instrução normativa scap-dccta 01

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INSTRUÇÃO NORMATIVA SCAP/DCCTA Nº 01/2009 Considerando o teor do acórdão publicado em 27 de março de 2009 pelo Supremo Tribunal Federal - STF em relação à decisão proferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº3772; Considerando as orientações contidas na Nota Jurídica nº 14.914, de 2009, oriunda da Advocacia Geral do Estado - AGE; A Superintendência Central de Administração de Pessoal - SCAP, por intermédio da Diretoria Central de Contagem de Tempo e Aposentadoria - DCCTA, no uso das atribuições conferidas pelo Decreto nº 44. 817, de 25 de maio de 2008, orienta: 1.As regras especiais de aposentadoria alcançadas pela regulamentação da Lei Federal nº11. 301, de 2006, exclusivamente destinadas ao servidor ocupante de cargo de professor são as seguintes: .Art. 40, III, alínea "a" c/c SS5º da CF/88, redação dada pela EC nº41, de 2003; .Art. 6º da EC nº41, de 2003, c/c SS5º do art.40 da CF/88; .Art.2º, incisos I, II e II,SS1º, inciso II e SS4º da EC nº41, de 2003 2.Para aplicação das regras acima citadas, deverá ser adotada a definição de função de magistério conforme disposto na Lei nº nº11. 301, de 2006, desde que se trate de aposentadoria voluntária com vigência a partir de 10 de maio de 2006, data da citada Lei nº Federal. 3.São consideradas "funções de magistério", nos termos definidos pelo STF na ADI 3772, as atividades educativas exercidas pelo professor, incluídas, além da docência, as de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico em estabelecimento público ou privado de educação infantil, ensino fundamental e médio em suas modalidades.

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Instrução Normativa 01/2009 - SEE-MG

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INSTRUO NORMATIVA SCAP/DCCTA N 01/2009

Considerando o teor do acrdo publicado em 27 de maro de 2009 pelo Supremo Tribunal Federal - STF em relao deciso proferida na Ao Direta de Inconstitucionalidade n3772;

Considerando as orientaes contidas na Nota Jurdica n 14.914, de 2009, oriunda da Advocacia Geral do Estado - AGE;

A Superintendncia Central de Administrao de Pessoal - SCAP, por intermdio da Diretoria Central de Contagem de Tempo e Aposentadoria - DCCTA, no uso das atribuies conferidas pelo Decreto n 44. 817, de 25 de maio de 2008, orienta:

1.As regras especiais de aposentadoria alcanadas pela regulamentao da Lei Federal n11. 301, de 2006, exclusivamente destinadas ao servidor ocupante de cargo de professor so as seguintes:

.Art. 40, III, alnea "a" c/c SS5 da CF/88, redao dada pela EC n41, de 2003;

.Art. 6 da EC n41, de 2003, c/c SS5 do art.40 da CF/88;

.Art.2, incisos I, II e II,SS1, inciso II e SS4 da EC n41, de 2003

2.Para aplicao das regras acima citadas, dever ser adotada a definio de funo de magistrio conforme disposto na Lei n n11. 301, de 2006, desde que se trate de aposentadoria voluntria com vigncia a partir de 10 de maio de 2006, data da citada Lei n Federal.

3.So consideradas "funes de magistrio", nos termos definidos pelo STF na ADI 3772, as atividades educativas exercidas pelo professor, includas, alm da docncia, as de direo de unidade escolar e as de coordenao e assessoramento pedaggico em estabelecimento pblico ou privado de educao infantil, ensino fundamental e mdio em suas modalidades.

4.A comprovao de efetivo exerccio de magistrio, quando se tratar de tempo estranho ao servio pblico estadual, se dar por meio de Certido de Tempo de Servio/Contribuio onde, obrigatoriamente, dever ser especificado se a funo exercida se enquadra na definio preconizada pela Lei n 11. 301, de 2006.

5.As certides anteriormente emitidas em desacordo com a orientao contida no item anterior devero ser aditadas ou substitudas, exceto se as informaes nelas contidas forem suficientes para a caracterizao do tempo especial.

6.Enquadram-se na definio preconizada pela Lei n n11. 301, de 2006, alm da regncia de turmas e de aulas, as funes abaixo relacionadas, quando exercidas por professor, inclusive na situao de excedncia parcial ou total, no servio pblico estadual:

FUNES ATRIBUIES BASE LEGAL

Professor /Diretor de Escola*

(*cargo em comisso) Gerenciamento de todas as atividades administrativas e pedaggicas da unidade escolar. Lei n 7.109, de 1977

Lei n 15.293, de 2004

Professor / Vice-Diretor Cooperao no gerenciamento das atividades administrativas e pedaggicas da unidade escolar e substituio do Diretor. Lei n7. 109, de 1977

Lei n 15.293, de 2004

Professor/ Coordenador de Escola Regncia de Turma e gerenciamento das atividades administrativas e pedaggicas da unidade escolar. Lei n 9.381, de 1986 Lei n 15.293, de 2004

Professor/ Orientador de Aprendizagem Regncia de Aulas na educao de jovens e adultos. (supletivo) Lei n 9.381, de 1986

Professor / Ensino do Uso da Biblioteca Ensino do Uso da Biblioteca, aulas de literatura na biblioteca escolar e atendimento ao aluno. Lei n 9.381, de 1986

Professor/ Substituio Eventual de Docentes Regncia de Turma em substituio aos docentes, cooperao nas atividades pedaggicas e na recuperao de alunos Lei n 2.610, de 1962

Professor para Desenvolvimento de Atividades Artsticas de Conjunto ou Professor para Acompanhamento Musical Ensino e acompanhamento de atividades artsticas especficas e exclusivas de Conservatrio Estadual de Msica. Lei n 9.381, de 1986

Professor para Sala de Recursos e Oficinas Pedaggicas Atividades pedaggicas de complementao e suplementao curricular objetivando o desenvolvimento de aptides, habilidades e competncias. Lei n 9.381, de 1986

Professor Intrprete Educacional Acompanhamento e intermediao, em sala de aula, ao aluno que depende de linguagem de sinais ou sensorial. Lei n 9.381, de 1986

Professor de Apoio Pedaggico Atendimento individualizado ao aluno com disfunes graves no processo de escolarizao. Lei n 9.381, de 1986

Professor /Ajustamento Funcional Desenvolvimento de atividades educativas com vistas ao aprimoramento do processo ensino-aprendizagem. Constituio Estadual de 1989.

Professor /Coordenador de Projetos Regncia de Turma ou de Aulas e coordenao de projeto mediante extenso de carga horria. Lei n15. 293, de 2004

Professor/Recuperador de Alunos Funo atribuda ao professor excedente para atendimento a alunos com defasagem de aprendizagem. Lei n 9.381, de 1986

7.O saldo das frias-prmio adquiridas pelo professor, com vigncia at 16.12.1998, data de publicao da EC n20, poder ser computado em dobro, para implemento do tempo necessrio aposentadoria pelas regras especiais.

8.Os perodos de afastamento remunerado, considerados por lei como de efetivo exerccio estadual, somente sero computados como tempo especial, se o professor, anteriormente ao afastamento, se encontrava em exerccio de funo especificada no quadro anterior.

9.No se enquadra na situao prevista no item anterior, o perodo de afastamento remunerado do professor para candidatar-se a cargo eletivo, bem como para o de exerccio de mandato eletivo.

10.O tempo de exerccio do professor em funes ou cargos desempenhados em unidade administrativa que no seja identificada por lei como estabelecimento de ensino, no ser computado como de magistrio para efeitos de aposentadoria especial.

11.Os perodos de afastamento no remunerado, com recolhimento obrigatrio da contribuio previdenciria, na forma da Lei Complementar n64, de 2002, no ser computado para aposentadoria especial, salvo se comprovado, na forma do item 4, o exerccio de funo de magistrio no respectivo perodo.

12.Os professores que cumprirem os requisitos para aposentadoria especial, art. 40, III, alnea "a" c/c SS5 da CF/88, redao dada pela EC n41, de 2003 e art.2, incisos I, II e III, SS1, inciso II e SS4 da EC n41, de 2003, computando tempo de exerccio considerado como de magistrio nos termos desta Instruo Normativa, podero requerer o abono de permanncia conforme critrios estipulados na Resoluo SEPLAG n60, de 08 de julho de 2004.

13.O afastamento preliminar aposentadoria voluntria com clculo proporcional de proventos, com vigncia a partir de 10 de maio de 2006, de professor que comprove direito aposentadoria voluntria especial nos termos definidos por esta Instruo, dever ser revisto pela Superintendncia Regional de Ensino - SRE.

14.Caso o processo de aposentadoria se encontre em tramitao na DCCTA, sem publicao do ato aposentatrio, a SRE dever solicitar pelo e-mail [email protected], sua devoluo para reexame.

15.Na hiptese dos itens 13 e 14, constatado o direito aposentadoria especial, a SRE dever:

a.Providenciar novo requerimento de aposentadoria;

b.Retificar a fundamentao legal do ato concessor do afastamento preliminar;

c.Elaborar novas Folhas de Instruo do Processo de Aposentadoria - FIPA, de acordo com a regra aplicada;

d.Conceder, se for o caso, o adicional de 10%;

e.Proceder aos acertos dos dados funcionais e financeiros no SISAP;

f.Encaminhar DCCTA o processo de aposentadoria devidamente instrudo para anlise e providncias.

16.A aposentadoria voluntria de professor com proventos proporcionais, cujo ato aposentatrio, devidamente publicado, tenha vigncia a partir de 10 de maio de 2006, poder ser revista, desde que haja comprovao do direito aposentadoria voluntria especial nos termos definidos nesta Instruo, mediante requerimento de reviso de proventos protocolado, exclusivamente, na Superintendncia Regional de Ensino.

17.O processo de reviso de proventos somente ser recebido pela DCCTA se instrudo de acordo com as orientaes contidas no Ofcio Circular n04/06 RP/DCCTA.

18.Eventuais dvidas a respeito da aplicabilidade desta Instruo Normativa devem ser encaminhadas para o e-mail: [email protected].

Belo Horizonte, 21 de maio de 2009.

Marilcia Martins Calado

Diretora Central de Contagem de Tempo e Aposentadoria

Antonio Luiz Musa de Noronha

Superintendente Central de Administrao de Pessoal.