integração européia
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Integração Européia
“Sem Teoria os Fatos se Calam” [Carl Von Clausewitz]
1) Teorias da Integração [Correntes Federalista, Funcionalista e Neo-
funcionalista] O que é? Processo de formação de uma Comunidade Política por união de duas ou mais unidades. Marco intermediário entre as Teorias dos Atores e as do Comportamento Internacional. Níveis de Análise: Nacional, Regional e Internacional Motivador: Superação das diferenças, tensões e conflitos, sem uso de força. Característica: Cooperativa [acordo de vontades] e não-coercitiva. Processo ou resultado?
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1.1) Corrente Federalista
Marco Institucional e Legal [cada unidade com certa autonomia].
Mudança Gradual e progressiva do Sistema; Variáveis endógenas e independentes.
1.2) Corrente Funcionalista Premissa fundacional – o Estado não é capaz de lidar internamente com as demandas que se tornam transnacionais. Função da Teoria: Predizer e prescrever processos de integração Motivador: i) pressões tecnológicas; ii) intensificação dos desejos pelos altos padrões de vida.
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Características: Integração Técnica [Funcional] mais que Política [Desenvolvimento de um sistema orgânico efetivo, superando as divergências políticas] Spill-over ou Ramificação Deslocamento das Lealdades e; Necessidades Coletivas
1.3) Neofuncionalismo Tradição Federalista + Aspectos Funcionais – assentados sobre bases científicas [behaviorismo]. Função das Teoria: Menos prescritivo e pragmático e mais teórico Motivador: O aspecto conflitivo do Sistema Internacional. As Instituições Centrais que aspiram o controle sobre o sistema regional coordenam o processo integrador.
Características: Processo menos natural, mais político Valores Comunitários versus Interesses Concretos – Cálculo das Vantagens Comparativas Integração Política versus Interdependência Política [Processo pode parar]
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2) Fases do Processos de
Integração 2.1 Livre ComércioEliminação ou redução de tarifas aduaneiras e restrições ao intercâmbio. Ex: Nafta 2.2 União Aduaneira Livre Comércio já em funcionamento além do estabelecimento de uma tarifa externa comum [TEC]. Ex: Sistema Andino de Integração
2.3 Mercado Comum Implica a União Aduaneira mais livre circulação de bens, serviços, pessoas e capitais, além de regras comuns de concorrência. Ex: CE antes de 1993 2.4 União Econômica e Política Mercado Comum acrescentado de sistema monetário comum, política externa e de defesa comuns. Ex: UE a partir de 1993, após Tratado de Maastricht. 2.5 Confederação União Econômica e Política acrescida de união dos direitos civis, comerciais, administrativos, fiscais, tributários e etc.”
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3) União Européia
3.1) Breve Histórico
Tratado de Dunquerque [1947] – Aliança e Assistência Recíproca entre França e GB Tratado de Paris [1951] – Formação da CECA [Comunidade Européia do Carvão e do Aço] Tratados de Roma [1957] – Para criação da CEE [Comunidade Econômica Européia] e da CEEA/Euratom [Comunidade Européia da Energia Atômica] Tratado de Fusão das Instituições Européias [1967]
Ato Único Europeu [1986] – Para realização do Mercado Comum [Instaurado em 1993]. Tratado de Maastricht [1992] – Que forma a União Européia [EU]
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Tratado de Amsterdã [1997] – Para revisão do Tratado de Maastricht [Instauraçãoda Moeda Única e entrada de novos membros] Tratado de Niza [2001] – revisão dos Tratados da EU
2002 Entrada em vigor do Euro
3.2) Principais Instituições
3.2.1 Parlamento Europeu [Representação Popular]
Órgão de expressão democrática e controle político, que participa igualmente no processo legislativo [sem exercê-lo p.p. dito; reduzido seu poder de controle político sobre o Conselho]. Eleito por sufrágio universal. Pronuncia-se sobre as propostas da Comissão. Aprova ou rejeita Orçamento.
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3.2.2 Conselho Europeu [Órgão Supremo] e Conselho de Ministros [Representação dos Governos dos Estados-Membros]
Conselho Europeu – Centro Impulsionador das principais iniciativas políticasintrabloco e internacional. Instância de Arbitragem das questões litigiosas que não obtiveram consenso no Conselho de Ministros.
Conselho de Ministros – Órgão Intergovernamental Deliberativo que assegura a coordenação das políticas econômicas gerais dos Estados-membros. Poder quase-legislativo e Orçamental. Conclui os Acordos Internacionais negociados pela Comissão. 3.2.3 Comissão Européia [Órgão Executivo] Elabora Propostas de Regulamentação Comunitária, Prepara o Orçamento da UE e Elabora Relatórios sobre as situações econômica, social e jurídica [Relatório Geral Anual]
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3.2.4 Tribunal de Justiça [Órgão Judiciário] Órgão jurisdicional que zela pela aplicação uniforme do Direito Comunitário. Tribunal de Primeira Instância – Questões Empresariais 3.2.5 Banco Europeu de Investimento Organismo híbrido para obtenção de recursos em favor de investimentos prioritários. Financiamento [Desenvolvimento de Regiões Desfavorecidas; Reforço da Competitividade Internacional da Indústria Européia e Melhoria da Infra-estrutura]. 3.2.6 Comitê Econômico e Social
Consultivo sobre a sensibilidade sócio-profissional européia.
3.2.7 Instituto Monetário Europeu Responsável pela implementação da União Econômica e Monetária [Preencher as condições necessárias à concretização da última fase da União Monetária – convergência dos principais indicadores macro-econômicos; Efetuar preparativos para a instauração do Sistema Europeu de Bancos Centrais; Prosecução de um Política Monetária Comum e criação de uma moeda única] 3.2.8 Comitê das Regiões 3.2.9 Tribunal de Contas [Órgão de Regulação Fiscal]
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ÁVILA, Rafael Oliveira de. Glossário de Relações Internacionais2000 Puc-Minas, Belo Horizonte CAMPOS, João Mota de. Manual de Direito Comunitário. 2000 Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa FORTE, Umberto. União Européia1994 São Paulo SODER, José. A União Européia. [sd]. SEITENFUS, Ricardo e VENTURA, Deisy. Introdução ao Direito Internacional Público2001 Livraria do Advogado Editora, Porto Alegre SEITENFUS, Ricardo. Manual das Organizações Internacionais. 2000 Livraria do Advogado Editora, Porto Alegre