instrumentação - aula 4 (1)
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INSTRUMENTAÇÃO
Profº. Uerlis Martins
Professor Uerlis Martins
INSTRUMENTAÇÃO
4.0 – OS TERMORESISTORES
CARACTERISTICAS :
Os termómetros de resistência são aplicados na amplitude de temperatura de -170
°C a +8000 °C.
As vantagens são as seguintes:
• Elevadas amplitudes de temperatura
• Resistência à vibração
• Elevada imunidade ás interferências elétricas
• Estabilidade duradoura
• Elevada robustez
• Elevada precisão
Os termómetros são utilizados, entre outros, nos seguintes setores:
• Indústria química
• Indústria petroquímica
• Indústria farmacêutica
• Indústria energia elétrica
• Engenharia mecânica
• Indústria de produtos alimentares e bebidas
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4.0 – OS TERMORESISTORES (RTD)
São sensores cuja a sua resistência elétrica varia com a temperatura. Logo, a
interação destes com o mensurando ocorre por transferência de calor. Normalmente,
utilizam a platina, o cobre ou o níquel como materiais básicos e apresentam a
seguinte relação com a temperatura.
Onde;
R= resistência do condutor à temperatura T;
Ro = resistência do condutor na temperatura de referencia To, geralmente zero ºC;
α = coeficiente de resistência do material usado, coeficiente térmico, ou coeficiente
linear de temperatura.
O gráfico a seguir mostra a variação da resistência com a temperatura, para alguns
metais comumente empregados. Nele observa-se que as resistências da platina e do
cobre crescem quase linearmente com a temperatura, enquanto, a característica do
níquel, é claramente não linear.
1 1 ToTRoR
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4.0 – OS TERMORESISTORES
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4.0 – OS TERMORESISTORES
Como elemento sensor do termômetro de resistência é selecionado de acordo com
a aplicação, o quadro abaixo apresenta um resumo das características dos três
materiais comumente utilizados.
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4.0 – OS TERMORESISTORES
Exemplo de classes de exatidão para a Platina.
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4.0 – OS TERMORESISTORES
Devido à fragilidade mecânica dos termoresistores há a necessidade de protege-
los, geralmente com tubos do tipo sonda, para imersão no meio cuja temperatura
deve ser medida .
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4.0 – OS TERMORESISTORES
A CONSTRUÇÃO FÍSICA
O bulbo de resistência se compõe de um filamento, ou resistência de Pt, Cu ou Ni,
com diversos revestimentos, de acordo com cada tipo e utilização.
Os sensores de platina, devido a suas características, permitem um funcionamento
até temperaturas mais elevadas, têm seu encapsulamento normalmente em
cerâmica ou vidro
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4.0 – OS TERMORESISTORES
A CONSTRUÇÃO FÍSICA
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4.0 – OS TERMORESISTORES
As termoresistências Pt - 100 são as mais utilizadas industrialmente, devido a sua
grande estabilidade, larga faixa de utilização, alta precisão, boa repetibilidade e alto
tempo de resposta (tempo necessário para o sensor reagir a uma mudança de
temperatura e atingir 63,2 % da variação da temperatura).
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4.0 – OS TERMORESISTORES
TIPOS DE LIGAÇÃO.
As termoresistências são normalmente ligadas a um circuito de medição tipo Ponte
de Wheatstone, sendo que o circuito encontra-se balanceado quando é respeitada
a relação R4*R2 = R3*R1 e, desta forma, não circula corretamente pelo voltimetro,
pois se esta relação é verdadeira, os potenciais nos pontos A e B são idênticos.
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4.0 – OS TERMORESISTORES
LIGAÇÃO A DOIS FIOS.
Neste tipo de montagem, R4 é a termoresistência e R3 a resistência variávelpara balanceamento do circuito. As resistências RL1 e RL2 são asresistências de fiação e ambas estão em série com a termoresistência R4.Esta resistência de fiação tende a aumentar quanto maior for a distânciaentre o sensor e o instrumento, menor for a bitola dos fios ou maior atemperatura ambiente.
Quando a ponte estiver balanceada (não circular corrente pelogalvanômetro) tem-se:
R
RR Para
4213
21421231
RRR
RRRRRR
LL
LL
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LIGAÇÃO A DOIS FIOS.
Tem-se que mesmo com a ponte balanceada, o valor da resistência R3 ainda depende
de R4 mais as resistências de fiação RL1 e RL2, que dependendo de seus valores
podem introduzir erros graves na medição da temperatura. A tabela abaixo mostra a
relação bitola dos condutores x distância máxima entre a termoresistência e o
instrumento receptor.
Alguns instrumentos permitem definir a resistência dos fios e a compensação é feita
automaticamente.
Contudo, devido a resistência RL1 e RL2 serem também influenciadas pela
temperatura ambiente, usualmente utiliza-se cabos com comprimento inferior a dois
metros (com secção de 0,22mm2 – standard).
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4.0 – OS TERMORESISTORES
LIGAÇÃO A TRÊS FIOS.
Este é o método mais utilizado para as termoresistências na indústria. Neste
circuito a configuração elétrica é um pouco diferente, pois na ligação a 2 fios as
resistências de linha estavam em série com o sensor, agora na ligação a 3 fios elas
estão separadas..
R
RR Para
4213
21422131
RRR
RRRRRR
LL
LL
Se os fios de ligação forem do mesmo tipo, tiverem o mesmo comprimento e diâmetro e estiverem na mesma temperatura eles terão o mesmo valor de resistência (RL1 = RL2), assim R3 = R4.
Conhecendo-se o valor de R3 tem-se R4 e na tabela tem-se a Temperatura.O terceiro fio não influencian nos cálculos de medição de resistência.
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4.0 – OS TERMISTORES
Resistores baseados em materiais semicondutores que apresentam grande
variação de resistência com a temperatura.
Podem possuir coeficiente de temperatura positivo (PTC) ou negativo (NTC).
Para essa categoria, a relação da resistência com a temperatura é expressa por:
Onde;
R= resistência na temperatura T ( em Kelvin);
Ro= resistência na temperatura To ( em Kelvin);
β = coeficiente de temperatura ( em Kelvin);
RoeR To
1
T
1 β
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4.0 – OS TERMISTORES
CURVA TÍPICA DE UM NTC
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4.0 – OS TERMOPARES
Em 1822 foi observado por Thomas J. Seebeck que em um circuito formado
por dois materiais diferentes A e B, e duas junções a temperaturas
diferentes, T1 e T2 ,surge uma corrente elétrica.
Em circuito aberto, surge uma tensão cujo valor depende das temperaturas
nas junções e dos materiais.
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4.0 – OS TERMOPARES
EFEITO PELTIER
Quando uma corrente elétrica circula em um circuito formado por dois
materiais diferentes, A e B, e duas junções, uma junção libera calor
(aquece) e a outra absorve calor. A junção que absorve e a que libera calor
depende do sentido da corrente.
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4.0 – OS TERMOPARES
EFEITO THOMPSON
Entre dois pontos a e b com temperaturas diferentes em um condutor
homogêneo é estabelecida uma tensão que depende da natureza do condutor
e das temperaturas Ta e Tb.
.
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4.0 – OS TERMOPARES
1 - Lei do circuito homogêneo ou das temperaturas intermediárias
A diferença de potencial “V” de um termopar, depende somente da natureza
dos condutores e das temperaturas existente nas junções (T1 e T2).
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4.0 – OS TERMOPARES
2 - Lei do condutor intermediário
A diferença de potencial “V” de um termopar, não será afetada se em
qualquer ponto do seu circuito for inserido um terceiro condutor, desde que
as novas junções estejam em uma mesma temperatura.
Implicação prática: em (c) o condutor C corresponde os terminais do circuito
de condicionamento.
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4.0 – OS TERMOPARES
3 - Lei das temperaturas sucessivas
Se quando as junções de um termopar estiverem nas temperaturas T1e T2
gerarem uma tensão V1, e se quando estiverem em temperaturas T2 e T3
gerarem uma tensão V2,então quando as junções estiverem nas temperaturas
T1 e T3, a tensão gerada será igual à soma das tensões V1e V2.
.