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Lisboa, 4 de Junho 2018 Laura Fernandes Andreia Duarte INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CRÓNICA

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Lisboa, 4 de Junho 2018

Laura Fernandes Andreia Duarte

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CRÓNICA

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Conflito de interesses

As autoras não têm nada a declarar.

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Insuficiência Cardíaca (IC) Definição

Classificação Funcional (NYHA e ACCF/AHA)

Sintomatologia e fatores de risco

Fisiopatologia

Epidemiologia

Terapêutica Farmacológica da IC com FEVE reduzida Diuréticos

Inibidores da enzima de conversão da Angiotensina (IECAs)

Antagonistas dos recetores da Angiotensina (ARAs)

Bloqueadores beta

Antagonistas dos recetores da Aldosterona

Digoxina

Novas Terapêuticas da IC com FEVE reduzida Ivabradina

Inibidor da Neprilisina e dos recetores da Angiotensina: Sacubitril/Valsartan

Conclusões Bibliografia

Índice

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Definição de IC

Síndrome clínico frequente, resultante de qualquer disfunção cardíaca estrutural e/ou funcional que prejudica a capacidade do ventrículo preencher ou ejetar sangue, resultando num débito cardíaco diminuído e/ou pressões intracardíacas elevadas em repouso ou durante o stress.

Aguda versus Crónica

Esquerda versus Direita

Sistólica versus Diastólica

Incapacidade de contrair (sístole) eficazmente

Incapacidade de preencher (diástole) eficazmente

Imagem: https://www.emsworld.com/article/12053437/diagnosis-and-treatment-of-the-patient-with-heart-failure

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Definição da IC

IC com FEVE reduzida

IC com FEVE preservada

IC Diastólica

IC Sistólica

A IC com FEVE preservada parece estar associada a um melhor prognóstico do que a IC com FEVE reduzida, com uma mortalidade anual de 8-9% versus 19%

Imagem: http://www.heart.org/HEARTORG/Conditions/HeartFailure/DiagnosingHeartFailure/Ejection-Fraction-Heart-Failure-Measurement_UCM_306339_Article.jsp#.Wz-h22eWw5s

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Classificação funcional da IC

NYHA: capacidade de exercício e

estado sintomático da doença

ACCF/AHA: desenvolvimento e

progressão da doença

Imagens: http://www.heart.org/HEARTORG/Conditions/HeartFailure/AboutHeartFailure/Classes-of-Heart-Failure_UCM_306328_Article.jsp#.Wz-iUWeWw5s

https://www.aafp.org/afp/2017/0101/p13.pdf

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Sintomatologia e fatores de risco da IC

Imagens: http://www.heart.org/HEARTORG/Conditions/HeartFailure/WarningSignsforHeartFailure/Warning-Signs-for-Heart-Failure_UCM_002045_Article.jsp#.Wz-mFWeWw5t

https://www.cardiosmart.org/~/media/Images/Infographics/2016/Heart%20Failure%20resize.ashx

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Fisiopatologia da IC IC (EAM, Dça valvular, HTA...)

↓ débito cardíaco

Ativação de mecanismos

compensatórios – Resposta

Neurohormonal Ativação SNSimpático (↑ NA e

Adrenalina)

Ativação SRAA (↑ Renina - ↑

Angiotensina II - ↑ Aldosterona)

↑ contratilidade miocárdio; ↑ FC;

Vasoconstrição; Retenção água e

sódio

Efeitos benéficos iniciais

(manutenção da TA e perfusão de

órgãos) mas prejudiciais a longo

prazo (remodeling cardíaco e

progressão da IC)

Conjunto de alterações moleculares, celulares e intersticiais que se manifestam

clinicamente como alterações no tamanho, forma e função do coração decorrentes da

lesão cardíaca. Remodeling cardíaco

Imagem: https://www.wikidoc.org/index.php/Congestive_heart_failure_pathophysiology

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Epidemiologia da IC

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Epidemiologia da IC

1-2%

VIH/SIDA CANCRO IC

34M 32M

26M

Prevalência da IC aumentará em 25% até 2030

1-4% das hospitalizações nos países

desenvolvidos

1ª causa de internamentos na Europa

e EUA dos indivíduos >65 anos

25% dos doentes são reinternados

durante o 1º mês pós-alta

Mortalidade intra-hospitalar 7-9% (>à

do EAM)

> 50% dos doentes terão falecido 5

anos após o diagnóstico de IC = taxa

de sobrevivência < à de alguns tipos

de cancro

1-3% do orçamento total da saúde nos EUA e na Europa

Diagnóstico associado a maior sobrecarga económica entre todas as doenças

Gastos > ao dobro dos relativos à totalidade das neoplasias

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Epidemiologia da IC

Elevada prevalência dos fatores de risco para a IC - fumadores, síndrome metabólica, obesidade ou alteração do metabolismo glucídico, HTA e EAM.

4,36%

380 000 doentes com IC

Mais alta taxa de mortalidade intra-hospitalar entre todas as doenças cérebro-cardiovasculares, ascendendo aos 12,5%.

Doente hospitalizado por IC é um dos grandes consumidores de recursos na área da saúde no nosso país.

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Terapêutica da IC

IC com FEVE preservada

Nenhuma terapêutica demonstrou até ao momento de forma convincente uma redução na morbilidade e mortalidade dos doentes com IC com FEVE preservada ou com FEVE > a 40% mas < a 50%.

O tratamento é largamente focado no controlo de sintomas e condições associadas, dada a limitada evidência que suporte um regime farmacológico específico.

Comorbilidades mais comuns: HTA

Doença pulmonar Doença coronária

FA Obesidade

Diabetes Doença renal

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Terapêutica da IC

IC com FEVE reduzida Redução da morbilidade

- Sintomas

- Qualidade de vida relacionada com saúde

- Hospitalizações

Redução da mortalidade

Diuréticos, Bloqueadores beta, IECAs, ARAs,

Inibidor da Neprilisina e dos recetores da

Angiotensina, Digoxina, Antagonistas dos

recetores da Aldosterona, Ivabradina

Bloqueadores beta, IECAs, Inibidor da Neprilisina e

dos recetores da Angiotensina e Antagonistas dos

recetores da Aldosterona

Controlo de HTA, doença coronária isquémica, doença valvular cardíaca, diabetes...; Medidas não farmacológicas (cessação tabágica, ↓ consumo de álcool e sal, perda peso); Se indicado, implantação de dispositivos cardíacos; Reabilitação cardíaca para doentes seleccionados; Medidas preventivas (vacinação antipneumocócica e contra influenza).

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Terapêutica Farmacológica da IC com FEVE reduzida

Diuréticos IECAs

ARAs

Bloqueadores beta

Antagonistas dos recetores da Aldosterona

Digoxina

Ivabradina

Inibidor da Neprilisina e dos recetores da Angiotensina

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Diuréticos

O objetivo da terapêutica diurética é atingir e manter a euvolémia com a dose mais baixa possível.

São os únicos agentes capazes de controlar adequadamente a retenção de fluidos associada à IC.

A melhoria dos sintomas pode ocorrer em horas ou dias (restante terapêutica da IC pode requerer

semanas ou mesmo meses).

Diuréticos de ansa são os diuréticos de preferência já que, em comparação, os diuréticos tiazídicos

são menos eficazes no aumento da diurese e excreção de Na e têm, por isso, um efeito menos

significativo na retenção de fluido e edema. A combinação da duas classes pode ser usada para tratar

casos de edema resistente.

A terapêutica é iniciada em baixas doses e titulada conforme a necessidade e tolerância. O

tratamento adequado não é determinado pelo atingimento de uma dose alvo, mas sim consoante

sinais e sintomas de congestão.

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IECAs

Imagens: https://www.wikidoc.org/index.php/Congestive_heart_failure_pathophysiology

https://www.researchgate.net/figure/Mechanism-of-action-of-angiotensin-converting-enzyme-ACE-inhibitors-and-angiotensin_fig2_266731418

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IECAs

IECAs

Devem ser iniciados durante ou após a otimização da terapêutica diurética, e antes do inicio da terapêutica com bloqueadores beta.

Iniciados em doses baixas (para prevenir complicações como hipotensão e azotémia) e depois titulados até doses alvo com base em dados de ensaios clínicos. No entanto, existe evidência de que na prática clínica a maioria dos doentes

recebe doses subótimas de IECAs.

Benéficos em diversos subgrupos de doentes (diferentes classes funcionais de IC, doentes idosos, diabetes, após EAM). Existem dados mais limitados relativamente à sua eficácia nas mulheres e doentes negros com IC com FEVE reduzida. No entanto, tendo em conta os dados disponíveis, os IECAs são recomendados independentemente da raça e género.

Contraindicações: angioedema hereditário ou idiopático, ou episódio prévio de angioedema relacionado com IECA.

Redução mortalidade

Alívio sintomas

Melhoria estado clínico

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ARAs

Imagens: https://www.wikidoc.org/index.php/Congestive_heart_failure_pathophysiology

https://www.slideshare.net/medicinaudm/162-pharmacologic-treatment

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ARAs

Alternativa aos IECAs em doentes que não os toleram por tosse, angioedema, ou outras razões que

não a disfunção renal ou hipercaliémia.

Devem ser usados com precaução em doentes com história de angioedema sob IECAs, devido ao

risco de reação cruzada.

Excepto eventualmente... doentes com IC com FEVE reduzida sintomática sob um

bloqueador beta e um IECA, mas que não tolerem um

antagonista dos recetores da Aldosterona.

ARA + IECA

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Bloqueadores beta

Imagens: https://www.wikidoc.org/index.php/Congestive_heart_failure_pathophysiology

https://www.medscape.com/viewarticle/463477_1

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Bloqueadores beta

Devem ser iniciados com doses muito baixas que deverão ser duplicadas a intervalos regulares até que se atinja a dose alvo ou que os sintomas de agravamento da IC sejam limitantes, ou se o doente desenvolver hipotensão sintomática ou bradicardia grave (< 50 bpm).

Possíveis sintomas de agravamento da IC durante as primeiras 2 semanas a 2 meses de tratamento – importância de iniciar bloqueadores beta com doses baixas! Deverão ser feitos todos os esforços para que as doses alvo sejam atingidas já que o benefício obtido com estes fármacos parece ser dose dependente. Se as doses alvo não forem toleradas, deverá ser mantida a dose mais alta

possível.

Benéficos em vários subgrupos de doentes, nomeadamente doentes com cardiomiopatias isquémicas e não isquémicas, mulheres, negros, diabéticos e idosos.

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Antagonistas dos recetores da Aldosterona

Bloqueio incompleto do

Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona

com a terapêutica com IECAs ou ARAs

Os efeitos dos IECAs e ARAs nos níveis séricos de Aldosterona não persistem ao longo do tempo

“Aldosterone escape“

Vias de conversão da Angiotensina I em Angiotensina II não dependentes da ECA

estimulam a produção de Aldosterona e não são afectadas pelos IECAs.

Imagem: https://www.wikidoc.org/index.php/Congestive_heart_failure_pathophysiology

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Antagonistas dos recetores da Aldosterona

Aldosterona

Retenção de sódio e

água

Perda de magnésio e potássio

Potencial efeito pró-arrítmico

Fibrose e hipertrofia cardíacas

Atrasam a progressão

da IC

Previnem/revertem o

remodeling cardíaco

Previnem arritmias

(correção de hipoK)

Espironolactona/Eplerenona

Aldosterona

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Antagonistas dos recetores da Aldosterona

A terapêutica com espironolactona ou eplerenona é recomendada em todos os doentes com IC

com FEVE ≤ 35%.

A espironolactona é um antagonista não seletivo da Aldosterona, enquanto que a eplerenona é

seletiva para estes recetores. Dadas as semelhanças químicas da molécula de espironolactona com a

progesterona os seus efeitos adversos incluem ginecomastia e amenorreia. Estes efeitos não surgem

com a eplerenona dada a sua selectividade para o recetor da Aldosterona, no entanto é uma

terapêutica mais dispendiosa.

As doses iniciais e máximas deste fármacos devem ser ajustadas de acordo com a função renal dos

doentes (atenção especial nos doentes a fazer concomitantemente IECAs/ARAs).

Potássio sérico <5 mEq/L TFG > 30 mL/min/ 1.73 m2

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Digoxina

Inibição da bomba Na/K na membrana dos miócitos resulta num aumento do Na intracelular que conduz a uma redução na troca de Na-Ca, levando ao aumento dos níveis de Ca intracelulares.

Inotropismo positivo (aumento da força de

contração do miocárdio)

Desativação de efeitos neurohormonais

(diminuição das respostas Simpática e do Sistema

Renina-Angiotensina-Aldosterona)

Imagem: https://egpat.com/questions/how-digoxin-produces-ventricular-arrhythmias

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Digoxina

Recomendada em doentes em ritmo sinusal que mantêm sintomas apesar de terapêutica

apropriada com um IECA (ou ARA ou inibidor da Neprilisina e dos recetores da Angiotensina),

bloqueador beta, antagonista da Aldosterona (se indicado), e um diurético em caso de necessidade

de controlo de fluidos.

A dose inicial de digoxina é tipicamente 0,125-0,250 mg/dia sem necessidade de dose de carga.

Em doentes mais idosos, com função renal deteriorada, ou com baixa massa corporal a dose inicial

deverá ser de 0,125mg/dia ou em dias alternados.

Os níveis séricos deverão ser monitorizados para minimizar os efeitos adversos. Em doentes com IC

com FEVE reduzida, o vale alvo deverá ser 0,4-0,9 ng/mL.

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Novas Terapêuticas da IC com FEVE reduzida

Evolução da terapêutica farmacológica da IC

20 anos sem novas “armas” terapêuticas

Imagem: https://link.springer.com/article/10.1007/s10741-016-9571-6

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Ivabradina

Ivabradina

Inibidor selectivo dos canais If (funny channels), envolvidos na transmissão do

sinal de despolarização no nódulo sinusal, cujo efeito é a redução da

frequência cardíaca

Ao contrário dos bloqueadores beta, não influencia a contratilidade miocárdica, nem a condução

intracardíaca, nem a repolarização ventricular.

Imagem: https://www.wikidoc.org/index.php/Congestive_heart_failure_pathophysiology

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Ivabradina FC elevada

=

Factor de risco para o

aumento da mortalidade e

do número de eventos CV

Ivabradina

Inibidor selectivo dos canais If (funny channels), envolvidos na transmissão do

sinal de despolarização no nódulo sinusal, cujo efeito é a redução da

frequência cardíaca

Ao contrário dos bloqueadores beta, não influencia a contratilidade miocárdica, nem a condução

intracardíaca, nem a repolarização ventricular.

Imagens: http://www.onlinejacc.org/content/70/14/1777

https://bjcardio.co.uk/2012/08/chronic-stable-angina-guidelines-is-there-an-emerging-international-consensus/

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Ivabradina

Recomendada em doentes com IC estável e com FEVE ≤35 %, em ritmo sinusal e com uma FC em repouso ≥70bpm e que estejam sob a dose máxima tolerada de um bloqueador beta ou que tenham contraindicação para estes fármacos.

É importante titular os bloqueadores beta até à dose máxima tolerada previamente à introdução de ivabradina.

A redução da FC é dose dependente e, nas doses habituais, é de aproximadamente 10 bpm.

Tipicamente iniciada na dose de 5mg bid e titulada até uma FC alvo de 50-60 bpm cada 2 semanas. Se a FC for >60 bpm, a dose de ivabradina deverá ser aumentada 2,5mg por dose, sendo a dose máxima 7,5mg bid.

Comparativamente, se a FC <50 bpm ou o doente apresentar bradicardia sintomática, a dose deverá ser reduzida em 2,5mg por dose e a terapêutica será descontinuada se necessário. Devido ao seu metabolismo hepático, a ivabradina deverá ser evitada em doentes com insuficiência hepática grave e naqueles que estejam sob terapêutica concomitante com inibidores potentes do citocromo P450 3A4.

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Inibidor da Neprilisina e dos recetores da Angiotensina: Sacubitril-Valsartan

Sistema Péptidos Natriuréticos Activa péptido natriurético

auricular, tipo-B, tipo-C...; Actua directamente nos vasos

causando vasodilatação e

excreção de sal e água; Inibe a secreção de renina,

aldosterona e vasopressina; Contraria os efeitos do sistema RAA

e da ativação do Sistema Nervoso Simpático

A neprilisina é a enzima responsável

pela degradação de péptidos endógenos vasoativos, como os péptidos natriuréticos, mas também da angiotensina II !

Imagem: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0019483216302991

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Primeiro agente de uma nova classe terapêutica, que combina num único comprimido, um inibidor

da neprilisina (sacubitril – pro-fármaco cujo metabolito activo é o LBQ657) e um ARA (valsartan).

LBQ657 Ao inibir a neprilisina leva à diminuição da degradação dos péptidos endógenos vasoativos, resultando num aumento dos níveis destas substâncias, e consequentemente num

aumento dos seus efeitos benéficos

Valsartan Inibição dos efeitos da angiotensina II, pela ação do valsartan

= Sacubitril+Valsartan

Inibidor da Neprilisina e dos recetores da Angiotensina: Sacubitril-Valsartan

Imagem: http://rebelem.com/industry-sponsored-trials-and-entresto-in-chf/

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Não deve ser coadministrado com um IECA ou um ARA e não deve ser administrado até 36 horas após a descontinuação da terapêutica com um IECA, devido ao potencial risco de angioedema quando utilizado concomitantemente com estes fármacos.

Maioria das recomedações não sugere o Sacubitril/Valsartan como componente da terapêutica inicial da IC com FEVE reduzida, mas apenas em alternativa após terapêutica com IECA ou ARA. Isto deve-se essencialmente à ainda escassa experiência clínica com este fármaco.

Ter em atenção que as recomendações atuais para a sua utilização poderão evoluir com o tempo à medida que mais dados vão surgindo e que a experiência com este fármaco vai aumentando.

Inibidor da Neprilisina e dos recetores da Angiotensina: Sacubitril-Valsartan

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Duplicar a dose após 2-4 semanas para 49-51 mg bid, de acordo com tolerância

Dose total diária de Enalapril > 10 mg ou doses equivalentes de outros IECAs, por exemplo Lisinopril > 10 mg e Ramipril > 5 mg

Parar IECA 36h antes de iniciar Sacubitril/Valsartan

Iniciar Sacubitril/Valsartan na dose de 49/51 mg bid

Dose total diária de Enalapril ≤ 10 mg ou doses equivalentes de outros IECAs, por exemplo Lisinopril ≤ 10 mg e Ramipril ≤ 5 mg

Parar IECA 36h antes de iniciar Sacubitril/Valsartan

Iniciar Sacubitril/Valsartan

na dose 24/26 mg bid

Duplicar a dose após 2-4 semanas, de acordo com tolerância, até atingir a dose de

manutenção de 97/103 mg bid

Inibidor da Neprilisina e dos recetores da Angiotensina: Sacubitril-Valsartan

Não deve ser coadministrado com um IECA ou um ARA e não deve ser administrado até 36 horas após a descontinuação da terapêutica com um IECA, devido ao potencial risco de angioedema quando utilizado concomitantemente com estes fármacos.

Maioria das recomedações não sugere o Sacubitril/Valsartan como componente da terapêutica inicial da IC com FEVE reduzida, mas apenas em alternativa após terapêutica com IECA ou ARA. Isto deve-se essencialmente à ainda escassa experiência clínica com este fármaco.

Ter em atenção que as recomendações atuais para a utilização deste fármaco poderão evoluir com o tempo à medida que mais dados vão surgindo e que a experiência com este fármaco vai aumentando.

Page 35: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CRÓNICA§a renal Terapêutica da IC IC com FEVE reduzida Redução da morbilidade - Sintomas - Qualidade de vida relacionada com saúde - Hospitalizações

Inibidor da Neprilisina e dos recetores da Angiotensina: Sacubitril-Valsartan

Não deve ser coadministrado com um IECA ou um ARA e não deve ser administrado até 36 horas após a descontinuação da terapêutica com um IECA, devido ao potencial risco de angioedema quando utilizado concomitantemente com estes fármacos.

Maioria das recomedações não sugere o Sacubitril/Valsartan como componente da terapêutica inicial da IC com FEVE reduzida, mas apenas em alternativa após terapêutica com IECA ou ARA. Isto deve-se essencialmente à ainda escassa experiência clínica com este fármaco.

Ter em atenção que as recomendações atuais para a utilização deste fármaco poderão evoluir com o tempo à medida que mais dados vão surgindo e que a experiência com este fármaco vai aumentando.

O Valsartan presente na combinação

Sacubitril/Valsartan apresenta uma maior

biodisponibilidade do que o Valsartan

presente em outras formulações do mercado

26, 51 e 103 mg de Valsartan na

combinação equivalem a 40, 80 e 160

mg de Valsartan em outras formulações,

respectivamente

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Conclusões

A terapêutica farmacológica da IC é

baseada na compreensão da

fisiopatologia da doença e na

combinação de fármacos de diversas

classes farmacoterapêuticas, com

necessidade de titulação de doses até

alvos terapêuticos que permitam uma

máxima eficácia no manejo da doença.

É também por isso uma patologia que

exige um acompanhamento frequente e

rigoroso dos doentes, tanto para

promover uma adequada adesão à

terapêutica, como para monitorizar

eventuais eventos adversos decorrentes

dos esquemas terapêuticos que

contemplam vários fármacos.

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Depois de décadas sem novidades no tratamento disponível para estes doentes, nos

últimos anos surgiram dois fármacos que se revelaram de grande mais-valia na

melhoria da morbilidade e mortalidade dos doentes com IC com FEVE reduzida, o

sacubitril/valsartan e a ivabradina. No entanto, novos estudos e a experiência na

prática clínica na utilização destes novos fármacos são mandatórios para

salvaguardar questões de segurança e a abrangência de candidatos a iniciar ou

transitar para estas armas terapêuticas.

Existem a decorrer numerosos ensaios clínicos nesta indicação, que nos poderão

trazer novidades num futuro próximo no que diz respeito ao tratamento desta

patologia. (International Clinical Trials Registry Platform WHO – 4678 “heart failure”

trials).

Conclusões

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Conclusões

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Bibliografia Colucci WS. (2017) Overview of the therapy of heart failure with reduced ejection fraction. Gottlieb SS & Yeon SB (Eds.), UpToDate.

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30 Novembro 2017

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