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Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa de Fomento Florestal da Aracruz Celulose S.A. Sebastião Kengen Janeiro, 2003

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Page 1: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal

Estudo de Caso de Integração Vertical:

Programa de Fomento Florestalda Aracruz Celulose S.A.

Sebastião Kengen

Janeiro, 2003

Page 2: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

Financiado por

Fondo Asociación con Holanda para el Medio Ambiente

Page 3: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

Resumo da Apresentação

1. O Setor Florestal Brasileiro

2. Estudo de Caso do Programa de Fomento

Florestal da Aracruz Celulose S.A.

3. Lições Aprendidas

4. Recomendações

Page 4: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

• Recurso Florestal e Desmatamento

• Terras de Vocação Florestal e Seus Proprietários

• Indústria e Produção Florestal

• O Setor Florestal na Economia Nacional

• Principais Limitantes ao Desenvolvimento Florestal

1. O Setor Florestal Do Brasil

Page 5: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

• Cobertura florestal do Brasil de aproximadamente 5.5 milhões de km2 de florestas nativas, o que corresponde a cerca de 65% do seu território.

Mapa da distribuição

de cobertura Vegetal

por Bioma no Brasil

• Cerca de 6 milhões ha plantados com recursos do programa de

concessão de incentivos fiscais para o reflorestamento:

Eucalyptus60%

Pinus30%

Outros10%

AMAZÔNIA

CERRADO

CAATINGA

MATA ATLÂNTICA

CAMPOS SULINOS

PANTANAL

Recurso florestal e desmatamento

Page 6: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

TVF e seus Proprietários

• A terminologia Terra de Vocação Florestal - TVF, não é

utilizada no Brasil, não obstante, isso signifique que não existam tais terras.

• Tem-se enfatizado o aproveitamento das áreas impróprias para

a agricultura e pecuária das propriedades para o desenvolvimento de atividades florestais.

• Estima-se que de 5 a 10% de toda propriedade rural é

inapropriada para o desenvolvimento de atividades agrícolas e pecuárias.

Page 7: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

Indústria e produção florestal• Consumo de madeira em tora > 300 milhões m3/ano e para

fins industriais 166 milhões m3/ano.

• Papel e celulose:7° produtor mundial de celulose e 10° de papel.220 empresas e 255 unidades industriais.100 mil empregos diretos e 500 mil indiretos.

• Madeira processada:Serrarias (10.000 unidades).Molduras, blocks/blanks e EGP (975.000m3 em 2000).Compensados (2,2 milhões m3).Painéis reconstituídos (Chapas de fibra, aglomerados e MDF).Indústria moveleira (803.000 empregos, US$489 milhões em exportações e R$ 8,8 bilhões de faturamento em 1999).

Page 8: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

Plantios fomentados

Área plantada x custo (2002)

180.000

37.000

Terras próprias

Total 217.000

2.400,00

2.600,00

2.300,00

2.400,00

2.500,00

2.600,00

R$ / haha

Page 9: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

1997 98 99 2000 2001

82.950 m3

311.825

594.428

672.000

1.000.000 m3

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

Ano

Vol

um

e (

m3 )

SUPRIMENTO DE MADEIRA (Plantio fomentado)

0 500 1000 1500 2000 2500

1990

2002

N° DE CONTRATOS

2495

148

An

os

CONTRATOS

Page 10: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

O setor florestal na economia nacional

• 10 % nas exportações (celulose principalmente).

• Contribui com 4% do PIB.

• Gera receita anual de R$ 40 bilhões.

• Absorve 1.6 milhões de empregos diretos e 5.6 milhões

de empregos indiretos.

• Contribui para a fixação do homem no campo.

Page 11: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

Principais limitantes ao desenvolvimento florestal

• Setoriais

Corte ilegal.

Fragmentação das TVFs.

Expansão da fronteira agropecuária.

Instabilidade da legislação.

Escassez de recursos financeiros específicos para o setor.

Recursos insuficientes para promover a expansão dos plantios.

Modernização e aumento da capacidade industrial.

Política específica para a competitividade internacional.

• Extra – setoriais

Autoridade difusa - Duplicidade de atos normativos (Federal x Estadual).

Burocracia excessiva.

Legislação conflitante.

Baixa prioridade para o setor.

Page 12: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

• Antecedentes• Objetivos do Programa• Gestão Empresarial• Instrumentos (Governo e TVF)• Benefícios• Sustentabilidade• Conclusões• Perspectivas

2. Estudo de caso de integração horizontal:

Programa de Fomento Florestalda Aracruz Celulose S.A.

Page 13: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

Município De Aracruz - Espírito Santo - Brasil

ARACRUZ

MG

SP

Page 14: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

• No Brasil o fomento à agricultura tem longa tradição, o mesmo não ocorre no tocante ao setor florestal.

• Durante a vigência do programa de incentivos fiscais para o reflorestamento prevaleciam os grandes plantios.

• Com o término do mesmo, as indústrias da base florestal adequaram-se à nova realidade, com a criação e a implantação de programas de fomento florestal.

Antecedentes

Page 15: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

• Obter alternativas de suprimento de madeira por meio de parcerias na área de abrangência da empresa.

• Produzir madeira com baixo custo (empresa/produtor rural).

• Contribuir para um melhor relacionamento entre a Aracruz, os proprietários e as comunidades locais.

Objetivos

Page 16: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

•Contratos assinados individualmente (Aracruz x produtor).

•Plantios realizados pelos produtores.

•Fornecimento de mudas, insumos e orientação técnica pela Aracruz.

•Plantios e respectivo manejo obedece às normas de controle.

•Exploração e transporte de madeira até o posto de recebimento e conferência por conta do produtor rural.

Gestão empresarial

Page 17: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

Instrumentos• Governo Programas de Fomento devem seguir o

Código Florestal.

Normas da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Estado do Espírito Santo (SEMA/ES), através do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF/ES):

Somente 40% da área plana da propriedade pode ser ocupada com plantios florestais realizados de acordo com o Programa.

Em áreas com declive pode ser utilizada até 56% da área da propriedade.

Essas restrições somente se aplicam aos plantios realizados de acordo com o Programa de Fomento Florestal, estando o proprietário livre para plantar em 100% de sua propriedade, desde que o plantio seja realizado com recursos próprios.

• DTVF Não estão organizados em associação.

Adesão ao Programa de forma espontânea.

Condições para participar do programa. :

Ser produtor rural e proprietário da terra comprovado por escritura pública.

Caso não seja o proprietário, apresentar um contrato de arrendamento devidamente registrado em cartório.

Page 18: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

Instrumentos• Industria Modelo de organização:

Programa subordinado à Gerência de Planejamento e Suprimento de Madeira – PSM.

Institucional:

Programa desenvolvido pela Aracruz Celulose S.A. e regido por normas próprias.

Plantio, manutenção, corte e comercialização da madeira regidos por contrato assinado entre Aracruz e produtor.

Contratos regidos pela legislação em vigor a qual é válida para todo e qualquer tipo de contrato.

• Financeiros e técnicos Instrumentos financeiros e técnicos

estabelecidos no contrato variando de acordo com o tipo do mesmo.

Antes do plantio a Aracruz procede à suas custas:

Levantamento topográfico

Caracterização ambiental e

Pagamento de impostos inerentes à atividade

Page 19: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

InstrumentosA Aracruz oferece ao produtor 3 tipos de planos:

• Plano fornecimento de mudas Mudas de eucalipto e assistência técnica . É responsabilidade do produtor custear o projeto, incluindo insumos e

demais custos. Vendendo a madeira à Aracruz, a assistência técnica e as mudas não serão

cobradas. Não vendendo a madeira à Aracruz a assistência técnica e as mudas serão

cobradas. Essa parceria corresponde à cerca de apenas 1% de todo o Programa.

• Plano preferencial Além do fornecimento de mudas e assistência técnica, a Aracruz fornece,

também, fertilizantes e inseticidas. Produtor custeia parte do projeto (de 2 a 3%). Produtor não tem obrigação de vender sua produção a Aracruz. Vendendo madeira à Aracruz, produtor recebe bônus (mudas, assistência

técnica e insumos). Não vendendo a madeira à Aracruz, produtor paga pelas mudas, assistência

técnica e demais insumos. Esse tipo de Plano corresponde à cerca de 3% do Programa.

Page 20: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

Instrumentos• Plano de compra e venda:

Plano mais completo: insumos dos planos anteriores mais o financiamento para plantio, manutenção e colheita da madeira.

Produtor é obrigado a vender a madeira à Aracruz e a mesma é obrigada a comprar a madeira.

Valor dos insumos fornecidos pela Aracruz de R$ 1.200,00 a R$ 1.400,00/ha.

Recursos financeiros para a implantação e a manutenção do projeto são da ordem de R$ 1.200,00/ha o qual é liberado em parcelas durante o ciclo, mediante vistoria técnica da Aracruz.

Valor acima é convertido em créditos de madeira (st/ha), aproximadamente de 65 a 70 st/ha o qual será deduzido na ocasião da venda da madeira.

Participantes têm, ainda, a opção de reservar 3% da colheita para seu uso próprio e/ou comercialização, bem como os resíduos (cascas, galhos etc.) que são deixados no campo durante a colheita.

Esse plano corresponde à cerca de 96% de todo o Programa.

Page 21: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

Benefícios• Institucionais Programa com repercussão política,

econômica e socio-ambiental. Aracruz rompe com sua tradicional

postura de auto-suficiência, deixando de ser ‘enclave’ e passando a ser parceira dos produtores rurais.

• Econômicos Implantação de florestas de alta

produtividade. Madeira de qualidade disponibilizada a

baixo custo. Redução de custos: Aracruz não

necessita imobilizar capital na compra de novas terras e os respectivos custos associados a sua manutenção, incluindo infra-estrutura.

• Ambiental Utilização de terras inapropriadas para

atividades agropecuárias. Orientação técnica quanto a práticas

ambientalmente sustentáveis para cultivo e manejo do eucalipto.

Uso sustentável das florestas nativas e de produção.

• Social Melhoria da relação produtor

rural/empresa. Possibilitar ao produtor a diversificação

da produção com conseqüente renda suplementar.

Page 22: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

Sustentabilidade• Ambiental Os plantios são realizados em áreas de baixa

produtividade, geralmente ocupadas por pastagens já degradadas e sujeitas à erosão ou em áreas inapropriadas para atividades agropecuárias.

Atualmente cerca de 87.000ha de reservas nativas são mantidas intocadas pela ARACRUZ para assegurar o equilíbrio do ecossistema.

Projeto Microbacia em parceria com universidades, instituições de pesquisa e órgãos estaduais, no sentido de reduzir ao mínimo os possíveis impactos de suas atividades sobre o meio ambiente.

• Econômica e Financeira Positiva, considerando-se os planos de

expansão do Programa. Nos últimos dez anos, o Programa

contribuiu com mais de R$ 12,5 milhões para custeio do plantio e colheita, bem como fornecimento de mudas, fertilizantes, isca inseticida especialmente desenvolvida contra formigas e assistência técnica.

Em 2000, foram pagos impostos na ordem de R$ 24,8 milhões.

• Institucional Programa diretamente ligado à Gerência de

Planejamento e Suprimento de Madeira. Expansão do Programa para atender nova

demanda de madeira devido ao aumento de produção de celulose.

• Social Contribui para a diminuição do êxodo rural. A mão-de-obra utilizada é basicamente

familiar (70% familiar e 30% contratada). Criação de pequenas empresas de prestação

de serviços, (corte, arraste e transporte da madeira até o depósito da Aracruz).

Rentabilidade do produtor (40% st).

Page 23: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

ConclusõesVantagens

Melhor entrosamento entre empresa, proprietários rurais e comunidades locais.

Aumento do volume de madeira proveniente de plantios fomentados.

Aumento da demanda de madeira proporcional à expansão da empresa.

Insuficiência de plantios próprios.

Desvantagens

Ausência de representação de classe (produtores rurais), perpetua baixo poder de negociação.

Legislação estadual dificultando a expansão da base florestal exótica.

Page 24: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

Perspectivas Previsão de demanda de madeira da ordem de 20 a 22 mil m3/dia

com início de produção de nova unidade de produção.

Diversificação da produção com a implantação de serraria.

A área de plantios fomentados foi expandida em 5.000 ha e foi obtida licença para o plantio de mais 30.000 ha em 7 anos (início em 2001).

Em 2001, a área de abrangência do Programa foi expandida em 14.000 ha.

Page 25: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

Programas de extensão e fomento florestal contribuem para a melhoria do padrão de vida do produtor rural.

Sistemas Agro-Florestais difundidos e incorporados pelos produtores como uma alternativa de subsistência sustentável (legal).

Política florestal deficiente levando o setor florestal brasileiro a se auto-ajustar.

Programa de Fomento Florestal como referência para outras iniciativas (privadas/públicas).

Desmistificar as falsas premissas de "desertos verdes" com monoculturas de eucalipto.

Transferência de novas tecnologias (capacitação e treinamento).

Desenvolvimento florestal sustentável.

3. Lições Aprendidas

Page 26: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

4. Recomendações

Desburocratizar e compatibilizar as políticas públicas.

Estimular a representação de classe dos produtores rurais propiciando negociações entre empresa e fomentados mais equilibrada.

DTVF

Page 27: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

4. Recomendações

Modernização da indústria de base florestal.

Maior integração entre setor público e privado.

Industrial

Page 28: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

4. Recomendações

Simplificação da burocracia e dos instrumentos normativos.

Apoio ao manejo florestal sustentável, implementação de critérios & indicadores e processos de certificação de florestas.

Interação com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE para apoiar os proprietários rurais no desenvolvimento de atividades empresariais de base florestal.

GovernoExtra Sectorial

Page 29: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

4. Recomendações

Estabilidade de regras.

Compatibilização entre as legislações (federal, estadual e municipal).

Capacitação e treinamento.

Estímulo à pesquisa florestal.

Fortalecimento institucional.

Extensão florestal e assistência técnica.

Fomentar o reflorestamento.

Linhas de crédito e financiamento apropriadas.

GovernoSectorial

Page 30: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

Resumo

TIPOLOGÍA

Definição

O Programa de Fomento Florestal da Aracruz é desenvolvido e implantado no sentido de criar formas alternativas de suprimento de madeira, a um custo baixo, através de parcerias com proprietários rurais localizados na área de abrangência da empresa. O mesmo contribui, também, para uma melhor relação entre a empresa e os proprietários e comunidades localizadas no seu entorno.

Page 31: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

Resumo

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS Propriedade da terra Individual

Uso e posse Individual

Tamanho das TVF Variável

Nível de ganho das TVF

PequenoA principal atividade econômica é a

agropecuária, o plantio florestal é uma atividade acessória a qual deverá gerar

uma renda extra ao proprietário

Operação do negócio florestal DTVF realiza as atividades de

implantação e manutenção do plantio florestal que foi realizado com as mudas doadas pelo Programa, de acordo com orientações técnicas

prestadas por técnicos da Aracruz.

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CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO NEGÓCIO FLORESTAL

Fluxo de caixa para o DTVF / Liquidez

Receita em picos e gastos distribuídos / Alta liquidez

Economia de escala / Produtividade

Limitada – Variável

Subsídios/Incentivos aos DTFV Inexistentes

Subsídios/Incentivos às Empresas Inexistentes

Riscos para o DTVF Florestal - Depende da manutenção que for feita.

Comercial - Praticamente nulo, pois, o DTVF tem assegurado a compra da

madeira produzida

Resumo

Page 33: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

TOMADA DE DECISÕES NO NEGÓCIO FLORESTAL

Insumos Programa de Fomento Florestal

Tecnologia Programa de Fomento Florestal

Produção Individual

Venda Individual

Administração do negócio Individual

Poder de negociação Baixo

Pré-requisitoTer a propriedade da terra ou ser

arrendatario

Capital investimento requerido DTVF Pequeno a Moderado

Capital de trabalho requerido DTVF Pequeno a Moderado

Resumo

Page 34: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

VANTAGENS/DESVANTAGENS PARA O DTVF EM RELAÇÃO A

OUTROS MODELOS INSTITUCIONAIS DE

INTEGRAÇÃO HORIZONTAL TÍPICOS

Decisão individual rápidaReceber subsídios/incentivos DTVFReceber subsídios/incentivos EmpresaRisco florestal alto Risco comercial altoAcesso a crédito suficiente e baratoAcesso à informação comercialFluxo de caixa positivo

Sim (Vantagem)IndiferenteIndiferente

Não (Vantagem)Não (Vantagem)

Não (Desvantagem)Não (Vantagem)

Sim, dependendo do tipo de contrato

Resumo

Page 35: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

VANTAGENS/DESVANTAGENS PARA O DTVF EM RELAÇÃO A

OUTROS MODELOS INSTITUCIONAIS DE

INTEGRAÇÃO HORIZONTAL TÍPICOS

Pagamento único grande Economia de escala / Produtividade altaComplexidade operativa e comercialPreços altos para produtos florestais

Preços baixos para insumosDesenvolvimento de habilidades empresariais e técnicas

SimSim, depende do tamanho da

propriedadeNão (Vantagem)

Variável (Vantagem ou Desvantagem depende do mercado)Não (Desvantagem)Não (Desvantagem)

Resumo

Page 36: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

VANTAGENS/DESVANTAGENS PARA O DTVF EM RELAÇÃO A

OUTROS MODELOS INSTITUCIONAIS DE

INTEGRAÇÃO HORIZONTAL TÍPICOS

Custo unitário baixo de construção/manutenção de caminhosOperações de extração eficientes Pressão para utilização de TVF a usos não sustentáveis Conserva a propriedade das TVFLiquida seu capital terra-florestaSócio da empresaAumenta sua renda Melhora sua qualidade de vidaCusto de serviços técnicos alto

Não se aplica

Neutro – VantagemNão se aplica (Vantagem)

Neutro – VantagemNão (Vantagem)

Não (Desvantagem)Sim (Vantagem)

Espera-se que simNão (Vantagem)

Resumo

Page 37: Instrumentos Institucionais para o Desenvolvimento dos Proprietários de Pequenas Terras com Vocação Florestal Estudo de Caso de Integração Vertical: Programa

http://www.iadb.org/regions/re2/en2/forestal/integracion.htm