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Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Escola Nacional de Botânica Tropical
Efeitos de borda sobre o sub-bosque da Mata Atlântica
de terras baixas na Reserva Biológica União, RJ
Pablo Viany Prieto
2008
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Escola Nacional de Botânica Tropical
Efeitos de borda sobre o sub-bosque da Mata Atlântica
de terras baixas na Reserva Biológica União, RJ
Pablo Viany Prieto
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Botânica, Escola Nacional de Botânica Tropical, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Mestre em Botânica.
Orientador: Dr. Pablo José Francisco Pena Rodrigues
0BRio de Janeiro
2008
II
Efeitos de borda sobre o sub-bosque da Mata Atlântica
de terras baixas na Reserva Biológica União, RJ
Pablo Viany Prieto
Dissertação submetida ao corpo docente da Escola Nacional de Botânica Tropical, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro - JBRJ, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Mestre.
Aprovada por:
Pablo José F. P. Rodrigues (Orientador - JBRJ)
_____________________________________
Gislene M. Ganade (UNISINOS)
______________________________________
Marcelo T. Nascimento (UENF)
______________________________________
Haroldo C. Lima (JBRJ)
______________________________________ em 18/06/2008
Rio de Janeiro
III
Prieto, Pablo Viany.
P945e
Efeitos de borda sobre o sub-bosque da Mata Atlântica de terras baixas na Reserva Biológica União, RJ / Pablo Viany Prieto. – Rio de Janeiro, 2008.
x, 123 f. : il. Dissertação (mestrado) – Instituto de Pesquisas Jardim Botânico
do Rio de Janeiro/Escola Nacional de Botânica Tropical, 2008. Orientador: Pablo José Francisco Pena Rodrigues. Bibliografia. 1. Regeneração florestal. 2. Fragmentação. 3. Floresta tropical. 4.
Mata Atlântica. 5. Reserva Biológica União (RJ). 5. Rio de Janeiro (Estado). I.Título. II. Escola Nacional de Botânica Tropical.
CDD 577.35
IV
AGRADECIMENTOS
Este trabalho não teria sido realizado, teria sido muito mais difícil ou muito menos
divertido sem a ajuda de todas essas pessoas. A elas meus eternos agradecimentos:
Ao meu orientador Dr. Pablo J. F. P. Rodrigues pela oportunidade de trabalhar com
Ecologia Vegetal na Mata Atlântica, e também pela divertida amizade ao longo dos anos.
Aos Drs. Gislene Ganade e Marcelo Nascimento, por gentilmente aceitarem o convite
de participar da banca examinadora.
Ao engenheiro florestal Msc. Jerônimo Sansevero (Jerominho) pela imprescindível
colaboração em todas as etapas deste trabalho e pela grande amizade.
Ao botânico Msc. João Marcelo Braga por generosamente compartilhar seu
impressionante conhecimento da flora da Mata Atlântica, e também pelo grande exemplo
de dedicação à Botânica e à Conservação.
Ao Dr. André Dias pelas valiosas sugestões sobre uma versão bastante preliminar
deste trabalho, e também por me orientar no estágio de docência na UFRJ.
Aos Drs. Cyl Farney e Miriam Pereira pelas valiosas sugestões sobre o projeto da
dissertação.
Ao Programa Mata Atlântica pelo apoio logístico e financeiro através da Petrobras.
Ao CNPq pela bolsa concedida.
Aos técnicos de campo Adilson Pintor (Dilsin) e Antonio Tavares (Totonho) pela
incansável colaboração durante a coleta de dados e pelo grande exemplo de
profissionalismo que são. Adilson também me acolheu gentilmente em sua casa quando não
pude contar com o alojamento da Reserva Biológica de Poço das Antas.
À Talita Reis pela importante ajuda no trabalho de campo quando não pude contar
com os técnicos de campo. Fizemos tudo a pé!
V
Ao técnico de campo Jonas pela importante colaboração na etapa final das coletas de
plantas e dados.
A todos os taxonomistas que pacientemente identificaram centenas de espécies de
plantas: Adriana Lobão, Alexandre Quinet, Ana Joffily, Ariane Peixoto, Arline de Oliveira,
Carine Pinto-Quinet, Cyl Farney, Elsie Frankie Guimarães, Fabiana Filardi, Genise
Somner, Haroldo Lima, José Eduardo Meirelles, José Fernando Baumgratz, Luciana Silva,
Marcelo Souza, Marcos Nadruz, Maria de Fátima Freitas, Maria Helena Monteiro, Mário
Gomes, Marli Morim, Maximo Bovini, Pedro Fiaschi, Robson Ribeiro, Ronaldo Marquete
e Tatiana Carrijo.
A todos os integrantes da equipe de Ecologia Vegetal pelas eventuais ajudas,
fornecimento de bibliografia, apoio e momentos de descontração ao longo desses anos:
Jerônimo, Rodolfo, Talita, Mariela, Mariana, Jake, Monique, Raul, Lílian e Carol.
A todos os funcionários da Escola Nacional de Botânica Tropical, da Diretoria de
Pesquisas e da Biblioteca Barbosa Rodrigues do Jardim Botânico pela colaboração e
cordialidade. Em especial à Janúzia, à Cristiana do Amarante e à Katinha .
A toda a equipe da Reserva Biológica União pelo apoio.
A todos os amigos do Jardim Botânico: Dudu, Arno, Leo, Izar, Rafa e Mariana
Andrich, pelo apoio e divertidas conversas.
Aos meus queridos amigos de muitos anos pela compreensão, incentivo, risadas,
trocas de idéias, e por compartilharem o “gosto pelo mato”: Fusca, Wolak, Aninha,
Marcelo, Loscar, Ilana, Gustavo, Dandan, Peter, Chico, Laida e Nobru.
E por último, e mais importante, à minha família, e em especial aos meus pais Betina
e Fernando, sem os quais eu nunca teria chegado até aqui.
A todos vocês, MUITO OBRIGADO!!!
VI
RESUMO
Os efeitos de borda afetam significativamente a estrutura das comunidades vegetais
em paisagens florestais altamente fragmentadas como a Mata Atlântica. O objetivo desse
estudo foi descrever a flora arbustivo-arbórea da Reserva Biológica União e avaliar a
ocorrência de efeitos de borda sobre o sub-bosque. A reserva é cortada por dois corredores
desmatados, um Gasoduto (vegetação herbácea) e uma Rede Elétrica (vegetação arbustivo-
arbórea). Foram alocadas 12 parcelas de 20m por 50m, sendo 4 em bordas florestais
adjacentes ao Gasoduto, 4 em bordas adjacentes à Rede Elétrica e 4 em interiores florestais.
Nessas parcelas foram amostradas as árvores com DAP5-10cm, e em cada parcela 10
subparcelas de 5m por 5m foram alocadas para a amostragem das árvores e arbustos com
DAP1-5cm. Foram obtidas fotografias hemisféricas para se estimar a abertura do dossel.
Foram encontradas 356 espécies, com destaque para Myrtaceae, com 78 espécies, e novas
ocorrências de espécies do norte do Espírito Santo e sul da Bahia. A análise de similaridade
também indicou uma grande afinidade da RBU com essas florestas, que são mais similares
do que o esperado pela distância. Ao contrário do Interior, as bordas são dominadas por
espécies sucessionais iniciais, generalistas e pela exótica Artocarpus heterophyllus
(jaqueira). Também foi observada uma maior densidade e, no caso do Gasoduto, uma maior
abertura do dossel e a ausência de Euterpe edulis, que é abundante no interior. A
comunidade arbustiva aparentemente não foi afetada. A borda de Gasoduto também
apresenta padrões de riqueza de espécies diferentes do Interior e da Rede Elétrica. Os
resultados indicam a ocorrência de efeitos de borda no sub-bosque da mata, sobretudo no
Gasoduto, enfatizando a importância da matriz na modulação dos efeitos de borda.
Palavras-chave: Fragmentação, arbustos, heterogeneidade da matriz, regeneração avançada,
fitogeografia.
VII
ABSTRACT
Edge effects affect significantly plant community structure in highly fragmented
landscapes, such as the Atlantic forest. This study aims to describe the tree and shrub flora
of the União Biological Reserve and to evaluate the existence of edge effects on the forest
understory. Two linear canopy openings cross this reserve, a gas duct (herbaceous
vegetation) and a power line (shrubby vegetation). Twelve 20m x 50m plots were defined,
being 4 plots in the gas duct forest edges, 4 plots in the power line forest edges and 4 plots
in the forest interior. Within this plots all trees with DBH 5-10cm were sampled, and in
each plot 10 5m x 5m subplots were defined in order to sample trees and shrubs with DBH
1-5cm. I also obtained hemispherical photographs to estimate canopy openness. This forest
has a very high species richness (356 species in 1,2 ha), specially in the Myrtaceae familiy,
which has 78 species. New occurrences of species from northern Espírito Santo and
southern Bahia were found. Similarity analysis also suggests a high similarity with these
forests. Unlike the interiors, edges were dominated by early successional species, generalist
species and by the exotic Artocarpus heterophyllus (jackfruit). Both edges showed a greater
tree density, and the gas duct edge showed a greater canopy openness and the absence of
the palm Euterpe edulis, which is abundant in the interior. The shrub community seems not
to have been affected. Gas duct edges also showed species richness patterns different from
the ones observed in the Interiors and in the Power Line edges. My results clearly show the
existence of edge effects in the forest understory, especially in the gas duct edges,
emphasizing the importance of matrix structure in modulating edge effects magnitude.
Key words: Fragmentation, shrubs, matrix heterogeneity, advanced regeneration,
phytogeography
VIII
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO GERAL………………………………………....………......1
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................5
CAPÍTULO 1 – EFEITOS DE BORDA SOBRE O SUB-BOSQUE DA
MATA ATLÂNTICA DE TERRAS BAIXAS NA RESERVA
BIOLÓGICA UNIÃO, RJ ..…........................................................................9
RESUMO..............................................................................................10
ABSTRACT..........................................................................................11
INTRODUÇÃO.....................................................................................12
MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................15
RESULTADOS.....................................................................................23
DISCUSSÃO.........................................................................................30
CONCLUSÕES.....................................................................................38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................39
CAPÍTULO 2 – FLORA ARBUSTIVO-ARBÓREA DA RESERVA
BIOLÓGICA UNIÃO, RJ…....................................................................…52
RESUMO..............................................................................................53
ABSTRACT..........................................................................................54
INTRODUÇÃO.....................................................................................55
MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................57
RESULTADOS.....................................................................................61
DISCUSSÃO.........................................................................................67
CONCLUSÕES.....................................................................................71
IX
X
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................72
CONDIDERAÇÕES FINAIS........................................................................78
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................80
ANEXOS DO CAPÍTULO 2..........................................................................81
ANEXO 2.1...........................................................................................82
ANEXO 2.2...........................................................................................91
INTRODUÇÃO GERAL
As florestas tropicais são os ecossistemas mais ricos do mundo em espécies de
plantas. Em diversos lugares, mais de cem espécies de árvores podem ser encontradas em
amostras tão pequenas quanto 1000mP
2 P(Martini et al. 2007), e outras formas de vida como
ervas, arbustos e lianas também contribuem com uma riqueza muito expressiva (Gentry &
Dodson 1987). Entretanto, esses ambientes estão sendo destruídos a uma velocidade
alarmante (Whitmore 1997), o que inevitavelmente já levou e continua levando muitas
espécies de animais e plantas à extinção (Pimm & Raven 2000). Somando a isso outras
sérias ameaças como as mudanças globais (Travis 2003), a fragmentação (Saunders et al.
1991, Fischer & Lindenmayer 2007), a introdução de espécies exóticas (Simberloff 2003) e
a caça (Peres 2001), é possível concluir que a biodiversidade global enfrenta uma crise
muito grave. A diminuição ou mesmo a perda de diversos serviços fundamentais para o
homem prestados pelas florestas tropicais, como a regulação do clima e o controle da
erosão, são conseqüências inevitáveis desse processo (cf Laurance 1999).
As taxas de desmatamento são em grande parte explicadas pelas taxas de crescimento
populacional e pelo índice de desenvolvimento humano (Laurance 1999, Jha & Bawa
2005). Assim, embora haja uma grande preocupação acerca das conseqüências biológicas
do desmatamento, é evidente que esse processo tem raízes sócio-econômicas; a maior parte
das florestas tropicais encontra-se nos países pobres ou em desenvolvimento.
Paradoxalmente, o desenvolvimento econômico que poderia diminuir a pressão sobre os
recursos naturais muitas vezes se baseia na exploração predatória da natureza (cf Galetti &
Fernandez 1998, Laurance 1999), o que no caso da Mata Atlântica (e provavelmente nas
demais florestas tropicais), não contribui para uma melhor distribuição de renda (Young
2005). Assim, o desmatamento é um fenômeno que se retro-alimenta.
1
Entretanto, a conservação da biodiversidade é francamente viável tanto em termos
práticos quanto econômicos (Pimm et al. 2001). Myers et al. (2000) verificaram que 25
áreas ao redor do mundo, entre as quais a Mata Atlântica e outras 15 florestas tropicais,
correspondentes a apenas 12% da superfície terrestre livre de gelo, concentram 30-50% de
todas as espécies de plantas, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Infelizmente, todos essas
áreas já foram reduzidas a menos de 30% da sua extensão original, o que as tornas
prioridades globais para a conservação (biodiversity hotspots). O grau de proteção
conferido ao que resta dos hotspots vai determinar em grande parte quantas extinções
ocorrerão no século XXI (Pimm & Raven 2000).
Ao longo da sucessão dos ciclos econômicos de extração do Pau-Brasil (Caesalpinia
echinata), cultivo de cana-de-açúcar, pecuária, mineração e cultivo de café, a Mata
Atlântica foi sendo progressiva e severamente desmatada (Dean 1996), e hoje apresenta
menos de 10% de sua área original (Harris & Pimm 2004). Predições derivadas de relações
espécies-área estimam que reduções de habitat dessa magnitude podem levar 50% das
espécies endêmicas da região à extinção (Wright & Muller-Landau 2006). Embora esses
cálculos estejam sujeitos a várias fontes de imprecisão (Ewers & Didham 2006), é evidente
que o desmatamento é uma grave ameaça à biodiversidade da Mata Atlântica.
Além disso, grande parte dos remanescentes de Mata Atlântica está contida em
fragmentos predominantemente pequenos (Morellato & Haddad 2000, Gascon et al 2000).
Bordas são extremamente abundantes em paisagens fragmentadas, e determinam em grande
parte a estrutura e funcionamento dos ecossistemas remanescentes devido às diversas
influências exercidas pelo ambiente ao seu redor (Saunders et al. 1991, Laurance et al.
2002, 2006). Dependendo da sua área, forma e distância de penetração dos efeitos de borda,
um fragmento pode ser totalmente constituído de ‘habitat de borda’ (Laurance & Yensen
2
1991). Assim, é possível que grande parte dos remanescentes de Mata Atlântica esteja
sujeita aos efeitos de borda (e.g. Ranta et al. 1998), em muitos casos tornando inviável a
sua conservação no longo prazo (Gascon et al. 2000). Além disso, em paisagens altamente
desmatadas os remanescentes geralmente apresentam-se fortemente isolados (Fahrig 2003),
o que pode comprometer dramaticamente processos essenciais para a manutenção das
populações de plantas, como a dispersão de sementes (Silva & Tabarelli 2000) e a
polinização (Kearns et al. 1998).
O Estado do Rio de Janeiro ainda apresenta 20% da sua cobertura original de Mata
Atlântica (Fundação SOS Mata Atlântica & INPE 2008). No entanto, os remanescentes
estão distribuídos de forma extremamente heterogênea na paisagem. As florestas tropicais
de terras baixas são particularmente afetadas pelo desmatamento (Laurance 1999), já tendo
sido quase completamente destruídas em terras fluminenses (Harris et al. 2004). Dessa
forma, o inventário florístico dos fragmentos dessa fisionomia tão seriamente ameaçada e a
caracterização dos impactos atuais a que estão sujeitos constituem uma informação
fundamental para que se possa traçar diretrizes para sua conservação. Embora a Mata
Atlântica, como um todo, seja um hotspot da biodiversidade, a implementação de
estratégias efetivas de conservação depende do estabelecimento de áreas prioritárias, cuja
escala geográfica possibilite uma aplicação eficiente dos escassos recursos humanos e
financeiros (Saunders et al. 1991, Harris et al. 2004).
Neste trabalho, pretende-se verificar a ocorrência de impactos resultantes da criação
de bordas artificiais em um dos últimos e mais bem preservados remanescentes de Mata
Atlântica de terras baixas do Estado do Rio de Janeiro, a Reserva Biológica União, e
também descrever sua flora arbustivo-arbórea. Para tanto, foram amostrados trechos
fisionomicamente semelhantes da vegetação nas bordas adjacentes a dois corredores
3
4
desmatados e também em locais distantes de quaisquer bordas. No capítulo 1, buscou-se
verificar se a presença dos corredores desmatados – um gasoduto e uma linha de
transmissão de energia elétrica – acarretam a incidência de efeitos de borda sobre a
estrutura e composição do sub-bosque da mata, e quais as possíveis implicações desses
efeitos para os remanescentes de Mata Atlântica. No capítulo 2, foi analisada a composição
florística encontrada, e também as relações da flora da Reserva Biológica União com
diversas outras localidades de Mata Atlântica de terras baixas. Dessa forma, procurou-se
verificar a importância da Reserva Biológica União para a conservação da flora brasileira e
para a compreensão dos padrões fitogeográficos na Mata Atlântica.
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Capítulo 1
Efeitos de borda sobre o sub-bosque da Mata Atlântica de terras
baixas na Reserva Biológica União, RJ
RESUMO
O desmatamento leva à perda e à fragmentação do habitat, o que inevitavelmente
resulta na criação de bordas artificiais. Os efeitos de borda afetam significativamente a
estrutura das comunidades vegetais em paisagens severamente fragmentadas como a Mata
Atlântica. O objetivo desse estudo foi avaliar a ocorrência de efeitos de borda sobre o sub-
bosque da Reserva Biológica União. A reserva é cortada por dois corredores desmatados,
um Gasoduto (vegetação herbácea) e uma Rede Elétrica (vegetação arbustivo-arbórea).
Foram alocadas 12 parcelas de 20m por 50m, sendo 4 em bordas florestais adjacentes ao
Gasoduto, 4 em bordas adjacentes à Rede Elétrica e 4 em interiores florestais. Nessas
parcelas foram amostradas todas as árvores com DAP5-10cm, e em cada parcela 10
subparcelas de 5m por 5m foram alocadas para a amostragem das árvores e arbustos com
DAP1-5cm. Também foram obtidas fotografias hemisféricas para se estimar a abertura do
dossel. Ao contrário do Interior, onde predominam espécies características de estágios
sucessionais avançados, as bordas são dominadas por espécies sucessionais iniciais,
generalistas e pela exótica Artocarpus heterophyllus (jaqueira). Também foi observada uma
elevada densidade e, no caso do Gasoduto, uma maior abertura do dossel e a ausência de
Euterpe edulis (palmito), que é abundante no interior. A comunidade arbustiva
aparentemente não foi afetada. A borda de Gasoduto também apresenta padrões de riqueza
de espécies diferentes do Interior e da Rede Elétrica. Os resultados indicam a ocorrência de
efeitos de borda no sub-bosque da mata, sobretudo no Gasoduto, enfatizando a importância
da matriz como um fator determinante da magnitude dos efeitos de borda.
Palavras-chave: Fragmentação florestal, arbustos, heterogeneidade da matriz, regeneração
avançada, corredores desmatados.
10
ABSTRACT
Deforestation leads to habitat loss and fragmentation, thus creating artificial edges.
Edge effects affect significantly plant community structure. The Atlantic forest has been
reduced to less than 10% of its original area, and most remnants are small fragments. This
study’s objective was to evaluate the existence of edge effects on the understory of the
União Biological Reserve. Two linear canopy openings cross this reserve, a gas duct
(herbaceous vegetation) and a power line (shrubby vegetation). Twelve 20m x 50m plots
were laid out, being 4 plots in the gas duct edges, 4 plots in the power line edges and 4
plots in forest interiors. Within this plots all trees with DBH5-10cm were sampled, and in
each plot 10 5m x 5m subplots were laid out in order to sample trees and shrubs with
DBH1-5cm. I also obtained hemispherical photographs in order to estimate canopy
openness. Unlike the interiors, where late successional species predominate, edges were
dominated by early successional species, generalist species and by the exotic Artocarpus
heterophyllus (jackfruit). Both edges showed a greater tree density, and the gas duct
showed a greater canopy openness ad the absence of the palm Euterpe edulis, which is
abundant in the interior. The shrub community seems not to have been affected. Gas duct
edges also shown species richness patterns different from the ones observed in the Interiors
and in the Power Lines. My results clearly show the existence of edge effects in the forest
understory, especially in the gas duct, emphasizing the importance of matrix structure in
modulating edge effects magnitude.
Key-words: Forest fragmentation, shrubs, matrix heterogeneity, advanced regeneration,
linear canopy openings.
11
INTRODUÇÃO
O desmatamento leva à perda e à fragmentação do habitat (Fahrig 2003). Os
fragmentos não só são capazes de abrigar um número inferior de espécies animais e
vegetais (Turner 1996, Tuner et al. 1996), como também apresentam uma reduzida
diversidade funcional se comparados à floresta contínua (Tabarelli et al. 1999, Silva &
Tabarelli 2000, Metzger 2000, Laurance et al. 2006a, Michalski et al. 2006, Girão et al.
2007). Isso se deve ao fato de que as espécies apresentam diferentes graus de
susceptibilidade à fragmentação (Henle et al. 2004), o que é em grande parte explicado por
diferenças na história de vida (Laurance et al. 1998, 2006). Espécies com menor
mobilidade (i.e., menor capacidade de colonização) e maior especificidade de habitat
também tendem a ser mais seriamente afetadas (Travis 2003, Henle et al. 2004). No caso
das árvores tropicais, a fragmentação beneficia espécies sucessionais-iniciais, com
sementes pequenas, madeira de baixa densidade e crescimento rápido, em detrimento de
espécies características de estágios sucessionais avançados, que tendem a apresentar
sementes grandes, madeira densa e crescimento lento (Laurance et al. 1998, 2006a,b,
Michalski et al. 2006, Santos et al. 2008).
A criação de bordas artificiais é uma conseqüência inevitável da fragmentação. Os
efeitos de borda são uma das maiores ameaças à integridade das comunidades vegetais em
paisagens florestais fragmentadas, principalmente devido ao drástico aumento da
mortalidade de árvores decorrente da incidência de tempestades de vento e da dessecação
(Ferreira & Laurance 1997, Laurance et al. 1998, 2006a). A morte de indivíduos do dossel
cria condições favoráveis para a proliferação de lianas (Oliveira-Filho et al. 1997, Laurance
et al. 2001) e árvores pioneiras (Laurance et al. 2006b), levando assim à diminuição da área
de habitat preservado (Laurance & Yensen 1991). Assim, espera-se que a vegetação
12
próxima aos limites artificiais seja marcadamente diferente daquelas observadas em
interiores florestais distantes das bordas. Entretanto, os efeitos de borda são altamente
variáveis no tempo e no espaço, devido à influência de fatores como a incidência de
tempestades de vento (Laurance et al. 2007), a heterogeneidade da matriz (Kuper et al.
2006), e a orientação das bordas (Ries et al. 2004). Dessa forma, é importante compreender
quais fatores modulam a intensidade dos efeitos de borda.
O sub-bosque das florestas tropicais abriga uma grande diversidade de espécies de
plantas (Gentry & Dodson 1987). Nele, não só indivíduos jovens de espécies arbóreas e
lianescentes do dossel, mas também ervas terrestres, epífitas, arbustos e arvoretas
coexistem, apesar da grande limitação da incidência luminosa (cf Chazdon & Fetcher
1984). Diversos estudos têm verificado que os processos de regeneração de árvores no sub-
bosque são extremamente complexos (Clark & Clark 1992), e que a luz desempenha um
papel determinante na distribuição e performance das plantas lenhosas no sub-bosque
(Svenning 2000), embora fatores como o dano físico causado pela queda de galhos de
árvores e folhas de palmeiras também possa exercer uma influência significativa na
estruturação dessas comunidades (Aide 1987, Clark & Clark 1991, Peters et al. 2004).
Dessa forma, o sub-bosque pode ser considerado um ‘compartimento’ criticamente
importante para a manutenção da diversidade de plantas das florestas tropicais (Wright
2002, Poorter & Arets 2003). Entretanto, são raros os estudos que abordam os efeitos da
fragmentação e da conseqüente criação de bordas artificiais sobre as comunidades de sub-
bosque (e.g Benítez-Malvido 1998). Dentre os estudos sobre os efeitos da fragmentação em
populações de plantas, são poucos os que investigam o ‘nicho de regeneração’(Hobbs e
Yates 2003).
13
14
Nesse estudo, foi testada a hipótese de que os efeitos de borda alteram a estrutura e
composição florística da comunidade de árvores e arbustos do sub-bosque de um
remanescente de Mata Atlântica de terras baixas bem preservado. Como os arbustos são
mais sensíveis à dessecação (Robichaux et al. 1984), possivelmente devido ao fato de
possuírem sistemas radiculares mais superficiais (Becker & Castillo 1990), espera-se que
essa forma de vida seja mais afetada que os indivíduos jovens de espécies arbóreas. Mais
especificamente, procurou-se observar se bordas com características distintas (diferenças na
idade na matriz adjacente) acarretam efeitos de borda de diferentes magnitudes. Para tanto,
foram comparadas áreas de mata adjacentes a dois corredores desmatados e interiores
florestais. O longo histórico de degradação da Mata Atlântica (Dean 1996) faz com que
muitas vezes seja difícil separar a influência de diversos fatores sobre a estrutura e
composição da floresta (e.g., Pereira et al. 2007). Nesse sentido, os corredores desmatados
representam uma situação relativamente ‘controlada’, onde é possível obter inferências
consistentes sobre a influência dos efeitos de borda nos remanescentes florestais.
MATERIAIS E MÉTODOS Área de estudo O estudo foi realizado na Reserva Biológica União (daqui em diante RBU), localizada
nas coordenadas 22º27’30”S e 42º02’14”W, no Estado do Rio de Janeiro (figura 1.1).
Criada em 1998 com o objetivo de assegurar a proteção de remanescentes de Mata
Atlântica e do mico-leão-dourado Leontopithecus rosalia L., a RBU apresenta uma área de
2548 ha e abrange os municípios de Casimiro de Abreu (47,3% da área da Reserva), Rio
das Ostras (52,4%) e Macaé (0,3%). A plotagem do contorno da RBU sobre um mapa de
unidades geoambientais (Silva & Cunha 2001) mostra que sua paisagem é composta por
colinas isoladas, mares de morros, escarpas serranas e pela planície aluvial do rio Macaé
(figura 1.1). A altitude máxima é de 376 metros. O clima da Reserva é tropical úmido,
correspondendo ao tipo Am de Köeppen (Takizawa 1995). Dados pluviométricos coletados
de 1970 a 1983 e de 1995 a 2001 mostram uma precipitação média (±desvio-padrão) de
1692,9±361,8 e 1677,9±304,7 mm, respectivamente, com uma estação seca entre Abril e
Setembro (Oliveira 2002). A temperatura média anual é de 22ºC (Kleiman et al. 1988).
A vegetação da Reserva Biológica União é composta predominantemente pela
Floresta Pluvial Atlântica das Terras Baixas sensu Oliveira-Filho & Fontes (2000).
Rodrigues (2004), amostrando indivíduos arbóreos com DAP≥10cm em 1,2 ha de floresta
de encosta, encontrou 250 espécies ou morfoespécies, com destaque para as famílias
Myrtaceae e Lauraceae, com 32 e 29 espécies, respectivamente, e 32mP
2P/ha de área basal.
Estas características florísticas e estruturais indicam a presença de estágios sucessionais
avançados (Tabarelli & Peres 2002, Clark 1996). No século passado, a então ‘Fazenda
União’ era explorada para a retirada de madeira nativa e, posteriormente, para o plantio de
eucalipto para a produção de dormentes de trilhos ferroviários. Atualmente, uma área
15
considerável da Reserva encontra-se impactada pelo corte seletivo, e cerca de 215 hectares
são ocupados por eucaliptais. Há indícios de que, ainda hoje, ocorrem atividades de caça no
interior da mata (observação pessoal).
Figura 1.1. Localização da Reserva Biológica União e distribuição das unidades geoambientais no interior da Reserva. (1) planície aluvial do Rio Macaé; (2) mares de morros; (3) escarpas serranas; e (4) colinas isoladas. Em verde, os remanescentes de Mata Atlântica.
A Reserva Biológica União é cortada por um gasoduto, uma linha de transmissão de
energia elétrica e uma rodovia federal que formam três corredores desmatados distintos no
interior da floresta (figura 1.2), e possivelmente acarretam efeitos nocivos à vegetação
16
adjacente. Este trabalho, no entanto, abrange apenas os dois primeiros corredores. O
gasoduto possui cerca de 25m de largura e uma vegetação herbácea, com predomínio de
gramíneas, e foi implantado na década de 80. A rede elétrica possui aproximadamente
100m de largura e foi implantada na década de 60. Sobre ela ocorre uma vegetação
arbustiva-arbórea de até 4m de altura, com alguns indivíduos de Cecropia sp. atingindo
maior altura. A presença abundante de Pteridium arachnoideum (Kaulf.) Maxon
(Dennstaedtiaceae) indica a ocorrência de fogo no passado (Martini et al. 2007).
Desenho amostral
Para a amostragem da vegetação foram alocadas em 2001 12 parcelas de 20m por
50m em floresta de encosta, sendo quatro em bordas de gasoduto (localidade GA), quatro
em bordas de rede elétrica (localidade RE) e quatro em interiores florestais distantes pelo
menos 400m de qualquer borda (localidade IN) (cf Rodrigues 2004) (figura 1.3).
Diferentemente de muitos estudos sobre efeitos de borda, que analisam o gradiente borda-
interior (Laurance e Yensen 1991, Williams-Linera et al. 1998, Pohlman et al. 2007), neste
trabalho foram amostradas apenas localidades que, teoricamente, correspondem aos
extremos desse contínuo. Isso se deve ao fato de que na Mata Atlântica, tipicamente uma
floresta de encosta (Rizzini 1997), o gradiente borda-interior geralmente é acompanhado de
um gradiente topográfico. Como a topografia influencia marcadamente a estrutura e
composição do estrato arbóreo na Mata Atlântica (Budke et al. 2007, Carvalho et al. 2007),
a amostragem ao longo do referido gradiente dificultaria as inferências sobre os efeitos de
borda. Dessa forma, a alocação de todas as parcelas buscou uma padronização topográfica e
fisionômica das áreas amostradas, evitando-se topos de morros e fundos de vales, assim
como clareiras e áreas com quaisquer sinais evidentes de perturbação (Rodrigues 2004).
17
Figura 1.2. Fotografia aérea da Reserva Biológica União, mostrando os corredores desmatados formados pela Rele elétrica, pelo Gasoduto e pela rodovia BR-101. Fonte: Google Earth.
18
Figura 1.3. Visão geral das três localidades estudadas. De cima para baixo, Interior, Rede elétrica e Gasoduto.
19
Nas unidades amostrais, já haviam sido inventariadas as árvores com DAP ≥ 10cm
(Rodrigues 2004). No presente estudo, foram amostradas todas as árvores com DAP ≥ 5cm
e < 10cm (classe 1). Para a amostragem dos indivíduos arbustivos e arbóreos com DAP ≥
1cm e < 5cm (classe 2), dividiu-se cada parcela em subparcelas 5m x 5m. Em cada coluna
de quatro subparcelas sorteou-se uma, seguindo um desenho aleatório estratificado (figura
1.4). Assim, a área total amostrada para a classe 1 foi de 1,2ha, e para a classe 2 0,3ha.
Figura 1.4. Desenho esquemático da parcela, destacando uma coluna de 4 subparcelas de 5m por 5m, na qual uma foi sorteada, e as subparcelas sorteadas nas colunas subseqüentes. As árvores com DAP ≥ 5cm e < 10cm (classe 1) foram amostradas em toda a área e as árvores e arbustos com DAP≥1cm e <5cm (classe 2) foram amostrados nos quadrados cinzas.
Cada indivíduo amostrado teve DAP medido e altura medida ou estimada com o
auxílio de metro graduado e da vara de poda. Com exceção de Artocarpus heterophyllus
(Moraceae), Euterpe edulis e Astrocaryum aculeatissimum (Arecaceae), facilmente
identificáveis no campo, todos os indivíduos tiveram material botânico coletado para
posterior identificação. O material foi identificado através de comparação com o material
coletado anteriormente na mesma área (Rodrigues 2004) e com o material depositado no
herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB) e de consultas a especialistas nas
20
respectivas famílias. De cada espécie ou morfoespécie foi escolhido um exemplar de
testemunho para inserção na coleção do RB.
Comparação entre as localidades
Utilizou-se análise de variância (ANOVA) nested (parcela aninhada em localidade)
para a verificação de diferenças entre as localidades quanto à densidade e à área basal. Para
testar a influência da área basal de árvores (DAP≥5cm, incluindo aquelas com DAP≥10cm)
sobre a densidade de plantas com DAP1-5cm, foi utilizada uma regressão linear. Em cada
estrato de cada localidade as espécies foram organizadas em ordem decrescente de
abundância, e a abundância relativa foi plotada em função dessa ordem. O teste
Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para se verificar a existência de diferenças na
distribuição das abundâncias das espécies (Magurran 2004). A similaridade florística entre
as parcelas, considerando-se cada estrato separadamente, foi analisada através da distância
de Bray-Curtis. Utilizou-se a análise não-métrica de escalas multidimensionais (nonmetric
multidimensional scaling, NMDS) para a ordenação das parcelas em função da
dissimilaridade florística, através do programa XLSTAT (Addinsoft 2008). Para testar a
existência de diferenças entre as localidades quanto ao escore mediano dos eixos da
ordenação, foi utilizada uma análise de variância não-paramétrica de Kruskal-Wallis. Para a
verificação de diferenças entre as localidades quanto à riqueza de espécies
independentemente da densidade (Gotelli & Colwell 2001), foi plotada uma curva de
rarefação do número observado de espécies em função do número de indivíduos
amostrados. Também foi realizada a extrapolação da riqueza através dos estimadores não-
paramétricos ICE, Chao2, Jacknife2 e da função Michaelis-Mentem, com o programa
EstimateS 8.0 (Colwell 2006). Esses índices foram escolhidos por terem estimado com
maior precisão, a partir de amostras pequenas, a riqueza total de um universo conhecido, no
21
caso um banco de sementes na Costa Rica (Chazdon et al. 1998). Para o cálculo da
agregação das espécies dominantes foi utilizado o índice de Morisita (Krebs 1989).
A abertura do dossel foi medida através de fotografias hemisféricas obtidas com uma
câmera Nikon Coolpix 4300 e uma lente fisheye FC-E8. Em cada uma das subparcelas
sorteadas para a amostragem dos indivíduos com DAP ≥ 1cm e < 5cm foram obtidas duas
fotografias, uma a 1m de altura e uma a 3,5m de altura. Assim, em cada um dos 120
quadrados foram obtidas duas fotografias, totalizando 240 imagens (120 a 1m de altura e
120 a 3,5m de altura). Utilizou-se um nível de bolha e uma bússola para nivelar a câmera e
orientá-la para o norte magnético. Para a obtenção das fotografias a 3,5m de altura, foi
utilizada uma cabeça de tripé acoplada a duas varas de podão, cada uma com 1,7m, e um
disparador remoto com um cabo de 1,5m de extensão. Todas as fotografias foram obtidas
durante o amanhecer, o entardecer ou com o tempo uniformemente nublado. As fotografias
foram analisadas com o programa WinScanopy. Utilizou-se ANOVA nested (parcela
aninhada em localidade) para a verificação de diferenças na abertura do dossel entre as
localidades e análise de variância não-paramétrica de Kruskal-Wallis para a verificação de
diferenças na abertura do dossel entre as duas alturas de cada localidade.
22
Resultados
A densidade de indivíduos da classe 1 (5≤DAP<10) apresentou diferenças
significativas entre GA e as localidades RE e IN (FR(11, 108)R=4,14; p<0,0001) (figura 1.5A).
Já na classe 2 (1≤DAP<5) a localidade IN diferiu de ambas as bordas (FR(11, 108)R=4,34;
p<0,0001) (figura 1.5B). A área basal apresentou padrão idêntico à densidade para ambas
as classes (dados não-mostrados). Esse resultado era esperado, já que a amplitude de
tamanho de cada classe utilizada foi relativamente pequena, e assim a área basal foi
diretamente proporcional à densidade. A densidade de indivíduos da classe 2 variou de
forma inversa à área basal de árvores com DAP≥5cm (figura 1.6).
(A) (B)(A) (B)
Figura 1.5. Densidade média (± erro padrão) por subparcela das classes 1 (DAP≥5cm e <10cm) (A) e 2 (DAP≥1cm e <5cm) (B) nas localidades Gasoduto (GA), Rede Elétrica (RE) e Interior (IN) da Reserva Biológica União, RJ. Barras com letras diferentes apresentam diferença significativa com p<0,05.
Figura 1.6. Densidade de indivíduos da classe 2 (DAP≥1cm e <5cm) em função da área basal de árvores com DAP≥5cm, incluindo aquelas com DAP≥10cm.
Área basal de árvores com DAP≥5cm (m2)
Den
sida
de
de
indi
vídu
os c
om
DA
P≥1
cme
<5c
m (
n/2
50m
2 )
y = -21.333x + 177.58
R2 = 0,3469p=0,04
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0 1 2 3 4 5 6 7
Área basal de árvores com DAP≥5cm (m2)
Den
sida
de
de
indi
vídu
os c
om
DA
P≥1
cme
<5c
m (
n/2
50m
2 )
y = -21.333x + 177.58
R2 = 0,3469p=0,04
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0 1 2 3 4 5 6 7
23
A abundância foi bem distribuída entre as espécies (figura 1.7), com apenas uma,
Cupania racemosa, atingindo mais de 10% da abundância relativa da classe 1 (DAP5-10)
em RE. A distribuição das abundâncias não diferiu entre as localidades (Kolmogorov-
Smirnov, p>0,1 em todos os casos). A tabela 1.1 mostra que diferentes espécies dominaram
cada estrato nas três localidades.
0
2
4
6
8
10
12
1 31 61 91 121 1 31 61 91 121 151
GAREIN
(A) (B)
Espécies em ordem decrescente de abundância
Ab
un
dâ
nc
ia r
ela
tiva
(%
)
0
2
4
6
8
10
12
1 31 61 91 121 1 31 61 91 121 151
GAREIN
0
2
4
6
8
10
12
1 31 61 91 121 1 31 61 91 121 151
GAREIN
(A) (B)
Espécies em ordem decrescente de abundância
Ab
un
dâ
nc
ia r
ela
tiva
(%
)
Figura 1.7. Distribuição das abundâncias relativas das espécies da classe 1 (A) e da classe 2 (B) nas localidades Gasoduto (GA), Rede elétrica (RE) e Interior (IN) da Reserva Biológica União, RJ.
Tabela 1.1. Espécies dominantes em ordem decrescente de abundância
Gasoduto Rede elétrica Interior
Senefeldera verticillata Cupania racemosa Astrocaryum aculeatissimumMiconia lepidota Artocarpus heterophyllus Euterpe edulis
Miconia hypoleuca Casearia arborea Bathysa mendoncaeiPouteria bangii Mabea fistulifera Helicostylis tomentosa
Astrocaryum aculeatissimum Astrocaryum aculeatissimum Actinostemon verticillatusMabea fistulifera Senefeldera verticillata Trichilia martianaCasearia arborea Euterpe edulis Pausandra morisiana
Siparuna guianensis Helicostylis tomentosa Anaxagorea dolichocarpaMyrciaria floribunda Anaxagorea dolichocarpa Ecclinusa ramiflora
Bathysa mendoncaei Bathysa mendoncaei Virola bicuhyba
Trichilia martiana Artocarpus heterophyllus Helicostylis tomentosaBathysa mendoncaei Cupania racemosa Senefeldera verticillata
Piper arboreum Sorocea hilarii Bathysa mendoncaeiPouteria bangii Senefeldera verticillata Psychotria schottiana
Senefeldera verticillata Anaxagorea dolichocarpa Actinostemon verticillatusPausandra morisiana Adenocalymma subsessilifolium Tetraplandra leandrii
Miconia prasina Trichilia martiana Beilschmiedia sp1Conchocarpus cauliflorus Psychotria schottiana Psychotria subspathacea
Adenocalymma subsessilifolium Helicostylis tomentosa Eugenia sp3Casearia sylvestris Conchocarpus cauliflorus Casearia sp
Classe 1 - DAP≥5cm e <10cm
Classe 2 - DAP≥1cm e <5cm
24
As palmeiras Astrocaryum aculeatissimum e Euterpe edulis foram as espécies mais
abundantes da classe 1 (DAP5-10cm) em IN, estando ambas presentes em todas as parcelas
dessa localidade (dados não mostrados). A abundância de A. aculeatissimum não diferiu
entre as localidades, enquanto que E. edulis foi significativamente menos abundante em GA
do que em IN (FR(2, 9)R=6,3; p=0,019) (figura 1.8). A. aculeatissimum foi também a única
espécie entre as cinco mais abundantes da classe 1 nas três localidades.
Todos os estimadores da riqueza de espécies exibiram resultados semelhantes na
comparação entre as localidades (dados não-mostrados). Aparentemente, em nenhum dos
casos o tamanho da amostra foi suficiente para que os estimadores atingissem a
estabilização, e todos refletiram o padrão observado na curva de rarefação da riqueza
observada.
A riqueza estimada foi sempre muito superior à observada. Como o objetivo do
trabalho não é a comparação da performance dos estimadores, foi selecionado aquele que
exibiu maior tendência à estabilização, Chao 2. Este índice gera uma estimativa confiável
do número mínimo de espécies, mesmo quando a amostra não é grande o suficiente
(Longino et al 2002).
(A) (B)(A) (B)(A) (B)
Figura 1.8. Abundância média (±erro-padrão) por parcela das palmeiras Euterpe edulis (A) e Astrocaryum aculeatissimum (B) nas localidades Gasoduto (GA), Rede Elétrica (RE) e Interior (IN) da Reserva Biológica União, RJ. Barras com letras diferentes apresentam diferença significativa com p < 0,05.
25
A riqueza estimada diferiu tanto entre os estratos de cada localidade quanto entre as
localidades, considerando-se cada estrato separadamente (figura 1.9). Na Classe, 1 GA foi
mais rica que IN e RE. Já a classe 2 aparenta ser mais rica em IN, seguido por RE e por
último GA. Em IN e RE a classe 2 (DAP1-5) foi mais rica que a classe 1 (DAP5-10),
enquanto que em GA a classe 1 mostrou um maior número de espécies.
Para verificar a influência das espécies arbustivas na menor riqueza da classe 2 em
GA, foi analisada a abundância e riqueza dessa forma de vida nas três localidades. GA
apresenta 85 indivíduos e 17 espécies; RE, 62 e 17; e IN, 53 e 19, sugerindo que a riqueza
em função do número de indivíduos é menor em GA. Entretanto, a espécie arbustiva mais
abundante nessa localidade é Piper arboreum, com 24 indivíduos em uma única parcela.
Em RE, P. arboreum apresenta dois indivíduos e em IN, nenhum. Quando essa espécie é
excluída da análise, GA apresenta 61 indivíduos e 16 espécies, números muito similares às
outras localidades, e a riqueza estimada por Chao 2 é rigorosamente igual à calculada
incluindo-se P. arboreum. (dados não mostrados). Além disso, as espécies de arbustos
constituem apenas cerca de 10% tanto da riqueza (35/356) quanto da abundância
(200/2103) totais. Assim, a menor riqueza da classe 2 em GA se deve exclusivamente às
espécies arbóreas, e o principal parâmetro que diferencia a comunidade arbustiva em GA
das demais localidades é a existência de um denso agregado de Piper arboreum.
26
50
100
150
200
250
300
350
0 100 200 300 400 500
GA RE IN
GA RE IN
DAP5-10
DAP1-5
Número de indivíduos amostrados
Riq
uez
a d
e es
péc
ies
esti
mad
a p
or
Ch
ao2
50
100
150
200
250
300
350
0 100 200 300 400 500
GA RE IN
GA RE IN
DAP5-10
DAP1-5
Número de indivíduos amostrados
Riq
uez
a d
e es
péc
ies
esti
mad
a p
or
Ch
ao2
Figura 1.9. Riqueza de espécies estimada por Chao 2 nas classes DAP5-10cm e DAP1-5cm das localidades borda de Gasoduto (GA), borda de Rede Elétrica (RE) e Interior (IN).
A ordenação não-métrica de escalas multidimensionais (non-metric multidimensional
scaling, NMDS) mostrou padrões florísticos ligeiramente diferentes para os dois estratos
(figura 1.10). Na classe 1, as parcelas de interior e algumas parcelas de borda (Rede 1,
Rede 4, Gaso 3 e Gaso 4) aparecem fortemente agregadas, denotando uma maior
semelhança na composição. No entanto, as localidades apresentam diferenças significativas
nos scores medianos do eixo 1 (Kruskal-Wallis, p=0,025), indicando a existência de efeitos
de borda sobre a composição de espécies em GA e RE. Na classe 2 as parcelas de interior
não aparecem tão agregadas, mas também não se misturam às localidades de borda, com
exceção da parcela Rede 4. Nesse estrato, GA e IN apresentam diferença significativa nos
scores mediano do eixo 2 (Mann-Whitney U, p=0,03), reforçando a idéia de que os efeitos
de borda estão alterando a composição florística em GA.
27
Figura 1.10. Ordenação das parcelas através da análise não-métrica de escalas multidimensionais (nonmetricmultidimensional scaling, NMDS). (A) DAP 5-10 e (B) DAP 1-5. Parcelas de bordas de Gasoduto: GA1, GA2, GA3 e GA4. Parcelas de borda de Rede Elétrica: RE1, RE2, RE3 e RE4. Parcelas de Interior: IN1, IN2, IN3 e IN4.
As seis espécies mais abundantes da classe 1 de GA foram significativamente mais
agregadas que as seis mais abundantes de IN, conforme verificado pelo Índice de Morisita
(Mann-Whitney U, p=0,026) (Figura 1.11). Na classe 2 não houve diferença na agregação
entre as espécies dominantes de nenhuma localidade.
28
0
2
4
6
8
10
12
1 2 3 4 5 6
0
2
4
6
8
10
12
1 2 3 4 5 6
GA
RE
IN
Espécies em ordem decrescente de abundância
Índi
ce d
e M
oris
ita (A) (B)
0
2
4
6
8
10
12
1 2 3 4 5 6
0
2
4
6
8
10
12
1 2 3 4 5 6
GA
RE
IN
Espécies em ordem decrescente de abundância
Índi
ce d
e M
oris
ita (A) (B)
Figura 1.11. Índice de Morisita das seis espécies mais abundantes da classe 1 (A) e da classe 2 (B).
A abertura do dossel diferiu entre as localidades tanto a 1m quanto a 3,5m (1m: FR(11,
106)R=8,24; p<0,0001. 3,5m: FR(11, 106)R=8,86; p<0,0001) (figura 1.12). Em todas as localidades,
a abertura foi maior a 3,5m (Mann-Whitney U; GA, p=0,0001; RE, p=0,001; IN, p=0,028).
0
2
4
6
8
10
12
14
GA RE IN
1m
3,5m
ab b
a
b b
Abe
rtur
a do
do
ssel
(%
)
0
2
4
6
8
10
12
14
GA RE IN
1m
3,5m
ab b
a
b b
Abe
rtur
a do
do
ssel
(%
)
Figura 1.12. Abertura média do dossel (± erro-padrão) nas localidades GA, RE e IN a 1,0m e 3,5m de altura. Letras diferentes indicam diferença significativa entre as localidades, não entre as duas alturas da mesma localidade.
29
Discussão
Corroborando a hipótese principal deste trabalho, verificou-se que a presença de
corredores desmatados acarreta efeitos de borda significativos sobre a estrutura e
composição do sub-bosque adjacente a GA e RE, e que a magnitude desses efeitos difere
entre os dois corredores desmatados. A maioria dos parâmetros florísticos e estruturais
analisados indicaram que as três localidades formam um contínuo, no qual IN e GA
constituem os extremos e RE, a condição intermediária. Embora as bordas possuam idades
diferentes, é mais provável que o padrão observado seja condicionado pela matriz
adjacente. Diversos autores têm enfatizado a importância da matriz no funcionamento de
ecossistemas fragmentados, e o contraste entre as manchas é um fator determinante da
magnitude dos efeitos de borda (Harper et al. 2005, Kupfer et al.. 2006). Dessa forma,
nossos resultados sugerem que a matriz menos contrastante (i.e. arbustivo-arbórea) presente
em RE faz com que os efeitos de borda sobre o sub-bosque sejam menos intensos nessa
localidade, padrão semelhante ao verificado por Rodrigues (2004) para as árvores.
Os efeitos de borda acarretam mudanças drásticas na composição florística dos
remanescentes de florestas tropicais, com a substituição de espécies típicas de estágios
sucessionais avançados por espécies pioneiras (Laurance et al. 1998, 2006, Oliveira et al.
2004, Santos et al. 2008). A maioria das espécies dominantes em IN já foi observada entre
as mais abundantes em áreas bem preservadas de Mata Atlântica, o que indica tratar-se de
espécies de estágios sucessionais avançados. Entre estas podemos citar Euterpe edulis
(Kurtz & Araújo 2000, Martini et al. 2007), Actinostemon verticillatus, Bathysa
mendoncaei, Ecclinusa ramiflora, Virola bicuhyba, (Moreno et al. 2003) e Helicostylis
tomentosa (Martini et al. 2007). Anaxagorea dolichocarpa e Trichilia martiana também
apresentam características de espécies sucessionais avançadas (Popma et al. 1992, Toriola
30
et al. 1998). Dessa forma, podemos afirmar que IN apresenta uma composição florística
típica da floresta madura. Em GA foram observadas três espécies de Miconia entre as mais
abundantes. Todas são espécies pioneiras (Arets 2005, Pascarella et al. 2007), com uma
ampla distribuição nos neotrópicos (Baumgratz et al. 2006). Também são espécies
secundárias Siparuna guianensis (Carvalho et al. 2006) e Casearia arborea (Guariguata et
al. 1997).
A fragmentação também favorece espécies generalistas (Travis 2003, Henle et al.
2004) e exóticas (Janzen 1983). Assim, a dominância acentuada de Senefeldera verticillata
em fragmentos pequenos severamente perturbados próximos à RBU (Pessoa e Oliveira
2006) sugere tratar-se de uma espécie generalista. Da mesma forma, Cupania racemosa
parece ser uma espécie de grande plasticidade, ocorrendo em todas as formações da Mata
Atlântica, inclusive restingas (Andrade e Rodal 2004, Braz et al. 2004, Guedes-Bruni et al.
2006, Pimentel et al. 2007), assim como no cerrado (Rodal et al. 2005). Mabea fistulifera é
considerada uma ‘supertramp’, devido à sua ocorrência indiscriminada nas diversas
fisionomias que compõem a Mata Atlântica (Oliveira-Filho & Fontes 2000). Já a exótica e
invasora Artocarpus heterophyllus (jaqueira) é uma espécie sucessional-avançada muito
tolerante à sombra (cf Khan 2004), cuja expansão populacional na Mata Atlântica pode ser
um processo irreversível na ausência de alguma intervenção humana (Abreu 2008). Dessa
forma, fica evidente que o sub-bosque das bordas de corredores desmatados na RBU, ao
contrário dos interiores, é dominado por espécies sucessionais iniciais, generalistas e, no
caso da Rede elétrica, também pela exótica e invasora Artocarpus heterophyllus.
A ocorrência de distúrbios intermediários em florestas tropicais pode contribuir para a
alta riqueza de espécies dessas comunidades, devido ao aumento da heterogeneidade
ambiental e à prevenção da exclusão competitiva (Connel 1978). A ordenação em função
31
da similaridade florística sugere que a maior riqueza observada na classe 1 de GA se deve
ao fato de que esta localidade apresenta tanto parcelas muito semelhantes aos interiores
quanto parcelas cuja composição difere marcadamente das áreas preservadas (cf Rodrigues
2004). De fato, GA apresenta uma elevada riqueza de Myrtaceae, família mais rica em
espécies arbóreas da RBU (cf capítulo 2) e tipicamente associada a estágios sucessionais
avançados na Mata Atlântica (Tabarelli & Peres 2002), mas também diversas espécies
pioneiras como Inga edulis, Miconia spp., Solanum swartzianum, Tapirira guianensis e
Xylopia sericea. Esses grupos funcionais ocupam microsítios muito diferentes em termos
de incidência luminosa (Clark & Clark 1992), e a criação de bordas artificiais promove
tanto a germinação de espécies pioneiras que dominam o banco de sementes quanto o
crescimento de indivíduos arbóreos jovens presentes a priori (Williams-Linera 1990).
Assim, parece que a forma heterogênea como os efeitos de borda se distribuem (Laurance
et al. 2007) acarreta a co-ocorrência de microsítios favoráveis ao estabelecimento e/ou à
persistência de espécies com diferentes requisições de luminosidade. Ou seja, a elevada
riqueza observada seria resultante da persistência de espécies sucessionais avançadas
presentes antes da criação da borda, assim como do estabelecimento de espécies
sucessionais iniciais presentes no banco de sementes e beneficiadas pela penetração lateral
de luz. A semelhança na distribuição das abundâncias também sugere um aumento do
‘espaço de nicho’ (cf Magurran 2004).
Entretanto, os efeitos de borda podem afetar negativamente a riqueza de espécies do
sub-bosque (Benitez-Malvido & Martinez-Ramos 2003). Na classe 2 observou-se que GA
apresenta uma riqueza de espécies inferior à classe 1 dessa localidade e também à
verificada na classe 2 de RE e IN. Ao contrário do esperado, a comunidade arbustiva parece
não ter sido expressivamente afetada pelos efeitos de borda, exceto pela proliferação
32
localmente restrita de Piper arboreum. Também não é possível explicar esse resultado
simplesmente pela exclusão das espécies pioneiras devido ao sombreamento produzido pela
densa folhagem do sub-bosque (Montgomery 2004, Schedlbauer et al. 2007), uma vez que
esse mecanismo isoladamente acarretaria uma riqueza de espécies semelhante na classe 2
das três localidades. Entretanto, diversos outros fatores podem ter levado a esse padrão. A
baixa densidade de indivíduos jovens predominante no sub-bosque das florestas tropicais
pode ser um fator importante na manutenção da diversidade arbórea (Wright 2002). Assim,
a elevada densidade pode ter levado à exclusão de espécies competitivamente inferiores.
O microclima das bordas é em grande parte influenciado pela estrutura da matriz
(Didham & Lawton 1999, Pohlman et al. 2007), e a abertura do dossel derivada de
fotografias hemisféricas é fortemente correlacionada com diversas variáveis
microclimáticas (Whitmore et al. 1993). Mesmo com o estabelecimento de um sub-bosque
denso, a abertura do dossel foi maior em GA, sugerindo que essa localidade é mais quente e
seca. Isso possivelmente inibe a germinação de várias espécies (Bruna 1999),
particularmente as de espécies sucessionais avançadas (Vazquez-Yanez & Orozco-Segovia
1993). Outros fatores como a menor abundância de espécies sucessionais avançadas na
chuva de sementes em bordas (Melo et al. 2006) pode contribuir para o padrão observado.
Ainda de acordo com o proposto por Connel (1978), a menor riqueza seria determinada
pelo ‘aumento na freqüência’ do distúrbio, que no caso é a manutenção de uma borda
altamente contrastante. Numa abordagem teórica, Rodrigues e Nascimento (2006) também
concluíram que bordas muito impactantes iriam resultar na homogeneização da floresta.
Seguindo esse raciocínio, a criação da borda (i.e. distúrbio intermediário) levaria a um
aumento na riqueza, mas com a manutenção da mesma (i.e. ‘distúrbio freqüente’) o número
de espécies declinaria gradativamente. Por outro lado, em RE o desenvolvimento de uma
33
matriz arbustivo-arbórea supostamente condicionou a existência de um padrão de riqueza
de espécies muito semelhante a IN. Abordagens experimentais (e.g. Benítez-Malvido et al.
1999), como a semeadura nas bordas de sementes que só chegam aos interiores florestais,
certamente constituem uma ferramenta crucial na elucidação dos fatores determinantes dos
padrões de riqueza em bordas florestais.
A qualidade da matriz também pode influenciar diversos processos críticos para as
populações de plantas, como a polinização, a produção e predação de sementes e a
herbivoria (Jules & Sahani 2003). Entretanto, talvez a influência mais crítica da matriz se
dê sobre a mortalidade de árvores. Tanto a mortalidade de árvores quanto o recrutamento
de pioneiras são maiores em bordas cuja matriz adjacente exibe maior contraste com a
floresta (Mesquita et al. 1999, Nascimento et al. 2006). Como o dossel retém a maior parte
da incidência solar nas florestas tropicais (Ashton 1958, Smith et al. 1992), a correlação
negativa entre a densidade de indivíduos da classe 2 e a área basal de árvores é coerente
com a idéia de que o maior recrutamento de indivíduos jovens também é mediado pela
mortalidade de indivíduos do dossel. Assim, tanto a mortalidade de árvores quanto a
incidência lateral de luz seriam maiores em GA, resultando na maior densidade de
indivíduos e na elevada abundância de pioneiras.
Palmeiras comumente respondem negativamente à fragmentação e aos efeitos de
borda (Scariot 1999, Baez e Balslev 2006, Schedlbauer et al. 2007). A diferença na
abundância de E. edulis observada entre GA e IN pode ser devida a uma variação natural na
distribuição espacial da população existente antes da criação do corredor desmatado. No
entanto, diversos motivos sugerem que este não é o caso, e que a espécie é seriamente
afetada pelos efeitos de borda em GA. E. edulis é uma espécie típica da Mata Pluvial
Atlântica (Oliveira-Filho e Fontes 2000), e conforme mencionado sempre apresenta elevada
34
abundância nos levantamentos realizados em áreas preservadas dessa fisionomia (Kurtz &
Araújo 2000, Moreno et al. 2003, Martini et al. 2007), mesmo padrão observado em IN.
Rodrigues (2004), amostrando nas mesmas parcelas as árvores com DAP ≥10cm, também
verificou a ausência desta espécie em GA. Há duas razões aparentes para o seu
desaparecimento da borda GA: alterações microclimáticas e extrativismo. Apesar de
ameaçada de extinção (Fundação Biodiversitas 2008) e protegida por lei, E. edulis sofre
uma grande pressão do extrativismo ilegal para o consumo humano, devido ao seu alto
valor de mercado (Galetti e Fernandez 1998). A extração geralmente ocorre de maneira
não-sustentável (Orlande et al. 1996), eliminando os indivíduos reprodutivos e extinguindo
localmente a espécie (Silva-Matos e Bovi 2002). Assim como em fragmentos pequenos,
onde os recursos florestais são facilmente acessíveis (Kupfer et al. 2006), o corredor
desmatado GA pode funcionar como uma via de entrada na floresta, facilitando a extração
das populações de E. edulis adjacentes às bordas. Além disso, o microclima supostamente
mais quente e seco em GA provavelmente não constitui um sítio favorável ao
estabelecimento de E. edulis, cuja germinação é positivamente correlacionada com a
umidade do solo (Silva-Matos & Watkinson 1998). De fato, as poucas plântulas de E.
edulis estabelecidas em GA morrem antes de atingir a fase juvenil (Iguatemy 2008).
Alguns efeitos de borda podem atingir grandes escalas espaciais (Laurance 2000), de
modo que mesmo em IN as populações de E. edulis podem já ter sofrido algum grau de
extrativismo. Após a extração das populações próximas às bordas, os palmiteiros adentram
os remanescentes de Mata Atlântica, passando a explorar populações situadas em interiores
florestais distantes das bordas (P. J. F. P. Rodrigues, dados não-publicados). Já foi
constatada a existência de um acampamento abandonado, provavelmente de palmiteiros
e/ou caçadores, próximo a uma das parcelas de IN (P. V. Prieto, observação pessoal), o que
35
significa que a abundância de Euterpe edulis nessa localidade pode não corresponder à de
um interior livre de qualquer perturbação. Se esse for o caso, é possível que as populações
dessa espécie já tenham sido severamente reduzidas ou mesmo extintas em grande parte
dos remanescentes de Mata Atlântica.
Diversos autores verificaram que as palmeiras arborescentes atuam como filtros
biológicos, determinando em grande parte a estrutura das comunidades de plantas que se
estabelecem sob suas copas devido à sombra (Denslow et al. 1991, Harms et al. 2004,
Wang & Augspuger 2006), ao dano físico causado pela queda de suas folhas (Peters et al.
2004) e à profundidade da serrapilheira formada (Farris-López et al. 2004). Assim, a
exclusão de E. edulis pode ter grande influência na dinâmica da comunidade,
caracterizando um efeito de borda biótico indireto, pelo qual a extinção local de uma
espécie acarretaria alterações na distribuição e abundância de outras espécies de plantas
(Murcia 1995). Segundo Fischer & Lindenmayer (2007), a extinção local de espécies
fortemente interativas (strong interacting species - espécies cujo efeito na comunidade é
desproporcionalmente grande se comparado à sua abundância), como o palmito, pode levar
a uma cascata de extinções em paisagens fragmentadas.
Porque A. aculeatissimum exibe padrão diferente de E. edulis? O moderado grau de
defaunação observado na RBU faz com que A. aculeatissimum, uma espécie de sementes
grandes, sofra certa limitação de dispersores, prejudicando o recrutamento de plântulas
(Galetti et al. 2006). Entretanto, o fato de esta espécie não sofrer extrativismo - por seus
numerosos acúleos e estipe denso - pode explicar a sua permanência nas bordas. Além
disso, sua capacidade de rebrota (P. V. Prieto, observação pessoal) também favorece a
persistência local mesmo na ausência de recrutamento (cf Bond e Midgley 2001).
36
37
Os resultados obtidos para as bordas de corredores desmatados são muito semelhantes
aos de estudos realizados em bordas de fragmentos florestais. No entanto, as modificações
microclimáticas decorrentes da presença desses corredores não são tão severas quanto as
observadas nos fragmentos (Pohlman et al. 2007). Os fragmentos geralmente são expostos
a múltiplas bordas, conferindo aos efeitos de borda um caráter aditivo (Kapos 1989,
Malcolm 1994). Assim, espera-se que os padrões verificados neste estudo apliquem-se
também aos fragmentos de Mata Atlântica, porém com uma maior magnitude (cf Harper et
al. 2005). A maioria dos remanescentes de Mata Atlântica de terras baixas do Estado do
Rio de Janeiro encontra-se imersa numa matriz de pastagens, cuja vegetação
predominantemente herbácea, assim como em GA, apresenta um grande contraste com a
floresta. Nessas áreas, o fogo é uma ferramenta de manejo historicamente muito usada
(Dean 1996), e ainda hoje recorrente. Bordas de fragmentos são particularmente
susceptíveis a incêndios originados na matriz, que podem adentrar os remanescentes por
vários quilômetros (Cochrane 2001) e assim tornar inviável sua conservação (Gascon et al.
2000, Tabarelli et al. 2004). Além disso, o pastejo pelo gado impede o restabelecimento de
uma vegetação lenhosa próxima às bordas (Williams-Linera 1990), o que potencialmente
contribuiria para a atenuação dos efeitos de borda (Didham & Lawton 1999). Dessa forma,
o estabelecimento de zonas-tampão estruturalmente semelhantes (e.g. florestas secundárias,
plantios comerciais de espécies arbóreas) no entorno dos remanescentes é uma medida
fundamental para a conservação desse bioma tão seriamente ameaçado.
CONCLUSÕES
-A criação de corredores desmatados afeta significativamente a estrutura e composição
florística do sub-bosque da Mata Atlântica de terras baixas na Reserva Biológica União
devido aos efeitos de borda;
-A magnitude dos efeitos de borda é mediada pela estrutura da matriz, sendo maior na
borda cuja matriz adjacente exibe maior contraste estrutural com a floresta;
-O sub-bosque da vegetação nos interiores florestais é estritamente dominado por espécies
características de estágios sucessionais avançados, enquanto que nas bordas ocorre uma
pronunciada dominância de espécies sucessionais iniciais, generalistas e, no caso de uma
das bordas, da espécie exótica e invasora Artocarpus heterophyllus;
-A comunidade arbustiva aparentemente não foi afetada, exceto pela proliferação
localmente restrita de Piper arboreum;
-A criação das bordas leva inicialmente a um aumento na riqueza de espécies, que tende a
diminuir ao longo do tempo devido à manutenção da borda;
-O aumento na densidade de plantas no sub-bosque parece ser mediado pela mortalidade de
árvores do dossel e pela penetração lateral de luz;
-Mesmo com o estabelecimento de um denso sub-bosque na borda de maior contraste, a
abertura do dossel foi maior nessa localidade, sugerindo que o tamponamento pode não
ocorrer em bordas muito contrastantes.
36
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Capítulo 2
Flora arbustivo-arbórea da Reserva Biológica União, RJ
52
RESUMO
Apesar da sua importância como centro de diversidade e endemismo de plantas, a
Mata Atlântica ainda é pouco conhecida do ponto de vista florístico. O objetivo desse
estudo é descrever a flora arbustivo-arbórea da Reserva Biológica União, um dos mais
importantes remanescente de Mata Atlântica de terras baixas do Estado do Rio de Janeiro.
Foram alocadas 12 parcelas de 20m por 50m, nas quais foram amostradas todas as árvores
com DAP5-10cm, e em cada parcela 10 subparcelas de 5m por 5m foram demarcadas para
a amostragem das árvores e arbustos com DAP1-5cm. A vegetação apresenta uma altíssima
riqueza, com destaque para Myrtaceae, com 78 espécies de um total de 356 amostradas em
1,2 ha. Os arbustos constituíram 10% do total de espécies. Foram verificadas novas
ocorrências de espécies do norte do Espírito Santo e sul da Bahia, e também do gênero
Lacunaria (Quiinaceae). A análise de similaridade também indicou uma grande afinidade
da RBU com essas florestas, que são mais similares do que o esperado pela distância.
Contrariando a hipótese dos Refúgios florestais, é sugerido que os eventos de expansão das
florestas tropicais durante os períodos Terciário e Quaternário, e também a especiação
simpátrica, foram os fatores preponderantes para os padrões de riqueza de espécies arbóreas
na Mata Atlântica. Quase 50% das espécies utilizadas nessa análise ocorreram em apenas
uma localidade. A elevada riqueza de espécies e as particularidades fitogeográficas indicam
a grande importância da Reserva Biológica União para a conservação da flora brasileira.
Palavras-chave: Fitogeografia, Hipótese dos Refúgios, Arbustos, Myrtaceae, Sub-bosque
53
ABSTRACT
Despite its high plant species richness and endemism, the Atlantic rain Forest’s flora
is not well known. This study aims to describe the tree and shrub flora of the União
Biological Reserve, which is one of the most important lowland Atlantic rain forest
remnants in the Rio de Janeiro State. Twelve 20m x 50m plots were laid out, and within
these plots all trees with DBH5-10cm were sampled, and in each plot 10 5m x 5m subplots
were laid out in order to sample trees and shrubs with DBH1-5cm. This forest has a very
high species richness (356 species in 1,2 ha), specially in the Myrtaceae familiy, which has
78 species. Shrubs comprise 10% of the total species richness. New occurrences of species
from northern Espírito Santo and southern Bahia and of the genus Lacunaria (Quiinaceae)
were found. Similarity analysis also suggests a high similarity with these forests. Contrary
to the Refuge Hypothesis, it is suggested that the forest expansion events during the
Tertiary and Quaternary periods, and also sympatric speciation, were the main factors
determining the tree species richness patterns in the Atlantic rain forest. Almost 50% of the
species used in this analysis occur in only one locality. The high species richness and the
phytogeographic peculiarities emphasize the great importance of the União Biological
Reserve’s flora for the conservation of Brazilian plant species.
Keywords: Phytogeography, Refuge Hypothesis, Shrubs, Myrtaceae, Understory
54
Introdução
Apesar da sua importância como um centro de megadiversidade e endemismo de
plantas vasculares (Myers et al. 2000), a Mata Atlântica ainda é relativamente pouco
conhecida do ponto florístico (Mori 1989). A cada ano, novas espécies são descobertas e
descritas. Mesmo em áreas historicamente bem coletadas, como o Estado do Rio de Janeiro,
ainda restam diversos locais sobre os quais há pouca ou nenhuma informação botânica e
ecológica. Como a maioria das espécies arbóreas da Mata Atlântica apresenta distribuição
geográfica muito restrita (Scudeller et al. 2001), espera-se que a β-diversidade seja alta, ou
seja, que cada local apresente uma composição florística peculiar.
A distribuição geográfica das plantas é o resultado da interação complexa de uma
série de fatores (cf Rizzini 1997). Recentemente, o aumento na quantidade de inventários
florísticos em diversas áreas e a utilização de novas ferramentas analíticas têm contribuído
consideravelmente para a compreensão de padrões fitogeográficos na Mata Atlântica
(Oliveira-Filho & Fontes 2000, Oliveira-Filho et al. 2005, Santos et al. 2007). Entretanto, a
maioria das análises não se restringe a uma única fisionomia e/ou cota altitudinal (e.g.
Rolim et al. 2006). Assim, uma análise mais específica pode contribuir para uma maior
compreensão dos padrões fitogeográficos.
A co-ocorrência de um grande número de espécies em determinadas áreas de florestas
neotropicais tem sido interpretada como um indício de que esses locais experimentaram
uma relativa estabilidade durante as flutuações climáticas do Quaternário. Assim, existiriam
‘Refúgios’ de florestas tropicais em meio a ambientes abertos, como savanas, nos quais a
persistência das espécies da floresta e a especiação alopátrica levariam a uma elevada
riqueza local (Prance 1982). Entretanto, diversas críticas têm sido realizadas a essa
hipótese. A distribuição dos refúgios reflete em grande parte a distribuição no número de
55
56
coletas, que é muito heterogênea (Nelson et al. 1990). Várias predições da ‘Hipótese dos
Refúgios Florestais’, como a existência de zonas de contato secundário entre os supostos
refúgios, não procedem, e diversas hipóteses alternativas igualmente possíveis nunca foram
investigadas (Endler 1982). Estudos palinológicos e simulações climáticas também
sugerem que a expansão das savanas pode ter sido mais restrita do que se pensou
originalmente (Burnham & Graham 1999, Cowling et al. 2001). Hooghiemstra & Van der
Hammen (1998) enfatizam que “não é claro se a estabilidade ambiental ou se condições
dinâmicas contribuíram para a elevada biodiversidade atual das florestas pluviais tropicais”.
Além disso, avanços recentes no conhecimento sobre os mecanismos de especiação em
plantas têm questionado a importância do isolamento geográfico - um ponto central da
Hipótese dos Refúgios -, e enfatizado a relevância de mecanismos de especiação simpátrica
como a hibridização e a poliploidia (Rieseber & Wendel 2004). Assim, fica evidente que a
Hipótese dos Refúgios necessita de uma avaliação crítica.
A Mata Atlântica de terras baixas no Estado do Rio de Janeiro já foi quase
completamente destruída (Harris et al. 2004), sendo portanto urgente dos pontos de vista
biogeográfico e conservacionista que se conheça os últimos remanescentes dessa
fisionomia. Nesse sentido, a Reserva Biológica União representa uma área de grande
interesse, devido ao bom estado de preservação da floresta e à elevada riqueza de espécies
arbóreas que abriga (Rodrigues 2004). Assim, neste trabalho procurou-se amostrar a
riqueza e composição de espécies arbóreas e arbustivas da Reserva Biológica União, e
também verificar suas afinidades fitogeográficas com outras áreas de Mata Atlântica de
terras baixas e submontana, relacionando os padrões observados às hipóteses de evolução
das florestas neotropicais.
MATERIAIS E MÉTODOS Área de estudo
O estudo foi realizado na Reserva Biológica União (daqui em diante RBU), localizada
nas coordenadas 22º27’30”S e 42º02’14”W, no Estado do Rio de Janeiro. A figura 2.1
mostra a localização da RBU e das outras áreas utilizadas na análise de similaridade
florística. Sua paisagem é composta pela planície aluvial do rio Macaé, por colinas isoladas,
mares de morros e escarpas serranas, com uma altitude máxima de 376 metros. O clima da
Reserva é tropical úmido, correspondendo ao tipo Am de Köeppen (Takizawa 1995). A
precipitação média anual (±desvio-padrão) é de 1692,9±361,8mm, com uma estação seca
entre Abril e Setembro (Oliveira 2002), e a temperatura média anual é de 22ºC (Kleiman et
al. 1988). A vegetação da Reserva Biológica União é composta predominantemente pela
Floresta Pluvial Atlântica das Terras Baixas sensu Oliveira-Filho & Fontes (2000).
Figura 2.1. Localização da Reserva Biológica União e das 14 áreas utilizadas na análise de similaridade. Do sul, para o norte, temos: RC, Reserva Natural Rio Cachoeira; IC, Ilha do Cardoso; IT, Intervales; UB, Ubatuba; IG, Ilha Grande; PR, Paraíso; PA, Poço das Antas; IB, Imbaú; IM, Imbé; CA, Carvão; CI, Cachoeiro do Itapemirim; SL, Santa Lúcia; LI, Linjhares; e SC, Serra do Conduru.
57
Desenho amostral
Para a amostragem da vegetação foram alocadas em 2001 12 parcelas de 20m por
50m em floresta de encosta. A alocação das parcelas buscou uma padronização topográfica
e fisionômica das áreas amostradas, evitando-se topos de morros e fundos de vales, assim
como clareiras e áreas com quaisquer sinais evidentes de perturbação (Rodrigues 2004).
No interior das unidades amostrais, foram amostradas inicialmente as árvores com
DAP ≥ 10cm (Rodrigues 2004). No presente estudo, foram amostradas todas as árvores
com DAP ≥ 5cm e menor que 10cm (classe 1). Para a amostragem dos indivíduos
arbustivos e arbóreos com DAP≥1cm e <5cm (classe 2), dividiu-se cada parcela em
subparcelas 5m x 5m. Em cada coluna de quatro subparcelas sorteou-se uma, seguindo um
desenho aleatório estratificado (figura 2). Assim, a área total amostrada para a classe 1 foi
de 1,2ha, e para a classe 2 0,3ha.
Figura 2.2. Desenho esquemático da parcela, destacando uma coluna de 4 subparcelas de 5m por 5m, na qual uma foi sorteada, e as subparcelas sorteadas nas colunas subseqüentes. As árvores com DAP ≥ 5cm e < 10cm (classe 1) foram amostradas em toda a área e as árvores e arbustos com DAP≥1cm e <5cm (classe 2) foram amostrados nos quadrados em destaque.
58
O material foi identificado através de comparação com o material coletado
anteriormente na mesma área (Rodrigues 2004) e com o material depositado no herbário do
Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB) e de consultas a especialistas nas respectivas
famílias. De cada espécie ou morfoespécie foi escolhido um exemplar de testemunho para
inserção na coleção do RB.
Tabela 2.1. Localidades utilizadas na análise de similaridade florística, o estado onde se localizam, a fisionomia florestal e os autores. FOTB, Floresta ombrófila de terras baixas; FOM, Floresta ombrófila Montana; e FSTB, floresta semidecidual de terras baixas.
Estado Localidade Fisionomia Autor(es)BA Serra do Conduru FOTB Martini et al (2007)ES Santa Lúcia FOM Saiter (2007)ES Linhares FSTB Rolim et al (2006)ES Cachoeiro do Itapemirim FSTB Archanjo (2008)RJ Carvão FSTB Silva & Nascimento (2001)RJ Imbé FOTB Moreno et al (2003)RJ União FOTB Este trabalho, Rodrigues (2004), Oliveira (2002)RJ Poço das Antas FOTB Sansevero (2008), Guedes-Bruni et al (2006)RJ Imbaú FOTB Carvalho et al (2006)RJ Paraíso FOTB Kurtz & Araújo (2000)RJ Ilha Grande FOTB Oliveira (2002)SP Ubatuba FOTB Silva & Leitão-Filho (1982)SP Intervales FOTB Guilherme et al (2004)SP Ilha do Cardoso FOTB Melo & Mantovani (1994)PR Reserva Natural Rio Cachoeira FOTB Liebsch et al (2007)
Para a análise de similaridade florística, foi construída uma matriz e presença e
ausência de espécies arbóreas (apenas táxons identificados em nível específico) de 15
localidades de Mata Atlântica de terras baixas, ombrófilas ou semideciduais (tabela 2.1).
Embora seja uma localidade de floresta montana, Santa Lúcia foi incluída por ser a única
listagem obtida para a região central do estado do Espírito Santo. Além disso, outros
autores já haviam verificado uma alta similaridade florística dessa área com florestas no
Estado do Rio de Janeiro (Oliveira-Filho et al. 2005, Rolim et al. 2006). A nomenclatura
botânica segue APG (2003). Os binômios foram conferidos através de consultas a
especialistas, à literatura e a bancos de dados disponíveis na Internet (Tropicos-MOBOT,
59
60
IPNI). Só foram incluídos os binômios cuja validade foi confirmada. Utilizou-se a análise
não-métrica de escalas multidimensionais (nonmetric multidimensional scaling, NMDS)
para a ordenação das localidades em função da similaridade florística de Jaccard, através do
programa XLSTAT. Através de uma regressão linear da similaridade florística em função
da distância entre a RBU e as demais localidades, procurou-se verificar o quanto da
variação da similaridade é explicado pela distância. Os valores de similaridade, por serem
proporções, foram transformados em arco-seno (Krebs 1989), e as distâncias foram
logaritmizadas.
Resultados
Foram encontradas 356 espécies subordinadas a 152 gêneros e 54 famílas, sendo 321
espécies arbóreas (90%) e 35 espécies arbustivas (10%). A família Myrtaceae destacou-se
com o maior número de espécies (78), seguida de Rubiaceae (34), Lauraceae (28),
Sapotaceae (22) e Fabaceae (20) (figura 2.3). Entre os gêneros, Eugenia (14) teve o maior
número de espécies, seguido de Ocotea (13), Psychotria (13), Marlierea, Miconia, Pouteria
e Rudgea (6 espécies cada um) (figura 2.4). O número de espécies de Eugenia, no entanto,
provavelmente encontra-se subestimado devido à grande quantidade de espécies não-
identificadas de Myrtaceae. Oito gêneros (5% do total) subordinados a 6 famílias,
apresentam 69 espécies, ou 19% do total. Myrtaceae apresentou também o maior número
de indivíduos (242), seguida de Euphorbiaceae (227), Rubiaceae (199), Moraceae (169)
Lauraceae (154), e Sapotaceae (123) (figura 2.5).
78
3428
22 2014 12 11
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Myr
tace
ae
Rubia
ceae
Laur
acea
e
Sapot
acea
e
Fabac
eae
Eupho
rbia
ceae
Chrys
obala
nace
ae
Mor
acea
e
Famílias
Nú
me
ro d
e e
spé
cie
s
Figura 2.3. Distribuição do número de espécies nas famílias mais ricas do
sub-bosque da Reserva Biológica União, RJ.
61
1413 13
6 6 6 65
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Eugen
ia
Ocote
a
Psych
otria
Mar
liere
a
Mico
nia
Poute
ria
Rudge
a
Trichil
ia
Gêneros
Nú
me
ro d
e e
sp
éc
ies
Figura 2.4. Distribuição do número de espécies nos gêneros mais ricos do sub-
bosque da Reserva Biológica União, RJ.
242227
199169
154123
10892 92
0
50
100
150
200
250
300
Myr
tace
ae
Eupho
rbia
ceae
Rubia
ceae
Mor
acea
e
Laur
acea
e
Sapot
acea
e
Mel
iacea
e
Sapin
dace
ae
Fabac
eae
Famílias
Nú
me
ro d
e in
div
ídu
os
Figura 2.5. Distribuição do número de indivíduos nas famílias mais
abundantes do sub-bosque da Reserva Biológica União, RJ.
Foram registradas diversas ocorrências novas para o Estado do Rio de Janeiro,
incluindo o gênero Lacunaria (Quiinaceae) e as espécies Conchocarpus cauliflorus Pirani
(Rutaceae), Discocarpus pedicellatus Fiaschi & Cordeiro (Phyllantaceae) e Ocotea
62
pluridomatiata Quinet sp. inédita (Lauraceae). Todas essas espécies foram descritas
recentemente e possuíam até o momento ocorrência restrita ao norte do Espírito Santo ou
ao sul da Bahia (tabela 1). C. cauliflorus foi uma das espécies de arbusto mais abundantes
na RBU (cf capítulo 1).
Tabela 2.2. Novas ocorrências registradas na Reserva Biológica União, RJ.
Família Espécie OcorrênciaLauraceae Ocotea pluridomatiata Quinet ES
Phyllantaceae Discocarpus pedicellatus Fiaschi&Cordeiro BAQuiinaceae Lacunaria sp América central, Amazônia, BA, ES, MGRutaceae Conchocarpus cauliflorus Pirani ES
A ordenação das localidades através da análise não-métrica de escalas
multidimensionais (NMDS) apresentou um stress de 0,11, indicando que as similaridades
florísticas entre as localidades estão bem representadas no gráfico (figura 2.6). A Reserva
Biológica União apresenta uma grande similaridade com a Reserva Biológica de Poço das
Antas. Linhares, Santa Teresa e Imbé também apareceram muito próximas à RBU. De uma
maneira geral, as localidades parecem formar um contínuo que corresponde ao gradiente
latitudinal ao longo do qual estão dispostas. Apenas a Mata do Carvão, principalmente, e a
Serra do Conduru apareceram mais afastados das outras localidades.
63
Conduru
Sta LuciaLinharesCachoeiro
Ilha
Paraíso
PoçoUnião
ImbéImbaúCarvão
IntervalesCardoso
Ubatuba
Rio Cachoeira
-2
-1
0
1
2
-2 -1 0 1 2
Eixo 1
Eix
o 2
Figura 2.6. Ordenação das localidades em função do índice de similaridade florística de Jaccard, através da análise não-métrica de escalas multidimensionais (NMDS). Stress: 0,11.
Aproximadamente metade da variação da similaridade entre a RBU e as demais
localidades é explicada pela distância (figura 2.7). Poço das Antas, Linhares, Ilha Grande e
Santa Teresa foram mais similares, e Paraíso e Carvão mais dissimilares do que o esperado
apenas pela distância.
A figura 2.8 mostra que 489 (46%) espécies ocorrreram em apenas uma das
localidades utilizadas na análise de similaridade. Por outro lado, apenas catorze espécies
subordinadas a 13 gêneros e 11 famílias apareceram em 10 ou mais dos quinze
levantamentos florísticos (tabela 2.3).
64
Figura 2.7. Regressão linear da similaridade das localidades em relação à Reserva Biológica União em função da distância
y = -0,116xR² = 0,p=0,05
0
0.05
0.1
0.15
0.2
0.25
0.3
0.35
0.4
1 1.5 2 2.5
Log10(Distância em Km)
Índ
ice
de
Jacc
ard
Poço
LinharesIlha Santa Lúcia
0
100
200
300
400
500
600
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 15
Número de ocorrências
Nú
me
ro d
e e
sp
éc
ies
Figura 2.8. Distribuição do número de espécies em função do número de ocorrências considerando as 15 localidades utilizadas na análise de similaridade florística.
+ 0,444481
8
3 3.5
Carvão
Paraíso
y = -0,116xR² = 0,p=0,05
0
0.05
0.1
0.15
0.2
0.25
0.3
0.35
0.4
1 1.5 2 2.5
Log10(Distância em Km)
Índ
ice
de
Jacc
ard
Poço
LinharesIlha Santa Lúcia
+ 0,444481
8
3 3.5
y = -0,116xR² = 0,p=0,05
0
0.05
0.1
0.15
0.2
0.25
0.3
0.35
0.4
1 1.5 2 2.5
Log10(Distância em Km)
Índ
ice
de
Jacc
ard
Poço
LinharesIlha Santa Lúcia
+ 0,444481
8
3 3.5
Carvão
Paraíso
65
Tabela 2.3. Espécies que ocorreram em dez ou mais das quinze localidades utilizadas na análise de similaridade florística. Família Espécie OcorrênciasNYCTAGINACEAE Guapira opposita (Vell.) Reitz 15MELIACEAE Cabralea canjerana (Vell.) Mart. 13SAPOTACEAE Ecclinusa ramiflora Mart. 13ARECACEAE Euterpe edulis Mart. 12CLUSIACEAE Garcinia brasiliensis Mart. 12MYRISTICACEAE Virola gardneri (A.DC.) Warb. 12ANACARDIACEAE Tapirira guianensis Aubl. 11ARECACEAE Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret 11MYRISTICACEAE Virola bicuhyba (Schott) Warb. 11PHYLLANTHACEAE Hieronyma alchorneoides Allemão 11ELAEOCARPACEAE Sloanea guianensis (Aubl.) Benth. 10EUPHORBIACEAE Alchornea glandulosa Poepp. & Endl. 10LECYTHIDACEAE Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze 10MELIACEAE Trichilia lepidota Mart. 10
66
Discussão
A Reserva Biológica União apresenta um dos maiores valores de riqueza local de
espécies arbóreas de toda a Mata Atlântica (Rodrigues 2004), e poucos gêneros
subordinados a poucas famílias contribuem de forma decisiva para esta riqueza. Se
considerarmos que espécies proximamente relacionadas tendem a ocupar nichos
semelhantes (i.e., conservação de nicho, Prinzing et al. 2001), a raridade parece ser uma
condição indispensável para a coexistência dessas espécies, e conseqüentemente para a
enorme riqueza de espécies de plantas observada. De fato, famílias muito ricas como
Myrtaceae e Lauraceae de maneira geral não apresentam espécies abundantes (cf Capítulo
1). Euphorbiaceae, por outro lado, é a 2ª família mais abundante, com 212 indivíduos, mas
a 6ª em riqueza de espécies, com apenas 15, das quais apenas duas são congenéricas.
Moraceae também apresenta um número relativamente pequeno de espécies (13) em
relação ao número de indivíduos (163), e estas são subordinadas a um grande número de
gêneros (9). Essas famílias apresentam diversas espécies localmente abundantes (cf
capítulo 1). Também é importante notar que dentre as espécies que apareceram em dez ou
mais levantamentos utilizados na análise de similaridade, apenas Trichilia lepidota pertence
a um gênero rico em espécies na Mata Atlântica (cf Oliveira-Filho & Fontes 2000). Assim,
parece que espécies abundantes tendem a excluir competitivamente espécies proximamente
relacionadas (congenéricas).
A característica mais marcante da composição e estrutura do estrato arbóreo na Mata
Atlântica é a grande predominância de Myrtaceae em termos de abundância, biomassa e
riqueza (Mori et al. 1981). O primeiro e o terceiro gêneros mais ricos em espécies de
árvores da Mata Atlântica (Eugenia e Myrcia, respectivamente) pertencem a essa família
(Oliveira-Filho & Fontes 2000). Entretanto, não foi encontrado nenhum estudo que tivesse
67
obtido uma riqueza local de Myrtaceae tão expressiva quanto a observada na Reserva
Biológica União. Existem fortes indícios de que várias espécies novas foram coletadas (M.
Sobral, comunicação pessoal). Embora diferenças metodológicas como o tamanho, forma e
distribuição das unidades amostrais e o número de indivíduos amostrados possam
influenciar a riqueza observada (Condit et al. 1996), os resultados sugerem que esta reserva
é particularmente rica em espécies de Myrtaceae. Considerando que a poliploidia é muito
comum nessa família (Costa 2004), é possível que uma parte expressiva dessa riqueza tenha
se originado através de eventos de especiação simpátrica.
A Mata Atlântica presente no sul da Bahia e norte do Espírito Santo é uma das
florestas tropicais mais ricas em espécies arbóreas do mundo (Martini et al. 2007). Segundo
Rizzini (1997), a flora arbórea dessa região é composta por uma mistura de elementos
peculiares, que não ocorrem em outros lugares (ex. Hydrogaster, Paratecoma) e podem
chegar a 26-28% da flora local (Thomas et al. 1998); elementos característicos da floresta
Atlântica situada mais ao sul; e também muitos elementos tipicamente amazônicos que
atingem a Mata Atlântica nordestina, tendo aí seu limite sul de distribuição. Embora a
riqueza de espécies nas florestas neotropicais seja forte e positivamente correlacionada com
a precipitação (Gentry 1982), a região de Linhares, no Espírito Santo, é mais rica em
espécies arbóreas do que o esperado por essa relação, considerando sua precipitação
relativamente baixa (Gentry 1988). Assim, é possível que as peculiaridades biogeográficas
dessa região possam ter contribuído para a elevada riqueza de espécies.
Saiter (2007) verificou em Santa Teresa uma proporção muito elevada (16%) de
espécies com distribuição disjunta entre a Amazônia e a Mata Atlântica, em comparação
com outras localidades do domínio atlântico. Esta localidade é muito similar, em termos
florísticos, à região de Macaé de Cima (Rolim et al. 2006), localizada na Serra do Mar a
68
menos de 50km da Reserva Biológica União. Entretanto, Lima et al. (1997) verificaram que
apenas 1% das espécies de Macaé de Cima apresenta o padrão de distribuição disjunta
mencionado anteriormente. Assim, parece que a alta similaridade entre Santa Teresa e
Macaé de Cima se deve ao compartilhamento de uma flora montana, tipicamente atlântica.
Por outro lado, a nova ocorrência de Lacunaria, gênero cujo Centro de Distribuição se
localiza na Amazonia (Rocha & Secco 2004), reflete a influência da flora amazônica na
Reserva Biológica União, provavelmente através das florestas do norte do espírito Santo e
sul da Bahia. A elevada abundância de Helicostylis tomentosa, espécie considerada
amazônica por Rizzini (1997), na Reserva Biológica União (Rodrigues 2004, cf capítulo 1)
e também na Serra do Conduru, Bahia, (onde a porcentagem de espécies disjuntas entre a
Amazônia e a Mata Atlântica pode chegar a 18%; Martini et al. 2007), também corrobora
essa hipótese, assim como a riqueza relativamente alta de Chrysobalanaceae, família com
Centro de Distribuição na Amazônia (Prance 1972). Assim, é provável que durante um ou
mais eventos de expansão das florestas neotropicais durante o Terciário e o Quaternário,
possibilitados por um clima mais quente e úmido, a flora amazônica tenha atingido o litoral
atlântico do Brasil através da região hoje ocupada pela caatinga (Santos et al. 2007) e/ou
através de uma rota interior pelos estados de Minas Gerais, Bahia e Tocantins (Saiter 2007),
e junto com elementos típicos da região entre ES e BA, subseqüentemente o norte do Rio
de Janeiro, chegando até a região da Reserva Biológica União. Posteriormente, a retração
das florestas teria interrompido as ligações entre a floresta amazônica e a Atlântica, e
também entre as florestas ombrófilas do RJ e ES (na chamada Falha de Campos, cf
Oliveira-Filho & Fontes 2000). Entretanto, o contínuo florístico ao longo da costa Atlântica
(Oliveira-Filho et al. 2005) teria permanecido, refletindo não só um gradiente decrescente
de temperatura em direção ao sul (Oliveira-Filho & Fontes 2000), mas também um
69
70
gradiente decrescente de influência da flora amazônica na mesma direção. Dessa forma, a
elevada riqueza observada na Reserva Biológica União seria decorrente de movimentos de
migração (sucessivos ou não) ocorridos durante os períodos mais quentes e úmidos dos
períodos Terciário e Quaternário, e possivelmente também da especiação simpátrica,
sobretudo em Myrtaceae. Essa hipótese contradiz largamente a importância das retrações
das florestas neotropicais durante os períodos mais frios e secos do Quaternário como fator
determinante dos padrões de riqueza de espécies de plantas na América do Sul,
particularmente na Mata Atlântica.
A maioria das espécies arbóreas da Mata Atlântica apresenta distribuição geográfica
restrita (Scudeller et al. 2001), o que explica o fato de quase 50% das espécies utilizadas na
análise de similaridade ocorrer em apenas uma localidade. Assim, a conservação da
diversidade arbórea desse bioma depende de um planejamento regional, em que o
estabelecimento de uma rede de unidades de conservação representativas contemple
diversas áreas bem distribuídas ao longo da sua extensão. Infelizmente esse não é o caso, e
diversas regiões já foram quase completamente devastadas, como as terras baixas (Harris et
al. 2004) e o norte fluminenses (cf Silva & Nascimento 2001) e as florestas do Nordeste
(Ranta et al. 1998).
Concluindo, a Reserva Biológica União apresenta uma altíssima riqueza de espécies
arbóreas e diversos aspectos fitogeográficos que a tornam única do ponto de vista florístico.
Além disso, é também uma das áreas que concentram o maior número de aves endêmicas e
ameaçadas de extinção de toda a Mata Atlântica (Harris et al. 2004). Assim, a RBU
constitui uma área prioritária para a conservação da biodiversidade brasileira.
CONCLUSÕES -A Reserva Biológica União possui uma elevada riqueza de espécies arbóreas e arbustivas,
com 356 espécies amostradas em 1,2 hectare;
-Os arbusto representam 10% da riqueza total (35/356), e há uma forte predominância de
Rubiaceae nessa forma de vida (20spp);
-Myrtaceae foi a família mais rica, com 78 espécies, o que indica que a Reserva Biológica
União é particularmente rica nessa família;
-Uma pequena proporção do número total de gêneros concentra um grande número de
espécies predominantemente raras, sugerindo que a raridade é uma condição é uma
condição imprescindível para a coexistência de um grande número de espécies;
-A latitude foi o fator mais importante na diferenciação florística das localidades utilizadas
na análise de similaridade;
-Entretanto, a distância explicou apenas cerca de 50% da variação na similaridade entre a
Reserva Biológica União e as demais localidades;
-Reserva Biológica União apresenta uma forte afinidade com as florestas do norte do
Espírito Santo e sul da Bahia, o que sugere a existência de uma conexão recente entre essas
florestas.
71
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando o pouco que resta da Mata Atlântica, e particularmente da sua
fisionomia ocorrente em baixas altitudes, fica claro que a restauração ecológica constitui
uma ferramenta imprescindível na conservação desse bioma. Trabalhos como o de
Sansevero (2008), que visam avaliar e aperfeiçoar os modelos de restauração em Mata
Atlântica, são fundamentais para que esse objetivo seja atingido. Além disso, é preciso que
os impactos a que os remanescentes estão submetidos sejam interrompidos o quanto antes.
A caça, a extração de palmito, o desmatamento ilegal e a ocorrência de incêndios causados
pelo homem atuam de forma sinérgica (Tabarelli et al. 2004), tornando inviável a
manutenção da maior parte dos remanescentes de Mata Atlântica no longo prazo (Gascon et
al. 2000). A repressão permanente a essas atividades, a conscientização da população
através de programas de educação ambiental, a criação de fontes de renda alternativas e
sustentáveis para as populações carentes que vivem no entorno dos remanescentes (e.g.
ecoturismo) e a implementação de políticas públicas que considerem a influência das
diversas atividades exercidas na matriz sobre os remanescentes florestais são, juntas, a
única forma de se garantir a conservação da Mata Atlântica e, senão de todas, ao menos da
maioria das espécies que nela vivem.
Além dos impactos em escala local, as florestas tropicais estão também ameaçadas
pelas mudanças climáticas globais. Mesmo florestas intocadas pelo homem já dão sinais de
que estão respondendo às alterações no clima (Laurance et al. 2004). Além disso, o
sinergismo entre a fragmentação e as mudanças globais pode produzir efeitos
particularmente desastrosos para as florestas tropicais, resultando numa extinção em massa
(Laurance & Williamson 2001, Travis et al. 2003). Se não houver uma mudança radical de
76
77
mentalidade por parte dos tomadores de decisão, o descaso do homem inevitavelmente
causará prejuízos irreparáveis à conservação da biodiversidade.
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80
Anexos do Capítulo 2
81
Família EspécieAchariaceae Carpotroche brasiliensis (Raddi) Endl.
Anacardiaceae Astronium graveolens Jacq.Tapirira guianensis Aubl.
Annonaceae Anaxagorea dolichocarpa Sprague & SandwithAnnona cacans Warm.Duguetia sessilis (Vell.) MaasGuatteria candolleana Schltdl.Guatteria pogonopus Mart.Guatteria xylopioides R. E. Fr.Rollinia sylvatica (A.St.-Hil.) Mart.Trigynea oblongifolia Schltdl.Unonopsis aff stipitata DielsXylopia sericea A.St.-Hil.
Apocynaceae Geissospermum laeve (Vell.) MiersRauvolfia grandiflora Mart. ex A.DC.Tabernaemontana catharinensis A.DC.Tabernaemontana laeta Mart.
Aquifoliaceae Ilex sp
Araliaceae Dendropanax aff monogynus (Vell.) Seem.Schefflera longipetiolata (Pohl ex DC.) Frodin & Fiaschi *
Arecaceae Astrocaryum aculeatissimum (Schott) BurretEuterpe edulis Mart.Geonoma sp *
Bignoniaceae Adenocalymma subsessilifolium DC. *Jacaranda puberula Cham.Sparattosperma leucanthum (Vell.) K.Schum.
Boraginaceae Cordia sellowiana Cham.Cordia taguahyensis Vell.
Burseraceae Protium sp1Protium sp2Protium sp3
Carycaceae Jacaratia heptaphylla (Vell.) A.DC.
Celastraceae Maytenus ardisiaefolia ReissekMaytenus brasiliensis Mart.
Anexo 2.1. Listagem florística das espécies encontradas em 12 parcelas de 0,1 hectare na ReservaBiológica União, em ordem alfabética de famílias. Binômios seguidos de * são espécies arbustivas.
82
Família EspécieMaytenus cestrifolia ReissekMaytenus longifolia ReissekSalacia elliptica (Mart. ex Schult.) G.DonSalacia sp
Chrysobalanaceae Couepia venosa PranceHirtella hebeclada Moric. ex DC.Hirtella sp1Hirtella sp2Hirtella sp3Licania kunthiana Hook.f.Licania riedelii PranceParinari brasiliensis (Schott) Hook.f.Chrysobalanaceae sp1Chrysobalanaceae sp2Chrysobalanaceae sp3Chrysobalanaceae sp4
Clethraceae Clethra scabra Pers.
Clusiaceae Clusiaceae spGarcinia brasiliensis Mart.Tovomita glazioviana Engl.
Elaeocarpaceae Sloanea eichleri K.Schum.Sloanea monosperma Vell.
Erythroxylaceae Erythroxylum pulchrum A.St.-Hil.
Euphorbiaceae Actinostemon concolor (Spreng.) Müll.Arg.Actinostemon verticillatus (Klotzsch) Baill.Alchornea glandulosa Poepp. & Endl.Aparisthmium cordatum (Juss.) Baill.Euphorbiaceae spMabea fistulifera Mart.Pausandra morisiana (Casar.) Radlk.Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill.Pogonophora schomburgkiana MiersSagotia racemosa Baill.Sebastiania multiramea Mart. *Senefeldera verticillata (Vell.) CroizatTetraplandra leandrii Baill.Tetrorchidium rubrivenium Poepp. & Endl.
Fabaceae Albizia pedicellaris (DC.) L.RicoAndira ormosioides Benth.
Anexo 2.1. (Continuação 1)
83
Família EspécieApuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr.Chamaecrista ensiformis (Vell.) H.S.Irwin & BarnebyExostyles venusta Schott ex Spreng.Inga capitata Desv.Inga edulis Mart.Inga tenuis (Vell.) Mart.Inga thibaudiana DC.Machaerium incorruptibile AllemãoMartiodendron mediterraneum (Mart. ex Benth.) R.KöppenMoldenhawera polysperma (Vell.) StellfeldPeltogyne mattosiana RizziniPseudopiptadenia contorta (DC.) G.P.Lewis & M.P.LimaPseudopiptadenia schumanniana (Taub.) G.P.Lewis & M.P.LimaSwartzia apetala RaddiSwartzia oblata R.S.CowanSwartzia simplex (DC.) R.S.CowanTachigali pilgeriana (Harms) Oliveira-FilhoZollernia glabra (Spreng.) Yakovlev
Hypericaceae Vismia guianensis (Aubl.) Pers.
Indeterminadas Indeterminada sp1Indeterminada sp2Indeterminada sp3Indeterminada sp4Indeterminada sp5Indeterminada sp6Indeterminada sp7
Lacistemataceae Lacistema pubescens Mart.
Lamiaceae Aegiphila sellowiana Cham.
Lauraceae Aniba firmula (Nees & Mart.) MezBeilschmiedia cf fluminensis Kosterm.Beilschmiedia sp1Beilschmiedia sp2Cryptocarya aff moschata Nees & Mart. ex NeesCryptocarya micrantha Meisn.Cryptocarya saligna MezLauraceae spLicaria armeniaca (Nees) Kosterm.Licaria bahiana KurzLicaria spOcotea aciphylla (Nees) MezOcotea aff tenuiflora Mez
Anexo 2.1. (Continuação 2)
84
Família EspécieOcotea daphnifolia (Meisn.) MezOcotea diospyrifolia (Meisn.) MezOcotea dispersa (Nees) MezOcotea divaricata (Nees) MezOcotea glauca (Nees) MezOcotea glaziovii MezOcotea lancifolia (Schott) MezOcotea laxa (Nees) MezOcotea odorifera (Vell.) RohwerOcotea pluridomatiata Quinet sp. inéditaOcotea spPhyllostemonodaphne geminiflora (Mez) Kosterm.Rhodostemonodaphne macrocalyx (Meisn.) Rohwer ex MadriñánUrbanodendron bahiense (Meisn.) RohwerUrbanodendron verrucosum (Nees) Mez
Lecythidaceae Cariniana spLecythis pisonis Cambess.Lecythis spLecythidaceae sp1Lecythidaceae sp2
Malvaceae Eriotheca pentaphylla (Vell.) A.RobynsLuehea grandiflora Mart. & Zucc.Quararibea turbinata (Sw.) Poir.
Melastomataceae Clidemia capilliflora Cogn. *Meriania cf robusta Cogn.Miconia buddlejoides TrianaMiconia cinnamomifolia (DC.) NaudinMiconia hypoleuca (Benth.) TrianaMiconia latecrenata (DC.) NaudinMiconia lepidota Schrank & Mart. ex DC.Miconia prasina (Sw.) DC.
Meliaceae Cabralea canjerana (Vell.) Mart.Guarea guidonia (L.) SleumerGuarea kunthiana A.Juss.Guarea macrophylla VahlGuarea spMeliaceae spTrichilia lepidota Mart.Trichilia martiana C.DC.Trichilia silvatica C.DC.Trichilia spTrichilia tomentosa Harms
Anexo 2.1. (Continuação 3)
85
Família EspécieMemecylaceae Mouriri sp
Monimiaceae Grazielanthus arkeocarpus Peixoto sp. Inédita *Mollinedia cf uleana PerkinsMollinedia longifolia Tul. *Mollinedia sp1Mollinedia sp2Mollinedia sp3Monimiaceae sp
Moraceae Artocarpus heterophyllus L.Brosimum glaziovii Taub.Brosimum guianense (Aubl.) HuberClarisia racemosa Ruiz & Pav.Ficus gomelleira Kunth & BouchéFicus maxima P.MillerHelicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) RusbyNaucleopsis oblongifolia (Kuhlm.) CarautaPseudolmedia hirtula Kuhlm.Sorocea guilleminiana Gaudich.Sorocea hilarii Gaudich.
Myristicaceae Virola bicuhyba (Schott) Warb.Virola gardneri (A.DC.) Warb.
Myrsinaceae Cybianthus cuneifolius Mart. *Ardisia depauperata (Mez) Bernacci & Jung-Mend.
Myrtaceae Calyptranthes lanceolata O.BergCalyptranthes sp1Calyptranthes sp2Campomanesia eugenioides (Cambess.) D.LegrandEugenia brasiliensis Lam.Eugenia cf rostrata O. BergEugenia cf stigmatosa DC.Eugenia cf xanthoxyloides Cambess.Eugenia excelsa O.BergEugenia florida DC.Eugenia macrosperma DC.Eugenia prasina O.BergEugenia rostrata O.BergEugenia sp1Eugenia sp2Eugenia sp3Eugenia tinguyensis Cambess.Eugenia umbrosa O.Berg
Anexo 2.1. (Continuação 4)
86
Família EspécieGomidesia sp1Gomidesia sp2Marlierea cf racemosa Kiaersk.Marlierea dimorpha O.BergMarlierea excoriata Mart.Marlierea sp1Marlierea sp2Marlierea sp3Myrcia anceps (Spreng.) O.BergMyrcia crocea Kiaersk.Myrcia pubipetala Miq.Myrcia sp1Myrcia splendens (Sw.) DC.Myrciaria disticha O.BergMyrciaria floribunda (H.West ex Willd.) O.BergMyrtaceae sp1Myrtaceae sp2Myrtaceae sp3Myrtaceae sp4Myrtaceae sp5Myrtaceae sp6Myrtaceae sp7Myrtaceae sp8Myrtaceae sp9Myrtaceae sp10Myrtaceae sp11Myrtaceae sp12Myrtaceae sp13Myrtaceae sp14Myrtaceae sp15Myrtaceae sp16Myrtaceae sp17Myrtaceae sp18Myrtaceae sp19Myrtaceae sp20Myrtaceae sp21Myrtaceae sp22Myrtaceae sp23Myrtaceae sp24Myrtaceae sp25Myrtaceae sp26Myrtaceae sp27Myrtaceae sp28Myrtaceae sp29Myrtaceae sp30Myrtaceae sp31
Anexo 2.1. (Continuação 5)
87
Família EspécieMyrtaceae sp32Myrtaceae sp33Myrtaceae sp34Myrtaceae sp35Myrtaceae sp36Myrtaceae sp37Myrtaceae sp38Myrtaceae sp39Myrtaceae sp40Myrtaceae sp41Myrtaceae sp42Myrtaceae sp43Myrtaceae sp44Myrtaceae sp45Myrtaceae sp46
Nyctaginaceae Guapira opposita (Vell.) Reitz
Ochnaceae Ouratea cuspidata Thiegh. *
Olacaceae Heisteria perianthomega (Vell.) SleumerTetrastylidium grandifolium (Baill.) Sleumer
Oleaceae Chionanthus filiformis (Vell.) P.S.Green
Phyllantaceae Discocarpus pedicellatus Fiaschi & Cordeiro
Picramniaceae Picramnia bahiensis Turcz. *
Piperaceae Piper arboreum Aubl. *Piper gaudichaudianum Kunth *Piper hispidum Sw *Piper mollicomum Kunth *
Proteaceae Roupala sp
Quiinaceae Lacunaria spQuiina glaziovii Engl.
Rubiaceae Amaioua guianensis Aubl.Bathysa mendoncae K.Schum.Bathysa spChomelia spCordiera sessilis (Vell.) KuntzeCordiera spCoussarea sp
Anexo 2.1. (Continuação 6)
88
Família EspécieFaramea multiflora A.Rich. *Faramea pachyantha Müll.Arg. *Faramea sp1 *Faramea sp2 *Ixora sp *Posoqueria spPsychotria appendiculata Müll.Arg. *Psychotria carthagenensis Jacq.Psychotria leiocarpa Cham. & Schltdl.Psychotria nuda (Cham. & Schltdl.) Wawra *Psychotria schottiana Müll. Arg. *Psychotria sp1 *Psychotria sp2 *Psychotria sp3 *Psychotria sp4 *Psychotria stenocalyx Müll.Arg.Psychotria subspathacea Müll. Arg. *Psychotria umbelluligera (Müll.Arg.) Standl. *Psychotria vellosiana Benth.Randia armata (Sw.) DC.Rudgea erythrocarpa Müll.Arg. *Rudgea recurva Müll.Arg. *Rudgea sp1 *Rudgea sp2 *Rudgea sp3 *Rudgea sp4 *Rustia gracilis K.Schum.
Rutaceae Conchocarpus cauliflorus Pirani *Galipea spHortia spMetrodorea nigra A.St.-Hil.
Salicaceae Casearia arborea (Rich.) Urb.Casearia commersoniana Cambess.Casearia spCasearia sylvestris Sw.
Sapindaceae Cupania cf vernalis Cambess.Cupania racemosa (Vell.) Radlk.Cupania schizoneura Radlk.Matayba guianensis Aubl.Sapindaceae sp1Sapindaceae sp2Talisia cerasina Radlk.Talisia sp
Anexo 2.1. (Continuação 7)
89
Família EspécieTripterodendron filicifolium (Linden) Radlk.
Sapotaceae Chrysophyllum imperiale (Linden ex Koch & Fintelmann) Benth. & Hook.f.Chrysophyllum splendens Spreng.Diploön cuspidatum (Hoehne) Cronq.Ecclinusa ramiflora Mart.Micropholis gardneriana (A.DC.) PierreMicropholis guyanensis (A.DC.) PierreMicropholis sp1Pouteria bangii (Rusby) T.D.Penn.Pouteria filipes EymaPouteria guianensis Aubl.Pouteria sp1Pouteria sp2Pouteria torta (Mart.) Radlk.Pradosia spSapotaceae sp1Sapotaceae sp2Sapotaceae sp3Sapotaceae sp4Sapotaceae sp5Sapotaceae sp6Sapotaceae sp7Sapotaceae sp8Sapotaceae sp9
Simaroubaceae Simaba cf cedron Planch.Simaba cf subcymosa A.St.-Hil. & Tul.
Siparunaceae Siparuna guianensis Aubl.
Solanaceae Metternichia princeps Mik.Solanum swartzianum Roem. & Schult.
Thymeliaceae Daphnopsis martii Meisn.
Urticaceae Pouroma guianensis Aubl.
Violaceae Rinorea guianensis Aubl.
Vochysiaceae Vochysia sp1Vochysia sp2Vochysia sp3
Anexo 2.1. (Continuação 8)
90
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COACHARIACEAE Carpotroche brasiliensis (Raddi) Endl. 1 1 1 1 1ANACARDIACEAE Astronium concinnum Schott ex Spreng. 1 1ANACARDIACEAE Astronium graveolens Jacq. 1 1 1 1 1 1 1ANACARDIACEAE Spondias macrocarpa Engl. 1 1ANACARDIACEAE Spondias mombin L. 1ANACARDIACEAE Spondias venulosa Mart. ex Engl. 1ANACARDIACEAE Tapirira guianensis Aubl. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1ANNONACEAE Anaxagorea dolichocarpa Sprague & Sandwith 1 1 1ANNONACEAE Annona acutiflora Mart. 1 1ANNONACEAE Annona cacans Warm. 1 1 1 1ANNONACEAE Annona glabra L. 1ANNONACEAE Annona salzmannii A.DC. 1ANNONACEAE Duguetia sessilis (Vell.) Maas 1 1ANNONACEAE Guatteria australis A.St.-Hil. 1 1 1 1 1ANNONACEAE Guatteria blanchetiana R.E.Fr. 1ANNONACEAE Guatteria candolleana Schltdl. 1 1 1 1ANNONACEAE Guatteria ferruginea A.St-Hil. 1ANNONACEAE Guatteria glabrescens R.E.Fr. 1ANNONACEAE Guatteria latifolia (Mart.) R.E.Fr. 1ANNONACEAE Guatteria pogonopus Mart. 1ANNONACEAE Guatteria sellowiana Schltdl. 1ANNONACEAE Guatteria xylopioides R. E. Fr. 1 1 1ANNONACEAE Oxandra martiana (Schltdl.) R.E.Fr. 1 1 1ANNONACEAE Oxandra nitida R.E.Fr. 1 1 1 1 1ANNONACEAE Oxandra reticulata Maas 1ANNONACEAE Pseudoxandra spiritus-sancti Maas 1ANNONACEAE Rollinia dolabripetala (Raddi) R.E.Fr. 1 1 1 1 1ANNONACEAE Rollinia emarginata Schltdl. 1ANNONACEAE Rollinia laurifolia Schltdl. 1 1 1 1 1 1ANNONACEAE Rollinia sericea (R.E.Fr.) R.E.Fr. 1 1ANNONACEAE Rollinia sylvatica (A.St.-Hil.) Mart. 1 1
Anexo 2.2. Matriz de presença e ausência de espécies arbóreas em 15 trechos de Mata Atlântica. RC, Rio Cachoeira; UB, Ubatuba; CA, Ilha do Cardoso; IN, Intervales; CV, Carvão;
IU, Imbaú; IE, Imbé; UN, União; PO, Poço das Antas; PA, Paraíso; IL, Ilha Grande; CI, Cachoeiro do Itapemirim; LI, Linhares; SL, Santa Lúcia; e CO, Serra do Conduru.
91
Anexo 2.2. (Continuação 1)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COANNONACEAE Trigynaea oblongifolia Schltdl. 1ANNONACEAE Unonopsis guatterioides (A.DC.) R.E.Fr. 1ANNONACEAE Unonopsis riedeliana R.E.Fr. 1ANNONACEAE Xylopia brasiliensis Spreng. 1 1ANNONACEAE Xylopia laevigata (Mart.) R.E.Fr. 1 1ANNONACEAE Xylopia langsdorfiana A.St.-Hil. & Tul. 1 1ANNONACEAE Xylopia ochrantha Mart 1ANNONACEAE Xylopia sericea A.St.-Hil. 1 1 1 1APOCYNACEAE Aspidosperma compactinervium Kuhlm. 1 1APOCYNACEAE Aspidosperma cylindrocarpon Müll.Arg. 1APOCYNACEAE Aspidosperma discolor A.DC. 1 1 1APOCYNACEAE Aspidosperma dispermum Müll.Arg. 1APOCYNACEAE Aspidosperma illustre (Vell.) Kuhlm. & Pirajá 1 1 1APOCYNACEAE Aspidosperma multiflorum A.DC. 1APOCYNACEAE Aspidosperma parvifolium A.DC. 1 1APOCYNACEAE Aspidosperma polyneuron Müll.Arg. 1APOCYNACEAE Aspidosperma ramiflorum Müll.Arg. 1APOCYNACEAE Aspidosperma spruceanum Benth. ex Müll.Arg. 1APOCYNACEAE Aspidosperma thomasii Marcondes-Ferreira 1APOCYNACEAE Aspidosperma tomentosum Mart. 1APOCYNACEAE Geissospermum laeve (Vell.) Miers 1 1 1 1APOCYNACEAE Himatanthus bracteatus (A.DC.) Woodson 1 1 1APOCYNACEAE Himatanthus lancifolius (Müll.Arg.) Woodson 1 1APOCYNACEAE Himatanthus phagedaenicus (Mart.) Woodson 1 1APOCYNACEAE Lacmellea aculeata (Ducke) Monach. 1APOCYNACEAE Lacmellea pauciflora (Kuhlm.) Markgr. 1APOCYNACEAE Malouetia arborea (Vell.) Miers 1 1 1 1 1APOCYNACEAE Rauvolfia bahiensis A.DC. 1APOCYNACEAE Rauvolfia grandiflora Mart. Ex A. DC. 1 1APOCYNACEAE Rauvolfia mattfeldiana Markgr. 1APOCYNACEAE Tabernaemontana catharinensis A.DC. 1 1 1 1 1 1APOCYNACEAE Tabernaemontana flavicans Willd. ex Roem. & Schult. 1
92
Anexo 2.2. (Continuação 2)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COAPOCYNACEAE Tabernaemontana hystrix (Steud.) A.DC. 1APOCYNACEAE Tabernaemontana laeta Mart. 1 1 1APOCYNACEAE Tabernaemontana salzmannii A.DC. 1AQUIFOLIACEAE Ilex dumosa Reissek 1 1 1 1AQUIFOLIACEAE Ilex floribunda Reissek & Maxim. 1AQUIFOLIACEAE Ilex paraguariensis A.St.-Hil. 1AQUIFOLIACEAE Ilex theezans Mart. ex Reissek 1 1 1 1 1ARALIACEAE Dendropanax arboreus (L.) Decne. & Planch. 1 1ARALIACEAE Dendropanax cuneatus (DC.) Decne. & Planch. 1ARALIACEAE Oreopanax capitatus (Jacq.) Decne. & Planch. 1 1ARALIACEAE Schefflera angustissima (Marchal) Frodin 1ARALIACEAE Schefflera calva (Cham.) Frodin & Fiaschi 1 1ARALIACEAE Schefflera grandigemma Fiaschi 1ARALIACEAE Schefflera kollmannii Fiaschi 1ARALIACEAE Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et al. 1 1 1 1ARALIACEAE Schefflera ruschiana Fiaschi 1ARECACEAE Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1ARECACEAE Attalea dubia (Mart.) Burret 1ARECACEAE Attalea oleifera Barb.Rodr. 1ARECACEAE Bactris bahiensis Noblick 1ARECACEAE Bactris setosa Mart. 1 1 1ARECACEAE Bactris vulgaris Barb.Rodr. 1ARECACEAE Euterpe edulis Mart. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1ARECACEAE Geonoma gamiova Barb.Rodr. 1ARECACEAE Geonoma pauciflora Mart. 1ARECACEAE Geonoma schottiana Mart. 1 1ARECACEAE Polyandrococos caudescens (Mart.) Barb.Rodr. 1 1 1ARECACEAE Syagrus botryophora (Mart.) Mart. 1ARECACEAE Syagrus pseudococos (Raddi) Glassman 1 1ARECACEAE Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman 1ASTERACEAE Piptocarpha macropoda Baker 1ASTERACEAE Piptocarpha ramiflora Baker 1
93
Anexo 2.2. (Continuação 3)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COASTERACEAE Vernonanthura discolor (Spreng.) H.Rob. 1 1 1 1ASTERACEAE Vernonanthura divaricata (Spreng.) H.Rob. 1ASTERACEAE Vernonanthura phosphorica (Vell.) H.Rob. 1 1ASTERACEAE Vernonanthura puberula (Less.) H.Rob. 1BIGNONIACEAE Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. 1 1BIGNONIACEAE Jacaranda bracteata Bureau & K.Schum 1BIGNONIACEAE Jacaranda macrantha Cham. 1 1BIGNONIACEAE Jacaranda microcalyx A.H.Gentry 1BIGNONIACEAE Jacaranda puberula Cham. 1 1 1 1 1 1BIGNONIACEAE Paratecoma peroba (Record & Mell) Kuhlm. 1 1BIGNONIACEAE Sparattosperma leucanthum (Vell.) K.Schum. 1 1 1 1 1BIGNONIACEAE Tabebuia arianeae A.H.Gentry 1BIGNONIACEAE Tabebuia cassinoides DC. 1 1 1 1 1BIGNONIACEAE Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A.DC.) Standl. 1BIGNONIACEAE Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 1 1 1 1 1BIGNONIACEAE Tabebuia obtusifolia (Cham.) Bureau 1 1BIGNONIACEAE Tabebuia riodocensis A.H.Gentry 1BIGNONIACEAE Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith 1 1 1 1BIGNONIACEAE Tabebuia serratifolia (Vahl) Nicholson 1 1 1 1 1 1 1BIGNONIACEAE Tabebuia stenocalyx Sprague & Stapf 1 1BIGNONIACEAE Zeyheria tuberculosa (Vell.) Bureau 1BIXACEAE Bixa arborea Huber 1BORAGINACEAE Cordia ecalyculata Vell. 1 1 1 1BORAGINACEAE Cordia glabrata (Mart.) DC. 1BORAGINACEAE Cordia magnoliifolia Cham. 1 1 1BORAGINACEAE Cordia nodosa Lam. 1BORAGINACEAE Cordia sellowiana Cham. 1 1 1 1 1 1BORAGINACEAE Cordia silvestris Fresen. 1BORAGINACEAE Cordia superba Cham. 1BORAGINACEAE Cordia taguahyensis Vell. 1 1 1BORAGINACEAE Cordia trachyphylla Mart. 1BORAGINACEAE Cordia trichoclada DC. 1 1 1
94
Anexo 2.2. (Continuação 4)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COBORAGINACEAE Cordia trichotoma (Vell.) Arrab. ex Steud. 1BRASSICACEAE Capparis brasiliana DC. 1BRASSICACEAE Crateva tapia L. 1BURSERACEAE Crepidospermum atlanticum Daly 1 1BURSERACEAE Protium aracouchini (Aubl.) Marchand 1 1BURSERACEAE Protium blanchetii Engl. 1BURSERACEAE Protium brasiliense (Spreng.) Engl. 1 1 1BURSERACEAE Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 1 1 1 1 1BURSERACEAE Protium icicariba (DC.) Marchand 1BURSERACEAE Protium kleinii Cuatrec. 1BURSERACEAE Protium spruceanum (Benth.) Engl. 1BURSERACEAE Protium warmingianum Marchand 1 1BURSERACEAE Protium widgrenii Engl. 1 1 1BURSERACEAE Tetragastris catuaba Soares da Cunha 1CACTACEAE Brasiliopuntia brasiliensis (Willd.) A.Berger 1 1CANELLACEAE Capsicodendron dinisii (Schwacke) Occhioni 1 1CANNABACEAE Trema micrantha (L.) Blume 1 1 1 1 1 1CARDIOPTERIDACEAE Citronella paniculata (Mart.) R.A.Howard 1 1 1 1 1CARICACEAE Jacaratia heptaphylla (Vell.) A.DC. 1 1 1 1 1 1 1 1CARICACEAE Jacaratia spinosa (Aubl.) A.DC. 1 1 1 1 1 1CARYOCARACEAE Caryocar edule Casar. 1CELASTRACEAE Cheiloclinium cognatum (Miers.) A.C.Sm. 1 1 1 1CELASTRACEAE Maytenus aquifolia Mart. 1CELASTRACEAE Maytenus ardisiaefolia Reissek 1 1 1CELASTRACEAE Maytenus brasiliensis Mart. 1 1CELASTRACEAE Maytenus cestrifolia Reissek 1 1 1 1CELASTRACEAE Maytenus communis Reissek 1 1 1 1CELASTRACEAE Maytenus distichophylla Mart.ex DC. 1CELASTRACEAE Maytenus ilicifolia Mart. Ex Reiss. 1CELASTRACEAE Maytenus multiflora Reissek 1 1CELASTRACEAE Maytenus obtusifolia Mart. 1 1CELASTRACEAE Maytenus robusta Reissek 1 1
95
Anexo 2.2. (Continuação 5)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COCELASTRACEAE Maytenus schumanniana Loes. 1CELASTRACEAE Salacia amygdalina Peyr. 1CELASTRACEAE Salacia elliptica (Mart. ex Schult.) G.Don 1 1 1CELASTRACEAE Salacia grandifolia (Mart.) G.Don 1CELASTRACEAE Salacia nemorosa Lombardi 1CHRYSOBALANACEAE Couepia belemii Prance 1CHRYSOBALANACEAE Couepia bondari Prance 1CHRYSOBALANACEAE Couepia carautae Prance 1CHRYSOBALANACEAE Couepia grandiflora (Mart. & Zucc.) Benth. ex Hook.f. 1CHRYSOBALANACEAE Couepia pernambucensis Prance 1CHRYSOBALANACEAE Couepia schottii Fritsch 1 1 1CHRYSOBALANACEAE Couepia venosa Prance 1 1 1CHRYSOBALANACEAE Exellodendron gracile (Kuhlm.) Prance 1CHRYSOBALANACEAE Hirtella angustifolia Schott ex Spreng. 1 1CHRYSOBALANACEAE Hirtella burchellii Britton 1CHRYSOBALANACEAE Hirtella hebeclada Moric. ex DC. 1 1 1 1 1 1 1 1 1CHRYSOBALANACEAE Hirtella insignis Briq. ex Prance 1CHRYSOBALANACEAE Hirtella sprucei Benth. 1CHRYSOBALANACEAE Hirtella triandra Sw. 1 1CHRYSOBALANACEAE Licania belemii Prance 1 1CHRYSOBALANACEAE Licania kunthiana Hook.f. 1 1 1 1 1 1 1 1CHRYSOBALANACEAE Licania lamentanda Prance 1CHRYSOBALANACEAE Licania leptostachya Benth. 1CHRYSOBALANACEAE Licania littoralis Warm. 1CHRYSOBALANACEAE Licania micrantha Miq. 1CHRYSOBALANACEAE Licania octandra (Hoffmanns. ex Roem. & Schult.) Kuntze 1 1CHRYSOBALANACEAE Licania parvifolia Huber 1CHRYSOBALANACEAE Licania riedelii Prance 1 1CHRYSOBALANACEAE Licania salzmannii (Hook.f.) Fritsch 1 1CHRYSOBALANACEAE Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 1CHRYSOBALANACEAE Parinari alvimii Prance 1CHRYSOBALANACEAE Parinari brasiliensis (Schott) Hook.f. 1 1
96
Anexo 2.2. (Continuação 6)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COCHRYSOBALANACEAE Parinari excelsa Sabine 1 1 1 1CHRYSOBALANACEAE Parinari obtusifolia Hook.f. 1CHRYSOBALANACEAE Parinari parvifolia Sandwith 1CLETHRACEAE Clethra scabra Pers. 1 1 1CLUSIACEAE Calophyllum brasiliense Cambess. 1 1CLUSIACEAE Chrysochlamys saldanhae (Engl.) Oliveira-Filho 1CLUSIACEAE Clusia aemygdioi Gomes da Silva & Weinberg 1CLUSIACEAE Clusia intermedia G.Mariz 1CLUSIACEAE Clusia organensis Planch. & Triana 1CLUSIACEAE Clusia palmicida Rich. ex Planch. & Triana 1CLUSIACEAE Clusia spiritusanctensis G.Maris & Weinberg 1CLUSIACEAE Garcinia brasiliensis Mart. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1CLUSIACEAE Garcinia macrophylla Mart. 1CLUSIACEAE Kielmeyera itacarensis Saddi 1CLUSIACEAE Kielmeyera membranacea Casar. 1CLUSIACEAE Kielmeyera occhioniana Saddi 1CLUSIACEAE Symphonia globulifera L.f. 1 1CLUSIACEAE Tovomita brasiliensis (Mart.) Walp. 1CLUSIACEAE Tovomita glazioviana Engl. 1CLUSIACEAE Tovomita leucantha (Schltdl.) Cham. & Triana 1 1CLUSIACEAE Tovomita longifolia (Rich.) Hochr. 1CLUSIACEAE Tovomita mangle G.Mariz 1CLUSIACEAE Tovomita paniculata A.St.-Hil. 1 1 1COMBRETACEAE Buchenavia pabstii Marquete & C.Valente 1COMBRETACEAE Buchenavia rabelloana Mattos 1COMBRETACEAE Buchenavia tetraphylla (Aubl.) R.A.Howard 1COMBRETACEAE Terminalia argentea (Cambess.) Mart. 1COMBRETACEAE Terminalia glabrescens Mart. 1 1COMBRETACEAE Terminalia januariensis DC. 1 1 1COMBRETACEAE Terminalia kuhlmannii Alwan & Stace 1 1CONNARACEAE Connarus detersus Planch. 1 1 1CUNONIACEAE Lamanonia ternata Vell. 1 1 1 1
97
Anexo 2.2. (Continuação 7)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL CODICHAPETALACEAE Stephanopodium blanchetianum Baill. 1 1 1DICHAPETALACEAE Stephanopodium magnifolium Prance 1EBENACEAE Diospyros capreifolia Mart. ex Hiern 1EBENACEAE Diospyros guatterioides A.C.Sm. 1EBENACEAE Diospyros weddellii Hieron. 1ELAEOCARPACEAE Sloanea eichleri K.Schum. 1 1ELAEOCARPACEAE Sloanea garckeana K.Schum. 1 1 1ELAEOCARPACEAE Sloanea guianensis (Aubl.) Benth. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1ELAEOCARPACEAE Sloanea monosperma Vell. 1 1 1 1ELAEOCARPACEAE Sloanea nitida G.Don 1ELAEOCARPACEAE Sloanea obtusifolia (Moric.) K.Schum. 1ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum ambiguum Peyr. 1ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum citrifolium A.St.-Hil. 1ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum columbinum (Mart.) Vell. 1ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum cuspidifolium Mart. 1 1 1 1 1ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum pulchrum A.St.-Hil. 1 1 1 1 1 1 1ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum squamatum Sw. 1EUPHORBIACEAE Actinostemon concolor (Spreng.) Müll.Arg. 1 1 1 1 1EUPHORBIACEAE Actinostemon klotzschii (Didr.) Pax 1 1 1EUPHORBIACEAE Actinostemon lasiocarpus (Müll.Arg.) Baill. 1EUPHORBIACEAE Actinostemon verticillatus (Klotzsch) Baill. 1 1 1 1 1EUPHORBIACEAE Alchornea glandulosa Poepp. & Endl. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1EUPHORBIACEAE Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll.Arg. 1 1 1 1 1 1 1 1 1EUPHORBIACEAE Aparisthmium cordatum (Juss.) Baill. 1 1 1 1 1 1 1 1EUPHORBIACEAE Caryodendron janeirense Müll.Arg. 1EUPHORBIACEAE Cnidoscolus oligandrus (Müll.Arg.) Pax 1 1EUPHORBIACEAE Croton floribundus Spreng. 1 1 1EUPHORBIACEAE Croton macrobothrys Baill. 1EUPHORBIACEAE Discocarpus pedicellatus Fiaschi & Cordeiro 1EUPHORBIACEAE Glycydendron amazonicum Ducke 1 1 1EUPHORBIACEAE Joannesia princeps Vell. 1 1EUPHORBIACEAE Mabea fistulifera Mart. 1 1 1 1 1
98
Anexo 2.2. (Continuação 8)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COEUPHORBIACEAE Mabea piriri Aubl. 1 1 1EUPHORBIACEAE Maprounea brasiliensis A.St.-Hil. 1EUPHORBIACEAE Maprounea guianensis Aubl. 1EUPHORBIACEAE Pachystroma longifolium (Nees) I.M.Johnst. 1EUPHORBIACEAE Pausandra megalophylla Müll.Arg. 1 1EUPHORBIACEAE Pausandra morisiana (Casar.) Radlk. 1 1 1 1 1 1EUPHORBIACEAE Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. 1 1 1 1 1 1 1 1 1EUPHORBIACEAE Philyra brasiliensis Klotzsch 1EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana Miers 1 1 1EUPHORBIACEAE Sagotia racemosa Baill. 1 1EUPHORBIACEAE Sapium glandulosum (L.) Morong 1 1 1 1 1EUPHORBIACEAE Sapium laurifolium (A. Rich.) Griseb. 1EUPHORBIACEAE Senefeldera verticillata (Vell.) Croizat 1 1 1 1 1 1 1 1EUPHORBIACEAE Tetraplandra leandrii Baill. 1 1EUPHORBIACEAE Tetraplandra riedelii Müll.Arg. 1EUPHORBIACEAE Tetrorchidium rubrivenium Poepp. & Endl. 1 1 1 1FABACEAE Abarema cochliacarpos (Gomes) Barneby & J.W.Grimes 1 1 1FABACEAE Acacia polyphylla DC. 1 1 1 1FABACEAE Acosmium lentiscifolium Schott 1 1FABACEAE Albizia polycephala (Benth.) Killip ex Record 1 1 1 1 1FABACEAE Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan 1FABACEAE Andira nitida Mart. 1FABACEAE Barnebydendron riedelii (Tul.) J.H.Kirkbr. 1FABACEAE Bauhinia forficata Link 1 1 1 1 1FABACEAE Centrolobium sclerophyllum H.C.Lima 1 1 1FABACEAE Chamaecrista aspleniifolia (H.S.Irwin & Barneby) H.S.Irwin & Barneby 1FABACEAE Copaifera langsdorffii Desf. 1 1 1 1 1FABACEAE Copaifera trapezifolia Hayne 1 1 1FABACEAE Dahlstedtia pentaphylla (Taub.) Malme 1FABACEAE Dalbergia frutescens (Vell.) Britton 1 1 1FABACEAE Dalbergia miscolobium Benth. 1FABACEAE Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth. 1 1 1 1
99
Anexo 2.2. (Continuação 9)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COFABACEAE Deguelia longeracemosa (Benth.) Az.-Tozzi 1 1FABACEAE Dialium guianense (Aubl.) Sandwith 1FABACEAE Exostyles venusta Schott ex Spreng. 1 1 1 1 1FABACEAE Grazielodendron riodocensis H.C.Lima 1FABACEAE Hymenaea aurea Y.T.Lee & Langenh. 1FABACEAE Hymenolobium janeirense Kuhlm. 1 1 1 1FABACEAE Inga capitata Desv. 1 1 1 1 1 1FABACEAE Inga cylindrica (Vell.) Mart. 1 1FABACEAE Inga edulis Mart. 1 1 1 1 1 1 1FABACEAE Inga flagelliformis (Vell.) Mart. 1 1 1 1FABACEAE Inga lanceifolia Benth. 1FABACEAE Inga laurina (Sw.) Willd. 1FABACEAE Inga lenticellata Benth. 1FABACEAE Inga leptantha Benth. 1FABACEAE Inga marginata Willd. 1 1FABACEAE Inga striata Benth. 1 1 1 1 1FABACEAE Inga thibaudiana DC. 1 1 1 1 1 1FABACEAE Inga vera Willd. 1FABACEAE Lonchocarpus sericeus (Poir.) DC. 1FABACEAE Luetzelburgia trialata Ducke 1FABACEAE Machaerium brasiliense Vogel 1 1FABACEAE Machaerium fulvovenosum H.C.Lima 1 1FABACEAE Machaerium incorruptibile Allemão 1 1 1 1FABACEAE Machaerium nyctitans (Vell.) Benth. 1 1 1 1FABACEAE Machaerium ovalifolium Glaz. ex Rudd 1FABACEAE Machaerium scleroxylon Tul. 1FABACEAE Machaerium vestitum Vogel 1FABACEAE Moldenhawera polysperma (Vell.) Stellfeld 1FABACEAE Parapiptadenia pterosperma (Benth.) Brenan 1 1 1FABACEAE Peltogyne angustiflora Ducke 1 1 1 1FABACEAE Peltogyne pauciflora Benth. 1FABACEAE Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. 1 1
100
Anexo 2.2. (Continuação 10)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COFABACEAE Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. 1 1FABACEAE Plathymenia reticulata Benth. 1 1 1FABACEAE Platycyamus regnellii Benth. 1 1FABACEAE Platymiscium floribundum Vogel 1 1 1 1 1 1 1FABACEAE Poecilanthe falcata (Vell.) Heringer 1 1 1FABACEAE Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P.Lewis & M.P.Lima 1 1 1 1 1 1 1 1FABACEAE Pseudopiptadenia leptostachya (Benth.) Rausch. 1FABACEAE Pseudopiptadenia schumanniana (Taub.) G.P.Lewis & M.P.Lima 1FABACEAE Pseudopiptadenia warmingii (Benth.) G.P.Lewis & M.P.Lima 1 1 1FABACEAE Pterocarpus rohri Vahl 1 1 1 1 1 1 1 1 1FABACEAE Swartzia linharensis Mansano 1FABACEAE Swartzia myrtifolia J.E.Sm. 1 1 1 1FABACEAE Swartzia oblata R.S.Cowan 1 1FABACEAE Swartzia reticulata Ducke 1FABACEAE Swartzia simplex (DC.) R.S.Cowan 1 1 1 1 1 1FABACEAE Tachigali denudata (Vogel) Oliveira-Filho 1 1 1FABACEAE Tachigali pilgeriana (Harms) Oliveira-Filho 1 1 1 1 1FABACEAE Zollernia glaziovii Yakovlev 1 1FABACEAE Zollernia ilicifolia (Brongn.) Vogel 1 1 1 1FABACEAE Zollernia modesta A.M.Carvalho & Barneby 1 1 1FABACEAE Acosmium tenuifolium (Vogel) Yakovlev 1FABACEAE Albizia pedicellaris (DC.) L.Rico 1 1 1 1FABACEAE Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 1FABACEAE Andira anthelmia (Vell.) Benth. 1 1 1FABACEAE Andira fraxinifolia Benth. 1 1 1 1 1 1FABACEAE Andira legalis (Vell.) Toledo 1FABACEAE Andira ormosioides Benth. 1 1FABACEAE Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr. 1 1 1FABACEAE Arapatiella psilophylla (Harms) R.S.Cowan 1FABACEAE Bauhinia rufa (Bong.) Steud. 1FABACEAE Caesalpinia ferrea Benth. 1FABACEAE Centrolobium robustum (Vell.) Mart. ex Benth. 1
101
Anexo 2.2. (Continuação 11)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COFABACEAE Chamaecrista ensiformis (Vell.) H.S.Irwin & Barneby 1 1 1 1 1FABACEAE Copaifera lucens Dwyer 1 1 1 1 1FABACEAE Dahlstedtia pinnata (Benth.) Malme 1FABACEAE Dalbergia elegans A.M.Carvalho 1FABACEAE Dalbergia foliolosa Benth. 1FABACEAE Dimorphandra jorgei M.F.Silva 1FABACEAE Diplotropis incexis Rizzini & A.Mattos 1 1 1 1FABACEAE Goniorrhachis marginata Taub. 1FABACEAE Harleyodendron unifoliolatum R.S.Cowan 1FABACEAE Hymenaea courbaril L. 1 1FABACEAE Hymenaea rubriflora Ducke 1FABACEAE Inga blanchetiana Benth. 1FABACEAE Inga cabelo T.D.Penn. 1FABACEAE Inga exfoliata T.D.Penn. & F.C.P.García 1FABACEAE Inga hispida Schott ex Benth. 1FABACEAE Inga mendoncaei Harms 1FABACEAE Inga praegnans T.D.Penn. 1FABACEAE Inga sessilis (Vell.) Mart. 1 1FABACEAE Inga subnuda Salzm. ex Benth. 1 1 1 1FABACEAE Inga tenuis (Vell.) Mart. 1 1 1 1FABACEAE Inga vestita Benth. 1FABACEAE Lonchocarpus cultratus (Vell.) Az.-Tozzi & H.C.Lima 1 1 1 1 1 1FABACEAE Lonchocarpus filipes Benth. 1FABACEAE Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld 1FABACEAE Macrolobium latifolium Vogel 1FABACEAE Martiodendron mediterraneum (Mart. ex Benth.) R.Köppen 1 1FABACEAE Melanoxylon brauna Schott 1 1 1 1 1 1FABACEAE Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze 1FABACEAE Moldenhawera papillanthera L.P.Queiroz, G.P.Lewis & Allkin 1 1FABACEAE Myrocarpus frondosus Allemão 1 1 1 1 1 1 1 1FABACEAE Myroxylon peruiferum L.f. 1 1FABACEAE Ormosia arborea (Vell.) Harms 1 1 1 1 1
102
Anexo 2.2. (Continuação 12)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COFABACEAE Ormosia fastigiata Tul. 1 1 1FABACEAE Ormosia nitida Vogel 1FABACEAE Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walp. 1 1FABACEAE Peltogyne discolor Vogel 1FABACEAE Peltogyne mattosiana Rizzini 1 1FABACEAE Platypodium elegans Vogel 1 1FABACEAE Poeppigia procera C.Presl. 1FABACEAE Pseudopiptadenia inaequalis (Benth.) Rausch. 1 1FABACEAE Schizolobium parahyba (Vell.) S.F.Blake 1 1 1 1FABACEAE Senna multijuga (L.C.Rich.) H.S.Irwin & Barneby 1 1 1 1 1FABACEAE Stryphnodendron pulcherrimum (Willd.) Hochr. 1 1FABACEAE Swartzia acutifolia Vogel 1 1 1FABACEAE Swartzia apetala Raddi 1 1 1 1 1 1FABACEAE Swartzia flaemingii Vogel 1 1 1FABACEAE Swartzia macrostachya Benth. 1FABACEAE Sweetia fruticosa Spreng. 1FABACEAE Tachigali densiflora (Benth.) L.G.Silva & H.C.Lima 1 1FABACEAE Tachigali paratyensis (Vell.) H.C.Lima 1 1 1FABACEAE Vatairea heteroptera (Allemão) Ducke ex de Assis Iglesias 1FABACEAE Vataireopsis araroba (Aguiar) Ducke 1 1 1FABACEAE Zollernia glabra (Spreng.) Yakovlev 1 1 1 1 1FABACEAE Zollernia magnifica A.M.Carvalho & Barneby 1 1FABACEAE Zygia latifolia (L.) Fawc. & Rendle 1HERNANDIACEAE Sparattanthelium botocudorum Mart. 1HUMIRIACEAE Humiriastrum dentatum (Casar.) Cuatrec. 1HUMIRIACEAE Humiriastrum spiritusancti Cuatrec. 1HUMIRIACEAE Vantanea compacta (Schnizl.) Cuatrec. 1 1HUMIRIACEAE Vantanea obovata (Nees & Mart.) Benth. 1HYPERICACEAE Vismia guianensis (Aubl.) Pers. 1 1 1HYPERICACEAE Vismia martiana Reichardt 1 1LACISTEMATACEAE Lacistema pubescens Mart. 1 1 1 1LACISTEMATACEAE Lacistema robustum Schnizl. 1 1
103
Anexo 2.2. (Continuação 13)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COLAMIACEAE Aegiphila sellowiana Cham. 1 1 1 1 1 1LAMIACEAE Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke 1LAMIACEAE Vitex orinocensis Kunth 1 1 1 1LAURACEAE Aiouea saligna Meisn. 1LAURACEAE Aniba canelilla (Kunth) Mez 1LAURACEAE Aniba firmula (Nees & Mart.) Mez 1 1 1 1 1 1LAURACEAE Aniba intermedia (Meisn.) Mez 1 1LAURACEAE Beilschmiedia emarginata (Meisn.) Kosterm. 1 1LAURACEAE Beilschmiedia fluminensis Kosterm. 1LAURACEAE Beilschmiedia linharensis Sa.Nishida & van der Werff 1LAURACEAE Beilschmiedia stricta Kosterm. 1LAURACEAE Beilschmiedia taubertiana (Schwacke & Mez) Kosterm. 1 1LAURACEAE Cinnamomum riedelianum Kosterm. 1LAURACEAE Cinnamomum triplinerve (Ruiz & Pav.) Kosterm. 1LAURACEAE Cryptocarya aschersoniana Mez 1LAURACEAE Cryptocarya micrantha Meisn. 1 1 1 1LAURACEAE Cryptocarya moschata Nees & Mart. ex Nees 1 1 1 1 1 1 1 1LAURACEAE Cryptocarya saligna Mez 1 1 1 1 1 1 1LAURACEAE Endlicheria glomerata Mez 1LAURACEAE Endlicheria paniculata (Spreng.) J.F.Macbr. 1 1 1 1LAURACEAE Licaria armeniaca (Nees) Kosterm. 1 1 1 1 1 1 1LAURACEAE Licaria bahiana Kurz 1 1 1LAURACEAE Licaria guianensis Aubl. 1 1LAURACEAE Nectandra grandiflora Nees 1LAURACEAE Nectandra leucantha Nees 1LAURACEAE Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez 1 1LAURACEAE Nectandra membranacea (Sw.) Griseb. 1 1 1 1 1 1 1 1LAURACEAE Nectandra nitidula Nees 1LAURACEAE Nectandra oppositifolia Nees 1 1 1 1LAURACEAE Nectandra puberula (Schott) Nees 1 1LAURACEAE Nectandra reticulata (Ruiz & Pav.) Mez 1LAURACEAE Nectandra warmingii Meisn. 1
104
Anexo 2.2. (Continuação 14)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COLAURACEAE Ocotea aciphylla (Nees) Mez 1 1 1 1 1 1 1LAURACEAE Ocotea acutifolia (Nees) Mez 1LAURACEAE Ocotea aniboides Mez 1 1 1 1LAURACEAE Ocotea argentea Mez 1LAURACEAE Ocotea brachybotra (Meisn.) Mez 1LAURACEAE Ocotea catharinensis Mez 1 1LAURACEAE Ocotea cernua (Nees) Mez 1 1 1LAURACEAE Ocotea complicata (Meisn.) Mez 1LAURACEAE Ocotea confertiflora (Meisn.) Mez 1 1LAURACEAE Ocotea corymbosa (Meisn.) Mez 1LAURACEAE Ocotea cryptocarpa J.B.Baitello 1LAURACEAE Ocotea daphnifolia (Meisn.) Mez 1 1 1 1LAURACEAE Ocotea diospyrifolia (Meisn.) Mez 1 1 1 1 1LAURACEAE Ocotea dispersa (Nees) Mez 1 1 1 1 1 1LAURACEAE Ocotea divaricata (Nees) Mez 1 1 1 1 1 1 1 1LAURACEAE Ocotea elegans Mez 1 1 1 1 1 1LAURACEAE Ocotea floribunda (Sw.) Mez 1LAURACEAE Ocotea glauca (Nees) Mez 1LAURACEAE Ocotea glaziovii Mez 1 1LAURACEAE Ocotea indecora (Schott) Mez 1 1LAURACEAE Ocotea insignis Mez 1 1LAURACEAE Ocotea lancifolia (Schott) Mez 1 1 1 1 1 1LAURACEAE Ocotea laxa (Nees) Mez 1 1 1 1 1 1 1 1 1LAURACEAE Ocotea longifolia Kunth 1 1 1LAURACEAE Ocotea nitida (Meisn.) Rohwer 1LAURACEAE Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer 1 1 1 1 1 1LAURACEAE Ocotea percurrens Vicent. 1LAURACEAE Ocotea pluridomatiata Quinet 1LAURACEAE Ocotea porosa (Mez) L.Barroso 1LAURACEAE Ocotea puberula (Rich.) Nees 1LAURACEAE Ocotea pulchella Mart. 1LAURACEAE Ocotea silvestris Vattimo-Gil 1 1 1
105
Anexo 2.2. (Continuação 15)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COLAURACEAE Ocotea spectabilis (Meisn.) Mez 1LAURACEAE Ocotea spixiana (Nees) Mez 1LAURACEAE Ocotea tabacifolia (Meisn.) Rohwer 1LAURACEAE Ocotea velutina (Nees) Rohwer 1LAURACEAE Persea caesia Meisn. 1 1LAURACEAE Phyllostemonodaphne geminiflora (Mez) Kosterm. 1 1 1LAURACEAE Rhodostemonodaphne macrocalyx (Meisn.) Rohwer ex Madriñán 1 1LAURACEAE Urbanodendron bahiense (Meisn.) Rohwer 1 1LAURACEAE Urbanodendron verrucosum (Nees) Mez 1 1LAURACEAE Williamodendron cinnamomeum van der Werff 1LECYTHIDACEAE Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1LECYTHIDACEAE Cariniana legalis (Mart.) Kuntze 1 1 1 1 1 1LECYTHIDACEAE Couratari asterotricha Prance 1 1LECYTHIDACEAE Couratari macrosperma A.C.Sm. 1LECYTHIDACEAE Couratari pyramidata (Vell.) R.Knuth 1LECYTHIDACEAE Eschweilera mattossilvae S.A.Mori 1LECYTHIDACEAE Eschweilera ovata (Cambess.) Miers 1 1LECYTHIDACEAE Lecythis lanceolata Poir. 1 1LECYTHIDACEAE Lecythis lurida (Miers) S.A.Mori 1 1 1LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis Cambess. 1 1 1 1 1 1 1LINACEAE Roucheria dryadica Fraga & Fiaschi 1LYTHRACEAE Lafoensia glyptocarpa Koehne 1 1MAGNOLIACEAE Magnolia ovata (A.St.-Hil.) Spreng. 1 1 1MALPIGHIACEAE Barnebya dispar (Griseb.) W.R.Anderson & B.Gates 1 1 1MALPIGHIACEAE Bunchosia armeniaca (Cav.) DC. 1MALPIGHIACEAE Bunchosia maritima (Vell.) J.F.Macbr. 1MALPIGHIACEAE Byrsonima cacaophila W.R.Anderson 1 1MALPIGHIACEAE Byrsonima sericea DC. 1 1MALPIGHIACEAE Byrsonima stipulacea A.Juss. 1 1MALPIGHIACEAE Byrsonima variabilis A.Juss. 1MALVACEAE Cavanillesia arborea (Willd.) K.Schum. 1MALVACEAE Ceiba crispiflora (Kunth) Ravenna 1
106
Anexo 2.2. (Continuação 16)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COMALVACEAE Ceiba glaziovii (Kuntze) K.Schum. 1 1MALVACEAE Ceiba speciosa (A.St.-Hil.) Ravenna 1MALVACEAE Eriotheca candolleana (K.Schum.) A.Robyns 1 1 1MALVACEAE Eriotheca globosa (Aubl.) A.Robyns 1MALVACEAE Eriotheca macrophylla (K.Schum.) A.Robyns 1 1 1 1MALVACEAE Eriotheca pentaphylla (Vell.) A.Robyns 1 1 1 1 1MALVACEAE Guazuma crinita Mart. 1 1MALVACEAE Guazuma ulmifolia Lam. 1MALVACEAE Hydrogaster trinerve Kuhlm. 1 1MALVACEAE Luehea conwentzii K.Schum. 1MALVACEAE Luehea divaricata Mart. 1 1 1 1 1MALVACEAE Luehea grandiflora Mart. & Zucc. 1 1MALVACEAE Pachira calophylla (K.Schum.) Fern.-Alonso 1MALVACEAE Pachira stenopetala Casar. 1 1MALVACEAE Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A.Robyns 1 1 1 1 1MALVACEAE Pterygota brasiliensis Allemão 1 1 1MALVACEAE Quararibea penduliflora K.Schum. 1 1MALVACEAE Quararibea turbinata (Sw.) Poir. 1 1MALVACEAE Spirotheca passifloroides Cuatrec. 1MALVACEAE Sterculia apetala (Jacq.) H.Karst. 1MALVACEAE Sterculia chicha A.St.-Hil. 1MALVACEAE Sterculia excelsa Mart. 1 1MELASTOMATACEAE Henrietella glabra Cogn. 1 1MELASTOMATACEAE Henriettea saldanhaei Cogn. 1 1MELASTOMATACEAE Henriettea succosa (Aubl.) DC. 1 1 1MELASTOMATACEAE Leandra dasytricha (A.Gray) Cogn. 1MELASTOMATACEAE Leandra mosenii Cogn. 1MELASTOMATACEAE Meriania tetramera Wurdack 1MELASTOMATACEAE Miconia albicans (Sw.) Triana 1 1 1MELASTOMATACEAE Miconia brasiliensis Triana 1MELASTOMATACEAE Miconia buddlejoides Triana 1 1MELASTOMATACEAE Miconia cabussu Hoehne 1 1
107
Anexo 2.2. (Continuação 17)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COMELASTOMATACEAE Miconia calvescens Schrank & Mart. ex DC. 1 1 1MELASTOMATACEAE Miconia capixaba R. Goldenberg 1MELASTOMATACEAE Miconia cinerascens Miq. 1MELASTOMATACEAE Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin 1 1 1 1 1 1MELASTOMATACEAE Miconia dodecandra (Desr.) Cogn. 1 1MELASTOMATACEAE Miconia doriana Cogn. 1MELASTOMATACEAE Miconia hypoleuca (Benth.) Triana 1 1 1 1MELASTOMATACEAE Miconia latecrenata (DC.) Naudin 1 1 1 1MELASTOMATACEAE Miconia lepidota Schrank & Mart. ex DC. 1 1 1MELASTOMATACEAE Miconia longicuspis Cogn. 1MELASTOMATACEAE Miconia lurida Cogn. 1MELASTOMATACEAE Miconia mirabilis (Aubl.) L.Wms. 1 1 1MELASTOMATACEAE Miconia octopetala Cogn. 1MELASTOMATACEAE Miconia polyandra Gardner 1MELASTOMATACEAE Miconia prasina (Sw.) DC. 1 1 1 1 1 1 1 1MELASTOMATACEAE Miconia pusilliflora (DC.) Triana 1 1 1MELASTOMATACEAE Miconia pyrifolia Naudin 1 1MELASTOMATACEAE Miconia sellowiana Naudin 1MELASTOMATACEAE Miconia serrulata (DC.) Naudin 1MELASTOMATACEAE Miconia staminea DC. 1 1MELASTOMATACEAE Miconia tristis Spring 1 1MELASTOMATACEAE Tibouchina estrellensis (Raddi) Cogn. 1 1 1MELASTOMATACEAE Tibouchina fissinervia (Schrank & Mart. ex DC.) Cogn. 1MELASTOMATACEAE Tibouchina granulosa Cogn. 1 1 1MELASTOMATACEAE Tibouchina pulchra Cogn. 1MELIACEAE Cabralea canjerana (Vell.) Mart. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1MELIACEAE Cedrela fissilis Vell. 1 1 1MELIACEAE Cedrela odorata L. 1 1MELIACEAE Guarea blanchetii C.DC. 1MELIACEAE Guarea guidonia (L.) Sleumer 1 1 1 1 1 1MELIACEAE Guarea kunthiana A.Juss. 1 1 1 1 1MELIACEAE Guarea macrophylla Vahl 1 1 1 1 1 1 1 1 1
108
Anexo 2.2. (Continuação 18)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COMELIACEAE Guarea penningtoniana A. L. Pinheiro 1MELIACEAE Trichilia casaretti C.DC. 1 1 1 1 1MELIACEAE Trichilia catigua A.Juss. 1MELIACEAE Trichilia elegans A.Juss. 1 1 1 1 1MELIACEAE Trichilia emarginata (Turcz.) C.DC. 1MELIACEAE Trichilia hirta L. 1 1MELIACEAE Trichilia lepidota Mart. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1MELIACEAE Trichilia martiana C.DC. 1 1 1MELIACEAE Trichilia pallens C.DC. 1 1MELIACEAE Trichilia pallida Sw. 1MELIACEAE Trichilia pseudostipularis (A.Juss) C.DC. 1MELIACEAE Trichilia quadrijuga Kunth 1 1MELIACEAE Trichilia ramalhoi Rizzini 1MELIACEAE Trichilia silvatica C.DC. 1 1 1 1 1 1 1MELIACEAE Trichilia tetrapetala C.DC. 1MELIACEAE Trichilia tomentosa Harms 1MEMECYLACEAE Mouriri arborea Gardner 1 1MEMECYLACEAE Mouriri doriana Saldanha ex Cogn. 1MEMECYLACEAE Mouriri glazioviana Cogn. 1 1 1MEMECYLACEAE Mouriri regeliana Cogn. 1MONIMIACEAE Macrotorus utriculatus (Mart.) Perkins 1MONIMIACEAE Mollinedia acutissima Perkins 1MONIMIACEAE Mollinedia chrysolaena Perkins 1MONIMIACEAE Mollinedia cyathantha Perkins 1MONIMIACEAE Mollinedia fruticulosa Perkins 1MONIMIACEAE Mollinedia gilgiana Perkins 1MONIMIACEAE Mollinedia glabra (Spreng.) Perkins 1MONIMIACEAE Mollinedia heteranthera Perkins 1MONIMIACEAE Mollinedia lamprophylla Perkins 1MONIMIACEAE Mollinedia marquetiana Peixoto 1 1 1MONIMIACEAE Mollinedia oligantha Perkins 1 1 1MONIMIACEAE Mollinedia pachysandra Perkins 1 1
109
Anexo 2.2. (Continuação 19)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COMONIMIACEAE Mollinedia puberula Perkins 1 1MONIMIACEAE Mollinedia salicifolia Perkins 1MONIMIACEAE Mollinedia schottiana (Spreng.) Perkins 1 1 1 1 1 1MONIMIACEAE Mollinedia triflora (Spreng.) Tul. 1 1MONIMIACEAE Mollinedia uleana Perk. 1 1MORACEAE Brosimum glaucum Taub. 1MORACEAE Brosimum glaziovii Taub. 1 1 1 1 1 1 1MORACEAE Brosimum guianense (Aubl.) Huber 1 1 1 1 1 1 1 1 1MORACEAE Brosimum lactescens (S.Moore) C.C.Berg 1 1MORACEAE Brosimum rubescens Taub. 1MORACEAE Clarisia ilicifolia (Spreng.) Lanj. & Rossb. 1 1MORACEAE Clarisia racemosa Ruiz & Pav. 1 1 1 1MORACEAE Ficus adhatodifolia Schott 1 1MORACEAE Ficus cestrifolia Schott 1 1MORACEAE Ficus citrifolia Mill. 1 1MORACEAE Ficus clusiifolia Schott 1 1 1MORACEAE Ficus enormis (Mart. ex Miq.) Mart. 1MORACEAE Ficus gomelleira Kunth & Bouché 1 1 1 1 1 1 1 1MORACEAE Ficus hirsuta Schott 1MORACEAE Ficus insipida Willd. 1 1 1MORACEAE Ficus longifolia Schott 1MORACEAE Ficus mariae C.C.Berg et al. 1MORACEAE Ficus maxima P.Miller 1MORACEAE Ficus pulchella Schott 1 1 1 1MORACEAE Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) Rusby 1 1 1 1 1 1MORACEAE Maclura tinctoria (L.) Steud. 1 1MORACEAE Naucleopsis oblongifolia (Kuhlm.) Carauta 1 1 1 1 1 1MORACEAE Pseudolmedia hirtula Kuhlm. 1 1 1 1MORACEAE Sorocea bonplandii (Baill.) W.C.Burger et al. 1 1 1MORACEAE Sorocea guilleminiana Gaudich. 1 1 1 1 1 1 1 1 1MORACEAE Sorocea hilarii Gaudich. 1 1 1MYRISTICACEAE Virola bicuhyba (Schott) Warb. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
110
Anexo 2.2. (Continuação 20)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COMYRISTICACEAE Virola gardneri (A.DC.) Warb. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1MYRISTICACEAE Virola officinalis Warb. 1MYRSINACEAE Ardisia guyanensis (Aubl.) Mez 1MYRSINACEAE Ardisia martiana Miq. 1 1MYRSINACEAE Myrsine coriacea (Sw.) Roem. & Schult. 1 1 1 1 1 1MYRSINACEAE Myrsine gardneriana A.DC. 1MYRSINACEAE Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze 1MYRSINACEAE Myrsine lancifolia Mart. 1MYRSINACEAE Myrsine umbellata Mart. 1 1 1 1 1 1 1MYRSINACEAE Myrsine venosa A.DC. 1MYRTACEAE Blepharocalyx eggersii (Kiaersk.) Landrum 1MYRTACEAE Calyptranthes concinna DC. 1MYRTACEAE Calyptranthes grandiflora O.Berg 1MYRTACEAE Calyptranthes lanceolata O.Berg 1 1 1MYRTACEAE Calyptranthes lucida Mart. ex DC. 1 1 1 1 1 1 1 1 1MYRTACEAE Calyptranthes pauciflora O.Berg 1MYRTACEAE Calyptranthes pulchella DC. 1MYRTACEAE Calyptranthes strigipes O.Berg 1MYRTACEAE Calyptranthes widgreniana O.Berg 1MYRTACEAE Campomanesia aromatica (Aubl.) Griseb. 1MYRTACEAE Campomanesia espiritosantensis Landrum 1 1MYRTACEAE Campomanesia eugenioides (Cambess.) D.Legrand 1MYRTACEAE Campomanesia guaviroba (DC.) Kiaersk. 1 1 1 1 1 1MYRTACEAE Campomanesia guazumifolia (Cambess.) O.Berg 1 1MYRTACEAE Campomanesia hirsuta Gardner 1MYRTACEAE Campomanesia laurifolia Gardner 1 1MYRTACEAE Campomanesia reitziana D.Legrand 1MYRTACEAE Eugenia acutata Miq. 1 1 1MYRTACEAE Eugenia bahiensis DC. 1MYRTACEAE Eugenia bocainensis Mattos 1MYRTACEAE Eugenia brasiliensis Lam. 1 1 1MYRTACEAE Eugenia cambucarana Kiaersk. 1
111
Anexo 2.2. (Continuação 21)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COMYRTACEAE Eugenia candolleana DC. 1 1MYRTACEAE Eugenia capitulifera O.Berg 1MYRTACEAE Eugenia catharinensis D.Legrand 1 1MYRTACEAE Eugenia cerasiflora Miq. 1 1 1 1MYRTACEAE Eugenia chlorophylla O.Berg 1MYRTACEAE Eugenia copacabanensis Kiaersk. 1MYRTACEAE Eugenia cuprea (O.Berg) Nied. 1 1 1MYRTACEAE Eugenia disperma Vell. 1MYRTACEAE Eugenia egensis DC. 1MYRTACEAE Eugenia excelsa O.Berg 1 1 1 1 1 1MYRTACEAE Eugenia expansa Spring ex Mart. 1MYRTACEAE Eugenia florida DC. 1 1MYRTACEAE Eugenia francavilleana O.Berg 1MYRTACEAE Eugenia fusca O.Berg 1MYRTACEAE Eugenia involucrata DC. 1 1MYRTACEAE Eugenia itapemirimensis Cambess. 1MYRTACEAE Eugenia ligustrina (Sw.) Willd. 1 1MYRTACEAE Eugenia macahensis O.Berg 1MYRTACEAE Eugenia macrosperma DC. 1MYRTACEAE Eugenia magnifica Spring ex Mart. 1 1 1 1MYRTACEAE Eugenia mandioccensis O.Berg 1 1 1MYRTACEAE Eugenia melanogyna (D.Legrand) Sobral 1 1 1 1MYRTACEAE Eugenia moraviana O.Berg 1MYRTACEAE Eugenia multicostata D.Legrand 1MYRTACEAE Eugenia neoaustralis Sobral 1 1 1 1 1MYRTACEAE Eugenia neoglomerata Sobral 1 1 1MYRTACEAE Eugenia neoverrucosa Sobral 1MYRTACEAE Eugenia oblongata O.Berg 1 1 1 1MYRTACEAE Eugenia persicifolia O.Berg 1MYRTACEAE Eugenia piloensis Cambess. 1MYRTACEAE Eugenia platyphylla O.Berg 1 1MYRTACEAE Eugenia platysema O.Berg 1 1
112
Anexo 2.2. (Continuação 22)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COMYRTACEAE Eugenia prasina O.Berg 1 1 1 1MYRTACEAE Eugenia pruinosa D.Legrand 1 1MYRTACEAE Eugenia pyriflora O.Berg 1MYRTACEAE Eugenia repanda O.Berg 1MYRTACEAE Eugenia rostrata O.Berg 1 1MYRTACEAE Eugenia rugosissima Sobral 1MYRTACEAE Eugenia santensis Kiaersk. 1MYRTACEAE Eugenia stigmatosa DC. 1 1 1 1MYRTACEAE Eugenia subavenia O.Berg 1 1 1MYRTACEAE Eugenia subterminalis DC. 1MYRTACEAE Eugenia subundulata Kiaersk. 1MYRTACEAE Eugenia ternatifolia Cambess. 1 1MYRTACEAE Eugenia tinguyensis Cambess. 1 1 1 1 1 1 1MYRTACEAE Eugenia umbrosa O.Berg 1 1 1 1MYRTACEAE Eugenia xanthoxyloides Cambess. 1MYRTACEAE Eugenia xiriricana Mattos 1MYRTACEAE Marlierea acuminatissima (O.Berg) D.Legrand 1MYRTACEAE Marlierea antonia (O.Berg) D.Legrand 1MYRTACEAE Marlierea dimorpha O.Berg 1MYRTACEAE Marlierea estrellensis O.Berg 1MYRTACEAE Marlierea eugeniopsoides (D.Legrand & Kausel) D.Legrand 1MYRTACEAE Marlierea excoriata Mart. 1 1 1 1 1 1 1MYRTACEAE Marlierea glabra Cambess. 1MYRTACEAE Marlierea grandifolia O.Berg 1MYRTACEAE Marlierea involucrata (O.Berg) Nied. 1MYRTACEAE Marlierea obscura O.Berg 1 1 1 1 1 1 1MYRTACEAE Marlierea obversa D.Legrand 1 1MYRTACEAE Marlierea racemosa (Vell.) Kiaersk. 1 1MYRTACEAE Marlierea regeliana O.Berg 1 1MYRTACEAE Marlierea reitzii D.Legrand 1MYRTACEAE Marlierea silvatica (O.Berg) Kiaersk. 1 1 1 1 1 1MYRTACEAE Marlierea strigipes (Mart.) O.Berg 1
113
Anexo 2.2. (Continuação 23)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COMYRTACEAE Marlierea suaveolens Cambess. 1MYRTACEAE Marlierea tomentosa Cambess. 1 1 1 1 1 1 1MYRTACEAE Myrceugenia kleinii D.Legrand & Kausel 1MYRTACEAE Myrceugenia miersiana (Gardner) D.Legrand & Kausel 1 1MYRTACEAE Myrceugenia myrcioides (Cambess.) O.Berg 1 1 1 1MYRTACEAE Myrceugenia pilotantha (Kiaersk.) Landrum 1MYRTACEAE Myrceugenia reitzii D.Legrand & Kausel 1MYRTACEAE Myrcia anacardiifolia Gardner 1 1 1MYRTACEAE Myrcia anceps (Spreng.) O.Berg 1 1MYRTACEAE Myrcia bicolor Kiaersk. 1MYRTACEAE Myrcia brasiliensis Kiaersk. 1MYRTACEAE Myrcia crocea Kiaersk. 1 1 1MYRTACEAE Myrcia eriopus DC. 1MYRTACEAE Myrcia follii G.Barroso & Peixoto 1 1MYRTACEAE Myrcia grandifolia Cambess. 1 1MYRTACEAE Myrcia hexasticha Kiaersk. 1MYRTACEAE Myrcia hispida O.Berg 1MYRTACEAE Myrcia ilheosensis Kiaersk. 1 1MYRTACEAE Myrcia insularis Gardner 1MYRTACEAE Myrcia isaiana G.Barroso & Peixoto 1MYRTACEAE Myrcia lineata (O.Berg) Nied. 1 1MYRTACEAE Myrcia macrocarpa DC. 1MYRTACEAE Myrcia montana Cambess. 1MYRTACEAE Myrcia multiflora (Lam.) DC. 1 1MYRTACEAE Myrcia plusiantha Kiaersk. 1 1MYRTACEAE Myrcia pubiflora DC. 1MYRTACEAE Myrcia pubipetala Miq. 1 1 1MYRTACEAE Myrcia racemosa (O.Berg) Kiaersk. 1 1 1 1 1MYRTACEAE Myrcia recurvata O.Berg 1MYRTACEAE Myrcia riodocensis G.Barroso & Peixoto 1MYRTACEAE Myrcia spectabilis DC. 1 1 1 1 1 1 1 1MYRTACEAE Myrcia splendens (Sw.) DC. 1 1 1 1 1 1 1 1
114
Anexo 2.2. (Continuação 24)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COMYRTACEAE Myrcia subrugosa Kiaersk. 1MYRTACEAE Myrcia tenuifolia (O.Berg) Sobral 1MYRTACEAE Myrcia tenuivenosa Kiaersk. 1 1 1 1MYRTACEAE Myrciaria cuspidata O.Berg 1MYRTACEAE Myrciaria disticha O.Berg 1 1MYRTACEAE Myrciaria floribunda (H.West ex Willd.) O.Berg 1 1 1 1 1 1MYRTACEAE Myrciaria strigipes O.Berg 1MYRTACEAE Neomitranthes glomerata (D.Legrand) D.Legrand 1 1 1 1MYRTACEAE Neomitranthes langsdorfii (O. Berg) Mattos 1MYRTACEAE Neomitranthes warmingiana (Kiaersk.) Mattos 1MYRTACEAE Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) Landrum 1MYRTACEAE Plinia cauliflora (Mart.) Kausel 1 1 1MYRTACEAE Plinia complanata M.L.Kawasaki & B.Holst 1MYRTACEAE Plinia grandifolia (Mattos) Sobral 1MYRTACEAE Plinia involucrata (O.Berg) McVaugh 1 1MYRTACEAE Plinia pauciflora M.L.Kawasaki & B.Holst 1MYRTACEAE Plinia renatiana G.Barroso & Peixoto 1MYRTACEAE Plinia rivularis (Cambess.) Rotman 1 1MYRTACEAE Plinia stictophylla G.Barroso & Peixoto 1 1MYRTACEAE Psidium cattleianum Sabine 1MYRTACEAE Psidium rufum DC. 1MYRTACEAE Psidium sartorianum (O.Berg) Nied. 1MYRTACEAE Siphoneugena dussii (Krug & Urb.) C.Proença 1NYCTAGINACEAE Andradea floribunda Allemão 1 1 1NYCTAGINACEAE Guapira areolata (Heimerl) Lundell 1NYCTAGINACEAE Guapira hirsuta (Choisy) Lundell 1NYCTAGINACEAE Guapira hoehnei (Standl.) Lundell 1 1NYCTAGINACEAE Guapira laxiflora (Choisy) Lundell 1 1NYCTAGINACEAE Guapira noxia (Netto) Lundell 1 1 1NYCTAGINACEAE Guapira obtusata (Jacq.) Lundell 1NYCTAGINACEAE Guapira opposita (Vell.) Reitz 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1NYCTAGINACEAE Guapira venosa (Choisy) Lundell 1
115
Anexo 2.2. (Continuação 25)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL CONYCTAGINACEAE Neea floribunda Poepp. & Endl. 1 1NYCTAGINACEAE Ramisia brasiliensis Oliver 1OCHNACEAE Elvasia capixaba Fraga & Saavedra 1OCHNACEAE Elvasia tricarpellata Sastre 1OCHNACEAE Ouratea gigantophylla (Erhard) Engl. 1OCHNACEAE Ouratea parviflora (DC.) Baill. 1OLACACEAE Aptandra tubicina (Poepp.) Benth. ex Miers 1OLACACEAE Cathedra rubricaulis Miers 1OLACACEAE Heisteria ovata Benth. 1 1 1OLACACEAE Heisteria perianthomega (Vell.) Sleumer 1 1OLACACEAE Heisteria silvianii Schwacke 1 1 1 1 1 1OLACACEAE Minquartia guianensis Aubl. 1OLACACEAE Schoepfia brasiliensis A.DC. 1 1 1OLACACEAE Tetrastylidium grandifolium (Baill.) Sleumer 1 1 1 1 1OLEACEAE Chionanthus filiformis (Vell.) P.S.Green 1OLEACEAE Chionanthus micranthus (Mart.) Lozzano & Fuertes 1OPILIACEAE Agonandra excelsa Griseb. 1PENTAPHYLACACEAE Ternstroemia brasiliensis Cambess. 1PHYLLANTHACEAE Amanoa guianensis Aubl. 1PHYLLANTHACEAE Hieronyma alchorneoides Allemão 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1PHYLLANTHACEAE Hieronyma oblonga (Tul.) Müll.Arg. 1 1 1PHYLLANTHACEAE Margaritaria nobilis L.f. 1 1 1 1 1PHYLLANTHACEAE Phyllanthus umbratus Müll.Arg. 1PHYLLANTHACEAE Savia dictyocarpa Müll.Arg. 1PHYTOLACCACEAE Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms 1 1 1PHYTOLACCACEAE Seguieria langsdorffii Moq. 1PICRAMNIACEAE Picramnia ciliata Mart. 1PICRAMNIACEAE Picramnia gardneri Planch. 1PICRAMNIACEAE Picramnia glazioviana Engl. 1PICRAMNIACEAE Picramnia ramiflora Planch. 1PICRODENDRACEAE Paradrypetes ilicifolia Kuhlm. 1 1PIPERACEAE Piper aduncum L. 1 1
116
Anexo 2.2. (Continuação 26)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COPIPERACEAE Piper amalago L. 1PIPERACEAE Piper cernuum Vell. 1POLYGALACEAE Polygala pulcherrima Kuhlm. 1 1POLYGONACEAE Coccoloba alnifolia Casar. 1POLYGONACEAE Coccoloba declinata (Vell.) Mart. 1POLYGONACEAE Coccoloba warmingii Meisn. 1 1POLYGONACEAE Ruprechtia laxiflora Meisn. 1PROTEACEAE Euplassa cantareirae Sleumer 1PROTEACEAE Roupala consimilis Mez ex Taub. 1PROTEACEAE Roupala montana Aubl. 1 1 1 1 1PROTEACEAE Roupala paulensis Sleumer 1PUTRANJIVACEAE Drypetes sessiliflora Allemão 1 1 1QUIINACEAE Quiina glaziovii Engl. 1 1 1 1 1 1 1 1 1RHAMNACEAE Rhamnidium glabrum Reissek 1RHAMNACEAE Ziziphus platyphylla Reissek 1 1ROSACEAE Prunus myrtifolia (L.) Urb. 1 1 1 1RUBIACEAE Alseis floribunda Schott 1 1 1 1 1 1 1RUBIACEAE Alseis pickelii Pilg. & Schmale 1RUBIACEAE Amaioua guianensis Aubl. 1 1 1 1 1 1 1 1 1RUBIACEAE Amaioua pilosa K.Schum. 1RUBIACEAE Bathysa australis (A.St.-Hil.) Benth. & Hook.f. 1 1 1 1 1 1RUBIACEAE Bathysa cuspidata (A.St.-Hil.) Hook.f. 1RUBIACEAE Bathysa gymnocarpa K.Schum. 1 1RUBIACEAE Bathysa mendoncae K.Schum. 1 1 1 1RUBIACEAE Bathysa stipulata (Vell.) Presl. 1 1 1 1RUBIACEAE Chomelia pubescens Cham. & Schltdl. 1 1RUBIACEAE Cordiera concolor (Cham.) Kuntze 1RUBIACEAE Cordiera elliptica (Cham.) Kuntze 1RUBIACEAE Cordiera myrciifolia (K.Schum.) C.Perss. & Delprete 1 1RUBIACEAE Cordiera sessilis (Vell.) Kuntze 1RUBIACEAE Coussarea contracta (Walp.) Müll.Arg. 1 1RUBIACEAE Coussarea meridionalis (Vell.) Müll.Arg. 1 1
117
Anexo 2.2. (Continuação 27)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL CORUBIACEAE Coussarea nodosa (Benth.) Müll.Arg. 1 1RUBIACEAE Coutarea hexandra (Jacq.) K.Schum. 1RUBIACEAE Faramea monantha Müll.Arg. 1RUBIACEAE Faramea oligantha Müll.Arg. 1RUBIACEAE Genipa americana L. 1RUBIACEAE Genipa infundibuliformis Zappi & Semir 1RUBIACEAE Guettarda angelica Mart. ex Müll.Arg. 1RUBIACEAE Guettarda viburnoides Cham. & Schltdl. 1RUBIACEAE Ixora brevifolia Benth. 1 1RUBIACEAE Melanopsidium nigrum Colla 1 1RUBIACEAE Posoqueria latifolia (Rudge) Roem. & Schult. 1 1 1 1RUBIACEAE Psychotria carthagenensis Jacq. 1 1 1 1 1RUBIACEAE Psychotria leiocarpa Cham. & Schltdl. 1RUBIACEAE Psychotria mapourioides DC. 1 1 1 1 1RUBIACEAE Psychotria schlechtendaliana Müll. Arg. 1RUBIACEAE Psychotria suterella Müll.Arg. 1 1 1RUBIACEAE Psychotria vellosiana Benth. 1 1 1 1 1 1RUBIACEAE Randia armata (Sw.) DC. 1 1 1 1 1 1 1 1RUBIACEAE Riodocea pulcherrima Delprete 1RUBIACEAE Rudgea crassifolia Zappi & E.Lucas 1RUBIACEAE Rudgea jasminoides (Cham.) Müll.Arg. 1 1 1 1 1 1RUBIACEAE Rudgea reticulata Benth. 1RUBIACEAE Rustia formosa (Cham. & Schltdl. ex DC.) Klotzsch 1 1 1RUBIACEAE Rustia gracilis K.Schum. 1 1RUBIACEAE Simira glaziovii (K.Schum.) Steyerm. 1 1 1RUBIACEAE Simira grazielae Peixoto 1 1RUBIACEAE Simira sampaioana (Standl.) Steyerm. 1 1 1RUBIACEAE Simira viridiflora (Allemão & Saldanha) K.Schum. 1 1RUBIACEAE Tocoyena brasiliensis Mart. 1 1RUTACEAE Dictyoloma peruvianum Planch. 1RUTACEAE Dictyoloma vandellianum A.Juss. 1 1RUTACEAE Esenbeckia grandiflora Mart. 1 1
118
Anexo 2.2. (Continuação 28)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL CORUTACEAE Esenbeckia leiocarpa Engl. 1RUTACEAE Galipea laxiflora Engl. 1 1RUTACEAE Hortia arborea Engl. 1 1 1RUTACEAE Metrodorea maracasana Kaastra 1RUTACEAE Metrodorea nigra A.St.-Hil. 1 1 1RUTACEAE Neoraputia alba (Nees) Emmerich 1 1 1RUTACEAE Neoraputia magnifica (Engl.) Emmerich 1RUTACEAE Pilocarpus grandiflorus Engl. 1RUTACEAE Pilocarpus pauciflorus A.St.-Hil. 1 1RUTACEAE Pilocarpus riedelianus Engl. 1RUTACEAE Zanthoxylum rhoifolium Lam. 1 1 1 1 1 1 1 1SABIACEAE Meliosma sellowii Urb. 1 1 1SABIACEAE Meliosma sinuata Urb. 1SALICACEAE Banara brasiliensis (Schott) Benth. 1SALICACEAE Banara kuhlmannii (Sleumer) Sleumer 1 1 1SALICACEAE Banara serrata (Vell.) Warb. 1 1SALICACEAE Casearia arborea (Rich.) Urb. 1 1 1 1 1SALICACEAE Casearia bahiensis Sleumer 1SALICACEAE Casearia commersoniana Cambess. 1 1 1 1 1SALICACEAE Casearia decandra Jacq. 1 1 1 1 1 1SALICACEAE Casearia gossypiosperma Briq. 1SALICACEAE Casearia obliqua Spreng. 1 1SALICACEAE Casearia oblongifolia Cambess. 1 1SALICACEAE Casearia pauciflora Cambess. 1 1SALICACEAE Casearia sylvestris Sw. 1 1 1 1 1 1 1SALICACEAE Casearia ulmifolia Vahl 1SALICACEAE Xylosma glaberrima Sleumer 1 1 1SAPINDACEAE Allophylus heterophyllus (Cambess.) Radlk. 1SAPINDACEAE Allophylus laevigatus (Turcz.) Radlk. 1SAPINDACEAE Allophylus petiolulatus Radlk. 1 1 1 1 1 1 1SAPINDACEAE Cupania crassifolia Radlk. 1SAPINDACEAE Cupania emarginata Cambess. 1 1
119
Anexo 2.2. (Continuação 29)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COSAPINDACEAE Cupania furfuracea Radlk. 1 1SAPINDACEAE Cupania oblongifolia Mart. 1 1 1 1 1 1 1SAPINDACEAE Cupania racemosa (Vell.) Radlk. 1 1 1 1 1 1 1SAPINDACEAE Cupania rugosa Radlk. 1 1SAPINDACEAE Cupania schizoneura Radlk. 1 1SAPINDACEAE Cupania scrobiculata Rich. 1 1SAPINDACEAE Cupania vernalis Cambess. 1SAPINDACEAE Cupania zanthoxyloides Cambess. 1 1SAPINDACEAE Dilodendron elegans (Radlk.) A.H.Gentry & Steyerm. 1SAPINDACEAE Matayba arborescens (Aubl.) Radlk. 1SAPINDACEAE Matayba guianensis Aubl. 1 1 1 1 1 1 1SAPINDACEAE Matayba juglandifolia Radlk. 1 1SAPINDACEAE Melicoccus oliviformis Kunth 1 1SAPINDACEAE Pseudima frutescens (Aubl.) Radlk. 1 1SAPINDACEAE Talisia cerasina Radlk. 1SAPINDACEAE Talisia coriacea Radlk. 1 1SAPINDACEAE Talisia cupularis (A.St.-Hil.) Radlk. 1 1SAPINDACEAE Tripterodendron filicifolium (Linden) Radlk. 1 1 1SAPOTACEAE Chrysophyllum flexuosum Mart. 1 1 1 1 1 1 1 1 1SAPOTACEAE Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler) Engl. 1 1 1SAPOTACEAE Chrysophyllum imperiale (Linden ex Koch & Fintelmann) Benth. & Hook.f. 1SAPOTACEAE Chrysophyllum inornatum Mart. 1 1 1SAPOTACEAE Chrysophyllum lucentifolium Cronq. 1 1 1 1 1SAPOTACEAE Chrysophyllum splendens Spreng. 1 1 1 1 1 1 1SAPOTACEAE Chrysophyllum viride Mart. & Eichler 1SAPOTACEAE Diploön cuspidatum (Hoehne) Cronq. 1 1 1 1 1 1SAPOTACEAE Ecclinusa guianensis Eyma 1SAPOTACEAE Ecclinusa ramiflora Mart. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1SAPOTACEAE Manilkara longifolia (A.DC.) Dubard 1 1SAPOTACEAE Manilkara maxima T.D.Penn. 1SAPOTACEAE Manilkara salzmannii (A.DC.) Lam. 1 1SAPOTACEAE Manilkara subsericea (Mart.) Dubard 1 1
120
Anexo 2.2. (Continuação 30)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COSAPOTACEAE Micropholis compta Pierre 1 1SAPOTACEAE Micropholis crassipedicellata (Mart. & Eichler) Pierre 1 1 1 1 1 1 1 1SAPOTACEAE Micropholis gardneriana (A.DC.) Pierre 1 1 1 1 1 1SAPOTACEAE Micropholis guyanensis (A.DC.) Pierre 1 1 1SAPOTACEAE Micropholis venulosa (Mart. & Eichler) Pierre 1SAPOTACEAE Pouteria bangii (Rusby) T.D.Penn. 1 1 1 1 1 1 1 1SAPOTACEAE Pouteria bapeba T.D.Penn. 1SAPOTACEAE Pouteria bilocularis (H.Winkl.) Baehni 1SAPOTACEAE Pouteria bullata (S.Moore) Baehni 1 1 1SAPOTACEAE Pouteria butyrocarpa (Kuhlm.) T.D.Penn. 1SAPOTACEAE Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk. 1 1 1 1 1 1SAPOTACEAE Pouteria coelomatica Rizz. 1 1SAPOTACEAE Pouteria cuspidata (A.DC.) Baehni 1 1 1SAPOTACEAE Pouteria durlandii (Standley) Baehni 1SAPOTACEAE Pouteria filipes Eyma 1 1 1 1 1SAPOTACEAE Pouteria gardneri (Mart. & Miq.) Baehni 1 1SAPOTACEAE Pouteria gardneriana (A.DC.) Radlk. 1SAPOTACEAE Pouteria grandiflora (A.DC.) Baehni 1 1SAPOTACEAE Pouteria guianensis Aubl. 1 1 1SAPOTACEAE Pouteria hispida Eyma 1 1SAPOTACEAE Pouteria macahensis (Glaz.) T.D.Penn. 1 1SAPOTACEAE Pouteria pachycalyx T.D.Penn. 1 1SAPOTACEAE Pouteria procera (Mart.) T.D.Penn. 1SAPOTACEAE Pouteria psammophila (A.DC.) Radlk. 1 1 1SAPOTACEAE Pouteria reticulata (Engl.) Eyma 1 1 1 1 1SAPOTACEAE Pouteria sagotiana (Baill.) Eyma 1SAPOTACEAE Pouteria torta (Mart.) Radlk. 1 1SAPOTACEAE Pouteria venosa (Mart.) Baehni 1 1 1 1SAPOTACEAE Pradosia kuhlmanii Toledo 1 1 1 1SAPOTACEAE Pradosia lactescens (Vell.) Radlk. 1 1 1 1 1 1SAPOTACEAE Sarcaulus brasiliensis (A.DC.) Eyma 1SIMAROUBACEAE Simaba cedron Planch. 1 1
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Anexo 2.2. (Continuação 31)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COSIMAROUBACEAE Simaba subcymosa A.St.-Hil. & Tul. 1 1SIMAROUBACEAE Simarouba amara Aubl. 1 1 1 1 1SIPARUNACEAE Siparuna guianensis Aubl. 1 1 1 1 1 1SIPARUNACEAE Siparuna reginae (Tul.) A.DC. 1 1 1SOLANACEAE Acnistus arborescens (L.) Schltdl. 1SOLANACEAE Aureliana fasciculata (Vell.) Sendtn. 1 1SOLANACEAE Brunfelsia clandestina Plowman 1SOLANACEAE Cestrum laevigatum Schltdl. 1SOLANACEAE Metternichia princeps Mik. 1 1 1SOLANACEAE Solanum lepidotum Dunal 1SOLANACEAE Solanum melissarum Bohs 1 1SOLANACEAE Solanum pseudoquina A.St.-Hil. 1 1SOLANACEAE Solanum sooretamum Carvalho 1SOLANACEAE Solanum swartzianum Roem. & Schult. 1 1 1 1STYRACACEAE Styrax latifolius Pohl 1SYMPLOCACEAE Symplocos celastrinea Mart. ex Miq. 1 1SYMPLOCACEAE Symplocos laxiflora Benth. 1SYMPLOCACEAE Symplocos mosenii Brand 1SYMPLOCACEAE Symplocos nitens Benth. 1SYMPLOCACEAE Symplocos variabilis Mart. ex Miq. 1 1 1THYMELAEACEAE Daphnopsis martii Meisn. 1 1 1TRIGONIACEAE Trigoniodendron spiritusanctense E.F.Guim. & J.Miguel 1 1 1ULMACEAE Ampelocera glabra Kuhlm. 1URTICACEAE Cecropia glaziovii Snethl. 1 1 1 1URTICACEAE Cecropia hololeuca Miq. 1 1URTICACEAE Cecropia pachystachya Trécul 1 1 1 1 1 1 1URTICACEAE Coussapoa curranii S.F.Blake 1 1 1URTICACEAE Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini 1 1 1 1URTICACEAE Coussapoa pachyphylla Akkermans & C.C.Berg 1 1URTICACEAE Pourouma bicolor Mart. 1URTICACEAE Pourouma guianensis Aubl. 1 1 1 1 1 1 1 1URTICACEAE Pourouma mollis Trécul 1
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Anexo 2.2. (Continuação 32)
FAMÍLIA ESPÉCIE RC UB CA IN CV IU IE UN PO PA IL CI LI SL COURTICACEAE Pourouma velutina Mart. 1 1VERBENACEAE Citharexylum myrianthum Cham. 1 1VIOLACEAE Amphirrhox longifolia (A.St.-Hil.) Spreng. 1 1 1VIOLACEAE Paypayrola blanchetiana Tul. 1VIOLACEAE Rinorea bahiensis (Moric.) Kuntze 1 1VIOLACEAE Rinorea guianensis Aubl. 1 1 1 1 1VOCHYSIACEAE Qualea cryptantha (Spreng.) Warm. 1VOCHYSIACEAE Qualea gestasiana A.St.-Hil. 1 1VOCHYSIACEAE Qualea glaziovii Warm. 1VOCHYSIACEAE Qualea jundiahy Warm. 1VOCHYSIACEAE Qualea megalocarpa Stafleu 1VOCHYSIACEAE Vochysia acuminata Bong. 1VOCHYSIACEAE Vochysia bifalcata Warm. 1 1VOCHYSIACEAE Vochysia oppugnata Warm. 1VOCHYSIACEAE Vochysia rectiflora Warm. 1VOCHYSIACEAE Vochysia riedeliana Stafleu 1 1VOCHYSIACEAE Vochysia santaluciae M.C. Vianna & Fontella 1VOCHYSIACEAE Vochysia thyrsoidea Pohl 1WINTERACEAE Drimys brasiliensis Miers 1
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