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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INTITUTO DE PESQUISA E PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL INSTITUTOS DO MILÊNIO PROJETO: Observatório das Metrópoles: território, coesão social e governança democrática: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Natal, Goiânia e Maringá. COORDENADOR: Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro – IPPUR/UFRJ VICE-COORDENAÇÃO: Suzana Pasternak – FAUUSP INSTITUIÇÃO SEDE: Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional PROCESSO Nº: 420.272/2005-4 VIGÊNCIA: 2005/2008 RELATÓRIO DE ATIVIDADES NÚCLEO RECIFE Maio 2009

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INTITUTO DE PESQUISA E PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL

INSTITUTOS DO MILÊNIO

PROJETO: Observatório das Metrópoles: território, coesão social e governança democrática: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Natal, Goiânia e Maringá.

COORDENADOR: Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro – IPPUR/UFRJ

VICE-COORDENAÇÃO: Suzana Pasternak – FAUUSP

INSTITUIÇÃO SEDE: Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional

PROCESSO Nº: 420.272/2005-4

VIGÊNCIA: 2005/2008

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

NÚCLEO RECIFE

Maio 2009

OBSERVATÓRIO DAS METRÓPOLES RELATÓRIO FINAL- PROJETOS INSTITUTO DO MILÊNIO

NÚCLEO- RECIFE Coordenação: Dra. Maria Ângela de Almeida Souza (MDU/UFPE) Instituições Envolvidas: Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Pernambuco (PPGEO/UFPE) Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Urbano da Universidade Federal de Pernambuco (MDU/UFPE) Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional - FASE Pernambuco Participantes: Dr. Jan Bitoun (PPGEO/UFPE) Dra. Ana Cristinha Fernandes (PPGEO/UFPE) Dra. Maria Rejane Souza de Britto Lyra (PPGEO/UFPE) Dra. Lívia Izabel Bezerra de Miranda (FASE-Pernambuco) Dr. Alcindo Sá (PPGEO/UFPE) Dra. Tânia Bacelar de Araújo (PPGEO/UFPE) Me. Kaynara Lira dos Anjos (Doutoranda - MDU/UFPE) Me. Anselmo Bezerra (Doutorando - PPGEO/UFPE) Me. Luiz Eugênio Carvalho (Doutorando - MDU/UFPE) Me. Evanildo Barbosa da Silva (Doutorando - MDU/UFPE) Me. Demóstenes Moraes (Doutorando - PPGEO/UFPE) Me. José Gleidson Dantas Me. Socorro Leite Me. Amiria Brasi Ailson Barbosa da Silva (Mestrando - PPGEO/UFPE) Arq. Clara Moreira Cientista Ambiental Ana Virgínia Araújo de Abreu Arq. Amanda Florêncio de Macêdo Mariana Agra Galvão (Bolsista IC - Geografia) Julyana Gomes dos Santos (Bolsista IC - Geografia) Sofia Barbosa Mahmood (Bolsista IC - Arquitetura e Urbanismo) Rebeca Batista Gomes (Bolsista IC - Arquitetura e Urbanismo) Lucas Moraes (Bolsista AT – Geografia) Mônica Roque (Bolsista Ensino Médio) INTRODUÇÃO O Observatório Pernambuco de Políticas Públicas e Práticas Sócio-Ambientais, sediado no Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPE, é o resultado de uma cooperação construída, desde 1998, por universitários e por ativistas sociais da Organização Não Governamental FASE - Solidariedade e Educação. Objetiva-se aproximar a produção acadêmica das necessidades da ação social. Essa cooperação evoluiu em uma ampla rede, presente em várias aglomerações metropolitanas do país - A Rede Observatório das Metrópoles – à qual o Observatório PE vinculou-se em 2000. Essa integração ocorreu a partir da pesquisa “Metrópole, Desigualdades Socioespaciais e Governança Urbana: Rio de

Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre e Curitiba”. No ano de 2002, o Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco passa a compor o quadro de instituições que integram o Observatório PE. Essa cooperação realizada na esfera local se manifesta pela elaboração de bancos de informações sobre as realidades urbanas das Zonas Especiais de Interesse Social do Recife, ligadas a um instrumento de gestão participativa com a contribuição de ONGs, parceiras da FASE. Manifesta-se também pela participação de universitários em eventos promovidos pela FASE no decorrer da realização do seu programa de trabalho junto aos movimentos sociais urbanos e no Fórum de Reforma Urbana Pernambuco. A Participação do Observatório PE no Projeto Observatório das Metrópoles: território, coesão social e governança democrática, contribuiu para afirmar a importância da produção do conhecimento, para a construção de políticas públicas de desenvolvimento urbano, nas esferas Municipais, Estadual e Nacional, assim como tem fomentado a aproximação entre as esferas governamentais, da ação social em uma cooperação virtuosa para o enfrentamento dos desafios da elaboração e monitoramento da implementação de políticas públicas compensatórias das fortes condições de desigualdade que marcam o nosso país. Pudemos avaliar que os resultados alcançados pelo Núcleo PE na execução deste projeto, contribuíram para o desenvolvimento econômico e para a resolução de problemas nacionais de cunho social. O Trabalho organizado em rede, seja de pesquisa, seja de extensão vêm possibilitando uma aproximação virtuosa entre pesquisadores de todo país, seja a partir da promoção de encontros presenciais (que ocorrem nas oficinas e seminários nacionais), seja utilizando as ferramentas de aproximação que as novas tecnologias informacionais permitem (conferências eletrônicas, grupos de discussão, e-mails dos diferentes grupos de trabalho). A Pagina do Observatório das Metrópoles, os cursos de formação a distância são ferramentas que colaboram para a interação, troca e construçào de conhecimentos conjuntos sobre os temas estudados. Entre os principais resultados alcançados com projeto, destacamos: a) no âmbito das Pesquisas Acadêmicas locais: o Fortalecimento da rede de pesquisas e a aproximação multidisciplinar entre os programas de pós-graduação em Geografia e Desenvolvimento urbano. Incorporou pesquisadores e influenciou temas de pesquisa de mestrandos e doutorandos. E mais importante, permitiu que Professores, estudantes e técnicos juntam-se para realizar trabalhos que, mantendo características acadêmicas de rigor científico, respondem a uma demanda oriunda daqueles que, em diversos fóruns consultivos ou deliberativos e juntos aos movimentos sociais, estão procurando entender e influenciar as políticas públicas urbanas de modo que essas passam por profundas reformas levando à efetiva superação das práticas de exclusão que, até hoje, as caracterizam. b) No campo da formação de Recursos humanos: A estreita relação entre pesquisadores e atores sociais nas atividades desenvolvidas no Observatório PE tem atraído pesquisadores, graduandos, mestrandos e doutorandos. Hoje estão sendo desenvolvidas 5 teses de doutorado, 2 dissertações de mestrado, e sete monografias de graduação no núcleo. Todos os pesquisadores tiveram acesso a curso de aperfeiçoamento em ferramentas de geoprocessamento e estatísticas, alem de contarem com uma rico universo de informações que vem sendo produzidas pela rede Observatório das metrópoles. c) A transferência de Resultados: Ainda, no âmbito do Observatório PE foi criado o programa de formação: Políticas Públicas e Gestão Local onde são desenvolvidas atividades de extensão para agentes sociais, conselheiros municipais e técnicos, visando fortalecer a participação desses atores na esfera pública e a construção e monitoramento de políticas públicas. Entre as atividades desenvolvidas no programa destacam-se: Curso de extensão universitária para Agentes Sociais e Conselheiros Municipais já em seu oitavo ano; Diálogos sobre filosofia, política e cultura com jovens e movimentos sociais “Papo Cabeça”, e a

criação do “LIPU” Laboratório de Informações e Pesquisas sobre o Urbano (Espaço de consulta de informações para os movimentos populares na FASE PE para discussão sobre Indicadores sociais e os possibilidades de formulação de diagnósticos a partir do Atlas de Desenvolvimento Humano, Metrodata, SIGAP, BD ZEIS, SNIU, SNIG entre outros bancos de dados digitais). Entre as contribuições das pesquisas realizadas no ambito da estruturação de políticas públicas urbanas nas esferas governamental e não governamental pontuamos, ainda: - A Política Nacional de Desenvolvimento Urbano incorporou diagnóstico e classificação/tipologia dos municípios brasileiros formulados e atualizados no decorrer do projeto pelos pesquisadores do Núcleo Pernambuco. Este resultado pode ainda, ser mensurado a partir da série de publicações: Como Andam as Metrópoles e Classificação/Tipologia das cidades Brasileiras; - O Plano Nacional de Habitação de Interesse Social (PLANAB) - também incorporam a tipologia resultante da pesquisa para definição de políticas adequadas às diferentes condições municipais brasileiras; - O enfoque das desigualdades sócio-espaciais metropolitanas tem sido incorporado no desenho nas plataformas pela exigibilidade do direito a cidade e na formulação das Políticas Estaduais de Desenvolvimento Urbano; - O acesso facilitado a informações sistematizadas sobre as desigualdades sócio-espaciais metropolitanas está garantido em bancos de dados disponibilizados em meio remoto: Sistema de Informações das Áreas de Interesse Social da RM Recife (SIGAP) e Atlas de Desenvolvimento Humano Intra-metropolitano da RM Recife; - Cursos de extensão universitária potencializados a partir do Programa Interdisciplinar Políticas Públicas e Gestão Local possibilitou a aproximação dos saberes acadêmicos e empíricos, promovendo o fortalecimento dos atores sociais para participação nas esferas públicas; - Fórum Nacional de Reforma Urbana e suas Instâncias Estaduais incorporaram e prodziram Plataformas de políticas urbanas embasados nos estudos e reflexões produzidos pelo Observatório das Metrópoles; Algumas dificuldades encontradas ao longo da execussão do projeto, ainda precisam ser superadas para potencializar os resultados alcançados em futuras oportunidades de colaboração em pesquisas, formação e difução de informações, são elas: a) O reduzido tamanho da equipe local – frente à demanda de pesquisas desenvolvidas nas quatro linhas de trabalho do projeto; b) A freqüente renovação de pesquisadores/estudantes, visto que os prazos das Bolsas de Iniciação Científica e PIPBIC não são flexíveis ao tempo do projeto. Esta renovação tem implicado em descontinuidades e na necessidade de itensificar o processo de transferência de conhecimento para lidar com as sofisticadas metodologias e instrumentos de pesquisa; c) O domínio, ainda preliminar, da equipe de pesquisadores e coordenadores locais das tecnologias do geoprocessamento e da manipulação de programas estatísticos de dados; d) A abrangência e dificuldades que as metodologias quantitativas e estatísticas apresentam frequentemente grandes e ao mesmo tempo insuficientes bases de dados. Vale ressaltar que esta foi uma das dificuldades melhor contornadas no período da vigência do projeto; e) A administração de novas demandas que se impõem ao desenvolvimento do projeto quando enfrentamos um trabalho de monitoramento de políticas públicas e a aproximação com atividades de extensão.

LINHAS DE PESQUISAS E RESPECTIVOS PROJETOS/ATIVIDADES

Em Pernambuco a equipe se organizou segundo as linhas de pesquisa do projeto, com um coordenador para cada pesquisa, que atuou em conjunto com a Coordenação Regional. Cada linha e pesquisa desenvolveram uma dinâmica de trabalho própria, com reuniões periódicas e com encontros para resolução de questões específicas. LINHA I – Metropolização, dinâmicas intrametropolitanas e o Território Nacional SUBLINHA I.1: Dinâmica Intrametropolitana

Coordenação: Jan Bitoun Atividade 1: Mapeamento dos fluxos do movimento pendular intrametropolitano

Coordenadora do Projeto: Maria Rejane Britto Lyra Principais considerações O Projeto visou observar a espacialização e o mapeamento dos fluxos migratórios

Nacionais, Estaduais e Municipais, e a mobilidade pendular intra-metropolitana para a Região Metropolitana do Recife, no período entre censos 1991 e 2000. Partiu-se do pressuposto que é no núcleo metropolitano (a cidade do Recife) que se concentram os fluxos mais intensos de emigração e de mobilidade para o estudo e para o trabalho. Pôde-se verificar que a mobilidade para o estudo e trabalho ocorre principalmente em direção ao pólo metropolitano (Recife 75%). Verificou-se também que há uma estreita relação entre a mobilidade para o estudo ou trabalho e as taxas geométricas de crescimento das cidades vizinhas ao Recife e os bairros mais periféricos. Os fluxos para os municípios de Olinda e Jaboatão (municípios com alto nível de integração) são os mais significativos (7,5% e 5,5%). Na escala intra-metropolitana destacaram-se, ainda, o forte incremento populacional que recebeu a região de Miribeca (11,46% a.a.) e o entorno da Lagoa Olho d’água (7,92% a.a.) em Jaboatão dos Guararapes e o Centro de Camaragibe (7,31% a.a.). O Crescimento nessas regiões está relacionado ao processo de periferização metropolitano incrementado por ocupações informais e conjuntos habitacionais. É importante observar o forte incremento que acontece nas regiões do litoral de Paulista ao Norte, Guabiraba e Dois Irmãos no Recife e litoral de Ipojuca ao Sul. Essas regiões tradicionalmente ocupadas por segunda residência registram um incremento médio superior 5.0% ao ano. O que significa uma importante transformação de segunda em primeira residência. A região de Aldeia apresenta uma taxa de crescimento mais instável, menor que 2% ao ano.

Desdobramentos Entre os desdobramentos possíveis para o estudo da mobilidade intrametropolitana

na RM Recife, observa-se a atualização dos estudos a partir do Censo demográfico de 2010, que deve colocar a possibilidade de analise comparativa sobre o tema da mobilidade para o trabalho e estudo, um vez que esta variável não consta nas bases censitária anteriores a 2000. A hipótese formulada é que a dinâmica intrametropolitana revela novos fluxos e processos socioespaciais de concentração e dispersão simultaneamente e é preciso mapear os novos arranjos espaciais decorrentes destas articulações.

Atividade 2: Produção do Espaço Intra-Metropolitano rural-urbano: o caso da RM do Recife Coordenação do Projeto: Lívia Miranda

O Projeto visou analisar os processos de produção do espaço em áreas de transição rural-urbanas metropolitanas considerando que as relações rural/urbano como problemática relevante para o Planejamento Urbano, seja nos aspectos socioeconômicos, seja nos aspectos físico-territoriais. Não há ainda um conjunto de referências conceituais e técnicas de suporte ao planejamento que enfrentem os processos socioespaciais nas áreas de transição rural-urbana no Brasil. Nessas áreas emergem questões que requerem novas ferramentas para sua compreensão. Existem poucos descritores organizados para apoiar os estudos e a caracterização das áreas de transição rural-urbana, assim como poucos indicadores, parâmetros e instrumentos de planejamento, regulação e gestão. Até mesmo as competências federativas são pouco claras levando em conta as características dessas áreas. O Estudo ofereceu elementos para a discussão sobre os processos espaciais e as possibilidades de planejamento em áreas de transição rural-urbana situadas nas aglomerações metropolitanas, considerando: i) a diversidade de processos espaciais; ii) as informações e metodologias disponíveis para caracterizar tais processos; iii) o arcabouço institucional e regulador disponível. Para observar as essas questões, trabalhou-se com as áreas de transição rural-urbana da Região Metropolitana do Recife (RM Recife) enquanto área objeto de estudo. Essa região esboça fortes conflitos de urbanização nas zonas rurais que mantêm a agroindústria canavieira como significativo ativo econômico. Tal situação permitirá a observação de especificidades, de forma que possam ter aplicabilidade em outras realidades para garantir uma visão mais estruturadora das áreas de transição rural-urbana. SUBLINHA II.2: O Metropolitano e Não-Metropolitano no Território Nacional Atividade 1: Caracterização Tipologia das Cidades Brasileiras

Coordenadores do Projeto: Jan Bitoun e Tânia Bacelar

O projeto pretendeu dar continuidade ao estudo da Tipologia das Cidades Brasileiras, desenvolvido pelo Observatório das Metrópoles de Pernambuco, sob demanda do Ministério das Cidades (2005). A metodologia utilizada foi atualizada no âmbito do Projeto Observatório das Metrópoles: território, coesão social e governança democrática (2006-2008). Entende-se que a diversidade dos municípios brasileiros, em um contexto crescente de implementação das políticas nacionais de desenvolvimento territorial, não pode prescindir de uma constante atenção à dimensão regional e à perspectiva de integração dos territórios municipais. Nesse sentido o projeto objetiva monitorar e subsidiar a construção e implementação da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano, nas suas relações com as políticas territoriais de desenvolvimento regional, local e agrário. Objetiva também observar as características das desigualdades inter-regionais e estudar a malha urbana para situar as aglomerações metropolitanas em seus ambientes regionais, com base na diversidade dos territórios não-metropolitanos.

No âmbito desse projeto foi possível executar: (i) um aprofundamento da reflexão sobre a retomada das políticas de planejamento territorial, tendo como mote a diversidade dos municípios brasileiros, justificada pela importância do dialogo entre o urbano/regional e o regional/urbano, evidenciado pelos trabalhos acadêmicos e pelas próprias políticas; (ii) a atualização da Tipologia das Cidades, para analisar a diversidade em movimento, com base na Política Nacional de Desenvolvimento Regional (2005); informações do IBGE (2000); e dados da educação (implantação de novos CEFETs e IFES). Movimentos demográficos e estudo do IBGE – Regiões de Influência das Cidades (REGIC) a ser divulgado em breve; (iii) a discussão acerca da relação entre a diversidade evidenciada na Tipologia das Cidades e as Políticas Territoriais dos diferentes Ministérios (MIN/PROMESO, CASA CIVIL/TERRITORIOS DA CIDADANIA, MICidades/PLANAHB), com o objetivo de analisar e acompanhar a relação entre o urbano e o regional, a partir das políticas de

desenvolvimento em base territorial, verificando se há ou não o diálogo com a diversidade apresentada pela tipologia, destacando a importância da tipologia para um olhar sobre os territórios; (iv) dialogar com o Estudo do CEDEPLAR (proposta para um Brasil Policentrico) sobre as possibilidades de refinamento escalar, apontando outros níveis de atuação estatal. Assim foi possível alimentar o debate rumos de política urbana, com ênfase na articulação com demais políticas territoriais e na concepção de diretrizes adequadas à diversidade das cidades de menor tamanho.

Partindo-se da pesquisa Classificação/tipologia das Cidades Brasileiras, (2005) onde foram apresentados 19 tipos de cidades no Brasil, buscou-se oferecer elementos para subsidiar a reflexão: a) Como a Política Nacional e Desenvolvimento Urbano poderia reduzir as disparidades regionais, considerando a grande diversidade do urbano brasileiro?

Em linhas gerais pudemos destacar que: a) Metrópoles do Norte e Nordeste apresentam diferenças expressivas em relação as do Centro-Sul b) A Política urbana ainda não conseguiu enfrentar a diversidade: de um lado a concentração das áreas metropolitanas, justificando uma política metropolitana. Mas do outro lado, não tem enfrentado o isolamento de algumas sedes. c) A desarticulação entre a promoção das políticas urbano-regional (quem trabalha cidade não discute o território, quem discute o território não debate as cidades);

A análise das diferentes regionalizações do território nacional para definição de políticas mostrou que:

a) As iniciativas que pouco dialogam: algumas partem do território outras das cidades; b) Brasil rural/urbano disperso (agronegócio e « grotões ») e Brasil urbano com grandes concentrações metropolitanas e forte densidade da malha urbana; c) Territorialidades político-administrativas (estados e municípios) da federação vs escalas de diagnóstico e escalas operacionais – um dilema comum para todos;

Desdobramentos

Entende-se que a diversidade dos municípios brasileiros, em um contexto crescente

de implementação das políticas nacionais de desenvolvimento territorial, não pode prescindir de uma constante atenção à dimensão regional e à perspectiva de integração dos territórios municipais. Assim, mostra-se relevante dar continuidade aos estudos a partir de (i) um aprofundamento da reflexão sobre a retomada das políticas de planejamento territorial, tendo como mote a diversidade dos munícipios brasileiros, justificada pela importância do dialogo entre o urbano/regional e o regional/urbano, evidenciado pelos trabalhos acadêmicos e pelas próprias políticas; (ii) a atualização da Tipologia das Cidades, para analisar a diversidade em movimento, com base na Política Nacional de Desenvolvimento Regional (2005); informações do IBGE (2008 e 2010); e dados da educação (implantação de novos CEFETs e IFES). Movimentos demográficos e populacionais (Censo de 2010); estudo do IBGE – Regiões de Iinfluência das Cidades (REGIC) a ser divulgado em breve; (iii) a discussão acerca da relação entre a diversidade evidenciada na Tipologia das Cidades e as Políticas Territoriais dos diferentes Ministérios (MIN/PROMESO, CASA CIVIL/TERRITORIOS DA CIDADANIA, MICidades/PLANAHB), com o objetivo de analisar e acompanhar a relação entre o urbano e o regional, a partir das políticas de desenvolvimento em base territorial,, verificando se há ou não o diálogo com a diversidade apresentada pela tipologia, destacando a importância da tipologia para um olhar sobre os territórios; (iv) dialogar com o Estudo do CEDEPLAR

(proposta para um Brasil Policentrico) sobre as possibilidades de refinamento escalar, apontando outros níveis de atuação estatal. Resultados quantitativos Livro Título do livro: Desenvolvimento e Cidades no Brasil: Contribuições para o Debate sobre as Políticas Territoriais Ano: 2009 Nome dos Organizadores: Lívia Miranda, Jan Bitoun Nome dos autores: Jan Bitoun, Tânia Bacelar, Livia Miranda, Ana Cristina Fernandes, Anselmo Cesar Bezerra, Neyson Freire Número do Volume: 1 Página inicial: 1 Página final: 150 Numero da Edição: Primeira ISBN: 978-85-86471-45-2 Cidade da editora: Rio de Janeiro Nome da editora: Fase/Observatório das Metrópoles Título do livro: Tipologia das Cidades Brasileiras Ano: 2009 Nome dos autores: Jan Bitoun, Tânia Bacelar, Livia Miranda, Ana Cristina Fernandes Número do Volume: 2 Página inicial: 1 Página final: 270 Numero da Edição: 2 Série: Conjuntura Urbana ISBN: 9788577850419 Cidade da editora: Rio de Janeiro Nome da editora: Observatório das Metropoles, Letra Capital Título do livro: Como Andam Natal e Recife Ano: 2009 Nome dos organizadores: Maria Ângela de Almeida Souza e Maria do Livramento Clementino Nome dos autores: Jan Bitoun, Livia Miranda, Maria Ângela de Almeida Souza Número do Volume: 6 Página inicial: 1 Página final: 224 Numero da Edição: 2 Série: Conjuntura Urbana ISBN: 9788577850457 Cidade da editora: Rio de Janeiro Nome da editora: Observatório das Metropoles, Letra Capital Artigo Nacional Título: Sulanca X Muamba: rede social que alimenta a migração de retorno Ano: 2005

Nome dos autores: Maria Rejane de Brito Lyra Meio de divulgação: impresso Título do periódico/revista: São Paulo em Perspectiva - Movimentos Migratorio nas Metrópoles ISSN: 1806-9452 Volume: 19 Página inicial: 144 Página final: 154 Apresentação em Eventos Internacionais Título: Cidadania e Desenvolvimento local: a centralidade do território Ano: 2007 Nome dos autores: Jan Bitoun Meio de divulgação: CD-Rom Nome do Evendo: X Colóquio Internacional sobre o Polder local: o Futuro da Gestão Natureza do Evento: Colóquio Cidade: Salvador Página inicial: s/pag Página final: s/pag Apresentação em Eventos Nacionais Título: O Regional e o Metropolitano: desafios do Desenvolvimento Nacional Ano: 2005 Nome dos autores: Lívia Miranda Meio de divulgação: cd-rom Nome do Evento: IX Simpósio Nacional de geografia Urbana Natureza do Evento: Simpósio Cidade: Manaus Página inicial: s/pag Página final: s/pag Título: Cidade e Região: Uma Tipologia das Cidades Brasileiras. Ano: 2006 Nome dos autores: Ana Cristina Fernandes Nome do Evento: Mestrado em Desenvolvimento e Planejamento Territorial da Universidade Federal do Pará Natureza do Evento: Conferência Cidade: Goiania Título: Tipologia das Cidades Brasileira Ano: 2005 Nome dos autores: Ana Cristina Fernandes, Lívia Miranda, Jan Bitoun, Angela Souza Meio de divulgação: CD-Rom Nome do Evento: XI Encontro nacional da ANPUR Natureza do Evento: Congresso Cidade: Manaus Título: Tipologia das Cidades Brasileiras Ano: 2005

Nome dos autores: Ana Cristina Fernandes, Tania Bacelar de Araújo, Lívia Miranda, Jan Bitoun, Angela Souza Meio de divulgação: CD-rom Nome do Evento: Simpurb Natureza do Evento: Congresso Cidade: Manaus Título: Uma Tipologia para as Cidades Brasileiras Ano: 2005 Nome dos autores: Ana Cristina Fernandes, Tania Bacelar de Araújo, Lívia Miranda, Jan Bitoun, Angela Souza Nome do Evento: Programa de Pós Graduação em Arquitetura CCHLA- UFRN Natureza do Evento: Palestra Cidade: Natal Título: Cidadania e Desenvolvimento local: a centralidade do território Ano: 2007 Nome dos autores: Jan Bitoun Meio de divulgação: web (www.gestaosocial.org.br/.../Coloquio/x-coloquio/) Nome do Evento: X Colóqui Internacional sobre o Polder local: o Futuro da Gestão Natureza do Evento: Seminário Cidade: Salvador Título: A nova Tipologia das Cidades Brasileiras Ano: 2005 Nome dos autores: Tânia Bacelar Nome do Evento: II Conferência Nacional das Cidades Natureza do Evento: Outra Cidade: Brasília Título: Nova Tipologia das Cidades Brasileiras Ano: 2005 Nome dos autores: Tânia Bacelar Nome do Evento: Sexta Reunião Ordinária do Conselho nacional das Cidades Natureza do Evento: Outra Cidade: Brasília Título: A Metropolização e os Urbanos Brasileiros Ano: 2008 Nome dos autores: Jan Bitoun, Anselmo Cesar Bezerra Nome do Evento: III Seminário NacionalTerritório, Coesão Social e Governança Democrática Natureza do Evento: Seminário Cidade: Maringá Título: Região de Influência de Cidades - REGIC Ano: 2006 Nome dos autores: jan Bitoun Nome do Evento: II Encontro nacional de Produtores e Usuários de Informações Sociais, Econômicas e Territoriais - IBGE Natureza do Evento: Seminário

Cidade: Rio de Janeiro Banco de dados Nome: Classificação/Tipologia das Cidades Brasileiras Fonte: Fase, Observatório das Metropoles, UFPE Data de Referência: 2005 Tamanho: População Brasil Unidade do banco: pessoas, domicílios Referência espacial: Municipios Nome: Classificação/tipologia das cidades brasileiras, 2008 Fonte: FASE, UFPE, Observatório das Metrópoles PE Data de Referência: 2009 Tamanho: População Brasil Unidade do banco: Pessoas, domicílio Referência espacial: Municipio Relatórios Título do relatório: Fluxo Migratório Para A Região Metropolitana Do Recife No Período 1990-2000 Ano: 2008 Nome dos autores: Maria Rejane Souza Brito Meio de divulgação: mimeo Número de páginas: 10 Título do relatório: Classificação - Tipologia para as Cidades Brasileiras, 2008 Ano: 2008 Nome dos autores: Ana Cristina Fernandes, Jan Bitoun, Tânia Bacelar, Lívia Miranda, Anselmo Cesar Meio de divulgação: Mimeo Número de páginas: 40 Título do relatório: Sistema nacional de Informações das Cidades: Classificação/tipologia das Cidades Brasileiras (Relatório da atividade 5.1) Ano: 2005 Nome dos autores: Ana Cristina Fernandes, Tania Bacelar de Araújo, Lívia Miranda, Jan Bitoun, Angela Souza Meio de divulgação: mimeo Número de páginas: 54 Título do relatório: Como Anda a RMRecife Ano: 2006 Nome dos autores: Maria Angela de Almeida Souza (coord.), Jan Bitoun, Livia Miranda e Maria Rejane de Britto Lyra Meio de divulgação: impresso Número de páginas: 128 Tese

Título: Planejamento e Produção do Espaço em äreas de Transição Rural-urbana: O caso da RM Recife Ano: 2008 Nome do autor: Lívia Miranda Instituição: Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano da RM Recife Área de conhecimento: Planejamento Urbano, Metropolização, Produção do Espaço LINHA II - Dimensão sócio-espacial da exclusão/integração nas metrópoles: estudos comparativos SUBLINHA II.2: Descrição, análise da dinâmica e evolução da organização social do território das Metrópoles - 1980/2000 Atividade 1: Atualização e expansão da análise da organização social dos territórios das metrópoles e a identificação das tendências de transformação de longo prazo - 1980/2000.

Coordenadora do projeto: Lívia Miranda A pesquisa abordou a dinâmica de crescimento demográfico, o processo de expansão

das periferias, o distinto peso que apresentam os municípios metropolitanos no que se refere à participação na renda e na dinâmica da economia, além da caracterização de indicadores de exclusão – educação, moradia, mobilidade residencial, renda, violência, entre outros. O fenômeno metropolitano foi enfocado na perspectiva da tendência à segmentação socioespacial, dados os evidentes espaços exclusivos das categorias sociais abastadas e o crescimento da diversidade da estrutura social e da complexidade de sua distribuição espacial.

Alguns fatores podem ser destacados como condicionantes da organização espacial e da estruturação da área metropolitana recifense:

i) o direcionamento da ocupação urbana do território por meio das antigas estradas de penetração no território regional a partir do Recife; ii) a presença de um núcleo irradiador forte - a cidade do Recife; iii) a permanência das antigas vilas e povoações como núcleos da nova estrutura urbana metropolitana; iv) a permanência da grande propriedade agrícola (cana-de-açúcar) nos limites da área urbana e o conseqüente bloqueio à expansão dos núcleos urbanos de municípios, como Ipojuca e Moreno; v) a ocupação das planícies e das áreas próximas à água para a localização das edificações dos grupos e atividades sociais de maior prestígio e valor econômico (foz e margem do rio Capibaribe, praias de Boa Viagem, Piedade e Candeias, Casa Caiada, Pau Amarelo); vi) a progressiva substituição de sistemas ecológicos frágeis, principalmente os estuários, com seus mangues e matas, por áreas urbanas; vii) o processo de ganho de área de ocupação urbana sobre as áreas alagadas (conquistadas quase sempre pelos grupos sociais desprivilegiados economicamente e, que posteriormente, passam a ser apropriadas pela cidade dos privilegiados por meio dos mecanismos do mercado imobiliário); viii) a substituição do tecido urbano tradicional por um novo, onde se mantém, em geral, a morfologia da ocupação (traçado viário e parcelamento do solo), e substitui-se a edificação (tipologia edificatória) por outra de maior densidade construtiva;

ix) a formação de grande quantidade de pequenos vazios de edificações para especulação no interior da área urbana e que podem ficar desocupados por tempos muito longos. Para a dinâmica e organização espacial da RM Recife, destacaram-se ainda outros

fatores conjunturais/locais que tiveram relevante contribuição: i) a instalação de distritos e áreas industriais fora da capital do estado – parte expressiva da atividade industrial está localizada nos municípios do Cabo, Jaboatão e Paulista; ii) a lógica da localização dos empreendimentos imobiliários, financiados pelo BNH; iii) os investimentos em infra-estrutura, que privilegiaram as áreas ocupadas pelos estratos de média e alta renda – consolidaram padrões de moradia (incluindo a segunda residência), como por exemplo, os condomínios de segunda residência em Aldeia; iv) o deslocamento do terciário nobre inclusive para novas formas de funcionamento, como os shopping centers; v) as legislações urbanísticas dos municípios que definiram parâmetros diferenciados de ocupação e com pouca efetividade; vi) os processos diversificados de valorização do solo na RM Recife. As áreas de transição rural-urbana, como já se observou no capítulo anterior, foram fortemente impactadas pelas políticas governamentais que promoveram a urbanização periférica nos anos 1970 e 1980. Um olhar mais atento revela que mais do que a desigualdade entre municípios, a

desigualdade intramunicipal é importante, especialmente em municípios pólo e do núcleo de muito alta integração. A impotência em reduzir essa desigualdade resultou na proliferação de espaços fechados e hostis fragmentando a cidade em bolsões de riqueza onde se concentra a vida econômica oficial. As propostas de renovação dos espaços centrais, se não incluírem a requalificação de assentamentos populares pobres no mesmo ritmo dos novos empreendimentos, serão fadadas a ampliar essa desigualdade. Em periferias da Região Metropolitana, especialmente no Cabo e em Ipojuca e a Oeste com a duplicação da BR 232, há sinais e evidências de novos e grandes empreendimentos. Esses empreendedores encontram administrações municipais pouco profissionais e subdimensionadas e populações com pouca formação. Há então o risco de constituição de enclaves e da reprodução precoce de espaços segregados. Finalmente, fora dessas áreas de especial dinamismo e de desigualdade posta ou por vir, há muitos e extensos espaços com condições precárias de moradia em alagados, colinas e mesmo em conjuntos habitacionais mal conservados. Não há recursos locais suficientes para implantar ou recuperar as infraestruturas necessárias à qualidade da moradia e dos ambientes públicos. A recuperação desses espaços envolve um esforço nacional e coordenado.

Desdobramentos A pesquisa propiciou a identificação da organização socioespacial da RMRecife, nas

últimas décadas, constituindo-se referência para o desenvolvimento de outros projetos que busquem explicar, sob diversas abordagens, esta realidade.

A inserção do Observatório das Metrópoles no grupo de trabalho para produção do Atlas Intra-metropolitano de Desenvolvimento Humano da RM Recife veio fortalecer as análises sobre as desigualdades socioespaciais intra-metropolitanas. A pesquisa é desenvolvida a partir de convênio de cooperação técnica entre o Programa de Pós-graduação em Geografia (Observatório das Metrópoles PE), Prefeitura do Recife, Agencia

de Desenvolvimento Municipal CONDEPE-FIDEM, programa das nações Unidas para o Desenvolvimento-PNUD, Fundação João Pinheiro. Foi financiada pela Prefeitura do Recife/Projeto PNUD BRA 01/032.

O conceito de Desenvolvimento Humano é a base do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), publicado anualmente pelo PNUD/ONU, e também do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O pressuposto básico é que, para se aferir o avanço de uma população, não se deve considerar apenas a dimensão econômica mas também outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana.

A forte desigualdade social e a grande dimensão da pobreza são as marcas principais da sociedade recifense. A moderna e cosmopolita Boa Viagem — que abriga uma minoria rica — contrasta com o Coque, abrigo dos pobres e esquecido pelo Poder Público e mais ainda com os distritos e povoados cercados de canaviais em Ipojuca ou Igarassú. É isso que retrata o Atlas do Desenvolvimento Humano da RM Recife. Mas o Recife apenas reproduz, à sua escala, o que ocorre na grande maioria das metrópoles e nos principais centros urbanos do País. Daí o questionamento sobre a sustentabilidade do desenvolvimento brasileiro e, por extensão, desenvolvimento de espaços urbanos como o do Recife. Não se pode considerar que tenha ocorrido, aqui, desenvolvimento. O Recife não pode ser considerado desenvolvido, sendo tão desigual. As sociedades tidas como desenvolvidas são sempre muito mais homogêneas.

Ter uma pequena elite moderna — que experimenta excelente padrão de vida — não define uma sociedade como desenvolvida. A presença de uma maioria excluída, com precários índices de acesso a condições decentes de vida, serve como elemento de questionamento à sustentabilidade do processo que se construiu. E reclama pela rediscussão do que seja, verdadeiramente, um processo de desenvolvimento. O Atlas do Desenvolvimento Humano na RM Recife estimula essa reflexão

As principais conclusões, oferecidas pela pesquisa, servem para alimentar uma série de outros debates, criando a possibilidade de estimular iniciativas que reduzam a desigualdade social e ampliem a cidadania num lugar de tanta beleza natural, com uma longa história de lutas sociais e políticas. Questiona-se, por exemplo, até que ponto os municípios da Região Metropolitana do Recife, na sua diversidade e relações de complementaridade, apresentam condições financeiras de assumir ações em cooperação, entre si e com outros níveis de governo, visando participar ativamente de uma política de desenvolvimento urbano sustentável? Esse tema deverá ser aprofundado futuramente pelo núcleo Recife. Resultados Quantitativos

Artigo Nacional

Título: Demografia Ano: 2009 Nome dos autores: Maria Rejane Britto Lyra e Maria Angela de Almeida Souza Meio de divulgação: CD-RON Título do periódico/revista: Atlas Intra-Metropolitano de Desenvolvimento Humano do Recife ISSN: no prelo Página inicial: s/pag. Página final: s/pag. Título: Desigualdades e Desenvolvimento Humano na RM Recife Ano: 2009 Nome dos autores: Jan Bitoun

Meio de divulgação: CD-RON Título do periódico/revista: Atlas Intra-Metropolitano de Desenvolvimento Humano ISSN: no prelo Página inicial: s/pag. Página final: s/pag. Título: Habitação Ano: 2009 Nome dos autores: Maria Angela de Almeida Souza Meio de divulgação: CD-RON Título do periódico/revista: Atlas Intra-Metropolitano de Desenvolvimento Humano ISSN: no prelo Página inicial: s/pag. Página final: s/pag. Título: Desenvolvimento Humano e Habitação Ano: 2005 Nome dos autores: Lívia Miranda Meio de divulgação: CD-RON Título do periódico/revista: Desenvolvimento Humano no Recife: Atlas Municipal ISSN: 85-60532-00-5 Página inicial: s/pag. Página final: s/pag. Título: Demografia e Saúde-Perfil da População Ano: 2005 Nome dos autores: Maria Angela de Almeida Souza, Jan Bitoun, Maria Rejane Britto Lyra Meio de divulgação: CD-RON Título do periódico/revista: Desenvolvimento Humano no Recife: Atlas Municipal ISSN: 85-60532-00-5 Página inicial: s/pag. Página final: s/pag. Título: O que revelam os Ïndices de Desenvolvimento Humano Ano: 2005 Nome dos autores: Jan Bitoun Meio de divulgação: CD-RON Título do periódico/revista: Desenvolvimento Humano no Recife: Atlas Municipal ISSN: 85-60532-00-5 Página inicial: s/pag. Página final: s/pag. Título: Recife: Desenvolvimento e Desigualdades Ano: 2005 Nome dos autores: Tânia Bacelar de Araújo, Tarcísio Patrício Meio de divulgação: CD-RON Título do periódico/revista: Desenvolvimento Humano no Recife: Atlas Municipal ISSN: 85-60532-00-5 Página inicial: s/pag. Página final: s/pag.

Capítulo de Livro

Título do capítulo: Representações geográficas da desigualdade intra-urbana, crescimento econômico e violência urbana: uma reflexão a partir do Atlas de Desenvolvimento Humano do Recife. Ano: 2008 Nome dos autores: Jan Bitoun Meio de divulgação: Impresso Título do livro: Pelo direito à vida: A Construção de um espaço cidadão Nome dos organizadores: Alcindo José de Sá Número do Volume: 1 Página inicial: 55 Página final: 62 Numero da Edição: 1 Série: ISBN: 978-85-7315-5 Cidade da editora: Recife Nome da editora: Editora Universitária da UFPE Apresentação de Trabalho

Título: O que significam os Indicadores de Desenvolvimento Humano Ano: 2005 Nome dos autores: Jan Bitoun Meio de divulgação: CD-RON Nome do Evento: O Atlas de Desenvolvimento Humano no Recife - Prefeitura do Recife e PNUD Natureza do Evento: Conferência Cidade: Recife Página inicial: s/pag. Página final: s/pag. Banco de dados Nome: Atlas Intra-Metropolitano de Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana do Recife Fonte: IBGE Data de Referência: 2009 Tamanho: Amostra Unidade do banco: pessoas, domicilios Referência espacial: Unidades de Desenvolvimento Humano Relatórios Título do relatório: Análise da Estruturação Intra-Metropolitana da Região Metropolitana do Recife Ano: 2008 Nome dos autores: Maria Angela de Almeida Souza (coord.), Jan Bitoun, Livia Miranda e Maria Rejane de Britto Lyra Meio de divulgação: impresso Número de páginas: 128

Atividade 2: Análise da relação entre estruturação sócio-espacial das metrópoles e a organização morfológica das metrópoles

Coordenadora da pesquisa local – Lívia Miranda A pesquisa identifica na RM Recife (com base nos agrupamentos de 98 áreas por análise fatorial em 9 tipos de áreas em 91 e em 8 tipos em 2000) algumas estruturas sócio-espaciais permanentes com forte estabilidade: 1) Assentamentos populares densos e consolidados (do núcleo e dos municípios muito integrados) que mantêm em 91 e 2000 a mesma composição socio-ocupacional e reunem em ambos os anos 31 das 98 áreas nas quais foi dividida a RMR (Ocupações Médias - crescendo em 2000, Trab. do Terciário Especializado - em forte crescimento, Trab. do terciário não especializado - em redução - e Trabalhadores do Secundário - em forte redução); essas discretas evoluções sugerem que aqui a estabilidade urbana permite uma leve promoção com o passar do tempo, associada às mudanças estruturais no mercado de trabalho (terciarização e especialização). É o perfil dito "popular". 2) Conjuntos habitacionais, alguns no Recife mas na maioria em municípios vizinhos, estruturas herdadas do BNH, reunindo em ambos os anos 11 áreas com composição sócio-ocupacional relativamente estável: forte predominância das ocupações médias caindo de 1991 a 2000, Trabalhadores do Secundário estável e do Terciário Especializado em forte crescimento; é o perfil dito "médio" e a evolução sugere que os ocupados em ocupações médias não encontram mais lá seu habitat já que os conjuntos são antigos e esses novos ocupados recorrem aos assentamentos populares consolidados que assim se diversificam socialmente. Somadas correspondem a 42 das 98 áreas, agrupam muito mais da metade da população e correspondem ao perfil socio-espacial médio da aglomeração. 3) Acima, socialmente falando, desse perfil médio, temos:

- Áreas consolidadas (casas e prédios) da cidade formal no núcleo ao longo dos eixos principais e na orla em Olinda, Jaboatão com tb 11 áreas em ambos os anos caracterizadas por ocupados em categorias ditas média-superiores (ocupações médias, Intelectuais e "dirigentes", havendo uma redução relativa dos segmentos mais pobres). A orla de Paulista, por não ter se valorizado tanto passou de um perfil médio-superior em 1991 para um perfil médio em 2000 Muito abaixo desse perfil médio, temos: - Áreas de canaviais do sul e do oeste da RMR (3 áreas em 91 e 2000) com ainda forte peso dos agricultores reduzindo-se bastante, representa a franja rural com ainda fortes características rurais. Nelas, há um crescimento dos trabalhadores do secundário.

4) Entre essas áreas mais ou menos estáveis e fora delas (na franja rural/urbana) há movimentos:

a) elitização concentrada (orla de Boa Viagem e Graças: perfil "superior") com forte peso dos dirigentes que também se espalham em outras áreas (condomínios fechados ou passagem de 2ª a 1ª residência). b) efeito da mobilidade populacional 91-2000 com crescimento de assentamentos populares em algumas áreas (Iputinga, Várzea, imbiribeira, V8, e outras notadamente em Olinda): ampliação do "perfil popular" c) efeito da redução relativa da população operária, reduzindo-se os espaços tradicionalmente operários do Cabo, Jaboatão, Paulista, Abreu e Igarassu que se

tornam mais mistos com a presença crescente de ocupados nas atividades terciárias: ampliação do "perfil popular" e identificação de um perfil "popular-operário" d) consolidação de perfis bastante caracterizados por ocupações modestas do terciário não especializado e operários da construção civil em periferias de segunda residências a oeste (granjas), no litoral distante (sul e norte) e nas áreas ainda agrícolas do noroeste: "popular inferior" e "popular agrícola"

Desdobramentos Entre os desdobramentos possíveis para esta pesquisa estão:

a) A adaptação da metodologia para sistematização dos dados censitários de 1980; b) produção de base cartográfica para a configuração das unidades estatísticas territoriais produzidas para o Censo de 1980; c) a atualização da pesquisa será possível, também, a partir de 2010 com informações estatísticas atualizadas pelo novo Censo Demográfico Brasileiro. O resultado do estudo poderá oferecer mais elementos para entender a diversidade de

formas de estruturação do território metropolitano. Entre outros desdobramentos pode ser citado o estudo de caso: O impacto das

políticas públicas urbanas na segregação sócioespacial no Recife (Brasil) - Pesquisa desenvolvida por Ana Maria B. C. Melo na UNIVERSITÉ DE LA SORBONNE NOUVELLE – PARIS III - IHEAL – Institut des Hautes Études de l’Amérique Latine, com Orientação de Hélène RIVIÈRE D’ARC e Co-orientação de Jan Bitoun.

Recife é caracterizado por uma proximidade física entre ricos e pobres, devido à presença generalizada de favelas sobre o território urbano. Enquanto a desigualdade é alarmante, a segregação espacial toma formas mais sutis, frutos de processos de ocupação do solo, influenciado pelas especificidades geográficas da cidade, mas também pelas políticas públicas que resultam dos relatórios de força entre grupos sociais (elites, movimentos populares, Estado, Igreja, ONG etc.). Se observa uma evolução referencial das políticas públicas urbanas, que oscilaram, desde o século XIX, entre um discurso social e um discurso modernizador, para caracterizar-se, desde os anos 80, em alternativas participativas e estratégicas, que tentou-se analisar. Defende-se que Recife é marcado por uma evolução “das formas” de segregação: conheceu “o modelo” “de uma cidade orgânica segregada”, seguidamente esta segregação transformou-se “em ação”, com a expulsão das populações pobres para a periferia e a cidade doravante é marcada por uma fragmentação urbana, caracterizada por uma tendência separação das elites e estratégias constantes de diferenciação social. Assim, Recife ilustra uma dialética de separação social (e de exclusão), mas também de união espacial relativa (proximidade contornada por estratégias de diferenciação social). Esta realidade não foi alterada substancialmente com a chegada ao poder municipal, em 2000, de um presidente da câmara municipal do Partido dos Trabalhadores, num contexto nacional favorável, com a vitória de Lula às eleições presidenciais de 2001. Mesmo se houve progressos em frente a população pobre, observa-se que o planejamento urbano continua a ser dividido entre duas escalas, que dialogam pouco entre elas: a escala comunitária, com o orçamento participativo e o PREZEIS; e a da cidade dita “formal”, com grandes projetos urbanos preocupados de conectar a cidade às redes das cidades mundiais (nomeadamente através do turismo) e sob o impulso de iniciativas privadas que desenham uma paisagem urbana sempre mais protegida, marcado “por uma Arquitetura Medo”. Resultados Quantitativos

Artigo Nacional Título: Organização socioespacial e mobilidade residencial na RM Recife Ano: 2004 Nome dos autores: Lívia Miranda, Jan Bitoun Meio de divulgação: Impresso Título do periódico/revista: Cadernos Metrópoles ISSN: 1517-2422 Volume: 12 Série: 15172422 Página inicial: 123 Página final: 144 Relatório Título do relatório: Análise da Estruturação Intra-Metropolitana da Região Metropolitana do Recife Ano: 2007 Nome dos autores: Jan Bitoun, Lívia Miranda, Maria Ângela A. Souza, Maria Rejane Brito Lyra Meio de divulgação: Mímeo Número de páginas: 92 Apresentação de Trabalho Título: A estrutura sócio espacial da Região Metropolitana do Recife: considerações sobre a distribuição dos tipos sócio-ocupacionais em 2000 Ano: 2006 Nome dos autores: Lívia Miranda, Jan Bitoun Nome do Evento: Seminário Nacional a Questão Metropolitana e os Desafios do Desenvolvimento Nacional Natureza do Evento: Seminário Cidade: Belo Horizonte Título: Organização Socioespacial e Mobilidade Residencial na RM Recife Ano: 2004 Nome dos autores: Lívia Miranda Nome do Evento: XXVIII Encontro Anual da ANPOCS Natureza do Evento: Seminário Cidade: Caxambú Título: Análise da Estruturação Intra-Metropolitana da Região Metropolitana do Recife Ano: 2006 Nome dos autores: Jan Bitoun, Lívia Miranda, Maria ângela de Almeida Souza, Maria Rejane Brito Lyra Nome do Evento: Seminário Nacional A questão Metropolitana e o Território Nacional Natureza do Evento: Seminário Cidade: Belo Horizonte

Dissertação Título: Os Pobres estão por Toda a Parte! O impacto das políticas públicas urbanas na segregação sócioespacial no Recife (Brasil) Ano: 2006 Nome do autor: Ana Maria B.C. Melo Instituição: UNIVERSITÉ DE LA SORBONNE NOUVELLE – PARIS III Área de conhecimento: Geografia, Desenvolvimento, Urbanismo Tese Título: O processo de produção e fragmentação do espaço urbano de Olinda no contexto da Região Metropolitana do Recife Ano: 2007 - em andamento Nome do autor: Roberto Silva de Souza Instituição: Programa de Pós-graduação em Geografia - Universidade Federal de Pernambuco Área de conhecimento: Geografia Urbana, Desiguldades socioespaciais Atividade 3: Análise da organização social do espaço metropolitano e mobilidade residencial

Coordenadora da pesquisa local – Lívia Miranda, Maria Rejane Brito Lyra A pesquisa permitiu observar que, numa visão mais geral do movimento de entradas e saídas populacionais, a recessão reduziu o ímpeto da migração para o Sudeste, bem como provocou uma migração de retorno para o Nordeste. A região metropolitana do Recife, como área receptora de fluxos migratórios, apresentou um volume de imigrantes bastante relevante, e, no período 1995-2000, o fluxo imigratório procedente do Agreste pernambucano, revelou um destaque para o município do Recife - pólo metropolitano - que participou com 23,20%.

a) Os fluxos imigratórios para a região metropolitana do Recife têm resposta nas tendências dos grandes mercados de trabalho do resto do país, especialmente o de São Paulo, para a mão-de-obra nordestina. Estes mercados têm abrigado os emigrantes dessa região, porém expressam processos que caracterizaram a saturação dos grandes mercados de trabalho urbano do país nos anos 70 e os efeitos recessivos da crise nacional dos anos 80, de certa forma estendida aos anos 90. b) na década de 90, o fluxo de imigrantes interestaduais para a região metropolitana do Recife atingiu um volume de 150.422 pessoas, representado pelo percentual de 38% dos imigrantes procedentes do Sudeste e do Nordeste, equiparando-se as duas regiões em termos de imigração. No contexto das microrregiões da RM do Recife verificou-se a mesma equivalência para a microrregião do Recife (38%). Os imigrantes originários do Sudeste para a microrregião de Suape superavam (45,99) o número de imigrantes que chegaram do Nordeste (31,90%).Analisando-se a distribuição do total de imigrantes no território metropolitano, constatou-se o destaque da microrregião do Recife (91,68%) como receptora dos fluxos migratórios, seguida da microrregião de Suape (4,76%) e de Itamaracá (3,34%). O município do Recife, que se constitui como centro de maior dinamicidade do território pernambucano e núcleo metropolitano, caracteriza-se, historicamente, como receptora de população (43,51%). c) No entorno do núcleo metropolitano, contudo, os municípios de Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guararapes, caracterizaram-se pelo seu alto poder de atração

populacional apresentando uma participação percentual de 39,98% do fluxo total de imigrantes.O contingente de não naturais de Pernambuco registrado pelo Censo Demográfico de 2000, presente na região metropolitana do Recife, era constituído por 75.377 (50,11%) da imigração total, enquanto que a outra metade 75.045 (49,89%) era composto por migrantes de retorno. Vale ressaltar que o fluxo crescente dos não naturais, nas três últimas décadas, possivelmente está refletindo uma intensificação do ingresso na região de grupos familiares de migrantes pernambucanos que estão de retorno ao seu estado de nascimento trazendo cônjuges, filhos e outros agregados, inclusive aqueles constituídos fora do seu estado de nascimento, oriundos dos estados de procedência. Faz-se aqui a ressalva mencionada por RIBEIRO (1996) de que, a participação dos retornados sobre os migrantes, ou seja, o fenômeno do retorno está subestimado pelos que não nasceram em Pernambuco e que acompanham os migrantes nessa volta. d) A região metropolitana do Recife, como área receptora de fluxos migratórios, apresentou um volume de imigrantes bastante relevante. Por outro lado, a diversificação de atividades econômicas na região agrestina consolidou pólos dinâmicos que passaram a se tornar atrativos de população. Novas oportunidades de trabalho, especialmente a partir da década de 80, aumento da produção artesanal com a respectiva dinamização do comércio e dos serviços, associada a eventos turísticos que envolvem vários municípios da região. Assim, a ligação de núcleos dinâmicos dessa região do Agreste pernambucano com a Região Metropolitana do Recife influenciou provavelmente o comportamento do fluxo migratório que afluiu para a região metropolitana, ampliando o número daqueles que imigraram para fixar residência.

As considerações acima descritas foram possíveis a partir de dois procedimentos: 1) Análise dos Movimentos Pendulares na RM Recife Recife (deslocamentos para o trabalho e estudo):

a) Identificação dos fluxos de movimentos pendulares na RM Recife a partir dos microdados IBGE 2000, por unidades espaciais: Municipios e Äreas de Categorias Socioocupacionais (ACAT) 2000. b) Produção de mapa temático da RM Recife a partir das densidades de fluxos para o trabalho e estudo. c) Produção de relatório técnico

2) Análise dos Fluxos Migratórios Inter-Estaduais de Maior Relevância para as Microrregiões e Municípios da Região Metropolitana do Recife:

- Identificação os fluxos migratórios de maior relevância para as microrregiões e municípios da região metropolitana do Recife, captados através das tabulações especiais do Censo Demográfico de 2000. Elegeu-se, neste trabalho, os fluxos migratórios interestaduais na década de 1990-2000 e os procedentes das microrregiões de Pernambuco na data fixa de 1995-2000.

Procurou-se evidenciar a expressividade do movimento migratório interestadual de

não naturais e de naturais de Pernambuco, no contexto do movimento migratório brasileiro, bem como focalizar o fluxo migratório intraestadual para os municípios e microrregiões da região metropolitana do Recife segundo as mesorregiões, microrregiões e municípios pernambucanos de última procedência na data fixa de 31/07/1995.

Desdobramentos

Entre os desdobramentos possíveis desta pesquisa estão: a) a possibilidade de expansão da análise para a base municipal do Brasil, procurando observar áreas mais receptoras e exportadoras de população, além dos movimentos de pendularidade. Esta ponderação poderá ser cruzada com a pesquisa Tipologia das Cidades Brasileiras (linha I). o resultado do estudo poderá oferecer mais elementos para entender a diversidade de formas de estruturação do território brasileiro metropolitano e não metropolitano. b) a atualização da pesquisa será possível a partir de 2010 com informações estatísticas atualizadas pelo novo Censo Demográfico Brasileiro. Resultados Quantitativos Relatório Título do relatório: Análise dos Fluxos Migratórios Inter-Estaduais de Maior Relevância para as Microrregiões e Municípios da Região Metropolitana do Recife Ano: 2008 Nome dos autores: Maria Rejane Brito Lyra Meio de divulgação: Mimeo Número de páginas: 20 Atividade 4: Estudo comparativo sobre o papel das atividades imobiliária-turísticas na transformação do espaço social das metrópoles nordestinas: Salvador, Recife, Natal e Fortaleza

Coordenadora da pesquisa: Maria Angela de Almeida Souza

O conjunto de dados, informações e análise construídos sobre o imobiliário-turístico, permitiu de forma inédita estabelecer para as metrópoles nordestinas uma avaliação das dinâmicas contemporâneas de reestruturação do mercado imobiliário e sua relação próxima com o turismo. Foi possível identificar tendências que indicam que a intensidade e o conteúdo dos processos se dão de forma diferenciada e dizem respeito ao momento histórico de re(estruturação) econômica e social das metrópoles, ao alcance e a real determinação das decisões estratégicas das políticas públicas e ao grau do direcionamento e impactos dos investimentos privados. Essas diferenças e semelhanças, dentro de um mesmo contexto, podem evidenciar, de forma geral, dois processos: i) o representado pela realidade encontrada na RMRecife e RMSalvador e ii) o encontrado na RMFortaleza e RMNatal, ambos importantes para se compreender as variáveis envolvidas e os efeitos diferenciados que o imobiliário-turístico causa hoje no litoral nordestino.

O Observatório PE analisou o impacto dos investimentos públicos (PRODETUR-NE I e II) e dos investimentos privados no setor turístico-imobiliário no território das quatro metrópoles do Nordeste envolvidas na pesquisa – Fortaleza, Natal, Recife e Salvador, destacando, como os investimentos públicos via PRODETUR-NE incentivaram o turismo nessas metrópoles, propiciando uma associação do capital turístico e imobiliário e a instalação de um processo que, entre outros aspectos, gera uma urbanização paralela à zona costeira; fortalece o papel das capitais metropolitanas como ponto de recepção e distribuição do fluxo turístico litorâneo; favorece a implantação recente de grandes empreendimentos em vazios da malha urbana, sem compatibilização com os planos territoriais locais, criando territórios segmentados de difícil controle e gestão ambiental, gerando demanda de serviços/ empregos e aglomerados no entorno, mas sem gerar

centralidades, já que reforçam a centralidade das capitais metropolitanas e abrangendo grandes extensões de praias, o que leva a uma privatização do espaço público.

Foi importante observar os efeitos metropolizadores do imobiliário-turístico nas escalas da economia, do território e dos desafios ambientais. Fundamental também foi a capacidade do grupo em acumular uma quantidade de dados de diversas fontes e realizar cruzamentos como, por exemplo, dos investimentos privados com os investimentos públicos, identificando padrões de comportamento entre as duas esferas.

Foi importante observar os efeitos metropolizadores do imobiliário-turístico nas escalas da economia, do território e dos desafios ambientais. Fundamental também foi a capacidade do grupo em acumular uma quantidade de dados de diversas fontes e realizar cruzamentos como, por exemplo, dos investimentos privados com os investimentos públicos, identificando padrões de comportamento entre as duas esferas.

Desdobramentos

Uma nova fase da pesquisa comparativa buscará clarificar e evidenciar as diferenças entre as metrópoles nordestinas, a partir de três novos eixos de análise, sendo eles:

Eixo 01. Políticas públicas territoriais – planejamento, gestão e meio ambiente (2000 a 2010). O primeiro eixo justifica-se pela estreita relação entre os investimentos públicos e as dinâmicas econômicas e territoriais existentes, assim como a relação desses investimentos como os empreendimentos privados. Eixo 02. Dinâmicas da Economia Metropolitana para o turismo e imobiliário (2000 a 2010). O segundo eixo objetiva empreender um olhar sobre as diferenças/semelhanças da economia regional, alteradas pelos investimentos estrangeiros e a construção de equipamentos voltados ao turismo de segunda residência. Eixo 03. Reestruturação territorial: redes intra-regionais e a sustentabilidade ambiental – modelos comparativos. Neste terceiro eixo, pretende-se identificar, caracterizar e analisar o desenho territorial resultante – novas escalas, efeitos de segregação e impactos sobre a habitação social – além dos efeitos políticos institucionais como, por exemplo, nas novas relações entre as sedes dos municípios e suas áreas de periferia litorânea.

Resultados Quantitativos Artigo Internacional Título: A Política de Incentivo ao Turismo em Fortaleza, Brasil, Ampliando a Desigualdade e a Segregação Socio-espacial Ano: 2007 Nome dos autores: Maria Angela de Almeida Souza, Amiria Bezerra Brasil Meio de divulgação: WEB [http://www.invi.uchile.cl/derechociudad/ponencias/Jornada/Panel%201/3.%20Bezerra,%20De%20Almeida.pdf] Título do periódico/revista: Anales del XIII Encuentro ULACAV. Instituto Nacional de la Vivienda/Universidad de Chile Página inicial: s/pag. Página final: s/pag. Artigo Nacional

Título: O Desencontro dos Territórios de Oportunidades para Investimentos Imobiliário-Turísticos no Litoral Pernambucano: PRODETUR-Ne versus setor privado Nome da autora: Maria Angela de Almeida Souza Meio de divulgação: WEB [Trabalhos Completos (Simpósio Espaço Metropolitano, Turismo e Mercado Imobiliário) – Windows Internet Explorer] [http://sites.google.com/a/metrowiki.net/observat-rio-das-metr-poles-workshop-fortaleza/trabalhos-apresentados] Título do periódico/revista: Trabalhos Completos (Simpósio Espaço Metropolitano, Turismo e Mercado Imobiliário) Página inicial: s/pag. Página final: s/pag. Relatório Título do relatório: Relatório do 1º Encontro Regional da Pesquisa “Estudo comparativo sobre o papel das atividades imobiliário-turísticas na transformação do espaço social das metrópoles nordestinas: Salvador, Recife, Natal e Fortaleza” Ano: 2006 Nome dos autores: Maria Angela de Almeida Souza (coord. Regional) Meio de divulgação: mimeo Número de páginas: 25 Título do relatório: Relatório do Encontro Nacional das Pesquisas sobre a Relação entre o Mercado Imobiliário e a Dimensão Sócio-Espacial da Exclusão/Integração nas Metrópoles. Belém: Observatório das Metrópoles Ano: 2007 Nome dos autores: Maria ângela de Almeida Souza (coord. regional) Meio de divulgação: mimeo Número de páginas: 34 Título do relatório: Relatório do II Workshop: Espaço Metropolitano, Turismo e Mercado Imobiliário Ano: 2007 Nome dos autores: Maria Angela de Almeida Souza (coord. regional) Meio de divulgação: mimeo Número de páginas: 10 Apresentação de Trabalho Título: O Desencontro dos Territórios de Oportunidades para Investimentos Imobiliário-Turísticos no Litoral Pernambucano: PRODETUR-NE versus Setor Privado Ano: 2008 Nome dos autores: Maria Angela de Almeida Souza Meio de divulgação: WEB [Trabalhos Completos (Simpósio Espaço Metropolitano, Turismo e Mercado Imobiliário) – Windows Internet Explorer] [http://sites.google.com/a/metrowiki.net/observat-rio-das-metr-poles-workshop-fortaleza/trabalhos-apresentados] Nome do Evento: Simpósio Espaço Metropolitano, Turismo e Mercado Imobiliário

Natureza do Evento: Simpósio Cidade: Fortaleza Página inicial: s/pag. Página final: s/pag. Título: Turismo em Cidades Litorâneas e Transformações Sócio-espaciais em Ano: 2008 Nome dos autores: Kainara Lira dos Anjos Meio de divulgação: WEB [Trabalhos Completos (Simpósio Espaço Metropolitano, Turismo e Mercado Imobiliário) – Windows Internet Explorer] [http://sites.google.com/a/metrowiki.net/observat-rio-das-metr-poles-workshop-fortaleza/trabalhos-apresentados] Nome do Evento: Simpósio Espaço Metropolitano, Turismo e Mercado Imobiliário Natureza do Evento: Simpósio Cidade: Fortaleza Página inicial: s/pag. Página final: s/pag. Título: Fragmentação Sócio-Espacial no Espaço Litorâneo de Fortaleza Ano: 2008 Nome dos autores: Amíria Bezerra Brasil Meio de divulgação: WEB [Trabalhos Completos (Simpósio Espaço Metropolitano, Turismo e Mercado Imobiliário) – Windows Internet Explorer] [http://sites.google.com/a/metrowiki.net/observat-rio-das-metr-poles-workshop-fortaleza/trabalhos-apresentados] Nome do Evento: Simpósio Espaço Metropolitano, Turismo e Mercado Imobiliário Natureza do Evento: Simpósio Cidade: Fortaleza Página inicial: s/pag. Página final: s/pag. Título: Impactos do Imobiliário-Turístico no Território das Metrópoles Nosdestinas Ano: 2008 Nome dos autores: Maria Angela de Almeida Souza Meio de divulgação: Apresentação oral Nome do Evento: III Seminário Nacional da Rede Observatório das Metrópoles Natureza do Evento: Seminário Nacional Cidade: Maringá Título: A Política de Incentivo ao Turismo em Fortaleza, Brasil, Ampliando a Desigualdade e a Segregação Socio-espacial Ano: 2007 Nome dos autores: Amiria Bezerra Brasil, Maria ângela de Almeida Souza Meio de divulgação: WEB [http://www.invi.uchile.cl/derechociudad/ponencias/Jornada/Panel%201/3.%20Bezerra,%20De%20Almeida.pdf] Nome do Evento: XIII Encuentro ULACAV e V Jornada Internacional de Vivienda Social Natureza do Evento: Encontro Internacional Cidade: Valparaiso Página inicial: s/pag. Página final: s/pag.

Dissertação Título: Lotearam o Sol do Ceará: A captura do Estado pela atividade turística e a exploração do litoral de Fortaleza pelo capital imobiliário Ano: 2009 Nome do autor: Amiria Bezerra Brasil Orientadora: Profa. Dra. Maria Angela de Almeida Souza Instituição: Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano – UFPE Área de conhecimento: Desenvolvimento urbano, turismo, produção do espaço Tese Título: As políticas públicas de desenvolvimento do turismo e a produção do espaço no litoral da Metrópole de Fortaleza Ano: 2004-atual Nome do autor: Ana Caroline Dantas Orientadora: Profa. Dra. Maria Angela de Almeida Souza Instituição: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Urbano Área de conhecimento: Desenvolvimento Urbano, Turismo SUBLINHA II.2: Organização social do território das metrópoles e desigualdades Atividade 1: Análise da organização social dos espaços metropolitanos e desigualdades raciais

Coordenadora da pesquisa local: Lívia Miranda

O Brasil tem hoje a segunda maior população negra (afro-descendente) do mundo, com cerca de 80 milhões de indivíduos . Em Pernambuco esta população é de 4,6 milhões ou 59% da população total. Na RMR a proporção é quase a mesma, 1,9 milhões (57%) da população é preta ou parda (IBGE, 2000). Mas, quando observamos esta distribuição pelos 14 municípios metropolitanos, podemos constatar que a maior concentração de pretos e pardos é periférica. Esta correlação pode ser explicada pelas fortes características rurais que o perfil sócio-ocupacional apresenta na periferia metropolitana, pois a agro-indústria canavieira ainda é uma significativa ocupadora da mão de obra local. Há uma forte participação dos Agricultores na composição ocupacional dos municípios, nas regiões mais próximas da Mata Sul e de um tipo Agrícola mais popular, com menor participação dos agricultores em situação mista (empregados do terciário não Especializado, trabalhadores/as domésticos, ambulantes catadoras/es, trabalhadores da construção civil e dos serviços auxiliares). Em Ipojuca, por exemplo, a proporção de pretos e pardos chega 75,1% no total da população residente e cerca de 52% da população ocupada concentra três mil agricultores e cinco mil ocupados em situações mistas (como as descritas acima) . Em Araçoiaba e Itapissuma os pretos e pardos são 70%, como mostram o Gráfico 01 e os Cartogramas 01 e 02 em anexo.

Na escala intra-urbana a concentração de pretos e pardos chega a 77,4%, superior as maiores médias municipais. Nos municípios periféricos a ocorrência de população preta e parda é alta e muito alta em todas as áreas, superiores a 58%. As menores concentrações da população preta e parda ocorrem na orla do Recife estendendo-se para Jaboatão (Boa Viagem/Piedade) e nos bairros de Derby, Madalena, Graças, Aflitos, Espinheiro, Jaqueira, Tamarineira, Parnamirim. (Ver Cartograma 01, em anexo). Este conjunto de bairros concentra, também, os melhores indicadores sociais metropolitanos. Em contrapartida, quando observamos a espacialização dos indicadores que caracterizam a situação de

vulnerabilidade dos residentes (renda, analfabetismo, inadequação habitacional, mortalidade na infância, entre outros) podemos constatar que há uma estreita correspondência entre os índices mais vulneráveis e a residência da população preta e parda, como veremos a seguir.

Desdobramentos

Entre os desdobramentos possíveis desta pesquisa encontra-se a atualização da pesquisa a partir de 2010 com informações estatísticas atualizadas pelo novo Censo Demográfico Brasileiro. Resultados Quantitativos Relatório Título do relatório: Mulheres e Negros em PE e na RM Recife: A Cor tem Lugar de Moradia Ano: 2006 Nome dos autores: Lívia Miranda Meio de divulgação: Mimeo Número de páginas: 21 Atividade 2: Análise da relação entre a estruturação sócio-espacial e as desigualdades urbanas e ambientais. 1980/2000.

Coordenação local – Maria Angela de Almeida Souza

Os Assentamentos Precários caracterizam-se enquanto áreas: i) carentes de infra-estrutura básica, que não dispõem ou dispõe precariamente de esgotamento sanitário, drenagem, pavimentação e obras de contenção de riscos ambientais; ii) com situação fundiária totalmente ou parcialmente irregular; iii) ocupadas por considerável número de habitantes que possuem renda inferior a três salários mínimos vivendo em habitações de baixo padrão construtivo.

Este universo é diferenciado das demais áreas da cidade pelos níveis precários de

urbanização; elevado grau de precariedade de serviços de infra-estrutura e espontaneidade no seu traçado urbano e pelo seu uso predominantemente residencial. Estão, geralmente, situadas em áreas Non Aedificandi, (áreas de alagados, mangues, beiras de rio, morros, logradouros públicos, leito de rua ou praças, não passíveis de utilização para fins de edificação). A inexistência de padrões aceitáveis de habitabilidade contribui para agravar as condições de vida da população residente, a qual fica exposta à contaminação por várias doenças (dengue, filariose etc.).

Para a observação do universo dos assentamento precários do Recife foram utilizadas três referências, passiveis de comparação a partir de bases cartográficas digitais:

i) O Cadastro de Áreas Pobres da RM Recife, elaborado pela Agência Condepe - Fidem no âmbito do Programa Habitar Brasil BID em 1998. O cadastro apresentou 421 aglomerados pobres no Recife e 711 na RMR, denominando-as “Áreas Pobres” definidas como: “áreas ocupadas paulatinamente ou invasão organizada de terrenos urbanos de terceiros que apresentam, em geral, alta densidade de famílias de baixa renda. Ocupam, em grande parte, áreas de risco de alagamentos ou de encostas.”

ii) As Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) - foram foram institucionalizadas na Lei Municipal 16.113/95 (LEI do PREZEIS). Hoje existem no Recife 66 Zonas Especiais de Interesse Social, integradas a um sistema de gestão específico: o Plano de Regularização das Zonas Especiais de Interesse Social (PREZEIS). iii) O Setor Especial de Aglomerado Subnormal segundo o IBGE “é um conjunto constituído por um mínimo de 51 domicílios, ocupando ou tendo ocupado até período recente, terreno de propriedade alheia (pública ou particular), dispostos, em geral, de forma desordenada e densa, e carentes, em sua maioria, de serviços públicos essenciais. Apresenta características que tornam necessário um tratamento diferenciado de coleta em relação aos setores comuns ou não especiais.” (FIBGE, 2002)

A análise realizada permitiu observar, também, que há uma expressiva vinculação

entre a baixa condição de desenvolvimento humano das famílias e as precárias condições de habitabilidade. A situação de vulnerabilidade mapeada a partir de indicadores como renda, escolaridade, saneamento, entre outras, ultrapassam os limites dos setores em Aglomerados Subnormais; vale lembrar que os setores especiais de Aglomerados Subnormais são “constituídos por um mínimo de 51 domicílios (...)”. No cadastro FADE/FIDEM (1999), observamos que 20% das áreas pobres continham menos de 50 domicílios, portanto, justifica-se que não estessem mapeadas entre os Aglomerados Subnormais no Censo de 2000.

Desdobramentos

O Projeto de pesquisa - "Os Espaços de Pobreza da Região Metropolitana do Recife:

Atualização do Sistema de Informações Geográficas e Análise da Desigualdade/Segregação Socioespacial" – possibilita desdobramentos dos estudos já realizados. Objetiva caracterizar a desigualdade socioespacial, sociodemográfica e socioambiental estabelecida, seja entre os espaços de pobreza, seja entre eles e sua vizinhança próxima, aprofundando, assim, aspectos centrais desta sub-linha de pesquisa. Objetiva, também, atualizar o mapeamento e o cadastramento das áreas pobres da Região Metropolitana do Recife e analisar as condições sociais, políticas e espaciais de expansão desses espaços de pobreza nos últimos 30 anos (1978-2008), buscando possíveis mudanças no processo de promoção dos espaços de moradia da população pobre e identificando conflitos ambientais e a forma como as populações locais lidam com tais conflitos. Pretende ampliar o Banco de Dado das Zonas Especiais de Interesse Social - DBZEIS do Recife e ampliá-lo contemplando os demais municípios metropolitanos e analisar as políticas públicas recentes sobre os espaços de pobreza da metrópole recifense.

Este projeto de pesquisa foi submetido ao Edital MCT/CNPq nº 06/2008, sob coordenação da profa. Dra. Maria Angela de Almeida Souza, e obteve financiamento [Processo n. 573095/2008-6], com vigência: 12/2008 - 01/2012. Apresenta como possibilidades de desdobramentos dos estudos já realizados no Observatório PE:

(i) a atualização do universo de áreas pobres da RM Recife pode ser Realizado a partir da aquisição de novas Imagens de satélite e novos dados a partir do Censo demográfico 2010. (ii) a atualização da base de informações ajudará a confirmar as hipóteses levantadas sobre as formas de estruturação e os modelos de crescimento na metrópole.

Resultados Quantitativos

Capítulo de Livro Título do capítulo: Metodologia para a construção do índice de exclusão/inclusão socioambiental Ano: 2008 Nome dos autores: Helenida Cavalcanti, Maria Rejane B. Lyra Meio de divulgação: Impresso Título do livro: Mosaico Urbano do Recife: exclusão/inclusão socioambiental Nome dos organizadores: Helenilda Cavalcanti, Maria Rejane de Britto Lyra e Emília Avelino Número do Volume: 1 Página inicial: 43 Página final: 68 Numero da Edição: 1ª edição ISBN: 9788570194862 Cidade da editora: Recife Nome da editora: Massangana Título do capítulo: Diferentes Padrões de Desigualdades da Cidade do Recife Ano: 2008 Nome dos autores: Maria Rejane B. Lyra, Helenilda CAVALCANTI; Emília AVELINO, Meio de divulgação: Impresso Título do livro: Mosaico Urbano do Recife: exclusão/inclusão socioambiental Nome dos organizadores: Helenilda Cavalcanti, Maria Rejane de Britto Lyra e Emília Avelino Número do Volume: 1 Página inicial: 69 Página final: 141 Numero da Edição: 1 ISBN: 9788570194862 Cidade da editora: Recife Nome da editora: Massangana Livro Título do livro: Mosaico Urbano do Recife: exclusão/inclusão socioambiental Ano: 2008 Nome dos autores: Helenilda CAVALCANTI; Maria Rejane de Britto LYRA; Emília AVELINO Número do Volume: 1 Página inicial: 7 Página final: 178 Numero da Edição: 1 ISBN: 9788570194862 Cidade da editora: Recife Nome da editora: Editora Massangana Relatório Título do relatório: Habitação Informal no Recife: Processos de Ocupação e Banco de

Dados Georeferenciado do Período 1975-2005 Ano: 2007 Nome dos autores: Maria ângela de Almeida Souza Meio de divulgação: Impresso Número de páginas: 140 Título do relatório: Conflitos ambientais resultantes do processo de ocupação informal da habitação no espaço metropolitano do Recife (1975-2005) Ano: 2008 Nome dos autores: Ana Virgínia Araújo de Abreu Meio de divulgação: digital Número de páginas: 45 Título do relatório: Montagem do Sistema de Informações Georeferenciadas das Áreas Pobres (SIGAP) da Região Metropolitana do Recife (relatório de Monografia) Ano: 2008 Nome dos autores: Ailson Barbosa da Silva Meio de divulgação: Mimeo Número de páginas: 50 Título do relatório: A Produção do Espaço Informal e o Direito à Moradia na Região Metropolitana do Recife Ano: 2008 Nome dos autores: Lívia Miranda Meio de divulgação: Impresso Número de páginas: 10 Apresentação de Trabalho Título: A. Ilha de deus no Recife-Braisl: um caso emblemático do direito à moradia conquistado em área de risco legalmente preservada Ano: 2008 Nome dos autores: Clara G. Moreira Meio de divulgação: Remoto Nome do Evento: Anales del XIII Encuentro ULACAV. Instituto Nacional de la Vivienda/Universidad de Chile Natureza do Evento: Seminário Cidade: Val Paraiso Página inicial: s/pag. Página final: s/pag. Título: Habitação e Aglomerados subnormais: aproximações necessárias Ano: 2006 Nome dos autores: Lívia Miranda Meio de divulgação: WEB [www.ibge.gov.br/confest_e_confege/index2.htm] Nome do Evento: II Encontro Nacional de Produtores e Usuários de Informações Sociais, Econômicas e Territoriais - IBGE Natureza do Evento: Seminário Cidade: Rio de Janeiro Página inicial: s/pag.

Página final: s/pag. Banco de dados Nome: Banco de Dados das Zonas Especiais de Interesse Social do Recife - BD ZEIS Fonte: FASE, Observatório das Metrópoles Data de Referência: 2006 Tamanho: 66 ZEIS Unidade do banco: pessoas, domicílios Referência espacial: ZEIS Nome: Sistema de Informações das Zonas Especiais de Interesse Social da RM Recife- SIGAP Fonte: FASE, Observatório das Metrópoles PE Data de Referência: 2008 Tamanho: 740 Áreas de Interesse Social - AEIS Unidade do banco: pessoas, domicílios, Referência espacial: Áreas de Interesse Social Monografia Título: Conflitos Socioambientais em áreas pobres da Região Metropolitana do Recife: Estudo de caso na comunidade Caranguejo-CampoTabaiares Ano: 2008 Nome do autor: Ana Virgínia Araújo de Abreu Nome do Orientador: Maria Angela de Almeida Souza Instituição: UFPE Área de conhecimento: Ciências Ambientais Título: Inadequação Jurídico-ambiental em Assentamentos Populares no Recife Ano: 2008 Nome do autor: Clara Gomes Moreira Nome do Orientador: Maria Angela de Almeida Souza Instituição: CAC-UFPE Área de conhecimento: Planejamento Urbano, Direito urbanístico, 'Habitação Título: Urbanização de área de risco em morros da zona sul do Recife: Diretrizes para intervenção em Lagoa Encantada Ano: 2008 Nome do autor: Amanda Florêncio Monteiro Nome do Orientador: Maria Angela de Almeida Souza Instituição: CAC-UFPE Área de conhecimento: Planejamento Urbano, habitação de Interesse Social Atividade 3 - Análise da organização social dos espaços metropolitanos e desigualdades de oportunidades.

Coordenadora da pesquisa local: Maria Angela de Almeida Souza

O primeiro aspecto a destacar, nos resultados alcançados nessa pesquisa, refere-se ao aprofundamento teórico do tema abordado, especialmente no que se refere à abordagem da vulnerabilidade social, quando aplicada ao estudo da “nova pobreza urbana”. Foram analisadas as duas vertentes que, sob paradigmas distintos, abordam essa questão: a vulnerabilidade social

associada às desvantagens sociais, rementendo a um conjunto de estudos que envolvem os demógrafos da CEPAL – Comisión Económica para América Latina y El Caribe - e outros estudiosos que, mesmos sob enfoques distintos, convergem na preocupação sobre ativos e estrutura de oportunidades, colocadas em termos de capital social, humano e físico, e na leitura das desvantagens sociais; e a vulnerabilidade como expressão do cerceamento dos direitos, sejam eles econômicos, políticos ou culturais, o que conecta a vulnerabilidade à discussão da pobreza e da exclusão social. Entre as atividades desenvolvidas destaca-se o estudo exploratório com indicadores extraídos dos dados censitários e definição de unidades espaciais para análise da metrópole do Recife, visando caracterizar a desigualdade entre espaços vizinhos em escalas de aproximação diversas.

Desdobramentos

O Projeto de pesquisa - “Pobreza, Vulnerabilidade e Desigualdade/ Segregação Sócioespacial: Nexos Conceituais e Análise Empírica da Região Metropolitana de Recife” - possibilitou o desdobramentos dos estudos nessa sub-linha de pesquisa. Foi desenvolvido no estágio pós-doutoral da Profa. Maria Angela de Almeida Souza, realizado na FAU-USP, sob supervisão da Profa. Dra. Suzana Pasternak. (Vigência: 02/2008 – 01/2009), com o objetivo de aprofundar a reflexão dos conceitos de Pobreza, Vulnerabilidade e Desigualdade e Segregação Socioespaciais, tendo como referencial o aporte teórico-metodológico e a produção acumulada nesta temática, visando a sua aplicação empírica na Região Metropolitana de Recife, no contexto desta sub-linha de pesquisa. Resultados Quantitativos Artigo Internacional Título: Inovações na Política de Intervenção em Assentamentos Pobres (Innovations in the political intervention in low income housing áreas) Ano: 2008 Nome dos autores: Maria ângela de Almeida Souza e marta Santa Cruz Pordeus Meio de divulgação: WEB [http://www.mercator.ufc.br/índex.php/mercator/article/view/202] Título do periódico/revista: Revista Mercartor ISSN: Volume: 7 Série: No. 14 Página inicial: 49 Página final: 56 Artigo Nacional Título: Desigualdades entre os recifenses nos seus espaços de residência: Alguns indicadores sociodemograficos Ano: 2008 Nome dos autores: Maria Ângela de Almeida Souza Meio de divulgação: CD-RON e Web [Textos por Sessão Temática: ABEP – Windows Internet Explorer] [http://www.abep.org.br/usuário/GerenciaNavegacao.php?caderno_id=679&nivel2] Título do periódico/revista: Anais do XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP

Página inicial: s/pag. Página final: s/pag. Capítulo de Livro Título do capítulo: Política Habitacional para os excluídos: o caso da Região Metropolitana do Recife Ano: 2007 Nome dos autores: Maria Angela de A. Souza Meio de divulgação: Impresso Título do livro: Habitação Social nas Metrópoles Brasileiras. Uma avaliação das políticas habitacionais em Belém, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo no final do século XX Nome do organizador: Adauto Cardoso Número do Volume: 1 Página inicial: 114 Página final: 149 Numero da Edição: 1ª edição Série: (Coleção Habitare) ISBN: 978-85-89478-19-9 Cidade da editora: Porto Alegre Nome da editora: Antac Apresentação de Trabalho Título: O PREZEIS da Cidade do Recife-Brasil: Instrumento Normativo de Acesso à Cidade e de gestão e Governança Democrática Ano: 2006 Nome dos autores: Maria Ângela de Almeida Souza, Suely Maria Ribeiro Leal Meio de divulgação: WEB [http://www.ub.es/geocrit/sn/sn-194-19.htm] Nome do Evento: VII Colóquio internacional de Geocrítica. Santiago do Chile: Pontificia Universidad Católica de Chile Natureza do Evento: Seminário Cidade: Santiago do Chile Página inicial: s/pag. Página final: s/pag. Título: A Coexistência de Direitos no Contexto da Informalidade Urbana: O Caso de Fortaleza-Brasil Ano: 2007 Nome dos autores: Maria Ângela de Almeida Souza, Francisco Filomeno Abreu Neto Meio de divulgação: Impresso - Remoto [http://www.invi.uchile.cl/derechociudad/ponencias/Jornada/Panel%201/8.%20De%20Abrau,%20De%20Almeida.pdf] Nome do Evento: XIII Encuentro ULACAV e V Jornada Internacional de Vivienda Social Natureza do Evento: Simpósio Cidade: Valparaiso Página inicial: s/pag. Página final: s/pag. Título: Concepción Reciente de Desarrollo Respaldando Programas de las Agencias de

Desarrollo: uma evaluación de los resultados concretos de esos Programas en Recife-Brasil Ano: 2007 Nome dos autores: Maria Ângela de Almeida Souza, Marta Santa Cruz PORDEUS Meio de divulgação: Impresso - Remoto [http://www.invi.uchile.cl/derechociudad/ponencias/Jornada/Panel%202/9.%20Santa%20Cruz,%20De%20Almeida.pdf] Nome do Evento: XIII Encuentro ULACAV e V Jornada Internacional de Vivienda Social Natureza do Evento: Seminário Cidade: Valparaiso Página inicial: s/pag. Página final: s/pag. Título: Desigualdades entre os recifenses nos seus espaços de residência: Alguns indicadores sociodemográficos Ano: 2008 Nome dos autores: Maria Angela de Almeida Souza Meio de divulgação: CD-RON e WEB [Textos por Sessão Temática: ABEP – Windows Internet Explorer] [http://www.abep.org.br/usuário/GerenciaNavegacao.php?caderno_id=679&nivel2] Nome do Evento: XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP Natureza do Evento: Encontro Cidade: Caxambu Página inicial: s/pag. Página final: s/pag. Título: Loteamentos / Assentamentos de Gênese Ilegal: Descompasso entre arcabouço jurídico e realidade social Ano: 2008 Nome dos autores: Maria Ângela de Almeida Souza Meio de divulgação: Impresso Nome do Evento: Seminário Internacional “Reconversão e Regularização de Loteamentos de Gênese Ilegal: Análise Comparativa Brasil-Portugal” Natureza do Evento: Seminário Cidade: São Paulo Página inicial: no prelo Página final: no prelo Monografia Título: Diferenças Sociais e Segregação Residencial na cidade Ano: 2008 Nome do autor: Luciana Souza da Silva Nome do orientador: Prof. Dr. Jan Bitoun Instituição: Graduação em Geografia) - Universidade Federal de Pernambuco Área de conhecimento: Geografia Urbana, Segregação socioespacial, Título: Análise de pós-ocupação do Conjunto Habitacional Casarão do Cordeiro: modificações funcionais e morfológicas Ano: 2008 Nome do autor: Larissa Cavalcante de Almeida Nome do orientador: Profa. Dra. Maria Angela de Almeida Souza

Instituição: Departamento de Arquitetura e Urbanismo/UFPE Área de conhecimento: Arquitetura e urbanismo, segregação socioespacial, política de habitação Dissertação Título: Marta Santa Cruz Pordeus Ano: 2007 Nome do autor: Requalificação Urbana, Desenvolvimento e Liberdade:O Conjunto Habitacional da Torre Nome do orientador: Profa. Dra. Maria Angela de Almeida Souza Instituição: Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano UFPE Área de conhecimento: Desenvolvimento Urbano, Política de Habitação Título: A Coexistência de Direitos no Contexto da Informalidade Urbana: O caso de Fortaleza Ano: 2008 Nome do autor: Francisco Filomeno de Abreu Neto Nome do orientador: Profa. Dra. Maria Angela de Almeida Souza Instituição: Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano UFPE Área de conhecimento: Desenvolvimento Urbano, Política de Habitação, Regularização Fundiária Título: Regularização Fundiária das Zonas Especiais de Interesse Social Ano: 2008 Nome do autor: Tiago Gonçalves da SILVA Nome do orientador: Profa. Dra. Maria Angela de Almeida Souza Instituição: Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano UFPE Área de conhecimento: Desenvolvimento Urbano, Política de Habitação, Regularização Fundiária Título: O Paradigma da Casa Nova: Investigação sobre Melhorias Urbanísticas e Habitacionais nas ZEIS do Recife Ano: 2007-atual Nome do autor: Werther Ferraz Nome do orientador: Profa. Dra. Maria Angela de Almeida Souza Instituição: Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano UFPE Área de conhecimento: Desenvolvimento Urbano, Política de Habitação Título: Diversidade socioespacial, relações de vizinhança e segregação residencial: oportunidades e limites à mobilidade social em Apipucos, Recife-PE Ano: 2009-atual Nome do autor: Luciana Souza da Silva Nome do orientador: Prof. Dr. Jan Bitoun Instituição: UFPE-PPGEO Área de conhecimento: LINHA III – Governança Urbana, Cidadania e Gestão das Metrópoles SUBLINHA III.1: Cultura Política, Cidadania e Segregação nas Metrópoles

Coordenador local – Evanildo Barbosa da Silva

Duas questões teóricas constituem eixos centrais da análise da Pesquisa: (i)

participação e democracia (as relações do cidadão com o Estado e o funcionamento da democracia) em questionamento ao curso de (e se está em curso) uma nova cultura política (NCP) na cidade e (ii) diferenciação, segmentação e segregação sócio-espacial e seus impactos locais sobre a vida social e cívica das pessoas pesquisadas. Neste último trataremos de apresentar elementos para eventual debate sobre ocorrência de efeito metrópole em Recife.

Partindo-se da observação de que há um déficit crescente na participação política e uma ampliação do distanciamento entre cidadãos e instituições democráticas, a pesquisa se mostra interessada em compreender as diferentes dimensões do exercício de cidadania e seus prováveis efeitos sobre uma nova cultura política. Desde Clark e Inglehart (1998) as condições culturais e os efeitos provocados a partir das mudanças do pós-modernismo são as explicações buscadas pelo pressuposto de uma nova cultura política, reconhecendo-se alterações no contexto político e em seus objetos, o que revela o surgimento de novos valores, comportamentos e estilos de vida, atitudes e formas organizativas.

De um modo geral, os resultados finais da Pesquisa parecem indicar mais tendências de coexistência entre atitudes e percepções das pessoas entrevistadas sobre o sistema político vigente do que de oposição ou fragmentação desses valores. Há, portanto, conhecimentos e até vivências das pessoas entrevistadas com elementos de um modelo clássico de cultura política (associativismo clássico: virtudes cívicas, confiança interpessoal, crença nas instituições, entre outros) e, ao mesmo tempo, vivências com um modelo cuja vinculação da pessoa entrevistada a algum tipo de associativismo ou mobilização é potencialmente menos duradoura. Neste sentido é sempre importante destacar que Recife tem uma história de intenso associativismo o que, em geral, significa valorização de uma forma de engajamento mais permanente das pessoas em formas coletivas de ação. Mas, surpreende na Pesquisa a indiferença dos entrevistados em vários pontos relativos a esse engajamento valorativo da associação, mesmo coexistindo por mais de duas décadas experiências como o Programa Prefeitura nos Bairros/Orçamento Participativo, Conselhos Setoriais e o PREZEIS. Essa tendência ao baixo grau de associativismo entre as pessoas é também nacional. Mas esse dado para Recife não parece impor rebaixamento às percepções e atitudes das pessoas sobre cultura política, uma vez que não se associar a alguma forma organizativa não tem significado não participar da vida política local.

A Pesquisa também revela que a Política (como valor cívico) e o Partido Político (como prática e exercício em torno desse valor) não são atraentes para as pessoas entrevistadas: o interesse em torno de ambos é baixo e, talvez, por isso tenha sido tão difícil identificar quem melhor poderia defender os interesses dos entrevistados. Como conseqüência, Igrejas e Cultos Religiosos são alternativas prováveis – bem mais que os Partidos Políticos – à participação e pertencimento associativo dos entrevistados, talvez por estarem fisicamente mais próximos desses cidadãos ou por operarem numa dimensão mais profunda e menos material do ser e de suas necessidades espirituais.

Transformação nos significados clássicos de esquerda e direita; distinção e diferenciação e favorecimento das questões sociais sobre aquelas de natureza econômico-fiscais; supremacia das questões sociais e de mercado gerando um novo comportamento baseado no individualismo; questionamentos ao Estado de Bem-Estar; dúvidas sobre os ideários do Estado central planejador; ocorrência de uma disjuntiva no seio do debate sobre cultura política à medida que pesquisas passam a identificar novas questões políticas, a partir da ampliação da participação dos cidadãos, mas, igual constatação de uma redução do associativismo a organizações hierárquicas; ênfases da participação com base no perfil de pessoas mais jovens, mais instruídas e igualmente mais individualistas, entre outros, balizam um dos complexos sentidos sociológicos do que pode encerrar uma noção hegemônica de

nova cultura política. São diferentes sentidos em profusão, mas, com uma prevalência em torno da emergência da idéia de nova cultura política como aquilo que busca captar da pós-modernidade os valores e as preferências que daí emergem. (Clark e Inglehart, 1998). As condições culturais, os impactos das transformações de natureza econômica, políticas e sociais no mundo contemporâneo são áreas de interesse do pensamento pós-modernista. Assim, se procura observar mais a ocorrência de mudanças nas preferências pessoais ou como se manifestam os valores individuais e no que isto contribui para a emergência de uma nova cultura política e para a proliferação de novos valores, atitudes políticas, estilos de vida e dinâmicas sociais. Resultados Quantitativos Capítulo de Livro Título do capítulo: Novas Identidades Sociais em Construção Ano: 2007 Nome dos autores: Evanildo barbosa da Silva Meio de divulgação: Impresso Título do livro: Cadernos do Observatório PE: Políticas Públicas e Gestão Local Nome dos organizadores: Lívia Miranda, Jan Bitoun, Maria Ângela A. Souza Número do Volume: 1 Página inicial: 96 Página final: 100 Numero da Edição: 1 Série: ISBN: 9788586471346 Cidade da editora: Recife Nome da editora: Fase, Observatório das Metrópoles Tese Título: Planejamento, Políticas Públicas e Cultura Política: o Caso da RM Recife Ano: 2008-atual Nome do autor: Evanildo Barbosa da Silva Instituição: UFPE-MDU Área de conhecimento: Gestão Metropolitana, Cultura Política, Movimentos Sociais Relatório Título do relatório: Cultura Política no Recife Ano: 2008 Nome dos autores: Evanildo barbosa da Silva Meio de divulgação: Mimeo Número de páginas: 30 LINHA IV – Monitoramento da realidade metropolitana e desenvolvimento institucional SUBLINHA IV.1: Estudos Atividade 1: Sistematização das experiências dos modelos institucionais de gestão metropolitana

Coordenadora do Projeto: Lívia Miranda

Na análise procedida, constata-se uma centralidade muito forte no pólo

metropolitano, apesar da forte relação de complementaridade de quatro dos municípios que detém em relação ao pólo um nível muito alto de integração – Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista – e, ainda, do município vizinho Camaragibe, que estabelece um alto nível de integração com o Recife, com sua sede situada na extensão oeste da malha urbana que se amplia a partir do município pólo. Observa-se, ainda, no estudo realizado, a importância do órgão de gestão metropolitana, que atua vinculado a um Conselho Metropolitano – o CONDERM, e desenvolve alguns planos, projetos e programas, articulando as ações de diversos municípios da RMR, procurando suprir a ausência de consórcios e de ações compartilhadas autonomamente entre municípios metropolitanos. E, ainda, exerce uma função de assessoria e apoio aos municípios menos equipados institucionalmente, no sentido de atualizar instrumentos normativos e legais de controle urbanístico, especialmente o Plano Diretor. No momento em que são relacionadas, de um lado, as condições dos municípios da RM Recife, excetuando-se o pólo metropolitano e, alguns municípios que apresentaram avanços na sua gestão, expressos, inclusive, pela institucionalização e atuação de seus conselhos municipais, e de outro lado, as exigências do gasto com as políticas urbanas, onde predominam as despesas de capital, que envolvem recursos concentrados e com financiamento assegurado, tem-se dimensão do grande desafio a enfrentar. Especialmente se for levado em consideração que os mecanismos apresentados pelas políticas públicas no país vêm priorizando a autonomia dos municípios. Sem mecanismos de solidariedade mais orgânicos entre municípios, há o risco da ampliação das desigualdades entre municípios mais equipados e atrativos para os investidores e outros relegados à condição de dormitórios cada vez mais precários. Perspectiva essa que se agrava, quando há anúncios e sinais de retomada dos investimentos no Pólo Central (Projeto Recife – Olinda) e evidente atração dos municípios da periferia sul da Região Metropolitana (Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca). Um olhar mais atento revela que mais do que a desigualdade entre municípios, a desigualdade intramunicipal é importante, especialmente em municípios pólo e do núcleo de muito alta integração. SUBLINHA IV.2: Formação Atividade 1: Programa Interdisciplinar de Políticas Públicas e Gestão Local: Curso de Extensão Universitária para capacitação de agentes sociais e conselheiros municipais

Coordenadora da Atividade: Lívia Miranda, Jan Bitoun O programa Interdisciplinar Políticas Públicas e Gestão Local está consolidado em

âmbito Local como um importante espaço de articulação entre a universidade e a sociedade para a discussão das políticas Públicas Urbanas. No âmbito do Programa foram realizadas atividades de formação, oficinas, seminários, e o Curso Políticas Públicas e Gestão Local, com 60 horas aulas ministradas por professores da Universidade Federal de Pernambuco e Educadores de Organizações não Governamentais. Foram realizados 04 cursos entre os anos de 2005 e 2008, atingindo 380 Conselheiros Municipais. Ainda no âmbito do Programa Políticas Públicas e Gestão local foram realizados 02 Cursos para os conselheiros (governamentais e não-governamentais) do Conselho Estadual das Cidades.

Desdobramentos

O Programa Políticas Públicas e Gestão Local terá continuidade nos anos de 2009 e 2010 e agregará parcerias da Pro-reitoria de Extensão da UFPE, ONG Habitat para a Humanidade e FASE PE, com o apoio de Recursos da Fundação Rosa Luxemburgo.

Atividade 2: Participação no Fórum Estadual de Reforma Urbana – Pernambuco

Coordenadora da Atividade: Lívia Miranda, Amiria Brasil O Fórum de Reforma Urbana é um histórico espaço de articulação da sociedade civil

que visa o fortalecimento da luta por cidades mais justas e mais democráticas. O Observatório PE procura fortalecer as plataformas de pressão por políticas públicas oferecendo reflexões embasadas nos estudos e pesquisas que desenvolve. Entre as atividades desenvolvidas no âmbito do Fórum de Reforma Urbana podemos elencar:

a) A Formulação de Metodologia para o Acompanhamento do Orçamento Público em Habitação e Saneamento (realização de oficinas no Fórum de Reforma Urbana para socialização de metodologia) b) Participação na Comissão de Monitoramento da Política Estadual de Habitação com Recorte de Gênero ; Destacamos ainda o apoio do Observatório PE aos seguntes eventos promovidos no

âmbito do Fórum estadual de Reforma Urbana:

a) Apoio na organização do II Seminário Estadual de Habitação de Interesse Social em Pernambuco – FERU. Camaragibe-PE. Julho 2007. b) Apoio a organização de 04 oficinas para discussão da Metodologia para o Monitoramento das Políticas de Habitação de Interesse Social, a questão de Gênero e o Orçamento Público Estadual, promovido pela FASE e UNIFEM – Olinda, agosto a novembro de 2007. c) Apoio a organização do Seminário de Gênero, Políticas Urbanas e Orçamento: construindo metodologias de monitoramento. Organização: Fórum de Reforma Urbana de Pernambuco – FERU e Observatório PE. Recife, Novembro de 2007.

SUBLINHA IV.3: Monitoramento Atividade 1: Rede Nacional de Avaliação dos Planos Diretores Participativos para o acompanhamento e avaliação de 35 Planos Diretores Participativos elaborados em Pernambuco após 2002

Coordenadora do Projeto: Lívia Miranda

A Pesquisa foi desenvolvida em âmbito local, articulada as diretrizes definidas na Pesquisa nacional. Foram analisados 35 Planos Diretores Participativos Sancionados em Pernambuco após 2002. A pesquisa visou observar o processo de construção e implementação dos PDs, através de análise qualitativa das leis aprovadas e das condições para a sua implementação. A metodologia visou permitir fazer uma leitura das leis e de seus processos de elaboração, a partir dos critérios abaixo relacionados: i - Acesso a terra (incluindo os instrumentos de gestão da valorização imobiliária); ii- Acesso aos serviços e equipamentos urbanos, com ênfase no acesso à habitação, ao saneamento ambiental e ao transporte e à mobilidade; iii - Sistemas de gestão e participação democrática; iv - Questões transversais (que devem estar presentes em todos os itens anteriores): a) gênero e políticas afirmativas; b) Grau de auto-aplicabilidade das definições.

Pôde-se constatar que, apesar dos recentes avanços legais/institucionais no campo da reforma urbana, ainda há muitas limitações, no que diz respeito ao enfrentamento dos graves problemas decorrentes do processo histórico de uso e ocupação do território, espraiado, incompleto, especulativo, e o seu conseqüente planejamento. A democratização do acesso a terra está submetida, na maioria dos casos, a elaboração de leis especificas para

a regulamentação da aplicação dos instrumentos urbanísticos previstos. O estudo aponta que ainda há grandes desafios a serem enfrentados no processo de implementação dos Planos Diretores, para que eles possam, efetivamente, ser um instrumento de democratização do acesso à cidades mais justas.

Desdobramentos A pesquisa visa impulsionar um processo de mobilização social para a implementação dos PD’s. Uma estratégia de capacitação será desenvolvida a partir de resultados das pesquisas. Atividade 2: Monitoramento do Plano de Regularização das Zonas Especiais de Interesse Social – PREZEIS a partir do Banco de Dados das ZEIS

Coordenadora do Projeto: Lívia Miranda

No Recife, a institucionalização das Zonas Especiais de interesse Social – ZEIS (em 1983) e do Seu Sistema de Planejamento e Gestão Participativa o Plano de Regularização das Zonas Especiais de Interesse Social – PREZEIS (em 1986), veio materializar pela primeira vez no Brasil o ideário da Reforma Urbana. São atualmente 66 ZEIS contendo 252 comunidades de baixa renda, com uma população estimada 592 mil Habitantes em cerca de 150 mil domicílios (IBGE 2000), 42% da população recifense. Nos quase 20 anos de existência do PREZEIS, a geração de informações historicamente acumuladas, foi um dos principais obstáculos para a implementação do processo de regularização urbanística e fundiária das ZEIS.

O BD ZEIS é um banco de dados relacional desenvolvido com tecnologia MS, no software Acess 2000. Sua estrutura relacional foi concebida a partir da UNIDADE ZEIS, a qual é associado um grande grupo de informações (textos, gráficos, mapas, fotografias e tabelas). Destina-se prioritariamente a lideranças populares que atuam no PREZEIS, a técnicos de ONG’s que acompanham esta política, A técnicos de instituições governamentais que planejam e executam ações no PREZEIS, a estudantes e pesquisadores que desenvolvem pesquisas sobre o tema.

O Banco foi formatado para ter uma interface simples com o usuário, com navegação facilitada pelas diversas telas do sistema. As informações, nele armazenadas, respeitam a Cronologia temporal, possibilitando registrar cenários passados de qualquer unidade ZEIS através de relatórios pré-definidos. Incorpora informações gerais relativas ao universo do PREZEIS, entre as quais: a Lei de Uso e Ocupação do Solo do Recife, A Lei do PREZEIS, Histórico, textos produzidos, informações sobre outros programas governamentais que tem interface com o território das ZEIS (orçamento Participativo, Agentes comunitários de Saúde e Agentes de Saúde Ambiental), e ainda, informações estatísticas do IBGE 1991 e 2000, organizadas a partir da associação dos setores censitários1 com os perímetros das ZEIS. As estatísticas, também estão associadas a mapas temáticos pré-definidos.

Por fim, vale registrar que em torno desta iniciativa, articulam-se hoje coordenados pelo Observatório de Políticas Públicas - as ONG´s FASE, ETAPAS, o Mestrado em Geografia, a Câmara de Urbanização do PREZEIS e a Rede Nacional de Avaliação e Disseminação de Experiências Alternativas em Habitação Popular - para o acompanhamento e monitoramento permanente desta política, incorporando outros bancos correlacionados. Uma versão para teste está disponível no endereço

http://www.observatoriodasmetropoles.net/recife/abertura.php

SUBLINHA VI.4: Transferência de resultados e Desenvolvimento Institucional

(i) Foram realizadas 06 oficinas Locais de Capacitação em Instrumentos de Geoprocessamento e análise de dados estatísticos. Temas: a) Socialização da metodologia para sistematização das tipologias socioocupacionais; b) Socialização da Metodologia para tabulação da Pesquisa: Cultura Política. (ii) Foi oferecida, no âmbito do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano a Disciplina: Tópicos avançados em planejamento e gestão urbana: Pobreza, vulnerabilidade e segregação sócio-espacial – nexos conceituais, ministrada pela Profa. Dra. Maria Ângela Souza. Local: Sala do Observatório PE. SUBLINHA 4.5: Publicações Produção dos Boletins do Observatório PE Público: Representantes dos Movimentos Sociais, Fórum de Reforma Urbana, ONGs, Representantes governamentais Impresso que analisa, comenta e divulga temas sobre polítcas públicas: 2004 Observatório PE / FASE Boletim do Observatório PE Segmentos Sociais Discutem o Presente e o Futuro das Cidades Brasileiras, Lívia Miranda (Org.) 2004 Observatório PE / FASE Boletim do Observatório PE Prefeituras da Região Metropolitana do Recife Priorizam o Debate Sobre Plano Diretor, Lívia Miranda (Org.) 2004 Observatório PE / FASE Boletim do Observatório PE Perspectivas de mudanças rumo à maioridade do PREZEIS, Lívia Miranda (Org.) 2004 Observatório PE / FASE Boletim do Observatório PE Saneamento Ambiental, conscientização e trabalho pela qualidade de vida da população, Lívia Miranda (Org.) 2005 Observatório PE / FASE Boletim do Observatório PE Sociedade Civil Constroi Plataforma para uma Política de Habitação de Interesse Social para o Recife, Lívia Miranda (Org.) 2005 Observatório PE / FASE Boletim do Observatório PE Plano Diretor do Recife: Deliberações da Sociedade Devem ser Acolhidas pelos Parlamentares, Lívia Miranda (Org.) 2007 Observatório PE / FASE Boletim do Observatório PE Participação Popular e Inclusão Social na Construção de Cidades Justas em PE, Lívia Miranda (Org.) 2007 Observatório PE / FASE Boletim do Observatório PE Sociedade na Luta pela Construção de Cidades Justas, Lívia Miranda (Org.) 2008 Observatório PE / FASE Boletim do Observatório PE A Instalação do Concidades PE e as Políticas Estaduais de Desenvolvimento Urbano, Lívia Miranda (Org.) 2008 Observatório PE / FASE Boletim do Observatório PE Avaliação dos Planos Diretores Participativos em Pernambuco,Lívia Miranda (Org.)

Artigo Nacional Título: Habitação: um direito assegurado a poucas mulheres na RM Recife Ano: 2008 Nome dos autores: Lívia Miranda Meio de divulgação: Impresso Título do periódico/revista: Proposta: revista trimestral de debate da FASE ISSN: 19828950 Volume: 116 Série: Página inicial: 44 Página final: 50 Capítulo de Livro Título do capítulo: Programa Camaragibe em Defesa da Vida : Um novo desenho para a ação habitacional em município da periferia metropolitana do Recife Ano: 2007 Nome dos autores: Jan Bitoun Meio de divulgação: Impresso Título do livro: Habitação social nas metrópoles brasileiras: uma avaliação das políticas habitacionais em Belém, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo no fim do século XX Nome dos organizadores: Adalto Cardoso Número do Volume: 1 Página inicial: 436 Página final: 455 Numero da Edição: 1 Série: ISBN: 978-85-89478 Cidade da editora: Porto Alegre Nome da editora: ANTAC Título do capítulo: O Plano de Regularização das Zonas Especiais de Interesse Social (Prezeis) do Recife: democratização da gestão e planejamento participativo Ano: 2007 Nome dos autores: Lívia Miranda, Demóstenes Moraes Meio de divulgação: Impresso Título do livro: Habitação social nas metrópoles brasileiras: uma avaliação das políticas habitacionais em Belém, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo no fim do século XX Nome dos organizadores: Adalto Cardoso Número do Volume: 1 Página inicial: Página final: Numero da Edição: 1 Série: ISBN: 978-85-89478 Cidade da editora: Porto Alegre Nome da editora: Antac Título do capítulo: Prefácio

Ano: 2008 Nome dos autores: Jan Bitoun Meio de divulgação: Impresso Título do livro: Planejaqmento urbano no Brasil: conceitos, diálogos e práticas Nome dos organizadores: Elson Manoel Pereira Número do Volume: 1 Página inicial: Página final: Numero da Edição: 1 Série: ISBN: 978-85-98981 Cidade da editora: Chapecó Nome da editora: Agros Título do capítulo: Reconfiguração das Políticas Nacionais de Desenvolvimento Urbano: Saneamento Ano: 2007 Nome dos autores: Alexandre Ramos Meio de divulgação: Impresso Título do livro: Caderno do Observatório PE: Políticas Públicas e Gestão Local Nome dos organizadores: Lívia Miranda, Jan Bitoun, Maria Ângela A. Souza Número do Volume: 1 Página inicial: 32 Página final: 41 Numero da Edição: 1 Série: ISBN: 9788586471346 Cidade da editora: Recife Nome da editora: Fase Observatório das Metrópoles Título do capítulo: O Fenômeno da Urbanização: a problemática urbana e o futuro das cidades Ano: 2007 Nome dos autores: Ailson Barbosa da Silva Meio de divulgação: impresso Título do livro: Cadernos do Observatório PE: Políticas Públicas e Gestão Local Nome dos organizadores: Lívia Miranda, Jan Bitoun e Maria Ângela A. Souza Número do Volume: 1 Página inicial: 08 Página final: 11 Numero da Edição: 1 Série: 1 ISBN: 9788586471346 Cidade da editora: Recife Nome da editora: FASE Observatório das Metrópoles Título do capítulo: Reconfiguração das Políticas Nacionais de Desenvolvimento Urbano: Habitação Ano: 2007 Nome dos autores: Maria Angela de A. Souza Meio de divulgação: Impresso

Título do livro: Cadernos do Observatório PE: Políticas Públicas e Gestão Local Nome dos organizadores: Lívia Miranda, Jan Bitoun, Maria Ângela A. Souza Número do Volume: 1 Página inicial: 24 Página final: 31 Numero da Edição: 1 Série: ISBN: 9788586471346 Cidade da editora: Recife Nome da editora: Fase Observatório das Metrópoles Título do capítulo: Política Nacional Urbana: um projeto em construção Ano: 2007 Nome dos autores: Lívia Miranda Meio de divulgação: Impresso Título do livro: Caderno do Observatório PE: Políticas Públicas e Gestão Local Nome dos organizadores: Lívia Miranda, Jan Bitoun, Mª Angela A. Souza Número do Volume: 1 Página inicial: 18 Página final: 23 Numero da Edição: 1 Série: ISBN: 9788586471346 Cidade da editora: Recife Nome da editora: FASE Observatório das metrópoles PE Título do capítulo: Debatendo o Espaço Geográfico: contribuições a partir do Programa de Saúde Ambiental do Recife Ano: 2006 Nome dos autores: Jan Bitoun, Anselmo Cavalcanti Bezerra Meio de divulgação: Impresso Título do livro: Regionalização e Análise Regional Nome dos organizadores: Alcindo José de Sá, Antônio Carlos de Barros Correia Número do Volume: 1 Página inicial: 47 Página final: 63 Numero da Edição: Série: ISBN: 9788573153835 Cidade da editora: Recife Nome da editora: Editora da UFPE Título do capítulo: Estatuto da Cidade e Planos Diretores: Possibilidades para a Melhora das Cidades e Importância da Mobilização da Cidadania Local Ano: 2007 Nome dos autores: Jan Bitoun Meio de divulgação: Impresso Título do livro: Cadernos do Observatório PE: políticas Públicas e Gestão Local Nome dos organizadores: Lívia Miranda, Jan Bitoun, MariÂngela A. Souza Número do Volume: 1 Página inicial: 50

Página final: 55 Numero da Edição: 1 Série: ISBN: 9788586471346 Cidade da editora: Recife Nome da editora: Fase, Observatório das Metrópoles PE Título do capítulo: Os tempos e os desafios da drenagem no Recife Ano: 2007 Nome dos autores: Luiz Eugênio Pereira de Carvalho Meio de divulgação: Impresso Título do livro: Cadernos do Observatório PE: Políticas Públicas e Gestão Local Nome dos organizadores: Lívia Miranda, Jan Bitoun, Maria Ângela A. Souza Número do Volume: 1 Página inicial: 42 Página final: 49 Numero da Edição: Série: ISBN: 9788586471346 Cidade da editora: Recife Nome da editora: Fase Observatório das Metropoles Título do capítulo: Universidades e movimentos sociais: experiências e desafios da prática pedagógica Ano: 2006 Nome dos autores: Jan Bitoun Meio de divulgação: Impresso Título do livro: Cidade, Cultura e Democracia participativa Nome dos organizadores: Orlando Alves Santos Junior, et all Número do Volume: 1 Página inicial: 161 Página final: 168 Numero da Edição: 1 Série: ISBN: 9788586471346 Cidade da editora: Rio de Janeiro Nome da editora: Fase Livro Título do livro: Caderno do Observatório PE: Políticas Públicas e Gestão Local Ano: 2007 Nome dos autores: Lívia Miranda, Jan Bitoun, Maria Ângela de Almeida Souza Número do Volume: I Página inicial: Página final: 116 Numero da Edição: 1 Série: ISBN: 9788586471346 Cidade da editora: Recife Nome da editora: Fase Observatório das Metrópoles

Título do livro: Participação Popular e Acesso a Moradia: As Escolhas Possíveis para População Removida por Intervenções de Melhoria Urbana do Prezeis Ano: 2007 Nome dos autores: Socorro de Paula Leite Número do Volume: 1 Página inicial: 23 Página final: 183 Numero da Edição: 1 Série: Teses e Dissertações ISBN: 9788573154603 Cidade da editora: Recife Nome da editora: Editora da UNFE Título do livro: Desenvolvimento Humano no Recife: Guia para Utilização do Atlas Minicipal Ano: 2009 Nome dos autores: Lívia Miranda, Jan Bitoun, Maria Rejane B. Lyra, Maria das Graças Duarte Paiva Número do Volume: 1 Página inicial: Página final: Numero da Edição: 1 Série: ISBN: 9788586471391 Cidade da editora: Recife Nome da editora: Fase/ Observatório das Metrópoles/Prefeitura do Recife/Banco do Nordeste Apresentação de Trabalho Título: Curso Políticas Públicas e Gestão Local: Uma Experiência de Educação Popular no Brasil Ano: 2006 Nome dos autores: Lívia Miranda Meio de divulgação: Nome do Evento: Seminário Educación Popular - Escuela de Formação Sindical Rosa Luxemburgo Natureza do Evento: Seminário Cidade: Santiago do Chile Página inicial: Página final: Dissertação Título: Os Descaminhos das Àguas no Recife: os canais, os moradores e a gestão Ano: 2006 Nome do autor: Luiz Eugênio Carvalho Instituição: PPGEO-UFPE Área de conhecimento: Geografia Urbana, Drenagem Urbana, Políticas Públicas

Título: Participação Popular e Acesso a Moradia: As Escolhas Possíveis para População Removida por Intervenções de Melhoria Urbana do Prezeis Ano: 2007 Nome do autor: Socorro de paula R. B. Leite Instituição: PPGEO-UFPE Área de conhecimento: Acesso a Moradia, Políticas Públicas