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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Pós Graduação Lato Sensuem Terapia Ocupacional: Uma Visão Dinâmica em Neurologia Karina Fernandes Pizzi Greggio INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO UTILIZADOS POR TERAPEUTAS OCUPACIONAIS NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: UMA REVISÃO CRÍTICA DA LITERATURA LINS SP 2011

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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Pós Graduação “Lato Sensu” em Terapia Ocupacional: Uma Visão Dinâmica em Neurologia

Karina Fernandes Pizzi Greggio

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO UTILIZADOS POR TERAPEUTAS OCUPACIONAIS NA

ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: UMA REVISÃO CRÍTICA

DA LITERATURA

LINS – SP 2011

KARINA FERNANDES PIZZI GREGGIO

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO UTILIZADOS POR TERAPEUTAS OCUPACIONAIS NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: UMA REVISÃO CRÍTICA DA LITERATURA

Lins – SP 2011

Monografia apresentada à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Terapia Ocupacional: Uma Visão Dinâmica em Neurologia sob a orientação da professora Mestre Solange Aparecida Tedesco.

Greggio, Karina Fernandes Pizzi Instrumentos de avaliação utilizados por terapeutas ocupacionais

na assistência ao paciente com Acidente Vascular Cerebral: uma revisão crítica da literatura / Karina Fernandes Pizzi Greggio. – – Lins, 2011.

38p. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para Pós Graduação “Lato Sensu” em Terapia Ocupacional: Uma Visão Dinâmica em Neurologia, 2011.

Orientador: Solange Aparecida Tedesco

1. Acidente Vascular Cerebral. 2. Terapia Ocupacional. I Título.

CDU 615.851.3

G832i

KARINA FERNANDES PIZZI GREGGIO

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO UTILIZADOS POR

TERAPEUTAS OCUPACIONAIS NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE

COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: UMA REVISÃO

CRÍTICA DA LITERATURA

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de especialista em Terapia Ocupacional: Uma Visão

Dinâmica em Neurologia.

Aprovada em: ______/_______/__________.

Banca examinadora:

Professora Mestre Solange Aparecida Tedesco

Terapeuta Ocupacional, Mestre em Saúde Mental pela Universidade Estadual

de São Paulo, UNIFESP, SP

_________________________________

Professora Mestre Maria Madalena Moraes Sant’Anna

Terapeuta Ocupacional, Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento pela

Universidade Presbiteraina Mackenzie, SP

_________________________________

Lins-SP

2011

Considerando esta monografia como

resultado de uma longa caminhada, agradecer pode

não ser tarefa fácil, nem justa. Para não correr o risco

da injustiça, agradeço a todos que de alguma forma

passaram pela minha vida e contribuíram para a

construção de quem sou hoje.

RESUMO

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também chamado de derrame, é uma síndrome clínica neurológica complexa. Apurar especificamente os instrumentos de avaliação que contemplem exames relacionados aos déficits advindos do AVC é um procedimento complicado, uma vez que, dois ou três sobreviventes de um AVC podem apresentar alterações e déficits funcionais completamente diferentes. No presente estudo, foi realizada uma revisão crítica da literatura, que apresentasse os diferentes instrumentos utilizados no processo avaliativo por terapeutas ocupacionais na assistência a pacientes com seqüela de acidente vascular cerebral. Foram encontrados 211 artigos que mencionassem o uso das avaliações e destes, 43 foram selecionados e analisados a fim de destacar quais avaliações haviam sido utilizadas. A Medida de Independência Funcional (MIF) foi o instrumento mais utilizado aparecendo em dez artigos o equivalente a 23%, seguida da Escala de Avaliação de FulgMeyer (EFM) mencionada em oito estudos o que corresponde a 18%, Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM) utilizada em seis publicações o que equivale a 14%, Índice de Barthel, bem como Wolf Motor Function (WMFT) aplicados em cinco artigos o que corresponde a 11%. Os demais instrumentos mencionados em menor prevalência variam entre instrumentos globais como a Stroke Impact Scale à específicos como os desenvolvidos para avaliar cognição como o Mini Mental. Frente à grande expressividade de instrumentos de avaliação selecionados considera-se importante, uma reflexão sobre o crescente número de casos da doença em todo o mundo e em conseqüência disso, uma crescente preocupação em utilização de instrumentos padronizados que possam contribuir para mensurar os resultados das intervenções em reabilitação. Palavras - chave: Acidente Vascular Cerebral. Terapia Ocupacional.

ABSTRACT

The Cerebral Vascular Accident (CVA), also called stroke, is a complex neurological syndrome. To determine the assessment instruments that include tests associated to deficits arising from stroke is a complicated procedure, since two or three survivors of a stroke may show completely different alterations and functional deficits. This study makes a critical review of the literature that shows the different instruments used in the assessment process by occupational therapists in the assistance to patients with stroke sequels. Two hundred and eleven articles that mentioned the use of assessment were found, and 43 of them were selected and analyzed to highlight which assessments had been used. The Functional Independence Measure (FIM) was the most used instrument appearing in ten articles, the equivalent to 23%, followed by Fulg-Meyer Assessment (FMS) index mentioned in eight studies, which corresponds to 18%, Canadian Occupational Performance Measure (COPM) used in six publications, the equivalent to 14%, Barthel Index, and Wolf Motor Function Test (WMFT) mentioned in five articles which corresponds to 11%. The other instruments that appeared in a lower prevalence vary between global instruments such as the Stroke Impact Scale to the ones developed to assess the cognition as the Mini Mental. Facing the large expressiveness of assessment instruments selected it is important to think about the increasing number of disease cases worldwide and as a consequence, an increasing concern in the use of standardized instruments that can help measure the results of interventions in rehabilitation. Keywords: Stroke. Occupational therapy

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AIT: Acidente Isquêmico Transitório ARA: Action Research Arm Test/ Teste de Ação do Braço AusTOMs-OT: Australian Therapy Outcome Measures for Occupational Therapy/ Medida Australiana de Resultados da terapia de Terapia Ocupacional AVC: Acidente Vascular Cerebral AVDs: Atividades de Vida Diária AVE: Acidente Vascular Encefálico BADS: Behavioural Assessment of Dysexecutive Syndrome/ Avaliação Comportamental da Síndrome Disexecutiva BIT: Behavioural Inattention Test/ Teste Comportamental de Desatenção BiVABA: Brain Injury Visual Assessment Battery for Adults/ Bateria de Avaliação Visual para Adultos com Injúrias Cerebrais CAHAI: Hand Activity Inventory/ Inventário de Atividade da Mão COPM: Medida Canadense de Desempenho Ocupacional DeCS: Descritores em Ciências da Saúde EFM: Fugl-Meyer Impairment Scale – Escala de Avaliação de FuglMeyer EUA: Estados Unidos da América FAABOS: Functional Arm Activity Behavioral Observation System/ Sistema de Avaliação do Comportamento da Atividade Funcional do Braço FOIS: Functional Oral Intake Scale/ Escala Funcional de Ingestão Oral LILACS: Literatura Latino-Americana e do Caribe em ciências da saúde MAS: Escala de Ashworth MEDLINE: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online. MESH: Medical Subject Headings MIF: Functional Independence Measure – Medida de Independência Funcional

MVPT: Motor Free Visual Perceptual Test/ Teste Motor da Percepção Visual PQRS: Performance Quality Rating Scale/ Escala de Avaliação de Desempenho da Qualidade RLANRC: Rancho Los Amigos National Rehabilitation Center/ Escala Rancho Los Amigos SCIELO: Scientific Electronic Library Online TEA: Test of Everyday Attention/ Teste de Atenção Diária UFSCar: Universidade Federal de São Carlos USP: Universidade de São Paulo VRST: Visual Recognition Slide Test/ Teste de Reconhecimento Visual WMFT: Wolf Motor Function Test/ Teste de Motricidade de Wolf

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Distribuição de referências bibliográficas obtidas nas bases de dados.................................................................................................................17 Tabela 2: Distribuição de referências bibliográficas obtidas em periódicos de TO......................................................................................................................17 Tabela 3: Descrição dos estudos selecionados – identificação do artigo.........18 Tabela 4: Protocolos de avaliação descritos nos artigos encontrados..............25

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................9

2 OBJETIVOS....................................................................................................14

2.1 Objetivo Geral..............................................................................................14

2.2 Objetivo Específico......................................................................................14

3 MÉTODO........................................................................................................15

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS.......................................................................17

4.1 Medida de Independência Funcional – MIF.................................................27

4.2 Avaliação de Fuglmeyer – EFM...................................................................27

4.3 Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (MCDO).......................27

4.4 Índice de Barthel e Worf Motor Function – WMFT.......................................28

4.4.1 Índice de Barthel.......................................................................................28 4.4.2 Wolf Motor Function – WMFT...................................................................29

5 DISCUSSÃO...................................................................................................30

5.1 Identificação Dos Estudos...........................................................................30

5.2 Instrumentos de Avaliação...........................................................................32

CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................34

REFERÊNCIAS.................................................................................................35

9

1 INTRODUÇÃO

As doenças crônico-degenerativas são consideradas a maior causa de

mortalidade e incapacidade no mundo, sendo responsável por 59% dos 56,5

milhões de óbitos anuais (SILVA; MOURA; GODOY, 2005). Os destaques são:

as doenças cardiovasculares, diabetes, câncer, obesidade e doenças

respiratórias, no entanto, as cerebrovasculares que constituíam a terceira

causa de morte no mundo desde a década de 60, sendo precedida somente

pelas cardiopatias em geral e o câncer, a partir da década de 80, passaram a

ocupar o primeiro lugar entre as principais causas de morte no Brasil e se

mantiveram nesta mesma posição até os dias atuais (ORGANIZAÇÃO PAN-

AMERICANA DA SAÚDE, 2003; PERLINI; FARO, 2005).

De acordo com Costa e Duarte (2002) as doenças cérebro vasculares,

conhecidas pela população em geral como, acidente vascular cerebral (AVC)

ou acidente vascular encefálico (AVE) são nos dias atuais, uma das causas

mais comuns de disfunção neurológica que ocorrem na população adulta.

O AVC, também chamado de derrame, é uma síndrome clínica

neurológica complexa causada por lesão cerebral. Ocorre uma lesão vascular e

esta por sua vez causa dano ao tecido cerebral, interrompendo o fluxo

sanguíneo, o que limita assim, o suprimento para as células circunjacentes,

induzindo à morte ou infarto do tecido cerebral (ARES, 2003; PULASKI, 2002;

WOODSON, 2005).

Os dados estatísticos nacionais demonstram uma incidência de AVC de

aproximadamente 200.000 casos por ano sendo a faixa etária mais acometida

a dos 65 anos ou mais, sendo este risco dobrado após os 55 anos de idade

(ARES, 2003). No entanto, o número de adultos jovens acometidos vem

crescendo consideravelmente nos últimos anos e essa crescente incidência

para Ares (2003) e Faria (2007) está associada a fatores de risco como o uso

de contraceptivos orais; uso de drogas (principalmente as que provocam

vasoconstricção); estresse; alterações na pressão arterial e malformações das

artérias cerebrais.

Os principais tipos de AVC são o isquêmico e o hemorrágico sendo o

isquêmico responsável por 70 a 75% dos casos. O acidente isquêmico

transitório (AIT) por sua vez apresenta como características, o aparecimento

10

dos sintomas neurológicos leves, isolados ou repetitivos, os quais se

desenvolvem de maneira súbita e com duração de segundos a horas, e que

não duram mais que 24 horas. Episódio como estes são entendidos como um

sinal de AVC iminente o qual necessita de tratamento, para que possa ser

evitado o surgimento de novos AIT ou um AVC completo (FARIA, 2007;

ASPESI; GOBBATO, 2001).

Aqueles indivíduos que sobrevivem ao AVC sofrerão em geral, com as

incapacidades residuais apresentadas tais como: as dores em diversas partes

do corpo, memória com falhas, dificuldades na deambulação e comunicação,

além de infinidade de problemas de ordem física, como falta de mobilidade nas

articulações e rigidez nas partes do corpo afetadas (RABELO; NÉRI, 2006).

Todas estas seqüelas implicam em algum grau de dependência, o qual

aparece principalmente, no primeiro ano após o AVC, deixando cerca de 30 a

40% dos sobreviventes impedidos de voltarem ao trabalho e solicitando algum

tipo de auxílio no desempenho de atividades básicas (PEREIRA et al.,

1993). Óbitos, custos hospitalares e previdenciários, e em especial, a perda de

autonomia entre adultos e a sua conseqüente dependência é uma forma de

expressão da gravidade das incapacidades que podem resultar do AVC

(MEDINA; SHIRASSU; GOLDEFER, 1998).

É a fim de possibilitar auxílio e promover a recuperação para melhor

execução das atividades de vida diária e prática e garantir melhoras na

qualidade de vida de pacientes com seqüelas de AVC que os cuidados dos

profissionais da reabilitação (fisiatras, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais,

fonoaudiólogos e psicólogos) são solicitados para realizar o acompanhamento

em reabilitação. Estes profissionais passam a tratar e orientar estes indivíduos

e suas famílias de maneira a contribuir para melhora do estado clínico e

funcional do paciente acometido com dano neurológico.

A atuação do terapeuta ocupacional junto a este tipo de paciente

neurológico deve iniciar ainda no período de internação hospitalar, assim que

houver manutenção do quadro clínico do paciente (REIS; SANTANA, 2009) e

de acordo com Carvalho (2004), este profissional deve capacitar-se para

auxiliar este paciente segundo as necessidades do mesmo nos diferentes

aspectos da sua reabilitação.

11

Para Azevedo e Brito (2006) a Terapia Ocupacional é uma profissão da

saúde que tem o olhar voltado para a ação, para o fazer humano e para o

cotidiano do indivíduo. É uma profissão que busca atuar de acordo com a

realidade vivida pelas pessoas, possibilitando maior grau de autonomia e

independência. Sua visão não é centrada apenas no paciente, mas em todo o

seu contexto, incluindo sua cultura, condições sócio-econômicas, sua história

de vida, além de toda sua família e cuidadores. Portanto, o Terapeuta

Ocupacional é capaz de lidar com uma abordagem que ultrapasse o ponto de

vista físico do indivíduo; traz também para sua avaliação e intervenção

questões culturais, sociais, econômicas, familiares e emocionais como forma

de compreender e beneficiar o indivíduo de maneira global (AZEVEDO; BRITO,

2006).

Refletir a atuação do terapeuta ocupacional junto ao paciente

neurológico implica em conhecermos as propostas de intervenção para auxiliar

na reabilitação. Em geral, os terapeutas ocupacionais realizam as etapas do

processo terapêutico em terapia ocupacional, a fim de reconhecer as limitações

e potencialidades do indivíduo e desta forma elaborar as estratégias

necessárias para o tratamento.

Segundo Tedesco (2000) os processos avaliativos sempre foram de

fundamental importância para a prática da terapia ocupacional, estando o seu

uso acompanhado das definições da categoria profissional, e é através da

mensuração de funcionalidade, que será entendido seu desempenho nas

funções na vida cotidiana.

Para Thévenon e Blanchard (2005) a avaliação inicial do terapeuta

ocupacional deve definir com o paciente um projeto de vida que permita fixar

objetivos e modalidades da reabilitação; este protocolo deve ainda levar em

consideração vontades e desejos do paciente comparados as capacidades

físicas atuais e evolução previsível após reabilitação. Para os mesmos autores,

esta avaliação inicial é complementada por demais avaliações padronizadas

que avaliem o nível de dependência, a funcionalidade e o ambiente doméstico.

Pedretti e Early (2005) afirmam que a avaliação inicial é iniciada pela

triagem, porém, envolve outras 4 etapas, as quais devem ser utilizadas para a

identificação de déficits em áreas e componentes de desempenho, para auxiliar

desta forma, a identificação do diagnóstico em terapia ocupacional; são estas:

12

1. Triagem e avaliação inicial: revisão de registros de históricos médicos,

entrevistas, testes e tarefas de triagem;

2. Indentificação de modelos de tratamento: seleção de exames

adequados a condição clínica observada;

3. Avaliação propriamente dita: entrevista estruturada, observação clínica

administração de tarefas e testes e estudo dos resultados e exames;

4. Identificação de problemas: sintetizar e interpretar os dados contidos

nos exames e identificar déficits em áreas, componentes e contextos de

desempenho para então realizar o diagnóstico da terapia ocupacional;

5. Desenvolvimento de plano de tratamento: seleção dos objetivos, metas

e estratégias de intervenção baseadas no diagnóstico terapêutico

ocupacional.

Ao apurar, especificamente os instrumentos de avaliação que

contemplem exames relacionadas aos déficits advindos do AVC, Gillen (2005)

afirma ser este um procedimento complicado, uma vez que, dois ou três

sobreviventes de um AVC podem apresentar alterações e déficits funcionais

completamente diferentes. A mesma autora descreve 33 avaliações que podem

ser aplicadas à população sobrevivente de AVC baseado em 21 autores que

descrevem o assunto. Entre as 33 estão as mais conhecidas e utilizadas no

Brasil, a Medida de Independência Funcional (MIF) e o Índice de Barthel.

Qual seria então a estratégia correta a ser utilizada por terapeutas

ocupacionais ao avaliar estes pacientes neurológicos? Para responder a esta

pergunta precisamos conhecer melhor quais seriam as avaliações indicadas

para as intervenções de terapia ocupacional para o paciente com seqüela de

AVC.

A fim de identificar quais são as avaliações mais utilizadas e discutir as

ferramentas destes protocolos para a contribuição ao trabalho dos terapeutas

ocupacionais foi realizada uma revisão crítica da literatura, que de acordo com

Tuckman (2002) pode também ser chamada de revisão não sistemática ou

simples da literatura e tem por objetivo fornecer uma imagem do nível do

conhecimento e das principais questões que aparecerão na área pesquisada.

O processo de revisão de literatura envolve etapas como: a seleção da área de

interesse, separação dos descritores a serem utilizadas, localização e escolha

13

de títulos e resumos mais pertinentes ao tema escolhido e a leitura e resumo

dos artigos selecionados.

Sendo assim, para delinear esta revisão foi levantada a seguinte

questão: quais são os protocolos de avaliação utilizados por terapeutas

ocupacionais na assistência ao paciente com acidente vascular encefálico?

14

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Realizar uma revisão crítica da literatura, que apresente os diferentes

instrumentos utilizados no processo avaliativo por terapeutas ocupacionais na

assistência a pacientes com seqüela de acidente vascular encefálico.

2.2 Objetivo Específico

Discutir as avaliações encontradas e a respectiva contribuição ao

trabalho dos terapeutas ocupacionais junto a estes pacientes acometidos por

danos neurológicos.

15

3 MÉTODO

A revisão crítica é uma metodologia de investigação da literatura acerca

de um determinado assunto que permite identificar variáveis importantes,

conhecer as investigações realizadas dentro do assunto escolhido, delimitar e

atualizar o trabalho de profissionais na área de estudo selecionada

(TUCKMAN, 2002).

Para realização da revisão de literatura foi realizado um levantamento

dos artigos que contemplassem a temática a ser pesquisada – “quais os

protocolos de avaliação utilizados por terapeutas ocupacionais junto ao

paciente com AVC?”

A busca dos artigos foi realizada nas seguintes bases de dados:

PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (Medline, Scielo e Lilacs).

Como uma parcela significativa das publicações em Terapia Ocupacional no

Brasil, principalmente as que descrevem práticas, são publicadas em

periódicos não indexados em bases de dados científicas foi realizada também

a busca manual diretamente nas seguintes revistas: Revista de Terapia

Ocupacional da USP, Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar e Revista

do Centro de Estudos em Terapia Ocupacional.

Para realizar a busca, foram utilizados os seguintes descritores

indexados no DeCS e no MeSH: acidente cerebral vascular/stroke e terapia

ocupacional/occupational therapy. Durante o processo de busca estes

descritores foram cruzados, terapia ocupacional + acidente cerebral vascular e

occupational therapy + stroke, para a obtenção de resultados desejáveis.

Foram incluídos no estudo artigos científicos na íntegra de terapeutas

ocupacionais, ou os quais pelo menos um dos autores era terapeuta

ocupacional, publicados entre janeiro de 2008 e janeiro de 2011, em qualquer

idioma e que citassem os instrumentos utilizados para realizar a avaliação na

intervenção ao paciente com AVC. Sendo excluídos, portanto, os artigos que

não eram de terapeutas ocupacionais ou não tinham este profissional no

estudo e aqueles em que, não fosse mencionado a avaliação utilizada. Não foi

feita nenhuma exclusão de artigo por idioma de publicação e não foram

considerados trabalhos de revisão, conclusão de curso e teses.

16

Todos os artigos selecionados na primeira busca com os descritores,

Terapia Ocupacional e Acidente Cerebral Vascular e na segunda busca com os

mesmo descritores, desta vez em inglês, Occupational Therapy e Stroke foram

analisados pela leitura do resumo.

Foram encontrados 211 artigos os quais foram analisados pelo titulo e

resumo a fim de selecionar os estudos que estivessem de acordo com os

critérios de inclusão desse trabalho. Os artigos repetidos foram excluídos; 43

estudos foram selecionados e analisados seus resumos destacando quais

avaliações haviam sido utilizadas.

17

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Após a realização da busca foram encontrados 211 artigos que

retratassem o tema proposto, destes, 43 artigos preenchiam os critérios de

inclusão do estudo. Na tabela 1 encontra-se a distribuição das 211 referências

bibliográficas obtidas nas bases de dados, de acordo com os descritores

estabelecidos, bem como os artigos selecionados.

Tabela 1- Distribuição de referências bibliográficas obtidas nas bases de dados

Periódico Descritores Resultados

Obtidos Artigos

Selecionados

Pubmed "occupational therapy”, stroke 100 32

Medline “terapia ocupacional”, acidente vascular encefálico

108 41

Lilacs “terapia ocupacional”, acidente vascular encefálico

3 3

Scielo “terapia ocupacional”, acidente vascular encefálico

0 0

A tabela 2 apresenta a distribuição das referências bibliográficas obtidas

em periódicos de terapia ocupacional nacionais de acordo com os descritores

pré estabelecidos.

Tabela 2- Distribuição de referências bibliográficas obtidas em periódicos de

terapia ocupacional

Periódico Descritores Resultados Obtidos Artigos

Selecionados

Revista de Terapia

Ocupacional da

USP

Busca manual 0 0

Cadernos de Terapia

Ocupacional da UFSCar

Busca manual 0 0

Revista do CETO Busca manual 0 0

Os 43 artigos selecionados foram analisados sendo especificado seu

título, os autores, o periódico em que foi publicado e o ano, país e idioma de

publicação, sendo descritos na tabela 3.

18

Tabela 3- Descrição dos estudos selecionados – identificação do artigo.

Título do artigo

Autor(es) Fonte Ano País Idioma

A behavioral

observation

system for

quantifying arm

activity in daily

life after stroke.

Uswatte G;

Hobbs Qadri

L.

Neuropsychology

Rehabilitation

2009 Inglaterra Inglês

A description of the outcomes,

frequency, duration, and intensity of

occupational, physical, and

speech therapy in inpatient

stroke rehabilitation

Karges J;

Smallfied S.

Journal Allied Health

2009 Estados Unidos

Inglês

An integrated motor imagery

program to improve

functional task performance in neurorehabilitati

on: a single-blind

randomized controlled trial.

Bovend'Eerdt TJ; Dawes H;

Sackley C; Izadi H; Wade

DT

Archives of Physical Medicine and

Rehabilitation

2010 Estados Unidos

Inglês

A pilot study of activity-based therapy in the

arm motor recovery post

stroke: a randomized

controlled trial

Rabadi M; Galgano M;

Lynch D; Akerman M; Lesser M; Volpe B

Clinical Rehabilitation

2008 Inglaterra Inglês

Augmenting occupational

therapy treatment of

upper-extremity spasticity with botulinum toxin A: a case report of progress at

discharge and 2 years later

Denham SP

American Journal of

Occupational Therapy

2008 Estados Unidos

Inglês

Benchmark comparison of outcomes for clients with upper-limb dysfunction after stroke using the Australian

Unsworth CA; Bearup AM; Rickard KJ

American Journal of

Occupational Therapy

2009 Estados

Unidos

Inglês

19

Therapy Outcome

Measures for Occupational

Therapy (AusTOMs-OT) Changing face

of stroke: implications for occupational

therapy practice

Wolf TJ; Baum C;

Conner LT

American Journal of

Occupational Therapy

2009 Estados Unidos

Inglês

“Client-centred self-care

intervention after stroke: a

feasibility study”

Guidetti S;

Andersson K;

Andersson M;

Tham K; Von

Koch L

Scandinavian Journal of

Occupational Therapy

2010 Inglaterra Inglês

Clinical utility of the Chedoke

Arm and Hand Activity

Inventory for stroke

rehabilitation.

Gustafsson LA; Turpin

MJ; Dorman CM

Canadian Journal of

Occupational Therapy

2010 Canadá Inglês

Clock drawing from the

occupational therapy adult perceptual

screening test: its correlation

with demographic and clinical

factors in the stroke

population.

Cooke DM; Gustafsson L; Tardiani DL

Australian Occupational

Therapy Journal

2010 Australia Inglês

Cognitive

approach to

improving

participation

after stroke: two

case studies.

Henshaw E;

Polatajko H;

McEwen S;

Ryan JD;

Baum CM

American Journal of

Occupational Therapy

2011 Estados

Unidos

Inglês

Comparison of constraint-

induced movement

therapy and bilateral

treatment of equal intensity in people with chronic upper-

extremity dysfunction

after cerebrovascular

accident

Hayner K, Gibson

G, Giles GM.

American Journal of

Occupational Therapy

2010 Estados Unidos

Inglês

Comparative analysis of

Rampazo FM; Bianchin MA;

Rev Neurologia

2009 Brasil Espanhol

20

occupational therapy benefits

in spastic patients with

hands involvement

before and after botulinum toxin

infiltration

Oliveira FN; Lucato RV

Computer-

based rhythm

and timing

training in

severe, stroke-

induced arm

hemiparesis

Beckelhimer

SC; Dalton

AE; Richter

CA; Hermann

V; Page SJ

American Journal of

Occupational Therapy

2011 Estados

Unidos

Inglês

Content validation of the

International Classificatin of Functioning, Disability and Health (ICF) Core Set for stroke: the

perspective of occupational therapists.

Glässel A;

Kirchberger I;

Linseisen E;

Stamm T;

Cieza A;

Stucki G

Canadian Journal of

Occupational Therapy

2010 Canadá Inglês

Difference in impact of

neurobehavioural dysfunction on Activities of

daily living performance between right

and left hemispheric

stroke

Árnadóttir G, Löfgren

B, Fisher AG

Journal of Rehabilitation M

edicine

2010 Islândia Inglês

Dynamic splinting after treatment with botulinum toxin

type-A: a randomized

controlled pilot study

Lai JM; Francisco

GE; Willis FB

Adventure Therapy

2009 Estados Unidos

Inglês

Effects of an intensive, task-

specific rehabilitation program for

individuals with chronic stroke: a case series

Combs SA, Kelly

SP, Barton R, Ivaska

M, Nowak K

Disability Rehabilitation

2008 Estados Unidos

Inglês

Effects of robotic-aided

rehabilitation on recovery of

Flinn NA; Smith JL; Tripp CJ; White MW

Occupational Therapy

International

2009 Inglaterra Inglês

21

upper extremity function in

chronic stroke: a single case

study.

Effects of combined

robotic therapy and repetitive-

task practice on upper-extremity

function in a patient with

chronic stroke

Rosenstein L; Ridgel AL; Thota A;

Samame B; Alberts JL

American Journal of

Occupational Therapy

2008 Estados Unidos

Inglês

Evaluation of activity and

effectiveness of occupational

therapy in stroke patients

at the early stage of

rehabilitation

Petruseviciene D;

Krisciunas A

Medicina (Kaunas)

2008 Lituânia Inglês

In patient stroke rehabilitation

efficiency: influence of

organization of service delivery

and staff numbers

Woo J; Chan SY; Sum MW; Wong E; Chui

YP

BMC Health Services Research

2008 Inglaterra Inglês

Inter-task transfer of

meaningful, functional skills

following a cognitive-based

treatment: Results of three

multiple baseline design experiments in

adults with chronic stroke.

McEwen SE; Polatajko HJ;

Huijbregts MP; Ryan JD

Neuropsychology

Rehabilitation

2010 Inglaterra Inglês

Is there a role for meaningful

activity in stroke rehabilitation?

Gustafsson L;

McKenna K

Top Stroke Rehabilitation

2010 Estados

Unidos

Inglês

Management of patients with

cognitive impairment after stroke: a survey

of Australian occupational

therapists

Koh CL, Hoffmann

T, Bennett S, McKenna

K.

Australian Occupational

Therapy Journal

2009 Australia Inglês

Observation of amounts of movement

practice

Lang CE; Macdonald

JR; Reisman DS; Boyd L;

Archives of Physical Medicine and

Rehabilitation

2009 Estados Unidos

Inglês

22

provided during stroke

rehabilitation

Jacobson Kimberley

T;Schindler-Ivens SM;

Hornby TG; Ross SA;

Scheets PL Occupational therapy for

stroke patients during the early

stage of in-hospital

rehabilitation: recovery of

cognitive and psychosocial

functions

Petrushevichene DP;

Krishchiunas AI; Savitskas

RIu

Zh Nevrol Psikhiatr Im S S Korsakova

2009 Rússia Russo

Occupational therapy practice

in predriving assessment

post stroke in the Irish

context: findings from a nominal group technique

meeting.

Stapleton T; Connelly D

Top Stroke Rehabilitation

2010 Estados Unidos

Inglês

Occupational therapy

treatment with right half-field

eye-patching for patients with

subacute stroke and unilateral

neglect: a randomised

controlled trial

Tsang MH;

Sze KH; Fong

KN

Disability Rehabilitation

2009 Inglaterra Inglês

Predictors of resuming

therapy within four weeks after discharge from

inpatient rehabilitation.

Ostwald SK; Godwin KM; Cheong H; Cron SG

Top Stroke Rehabilitation

2009 Estados Unidos

Inglês

Relação entre os aspectos das

alterações funcionais e seu

impacto na qualidade de

vida das pessoas com sequelas de

Acidente Vascular

Encefálico (AVE)

Delboni, CCM;

Malengo, CMP;

Schmidt, PRE

Mundo Saúde 2010 Brasil Portuguê

s

Retrospective McMicken BL; Disability 2010 Inglaterra Inglês

23

ratings of 100 first time-

documented stroke patients

on the Functional Oral

Intake Scale

Muzzy CL;

Calahan S

Rehabilitation

Six-day course of repetitive transcranial magnetic

stimulation plus occupational therapy for post-stroke

patients with upper limb

hemiparesis: a case series

study

Kakuda W;

Abo M; Kaito

N; Ishikawa

A; Taguchi K;

Yokoi A

Disability Rehabilitation

2010 Inglaterra Inglês

Stochastic resonance

stimulation for upper limb

rehabilitation poststroke

Stein J, Hughes

R, D'Andrea S, Therrien

B, Niemi J, Krebs

K, Langone L, Harry J

American Journal

Psychical Medical

Rehabilitation

2010 Estados Unidos

Inglês

Task-specific, patient-driven

neuroprosthesis training in

chronic stroke: results of a 3-week clinical

study

Hill-Hermann V; Strasser A;

Albers B; Schofield K; Dunning K; Levine P; Page SJ

American Journal of

Occupational Therapy

2008 Estados Unidos

Inglês

Telerehabilitation and electrical stimulation: an

occupation-based, client-

centered stroke intervention.

Hermann VH; Herzog M; Jordan R; Hofherr M; Levine P; Page SJ

American Journal of

Occupational Therapy

2010 Estados

Unidos

Inglês

The evaluation of the

rehabilitation effects on cognitive

dysfunction and changes in

psychomotor reactions in

stroke patients

Sameniene J; Krisciunas A; Endzelyte E

Medicina (Kaunas)

2008 Lituânia Inglês

The factors influencing the functional state

recovery in cerebral stroke patients during

the second

Milinaviciene E; Rastenyte D; Krisciunas

A

Medicina (Kaunas)

2008 Lituânia Lituânio

24

rehabilitation stage

The impact of timing and dose of rehabilitation

delivery on functional

recovery of stroke patients

Huang HC; Chung KC;

Lai DC; Sung SF

Journal Chinese Medical

Association

2009 China Inglês

Use of occupations

and activities in a modified constraint-

induced movement

therapy program: a musician's

triumphs over chronic

hemiparesis from stroke.

Earley D;

Herlache E;

Skelton DR

American Journal of

Occupational Therapy

2010 Estados

Unidos

Inglês

Using the Australian Therapy Outcome

Measures for Occupational

Therapy (AusTOMs-OT)

to measure outcomes for

clients following stroke

Unsworth CA

Top Stroke Rehabilitation

2008 Estados Unidos

Inglês

Validation of a Danish

translation of an occupational

therapy guideline for

interventions in apraxia: A pilot

study

Hansen T; Steultjens E;

Satink T

Scandinavian Journal of

Occupational Therapy

2009 Inglaterra Inglês

Validation of the

Visual

Recognition

Slide Test with

stroke: a

component of

the New South

Wales

occupational

therapy off-road

driver

rehabilitation

program

George S; Clark M; Crotty M

Australian Occupational

Therapy Journal

2008 Australia Inglês

25

A partir da análise realizada dos estudos foi possível identificar quais

avaliações haviam sido utilizadas. Neste trabalho serão apresentados os dados

obtidos relativos especificamente aos protocolos de avaliações encontrados

nestes estudos que envolviam a atuação dos terapeutas ocupacionais com os

pacientes que sofreram o AVC, os quais foram divididos em duas categorias de

análise: identificação e incidência. Os protocolos encontram-se dispostos na

tabela 4.

Tabela 4: Protocolos de avaliação descritos nos artigos encontrados.

Protocolos de avaliação Incidência entre os estudos encontrados

Action Research Arm Test ARA 2

AusTOcoMs 2

Danish 1

Behavioural Assessment of Dysexecutive Syndrome (BADS)

1

Behavioural Inattention Test (BIT) 1

Geriatric Depression Scale 1

Test of Everyday Attention (TEA) 1

Brain Injury Visual Assessment Battery for Adults (biVABA) 1

Neurobehavioral Cognitive Status Examination (Cognistat) 1

Motor Free Visual Perceptual Test (MVPT)

1

Fugl-Meyer Impairment Scale - Escala de Avaliação de FuglMeyer (EFM)

8

Functional Independence Measure – Medida de Independência Funcional (FIM, MIF)

10

Escala de Ashworth (MAS) 2

Functional Arm Activity Behavioral Observation System - (FAABOS) -

1

Rancho Los Amigos National Rehabilitation Center (RLANRC)

1

Índice de Barthel 5

New South Wales Visual Recognition Slide Test (VRST) 1

Functional Oral Intake Scale (FOIS) 1

Motor Functioning Assessment 1

The Arm Improvement and Movement Checklist 1

The Rivermead's Scale of Activity of Daily Life Índice AVDs de Rivermead

2

26

Hausen's Functional Classification 1

Mini Mental State Examination 3

Health Stroke Scale 1

Berg balance scale 1

Clock Drawing Test – Teste do relógio 1

Oxfordshire Classification System of Stroke 1

The Chedoke Arm 1

Canadian occupational performance measure – (COPM) 6

Lowenstein Occupational Therapy Cognitive Assessment 1

Assessment of Living Skills 1

Hand Activity Inventory (CAHAI)

1

Performance Quality Rating Scale (PQRS) 1

Self- Efficacy Gauge 1

Stroke Impact Scale 4

Ten-Second Test 1

The Arm Improvement and Movement Checklist 1

Timed up and go test 1

Wolf motor function test 5

Dentre os instrumentos encontrados nos 43 artigos que entraram no

presente estudo a Medida de Independência Funcional (MIF) foi o instrumento

mais utilizado aparecendo em dez artigos o equivalente a 23%, seguida da

Escala de Avaliação de FulgMeyer (EFM) mencionada em oito estudos o que

corresponde a 18%, Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM)

utilizada em seis publicações o que equivale a 14%, Índice de Barthel, bem

como Wolf Motor Function (WMFT) aplicados em cinco artigos o que

corresponde a 11%. Os demais instrumentos mencionados em menor

prevalência variam entre instrumentos globais como a Stroke Impact Scale à

específicos como os desenvolvidos para avaliar cognição como o Mini Mental e

Teste do Relógio.

Serão apresentados a seguir, um resumo dos instrumentos de avaliação

que aparecem de maneira mais incidente entre os estudos encontrados.

27

4.1 MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL – MIF

A Medida de Independência Funcional (MIF) é um instrumento de

avaliação que foi desenvolvido na América do Norte e permite avaliar de

maneira quantitativa a carga de cuidados demandada por uma pessoa durante

a realização de uma série de tarefas motoras e cognitivas de vida diária. Entre

as atividades que são avaliadas estão as transferências, autocuidados,

locomoção, controle esfincteriano, comunicação e cognição social, que inclui

interação social, memória e resolução de problemas. Em cada uma dessas

atividades o indivíduo é avaliado e recebe uma pontuação que parte de 1

(dependência total) a 7 (independência completa), dessa forma pontuação total

varia de 18 a 126 (RIBERTO et al., 2004).

4.2 AVALIAÇÃO DE FUGLMEYER – EFM

A Avaliação de FuglMeyer (EFM) é um instrumento quantitativo

introduzido e desenvolvido em 1975 indicado para avaliar a atividade sensório-

motora de membros superiores e inferiores, buscando identificar a atividade

seletiva e padrões sinérgicos de pacientes que sofreram AVC cujo modelo foi

baseado nos métodos de Brunnstrom e Twitchell (MAKI et al., 2006). A EFM

avalia através de um sistema numérico acumulativo seis aspectos do paciente:

dor, amplitude de movimento, sensibilidade, função motora da extremidade

superior e inferior e equilíbrio, coordenação e velocidade, todos estes

componentes devem resultar em 226 pontos; sendo avaliado cada item da

seguinte forma: 0- não pode ser realizado, 1- realizado parcialmente e 2 –

realizado completamente (MAKI et al., 2006).

4.3 MEDIDA CANADENSE DE DESEMPENHO OCUPACIONAL (COPM)

A Medida Canadense de Desempenho Ocupacional - COPM é um

instrumento individualizado produzido para ser utilizado por Terapeutas

Ocupacionais a fim de detectar mudanças na percepção do individuo sobre seu

28

desempenho em atividades de vida diária, produtividade e lazer (LAW et al.,

2009). A avaliação possibilita mensurar por meio de entrevista semi-estruturada

a percepção do paciente em relação à estas áreas de desempenho

ocupacional, a entrevista segue quatro passos. Para Unsworth (1999) apud

Zanni, Bianchi e Marques (2009) o primeiro passo é a identificação pelo

paciente das atividades do dia a dia que deseja realizar e das atividades que

necessita realizar; no segundo passo o paciente deve apontar cinco atividades

de difícil execução em sua rotina diária, e em seguida, dar notas que variem de

no mínimo zero ao máximo de dez, considerando sua performance para

realizá-las e sua satisfação com o resultado final da tarefa executada. Os

passos três e quatro dizem respeito a pontuação do paciente durante

entrevista; confirma-se os cinco problemas mais importantes registrados nos

passos anteriores e classifica-os para a pontuação final; na pontuação final

soma-se os pontos referentes ao desempenho ocupacional e divide pelo

número de problemas (LAW et al., 2009).

4.4. ÍNDICE DE BARTHEL E WOLF MOTOR FUNCTION – WMFT

4.4.1 Índice de Barthel

O Índice de Barthel é instrumento de avaliação de AVDs que visa

identificar o grau independência funcional na realização do cuidado pessoal,

mobilidade, locomoção e eliminações de acordo com a execução de dez

tarefas: alimentação, banho, vestuário, higiene pessoal, eliminações intestinais,

eliminações vesicais, uso do vaso sanitário, transferência cadeira-cama,

deambulação e escadas. A pontuação no geral atribui pontos de 0-100 em

cada categoria, os quais variam de acordo com o tempo e a assistência

necessária, quanto maior a pontuação maior o grau de independência

(MINOSSO et al., 2010).

29

4.4.2 Wolf Motor Function – WMFT

O Wolf Motor Function Test – WMFT é um instrumento que foi

desenvolvido para avaliar as alterações funcionais no membro superior afetado

em pacientes com AVC subagudo ou crônico leve a moderado. A avaliação que

foi inicialmente desenvolvida por Wolf et al. e posteriormente modificada por

Taub et al. permite quantificar a capacidade de movimento do membro superior

através de movimentos de uma ou múltiplas articulações e de tarefas

funcionais. São realizadas quinze provas com marcação de tempo, duas

provas de força e uma escala de capacidade funcional. O teste é iniciado com

uma prova que exige do paciente colocar o antebraço sobre a mesa e progride

para tarefas motoras mais finas e complexas em relevância funcional, como

rodar uma chave numa fechadura (FREITAS; FERNANDES, [20__]).

30

5 DISCUSSÃO

O AVC é expresso como a síndrome neurológica mais comum em

adultos e uma das maiores causas de morbi-mortalidade mundial (GILES, 2008

apud PEREIRA et al., 2009). A cada ano, são 15 milhões de pessoas em todo

o mundo que são vítimas da doença e destes, 5 milhões morrem e outros 5

milhões ficam com incapacidades permanentes (WORLD HEALTH

ORGANIZATION, 2002). Em razão de sua grande expressividade e magnitude,

Pereira et al. (2009) discute a necessidade de uma reflexão a respeito do

impacto causado pela enfermidade à população, como questão de saúde

pública.

A maior parte dos sobreviventes apresenta seqüelas, limitações de

ordem física e intelectual que nos faz pensar na necessidade e disponibilidade

de serviços específicos voltados à reabilitação, dentre eles o de Terapia

Ocupacional. Para Gillen (2005) centrada no tratamento da disfunção

ocupacional, as intervenções destes profissionais abrangem procedimentos

que irão visar à recuperação de funções sensório-motoras, posicionamento,

facilidades para a comunicação e prevenção de dor, além de orientação e/ou

prescrição e aplicação de adaptações que favoreçam o desempenho em

diversas atividades (FOTI, 2005); seu objetivo é o de favorecer a

funcionalidade do indivíduo em diferentes situações do seu novo cotidiano

interrompido pelo adoecido e pelas limitações que apareceram pós AVC.

De acordo com Trevisan (2010) há uma diversidade de informações

disponíveis sobre o AVC e os procedimentos clínicos de terapia ocupacional,

portanto, vários fatores devem ser considerados quando se pretende fazer uma

análise das intervenções com pacientes com AVC, um destes fatores inclui o

conhecimento das avaliações que são utilizadas durante o processo de

reabilitação.

5.1 IDENTIFICAÇÃO DOS ESTUDOS

Dos 43 estudos selecionados, 22 pertencem a países da América do

Norte o que corresponde a 51% das publicações, sendo os Estados Unidos da

América (EUA) o maior destaque com 20 publicações, o equivalente a 47%;

31

entre os países europeus a Inglaterra se destaca com 10 publicações o que

corresponde a 23%; o Brasil aparece em duas publicação (4,5%) como

representante dos estudos da América do Sul. Apesar da baixa incidência em

países em crescente desenvolvimento, como o Brasil, segundo Pereira et al.

(2009) tem se observado preocupação do mundo em desenvolvimento de

estabelecer questões como a prevalência dos AVCs, em especial pela

magnitude da enfermidade e como questão de saúde pública.

Esta alta incidência entre os EUA e a Inglaterra nos estudos demonstra

que há alta prevalência da enfermidade nos respectivos países e um maior

investimento em saúde e produção científica pelos mesmos; além disso,

devemos considerar a origem histórica da Terapia Ocupacional e sua

disseminação como campo profissional entre os países, os quais ocorreram de

maneiras diferentes; nos EUA, em especial, o trabalho foi iniciado junto à

reabilitação de sequelados de guerra, sendo umas das primeiras aparições do

trabalho de terapia ocupacional em todo mundo (SOARES, 1987).

Já Inglaterra, por exemplo, Gutierrez (2009) afirma que mais de 900.000

pessoas estão vivendo com os efeitos do AVC e cerca de metade depende de

terceiros para realização das atividades diárias; o que exige do governo

investimento em serviços e profissionais envolvidos com a reabilitação, como

os terapeutas ocupacionais.

O aparecimento, divulgação e utilização destes instrumentos em países

como os EUA, Austrália e o Canadá, faz parte da necessidade econômica

ditada pelo sistema assistencial, o qual exige dos terapeutas ocupacionais

maior dedicação no desenvolvimento de instrumentos específicos para avaliar

resultados, o que não ocorre no Brasil com os profissionais brasileiros

(LANCMAN; BENETON, 1998; MAGALHÃES, 1997 apud TEDESCO, 2000).

Entre os idiomas dos estudos selecionados, o inglês foi o idioma mais

prevalente 37 (86%), fato este que está intimamente relacionado com a alta

expressividade dos estudos terem sido realizados nos EUA e na Inglaterra, os

quais possuem o inglês como língua de origem. Deve ser lembrado também,

que a alta expressividade do idioma entre os estudos, ocorre em especial pela

universalidade da língua que deixa acessível a leitura e compreensão

mundialmente.

32

Comparando-se os periódicos em que os estudos selecionados se

encontravam, pode-se dizer que, 25 – (58%) foram publicados em periódicos

de áreas relacionadas à prática da terapia ocupacional e 18 – (42%) dos

estudos restantes foram publicados em periódicos específicos de terapia

ocupacional. Esse dado pode refletir o quanto os terapeutas ocupacionais do

meio internacional têm realizado um esforço para divulgação de suas

intervenções na comunidade científica, uma vez que, ao invés das publicações

estarem em periódicos específicos de terapia ocupacional, os quais resultam

em uma leitura direcionada quase que exclusivamente a terapeutas

ocupacionais, eles ganham espaço em revistas vistas por demais profissionais

da saúde.

5.2 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

Para Mota e Nicolato (2008) a escolha do instrumento a ser utilizado

deve ser criteriosa de maneira que permita avaliar aspectos globais e

específicos a fim de permitir também a comparação entre os indivíduos e os

estudos realizados; não sendo possível, portanto, considerar avaliações que

utilizem apenas um método de mensuração frente à singularidade de cada

caso, o profissional deverá ajustar uma avaliação que forneça subsídios

específicos para o delineamento de seu tratamento (TREVISAN, 2010).

Todos os 43 estudos mencionavam pelo menos um instrumento

avaliativo durante a intervenção realizada com o paciente com AVC. Assim,

como já comentado anteriormente, devido a singularidade do AVC, em cada

estudo havia uma clientela com seqüelas específicas que envolviam diferentes

dificuldades e para cada estudo fazia-se necessário a utilização de um

instrumento avaliativo que pudesse oferecer subsídios para as intervenções

subseqüentes, por isso, em muitos estudos apareceram avaliações específicas

criadas por terapeutas ocupacionais como a australiana – AusTOMs-OT, outras

para déficits cognitivos, visuais, destinadas à população idosa, entre outras.

Dentre as cinco avaliações mais prevalentes no estudo, quatro,

respectivamente: MIF, EFM, Índice de Barthel e WFTM são instrumentos que

utilizam medidas quantitativas, através de escalas numéricas e pontuação são

elencados as dificuldades que os avaliados apresentam na execução de

33

diversas atividades. Em contrapartida, a COPM é a única avaliação que utiliza

um modelo qualitativo, já que, o desempenho nas atividades é avaliado através

de um roteiro de entrevista semi-estruturado. A COPM é dentre os

instrumentos mais utilizados a única medida criada para ser utilizada por

terapeutas ocupacionais, sendo os demais utilizados por diversos profissionais

da saúde. Este instrumento avalia atividades de vida diária, produtividade e

lazer, enquanto Índice de Barthel e MIF avaliam as AVDs.

34

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Frente a grande expressividade de instrumentos de avaliação

selecionados considera-se importante, uma reflexão sobre o crescente número

de casos da doença em todo o mundo e em conseqüência disso, uma

crescente preocupação em utilização de instrumentos padronizados que

possam contribuir para mensurar os resultados das intervenções em

reabilitação.

A heterogeneidade dos instrumentos pode ser compreendida a partir da

singularidade do acometimento causado pelo AVC, ou seja, o AVC pode afetar

diferentes estruturas cerebrais e com isso, registram-se diferentes

comprometimentos.

Deve ser valorizada também, a crescente disseminação das ações em

Terapia Ocupacional, em especial, as do meio internacional na comunidade

científica, as quais contribuem para esclarecimento e desenvolvimento de

estudos subseqüentes; além de ajudar na legitimidade da atuação da categorial

profissional.

Esta disseminação mencionada precisa ganhar mais força no Brasil já

que foram encontrados apenas dois estudos de autores brasileiros; percebe-se,

portanto, a necessidade de uma maior divulgação das intervenções em Terapia

Ocupacional com pacientes com seqüela de AVC.

Espera-se que o presente estudo possa contribuir para o

aperfeiçoamento teórico-prático de terapeutas ocupacionais que realizam

intervenções junto a paciente com danos neurológicos.

35

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