instituto social mercosul - plano estratégico

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Instituto Social Mercosul - Plano Estratégico

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  • Plano Estratgico de Ao Social do MERCOSUL

    (PEAS)

  • Plano Estratgico de Ao Social do MERCOSUL

    (PEAS)

  • PEAS | 3 | MERCOSUL

    Ministra de Desenvolvimento Social

    da Argentina, AliciA Kirchner

    Ministra de Desenvolvimento Social e combate Fome

    da repblica Federativa do Brasil, TereZA cAMPellO

    Ministro Secretrio executivo da Ao Social

    da Presidncia da repblica do Paraguai, hUGO richer

    Ministro de Desenvolvimento Social

    da repblica Oriental do Uruguai, DAniel OleSKer

    REUNIO DE MINISTROS E DIRETORES DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

    (RMADS)

  • PEAS | 4 | MERCOSUL

    INSTITUTO SOCIAL DO MERCOSUL

    Conselho

    Representantes Titulares

    Secretria de Organizao e comunicao

    comunitria do MDS-Ar

    inS Del cArMen PeZ DAleSSAnDrO

    Secretrio executivo Substituto do MDS-Br

    MArcelO cArDOnA rOchA

    Diretora Geral de Polticas Sociais

    e Desenvolvimento Territorial da SAS-PY

    STellA GArcA

    Diretor de Polticas Sociais do MiDeS-UY

    AnDrS ScAGliOlA

  • PEAS | 5 | MERCOSUL

    Representantes Suplentes

    coordenadora de Articulao de Assuntos

    internacionais do MDS-Ar

    AnA MArA cOrTS

    chefa da Assessoria internacional do MDS-Br

    Aline SOAreS

    Diretor de relaes internacionais da SAS-PY

    VicTOr leZcAnO

    chefe da Unidade de Assuntos internacionais

    do MiDeS-UY

    GUSTAVO PAchecO

    Diretor Executivo

    chriSTiAn ADel MirZA

  • PEAS | 7 | MERCOSUL

    ndice

    09. Apresentao

    19. Polticas Sociais no MercOSUl: a igualdade como

    uma prioridade poltica, christian Adel Mirza

    37. Deciso de Aprovao do Documento eixos,

    Diretrizes e Objetivos Prioritrios do Plano

    estratgico de Ao Social do MercOSUl

    (MercOSUr/cMc/Dec. n 12/11)

    41. Plano estratgico de Ao Social do MercOSUl

    (PeAS)

    75. instituto Social do MercOSUl

    83. contatos

  • PEAS | 9 | MERCOSUL

    APRESENTAO

    As origens do MercOSUl se remontam nos anos

    90 e a partir de ento em sucessivas etapas o proces-

    so de integrao foi aprofundando sua estrutura, seus

    objetos e suas conquistas. Desde ento, a conforma-

    o do bloco1 permitiu continuar somando scios da

    regio como uma plataforma estratgica de projeo

    da prpria regio e do cone Sul ao mundo.

    no contexto atual, o MercOSUl tem objetivos

    diferentes aos inicialmente propostos. Os primeiros

    anos se desenvolveram sob uma concepo de inte-

    grao regional que ponderava quase exclusivamente

    os fatores e indicadores de crescimento econmico-

    1. O bloco regional MercOSUl est formado pelos estados Partes: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

  • PEAS | 10 | MERCOSUL

    comercial. Assim, desenvolveu-se na primeira dcada

    um MercOSUl mercantilizado at que finalmente

    a crise do fim do milnio provocou a diminuio das

    relaes comerciais intra-regionais, desvanecendo

    as perspectivas de crescimento e aumentando os

    nveis de pobreza e desemprego. O MercOSUl foi

    deixando para trs aquela concepo centrada exclu-

    sivamente no mercado e restrita aos assuntos adua-

    neiros, tarifrios e comerciais, para ir incorporando

    outras facetas da integrao regional, repensando seu

    espao territorial com um olhar continental.

    nos primeiros anos do presente sculo, os diver-

    sos governos do bloco iniciaram processos de trans-

    formao a partir de vises progressistas a nvel na-

    cional e estes se projetaram gradualmente no mbito

    regional. A partir disso, o contexto da integrao se

    transformou e comeou a aprofundar a ideia de um

    projeto estratgico e de carter integral, para dar lu-

    gar dimenso social. A convergncia de vrios ob-

  • PEAS | 11 | MERCOSUL

    jetivos sociais no espao comum no surgiu de for-

    ma instantnea, j que a iniciativa do MercOSUl a

    princpio exclua da sua agenda as dimenses social,

    cultural, poltica, produtiva, ambiental e identitria no

    seu modelo de integrao.

    A crise social, econmica e poltica que afetou a

    regio principalmente entre 1998 e 2002 colocou

    em evidencia as limitaes e o esgotamento daquele

    modelo de desenvolvimento no mbito dos estados

    Partes, debilitando tambm o MercOSUl e as capa-

    cidades dos estados encarregados de levar adiante

    os processos de integrao regional que deixaram

    de operar com a lgica mercantilista e burocrtica

    nas suas instituies.

    A nova questo social2 se plasmou com maior

    violncia, deixando altos nveis de inequidade, pobre-

    2. A questo social uma aporia fundamental, na qual uma sociedade experimenta o enigma de sua coeso e trata de impedir o risco de se romper. um desafio que interroga, pe em questo a capacidade de uma sociedade existir como conjunto vinculado por relaes de interdependncia em: cASTel, robert: la metamorfosis de la cuestin social, Buenos Aires, 1997.

  • PEAS | 12 | MERCOSUL

    za, desemprego e excluso social em vrios pases

    da regio. A este processo se somaram transforma-

    es e mudanas nas conjunturas regionais, identi-

    ficando novos segmentos da populao denomina-

    dos novos pobres, indivduos e famlias que se

    constituram como os principais destinatrios das

    polticas sociais assistencialistas e focalizadas. Desta

    maneira se aprofundou ainda mais a desigualdade,

    afetando severamente os nveis de coeso, equidade

    e integrao social nos estados da regio.

    Portanto, no contexto atual, os desafios do Mer-

    cOSUl so amplos, com uma proporo da popu-

    lao apesar de todas as medidas tomadas ainda

    ausente dos benefcios do esquema atual de inter-

    cambio comercial ampliado e buscando conciliar

    uma integrao com objetivos mais amplos das

    suas polticas. O cenrio regional proposto supe ao

    MercOSUl e seus estados associados a neces-

    sidade de outorgar um novo sentido coordenao

  • PEAS | 13 | MERCOSUL

    de esforos regionais, aprofundando o processo de

    integrao e as linhas de convergncia em polticas

    pblicas regionais. A reconceituao dos grandes

    objetivos centrais, assim que gerar maiores nveis

    de bem-estar e desenvolvimento3, determinar o

    desenvolvimento das sociedades que se relacionam

    dentro do espao geogrfico compartilhado no cone

    Sul das Amricas.

    conceber o MercOSUl repens-lo no mbito

    de um projeto poltico e estratgico, que inclui tan-

    3. Para Amartya Sen (2000), autor no qual se inspiram as concepes atuais de desenvolvimento social e que elaborou as bases conceituais para uma noo de desenvolvimento com liberdades, uma concepo adequada de desenvolvimento deve ir alm da acumulao de riqueza e do crescimento econmico. em sua concepo, o desenvolvimento implica a ampliao das liberdades necessrias para que os sujeitos possam tomar decises ao respeito de suas vidas e, portanto, requer o incremento das capacidades individuais, que esto relacionadas ao aumento das decises e oportunidades disponveis para cada indivduo. Desta maneira, para promover o desenvolvimento, seria preciso eliminar as principais fontes de privao da liberdade: a pobreza, a falta de oportunidades econmicas, e tambm a eliminao da negligncia sistemtica e a intolerncia dos servios pblicos. SeO BrASil, em: A Dimenso Social do MercOSUl, reunio de Ministros e Autoridades de Desenvolvimento Social do MercOSUl e estados Associados, junho de 2006.

  • PEAS | 14 | MERCOSUL

    to aspectos de integrao econmica-social como

    aqueles que implicam continuar valorizando as pol-

    ticas sociais com perspectiva regional, com objetivo

    de continuar superando o enfoque utilitarista e eco-

    nomicista do bem-estar.

    A relevncia e o entendimento da Dimenso So-

    cial, no processo de integrao regional, supe con-

    ceber as polticas sociais no como compensatrias

    e subsidirias do crescimento econmico, mas assu-

    mir que todas as polticas pblicas conformam uma

    estratgia de desenvolvimento humano. em conse-

    quncia disso, tanto h condies econmicas para

    o desenvolvimento social, como condies sociais

    para o desenvolvimento econmico. necessrio

    no perder de vista que todas estas aes sero em

    vo se no levam a gerar aes concretas que faci-

    litem o acesso, apropriao e exerccio de uma ci-

    dadania plena dos povos da regio. esta concepo

    nos coloca diante do princpio irrenuncivel de dotar

  • PEAS | 15 | MERCOSUL

    a integrao regional de sua dimenso tica, mbito

    essencial se queremos conceber e desenvolver uma

    integrao plena e socialmente justa.

    Por outro lado, as problemticas sociais devem de

    ser assumidas com toda sua complexidade, procu-

    rando completar a integridade na resposta aos pro-

    blemas existentes. Sobre esse fundamento o Mer-

    cOSUl faz aluso Dimenso Social a partir de uma

    perspectiva de interveno social necessariamente

    articulada, pois a verdadeira dimenso de uma po-

    ltica social considera todos os campos da realidade,

    em seus aspectos econmicos, sociais, polticos e

    culturais4.

    A criao do instituto Social do MercOSUl (iSM)

    parte da resposta necessidade de consolidar o

    processo iniciado com a institucionalizao da reu-

    nio de Ministros e Autoridades de Desenvolvimento

    4. Xiii reunio de Ministros e Autoridades de Desenvolvimento Social do MercOSUl e estados Associados. Ata n 02/07, Anexo 5, Montevidu, 23 de novembro de 2007.

  • PEAS | 16 | MERCOSUL

    Social do MercOSUl (rMADS) e os esforos empre-

    endidos pela comisso de coordenao de Ministros

    de Assuntos Sociais do MercOSUl (ccMAS)5, cuja

    finalidade essencial foi precisamente hierarquizar a

    dimenso social da integrao regional. em efeito,

    a instaurao do instituto como instrumento tcni-

    co-poltico que apoia a rMADS em tais propsitos,

    exigiu no s definies de ordem programtica e

    normativa, mas tambm, luz dos avanos obtidos,

    comprometeu a explicitao de um marco conceitual

    que oriente sua tarefa na rea social. Por outro lado,

    na cpula de Assuno, realizada em junho de 2011,

    se analisou e aprovou um Plano estratgico de Ao

    5. rgo social que abarca todas as reunies de Ministros da rea Social, entendendo que o trabalho em matria social multisetorial e transcende o trabalho dos ministrios especficos. este mbito foi considerado o indicado para o desenho e a implementao do mencionado Plano estratgico de Ao Social no MercOSUl. Desta maneira a ccMASM foi criada em dezembro de 2008 na cpula da Bahia pelo Dec. 39/08 do cMc, e se encontra no organograma institucional como rgo auxiliar do conselho do Mercado comum. em relao a sua composio, diz-se que devero integr-la representantes de Alto nvel com competncia na matria social.

  • PEAS | 17 | MERCOSUL

    Social (PeAS) que envolve todos os Ministrios e Se-

    cretarias competentes no campo das polticas sociais

    no MercOSUl.

    A proposta desta cartilha, que tambm estar

    disponvel em formato digital, difundir o PeAS de

    modo a envolver os atores no processo de difuso,

    debate e implementao do Plano. A aposta trans-

    form-lo em um verdadeiro guia, capaz de contribuir

    ao processo de priorizao da agenda social dentro

    do bloco. em ltima instncia, fazer valer o que se

    deliberou em junho de 2003, durante a XXiV reu-

    nio do conselho do Mercado comum, realizada em

    Assuno, Paraguai: A necessidade de priorizar a

    dimenso social do MercOSUl para incentivar o de-

    senvolvimento dos estados Partes e da regio com

    equidade, enfatizando aquelas medidas tendentes a

    propiciar a incluso social e econmica dos grupos

    mais vulnerveis da populao6.

    6. cMc.

  • PEAS | 19 | MERCOSUL

    Polticas Sociais no MERCOSUL: a igualdade como uma prioridade poltica

    A primeira dcada do sculo XXi sem dvida marcou

    o incio de um processo significativo de mudanas

    nas orientaes no campo das polticas pblicas so-

    ciais da regio. Mais especificamente, estas trans-

    formaes se plasmaram na esfera da ao social

    do estado com relao direta aos problemas sociais.

    em outras palavras, a questo social foi resignifica-

    christian Adel Mirza*

    * Assistente Social pela Universidade da repblica Oriental do Uruguai, com mestrado em cincia Poltica da Faculdade de cincias Sociais da Universidade da repblica. Foi Diretor nacional de Poltica Social do Ministrio de Desenvolvimento do Uruguai. na Universidade da repblica professor e foi diretor do Departamento de Servio Social da Faculdade de cincias Sociais. Atuou como Assessor do Departamento de Desenvolvimento econmico e integrao regional da cidade de Montevideo. em julho de 2011, assumiu a Diretoria executiva do instituto Social do MercOSUl, nomeado pelo Governo da repblica Oriental do Uruguai.

  • PEAS | 20 | MERCOSUL

    da, tanto terica quanto empiricamente, pelos atores

    principais que hoje assumem a direo da gesto p-

    blica nos quatro estados Partes do MercOSUl.

    Se observarmos as caractersticas das polticas

    direcionadas incluso e integrao social, verifica-

    remos uma mudana de enfoque estratgico e nor-

    mativo, e sua traduo nos desenhos e formulao de

    planos, programas sociais e projetos sociais, assim

    como nos resultados que aos olhos se comprovam

    como exitosos. Tudo parece indicar que nos encon-

    tramos em uma etapa de transio assignada pela re-

    viso dos sistemas e modelos de proteo social com

    uma inteno implcita de reconstruir uma matriz de

    bem-estar capaz de resolver os ns crticos que apre-

    senta nossa realidade social. no obstante, a dvida

    fundamental com a equidade e a igualdade social

    assunto que preocupa aos governantes da regio,

    sobretudo se consideramos que a Amrica latina con-

    tinua sendo o continente mais desigual do mundo.

  • PEAS | 21 | MERCOSUL

    repassemos suscintamente os aspectos que ca-

    racterizam esta etapa de transio no ltimo decnio:

    1. Estabilidade democrtica e continusmoParece bsico destacar a estabilidade poltica que

    apresenta toda a regio nos ltimos dez anos: no

    cabe dvida de que nos encontramos diante de uma

    consolidao das democracias que desdenham toda

    forma de autoritarismo e opresso das liberdades

    cvicas. As substituies dos sucessivos governos

    durante esta ltima dcada sucederam respeitando

    as normas bsicas do sistema democrtico-republi-

    cano. O panorama global permite ressaltar um dado

    fundamental neste sentido, e a continuidade das

    orientaes poltico-estratgicas e programticas, em

    virtude dos projetos de transformao que sustentam

    os partidos e coligaes que conduzem as diretivas

    polticas na maioria das naes sul-americanas. nos-

    so argumento ressalta a varivel poltica na reconfigu-

  • PEAS | 22 | MERCOSUL

    rao dos sistemas de proteo social como fator de

    explicao das trajetrias recentes da ao social, e

    isso inteiramente aplicvel ao MercOSUl.

    2. Estabilidade macroeconmicaem tempos de globalizao e de forte inter-relao

    no planeta os estados nacionais ainda contam com

    importantes margens de autonomia no uso das prin-

    cipais variveis macroeconmicas. Tal como afirma

    a cePAl, a crise mundial desatada em 2008 foi ab-

    sorvida pelas economias nacionais latinoamericanas

    em virtude da aplicao de polticas contra-cclicas,

    o que permitiu moderar a profundidade e a dura-

    o do seu impacto. De fato, vrias das medidas

    de poltica de mercado de trabalho adotadas foram

    o veculo para que o maior gasto fiscal chegasse, na

    maior medida possvel, s pessoas, refletindo uma

    preocupao pela igualdade1. O ano de 2011 res-

    1. cePAl, Panorama Social de Amrica latina y el caribe, 2010.

  • PEAS | 23 | MERCOSUL

    saltava o informe de referncia iniciou-se com um

    dinamismo econmico singular, revertendo e deixan-

    do para trs os efeitos da crise; o crescimento do PiB

    regional projetado supera os 4,1% e, em alguns ca-

    sos, supera os 6%, ao mesmo tempo que decaem as

    taxas de desemprego aberto, ficando em torno dos

    7%. enquanto os pases mais industrializados atra-

    vessam uma das piores crises financeiras (observe-

    se as medidas adotadas na europa, que implicaram

    a reduo do gasto pblico, disciplina fiscal, con-

    gelamento de salrios, etc. e os impactos gerados

    pela especulao nos estados Unidos), nossa regio

    continua crescendo e suas economias se esquivam

    dos impactos da crise sem maiores contratempos.

    3. O retorno do Estado protetorcontrariando as doutrinas ou teses do estado mini-

    malista, e a desregularizao funcional ao padro de

    acumulao e aos interesses do capital, particular-

  • PEAS | 24 | MERCOSUL

    mente o capital financeiro e transnacional, o ltimo

    decnio manifesta o retorno do estado, acima de

    tudo no campo das polticas sociais. O retorno do es-

    tado adquire a forma de planos, programas sociais e

    projetos sociais, de uma ao pblica massiva, sus-

    tentada no tempo e com uma importante mobilizao

    e aplicao de recursos oramentrios. A maior in-

    terveno estatal deixa entrever certa intencionalida-

    de de domesticar o mercado, ou seja, operar nele

    com aes volitivas em algumas esferas decisivas

    para a recuperao dos salrios. Veja-se o exemplo

    da negociao coletiva introduzida no Uruguai me-

    diante o funcionamento dos conselhos de Salrios

    Tripartites, que supem uma ingerncia muito maior

    que nas dcadas anteriores, fundamentada na ne-

    cessidade de inclinar a balana a favor do trabalho

    em uma relao que assimtrica e desigual entre

    capital e Trabalho.

  • PEAS | 25 | MERCOSUL

    4. Os cidados so sujeitos de direitoscolocar o centro da ateno nos diretos supe aban-

    donar a ideia de que os cidados so objetos de

    compaixo e assistncia pblica. Devem ser conside-

    rados como sujeitos de direitos e o estado deve ga-

    rantir seu pleno exerccio; isto precisamente o que

    sustenta hoje em dia a base conceitual das polticas

    sociais no MercOSUl. A integridade das polticas

    pblicas a partir de um enfoque sistmico tem sido

    posta em prtica nos ltimos anos. no entanto, os

    prprios constrangimentos do modelo produtivo ain-

    da limitam a pesar dos esforos realizados aquela

    aspirao de integridade das intervenes pblicas

    para obter resultados em termos de maior equidade.

    Persistem caractersticas de um modelo liberal-resi-

    dualista que convivem e coexistem com a aplicao

    de planos sociais que pretendem apontar as causas

    que produzem e reproduzem a pobreza e no s miti-

    gar os efeitos perversos das polticas econmicas.

  • PEAS | 26 | MERCOSUL

    A tendncia indica um itinerrio provvel na remoo

    daqueles vcios na arquitetura de proteo social.

    5. Tenso entre universalidade e focalizao o que aparece com fora no cenrio das polticas

    sociais. De um lado se proclama o acesso universal

    educao, sade, moradia (e, certamente, tomam-

    se medidas nesse sentido); do outro lado, persiste o

    critrio de focalizao ou de discriminao positiva

    para o acesso s prestaes sociais no contributi-

    vas. Ainda assim, a modo de exemplo, as recentes

    modificaes do regime de alocaes familiares na

    Argentina e a nova estratgia do programa Brasil sem Misria demonstram uma inteno de recorrer um caminho quela universalizao desvinculada da

    comprovao de recursos ou ao menos de moderar

    o critrio ampliando notavelmente a cobertura dos

    coletivos sociais. introduzindo o conceito de focali-

    zao subsidiria, isto , uma focalizao comple-

  • PEAS | 27 | MERCOSUL

    mentar que contribui ao exerccio efetivo dos direitos

    por parte dos setores vulnerveis que se encontram

    em situao de desvantagem econmica e social.

    6. Transferncias Monetrias DiretasA implementao de programas de Transferncias

    condicionadas de renda uma caracterstica gene-

    ralizada em toda a regio. Precisamente com a che-

    gada dos partidos e foras progressistas ao poder

    poltico, a transferncia monetria direta se apresenta

    como um pilar substantivo das estratgias de com-

    bate pobreza e indigncia. Vale ressaltar que os

    impactos nessa direo foram altamente positivos,

    dado que a indigncia ou extrema pobreza diminuiu

    de maneira sensvel e em menor medida diminuram

    os ndices de pobreza. Deve-se ressaltar, a modo de

    exemplo, o mais recente programa desta natureza, o

    Tekopor no Paraguai, o qual avanou substancial-mente em termos de cobertura, fortemente susten-

  • PEAS | 28 | MERCOSUL

    tado na cooperao com organizaes sociais do

    territrio. As condicionalidades muito discutidas

    por outra parte evidenciaram um incremento da

    matrcula escolar e do acesso aos diversos rgos

    de sade. em relao ao impacto na diminuio da

    brecha social, ou dito de outra maneira, da reduo

    da desigualdade, os resultados no foram plenamen-

    te satisfatrios, apesar do declnio do coeficiente de

    Gini (como um dos indicadores), acima de tudo con-

    siderando os altssimos nveis de desigualdade que a

    regio arrasta h vrias dcadas.

    7. Aumento do Gasto Pblico SocialAinda quando se entende que o Gasto Pblico Social

    deveria ser considerado como investimento social,

    em geral registra-se os oramentos (tecnicamente)

    como gasto aplicado pelo estado para cobrir as ne-

    cessidades da populao, oferecendo os bens, servi-

    os e prestaes. Assim, observa-se que na Amrica

  • PEAS | 29 | MERCOSUL

    latina a porcentagem destinada ao gasto social era

    de 12,21% do PiB entre 1990-91; para o ano 2007-

    2008 este ndice chegava a 18% e superava levemen-

    te os 20% no MercOSUl2. isso se explica, em boa

    medida, pelo incremento do gasto no setor de sade

    e na educao, e pelo aumento relativo da segurana

    social. Ainda quando o Gasto Pblico Social (GPS)

    mantm globalmente um carter pr-cclico, a maio-

    ria das naes desenvolve uma poltica de expanso

    do gasto em conjunturas de contrao econmica

    mediante transferncias, subsdios e estmulos de

    emprego. Segundo o Panorama Social da cePAl, a

    pobreza se incrementou levemente durante os anos

    2008 e 2009 em consequncia da crise, mas houve

    novamente uma recuperao da tendncia ao decl-

    nio continuado. De acordo ao mencionado informe3,

    para a Argentina, o chile, o Peru e o Uruguai a pobre-

    2. ibid. 3. ibid.

  • PEAS | 30 | MERCOSUL

    za diminuiu pelo crescimento; enquanto que para o

    Brasil, o equador, o Panam e o Paraguai, o fez pela

    distribuio.

    8. Convergncia de estratgias: a questo social na agenda poltica

    h evidencias, pelo dito anteriormente, de que o

    MercOSUl caminha a passo seguro em direo

    s transformaes necessrias para a superao da

    pobreza e da indigncia, para a qual se devem res-

    saltar as recentes decises que o bloco tomou em

    relao dimenso social do processo de integrao

    regional. neste sentido, se destacou na Declarao

    de Buenos Aires Por um MercOSUl com rosto hu-

    mano e perspectiva social, de 14 de julho de 2006,

    a necessidade de assumir a dimenso social da in-

    tegrao baseada em um desenvolvimento econmi-

    co de distribuio equitativa, que tende a garantir o

    desenvolvimento humano integral, que reconhece ao

  • PEAS | 31 | MERCOSUL

    indivduo como cidado sujeito de direitos civis, pol-

    ticos, sociais, culturais e econmicos. Desta forma, a

    Dimenso Social da integrao regional se configura

    como um espao inclusivo que fortalece os direitos

    cidados e a democracia.

    A Declarao de Princpios do MercOSUl Social

    sintetiza os temas que haviam ocupado a ateno e

    gerado acordos nas reunies de Ministros e Autori-

    dades do MercOSUl Social at esse momento4. Os

    fundamentos conceituais se referem: a centralidade

    da dimenso social na integrao que pretenda pro-

    mover um desenvolvimento humano e social integral;

    a indissociabilidade do social e econmico na formu-

    lao, desenho, implementao e na avaliao das

    polticas sociais regionais; a reafirmao do ncleo

    familiar como eixo de interveno privilegiado das

    4. refere-se Vii reunio de Ministros e Autoridades de Desenvolvimento Social do MercOSUl, Bolvia, chile e Peru, em 2004; Declarao de Assuno e Declarao de Montevidu, em 2005; e a Declarao de Buenos Aires, em 2006.

  • PEAS | 32 | MERCOSUL

    polticas sociais na regio; a centralidade do papel

    do estado; a proteo e a promoo social a partir de

    uma perspectiva de direitos, superando a viso me-

    ramente compensatria do social; a participao de

    uma sociedade civil fortalecida organizacionalmente.

    Alm disso, na reunio de Presidentes em Assuno

    no final de junho de 2011, o conselho do Mercado

    comum aprovou proposta da reunio de Ministros

    e Autoridades de Desenvolvimento Social (rMADS)

    e da comisso de coordenao de Ministrios de As-

    suntos Sociais (ccMASM) o Plano estratgico de

    Ao Social (PeAS), que articula nove eixos funda-

    mentais e vinte e seis diretrizes estratgicas para a

    regio, que se desenvolvero a partir de 2012 sob o

    formato de projetos sociais regionais. Finalmente, na

    instncia realizada em Montevidu (nos dias 6 e 7 de

    dezembro de 2011) e alguns dias antes da reunio

    de Presidentes, a reunio de Ministros e Autorida-

    des de Desenvolvimento Social (rMADS) resolveu

  • PEAS | 33 | MERCOSUL

    definir no seu prximo Plano Bienal os eixos prio-

    ritrios: a) aprofundamento da institucionalidade da

    dimenso social do MercOSUl, particularmente o

    seu apoio ao instituto Social do MercOSUl; b) ela-

    borao e execuo de projetos regionais no mbito

    do PeAS; c) desenvolvimento da estratgia de iden-

    tificao, intercambio e difuso de melhores prticas

    na rea social e d) fortalecimento da integrao com

    outras instncias do MercOSUl, acima de tudo as

    designadas pela ccMASM.

    em resumo, a questo social ocupa um espao

    hierarquizado nas agendas pblicas dos governantes

    do bloco MercOSUl e da sociedade em conjunto:

    isso significa recuperar a centralidade do trabalho

    como mecanismo de integrao, observar as no-

    vas manifestaes da excluso social e da pobreza,

    identificar e ressaltar as formas histricas de discri-

    minao de determinados coletivos sociais, advertir

    os reclamos por uma cidadania plena, as urgncias

  • PEAS | 34 | MERCOSUL

    em matria de distribuio da riqueza e, em suma,

    reconhecer que a democracia se consolida e se as-

    segura somente na medida em que as pessoas e fa-

    mlias sentem que nela residem as respostas para as

    suas demandas e necessidades. J no basta obter

    um crescimento econmico sustentado; mais ainda,

    para que as economias continuem crescendo e para

    falarmos de desenvolvimento absolutamente im-

    prescindvel a satisfao de determinadas condies

    sociais que o viabilizem a longo prazo e que se re-

    distribua as riquezas de modo equitativo. e se estes

    assuntos ocupam um lugar privilegiado nas agendas

    governamentais, isso fruto no s de uma deciso

    poltica, mas tambm da ao social coletiva que re-

    clama cada vez mais maior participao.

    O MercOSUl, portanto, tem adiante um enorme

    desafio que de alguma maneira assumiu: continuar

    reduzindo a pobreza e eliminar a indigncia, para

    avanar substancialmente em direo reduo da

  • PEAS | 35 | MERCOSUL

    brecha social ainda existente. Se a qualidade de vida

    e o bem-estar da populao a prioridade inequvoca

    dos quatro governos do bloco, hora de aprofundar

    as estratgias mancomunadas a nvel regional para

    reverter o processo histrico de concentrao da ri-

    queza e acrescentar os mecanismos de sua redistri-

    buio equitativa.

  • PEAS | 37 | MERCOSUL

    MercOSUl/cMc/Dec. n 12/11

    Plano Estratgico de Ao Social do MERCOSUL

    TenDO eM ViSTA:

    O Tratado de Assuno, o Protocolo de Ouro Preto

    e as Decises n 39/08, 45/10 e 67/10 do conselho

    do Mercado comum;

    cOnSiDerAnDO:

    Que durante os ltimos anos a dimenso social

    do MercOSUl consolidou-se como um dos eixos

    prioritrios e estratgicos do processo de integrao

    regional.

  • PEAS | 38 | MERCOSUL

    Que por ocasio da cpula do MercOSUl reali-

    zada em crdoba em julho de 2006, os Presidentes

    impulsionaram a elaborao de um Plano estratgico

    de Ao Social do MercOSUl.

    Que o Plano estratgico de Ao Social um ins-

    trumento fundamental para articular e desenvolver

    aes especficas, integrais e intersetoriais, que con-

    solidem a Dimenso Social do MercOSUl.

    Que a comisso de coordenao de Ministros de

    Assuntos Sociais do MercOSUl (ccMASM) elabo-

    rou uma nova verso do documento eixos, Diretri-

    zes e Objetivos Prioritrios do Plano estratgico de

    Ao Social do MercOSUl (PeAS), que incorpora

    as contribuies adicionais remetidas por distintas

    reunies de Ministros e reunies especializadas

    responsveis pelos temas sociais no mbito da De-

    ciso cMc n 67/10.

  • PEAS | 39 | MERCOSUL

    O cOnSelhO DO MercADO cOMUM

    DeciDe:

    Art. 1. Aprovar o documento eixos, Diretrizes e

    Objetivos Prioritrios do Plano estratgico de Ao

    Social do MercOSUl (PeAS), que consta como

    Anexo e faz parte da presente Deciso.

    Art. 2. encomendar s reunies de Ministros e

    reunies especializadas responsveis pelos temas

    sociais que submetam ccMASM, por meio da res-

    pectiva PPT e antes da Xlii reunio Ordinria do

    cMc, proposta contendo aes/atividades; prazos

    para sua execuo/implementao durante o perodo

    2012-2017; e, quando couber, identificao de even-

    tuais fontes de financiamento.

  • PEAS | 40 | MERCOSUL

    neste exerccio, as mencionadas reunies de Mi-

    nistros e reunies especializadas podero submeter

    propostas de reviso, modificao e/ou atualizao

    do documento referido no Artigo 1.

    Art. 3. O Anexo da presente Deciso encontra-se

    unicamente no idioma espanhol.

    Art. 4. esta Deciso no necessita ser incorpora-

    da ao ordenamento jurdico dos estados Partes, por

    regulamentar aspectos da organizao ou do funcio-

    namento do MercOSUl.

    Xli cMc Assuno, 28/Vi/11

  • PEAS | 41 | MERCOSUL

    Eixos, Diretrizes e Objetivos Prioritrios do Plano Estratgico de Ao Social

    do MERCOSUL (PEAS)

    EIXO I Erradicar a fome, a pobreza

    e combater as desigualdades sociais

    Diretriz 1

    Garantir a segurana alimentar e nutricional.

    Objetivos prioritrios

    reconhecer e garantir o direito alimentao ade-

    quada e saudvel.

    Assegurar o acesso alimentao adequada para

    as populaes vulnerveis.

  • PEAS | 42 | MERCOSUL

    Promover o intercmbio de iniciativas, experin-

    cias exitosas e projetos na rea de alimentao

    saudvel.

    Promover o aleitamento materno e combater a

    desnutrio infantil.

    Fortalecer a agricultura familiar como provedora

    de alimentos e abastecedora dos mercados locais.

    Diretriz 2

    Promover polticas distributivas observando a pers-

    pectiva de gnero, idade, raa e etnia.

    Objetivos prioritrios

    Garantir o acesso a servios de assistncia social

    pelas famlias e pessoas em situao de vulnera-

    bilidade e risco social.

    Desenvolver programas de transferncia renda s

    famlias em situao de pobreza.

  • PEAS | 43 | MERCOSUL

    Garantir a responsabilidade equitativa dos inte-

    grantes do lar, envolvendo os homens nas tarefas

    de cuidado familiar estabelecida nos programas

    de transferncia de renda.

    Fortalecer os territrios sociais por meio da arti-

    culao entre as redes de proteo e promoo

    social.

    Promover intercmbio de iniciativas e experin-

    cias exitosas.

  • PEAS | 44 | MERCOSUL

    EIXO IIGarantir os direitos humanos,

    a assistncia humanitria e a igualdade tnica, racial e de gnero

    Diretriz 3

    Assegurar os direitos civis, culturais, econmicos, po-

    lticos e sociais, sem discriminao por motivo de g-

    nero, idade, raa, etnia, orientao sexual, religio, opi-

    nio, origem nacional ou social, condio econmica,

    pessoas com deficincia ou qualquer outra condio.

    Objetivos prioritrios

    combater o trfico, a violncia e a explorao sexu-

    al, especialmente de crianas e adolescentes.

    Articular e implementar polticas pblicas voltadas

    para adolescentes que cometeram ato infracional,

    de carter socioeducativo, especialmente nas regi-

    es de fronteira.

  • PEAS | 45 | MERCOSUL

    Articular e implementar polticas pblicas volta-

    das para atendimento populao em situao

    de rua.

    Fortalecer o instituto de Polticas Pblicas de Di-

    reitos humanos do MercOSUl (iPPDh) e criar

    canais de dilogo com o Sistema interamericano

    de Direitos humanos.

    combater todas as formas de violncia, especial-

    mente contra as mulheres, crianas, adolescentes

    e idosos.

    Adotar medidas e polticas para plena implemen-

    tao da conveno das naes Unidas sobre Di-

    reitos das Pessoas com Deficincia.

    coordenar posies em temas de direitos huma-

    nos em organismos internacionais.

    implementar o Plano regional para Preveno e

    erradicao do Trabalho infantil, aprovado pelo

    GMc/reS. n 36/06, assegurando os recursos fi-

    nanceiros necessrios para tal fim.

  • PEAS | 46 | MERCOSUL

    Promover a acessibilidade e alocaao universal

    para facilitar o acesso das pessoas com deficin-

    cia a todos os servios previstos na comunidade.

    combater todas as formas de discriminao, vio-

    lncia e preconceito contra os grupos lGBT, a fim

    de promover a plena realizao dos seus direitos-

    nos pases do bloco.

    Desenvolver e partilhar instrumentos de monito-

    ramento da violncia exercida contra idosos no

    MercOSUl, com o objetivo de sensibilizar as so-

    ciedades dos pases sobre as violaes sofridas

    por este grupo.

    Promover nos fruns internacionais a promoo e

    defesa dos direitos dos idosos atravs do estabe-

    lecimento de uma conveno internacional sobre

    o assunto.

    criar um sistema de indicadores sobre a situ-

    ao dos direitos humanos na regio, usando a

    estrutura metodolgica desenvolvida pelo Alto

  • PEAS | 47 | MERCOSUL

    comissariado das naes Unidas para os Direitos

    humanos.

    coordenar a incorporao, nas polticas sociais,

    de aes de preveno, de proteo e ateno que

    contribuam a erradicao de todas as formas de

    violncia, nos espaos pblicos e privados, espe-

    cialmente contra as mulheres e as meninas.

    Diretriz 4

    Garantir que a livre circulao no MercOSUl seja

    acompanhada do pleno gozo dos direitos humanos.

    Objetivo prioritrio

    Articular e implementar polticas pblicas voltadas a

    promover o respeito aos direitos humanos e a plena

    integrao dos migrantes e proteo aos refugiados.

    Diretriz 5

    Fortalecer a assistncia humanitria.

  • PEAS | 48 | MERCOSUL

    Objetivo prioritrio

    coordenar esforos para apoio e proteo s popu-

    laes atingidas por situaes de emergncia de de-

    sastres humanitrios, com especial ateno a crian-

    as e adolescentes.

    Diretriz 6

    Ampliar a participao das mulheres nos cargos de

    liderana e deciso no mbito das entidades repre-

    sentativas.

    Objetivo prioritrio

    criao, reviso e implementao de instrumentos

    normativos regionais com vistas igualdade de

    oportunidades entre homens e mulheres e, entre as

    mulheres, na ocupao de postos de deciso.

  • PEAS | 49 | MERCOSUL

    EIXO III Universalizar a Sade Pblica

    Diretriz 7

    Assegurar o acesso a servios pblicos de sade

    integrais, de qualidade e humanizados, como um di-

    reito bsico.

    Objetivos prioritrios

    Desenvolver estratgias coordenadas para uni-

    versalizao do acesso aos servios pblicos de

    sade integrais, de qualidade e humanizados.

    Promover e harmonizar polticas especificas para

    sade indgena.

    Aprofundar polticas de sade publica para as mu-

    lheres e ateno primeira infncia.

    Articular as polticas e promover acordos regio-

    nais que garantam acesso sade pblica na faixa

    de fronteira.

  • PEAS | 50 | MERCOSUL

    Promover a reviso dos instrumentos normati-

    vos que garantam o acesso livre e responsvel

    de homens e mulheres aos servios apropriados,

    aconselhamento cientfico e educao sobre sa-

    de sexual e reprodutiva.

    Fortalecer a articulao inter-setorial e o trabalho

    conjunto nas instncias institucionais do MercO-

    SUl, nos aspectos vinculados aos Determinantes

    Sociais da Sade (DSS).

    Diretriz 8

    Ampliar a capacidade nacional e regional em matria

    de pesquisa e desenvolvimento no campo da sade.

    Objetivo prioritrio

    implantar rede de pesquisa em Sade Pblica e De-

    terminantes Sociais da Sade.

  • PEAS | 51 | MERCOSUL

    Diretriz 9

    reduzir a morbidade e mortalidade feminina nos es-

    tados Partes, especialmente por causas evitveis, em

    todas as fases do seu ciclo de vida e nos diversos

    grupos populacionais, sem discriminao de qual-

    quer espcie.

    Objetivo prioritrio

    Promover a assistncia obsttrica qualificada e

    humanizada, especialmente entre as mulheres

    negras e indgenas, e com deficincia, incluindo

    a ateno ao abortamento inseguro, de forma a

    reduzir a morbidade materna.

  • PEAS | 52 | MERCOSUL

    EIXO IVUniversalizar a educao e erradicar

    o analfabetismo

    Diretriz 10

    Acordar e executar polticas educativas coordenadas

    que promovam uma cidadania regional, uma cultura

    de paz e respeito democracia, aos direitos humanos

    e ao meio ambiente.

    Objetivos prioritrios

    Fomentar aes de formao docente/multiplica-

    dores para a integrao regional.

    implementar programas complementares de for-

    mao docente em espanhol e portugus como

    segunda lngua.

    Articular aes com outros setores dentro do

    mbito de competncia, para promover o direito

    a educao sexual e reprodutiva nas escolas de

  • PEAS | 53 | MERCOSUL

    acordo com as normas vigentes em cada pas e

    acordos internacionais vigentes.

    Fortalecer a integrao regional entre os pases do

    MercOSUl a partir de estratgias e aes con-

    cretas nas regies de fronteiras com as institui-

    es educativas.

    Fortalecer a organizao institucional para a ges-

    to democrtica da escola pblica, garantindo a

    participao de todos os atores envolvidos na vida

    escolar.

    Diretriz 11

    Promover a educao de qualidade para todos como

    fator de incluso social, de desenvolvimento humano

    e produtivo.

    Objetivos prioritrios

    impulsionar o reconhecimento de ttulos docentes

    na regio.

  • PEAS | 54 | MERCOSUL

    Desenvolver um modelo educacional e polifun-

    cional e inclusivo de educao rural formal e no

    formal, com base em: i) Formao de professores

    em consonncia com as propostas educativas da

    educao rural; ii) coordenao interinstitucional

    entre os atores governamentais com participao

    das organizaes da agricultura familiar nos espa-

    os de definio e implementao de polticas de

    educao rural.

    Desenvolver programas coordenados de educa-

    o profissional e tecnolgica de qualidade.

    Promover e harmonizar polticas de educao es-

    pecificas para os povos originrios e a construo

    de currculos adequados as suas necessidades,

    respeitando sua diversidade cultural.

    Articular programas sociais para erradicar o anal-

    fabetismo feminino, em especial entre afrodes-

    cendentes, indgenas e mulheres portadoras de

    deficincia e mulheres acima de 50 anos.

  • PEAS | 55 | MERCOSUL

    Garantir a igualdade de oportunidades de acesso,

    permanncia e concluso com qualidade, em tem-

    po oportuno, s crianas e jovens nos sistemas

    de ensino.

    Fortalecer a formao de professores na educa-

    o Superior.

    harmonizar e coordenar iniciativas de educao

    distncia como meio de incluso social e demo-

    cratizao.

    Diretriz 12

    Promover a cooperao solidria e o intercmbio,

    para o melhoramento dos sistemas educativos.

    Objetivos prioritrios

    identificar e propor reas para integrar as polticas

    educacionais dos pases membros.

  • PEAS | 56 | MERCOSUL

    Propiciar espaos para intercambio de experin-

    cias relativas ao acompanhamento e formao

    dos docentes recm-ingressos nos sistemas

    educativos.

    Promover aes de articulao dos pases, esta-

    dos, municpios e regies com os municpios que

    possuem escolas participantes do Programa es-

    colas de Fronteira.

    Fortalecer e aprofundar o Sistema de Acreditao

    de cursos de Graduao para o reconhecimento

    regional da Qualidade Acadmica dos Diplomas

    Universitrios do ArcU-SUr.

    Diretriz 13

    impulsionar e fortalecer os programas de mobilidades

    de estudantes, estagirios, pesquisadores, gestores,

    diretores e profissionais.

  • PEAS | 57 | MERCOSUL

    Objetivos prioritrios

    Fortalecer programas de cooperao existentes

    que fomentem o intercmbio acadmico, de pro-

    fissionais, especialistas, gestores, docentes e es-

    tudantes, de forma a contribuir com a melhoria e

    integrao da regio.

    Facilitar as condies de mobilidade educacional

    na regio.

    Organizar um conjunto integrado de programas

    de mobilidade diferente, que tenha uma verdadei-

    ra apropriao pela instituio de ensino Superior,

    com foco na cooperao e internacionalizao.

  • PEAS | 58 | MERCOSUL

    EIXO VValorizar e promover a diversidade cultural

    Diretriz 14 Promover a conscincia de uma identidade cultural re-

    gional, valorizando e difundindo a diversidade cultural

    dos pases do MercOSUl e de suas culturas regionais.

    Objetivos prioritrios

    Disseminar atitudes igualitrias e valores ticos

    de irrestrito respeito s diversidades e de valori-

    zao da paz.

    Articular as aes com vistas ao fortalecimen-

    to das iniciativas desenvolvidas pela reunio de

    Ministros de educao do MercOSUl na rea da

    diversidade cultural.

    incentivar a produo cultural dos mais diversos

    grupos originrios, populares e contemporneos.

  • PEAS | 59 | MERCOSUL

    Fomentar o potencial cultural das zonas frontei-

    rias como espao de dilogos interculturais na

    elaborao de polticas conjuntas.

    Diretriz 15

    Ampliar o acesso aos bens e servios culturais da

    regio e dinamizar suas indstrias culturais, favore-

    cendo os processos de incluso social e gerao de

    emprego e renda.

    Objetivos prioritrios

    Aumentar o nvel de produo das pequenas e

    mdias empresas do setor cultural, ampliando a

    empregabilidade.

    Ampliar a pauta de exportao das grandes em-

    presas do setor cultural.

    Aumentar as experincias de intercmbios, com

    objetivo de reduzir custos de produo.

  • PEAS | 60 | MERCOSUL

    Desenvolver aes de qualificao para o setor

    cultural independente.

    expandir as aes associadas economia da cul-

    tura em todos os segmentos de patrimnio, arte-

    sanato e moda.

    Ampliar as aes para a promoo do consumo

    cultural em regies scio- econmicas menos fa-

    vorecidas.

    Aumentar a participao das atividades culturais no

    currculo escolar do ensino fundamental e bsico.

    Desenvolver projetos de cunho itinerante, promo-

    vendo o acesso s atividades/bens culturais, inde-

    pendentemente de espaos e meios formalmente

    constitudos.

    Ampliar a disseminao de produtos culturais

    subsidiados pelo governo, em aes impulsio-

    nadas por meios tecnolgicos, para segmentos

    como a msica e dana.

  • PEAS | 61 | MERCOSUL

    EIXO VIGarantir a incluso produtiva

    Diretriz 16

    Fomentar a integrao produtiva, particularmente em

    regies de fronteira, com vistas a beneficiar reas de

    menor desenvolvimento e segmentos vulnerveis da

    populao.

    Objetivo prioritrio

    estimular o acesso de setores vulnerveis da popula-

    o a atividades produtivas globais e integradas em

    zonas de fronteiras.

    Diretriz 17

    Promover o desenvolvimento das micro, pequenas

    e mdias empresas, de cooperativas, de agricultura

    familiar e economia solidria, a integrao de redes

  • PEAS | 62 | MERCOSUL

    produtivas, incentivando a complementaridade pro-

    dutiva no contexto da economia regional.

    Objetivos prioritrios

    Facilitar o acesso ao crdito, tecnologia e tributa-

    o simplificada desses empreendimentos.

    Promover o desenvolvimento de polticas pblicas

    para a agricultura familiar e incentivar a sua orga-

    nizao produtiva e insero comercial.

    Facilitar os processos de integrao produtiva das

    micro, pequenas e mdias empresas por meio da

    insero na cadeia produtiva.

    estimular o investimento em infraestrutura em re-

    gies de fronteira.

    Promover o consumo de produtos e servios da

    economia solidria.

    Promover os direitos das mulheres no acesso a

    terra, reforma agrria e ao desenvolvimento ru-

    ral sustentvel.

  • PEAS | 63 | MERCOSUL

    Promover a autonomia econmica e financeira

    das mulheres, por meio de assistncia tcnica,

    promoo do empreendedorismo, do associativo

    e o cooperativismo, por integrao das redes de

    mulheres aos processos econmicos, produtivos

    e de mercados locais e regionais.

    Diretriz 18

    incorporar a perspectiva de gnero na elaborao de

    polticas pblicas laborais.

    Objetivos prioritrios

    Garantir a igualdade salarial entre homens e mu-

    lheres tendo em conta o princpio de salrios

    iguais para funes iguais.

    Garantir s trabalhadoras domsticas o exerccio

    de todos os direitos trabalhistas concedidos s

    trabalhadoras em geral, especialmente nas regies

    de fronteira.

  • PEAS | 64 | MERCOSUL

    Tomar medidas para avanar na valorizao social

    e o reconhecimento do valor econmico do tra-

    balho remunerado realizado pelas mulheres no

    mbito domstico e do cuidado familiar, e contri-

    buir para a superao da atual diviso de gnero

    do trabalho.

  • PEAS | 65 | MERCOSUL

    EIXO VII Assegurar o acesso ao trabalho decente

    e aos direitos previdencirios

    Diretriz 19

    Promover a gerao de emprego produtivo e trabalho

    decente na formulao de programas de integrao

    produtiva no MercOSUl.

    Objetivos prioritrios

    Avanar na implementao da estratgia Mer-

    cOSUl para o crescimento do emprego eMce,

    criada pela Deciso cMc n 04/06, mediante a ela-

    borao de Planos nacionais de emprego e Traba-

    lho Decente PneTD e Diretrizes regionais para o

    crescimento do emprego.

    Promover investimentos pblicos e privados para a

    criao de unidades produtivas em setores estrat-

    gicos e intensivos em mo-de-obra, prioritariamente

  • PEAS | 66 | MERCOSUL

    na regio de fronteira, especialmente para jovens e

    outros grupos em situao social desfavorecida.

    Fortalecer os servios de qualificao profissio-

    nal, com o objetivo de promover as competncias

    dos trabalhadores, a incluso digital, a melhoria

    de suas remuneraes, a produtividade e susten-

    tabilidade das empresas.

    Prosseguir com a implementao do plano regio-

    nal de inspeo de trabalho e formao conjunta

    de inspetores e fiscais.

    Adotar medidas para promover as convenes da

    OiT e os Tratados internacionais sobre a matria.

    Diretriz 20

    Fortalecer o Dilogo Social e a negociao coletiva.

    Objetivos prioritrios

    Prosseguir com a reviso e aperfeioamento da

    Declarao Sociolaboral do MercOSUl.

  • PEAS | 67 | MERCOSUL

    Dotar a comisso Scio-laboral de mecanismos

    geis para assegurar a aplicao dos direitos e

    compromissos inscritos na Declarao Sociola-

    boral.

    Fortalecer o Observatrio do Mercado de Trabalho

    (OMTM).

    Diretriz 21

    consolidar o sistema multilateral de previdncia

    social.

    Objetivos prioritrios

    Promover medidas para plena implementao

    do Acordo Multilateral de Previdncia Social do

    MercOSUl.

    Promover medidas para a regularizao dos tra-

    balhadores informais, especialmente nas reas

    de fronteira.

  • PEAS | 68 | MERCOSUL

    estabelecer um programa regional de educao

    previdenciria.

    Modernizar os servios de atendimento aos segu-

    rados da previdncia social nos estados Partes e

    compartilhar tecnologias.

  • PEAS | 69 | MERCOSUL

    EIXO VIIIPromover a Sustentabilidade Ambiental

    Diretriz 22

    consolidar a temtica ambiental como eixo transversal

    das polticas pblicas.

    Objetivos prioritrios

    criar instrumentos regulatrios e econmicos

    adequados que facilitem a complementaridade

    entre as polticas produtivas e ambientais e entre

    as polticas sociais e ambientais.

    Promover polticas pblicas para a agricultura

    familiar visando a sua sustentabilidade scio-am-

    biental e adaptao s mudanas climticas.

    Fortalecer as instncias ambientais nos nveis

    regional, nacional e local, nos termos do Acordo

    Marco sobre Meio Ambiente do MercOSUl.

  • PEAS | 70 | MERCOSUL

    Diretriz 23

    Promover mudanas em direo a padres mais sus-

    tentveis de produo e consumo.

    Objetivos prioritrios

    elaborar e implementar estratgias nacionais e

    regional de produo e consumo sustentveis e

    facilitar o acesso da sociedade informao sobre

    o tema.

    Promover programas de conscientizao sobre

    prticas de produo e consumo sustentveis

    nos setores governamental, produtivo e na socie-

    dade civil.

    Fomentar a inovao no desenho e desenvolvi-

    mento de produtos e servios que gerem o menor

    impacto ambiental e promovam o desenvolvimen-

    to sustentvel, com equidade social.

  • PEAS | 71 | MERCOSUL

    Eixo IXAssegurar o Dilogo Social

    Diretriz 24

    Promover o dilogo entre as organizaes sociais

    e rgos responsveis pela formulao e gesto de

    polticas sociais.

    Objetivos prioritrios

    Promover o dilogo com a sociedade sobre a implementao do PeAS, entre outros, com a Unidade de Participao Social (UPS).Garantir e fortalecer outros espaos institucio-

    nais de discusso e implementao de polticas

    pblicas.

  • PEAS | 72 | MERCOSUL

    EIXO X Estabelecer mecanismos de cooperao

    regional para a implementao e financiamento de polticas sociais

    Diretriz 25

    Garantir que os projetos prioritrios disponham de

    mecanismos regionais e nacionais de financiamento

    adequado.

    Objetivos prioritrios

    criar e fortalecer fundos especficos para polticas

    e projetos sociais regionais.

    Promover mecanismos regionais inovadores de

    financiamento do desenvolvimento regional.

    coordenar os oramentos e aportes nacionais

    para o financiamento conjunto de polticas e pro-

    jetos sociais regionais.

  • PEAS | 73 | MERCOSUL

    Diretriz 26

    Fortalecer o instituto Social do MercOSUl (iSM)

    como rgo de apoio tcnico execuo do

    PeAS.

    Objetivos prioritrios

    Dotar o iSM de instrumentos adequados imple-

    mentao, monitoramento e avaliao dos proje-

    tos sociais.

    Promover e consolidar acordos e convnios de

    cooperao com instituies de pesquisa dos es-

    tados Partes.

    Viabilizar parcerias para a implementao dos

    projetos sociais previstos.

  • PEAS | 75 | MERCOSUL

    Instituto Social do MERCOSUL

    O instituto Social do MercOSUl (iSM) um rgo

    tcnico poltico estabelecido em 18 de janeiro de

    2007 por Deciso do conselho do Mercado comum

    (cMc/Dec n 03/07), resultado da iniciativa da re-

    unio de Ministros e Autoridades de Desenvolvimen-

    to Social do MercOSUl (rMDAS).

    A rMADS, por sua vez, est formada pelos Minis-

    trios e Secretarias de Desenvolvimento Social da Ar-

    gentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, que aportam tc-

    nica e financeiramente para o funcionamento do ins-

    tituto. cada estado Parte tem um representante que

    integra o conselho do iSM, rgo diretivo que tem

    como objetivo definir, em coordenao com a Direo

    executiva, as linhas estratgicas e programticas, o

    oramento e os projetos a serem executados.

  • PEAS | 76 | MERCOSUL

    em resumo, o iSM uma instncia tcnica de

    pesquisa no campo das polticas sociais e de imple-

    mentao das linhas estratgicas, com o objetivo de

    contribuir consolidao da dimenso social como

    um eixo central no processo de integrao do Mer-

    cOSUl. neste sentido, o iSM se soma aos esforos

    de consolidao do processo de integrao, atravs

    de iniciativas que contribuam com a reduo das

    assimetrias sociais entre os estados Partes e com a

    promoo do desenvolvimento humano integral.

    importante ressaltar que o PeAS, em sua Dire-

    triz 26, apresenta a necessidade de fortalecer o ins-

    tituto Social do MercOSUl (iSM) como organismo

    de apoio tcnico para a execuo do Plano. como

    objetivos prioritrios prope: dotar o iSM de instru-

    mentos adequados para implementao, monitora-

    mento e avaliao dos projetos sociais; promover e

    consolidar acordos e convnios de cooperao com

    instituies de pesquisa dos estados Partes; e viabi-

  • PEAS | 77 | MERCOSUL

    lizar associaes para a implementao dos projetos

    sociais previstos.

    Breve histricoA instalao do instituto comeou em julho de

    2009, durante a Presidncia Pro Tempore do Para-

    guai, primeiro pas a assumir a Direo executiva

    da organizao. naquela ocasio, a sociloga Dra.

    Magdalena rivarola assumiu a direo, ficando res-

    ponsvel por consolidar a instalao do rgo, cuja

    sede est situada na cidade de Assuno, capital da

    repblica do Paraguai.

    em fevereiro de 2011, iniciou-se um novo ciclo de

    funcionamento com a incorporao dos funcionrios

    que constituem a equipe tcnica e um conselho po-

    ltico integrado por representantes de cada um dos

    estados Partes, designados para tal fim pela rMADS

    que junto com a Direo executiva, definem os ali-

    nhamentos estratgicos e programticos.

  • PEAS | 78 | MERCOSUL

    Atualmente, a Direo executiva est a cargo do

    Assistente Social christian Adel Mirza, nomeado pelo

    Governo da repblica Oriental do Uruguai, quem se-

    guir nestas funes at julho de 2013.

    Misso: consolidar a Dimenso Social do Mer-cOSUl como um eixo fundamental no processo de

    construo da regio por meio da pesquisa, do in-

    tercambio, da articulao e da difuso de polticas

    sociais regionais, contribuindo com a reduo das

    assimetrias e com a promoo do desenvolvimento

    humano integral.

    Viso: Ao cabo de cinco anos, o instituto Social do MercOSUl se consolida e se legitima na regio

    como um rgo tcnico-poltico com capacidade

    para incidir e assessorar governos em processo de

    construo de Polticas Sociais regionais.

  • PEAS | 79 | MERCOSUL

    Objetivoscoordenar o design, o monitoramento, a avaliao

    e a difuso de projetos sociais regionais.

    Promover e desenvolver pesquisas com a finalida-

    de de apoiar a tomada de deciso na elaborao,

    implementao e avaliao dos impactos das Po-

    lticas Sociais.

    Fomentar espaos de reflexo, anlise e difuso

    sobre os temas emergentes na agenda social do

    MercOSUl.

    recompilar, intercambiar e difundir as melhores

    experincias e prticas sociais a nvel regional e

    inter-regional.

    EstruturaO instituto est estruturado com base em uma Di-

    reo executiva e quatro Departamentos:

  • PEAS | 80 | MERCOSUL

    Departamento de investigao e Gesto da infor-

    mao. responsvel por realizar pesquisas e estu-

    dos comparativos, identificar indicadores sociais

    regionais e gerar espaos de intercambio em torno

    gesto dos sistemas de informao social (indicado-

    res socioeconmicos e de programas sociais).

    Departamento de Promoo e intercambio de Po-

    lticas Sociais regionais. responsvel por contribuir

    na criao de instncias tcnicas de dilogo e ela-

    borao de projetos em matria de polticas sociais

    regionais, no intercambio de prticas socialmente

    relevantes e na identificao de oportunidades para

    a cooperao horizontal.

    Departamento de comunicao. responsvel pela

    elaborao e execuo da estratgia de comunicao

    pblica e institucional do iSM, com o objetivo de pro-

  • PEAS | 81 | MERCOSUL

    mover a transparncia, a interatividade e a participa-

    o dos diversos atores da sociedade civil.

    Departamento de Administrao e Finanas. res-

    ponsvel por dar assistncia Direo executiva em

    todas as atividades relacionadas s demandas admi-

    nistrativas, financeiras e de recursos humanos.

  • PEAS | 83 | MERCOSUL

    Contatos / Instituto Social do MERCOSUL

    Diretor executivo: christian Adel Mirza

    chefa do Departamento de Administrao e Finanas:

    celeste Acevedo

    chefa do Departamento de comunicao: carla Arago

    chefe do Departamento de Pesquisa e Gesto da

    informao: Marcelo Mondelli

    Tcnica do Departamento de Pesquisa e Gesto da

    informao: carmen Garca

    chefe do Departamento de Promoo e intercmbio de

    Polticas Sociais regionais: Mariano nascone

    Pessoal de Apoio: estefana Vizioli e Orlando Aguirre

  • editora: carla Arago

    chefa do Departamento de comunicao

    do instituto Social do MercOSUl

    imagens da capa: Archivo rMADS

    Produo editorial: Tekoha

    Assuno, Paraguai

    Junho de 2012

    inSTiTUTO SOciAl D0 MercOSUl

    cnel. rafael Franco no 507 e Juliana insfrn

    Assuno - Paraguai

    Telefax + 595 21 207 858

    [email protected]

    www.ismercosur.org

    Siga-nos no