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Instituto Politécnico da Guarda
Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto
Relatório de Estágio
ASSOCIAÇÃO SÓCIO- TERAPÊUTICA DE ALMEIDA IPSS
Licenciatura em Desporto
Ana Patrícia Morgado Matias
Guarda, Setembro 2011
O presente relatório foi realizado no
âmbito da unidade curricular de Estágio,
do 3º ano, do curso Licenciatura em
Desporto, do Instituto Politécnico da
Guarda, da Escola Superior de Educação,
Comunicação e Desporto, sobre a
orientação do docente Mestre Jorge
Casanova e de autoria da discente Ana
Matias. Estágio este que decorreu na
Associação Sócio- Terapêutica de Almeida
- IPSS (ASTA).
I
Agentes Envolvidos
Escola: Escola Superior de Educação Comunicação e Desporto da Guarda
Endereço: Av. Dr. Sá Carneiro 50, 6300-559 Guarda
Telefone: 271220135; Fax: 271220111; E-mail: [email protected]
Director: Prof. Doutor Carlos Reis
Docente Orientador de estágio: Mestre Jorge dos Santos Casanova
Discente: Ana Patrícia Morgado Matias
Nº de aluno: 5006630
Instituição de estágio
Endereço: Alto da Fonte Salgueira 6355-030 Cabreira
Telefone: 271581562; Fax: 271581756; E-mail: [email protected]
Responsável pela Instituição: Dr.ª Maria José Dinis da Fonseca
Tutor do estágio na instituição: DR. Jorge Amaro dos Santos Pires
II
Lista de abreviaturas:
ASTA- Associação Sócio- Terapêutica de Almeida
IPSS- Instituições Particulares de Solidariedade Social
IPG- Instituto Politécnico da Guarda
ESECD- Escola Superior de Ensino, Comunicação e Desporto
DA- Desporto Adaptado
AMA- Adaptação ao Meio Aquático
MI- Membros Inferiores
MS- Membros Superiores
III
Agradecimentos:
Sendo esta uma forma de reconhecimento do contributo de várias pessoas ao longo de
toda a minha formação académica, aqui deixo o meu agradecimento a cada uma delas,
todos merecem ser mencionados, pois cada um foi realmente importante de uma forma
ou outra.
Agradeço a toda a minha família por todo o apoio e motivação que me deram ao iniciar
este curso e ao longo de todo o percurso académico, em especial à minha irmã Gorete
por ela ter estado tão presente tanto nos bons momentos como nos momentos mais
difíceis, por toda a atenção e compreensão, pois foi para mim um grande “pilar” de
apoio em que me dava força para seguir em frente e chegar ate ao fim desta etapa.
A todos os meus amigos e colegas de curso, por todos os momento de alegria que
proporcionaram e apoio e por toda a ajuda que me deram sempre que necessitava. Não
podendo deixar aqui de referir os amigos com o qual pode sempre contar de uma forma
incondicional, foram eles o José, a Sónia e a Patrícia que foram bastante importantes
tanto na minha vida académica como a nível pessoal.
Um grande agradecimento aos colaboradores e utentes da Associação Sócio-
Terapêutica de Almeida (ASTA), à Dr.ª Maria José que me permitiu realizar este
estágio na instituição, ao Jorge Amaro, meu tutor na ASTA, pela disponibilidade que
sempre demonstrou em ajudar e por me ter transmitido os seus conhecimentos nesta
área. Um obrigada pela forma carinhosa que me receberam, por todo o espírito de
amizade que pode sentir e pela confiança depositada em mim e no trabalho realizado ao
longo do estágio. Foi sem dúvida uma experiencia excepcional de grande carácter
humano e profissional.
Um obrigada a toda a minha equipa de trabalho LIDL e em particular ao chefe João,
pela amizade, apoio e por se mostrarem sempre disponíveis a ajudar ao permitir na
medida dos possíveis flexibilidade de horários para poder conciliar as aulas e estágio.
IV
E por fim, não menos importante, pois foram eles os responsáveis de toda a formação
académica, agradeço a todos os docentes da Escola Superior de Educação,
Comunicação e Desporto (ESECD) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), mais
concretamente ao corpo docente do curso de Desporto, por todo o contributo e
conhecimento por eles transmitidos ao longo dos 3 anos de licenciatura. Um
agradecimento também ao meu orientador de estágio na ESECD Mestre Jorge
Casanova, que apesar da minha ausência nas reuniões, mostrou-se sempre disponível a
ajudar e pela sua compreensão, pelo apoio e orientação na elaboração do relatório.
Todos estes agradecimentos não podiam deixar de ser referidos, pois todos eles foram
sem dúvida imprescindíveis, cada um de sua forma, ninguém na vida tem o que tem e
consegue seja o que for sozinho, há sempre um contributo de algo ou de alguém
independentemente da situação, tem é de haver sim humildade para o poder reconhecer
e dar a reconhecer quem contribui para o que possuímos ou somos!
Bem hajam!!!
V
Índice
1. Introdução ................................................................................................................ 1
2. Caracterização geográfica do local de estágio - concelho de Almeida ............... 4
2.1 Caracterização da aldeia Cabreira, concelho de Almeida, Distrito da Guarda .. 5
2.2 Caracterização da ASTA ................................................................................... 6
2.3 Recursos materiais ............................................................................................. 7
2.4 Recursos humanos ............................................................................................. 7
2.5 Organograma da ASTA ..................................................................................... 7
2.6 Dados de identificação ....................................................................................... 9
3. Objectivos de Estágio .............................................................................................. 9
3.1 Objectivos gerais: ............................................................................................ 10
3.2 Objectivos específicos: .................................................................................... 10
4. Caracterização da população alvo e definição de deficiência ........................... 10
4.1 Definição de deficiência .................................................................................. 12
4.1.1 Deficiência física ...................................................................................... 13
4.1.2 Deficiência mental .................................................................................... 13
4.1.3 Deficiência múltipla ................................................................................. 13
5. Actividades desenvolvidas na ASTA ................................................................... 14
6. Aspectos positivos e/ou menos concretizados...................................................... 21
7. Metodologias utilizadas......................................................................................... 22
8. Competências desenvolvidas ................................................................................ 23
9. Conclusão ............................................................................................................... 24
Bibliografia .................................................................................................................... 26
Índice Anexos ................................................................................................................ 27
VI
Índice de ilustrações
Ilustração 1 - Mapa localização do Concelho de Almeida ............................................... 4
Ilustração 2 – Localização geográfica aldeia da Cabreira ................................................ 5
Ilustração 3 – Organograma ASTA .................................................................................. 8
Ilustração 4- Hidroterapia (agachamentos)..................................................................... 18
Ilustração 5- Hidroterapia (flexão braços) ...................................................................... 18
Ilustração 6- Hidroterapia (técnica de watsu) ................................................................. 18
Ilustração 7- Jogos recreativos na piscina ...................................................................... 19
Ilustração 8- Hidroginástica ........................................................................................... 19
Ilustração 9- NA (batimento de pernas) ......................................................................... 19
Ilustração 10- Exercícios com cadeirante ....................................................................... 19
Ilustração 11- Alongamentos assistidos ......................................................................... 19
Ilustração 12- Exercícios assistidos ................................................................................ 19
Ilustração 13- Caminhadas ............................................................................................. 20
Ilustração 14- Grupo de atletismo da ATIVA no Estádio da Guarda ............................. 20
VII
Índice de Tabelas
Tabela 1 – Número de utentes da ASTA e respectivas idades ....................................... 11
Tabela 2- Número de utentes internos e externos na ASTA .......................................... 11
Tabela 3- Número de aulas de Hidroginastica, NA e Hidroterapia. ............................... 17
Relatório de Estágio
Ana Matias 1
1. Introdução
O presente relatório tem por objectivo fazer o relato dos acontecimentos ocorridos
durante a fase de estágio curricular, que decorreu no ano lectivo 2010/2011, do curso
Licenciatura em Desporto, em que foi possível por em prática os conhecimentos
adquiridos ao longo dos 3 anos de licenciatura ao qual se obteve alguma experiência
profissional e uma visão mais real do trabalho de um futuro técnico de Desporto.
Este estágio teve início a 30 de Setembro de 2010 e finalizou a 17 de Junho de 2011,
completando deste modo um total de 33 semanas de estágio, com uma carga horária até
à 7ª semana de 12 horas semanais, fazendo 8 horas às quintas-feiras e 4 horas às sextas-
feiras, as restantes semanas pela impossibilidade de estar presente ao segundo dia,
apenas realizava 8 horas semanais.
ASTA (Associação Sócio-Terapêutica de Almeida), foi o local de Estágio onde pude
desenvolver as competências teóricas e práticas ao longo do 1º semestre e 2º semestre.
A ASTA é uma instituição de solidariedade social, que apoia jovens e adultos
portadores de deficiência mental e multideficiência. Actualmente a população/utentes da
instituição é constituída por 34 jovens e adultos, com idades compreendidas entre 17 e
62 anos e com os quais foi possível desenvolver a actividade em quanto técnica de
desporto.
Ao longo deste período esteve presente o orientador de estágio do IPG, Mestre Jorge
Casanova e o tutor na instituição, Jorge Amaro, licenciado em Motricidade Humana que
acompanhou e aconselhou nas actividades desenvolvidas com os jovens.
O estágio dividiu-se em três fases, inicialmente uma fase de observação em que sempre
que necessário intervinha dando apoio aos jovens durante a actividade física e nos seus
ateliês onde passam a maior parte do tempo. Esta fase permitiu conhecer melhor os
jovens com que iria trabalhar, perceber as capacidades e limitações psíquicas e motoras
de cada utente, para que posteriormente pode-se por em prática os conhecimentos
Relatório de Estágio
Ana Matias 2
teóricos e práticos adquiridos no curso de acordo com as possibilidades e necessidades
de cada um. A segunda foi a fase de intervenção nas actividades, co-leccionando com o
tutor sobre as suas instruções, na qual permitiu adquirir alguns conhecimentos e
experiencias para mais tarde leccionar. Na terceira fase e última foi possível começar a
leccionar, desenvolvendo actividades com vários grupos de jovens com diversas
deficiências, acompanhadas com planos de aula adequados a cada actividade tendo em
conta o aluno ou grupo de alunos a trabalhar e com a ajuda de instruções dadas por parte
do tutor na instituição.
Segundo Contreras e Valência (1997: 378), multideficiência “é o conjunto de duas ou
mais incapacidades ou diminuições de ordem física, psíquica ou sensorial”. Esta é uma
definição geral de pessoas portadoras de multideficiência, referidas por estes autores,
mas na prática, ao trabalhar em campo com este estereótipo de pessoas não podemos
generalizar as situações, apesar de possuírem características em comum, mas sim
conhece-los e compreende-los de uma forma individualizada, pois “cada caso é um
caso” e necessita de ser tratado/visto como tal.
Foram realizadas várias actividades com os jovens da instituição tais como:
hidroginástica, hidroterapia natação adaptada, caminhadas, danças, exercícios assistidos,
sendo as duas primeiras realizadas com mais frequência. Neste momento foi possível
perceber a utilidade em termos práticos das várias unidades curriculares (UC) que
compõem o curso de Desporto, tanto as que tinham uma componente prática como
também teórica, todas elas tiveram a sua importância, apesar de o curso estar pouco
direccionado e tem uma abordagem muito superficial na área de Educação Especial,
mesmo assim houve UC, das quais foram úteis e serão sempre úteis seja qual for a
especificidade do trabalho na are de Desporto, tais como, Anatomofisiologia,
Biomecânica, Pedagogia do Desporto (PD), Psicologia do Desporto e do Exercício
Físico (PDEF), estas foram uma das disciplinas mais teóricas das quais foram úteis em
termos de conhecimentos e movimentos anatómicos ao estar a realizar/prescrever um
determinado exercício, assim como PD e PDEF, foi relevante em questões de atitude e
postura a ter como técnico de Desporto em relação ao aluno/atleta e vice-versa, bem
como saber lidar com várias situações que possam ocorrer, no momento em que
Relatório de Estágio
Ana Matias 3
trabalhamos. As UC práticas como A criança e a Actividade Física, Especialização em
Desportos de Academia, Actividades Físicas na Terceira Idade, Actividade Física
Adaptada, servirão como base na realização de actividades com os vários utentes da
instituição.
Neste relatório consta uma abordagem de vários itens relativos aos acontecimentos que
fizeram parte do processo de estágio entre os quais está a identificação do local de
estágio, os objectivos gerais e específicos do estágio, as actividades desenvolvidas, bem
como a caracterização da população alvo com que se trabalhou neste período,
metodologias utilizadas, horário do aluno, planos de aula, uma observação conclusiva e
global do estágio. Na elaboração deste, tive como base de apoio, informação retirada da
internet, e informação dada pelo orientador de estágio do IPG, que foi bastante útil na
organização e estrutura do relatório.
Este estágio foi sem dúvida importante, uma vez que é um momento que nos permite ter
uma experiencia real de como é trabalhar em “campo”, permitindo-nos assim adquirir
algumas competências a nível profissional e ter uma preparação futura.
Para finalizar a parte introdutória do relatório de Estágio passo a citar a definição de
Desporto proposta pelo Conselho da Europa em 1992, entre as de mais existentes
segundo vários autores, sendo assim definiu desporto como:
“(…)”Todas as formas de actividade física, formais ou informais, que visam a melhoria
das capacidades físicas e mentais, fomentam as relações sociais, ou visam obter
resultados na competição a todos os níveis”. Pois, foi dentro deste contexto que se
pretendeu desenvolver o trabalho como futura técnica de desporto. Nomeadamente no
ponto de vista de lhes proporcionar uma vida mais saudável, de bem-estar psíquico e
mental, não tanto em termos competitivos, pois não era essa a ideologia/espírito da
ASTA ao participar em actividades com fins mais competitivos.
Pontualmente foram realizadas algumas actividades de atletismo fora da instituição, mas
sempre com um espírito de participação e de relação social/inclusão social, não com a
intenção de alcançar bons resultados em termos competitivos.
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2. Caracterização geográfica do local de estágio - concelho de Almeida
O Concelho de Almeida, do distrito da Guarda, localiza-se na Região do Centro e Beira
Interior Norte, faz fronteira com Espanha a nascente, a sul encontra o concelho do
Sabugal, a norte o concelho de Figueira de Castelo Rodrigo e a oeste os concelhos de
Pinhel e da Guarda. Parte do seu território é plano (planície Salamantina) e termina
abruptamente sobre o Rio Côa. Tem uma área de 518 Km2, por onde se distribuem 29
freguesias: Ade, Aldeia Nova, Almeida, Amoreira, Azinhal, Cabreira, Castelo Bom,
Castelo Mendo, Freineda, Freixo, Junca, Leomil, Malhada Sorda, Malpartida,
Mesquitela, Mido, Miuzela, Monte Perobolco, Nave de Haver, Naves, Parada, Peva,
Porto de Ovelha, São Pedro de Rio Seco, Senouras, Vale da Mula, Vale de Coelha, Vale
Verde, Vilar Formoso. Em 2005, o concelho apresentava 7926 habitantes.
Ilustração 1 - Mapa localização do Concelho de Almeida
Fonte: http://www.cm-almeida.pt/tudosobrealmeida/freguesias/Paginas/default.aspx
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2.1 Caracterização da aldeia Cabreira, concelho de Almeida, Distrito da Guarda
Cabreira é uma freguesia portuguesa do concelho de Almeida, com 5,25 km² de área e
77 habitantes (2001). Densidade: 14,7 hab/km². A Cabreira situa-se no distrito da
Guarda concelho de Almeida, é muito conhecida como Cabreira do Côa de forma a ser
possível a distinguir de outras. Encontra-se aproximadamente a 26 Km de Almeida a
uma altitude de 720 metros, devido a este artefacto está localizada numa encosta
bastante íngreme e acidentada. No fundo do vale encontra-se a ribeira das Cabras, na
sua margem direita encontra-se o povoado como que a molhar os pés.
Aos seus pés a ribeira e bem por cima da sua cabeça, numa posição abençoada e
louvada encontra-se o Barroco do Sangue, nome dado a um imponente barroco rochoso
amontoado no meio de muitos outros. Tornando-se um excelente miradouro de toda a
aldeia e vale, sendo um dos locais mais extraordinários a visitar por qualquer
aventureiro.
Considerada uma benfeitoria é o facto da estrada que serve a cabreira, não servir
nenhum outro povoado, permitindo aos habitantes viverem numa paz e sossego
inigualáveis. O visitante ao percorrer a estrada para lá chegar não avista qualquer
povoação, somente ao dobrar de uma última curva é possível deslumbrar todo o encanto
que a Cabreira consegue transmitir.
“Ir a esta aldeia não é de passagem, para lá dela não há mais, só o regresso.”
Ilustração 2 – Localização geográfica aldeia da Cabreira
Fonte: http://almeidahistorica.com.sapo.pt/asfreguesiasdealmeida.htm
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2.2 Caracterização da ASTA
A Associação Sócio-Terapêutica de Almeida é uma Instituição Particular de
Solidariedade Social (IPSS) sem fins lucrativos e de utilidade pública.
Foi fundada (juridicamente) em 26 de Outubro de 1998 por Maria José Dinis da
Fonseca (mãe de um jovem com deficiência mental), tendo iniciado as actividades em
Outubro de 2000 na sua própria casa, na aldeia onde nasceu, Cabreira do Côa onde
funcionou até Outubro de 2004, data em que foi inaugurado o conjunto habitacional no
Alto da Fonte Salgueiro, situado cerca de 1km da Cabreira, para onde, a partir de então,
passou toda a actividade.
A finalidade da ASTA é a de oferecer às pessoas necessitadas de cuidados especiais
(essencialmente jovens a partir dos 15-16 anos com deficiência mental e
multideficiência), uma alternativa de vida válida e plena de sentido, contribuir para a
integração social, humana e económica dessas pessoas e esforçar-se em criar para elas,
condições de vida o mais “normais” e verdadeiras possíveis por forma a que o seu
futuro seja impregnado com a dignidade e respeito que merecem.
A ASTA não tem a intenção directa de normalizar mas sobretudo de individualizar, para
que cada um encontre o caminho mais adequado.
Mais do que ocupar quer, através da convivência e do trabalho pedagógico e sócio-
terapêutico num contexto comunitário de cariz rural, contribuir para a autonomia, auto
suficiência e auto estima, por forma a que cada um se converta num membro social
digno, útil e produtivo (respeitando sempre os potenciais e características de cada um),
tendo em conta as três condições indispensáveis para que um ser humano/cidadão se
sinta verdadeiramente incluído: uma família, um trabalho e um grupo social.
Relatório de Estágio
Ana Matias 7
2.3 Recursos materiais
Instalações: vários ateliês de actividades (carpintaria, tecelagem, olaria e cerâmica,
teatro, agricultura biológica, cozinha, danças e comunicação, terapia e reabilitação), três
casas habitacionais no núcleo da aldeia, direccionadas para jovens internos e mais
autónomos, campo desportivo exterior e piscina.
Materiais: material de apoio para a piscina (pranchas, esparguetes, bolas, arcos, entre
outros), material de apoio para a prática de desportos colectivos e individuais (bolas de
futebol, bolas de basquete, barreiras, coletes, sinalizadores), mesa de Ping Pong (ténis
de mesa), entre outros materiais.
2.4 Recursos humanos
A equipa técnica de manutenção e voluntariado é constituída por uma equipe
multidisciplinar: uma psicóloga, uma professora de Ensino Básico, um professor de
Ensino Musical, uma oleira, uma artista plástica, uma tecelã, um médico em regime
voluntario, um carpinteiro, monitores, uma cozinheira, um técnico de Motricidade
Humana e uma pedagoga curativa (directora de serviços), no total a instituição compõe
uma equipa de 27 colaboradores.
2.5 Organograma da ASTA
A ilustração 3 do organograma que se segue apresenta a estrutura formal da instituição,
de acordo com a disposição hierárquica.
A ASTA em termos hierárquicos está estruturada da seguinte forma:
Direcção: posição assumida pela Dr.ª Maria José;
A seguir à direcção a estrutura organizacional está agrupada pelo Grupo de Cultura e
Conselho Pedagógico.
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Grupo Cultural:
Direcção Técnica CAO: onde está integrada uma equipa de colaboradores e
técnicos especializados nas várias valências existentes, no qual estava inserida
enquanto estagiária e técnica de desporto na secção de Coordenação Técnica de
Terapias;
Direcção Técnica Lar Residencial/ Residência Autónoma: equipa de
colaboradores e voluntários;
Conselho Pedagógico
Serviços de Apoio (Administração, Secretaria, Contabilidade, Tesouraria, GRH
(Gabinete de Recursos Humanos)): está integrada por uma equipa técnica
especializada em cada área.
Ilustração 3 – Organograma ASTA
Fonte: Serviços administrativos da ASTA
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2.6 Dados de identificação
Nome da instituição: Associação Sócio- Terapêutica de Almeida
Endereço: Alto da Fonte Salgueira 6355-030 Cabreira
Telefone: 271581562
Fax: 271581756
E-mail: [email protected]
Carga horária de estágio na instituição: até à 7ª semana tinha o seguinte horário
Quintas-Feiras das 9:00h às 17:00h e Sextas-Feiras das 9:00h às 13:00h, nas semanas
que se seguiram Quintas-Feiras das 9:00h às 18:00h.
Período de estágio: teve início a 30 de Setembro de 2010 e finalizou a 17 de Junho de
2011.
Agentes envolvidos:
Director da ESECD;
Coordenador de Estágio;
Orientador de Estágio da ESECD;
Orientador de Estágio da ASTA;
Estagiária.
3. Objectivos de Estágio
Ao iniciar o estágio na ASTA foram previamente definidos os objectivos gerais e
específicos a atingir ao longo do ano lectivo, de acordo com o que a instituição podia
proporcionar.
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3.1 Objectivos gerais:
Conhecer a realidade das populações especiais com mais profundidade;
Dinamizar os conhecimentos teóricos e práticos já adquiridos;
Promover a prática desportiva em pessoas portadoras de deficiência;
Integrar socialmente este tipo de população através da prática desportiva;
Desenvolver actividade física no âmbito da saúde e bem-estar.
3.2 Objectivos específicos:
Tomar conhecimento das patologias de cada um e no geral de forma a adequar
os exercícios de acordo com as necessidades e possibilidades de cada um;
Desenvolver a coordenação motora e concentração;
Desenvolver actividades desportivas individuais e colectivas, de carácter
competitivo e recreativo;
Promover bem-estar e destreza motora;
Potencializar as capacidades desportivas que cada jovem possa possuir.
4. Caracterização da população alvo e definição de deficiência
Presentemente a população, utente da ASTA é constituída por 34 jovens e adultos com
deficiência mental e multideficiência, com idades compreendidas entre os 17 e 62 anos.
É com este estereotipo populacional com o qual se desenvolveu a actividade em quanto
técnica de desporto, contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida e bem-estar
psíquico e físico, destes utentes, bem como proporcionar-lhes uma vida mais social
através da prática desportiva, sendo o Desporto um meio de inclusão social.
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A tabela 1 e 2 representam o número de utentes actualmente existentes na instituição,
tanto internos como externos, agrupados por faixa etária, sexo masculino e feminino.
Idades Feminino Masculino Total
0-20 2 0 2
20-30 5 7 12
30-50 11 8 19
+ de 50 1 0 1
Tabela 1 – Número de utentes da ASTA e respectivas idades
Tabela 2- Número de utentes internos e externos na ASTA
Fonte: Serviços Administrativos da ASTA
Pessoas portadoras de deficiência e multideficiência é uma realidade no mundo inteiro,
não se pode descurar esta situação, eles também fazem parte da sociedade, são pessoas
que apesar das suas limitações também têm os seus potenciais como qualquer uma outra
pessoa, têm é que ser trabalhados e dar-lhes oportunidades e tempo para poder
conseguir os seus objectivos como qualquer um outro, eles têm igualdade de direitos é é
necessário que lhes seja possuída na prática, o que infelizmente nem sempre acontece.
O desporto tem vindo a ser cada vez mais um contributo para a inclusão social e a
valorização das capacidades destas pessoas. A escolha deste estágio teve também como
objectivo, para além do que já foi referido anteriormente, dar a contribuição pessoal na
inclusão social como técnica de Desporto, assim como promover o desporto nesta área.
Feminino Masculino
Interno 14 9
Externos 5 6
Total 19 15
Relatório de Estágio
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Há vários autores que defendem a actividade física adaptada, reforçando a sua
importância na vida de um portador de deficiência. De acordo com Melo (2002), “a
prática de alguma atividade, seja ela física e/ou desportiva por pessoas com deficiência
pode proporcionar, dentre todos os benefícios que já conhecidos, a oportunidade de
testar os limites e potencialidades, prevenir as enfermidades secundárias a uma
deficiência e promover a integração social do indivíduo. Esses benefícios são
evidenciados tanto na esfera física, melhorando no equilíbrio, na coordenação, na
resistência; quanto na psíquica, melhorando a auto-estima, integração social, redução
da agressividade”.
Para que o trabalho com este tipo de população se concretiza-se, foi necessário conhece-
los de perto perceber o tipo de deficiência em geral e em cada caso
especifico/individualizado, porque embora apresentem características em comum
próprios da deficiência, cada um se comporta e tem reacções diferentes, de acordo com
o padrão próprio da sua personalidade. É com este intuito que se seguem algumas
definições de deficiência e suas principais características, para que deste modo se
perceba de uma forma genérica a tipologia de população na qual se desenvolveu o
processo de estágio.
Sendo assim passa-se a citar a definição de deficiência, a diferença entre deficiência
física e mental e multideficiência.
4.1 Definição de deficiência
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2003, “ deficiência é toda perda
ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatómica, que
gere incapacidade para o desempenho de actividade dentro do padrão considerado
normal para o ser humano.”
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4.1.1 Deficiência física
É a alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano,
acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de
paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia,
triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia
cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades
estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.
4.1.2 Deficiência mental
O funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação
antes dos 18 anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades
adaptativas, tais como:
Comunicação;
Cuidado pessoal;
Habilidades sociais;
Utilização da comunidade;
Saúde e segurança;
Habilidades académicas;
Lazer;
Trabalho.
4.1.3 Deficiência múltipla
A associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias (mental /
visual / auditiva / física), com comprometimentos que acarretam conseqüências no seu
desenvolvimento global e na sua capacidade adaptativa.
(Declaração de Salamanca – 1994).
Relatório de Estágio
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5. Actividades desenvolvidas na ASTA
O estágio nesta instituição dividiu-se em duas fazes, na primeira fase teve o momento
de observação das aulas de hidroginástica, hidroterapia e natação adaptada, leccionadas
pelo orientador da ASTA. Sempre que necessário era feita uma intervenção por parte da
estagiária no apoio ao aluno na execução de um exercício. Além da observação nas
aulas, também estava presente em alguns ateliês existentes nesta instituição (ateliê de
Movimento, Danças e Comunicação, ateliê de Olaria e Tecelagem), prestando apoio aos
vários grupos de jovens, o que permitiu conhecê-los melhor e criar uma relação de
proximidade. Na segunda fase do estágio houve uma intervenção mais directa, ou seja,
houve alguma autonomia, co-leccionando aulas com tutor Jorge Amaro e elaborando
planos de aula e leccionando-os, em que foi possível por em prática alguns dos
conhecimentos teóricos e práticos adquiridos durante o curso e outros transmitidos pelo
tutor na instituição, como a hidroterapia e watsu, que eram modalidades das quais ainda
não possuía qualquer conhecimento, principalmente de watsu que desconhecia
totalmente. Na hidroterapia foi adquirido técnicas de postura em relação ao receptor,
qual a postura mais adequada ao estar a prestar apoio na execução do exercício, era
necessário ter uma posição de conforto para que o exercício fosse bem concebido e para
que o receptor sentisse confiança e segurança da parte de quem esta a dar esse apoio.
Os vários exercícios possíveis na prática de hidroginástica, foram alguns dos
conhecimentos obtidos e transmitidos pelo tutor. Um dos pontos a reter nesta
aprendizagem, foi a postura do professor perante o aluno nos apoios ao executar os
exercícios e um conjunto variado de técnicas de trabalho (vários tipos de exercícios),
dos quais são possíveis trabalhar, mas sempre atendendo às necessidades e capacidades
de cada aluno. Por exemplo num caso concreto, ao estar a realizar um movimento de
elevação de um membro inferior, tem que se ter o cuidado de perceber que o receptor
não está desconfortável, ou seja, não passa da zona de conforto, havendo sempre um
limite, sendo este um processo evolutivo e de trabalho regular.
No watsu foi o primeiro contacto com esta modalidade, dela foi possível reter algumas
técnicas de movimentos na água e exercícios que envolvem a técnica de watsu, bem
como algumas sequências de execução da prática de watsu, de como se inicia e finaliza
Relatório de Estágio
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a sessão, a postura é também um aspecto a ter em conta e importante no desempenho
desta modalidade.
Segundo Harold Dull, (s/d) “watsu é uma forma passiva de trabalho corporal aquático,
dando suporte suave e movendo quem recebe através da água morna em movimentos
graciosos e fluidos. Watsu é a união entre trabalho corporal, atividade física e
terapia”.
Ao longo deste período foram leccionadas aulas e realizadas outras actividades para
além das que já estão mencionadas anteriormente como, danças (passos simples de
Aeróbica, com o objectivo de trabalhar a condição física e lateralidade), caminhadas (na
área circundante da ASTA, e percursos pedestres pela aldeia da Cabreira), exercícios
assistidos (localizados e alongamentos assistidos), actividades em grupo (com vários
materiais com o fim de trabalhar a condição física, lateralidade, equilíbrio, mobilidade
articular e coordenação motora), participação em actividades de atletismo fora da
instituição (Polis, pavilhão São Miguel e Estádio da cidade da Guarda) com a ATIVA,
ténis de mesa, jogos de voleibol, entre outros jogos que foram possível realizar
pontualmente, servindo como momento de descontracção, diversão e socialização com
vários utentes e mesmo colaboradores. Estes eram realizados normalmente durante o
período de pausa entre o almoço.
Os grupos de utentes com que trabalhava eram tanto do sexo feminino como masculino,
com idades compreendidas entre 17-62 anos, compondo um número de alunos por aula
de 2 a 3 elementos nas aulas de hidroginástica, devido ao facto de alguns jovens
necessitarem de um apoio constante e seguido ao longo das aulas. Nas aulas de
hidroginástica e natação adaptada já era constituído por um grupo maior entre 5 e 7
elementos.As primeiras aulas foram de observação, tomando em conta os seguintes
aspectos em relação ao professor:
Postura do professor,
Atitude,
Comunicação,
Gestão da aula
Relatório de Estágio
Ana Matias 16
Entusiasmo.
Pontos a reter em relação ao aluno:
Comportamentos impróprios,
São activos,
Receptividade as actividades,
Mobilidades,
Empenho,
Esforço.
O segundo semestre foi marcado por um período em que a estagiaria estava totalmente
adaptada ao espaço e as pessoas com quem trabalhava tanto utentes como restantes
colaboradores, em que houve um grande trabalho de equipa, havendo sempre uma troca
de impressões, ideias, em que permitiu uma sintonia de trabalho, tendo como objectivos
em comum o contributo para a melhoria da qualidade de vida, bem-estar físico e
psicológico dos jovens e ganhos em termos de autonomia no seu dia-a-dia. A
cumplicidade e confiança no trabalho desempenhado era algo que se sentia, por várias
vezes colaboradores se dirigiam a estagiária pedindo sugestões e colaboração em seus
ateliês como foi o caso do ateliê Movimento, Danças e Comunicação, em que se
desenvolveu um trabalho em conjunto com a responsável deste ateliê, partilhando ideias
e sugestões. Este ateliê neste semestre passou a ser a ocupação do período da tarde onde
se desenvolveram actividades de dança com passos simples de Aeróbica e actividades
de grupo com e sem matérias a fim de trabalhar lateralidade, equilíbrio, movimento
articular, postura e condição física. No período da manha (9:00 às 13:00h) e final da
tarde (17:00 às 18:00h) eram leccionadas aulas de hidroginástica, hidroterapia e natação
adaptada com a presença do tutor que observava as aulas e transmitia “feedbacks” sobre
os aspectos concretizados ou a melhorar, a intervenção era feita durante e no final das
aulas.
Nas aulas de hidroginástica eram realizados exercícios com e sem materiais trabalhando
membros inferiores e superiores (MI, MS) ao ritmo da música com o objectivo de
trabalhar a condição física, mobilidade articular e coordenação motora, as aulas
Relatório de Estágio
Ana Matias 17
dividiam-se em 3 partes (activação funcional, parte principal e retorno a calma), com a
duração de 45 minutos.
A Natação Adaptada (NA) era geralmente de adaptação ao meio aquático (AMA), com
jogos de emersão, trabalho respiratório, batimento de pernas com a ajuda de pranchas
ou apoiados no muro da piscina.
Na hidroterapia, normalmente realizada individualmente desenvolvendo um trabalho
dentro da piscina ajudando a executar os exercícios ao aluno.
Exercícios efectuados:
Caminhadas a volta da piscina,
Correr a volta da piscina,
Movimentos articulares dos MI e MS,
Alongamentos assistidos.
A tabela que se segue representa o número de aulas observadas, co-leccionadas e
leccionadas ao longo do estágio, referentes as modalidades anteriormente referidas.
Observação Co-leccionadas Leccionadas Total
Hidroginástica 2 18 12 32
Natação
Adaptada 1 7 4 12
Hidroterapia 2 18 12 32
Tabela 3- Número de aulas de Hidroginastica, NA e Hidroterapia.
Relatório de Estágio
Ana Matias 18
As ilustrações seguintes mostram o registo de algumas actividades desenvolvidas na
ASTA, das quais já foram referidas anteriormente no ponto 5.
Ilustração 4- Hidroterapia
(agachamentos)
Ilustração 5- Hidroterapia (flexão
braços)
Fonte: Ana Matias
Ilustração 6- Hidroterapia (técnica de watsu)
Fonte: Ana Matias
Relatório de Estágio
Ana Matias 19
Ilustração 7- Jogos recreativos na
piscina
Ilustração 8- Hidroginástica
Fonte: Ana Matias
Ilustração 9- NA (batimento de
pernas)
Ilustração 10- Exercícios com
cadeirante
Fonte: Ana Matias
Ilustração 11- Alongamentos
assistidos
Ilustração 12- Exercícios assistidos
Fonte: Ana Matias
Relatório de Estágio
Ana Matias 20
Ilustração 13- Caminhadas
Fonte: ASTA
Ilustração 14- Grupo de atletismo da ATIVA no Estádio da Guarda
Fonte: ASTA
Relatório de Estágio
Ana Matias 21
6. Aspectos positivos e/ou menos concretizados
De um modo global a apreciação que se pode fazer no percurso de estágio na ASTA é
bastante positiva, em que na medida dos possíveis foram alcançados todos os objectivos
delineados inicialmente, atendendo ao que a instituição podia oferecer ao técnico de
Desporto, nomeadamente a hidroterapia e hidroginastica, que foram as modalidades que
mais se solidificaram.
Houve de facto uma rápida adaptação ao meio, com a ajuda tanto por parte de toda a
equipa de colaboradores como dos utentes, a colaboração e receptividade nas
actividades facilitou o trabalho desenvolvido com eles. O espírito de equipa, de
entreajuda e de amizade era algo notório neste local. É difícil referir aqui
momentos/situações marcantes, pois todos eles foram especiais. Mas posso referir aqui
uma que ocorreu na primeira aula leccionada de hidroginástica a uma cadeirante, que
surpreendeu pela positiva, na medida em que nas aulas observadas e co-leccionadas não
demonstrava muita receptividade nos exercícios e desde o momento que se iniciou a
aula até à finalização foi bastante participativa, executando os exercícios prescritos,
demonstrando-se motivada e empenhada, em que no final da aula ainda dentro da
piscina abraçou-me e agradeceu por este momento. Foi sem dúvida um momento
bastante gratificante e de realização profissional e pessoal.
A vontade, disposição e ansiedade demonstrada por parte dos jovens nos dias em que
estava presente e nas actividades realizadas com eles, era bastante positiva e
reconfortante, reflectindo-se nos sorrisos e abraços, que era forma como era recebida
todos os dias e a reacção ao saber que iam fazer actividades.
Aspectos menos concretizados, não tomando como uma conotação negativa,
considerando que este se refere no sentido da impossibilidade de estar tão presente
quanto o desejado em algumas actividades, no caso concreto do treino e actividades de
atletismo em que os atletas da instituição estavam numa fase inicial na prática desta
modalidade. A falta de disponibilidade e a limitação do tempo de estágio assim como
Relatório de Estágio
Ana Matias 22
questões de organização interna da ASTA, dificultaram o desenvolvimento nesta
modalidade específica.
Pode-se concluir que foi sem dúvida uma experiencia muito enriquecedora tanto em
termos profissionais como também de relação humana e pessoais, tomando esta como
base de experiencia profissional futura como técnica de Desporto.
7. Metodologias utilizadas
O estágio passou por várias fases que foram fundamentais para a organização e
orientação do estagiário. Inicialmente foi proposto pelo orientador da ESECD a
elaboração de um projecto de estágio onde iria constar os objectivos a alcançar durante
este período, os recursos materiais existentes no local de estágio, bem como outras
informações inerentes à instituição, assim como a apresentação de um programa de
actividades a realizar no estágio. Desta forma permitiu também ao orientador estar
informado acerca do trabalho a desenvolver pelo estagiário, assim como conhecer um
pouco do local onde este estava inserido.
Já no local de estágio (ASTA), numa primeira fase, apenas observava aulas executadas
pelo tutor na instituição e dava apoio nos exercícios sempre que necessário. Esta fase foi
útil uma vez que facilitou na compreensão da realidade dos jovens com que iria
trabalhar, perceber quais as suas capacidades e dificuldades facilitando também a
relação com eles. Após esta fase começou-se então por em prática os conhecimentos
adquiridos ao longo do curso, tendo a oportunidade de co-leccionar com o tutor.
Na fase seguinte e ultima houve leccionação de aulas com o apoio de planos de aula
(elaborados pela estagiária) e do tutor que fazia a sua intervenção transmitindo
“feedbacks” durante e depois das aulas. Os planos de aulas eram elaborados de acordo
com as necessidades e capacidades de cada jovem, em que era composto por 3 fases,
fase de activação funcional (preparação do organismo para a pratica desportiva),
exercícios propriamente ditos e fase de retorno a calma (readaptação do organismo ao
estado inicial após o exercício).
Relatório de Estágio
Ana Matias 23
As aulas tinham por objectivo, trabalhar a condição física, mobilidade articular,
coordenação motora, lateralidade, equilíbrio, resistência, postura, entre outros.
Seguido a este processo de trabalho com os jovens e à concretização dos objectivos
delineados inicialmente ate à data de finalização de estágio, passou-se então a fase final
que foi a elaboração do presente relatório.
8. Competências desenvolvidas
Todo o estágio foi bastante relevante em termos de ganhos de experiencia profissional
na área de Desporto Adaptado (DA). As competências que foi possível adquirir ao
longo do estágio, como capacidade de trabalho de equipa, autonomia, capacidade de
liderança, serão bastante úteis futuramente seja qual for a área específica a trabalhar em
Desporto. A capacidade de planear e executar uma aula, assim como a atitude e a
postura a ter perante os seus alunos, foi mais uma das competências que se pode
concluir neste processo de aprendizagem.
Especificamente na área de DA foi possível conhecer de perto as vivências deste tipo de
população e perceber quais as formas possíveis de trabalhar com eles e a importância
que o Desporto tem para eles.
O estágio funciona desta forma como o primeiro momento real em que expomos os
conhecimentos teórico práticos adquiridos no curso, em que erramos e temos a
oportunidade de melhorar com a ajuda de quem nos avalia permitindo-nos por sua vez
uma melhor preparação futuramente.
Relatório de Estágio
Ana Matias 24
9. Conclusão
Ao concluir o estágio curricular, pode-se afirmar que as expectativas iniciais em relação
à ASTA, local onde decorreu o estágio durante o 1º e 2º semestre, foram alcançadas de
uma forma bastante positiva, tanto a nível do processo de aprendizagem e das metas a
atingir, como a nível pessoal e relação humana, conseguindo superar algumas das
dificuldades ocorridas ao longo deste percurso.
O 1º semestre completou ao todo 18 semanas de estágio, foi esta, uma fase em que
surgiram mais dificuldades considerando que foi um período de adaptação a todo o
meio envolvente e aos jovens da instituição em especial, embora que
surpreendentemente a integração e adaptação a este estereótipo de população fosse mais
rápida do que era esperado, surgindo de uma forma muito natural, de empatia e
simplicidade. As dificuldades sentidas ao longo do trabalho desenvolvido enquanto
estagiária e técnica de Desporto, deve-se ao facto de estar perante jovens portadores de
deficiência, com vários tipos de deficiência, no qual necessitavam de uma atenção
especial e de um conhecimento muito próximo e individualizado. O facto de ainda não
ter tido nesta altura conhecimentos e experiencia na are de DA dificultou um pouco o
trabalho, mas com a ajuda e apoio bibliográfico facultado pelo tutor da instituição e
posteriormente bibliografia sugerida pela docente Alexandra Fonseca que leccionou a
cadeira de Actividade Física Adaptada na ESECD, veio a facilitar o trabalho com eles e
serviu como base de apoio na elaboração de planos de aula. As dificuldades foram
também rapidamente superadas com o empenho e receptividade dos jovens às
actividades com eles realizadas. Esta fase foi um momento de grande aprendizagem e de
confronto de várias situações, que permitiu evoluir enquanto técnica de Desporto nesta
área específica. Os “feedbacks” dados pelo tutor foram bastante úteis na medida em que
nos consciencializavam dos aspectos positivos e negativos de forma a poder corrigir e
melhorar no futuro.
O 2ª semestre teve uma duração de 14 semanas o que completou no total 32 semanas de
Estágio Curricular, tendo feito duas semanas a mais do que eram previstas no
regulamento de estágio. Este período ganhou uma dinâmica maior em termos de
Relatório de Estágio
Ana Matias 25
trabalho, de aplicação de conhecimentos, relativamente ao 1º semestre. Aqui o à-
vontade, a plena adaptação aos utentes, a autonomia adquirida e liberdade de trabalho,
foi algo notório e sentido por parte da estagiária. A confiança depositada por parte dos
colaboradores e tutor, no trabalho realizado pela estagiária, permitiu-lhe ter a liberdade
de realizar actividades fora das previstas e planeadas para o dia, sempre que possível e
de acordo com gestão da programação dia dos jovens. Neste semestre houve também
uma evolução bastante significativa em termos de postura e atitude na leccionação de
aulas o que se reflectiu na organização e gestão das mesmas, havendo o maior controlo
da estagiária em relação aos jovens.
Numa análise global do estágio na ASTA, considera-se que foi uma experiencia
bastante enriquecedora e evolutiva, como técnica de desporto, contribuindo para a
formação académica, pessoal e em termos de relação humana.
O Estagio Curricular é sem dúvida de extrema importância na nossa formação
académica, pois é o momento em que nos permite por em prática os conhecimentos
adquiridos, é a oportunidade de mostrarmos as nossas competências, de adquirir mais e
novos conhecimentos, de sermos avaliados e podermos evoluir em termos profissionais,
servindo como base de referência no nosso futuro pós licenciatura.
“O êxito de cada tarefa está em saber compreender, viver e sentir a mesma” (Carvalho,
A.; s/d).Se houver uma entrega verdadeira e conseguirmos perceber o sentido do
trabalho que executamos, conseguimos mais facilmente atingir o êxito e o sentido de
realização e mais facilmente se superam as dificuldades e barreiras que possam surgir.
Relatório de Estágio
Ana Matias 26
Bibliografia
- Associação Sócia- Terapêutica de Almeida IPSS (2008) - www.asterapeutica.com
- Dull, H. (2001). Exercícios para o corpo na água Watsu. São Paulo. Editorial
Summus.
- Gaines, M.P. (1998). Ejercicios de tonificación, cardiovasculares y de rehabilitación
Actividades Aquáticas. 1ª Edición. Barcelona. Editorial Paidotribo.
- Hernández, M. Rodríguez, A. Jané, T. Gres, Neus. (2009). El juego y los alunos
com discapacidad Actividad física adaptada. 5ª Edición. Barcelona. Editorial
Paidotribo.
- Louvard, A. (2004). Ejercicios para la tercera edad. Tercera edad. Barcelona.
Editions Amphora, S.A.
- Lloret, M.; León, C.; Benet, I; Querol, E. (2001). Guía de ejercicios y sesiones
Natación y salud. Madrid. Editorial Gymnos.
-Melo, A.C.R.; López, R.F.A. O Esporte Adaptado. EFDeportes.com, Revista Digital,
Buenos Aires, ano 8, n.51, agt. 2002. http://www.efdeportes.com/efd51/esporte.htm.
- Município de Almeida (s/d) Geografia do território, Consultado dia 12 de Setembro,
2011 em http://www.cm-almeida.pt/tudosobrealmeida/geografia/Paginas/default.aspx.
- Santos, R.; Cristianini, S. (2000). 1000 Exercícios Hidro. 3ª Edição. Rio de Janeiro.
Editorial Sprint.
- Sova R. (1998). Hidroginástica na terceira idade. 1ª Edição. Editora Manole.
Relatório de Estágio
Ana Matias 27
Índice Anexos
Anexo 1: Horário da estagiária .......................................................................................... I
Anexo 2: Plano Anual de Estágio 2010/2011 ASTA- Associação Sócio-terapêutica de
Almeida .................................................................................................................. III
Anexo 3: Plano de Estágio Semanal ................................................................................. V
Anexo 4: Planos de aula ................................................................................................ VII
I
Anexo 1
Horário da estagiária
Anexo 1: Horário da estagiária
II
Seg. Te. Qua. Qui. Sex.
8:30-9:00
9:00-9:30
9:00-10:00
10:00-10:30
10:30-11:00
11:00-11:30
11:30-12:00
12:00-12:30
12:30-13:00 ALMOÇO
13:00-13:30 ALMOÇO
13:30.14:00
14:00-14:30
14:30-15:00
15:00-15:30
15:30-16:00
16:00-16:30
16:30-17:00
17:00-17:30
17:30-18:00
18:00-18:30
AULAS
ESTÁGIO
ALMOÇO/PAUSA
III
Anexo 2
Plano Anual de Estágio 2010/2011
ASTA- Associação Sócio-terapêutica de Almeida
Anexo 2: Plano Anual de Estágio 2010/2011 ASTA-
Associação Sócio-terapêutica de Almeida
IV
Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Act
ivid
ad
es
Hidroterapia
Hidroginástica
Natação Adaptada
Desportos colectivos
Desportos individuais
Caminhadas
Outras
Legenda:
Hidroterapia Desportos colectivos
Hidroginástica Desportos individuais
Natação Adaptada Caminhadas
Outras
V
Anexo 3
Plano de Estágio Semanal
Anexo 3: Plano de Estágio Semanal
VI
Horário Actividades Local
Quinta-feira
9:00-11:00 Hidroterapia
Piscinas
11:00-13:00 Natação Adaptada
14:30-16:00 Exercícios de Postura Sala Multiusos
17:00-18:30 Hidroginastica e Hidroterapia Piscinas
Sexta-feira 9:00-12:00 Hidroterapia e Natação Adaptada Piscinas
VII
Anexo 4
Planos de aula
Anexo 4: Planos de aula
VIII
Ano: 2010/2011
Duração: 45 min
Local: piscina da
ASTA
Tema: hidro
recreativa
Material: bolas, argolas, pranchas
Equipa técnica: Ana Matias
Objectivos: Trabalhar globalmente todos os músculos, lateralidade e imersão
Organização do Plano
Tempo Conteúdos Objectivos Actividades/Atleta
Par
te I
nic
ial
∑=10´
Activação
funcional;
Preparar o
organismo
para a prática
desportiva;
- caminhar pela piscina, cada um com sua bola ;
-caminhar pela piscina segurando a bola só com a mão direita,
depois com a esquerda;
-caminhar livremente e lançam as bolas uns aos outros;
-trabalho de respiração.
Par
te p
rinci
pal
∑=30´
Mobilidade dos
membros
inferiores e
superiores
lateralidade
Desenvolver a
força e
resistência dos
membros
inferiores e
superiores.
Promover a
coordenação
motora
-em circulo e com uma bola fazem passes para o colega do lado
direito e depois para o esquerdo;
-formar duas equipas, espalhar várias bolas pela piscina e cada
equipa tenta trazer o maior número de bolas para uma das
extremidades da piscina definida pelo professor;
-a mesma situação mas incluindo argolas, de forma a que o
utente mergulhe para as agarrar;
-os mesmos grupos, cada um com suas bolas, tentam mandar o
maior numero bolas para o campo da equipa adversaria, perde
quem mais tiver bolas no seu campo;
-circular pela piscina, com vários esparguetes espalhados, tem de
passar por baixo deles para continuar a caminhada;
-jogo livre com bola
Par
te F
inal
∑=5´
Readaptação do
organismo ao
estado normal
após o exercício
físico;
Retorna a
calma;
Regular a
respiração
-trabalho de respiração
-alongamentos
-flutuar pela piscina com o apoio do esparguete
IX
Ano: 2011
Data:
Duração: 45 min
Local: piscina da
ASTA
Tema:
hidroterapia
Material: rádio
Equipa técnica: Ana Matias
Objectivos: Trabalhar a mobilidade articular
Organização do Plano
Tempo Conteúdos Objectivos Actividades/Atleta
Par
te I
nic
ial
∑=15´
Activação funte
cional;
Preparar o
organismo
para a prática
desportiva;
-caminhar com o utente a volta da piscina;
-caminhar em várias direcções
-pular deslocando-se ao mesmo tempo em vários sentidos;
-caminhar normalmente, obrigando o utente a adoptar uma
postura correcta, colocando o corpo numa posição o mais direita
possível;
-trabalho de respiração
Par
te p
rinci
pal
∑=25´
Mobilidade dos
membros
inferiores e
superiores
Desenvolver a
força e
resistência dos
membros
inferiores e
superiores.
Promover a
coordenação
motora
Com a ajuda do professor
-colocar o utente encostado à parede da piscina, realiza
movimentos de flexão do joelho, alternado
-partindo da mesma posição realizar movimentos de elevação de
perna à frente (alternado);
-a mesma situação, mas com flexão do joelho seguida da
elevação da perna (alternado);
- posição horizontal, junto à parede da piscina, realiza
movimentos de adução e abdução das pernas
-partindo da mesma posição, eleva as duas pernas para o lado
direito e esquerdo;
-a mesma posição e realiza movimentos de rotação do tronco;
-voltando a posição vertical, caminha pela piscina, mantendo
uma posição o mais direita possivel.
X
Par
te F
inal
∑=5´
Readaptação do
organismo ao
estado normal
após o exercício
físico;
Retorna a
calma;
Regular a
respiração
-trabalho de respiração
-flutuar com a ajuda do professor;
-partindo da mesma posição realiza movimentos “serpente” na
água;
-flutuação com deslocamentos suaves.
XI
Ano: 2010/2011
Duração: 45 min Local: piscina da
ASTA
Tema:
hidroginástica
Material: esparguetes e Rádio
Equipa técnica: Ana Matias
Objectivos: Trabalhar a condição fisico-funcional dos jovens; mobilidade articular, coordenação motora,
lateralidade
Organização do Plano
Tempo Conteúdos Objectivos Actividades/Atleta
Par
te I
nic
ial
∑=15´
Activação
funcional;
Preparar o
organismo para a
prática desportiva;
- caminhar a volta da piscina aumentando o ritmo, segundo a
ordem do professor,
-caminhar e fazer rotação de braços a frente a trás alternados e
em simultâneo;
-pular no sitio;
-pular e deslocar para a frente e para trás;
-pular para os lados;
-pular e fazer movimentos de adução e abdução de braços;
-trabalho de respiraçao
Par
te p
rinci
pal
∑=25´
Força;
Coordenação
lateralidade
Desenvolver a
força e resistência
dos membros
inferiores e
superiores.
Promover a
coordenação
motora
-segurar o esparguete com as mãos à largura dos ombros,
movimentar para cima e para baixo, afundando junto ao
corpo;
-Empurrar o esparguete para frente e puxá-lo para perto do
corpo (sempre dentro da água);
-Segurar o esparguete pelas pontas, mas por trás do corpo, faz
movimentos de aduão e abdução dos braços :
-tocar com o esparguete nos joelhos ao mesmo tempo que faz
a flexão;
-tocar com a ponta do esparguete no pé que ta a ser elevado
(alternado)
-elevar o joelho e unir as pontas do esparguete por baixo do
perna
-flexionar os joelhos levando os calcanhares em direcção aos
glúteos e tocar (com a mão oposta da perna) o esparguete no
calcanhar.
XII
-Pedalar sentado no esparguete
Par
te F
inal
∑=5´
Readaptação
do
organismo ao
estado
normal após
o exercício
físico;
Retorna a calma;
Regular a
respiração
-trabalho de respiração
-alongamentos dos membros superiores e inferiores
-deitar a cabeça no esparguete e flutuar na piscina
XIII
Ano: 2010/ 2011
Duração: 45 min.
Local: sala de
terapia da ASTA
Tema: exercícios
assistidos a
cadeirantes
Material: colchão
Equipa técnica: Ana Matias
Objectivos: Trabalhar a condição física, mobilidade articular e lateralidade
Organização do Plano
Tempo Conteúdos Objectivos Actividades
Par
te I
nic
ial
∑=15´
Activação
funcional;
Preparar o
organismo
para a prática
desportiva;
Partindo da posição sentada de frente para o professor
-trabalho de respiração (5 inspirações)
-rotação dos pulsos para a direita e para a esquerda
-elevação dos braços em cima, mantendo-os elevados durante 2
segundos e volta a descer;
-elevação da mão direita ao ombro esquerdo e vice-versa;
-trabalho de respiração (5 inspirações);
-toque da mão direita ao joelho esquerdo e vice-versa;
-toque da mão direita na mão esquerda do professor que se
encontra a uma determinada distância de forma a obrigar a
desencostar-se da cadeira, voltando depois a posição inicial;
-elevação da perna o máximo que conseguir, alternado e depois
em simultâneo;
- trabalho de respiração
XIV
Par
te p
rinci
pal
∑=25´
Força;
Coordenação
lateralidade
Desenvolver a
força e
resistência dos
membros
inferiores e
superiores.
Promover a
coordenação
motora
Posição decúbito dorsal, no colchão
Apoio do professor
-flexão dos joelhos ao nível da cintura, alternados (3 series de 10
repetições);
-flexão dos joelhos a cima da cintura ao nível máximo que
conseguir, alternado (3 series de 10 repetições);
-trabalho de respiração
-flexão do joelho direito com o toque em simultâneo da mão
esquerda, alternado;
-com os pés apoiados nos ombros do professor, pernas flectidas,
empurra o professor para trás até fazer a extensão das penas;
-pernas em extensão, faz elevação até ao nível máximo que
conseguir, com a ajuda do professor (alternado);
-a mesma situação, mas com o toque das mãos numa das pernas;
-trabalho de respiração
-deitado na posição lateral direita, faz movimentos da perna atrás
e a frente, 8 repetições e troca;
-partindo da mesma posição realiza movimentos de flexão e
extensão da perna da perna que se encontra superior à outra;
Par
te F
inal
∑=5´
Readaptação do
organismo ao
estado normal
após o exercício
físico;
Retorna a
calma;
Regular a
respiração
-trabalho de respiração
-alongamento dos braços
-alongamento do tronco
-alongamento das pernas
-trabalho de respiraçao
XV
Ano: 2010/2011
Duração: 50min
Local: Piscina da
ASTA
Modalidade:
Hidroginástica
Destinatários:
Faixa etária
Jovem (20 a 26)
Material:
Cadeira
Rádio (Música)
Esparguetes
Equipa técnica: Ana Matias
Objectivos: Trabalhar a condição fisico-funcional dos jovens, mobilidade articular, coordenação motora e
lateralidade
Organização do Plano
Tempo Conteúdos Objectivo
s
Actividades
Par
te I
nic
ial
∑=10´
Activação
funcional;
Preparar o
organismo
para a
prática
desportiva
;
Braços, empurra a água:
-esquerda
-direita
-alternados
Deslocamentos em posição sentados com a ajuda
dos braços:
-frente
-atrás
Elevação dos joelhos:
-direito;
-esquerdo;
-alternados;
Calcanhares atrás:
-esquerdo;
-direito;
-alternados;
Deslocamentos:
-esquerda;
-direita;
-lateral:
Par
te p
rinci
pal
Deslocame
ntos
Desenvolv
er a força
e
resistência
dos
Sequência:
-toque lateral;
-elevação do joelho;
-chutar á frente;
-chutar a atrás;
Movimento de braços:
XVI
∑=35´
Equilibrio;
Coordenaç
ão;
Lateralidad
e;
Força;
membros
inferiores
e
superiores
.
Promover
a
coordenaç
ão motora
e o
equilibri.
-á frente;
-a baixo;
Elevação da coxa:
-adução;
-abdução;
Flexão da perna sobre a coxa:
-adução;
-abdução;
Saltos (alternados):
-rotativos
-frente/atrás;
-laterais;
Esparguete:
-dentro de agua junta/afasta os braços;
-extensão dos braços à frente;
-extensão dos braços em baixo;
-extensão dos braços atrás das costas;
Esparguete por baixo do pé:
-flexão da perna
-extensão da perna
-alternadas
Grupos de dois (segurando as pontas do esparguete
um do outro):
-agachamento
-extensão e flexão de braços á frente e atrás, em
simultâneo movimento de pernas
Par
te F
inal
∑=5´
Readaptaçã
o do
organismo
ao estado
normal
após o
exercício
físico;
Retorna a
calma;
-Respiração;
-Alongamentos de braços:
-cima, frente e atrás;
-Respiração;
-Alongamentos de pernas:
-frente e atrás;
-Respiração;