciadoras digitais e sua abrangência (que neste caso se dá
no estado do Paraná).
Um fato importante a se considerar é que estas influenciadoras digitais, através de
suas redes sociais, tornaram-se importantes ferramentas de marketing digital para as
empresas. Já que as organizações empresariais podem transmitir informações para os
influenciadoras digitais através de: envios de mensagens em suas redes sociais (Facebook,
Instagram, Twitter, Youtube, Snapchat), e-mail e conteúdos personalizados, brindes,
convites para participações em eventos (desfiles, demonstrações de produtos, exposições,
jantares), além de ferramentas que possibiltam descobrir influenciadores na rede, como o
Klout Score (que cruza dados dos seus perfis nas midias sociais (agrega informações do
Twitter, Facebook, Google+, Linkedin, Foursquare, Youtube, Instagram, Tumblr, Blogger,
WordPress, Lastfm e Flickr) e estabelece um valor, de 0 a 100, que determina o quão
influente o influenciador digital é no meio digital), e o Buzzsumo (que identifica links que
são compartilhados em redes sociais, bem como influenciadores para temas específicos.
66
5 – Considerações finais
67
5.1. Conclusões
A partir dos avanços da tecnologia, tanto em relação a internet como em aparelhos
eletrônicos, a comunicação foi se tornando mais estreita e facilitada, e, atualmente, acessível
para todos os públicos. Da mesma forma, esses avanços tecnológicos culminaram para a
evolução do marketing tradicional para o marketing digital, o que percebemos por meio do
uso crescente das mídias sociais.
Em decorrência disso, a cada dia surgem novas redes sociais criadas com o
fundamento de serem meios de interação entre as pessoas, e as empresas se inseriram nesse
aglomerado de pessoas estando imersas em seu cotidiano, procurando atingir maior público
de formas diferentes. Antigamente a televisão e o rádio eram os únicos meio para
propagandas, mas os jovens já não passam mais tanto tempo na televisão, ficam mais
conectados a internet.
Os influenciadores digitais surgiram como pessoas populares falando abertamente
nas redes sociais sobre seus gostos e divulgando produtos, e as empresas passaram a observar
em como isso atinge um público maior e pode gerar mais vendas. Neste sentido, a presente
pesquisa buscou analisar as interações de quatro influenciadoras digitais com empresas
parceiras e os (as) seguidores (as), nas ações de marketing digital, do mercado de moda do
Estado do Paraná (Brasil). Para tanto, utilizou-se a entrevista e envio de um formulário de
pesquisa a quatro influenciadoras digitais, que foram caracterizadas suas interações com os
seguidores e empresas, a partir de suas respostas e da observação do conteúdo de suas redes
sociais.
Através da análise percebeu-se que o marketing digital transmitido pelas
influenciadoras digitais, se concretizam através de suas publicações (posts) patrocinadas por
empresas do setor de moda e beleza, e envolvem características peculiares e a criatividade
individual, que faz com que ocorra uma maior proximidade de com os seus seguidores (que
podem se tornar potenciais consumidores). A transmissão das informações dos produtos
divulgados se dá através de suas redes sociais (Facebook, Instagram, Twitter e Youtube), em
que as influenciadoras usam o produto divulgado, o que possibilita aos seus seguidores
participar da experiência que teriam ao consumir tal produto, além de interagir com
comentários dando opiniões, que podem ser utilizados para as futuras estratégias de
marketing ou mercadológica da empresa parceira.
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Constatou-se que mesmo as influenciadoras digitais, atuarem no mesmo segmento,
no caso de moda e beleza, as quatro influenciadoras possuem individualidade que é
reproduzida por suas características e formas de agir próprias. Cada uma iniciou sua atuação
em momentos diferentes, Dayana (2012) e Thaise (2015), iniciaram com o Blog, que deixou
de ser a rede social mais utilizada, sendo substituído pelo Instagram. Este último permite,
marcar perfis das empresas, acompanhar e interagir com os seguidores de maneira mais
próxima, sendo mais fácil acompanhar o número de seguidores, mensagens, comentários e
curtidas nas fotos. Marina, iniciou em novembro de 2016 e optou por manter o Blog, mas
suas interações e divulgações são realizadas no Instagram. Caroline (iniciou em 2017) optou
por não criar um Blog, utiliza apenas o Instagram e o canal no YouTube como foco principal.
Apesar de utilizarem, várias redes sociais, tais como: Blogs, Youtube, Twitter e
Instagram. As quatro influenciadoras relataram que a rede com maior interação e número de
comentários é o Instagram, portanto, é a mais utilizada nas ações de marketing digital das
empresas parceiras.
Em se tratando, do número de seguidores, observou-se que a Dayana com maior
número de seguidores, 26,6 mil no Instagram, Caroline com 22,6 mil, Marina 14 mil e Thaise
com 7.344. Mesmo Dayana tendo um número maior de seguidores, Thaise tem mais
parcerias com marcas famosas e conhecidas nacionalmente e Caroline tem mais parcerias
em relação a localidade.
As formas de interação das influenciadoras com seus seguidores, por terem
destaque regional (estado do Paraná) e não estarem inseridas tão atividamente no cenário
nacional em nível de popularidade e abrangência, há uma maior proximidade e amizade com
os seguidores. Já que buscam frequentemente estarem em sintonia com as atualidades e
estarem atentas às necessidades e respondem a todos os seus seguidores, tanto nos
comentários nas fotos como as mensagens. Os seguidores as vêem como inspiração para
fotos, looks, e acompanham suas dicas sobre lojas e serviços na região, podendo estimular o
consumo dos mesmos por indicação.
Também foi possível analisar a interação das quatro influenciadoras digitais com
as empresas parceiras do setor de moda, e constatou-se que estas organizações levam em
consideração as sugestões e opiniões das influenciadoras, e buscam investir nas divulgação
de suas marcas/produtos nas redes sociais destas, visando se tornarem conhecidas e
populares entre os seguidores, podendo gerar potencializar futuros consumidores.
69
Os contatos e parcerias gestados na interação entre influenciadora e empresa, parte
dos dois lados. Pode ocorrer da influenciadora buscar as empresas com marcas valorizadas
e reconhecidas no mercado, ou as empresas regionais ou pouco conhecidas, buscam essas
influenciadoras para se propagar no mercado, tendo mais visibilidade e podendo se tornar
mais conhecida diante do público de seguidores. A forma de remuneração das ações
acertadas entre empresas e influenciadoras, depende, do forma de negociação, que pode ser
uma permuta (doação do produto pela ação de marketing digital) e/ou remuneração
financeira fixa ou esporádica.
Pode-se entender também que, o tempo na área não é garantia de sucesso, mas sim
o engajamento e a procura a se inserir mais no mercado, pesquisar o que está em alta e o que
os seguidores procuram.
Sobre as dificuldades encontradas neste trabalho, e que poderão vir a ser obstáculos
para outras pesquisas, pode-se destacar o acesso as influenciadoras digitais para a realização
da pesquisa. Mesmo, existindo inúmeras pessoas que trabalham nesta área, alguns muitos
populares (já estabelecidas neste mercado) e outros menos (em busca de ascensão), há
restrições quantitativas sobre quais estariam dispostos a participar de uma pesquisa
acadêmica. Da mesma forma, para analisar os seguidores, é necessário ter acesso aos
mesmos, que algumas redes sociais não permitem contato direto, a não ser individual
(Instagram) ou por intermédio da influenciadora digital, que irá despertar o interesse na
pesquisa.
Como sugestões futuras de pesquisa, poder-se-ia identificar a efetividade das ações
de marketing digital realizados pelas influenciadoras digitais sob a ótica financeira,
buscando mensurar os retornos obtidos tanto pelas influenciadoras digitais como pelas
empresas. Também, seria interessante entender como os padrões de comportamento de
consumo dos seguidores podem ser moldados pelas influenciadoras digitais, estabelecendo
parâmetro de comparação entre ações que foram mais ou menos efetivas.
70
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78
Apêndice
Proposta de questionário para as influenciadoras digitais
79
APÊNDICE – Entrevista com as influenciadoras digitais
A presente entrevista tem por objetivo auxiliar na pesquisa “Interações de Influenciadoras
Digitais, seguidores e empresas parceiras do setor de moda no Estado do Paraná (Brasil)”,
que faz parte do Trabalho de Dissertação de Mestrado apresentado ao Instituto de
Contabilidade e Administração do Porto (Portugal) e de Conclusão de Curso de Bacharel em
Administração da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Pato Branco –
UTFPR – PB (Brasil). O Mesmo tem a orientação da Profa. Dra. Elizângela Mara
Carvalheiro (UTFPR/Campus Pato Branco/Brasil) e Paulo Jorge Pinheiro Gonçalves
(ISCAP/Porto/Portugal).
1. Ano que iniciou o Blog / as outras mídias. Por que criou? Como evoluiu?
2.
Mídias sociais Número de
seguidores
Quantas vezes
por semana
publica novos
posts
Número de
curtidas média
por post
Que tipo de
post você mais
publica
Blog
Instagran
Youtube
Snapchat
3. Quais mídias sociais tem mais comentários? Você costuma responder comentários deixados
na mídias sociais? Com que frequência? Quais são os comentários mais frequentes?
4. Que tipo de influência você tem sobre seus leitores? Explique
5. Como você entra em contato com empresas para realizar parcerias? Que tipo de parcerias
são essas (esporádica, fixo – mensal)? Há formalização (contrato)? Como isso acontece?
80
6. Complete o quadro abaixo
Empresa que tem
parceria
Produto que
realizou ações
Número de
vezes que
realizou ações
com esse
produto
Tipo de ação
(foto, vídeo...)
Qual mídia
foi
realizada a
ação
7. Que tipo de influência você tem sobre as empresas parceiras? Por que uma empresa faria
marketing digital nas suas mídias sociais? Como você chama de uma empresa ? Por que uma
empresa buscaria suas mídias sociais para divulgação da marca e/ou produto?
8. Que tipo de influência as empresas parceiras tem sobre você? Como uma empresa pode
despertar seu interesse nas ações de marketing digital? O que uma empresa pode lhe oferecer
para divulgação da marca e ou produto? Que motivos você teria para buscar uma empresa
parceira além do financeiro?
9. Qual a sua estratégia para divulgação de um produto de uma empresa parceira? Ex: publicar
antes dos outros blogs informações inéditas, rotina nas publicações, entre outras.
10. Cite uma ação que foi destaque entre as suas postagens (destacando ano, mês, dia).