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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO Instituto de Ciências Exatas e Biológicas Dissertação Síntese e Avaliação Biológica de 3,5- Diarilisoxazóis: Potenciais Agentes Quimioterápicos Antimicrobianos e Antichagásicos Aline Aparecida Nunes de Souza Programa de Pós-Graduação em Química PPGQUIM Ouro Preto 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL

DE OURO PRETO

Instituto de Ciências Exatas e

Biológicas

Dissertação

Síntese e Avaliação Biológica de 3,5-

Diarilisoxazóis: Potenciais Agentes

Quimioterápicos Antimicrobianos e

Antichagásicos

Aline Aparecida Nunes de Souza

Programa de Pós-Graduação em Química

PPGQUIM

Ouro Preto

2016

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i

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO

Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Exatas e Biológicas Programa de Pós-Graduação em Química

SÍNTESE E AVALIAÇÃO BIOLÓGICA DE 3,5-DIARILISOXAZÓIS: POTENCIAIS

AGENTES QUIMIOTERÁPICOS ANTIMICROBIANOS E ANTICHAGÁSICOS

Área de concentração:

Química Orgânica

Ouro Preto/MG

Junho de 2016

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós- Graduação Química da Universidade

Federal de Ouro Preto, como parte

dos requisitos para obtenção do título de

Mestre em Química.

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AGRADECIMENTOS

Primeiro agradeço a Deus, por sempre me guiar pelos caminhos certos, os

quais, me trouxeram nesse momento.

Aos meus pais Lelio e Neidimar e a meus irmãos Natália e Rafael, que foram,

são e sempre serão a razão da minha força de vontade de sempre vencer, apesar

dos obstáculos. Sem eles e o apoio deles nada disso seria possível! Amo vocês!

Ao meu orientador Prof. Jason, por ter me recebido tão bem em seu grupo de

pesquisa, por ter me conduzido a um amadurecimento científico e por sempre me

incentivar.

Agradeço as minhas amigas, que considero como irmãs, Paula e Ana Paula

pela imensa ajuda que me deram, pelo apoio, pelas brincadeiras, pelos momentos

de serenidade, de conversas longas, de desabafos, de risos misturados com

lágrimas, pelos vários encontros fora da Universidade, e pela acolhida na casa de

vocês, que agora considero como parte da minha família. Amizade para a vida toda!

Agradeço imensamente aos meus amigos Josierika, Marlon, Gleice, Viviane,

Josilene, Priscila e Diego pelo companheirismo, amizade, conselhos e pelos

momentos de alegria.

Ao Professor Marcelo Siqueira Valle e a Professora Viviane Rebello dos

Santos Martins, por terem aceitado o convite para fazerem parte da minha banca.

A UFU, pela grande instituição de ensino que é e ter me proporcionado

conhecimento suficiente para ingressar no Mestrado da UFOP.

Ao Prof. Anízio, que sempre me incentivou a continuar no caminho

acadêmico, aprimorando sempre os conhecimentos.

A UFV, UNICAMP e UFMG por ceder o uso do aparelho de RMN, e aos

técnicos que fizeram as análises.

A FioCruz e ao técnico Policarpo por se disponibilizar para a realização dos

testes biológicos para Chagas.

A Janaína e Tatiana pela colaboração e disponibilizarem tempo para realizar

os testes antimicrobianos.

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v

SUMÁRIO

LISTA DE ESQUEMAS ................................................................................... ............iii

LISTA DE FIGURAS ...................................................................................................iv

LISTA DE TABELAS....................................................................................................vi

LISTA DE ABREVIAÇÕES.........................................................................................vii

RESUMO.....................................................................................................................1

1. INTRODUÇÃO ........................................................................... ....................2

1.1 Doença de Chagas...........................................................................2

1.1.1 A Epidemia da Doença de Chagas.....................................2

1.1.2 Ciclo de vida do Tripanossoma cruzi..................................4

1.1.3. Quimioterapia para a Doença de Chagas..........................5

1.2 Isoxazóis...........................................................................................7

1.2.1 Importância e Relevância na Inovação de Fármacos.........7

1.2.2 Obtenção de Isoxazóis 3,5-dissubstiuídos..........................9

2. REVISÃO DAS METODOLOGIAS PARA SÍNTESE DOS ISOXAZÓIS.......10

2.1 Principais métodos para obtenção dos isoxazóis ..........................10

2.1.1 β-Dicetonas.......................................................................10

2.1.2 Compostos carbonilados α-β insaturadas.........................10

2.1.3 Flavonas............................................................................11

2.1.4 Cicloadição........................................................................12

2.2 Moléculas Bioativas contra T.Cruzi ................................................14

2.2.1 1,2,4-Oxadiazóis................................................................14

2.2.2 Derivados de nitroftalazinas..............................................15

2.2.3 Nitroisoindóis.....................................................................16

2.2.4 Tiazóis...............................................................................17

2.2.5. Derivados de 3-nitrotriazóis..............................................18

2.3 Considerações finais.......................................................................19

3. OBJETIVOS..................................................................................................20

3.1 Objetivos gerais..............................................................................20

3.2 Objetivos específicos.......................................................................20

4. PARTE EXPERIMENTAL..............................................................................21

4.1 Técnicas utilizadas para a caracterização dos compostos.............21

4.2 Procedimentos de síntese e dados de caracterização...................21

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vi

4.2.1 Síntese dos Isoxazóis e seus Intermediários....................21

4.2.2 Síntese da 3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona (40).............22

4.2.3 Síntese dos ésteres (41)...................................................23

4.2.4 Síntese das β-dicetonas (42).............................................31

4.2.5 Síntese das flavonas (43)..................................................33

4.2.6 Síntese dos isoxazóis a partir das β-dicetonas (44)..........39

4.2.7 Síntese dos isoxazóis a partir das flavonas (44)...............40

4.2.8 Alquilação dos isoxazóis (45)............................................45

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................54

5.1 Síntese dos Isoxazóis e seus Intermediários..................................54

5.1.1 Síntese da 3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona (40).............54

5.1.2 Síntese dos ésteres (41)...................................................57

5.1.3 Síntese das β-dicetonas (42).............................................61

5.1.4 Síntese das flavonas (43) .................................................64

5.1.5 Síntese dos isoxazóis (44) .............................................69

5.1.6 Alquilação dos isoxazóis (45)............................................76

6. TESTES BIOLÓGICOS..............................................................................80

6.1 Avaliação da atividade antichagásica.............................................80

6.1.1 Resultados.........................................................................80

6.2 Introdução: Avaliação da atividade antimicrobiana.........................83

6.2.1 Resultados.........................................................................84

7. CONCLUSÕES...........................................................................................86

8. REFERÊNCIAS...........................................................................................87

ANEXO I.......................................................................................................92

ANEXO II.......................................................................................................96

ii

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vii

LISTA DE ESQUEMAS

Esquema 1- Mecanismo de ação proposto para os fármacos Nifurtimox (1) e

Benzonidazol (2)................................................................................................................6

Esquema 2- Diferentes materiais de partida para obtenção dos isoxazóis.......................9

Esquema 3- Estudo da influência dos substituintes na razão isomérica ........................10

Esquema 4- Metodologia para obtenção dos isoxazóis 3,5-dissubstituídos...................11

Esquema 5- Rota sintética para obtenção dos isoxazois................................................12

Esquema 6- Formação de isoxazóis substituídos pelas reações de óxidos de nitrila com

alcenos e alcinos..............................................................................................................13

Esquema 7- Formação de isoxazóis 3,5-dissubstituídos pela cicloadição de óxidos de

nitrila.......................................................................................................... .......................13

Esquema 8- Rota sintética para a obtenção dos isoxazóis 3,5 dissubstituídos.............20

Esquema 9- Equação reacional para a síntese do composto 40.....................................54

Esquema 10- Proposta do mecanismo reacional para a síntese da 3,5-diclo-2-

idroxiacetofenona (Rearranjo de Fries)............................................................................55

Esquema 11- Metodologia sintética para obtenção dos compostos 41a – 41w..............58

Esquema 12- Síntese dos compostos 42a – 42w .......................................................62

Esquema 13- Proposta de mecanismo reacional para a síntese das β-dicetonas

(Rearranjo de Baker Venkataraman)...............................................................................63

Esquema 14- Síntese dos compostos 43b a 43w............................................................64

Esquema 15- Proposta de mecanismo reacional para a síntese das flavonas................65

Esquema 16- Rota sintética para obtenção dos isoxazóis através das β-dicetonas.......68

Esquema 17 - Síntese dos isoxazóis 3,5-dissubstituídos 44a a 44w...............................69

Esquema 18- Mecanismo reacional proposto para a formação dos isoxazóis................71

Esquema 19- Alquilação de alguns isoxazóis obtidos como mistura isomérica..............76

iii

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viii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Foto do transmissor do protozoário Tripanossoma cruzi....................................2

Figura 2- Pessoa picada pelo vetor (esquerda), comparação de um coração sadio com

um no estágio crônico da doença de Chagas (direita).......................................................3

Figura 3- Ciclo biológico do Tripanosoma cruzi.................................................................5

Figura 4- Estruturas Químicas do Nifurtimox (1) e Benzonidazol (2).................................5

Figura 5- Isoxazol...............................................................................................................7

Figura 6- Muscimol.............................................................................................................7

Figura 7- Resultados da aplicação das moléculas na cepa Y do Tripanossoma cruzi....15

Figura 8- Resultados da aplicação das moléculas imidazol e derivados no nitroftalazinas

das formas amastigota e tripomastigota do Tripanossoma cruzi.....................................16

Figura 9- Resultados da aplicação das moléculas 3-alcoxi-1-alquil-5-nitroindazóis das

formas amastigota e tripomastigota do Tripanossoma cruzi............................................17

Figura 10- Resultados da aplicação das moléculas 4-aril tiazolilo hidrazona da forma

tripomastigota do Tripanossoma cruzi.............................................................................17

Figura 11-- Resultados da aplicação das moléculas derivadas de triazóis da forma

amastigota do Tripanossoma cruzi..................................................................................18

Figura 12- Numeração das moléculas correspondente às nomenclaturas......................22

Figura 13- Espectro de massas do composto 40.............................................................56

Figura 14- Espectro de RMN ¹H da 3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona em CDCl3 em

aparelho de 300 MHz.......................................................................................................56

Figura 15- Espectro de RMN ¹³C da 3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona em CDCl3 em

aparelho de 75 MHz.........................................................................................................57

Figura 16- Espectro de massas do composto 41b...........................................................59

Figura 17- Espectro de RMN ¹H 1-acetilfenil-4-metoxibenzoato em CDCl3 em aparelho

de 500 MHz .................................................................................................................. ...60

Figura 18- Espectro de RMN ¹³C 1-acetilfenil-4-metoxibenzoato em CDCl3 em aparelho

de 125 MHz......................................................................................................................61

Figura 19- Espectro de RMN ¹H da dicetona 42a em CDCl3 em aparelho de 300 MHz..64

Figura 20- Espectro de massas do composto 43b...........................................................66

iv

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ix

Figura 21- Espectro de RMN ¹H 2-(4-metoxifenil)-4H-croman-4-ona em CDCl3 em

aparelho de 500 MHz.......................................................................................................67

Figura 22- Espectro de RMN ¹H 2-(4-metoxifenil)-4H-croman-4-ona em CDCl3 em

aparelho de 125 MHz.......................................................................................................68

Figura 23- Espectro de massas do composto 44c...........................................................71

Figura 24- Espectro de RMN ¹H 1''-(3-(4-metilfenil)isoxazol-5-il)fenol em DMSO em

aparelho de 500 MHz.......................................................................................................72

Figura 25- Espectro de RMN ¹H 1’’-(4-metoxifenil)isoxazol-5-il)fenol em DMSO em

aparelho de 300 MHz.......................................................................................................74

Figura 26- Espectro de RMN ¹³C 1’’-(4-metoxifenil)isoxazol-5-il)fenol em DMSO em

aparelho de 75 MHz.........................................................................................................74

Figura 27- Espectro no IV do composto 44b....................................................................75

Figura 28- Espectro de RMN ¹H 5-(2-(benziloxi)fenil)-3-(4-metoxifenil)isoxazol em CDCl3

em aparelho de 400 MHz.................................................................................................77

Figura 29- Espectro de RMN ¹³C 5-(2-(benziloxi)fenil)-3-(4-metoxifenil)isoxazol em CDCl3

em aparelho de 100 MHz.................................................................................................78

Figura 30- Espectro no IV do composto 45b....................................................................78

v

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x

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Medicamentos comercializados com estrutura base dos isoxazóis..................8

Tabela 2- Dados sobre as reações para a síntese das dicetonas.................................31

Tabela 3- Valores dos rendimentos dos ésteres 41u a 41w...........................................58

Tabela 4- Valores dos rendimentos das β-dicetonas 42a a 42w....................................62

Tabela 5- Valores dos rendimentos das flavonas 43a a 42w..........;...............................65

Tabela 6- Valores dos rendimentos dos hidroxi-isoxazóis 44a a 44w...........................70

Tabela 7- Caracterização de isômeros e a razão entre os mesmos...............................73

Tabela 8- Caracterizações dos isoxazóis puros..............................................................75

Tabela 9- Valores dos rendimentos dos isoxazóis alquilados.........................................76

Tabela 10- Caracterizações dos isoxazóis alquilados......................................................79

Tabela 11- Resultados da atividade antichagásica de alguns isoxazóis 3,5-dissubstiuídos

para as formas amastigota e tripomastigota do T.cruzi...................................................81

Tabela 12- Resultados da atividade antimicrobiana de alguns isoxazóis 3,5-

dissubstiuídos............................................................................................................... ....84

vi

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xi

LISTA DE ABREVIAÇÕES

ADN - Ácido Desoxirribonucléico

ARN - Ácido ribonucléico

Bnz - Benzonidazol

CCD – Cromatografia em Camada Delgada

CIM – Concentração Inibitória Mínima

DTNs - Doenças Tropicais Negligenciadas

EM - Espectrometria de Massas

GABA – ácido 4-aminobutanóico

IC50 – Concentração inibitória que causa morte de 50,0% dos parasitos

IV - Espectroscopia no Infra -Vermelho

OMS – Organização Mundial da Saúde

RMN - Ressonância Magnética Nuclear

SI – Índice de Seletividade

sl – Simpleto largo

SN2 – Substituição Nucleofílica Bimolecular

T.cruzi - Tripanossoma cruzi

vii

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i

vii

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0

RESUMO

A Tripanossomíase americana, também conhecida como doença de Chagas, está

incluída na lista de Doenças Tropicais Negligenciadas e é endémico em 21 países

latino-americanos. Os dois fármacos atualmente disponíveis para o tratamento da

doença de Chagas são nifurtimox e benzonidazol e ambos resultam em muitos

efeitos colaterais significativos. A doença é a chamada "doença negligenciada"

porque os mercados de saúde em países afetados são insuficientes para atrair a

indústria farmacêutica a investir em pesquisa e desenvolvimento. Assim, o maior

obstáculo para o tratamento da doença tem sido a descoberta e desenvolvimento de

novas entidades químicas capazes de atender esse déficit em inovação. O estudo

descrito neste trabalho envolve a síntese e avaliação biológica de isoxazóis 3,5-

diarilsubstituídos, pois os isoxazóis são uma classe relevante de compostos

orgânicos comprovados biologicamente, como evidenciado pela sua presença na

estrutura orgânica que compreendem muitos medicamentos aprovados no mercado

atualmente. Embora os isoxazóis apresentem atividades biológicas como

antiproliferativos, anticancerígenos e antimicrobianos, eles não foram totalmente

explorados para as suas atividades antiparasitárias. Partindo de 2-

hidroxiacetofenonas e cloretos de benzoíla, as flavonas foram obtidas em três

etapas; a esterificação, o Rearranjo Baker-Venkataraman e, finalmente, a

desidratação / ciclização de 1,3-dicetonas para fornecer flavonas na penúltima etapa

da nossa rota sintética. Infelizmente, não foi possível evitar a formação de uma

mistura isomérica de isoxazóis. A presença de grupos doadores de elétrons na

flavona favorece a reação de formação de um isoxazol de interesse. A mistura

isomérica de isoxazóis foram alquiladas e purificadas para proporcionar 27 produtos,

dos quais 19 são inéditos. Os melhores resultados de CIM contra bactérias gram-

positivas S. aureus e L. monocytogenes foi <1,77 µM, bactérias gram-negativas E.

coli 40,88 μM e para P. rettgeri, 7,02 μM foram os melhores resultados. No caso de

o fungo C. albicans o isoxazol mais ativo resultou num valor de CIM de 5,91 μM. O

isoxazol mais ativo contra as formas amastigota e tripomastigota de T. cruzi foi

ligeiramente mais potente do que o medicamento atual, o benzonidazol, 3,37 μM.

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1

Synthesis and Biological Evaluation of 3,5-Diarylisoxazoles: Potential

Chemotherapeutic Antimicrobial and Antichagasic Agents

Abstract

The American trypanosomiasis, also known as Chagas disease, is included in the

Neglected Tropical Diseases list and is endemic to 21 Latin American countries. The

two drugs currently available for treating Chagas disease are nifurtimox and

benznidazole and both result in many significant side effects. The disease is a so-

called ―neglected disease‖ because health markets in affected countries are

insufficient to attract pharmaceutical industry to invest in research and development.

Thus, the biggest obstacle to treating the disease has been the discovery and

development of new chemical entities able to meet this deficit in innovation. The

study described in this dissertation involves the synthesis and biological evaluation of

3,5-disubstituted isoxazoles. This research project was motivated by the fact that

isoxazoles are a proven biological relevant class of organic compounds as evidenced

by their presence in organic structure that comprise many approved medicines on the

market today. Although biologically active isoxazoles have demonstrated

antiproliferative, anticancerous and antimicrobial properties, they have not been fully

explored for their antiparasitic activities. Staring from 2-hydroxyacetophenones and

benzoyl chlorides, flavones were obtained in a three steps; esterification, the Baker-

Venkataraman Rearrangement and finally dehydration/ cyclisation of 1,3-diketones to

provided flavones in the penultimate step of our synthetic route. Unfortunately, it was

not possible to avoid the formation of an isomeric mixture of isoxazoles. The

presence of electron donating groups on the reacting flavone favored the exclusive

formation of the desired isoxazole. The isomeric mixture of isoxazoles were alkylated

and purified to provide 27 products of which 19 were novel. The best MIC results

against gram positive bacteria S. aureus and L. monocytogenes was <1,77 µM,

gram-negative bacteria E. coli was 40,88 μM and for P. rettgeri, 7,02 μM were the

best results. In the case of the fungus C. albicans the most active isoxazole gave a

MIC of 5,91 μM. The most active isoxazole against amastigote and trpymastigotes of

T. cruzi was slightly more potent than the current medicine benzonidazole, 3,37 μM.

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2

1. INTRODUÇÃO

1.1 Doença de Chagas

1.1.1 A Epidemia da Doença de Chagas

Um dos grandes problemas relacionados às doenças infecciosas, que a

humanidade enfrenta, é a contínua mutação que os microrganismos sofrem e a

resistência que eles adquirem aos medicamentos utilizados para interromper sua

multiplicação celular. Esses fatores não se restringem apenas às bactérias, mas

também é vista por outra classe de parasitos, os protozoários.1

Um exemplo que ilustra esse fato são as cepas de Tripanosoma cruzi, que

apresentam resistência aos medicamentos disponíveis. É um protozoário

responsável pela transmissão de uma doença que atinge apenas mamíferos, e é

típica dos Continentes Americanos, a Tripanossomíase americana.2

Descoberta pelo cientista brasileiro Carlos Chagas em 1909, a doença tornou-

se popularmente conhecida como doença de Chagas, e sua transmissão no homem

geralmente ocorre pela deposição de fezes contaminadas pelo T. cruzi após a

picada do barbeiro, um inseto hematófago do gênero Triatomíneo. O T. cruzi penetra

no organismo do hospedeiro vertebrado por rupturas na pele ou pela mucosa da

boca e olhos, sendo a forma mais comum da transmissão, (Figura 1).3,4

Figura 1 - Foto do transmissor do protozoário Tripanossoma cruzi

As manifestações clínicas da doença de chagas podem ser divididas em três

fases: Fase aguda: normalmente é assintomática e dura cerca de dois meses após a

infecção. Na fase indeterminada, em que os indivíduos infectados podem

permanecer sem manifestar qualquer tipo de sintoma da doença por até 30 anos.

Nessa fase, o parasito fica acomodado nos tecidos de órgãos atingidos, como o

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3

coração e o músculo digestivo. A fase crônica é diagnosticada pelas complicações

cardíacas e digestivas causadas por alterações na fisionomia anatômica do

miocárdio e do tubo digestivo. A picada desse inseto causa lesões na pele,

provocando um sinal característico da infecção. (Figura 2).5,6

É uma doença que pode ser fatal, pela forma com que se manifesta em nosso

organismo, pois, durante quase todo período de proliferação do parasito, é

assintomática.7

Figura 2 - Pessoa picada pelo vetor (esquerda), comparação de um coração sadio com um no

estágio crônico da doença de Chagas (direita)

O quadro de pessoas infectadas com doença de Chagas está em torno de 6

milhões na América Latina, região considerada endêmica. Especula-se que, cerca

de 70 milhões de pessoas estejam em risco de contrair a doença. Pelo levantamento

da OMS, essa doença causa 7000 mortes por ano e, menos de 1% da população

infectada recebem tratamento.8

Os países de maior incidência de contaminação são: os Estados Unidos, a

Argentina e o Chile. A preocupação agora também é com relatos do aumento de

contaminação de pessoas em áreas fora do alcance de proliferação do vetor, como

Canadá, Europa, Japão e Austrália, sendo a causa da transmissão transfusões de

sangue e transplante de órgãos.8

A doença de Chagas pertence ao grupo DTNs (Doenças Tropicais

Negligenciadas), pois afetam principalmente populações mais carentes que vivem

em áreas rurais e em regiões de conflito nos países em desenvolvimento. Há alguns

anos, houve uma queda no número de pessoas infectadas com esse protozoário.

Logo, a maioria da população infectada já estava no estágio crônico da doença.

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4

Porém, atualmente casos de pessoas com a doença na fase aguda vêm crescendo,

principalmente na área da Amazônia Legal.9,10

Em 2015, o Ministério da Saúde, fez um levantamento sobre o histórico da

doença de Chagas aguda no Brasil, entre os anos de 2000 a 2013. Foram

confirmados, 1570 casos da doença, sendo a forma de transmissão mais

predominante a oral (1023 casos), seguida da congênita (329 casos),

vetorial (70 casos) e por outras formas de transmissão menos decorrentes (148

casos). As regiões com maior incidência de infecção foram norte e nordeste, e as de

menores números de casos nas regiões sul, centro-oeste e sudeste.11

1.1.2 Ciclo de vida do Tripanossoma cruzi

O ciclo de vida do protozoário (Figura 3) se inicia quando o vetor (1) se

alimenta do sangue do hospedeiro vertebrado, já contaminado ingerindo as formas

tripomastigotas sanguíneos (2), que são levados para o estômago do barbeiro e,

acabam assumindo a forma epimastigotas (3), as quais são digeridas. As formas

epimastigotas sobreviventes, vão para o intestino e começam a se multiplicar (4) e

se aderem pelo flagelo às membranas que são secretadas pelas células intestinais.

Em seguida, eles são levados para o intestino e assumem a forma de

tripomastigotas metacíclicos (5), sendo eliminados na urina ou fezes do vetor. O

hospedeiro é contaminado quando o vetor infectado elimina suas vezes e urina (6),

transmitindo o parasito na sua forma alongada (7) através de ferimentos ou

mucosas. Quando entram na corrente sanguínea, invadem uma gama de células

nucleadas (8) e são fagocitadas (9), assumindo a forma amastigota (10). Nesse

momento, uma multiplicação dessa forma acontece, podendo tomar conta do

citoplasma (11). Transformam-se na forma tripomastigota (12), que acabam

provocando a ruptura das células, devido a grande quantidade presente no interior

das mesmas (13). A ruptura pode ocorrer antes da transformação total de

amostigotas em tripomastigotas (14), sendo as duas formas responsáveis por

infectar outra gama células (15a e 15b).12

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5

Figura 3 - Ciclo biológico do Tripanosoma cruzi

1.1.3. Quimioterapia para a doença de Chagas

Desde a década de 60, apenas dois medicamentos são responsáveis pelo

tratamento da doença de chagas: o nifurtimox (3-metil-N-[(5-nitro-2-furfuril) metileno]-

4-timorfolinoamina-1,1-dióxido) (1), comercializado pela farmacêutica Bayer e o

Benzonidazol (2-nitro-N-(fenilmetil)-1H-imidazol-1-acetamida) (2) atualmente

comercializado pelo Laboratório Farmacêutico de Estado de Pernambuco (LAFEPE),

(Figura 4). 11

HN

O

N

N

NO2

S N N

O NO2

O

O

(1) (2)

Figura 4 - Estruturas químicas do nifurtimox (1) e benzonidazol (2)

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6

Esses compostos nitroderivados são pouco eficazes na fase crônica, e

apresentam melhor atividade na fase aguda. Diversos efeitos colaterais, também

são associados durante o tratamento de pacientes com esses fármacos. O

benzonidazol pode causar edema, febre, erupção cutânea, e da mesma forma, o

nifurtimox pode provocar perda de peso, erupção cutânea, psicose, náuseas,

vômitos, leucopenia, neurotoxicidade e anormalidades do tecido.13

O nifurtimox não é mais comercializado no Brasil e em outros países, devido

sua elevada toxicidade e pouca seletividade para combater o parasito.

O grupo nitro nas estruturas dos dois medicamentos é de grande importância

para o efeito tripanocida. O mecanismo de ação desses medicamentos (Esquema 1)

ocorre pela inibição e degradação da síntese do ADN, ARN e proteínas do parasito.

BenzonidazolR-NO2

R-NH2 R-NO / R-NHOH

Nitroredutases

proteínaslipídeos DNA

HO- + HO- O2- + H2O2

Fe3+HABER WEISS

NifurtimoxR-NO2

R-NO2-

nitro anion radical

NitroredutasesO2-

ciclo redox

O2SOD

2H+

Esquema 1 - Mecanismo de ação proposto para os fármacos Benzonidazol e Nifurtimox

Os quimioterápicos produzem metabólitos citotóxicos oxigenados altamente

reativos ou radicais livres. O grupo nitro presente nessas drogas é reduzido

formando o intermediário ânion nitro radicalar (R-NO2•-), que consequentemente,

forma hidroxiaminas correspondentes pela ação de enzimas do tipo nitroredutases.14

A ação dos medicamentos no parasito, acontece de formas distintas. Para o

Nifurtmox, o radical formado reduz o oxigênio molecular formando o íon superóxido,

e regenera o grupo nitro (ciclo redox). Esse íon é transformado em peróxido de

hidrogênio pela enzima superóxido dismutase, o qual forma o radical hidroxila

através da reação de Haber-Weiss, na presença dos íons Fe3+. O efeito tripanocida

é associado a este radical formado que age direto nos lipídeos, proteínas e ADN do

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parasito, inibindo o ciclo de reprodução celular. Já para o benzonidazol, o efeito

tripanocida do nitro radicalar formado está associado com ligações covalentes em

macromoléculas do parasito.14

Com os efeitos colaterais destes dois medicamentos utilizados, e a resistência

de cepas desse protozoário, torna-se necessário a formulação de novos

medicamentos que atuem por diferentes modos de ação ou através de outros

mecanismos biológicos.

1.2 Isoxazóis

1.2.1 Importância e Relevância na Inovação de Fármacos

Azóis são compostos aromáticos heterocíclicos de cinco membros, que

contém um grupo azo e pelo menos mais um heteroátomo (N, S, O),

os quais apresentam poucas aplicações na indústria farmacêutica e

na síntese orgânica de moléculas complexas. Um grupo dessas

moléculas que tem ganhado atenção devida suas propriedades

biológicas, são os chamados isoxazóis (3) (Figura 5).15

Figura 5 - Isoxazol

Seu nome foi proposto pelo pesquisador Hantsch, e que tem a contagem de

átomos iniciada no oxigênio. Os compostos isoxazolínicos são utilizados como

intermediários na síntese de compostos como o muscimol (4) (Figura 6), que é um

potente e seletivo agonista para os receptores GABA (ácido 4-aminobutanóico,

principal neurotransmissor no sistema nervoso central).

Uma desordem nesses receptores está associada com

doenças como epilepsia, esquizofrenia e doença de

Huntington (afetando a coordenação muscular).15

Figura 6 - Muscimol

Os isoxazóis e seus derivados são considerados heterocíclicos de grande

importância, devido às suas propriedades biológicas, tais como agentes

antiiperglicêmicos, agentes antiproliferativos, antitumorais, potentes receptores

agonistas e antagonistas (estímulos provocados devido ao aumento ou diminuição

de atividade celular), antivirais, antimicrobiais, ulcerogênicos, dentre outros.16,17

Na Tabela 1 são apresentados alguns isoxazóis e suas aplicações.

1

2

34

5N

O

R1R2

R3

(3)

(4)

NO

OH

H2N

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8

Tabela 1: Medicamentos comercializados com estrutura base dos isoxazóis.

Nome Estrutura Aplicação

Leflunomida18

(5)

F3C

NH

O

O

N

Indicado para artrite

reumatoide, inibindo a

destruição das articulações.

Cloxacilina19

(6)

NO

Cl

O

HN

NO

S

OHO

H

É um antibiótico do grupo das

penicilinas, agindo em bactérias

como Streptococcus pyogene

pneumoniae e Staphylococcus

aureus epidermidis.

Sulfisoxazol20

(7)

H2N S

O

O

NH

N

O

Possui atividade antibiótica

contra uma ampla gama de

bactérias Gram-positivas e

Gram-negativas.

Isocarboxazida21

(8)

HN

NH

O

ON

Eficaz no tratamento da

depressão e síndrome do

pânico.

Broxaterol22

(9)

NO

OHHN

Br

Indicados para o tratamento de

asma e outros distúrbios

pulmonares.

Sitaxentano23

(10)

NO

Cl

NH

SOO

S

O

O

O

É utilizado no tratamento da

hipertensão pulmonar.

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9

Nestes exemplos, o isoxazol é importante pela atividade farmacológica e é

capaz de se envolver em interações doador/receptor em ligações de hidrogênio com

uma variedade de enzimas receptoras indisponíveis para outros sistemas

aromáticos.

1.2.2 Obtenção de isoxazóis 3,5-dissubstiuídos

.

Um grande desafio para o uso dessas abordagens é escolher condições

adequadas que direcionem seletivamente a reação com hidroxilamina em um dos

seus dois centros eletrofílicos.

Como neste trabalho o estudo é voltado para a síntese e aplicação de

moléculas isoxazolínicas 3,5-diarilsubstituídas, foi feito o levantamento apenas das

metodologias aplicadas para a obtenção dessa estrutura.

As principais reações para a obtenção dos compostos 3,5-diarilisoxazóis (11)

envolvem a utilização de chalconas (12) (cetonas α-β insaturadas), β-dicetonas (13),

flavonas (14) e a ciclocondensação de óxidos de nitrilas (15) com alcinos (16),

métodos esses largamente utilizados, (Esquema 2).24

(11)(12)

(13)

(14)

(15) (16)

NO

Ar1

Ar2

O

O O

O

O

+N O

Esquema 2 - Diferentes materiais de partida para obtenção dos isoxazóis

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10

2 REVISÃO DAS METODOLOGIAS PARA SÍNTESE DOS ISOXAZÓIS

2.1 Principais métodos para obtenção dos isoxazóis

2.1.1 β-Dicetonas

Segundo Bandeira e colaboradores (1992), os efeitos estéricos e eletrônicos

dos substituintes no grupo aril das β-dicetonas, que reagem com o cloridrato de

hidroxilamina, tem grande influência na obtenção em maior proporção de um

isoxazol, ou até mesmo a formação de um único regioisômero. Em um estudo feito

por eles, foi possível observar que grupos arilas deficientes em elétrons na posição 3

formam um isômero em maior excesso.

Quando o meio neutro é atingido para promover a reação, os grupos arilas

ricos em elétrons proporcionam esse excesso. Outra observação foi a formação de

um único isômero, quando grupos arilas na posição 5 são muito substituídos,

principalmente na posição orto. Porém, os rendimentos de alguns isoxazóis

diminuíram drasticamente devido o grande efeito estérico, (Esquema 3).25

(17)(19)(18)

Ph Ph' Rend% (A) Razão Rend% (B) Razão Ar 4-OMeC6H4 71 60:40 67 60:40Ar 4-NO2C6H4 76 27:73 74 70:303-NO2C6H4 4-OMeC6H4 73 63:37 67 38:624 - NO2C6H4 4-OMeC6H4 85 73:23 66 40:604-OMeC6H4 Mesitil 48 100:0 35 100:03 - NO2C6H4 Mesitil 48 100:0 30 100:02 - NO2C6H4 Mesitil 8 100:0 - -

NO N

O

Ph

Ph'

Ph'

Ph+

Método A 1)HONH.HCl, MeOH, refluxo

2) HClconc.

Método BNH2OH/MeOH, refluxo

Ph

O O

Ph'

Esquema 3 - Estudo da influência dos substituintes na razão isomérica

2.1.2 Compostos carbonilados α-β insaturadas

As chalconas são cetonas α-β insaturadas, e são largamente utilizadas para a

obtenção de isoxazóis. Mokale e colaboradores (2014), sintetizaram os isoxazóis

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11

utilizando uma gama de cetonas α,β-insaturadas (obtidas a partir de uma

acetofenonas e benzaldeídos em meio básico com etanol) com o cloridrato de

hidroxilamina em meio básico. Depois, inseriu nesses compostos um grupo de ácido

carboxílico através da reação com o ácido 2-cloro acético em meio básico

(Esquema 4).26

(21)(20)

(22) (23)

R1 R2 R3 R4 Rend. % Ph H OH OCH3 70,2Ph H CH2COOH OCH3 76,6 Ph OH H H 62,6 Ph CH2COOH H H 71,6 C7H7F H OH H 63,4 C7H7F H CH2COOH H 70,3

R1

O

(0,01 mol)

R2 R3

R4

O

R5

HONH2.HCl(0,01 mol)

KOH/MeOH(0,02 mol)

NOHONH2.HCl(0,01 mol)

KOH/MeOH(0,02 mol)HO HO

R5

R2R3

R4 NO

R1

Comp. R5 Rend. %

23a C8H10O 69,523b C7H7Cl 63,123c C5H6O 60,8

Comp.

21a21b21c21d21e21f

Esquema 4 - Metodologia para obtenção dos isoxazóis 3,5-dissubstituídos

Os rendimentos obtidos foram razoáveis, e essas moléculas foram testadas

quanto a sua atividade como hipolipidêmico in vivo, com bons resultados.

2.1.3 Flavonas

As flavonas reagem facilmente com o cloridrato de hidroxilamina. No estudo

desenvolvido por Aitmambetov, Khilya, Kubzheterova (2000), os hidroxi-isoxazóis e

seus derivados foram obtidos através de flavonas com diferentes substituintes,

reagindo com o cloridrato de hidroxilamina na presença de piridina (Esquema 5).27

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12

(26)(25)(24)

O

O

R1

R2

R3

Comp. R1 R2 R3 Rend. %

25a H Me H 5325b H H Cl 7125c H H H 3125d H Me Me 6325e Cl H Cl 6925f H OMe H 6725g H H NO2 73

HONH2.HCl18 mmol

piridina, 110 ºC10 hs

OH

R1

R2

R3

N

O

OH

R1

R2

R3

O

N+

Não é formado

Esquema 5 - Rota sintética para obtenção dos isoxazóis

Eles observaram que se a reação for mantida em refluxo, uma mistura

isomérica é obtida para todos os compostos. Os melhores resultados obtidos, foram

aqueles em que os substituintes do aromático eram grupos retiradores de densidade

eletrônica. Segundo eles, o isômero obtido preferencialmente é aquele em que o

átomo de oxigênio do anel de cinco membro está mais próximo da hidroxila do que o

átomo de nitrogênio.27

2.1.4 Cicloadição

Reações de óxidos de nitrila (27) com alcenos (28) (com subsequente

aromatização oxidativa ou espontânea) e também com alcinos (29) promovem a

formação de isoxazóis substituídos (30). Uma reação lateral observada é a

cicloadição com dipolarófilos formando dímeros de furoxans (31) (Esquema 6). A

proporção entre estes dois processos é determinada pela reatividade do dipolarófilo

e fatores estéricos. Os óxidos de nitrila geralmente são gerados in situ pelos

seguintes métodos: desidroalogenação (1), oxidação de aldoximas (2) ou

desidratação de nitroalcanos primários (3).28

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13

(27)

(28)

(29)

(30)

(31)

R1

N

H

(X)

OH

R1

N

X

OHBase

-HXR1 N O

O2N R1

-H2O

Ox.

R1

N

H

OH

NNO

R1 R1

ON

O

R1

NO

R1

R2R2

R2

Ox.

R2

(X) Agente de halogenação, X (halogênio), Ox (oxidante)

(1) (2)

(3)

Esquema 6 - Formação de isoxazóis substituídos pelas reações de óxidos de nitrila com alcenos e

alcinos.

Cicloadição de oxidos de nitrila, gerado através da desidroalogenação de

cloretos de N-hidroximidoil (32) sob condições ácidas, para alcinos terminais (29), é

na maioria das vezes altamente regiosseletiva para a formação dos isoxazóis 3,5-

dissubstituídos (30). Para formar preferencialmente esses compostos, catalisadores

de cobre (33) vêm sendo utilizados, (Esquema 7).28

(33)

(32)

R1

NOH

Cl+ R2

1) CuSO4.5H2O(0,2 mol%),

KHCO3, H2O - n-BuOH (1:1),

20 ºC, 14 h

2)

OO

OH

ONaHO

HO(10 mol%)

NO

R1

R2

(29)(30)

Esquema 7 - Formação de isoxazóis 3,5-dissubstituídos pela cicloadição de óxidos de nitrila

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14

2.2 Moléculas bioativas contra T.Cruz

Sabe-se que, alguns estudos têm sido desenvolvidos para avaliar o efeito de

quimioterápicos na inibição da multiplicação celular do Tripanossoma cruzi, sem

afetar de forma agressiva as células dos hospedeiros. Porém, poucos são levados

adiante para testes in vivo, devido a elevada toxicidade para as células dos

hospedeiros, tornado assim o desenvolvimento de um tratamento eficaz mais

complicado.

O presente levantamento bibliográfico, relata alguns importantes trabalhos

envolvendo a síntese de moléculas que contém como base a estrutura de um

heterocíclico de cinco membros, e a aplicação desses compostos em testes de

atividade anti T. cruzi, sobre as formas infectantes amastigotas ou tripomastigotas

sanguíneos e ensaios de citotoxicidade em células de mamíferos, com intuito de

desenvolver novos fármacos para combater o Tripanossoma cruzi. Os resultados

das atividades são expressos em valores de IC50 (concentração dos compostos que

matam 50% dos parasitos). Foi dada ênfase aos estudos relacionados a essas

moléculas, pois o foco deste estudo é a síntese e aplicação de isoxazóis.

2.2.1 1,2,4-Oxadiazóis

Pelo fato dos 1,2,4-oxadiazóis terem estruturas relacionadas com agentes

antitripanossomicidas, Filho e colaboradores (2009), sintetizaram e avaliaram o

potencial dos compostos 3-(4-aril-substituído)-1,2,4-oxadiazóis (34) contra a forma

infectante tripomastigota do T. cruzi. A citotoxicidade dos compostos foi testada em

células do sistema imunológico de um hospedeiro vertebrado. (Figura 7).29

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15

(35)(34)

Comp. R1 IC50 tripo (µM) Citotox.(µM) Comp. R2 IC50 tripo (µM) Citotox.(µM)

34a H 3,6 33,0 35a H 35,7 33,034b Me 3,9 11,0 35b Me 17,9 <1,1 - - 35c NO2 21,3 <1,1 - - 35d OCH3 32,5 33,0 - - 35e Cl 21,7 <1,1Bnz 5,0 100,0

R1

N

ONO

HN N

H

NHCOCH3

R2

N

ONO

HN N

H

OH

Figura 7 - Resultados de IC50 e citotoxicidade da aplicação das moléculas 1,2,4-oxadiazóis na

atividade anti T. cruzi

As moléculas foram obtidas pela condensação entre hidroxibenzimidamidas

com o metil-2-cloro-2-oxoacetato, seguida da reação intramolecular com derivados

de benzaldeídos substituídos. Os compostos 34a e 34b, apresentaram melhores

resultados de IC50 e de citotoxicidade que o padrão benzonidazol. Os outros

compostos 35a a 35e foram menos ativos que o fármaco de referência

benzonidazol, mas os compostos 35a e 35d apresentaram melhor atividade. O

grupo amida tem grande influência na atividade dos compostos 34a e 34b, quando

comparado com seus derivados 35a e 35b. Outra influência são a dos grupos

fortemente retiradores e doadores, que diminuem a atividade quando comparado do

35a ao 35e.29

2.2.2 Derivados de nitroftalazinas

Olmo e colaboradores (2015), sintetizaram e testaram in vitro contra as

formas amastigota e tripomastigota do T. cruzi, derivados de nitroftalazinas (36),

baseados nas estruturas dos fármacos benzonidazol e nifurtimox. Para avaliar a

citotoxicidade sobre as células do hospedeiro vertebrado, foi utilizada a linhagem

celular Vero (Figura 8).30

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16

(36a)

Compostos IC50 amast. (µM) Citotox.(µM) IC50 tripo (µM) Citotox.(µM)

36a 8,76 17,4 11,0 13,9 36b 4,0 28,2 6,1 18,536c 23,5 12,7 27,1 11,0Bnz 23,3 0,6 22,4 0,6

N

N

NO2HN

Cl

N N

N

N

NO2HN

Cl

N

NH

N

N

HN

Cl

N

NH

NO2

(36b) (36c)

Figura 8 - Resultados de aplicação das moléculas imidazol e derivados no nitroftalazinas das formas

amastigota e tripomastigota do Tripanosoma cruzi

As moléculas foram obtidas pela condensação entre o 1,4-dicloro-5-

nitroftalazina e um derivado do imidazol. A posição em que o imidazol é adicionado

interfere na atividade, assim como a posição do grupo NO2, que diminui a atividade e

seletividade quando está distante do grupo imidazol. Alguns valores de IC50 foram

satisfatórios, uma vez que, foram bem abaixo que o medicamento padrão, porém, os

mesmos apresentaram maior toxicidade que o benzonidazol.30

2.2.3 Nitro-isoindóis

Muro e colaboradores (2014), sintetizaram e avaliaram compostos 3-alcoxi-1-

alquil-5-nitro-isoindóis (37), com base no fato de que os heterocíclicos com grupo

NO2 aumentam a seletividade dos compostos, em estudos anteriores realizados por

ele e seus colaboradores, (Figura 9).31

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17

(37a)

Compostos IC50 amast. (µM) Citotox.(µM) IC50 tripo (µM) Citotox.(µM)

37a 14,1 13,7 12,0 16,1 37b 16,6 12,9 14,5 14,737c 27,9 3,7 20,7 4,2 Bnz 23,3 0,6 16,4 0,8

NN

NN

Me

OBnO2N

O2NO

O

NMe

ONN

OO2N

NN

OBnO2N

O

H2N

(37b) (37c)

Figura 9: Resultados da aplicação das moléculas 3-alcoxi-1-alquil-5-nitroindazóis das formas

amastigota e tripomastigota do Tripanosoma cruzi

Essas moléculas foram obtidas pela alquilação dos derivados do 1-metil-5-

nitroindazol. Todas as moléculas apresentaram maiores níveis de toxicidade do que

o padrão Benzonidazol. Os valores de IC50 foram razoáveis.

2.2.4 Tiazóis

Na pesquisa desenvolvida por Caputto e colaboradores (2012), uma série de

novos composto 4-ariltiazolilo-idrazonas (38) (Figura 10) foram sintetizados a partir

de indanonas por irradiação de micro-ondas. As moléculas foram caracterizadas e

avaliadas quanto a atividade antichagásica in vitro, contra as formas tripomastigota e

amastigota do parasito, utilizando a linhagem de células Vero. Os quatro derivados

de tiazol apresentados (Figura 10) mostraram atividades superiores ao do

benzonidazol para a forma infectante tripomastigota.32

(38)

Comp. R1 R2 R3 R4 IC50 tripo (µM)

38a H H Me Me 17,24 38b H H Me Cl 20,01 38c H H OMe Cl 19,72 38d Me H H H 22,74 Bnz 30,26

NHN

S

NR1

R2

R3

R4

Figura 10 - Resultados da aplicação das moléculas 4-aril tiazolilo hidrazona da forma tripomastigota

do Tripanossoma cruzi

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18

Os resultados mostraram que os substituintes metílicos do composto 38a

podem ter sido responsáveis pelo aumento da atividade desse composto.32

Essas moléculas mais seletivas foram avaliadas contra a forma amastigota do

protozoário, e as três primeiras apresentaram excelentes resultados com valores de

IC50 iguais a 0,72, 0,09 e 0,84 µM, respectivamente, sendo que o composto 38b

apresentou o menor, tornando-se um fármaco em potencial para teste in vivo.32

A avaliação da citotoxicidade mostrou que essas moléculas provocaram morte

celular numa concentração de 100,00 µM, bem próxima a do Benzonidazol,

89,79 µM.32

2.2.5. Derivados de 3-nitrotriazóis

Papadopoulou e colaboradores (2011), apresentaram um estudo sobre uma

variedade de derivados 3-nitro-1H-1,2,4-triazóis (39) com aplicações anti T. cruzi.

Eles realizaram a síntese de derivados de triazóis (3-Nitro-1H-1,2,4-triazol alifáticos),

partindo-se de aminas primárias, as quais reagiram com o cloreto de cloroacetil e,

em seguida, reagiram com o 3-nitro-1,2,4-triazóis. As amidas aromáticas obtidas

foram testadas para analisar o potencial antichagásico,

(Figura 11).33

(39)

Comp. R1 IC50 (µM) IS Citotox. ( IC50 (µM))

39a C6H5O 0,065 1416 92 39b 4 - ClC6H4O 0,008 3615 2939c 4 - FC6H4O 0,036 1954 70 39d 4 - ClC6H4 0,045 2797 126 39e C6H5 0,180 252 45 39f C6H5CH2 0,06 528 36 39g C6H5CH2O 0,028 2415 68Bnz 2,15 50 100

N

NN NO2

O

NH

R

Figura 11 - Resultados da aplicação das moléculas derivadas de triazóis da forma amastigota do

Tripanosoma cruzi

Os derivados de 39a a 39g foram mais ativos do que o fármaco de referência,

o Bnz (IC50 Bnz 2,15 µM). Claramente, a presença de grupos substituintes no

aromático (39b, 39c e 39d) e a presença de átomos de oxigênio (39a e 39g)

aumentam o potencial dos compostos. Eles também apresentaram índice de

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19

seletividade superiores a 50, sendo indicados para ensaios de atividade

antichagásica in vivo.33

2.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesse levantamento, foi possível verificar a dificuldade em se obter moléculas

que sejam, ao mesmo tempo, ativas e mais seletivas que o benzonidazol. Apenas no

estudo de Papadopoulou e colaboradores (2011), as moléculas apresentaram

melhores atividades e foram altamente seletivas.

Nos outros estudos citados na revisão dessa dissertação, os resultados são

promissores. Isso indica que esses compostos apresentam grande capacidade de se

tornarem potenciais fármacos para combater o parasito transmissor da doença de

Chagas.

Os compostos aromáticos têm destaque na busca de novos fármacos que

interajam com o DNA dos parasitos transmissores de inúmeras doenças, pelo fato

de apresentarem essa característica e por possuírem grande capacidade

antimicrobiana.

Tendo em vista que os isoxazóis são heterocíclicos aromáticos, que seus

derivados têm se tornado importantes, graças às propriedades biológicas e, que

medicamentos com essas estruturas já são comercializados, torna-se de grande

relevância aplicar essas moléculas contra o parasito T. cruzi, uma vez que elas são

obtidas através de três intermediários sintetizados de forma simples, e que nunca

foram avaliados para tal fim.

O teste antichagásico deste trabalho foi realizado in vitro, contra as formas

amastigotas e tripomastigotas da cepa Tulahuen (modificada em laboratório para

realização de testes contra o T.cruzi), a forma epimastigota foi desconsiderada uma

vez que os estudos já estão defasados e nesse estágio, ele se encontro no vetor e

não no hospedeiro.

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20

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Como compostos heterocíclicos são promissores para o tratamento da

doença de Chagas e, que os isoxazóis são potenciais antimicrobianos e

antifungicidas, tem-se como objetivo geral desse estudo sintetizar uma quantidade

considerável de moléculas 3,5-diarilisoxazóis não simétricos (Esquema 8).

3.2 Objetivos específicos

Sintetizar uma gama de isoxazóis 3,5-diarilsubstituídos com bons

rendimentos.

Avaliar a aplicabilidade das moléculas de forma preliminar como

antimicrobianos.

Avaliar uma possível ação tóxica desses isoxazóis nas células do parasito

Tripanosoma cruzi nas formas amastigota e tripomastigota e a menor

concentração para tal efeito também de forma preliminar.

R

O

Cl+

1) Piridina, 3 hs, t.a.

2) HCl 3,0 M

O

O

RO

O

OH

R2

R1 1) Piridina, KOH 30min50,0 ºC

2) CH3COOH 10%

R

OH

O O

R1

R2

CH3COOH, H2SO4cat.

60min, 100,0 ºC

O

O

R

R1

R2

NOR

OH Piridina, H2NOH.HCl12hs, 110,0 ºC

R1

R2

1) K2CO3, , C6H5CH2BrAcetona

24hs, 60,0 ºC

NOR

O

R1

R2

Ph

R R1 R2 4-MePh 4-OMePh Ph 4-ClPh 4-FPh 3,4,5-(OMe)3Ph Furano 3-NO2Ph Ph 3,4,5-(OMe)3Ph 4-ClPh 4-OMePh

R R1 R2Ph4-OMePh4-FPh3,4,5-(OMe)3Ph4- ClPh3-NO2PhFuranoPh4-FPh3,4,5-(OMe)3Ph3-NO2PhC4H3O

H HH HH HH HH HH HH HH HClClClClClClClCl

Cl HCl HCl HCl HCl HCl HCl HOMeHOMeHOMeHOMeHOMeH

(40) (41) (42)

(43)(44)(45)

Esquema 8 – Rota sintética para a obtenção dos isoxazóis 3,5-dissubstituídos

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4- PARTE EXPERIMENTAL

Para a cromatografia em camada delgada (CCD) foi utilizada a placa de sílica

gel 60G. Após a eluição, elas foram observadas sob a lâmpada ultravioleta

(λ = 254 nm). As purificações dos produtos finais foram realizadas por coluna

cromatográfica utilizando a sílica gel 60 (70-230 mersh) como fase estacionária. As

purificações dos intermediários (ésteres, β-dicetonas e flavonas) foram realizadas

pela recristalização com metanol. As temperaturas de fusão foram determinadas em

aparelho büchi Melting Point B-540.

4.1 Técnicas utilizadas para a caracterização dos compostos

Os espectros de Ressonância Magnética Nuclear de hidrogênio e carbono

foram registrados em espectrômetros Bruker Avance 300 MHz (Departamento de

Química, UFV), Bruker 400 MHz e 500 MHz (Departamento de Química, UNICAMP),

Bruker Avance DRX 400 MHz e Bruker Avance DPX 200 MHz (Departamento de

Química, UFMG). Os compostos foram solubilizados nos solventes clorofórmio

deuterado e dimetilsufóxido-d6. Os espectros de massas foram obtidos em um

equipamento Shimadzu CG/MS-QP2010 Plus, e os espectros no Infravermelho

foram obtidos no equipamento Varian 640-IR acoplado com MIRacle ATR FTIR

Spectrometers, ambos multiusuários da UFOP.

4.2 Procedimentos de síntese e dados de caracterização

4.2.1Síntese dos Isoxazóis e seus Intermediários

Todos os compostos sintetizados foram numeradas de forma a facilitar a

comparação dos átomos nas diferentes estruturas e, não de acordo com a

nomenclatura da IUPAC, (Figura 12).

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22

(41)(40) (42)

(43) (45)(44)

1

234

56

O

OH

Cl

Cl

OH

O O

1

2

1'2'

1''3

1-(2-hidroxifenil)-1''-fenilpropano-1,3-diona

12

1'

3

45

1''

NOOH

1''-(3-fenil)isoxazol-5-il)fenol

12

1'2'

34

3'

4'

5

6

O

O

O 1''

2-(4-metoxifenil)-4H-croman-4-ona

3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona

O

O

O

1

2

1-acetilfenil benzoato

5-(2'-(benziloxi)fenil)-3-(4-metilfenil)

12

1'

3

45

1''

NOOPh2'

Figura 12 – Numeração das moléculas correspondente às nomenclaturas

As metodologias utilizadas para a síntese de todos os compostos, desde as

hidroxiacetofenonas aos isoxazóis alquilados, estão descritos na literatura. 34, 35, 36, 37,

38, 39, 40

4.2.2 Síntese da 3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona (40)

Em um balão de fundo redondo (100,0 mL) foram adicionados o 2,4-

diclorofenol (3,30 g; 20,37 mmol), o anidrido acético (2,80 mL; 30,55 mmol) e ácido

acético glacial (20,0 mL) como solvente. Inicialmente, foi promovida a agitação da

mistura reacional, à temperatura ambiente, e em seguida, foi adicionado o ácido

sulfúrico em quantidade catalítica (0,5 mL). Posteriormente, o balão foi transferido

para um banho de óleo a 90,0 ºC, durante 6 horas. Após o período reacional, foi

adicionada uma solução saturada de NaHCO3 (50,0 mL) sendo feita a extração

líquido-líquido com água destilada (30,0 mL) e AcOEt (2 x 30,0 mL). As fases

orgânicas reunidas foram secas com Na2SO4 anidro, filtradas, e o solvente

foi evaporado no rotaevaporador resultando em um óleo incolor (3,5 g em

rendimento de 75,0 %). O óleo obtido foi utilizado sem purificação (3,40 g;

15,5 mmol) para reagir com o AlCl3 (2,0 g; 15,1 mmol). Essa mistura reacional foi

mantida sob agitação constante à temperatura de 160 ºC por 30 minutos. Após esse

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tempo, foi adicionada uma solução de HCl 6M (20,0 mL) à mistura reacional, que foi

mantida em agitação por 30 minutos, sendo formado uma sólido branco que foi

filtrado a vácuo e recristalizado com uma solução de metanol/água (1:1).

Rendimento: 2,8 g (88,6 %)

Características: sólido branco

Tf: 95,1 – 100,0 °C (Lit. = 95,0°C)41

CCD: Rf = 0,6 (30,0 % de AcOEt/Hex)

12

78

34

5

6

1'

O

OH

Cl

Cl

RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ = 2,6 (s, 3 H, H-1); 7,6 (d, J = 2,4 Hz, 1H, H-6);

7,6 (d, J = 3 Hz, 1H, H-4); 12,7 (sl, 1H, OH) sl = simpleto largo

RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ = 26,82 (C-1); 120,61 (C-3); 123,33 (C-7); 123,98

(C-5); 128,47 (C-6); 135,91 (C-4); 156,84 (C-8); 203,42 (C-2)

EM m/z: 204 (40%), 189 (100%), 133 (30%), 97 (20%)

4.2.3 Síntese dos ésteres (41)

Em um balão de fundo redondo (50,0 mL) foram adicionados a

hidroxiacetofenona (1,0 equivalente) e a piridina (8,0 mL) como base, sendo

promovida a agitação durante 5 minutos antes de adicionar o cloreto de benzoíla

(1,5 equivalente) em banho de gelo. Após esse processo, a mistura reacional foi

deixada em temperatura ambiente no período de 1-3 horas e acompanhada por

CCD. Após o período reacional, foi adicionado ao balão, uma solução de HCl 3,0 M

(30,0 mL) e um pouco de gelo, que levaram a formação dos sólidos. Os ésteres

formados foram filtrados a vácuo, e recristalizados em metanol a quente.

Para os compostos 41p, 43p e 45p não foi possível calcular o valor de

acoplamento de todos C-F, pois foram acumuladas varreduras insuficientes para

fornecer um espectro com uma relação sinal-ruído adequado para o cálculo do

acoplamento C-F .

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24

Nome: 4-metilbenzoato de 1-acetilfenil (41a)

Reagentes: Hidroxiacetofenona (10,0 mmol) e

cloreto de 4-metilbenzoíla (15,0 mmol)

Rendimento: 2,5 g (100,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 84,4 – 85,0 °C (Lit. = 99,0 – 109,0 °C)42

CCD: Rf = 0,8 (30,0 % de AcOEt/Hex)

O

O

O

12

78

34

5

6

9

14

13

12

1110

RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ = 2,5 (s, 3H, H-14); 2,5 (s, 3 H, H-1); 7,2 (d, J = 9

Hz, 1H, H-7); 7,3 – 7,4 (m, 3H, H-5 e H-12); 7,6 (t, J = 9 Hz, 1H, H-6); 7,9 (d, J = 6

Hz, 1H, H-4); 8,1 (d, J = 9 Hz, 2H, H-11)

RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ = 22,0 (C-14); 30,2 (C-1); 124,2 (C-7) 126,3 (C-

5); 129,7 (C-12); 129,8 (C-10); 130,5 (C-3); 130,6 (C-11); 130,9 (C-4); 133,6 (C-6);

145,0 (C-13); 149,7 (C-8); 185,4 (C-9); 197,9 (C-2)

EM m/z: 119 (100%); 91 (40%)

Nome: 4-metoxibenzoato de 1-acetilfenil (41b)

Reagentes: Hidroxiacetofenona (10,0 mmol) e

cloreto de 4-metoxibenzoíla (15,0 mmol)

Rendimento: 2,7 g (100,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 106,0 -106,5 °C (Lit. = 115,0 – 116,0 °C)43

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % de AcOEt/Hex)

O

O

O

12

78

34

5

6

9

1413

12

1110

O

RMN 1H ppm (500 MHz, CDCl3): δ = 2,6 ppm (s, 3 H, H-1); 3,9 ppm (s, 3H, H-14);

7,0 ppm (d, J = 9 Hz, 2H, H-12); 7,3 ppm (d, J = 10 Hz, 1H, H-7); 7,4 ppm

(t, J = 8 Hz, 1H, H-5); 7,6 ppm (t, J = 10 Hz, 1H, H-6); 7,9 ppm (d,

J = 8 Hz, 1H, H-4), 8,2 ppm (d, J = 9 Hz, 2H, H-11)

RMN 13C ppm (125 MHz, CDCl3): δ = 29,9 (C-1); 55,58 (C-14); 114,0 (C-12) 121,5

(C-10); 123,9 (C-7); 126,0 (C-5); 130,2 (C-6); 131,6 (C-3); 132,5 (C-11); 133,3 (C-4);

149,5 (C-8); 164,1 (C-13); 164,8 (C-9); 197,7 (C-2)

EM m/z: 135 (100%); 107 (10%); 92 (10%); 77 (40%)

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Nome: benzoato de 1-acetilfenil (41c)

Reagentes: Hidroxiacetofenona (6,6 mmol) e

cloreto de benzoíla (9,9 mmol)

Rendimento: 1,6 g (100,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 87,0 – 88,0 °C (Lit. = 88,0 – 89,0 °C)44

CCD: Rf = 0,7 (30,0 % de AcOEt/Hex)

O

O

O

12

78

34

5

6

9

13

12

1110

RMN 1H ppm (500 MHz, CDCl3): δ = 2,6 (s, 3 H, H-1); 7,3 (d, J = 8 Hz, 1H, H-7); 7,4

(t, J =7,5 Hz, 1H, H-5); 7,57 (t, J = 8,5 Hz, 2H, H-12); 7,6 (t, J = 8 Hz, 1H, H-6); 7,7 (t,

J = 7,5 Hz, 1H, H-13); 7,89 - 7,91 (d, J = 6,5 Hz, 1H, H-4); 8,3 (d, J = 8,5 Hz, 2H, H-

11)

RMN 13C ppm (125 MHz, CDCl3): δ = 29,8 (C-1); 123,9 (C-7); 126,2 (C-5) 128,7 (C-

12); 129,3 (C-3); 130,3 (C-6); 130,4 (C-11); 131,4 (C-10); 133,5 (C-13); 133,9 (C-4);

149,4 (C-8); 165,2 (C-9); 197,6 (C-2)

EM m/z: 240 (3%), 105 (100%), 77 (70%)

Nome: 4-clorobenzoato de 1-acetilfenil (41d)

Reagentes: Hidroxiacetofenona (10,0 mmol) e

cloreto de 4-clorobenzoíla (15,0 mmol)

Rendimento: 2,8 g (100,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 89,0 °C (Lit. = 90,0 – 93,0 °C)44

CCD: Rf = 0,6 (30,0 % de AcOEt/Hex)

O

O

O

12

78

34

5

6

9

13

12

1110

Cl

RMN 1H ppm (500 MHz, CDCl3): δ = 2,5 (s, 3 H, H-1); 7,4 (d, J = 8 Hz, 1H, H-7); 7,5

(t, J = 8 Hz, 1H, H-5); 7,6 (d, J = 8,5 Hz, 1H, H-6); 7,7 (d, J = 8,5 Hz, 2H, H-12); 7,9

(d, J = 8,5 Hz; 1H, H-4); 8,1 (d, J = 8,5 Hz, 2H, H-11);

RMN 13C ppm (125 MHz, CDCl3): δ = 29,9 (C-1); 124,5 (C-7); 127,0 (C-5); 129,2 (C-

6); 129,6 (C-12); 131,1 (C-4); 131,6 (C-10); 132,2 (C-11); 134,2 (C-3); 139,5 (C-13);

148,9 (C-8); 164,3 (C-9); 197,9 (C-2)

EM m/z: 274 (5%); 139 (100%); 111 (40%); 75 (30%)

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Nome: 4-fluorobenzoato de 1-acetilfenil (41e)

Reagentes: Hidroxiacetofenona (2,5 mmol) e

cloreto de 4-fluorbenzoíla (3,7 mmol)

Rendimento: 0,3 g (50,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 164,4 – 168,0 °C

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % de AcOEt/Hex)

O

O

O

12

78

34

5

6

9

13

12

1110

F

RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ = 2,5 (s, 3 H, H-1); 7,2 – 7,3 (m, 3H, H-7; H-2);

7,4 (t, J = 7,2 Hz; 1H, H-5); 7,6 (t, J = 7,8 Hz; 1H, H-6); 7,9 (d,

J = 7,8 Hz, 1H, H-4); 8,3 (d, J = 8,4 Hz; 2H, H-11)

RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ = 29,6 (C-1); 116,1 (d, JC-F= 24 Hz; C-12); 123,9

(C-7); 125,6 (d, JC-F= 3 Hz; C-10); 126,3 (C-5); 130,4 (C-6); 131,0 (C-3); 133,0 (d, JC-

F= 9 Hz; C-11); 133,5 (C-4); 149,2 (C-8); 164,2 (C-9); 166,2 (d, JC-F= 254,25 Hz; C-

13); 197,5 (C-2)

Nome: 3,4,5-trimetoxibenzoato de 1-acetilfenil (41f)

Reagentes: Hidroxiacetofenona (5,8 mmol) e cloreto de

3,4,5-trimetoxibenzoíla (8,7 mmol)

Rendimento: 1,9 g (100,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 125,0 – 126,0 °C (Lit. = 108,0 °C)45

CCD: Rf = 0,6 (30,0 % de AcOEt/Hex)

O

O

O

12

78

34

5

6

10 14

13

12

9 11

15O

O

O

RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ = 2,5 (s, 3 H, H-1); 3,9 (s, 9 H, H-14; H-15); 7,2

(d, J = 8,1 Hz, 1H, H-7); 7,4 (t, J = 5,7 Hz, 1H, H-5); 7,5 ppm (s, 2H, H-11); 7,6 (t, J =

7,5 Hz, 1H, H-6); 7,9 (d, J = 7,8 Hz, 1H, H-4)

RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ = 29,7 (C-1); 56,3 (C-14); 60,9 (C-15); 107,4 (C-

11); 123,9 (C-7) 124,1 (C-10); 126,2 (C-5); 130,3 (C-3); 131,1 (C-4); 133,5 (C-6);

142,9 (C-13); 149,3 (C-8); 153,1 (C-12); 164,8 (C-9); 197,7 (C-2)

EM m/z: 330(3%), 195 (100%), 109 (5%)

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Nome: furan-2-carboxilato de 1-acetilfenil (41g)

Reagentes: Hidroxiacetofenona (10,0 mmol) e

cloreto de 2-furoíla (15,0 mmol)

Rendimento: 2,4 g (100,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 89,5 - 90,0 °C (Lit. = 90,0 – 92,0 °C)46

CCD: Rf = 0,6 (30,0 % de AcOEt/Hex)

O

O

O

12

78

34

5

6

10 13

12

9

11

O

RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ = 2,5 (s, 3 H, H-1); 6,59 – 6,61 (m, 1 H, H-12);

7,2 (d, J = 9 Hz, 1H, H-7); 7,3 (t, 1H, H-5); 7,4 (d, J = 3,3 Hz; 1H, H-11); 7,6

(t, J = 9 Hz, 1H, H-6); 7,67 – 7,68 (m, 1H, H-4); 7,8 (d, J = 7,8 Hz; 1H, H-13)

RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ = 29,8 (C-1); 112,4 (C-12); 120,0 (C-11); 123,8

(C-7); 126,4 (C-5) 130,3 (C-6); 131,1 (C-3); 133,4 (C-4); 143,7 (C-10); 147,5 (C-13);

148,4 (C-8); 156,6 (C-9); 197,5 (C-2)

EM m/z: 135 (100%); 107 (30%); 92 (30%)

Nome: 3-nitrobenzoato de 1-acetilfenil (41h)

Reagentes: Hidroxiacetofenona (5,0 mmol) e

cloreto de 3-nitrobenzoíla (7,5 mmol)

Rendimento: 1,5 (100,0 %)

Características: sólido marrom claro

Tf: 77,7 – 78,0 °C (Lit. = 99,0 – 125,0 °C)47

CCD: Rf = 0,7 (30,0 % de AcOEt/Hex)

O

O

O

12

78

34

5

6

10

14

13

129 11

15

NO2

RMN 1H ppm (500 MHz, CDCl3): δ = 2,6 (s, 3 H, H-1); 7,3 (d, J = 8 Hz, 1H, H-7); 7,5

(t, J = 8,5 Hz, 1H, H-5); 7,7 (t, J = 8 Hz; 1H, H-14); 7,8 (t, J = 8 Hz; 1H, H-6); 7,9 (d, J

= ,5 Hz, 1H, H-4); 8,52 – 8,57 (m, 2H, H-13; H-14); 9,1 (s, 1H, H-11)

RMN 13C ppm (125 MHz, CDCl3): δ = 29,1 (C-1); 123,9 (C-7); 125,3 (C-5) 126,7 (C-

14); 128,0 (C-6); 129,9 (C-4); 130,2 (C-3); 130,8 (C-15); 131,3 (C-10); 133,9 (C-13);

135,9 (C-11); 148,4 (C-12); 148,9 (C-8); 163,4 (C-9); 197,3 (C-2)

EM m/z: 285(5%), 270 (3%), 150 (100%), 104 (70%)

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28

Nome: 3,4,5-trimetoxibenzoato de 1-acetil-4,6-

diclorofenil (41j)

Reagentes: 3,5 – dicloro-2-hidroxiacetofenona

(1,0 mmol) e 3,4,5-trimetoxicloreto de benzoíla

(1,1 mmol)

Rendimento: 0,3 g (77,7 %)

Características: sólido branco

Tf: 123,5 – 124,1°C

CCD: Rf = 0,6 (30,0 % AcOEt/Hex.)

O

O

O

12

78

34

5

6

10 14

13

12

9 11

15O

O

O

Cl

Cl

RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 2,5 (s, 3H, H-1); 3,9 (sl, 9H, H-14; H-15); 7,5 (s,

2H, H-11); 7,7 (d, J = 3,3 Hz; 1H, H-6); 7,7 (d, J = 8 Hz; 1H, H-4)

RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 29,6 (C-1); 56,3 (C-14); 60,9 (C-15); 107, 8 (C-

11); 122,9 (C-10); 128,4 (C-4) 130,1 (C-7); 132,1 (C-5); 133,3 (C-3); 134,1 (C-6);

143,5 (C-13); 144,5 (C-8); 153,2 (C-12); 163,4 (C-9); 195,3 (C-2);

EM m/z: 195 (100%); 152 (10%)

Nome: 4-metoxibenzoato de 1-acetil-3,5-diclorofenil

(41m)

Reagentes: 3,5 – dicloro-2-hidroxiacetofenona

(0,9 mmol) e cloreto de 4-metoxibenzoíla

(1,3 mmol)

Rendimento: 0,24 g (83,0%)

Características: sólido branco

Tf: 74,0 – 86,0 °C (Lit. = 107,0 °C)48

CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)

O

O

O

12

78

34

5

6

10

1413

12

9 11

O

Cl

Cl

RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 2,5 (s, 3H, H-1); 3,9 (s, 3H, H-14); 7,0 (d,

J = 8 Hz; 2H, H-12); 7,6 (d, J = 3 Hz; 1H, H-6); 7,7 (d, J = 3 Hz; 1H, H-4);

8,2 (d, J = 8 Hz; 2H, H-11)

RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 29,8 (C-1); 55,6 (C-14); 114, 2 (C-12); 120,4 (C-

10); 128,3 (C-6); 130,1 (C-3); 131,9 (C-7); 132,7 (C-11); 133,2 (C-4); 134,4 (C-5);

144,8 (C-8); 163,4 (C-13); 164,5 (C-9); 195,4 (C-2)

EM m/z: 135 (100%); 107 (10%); 92 (10%)

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29

Nome: benzoato de 1-acetil-5-clorofenil (41n)

Reagentes: 5-cloro-2-hidroxiacetofenona

(2,9 mmol) e cloreto de benzoíla (4,4 mmol)

Rendimento: 0,76 g (95,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 52,0 – 53,0 °C (Lit. = 72,0 – 73,0 °C)49

CCD: Rf = 0,6 (30,0 % AcOEt/Hex.)

O

O

O

12

78

34

5

6

10

13

12

9 11

Cl

RMN 1H ppm (200 MHz, CDCl3): δ 2,5 (s, 3H, H-1); 7,2 (d, J = 8,8 Hz; 1H, H-7); 7,5

– 7,7 (m, 4H, H-6; H-12; H-13); 7,8 (d, J = 2,4 Hz; 1H, H-4);

8,2 (d, J = 7,2 Hz; 2H, H-11)

RMN 13C ppm (50 MHz, CDCl3): δ 29,9 (C-1); 125,6 (C-7); 128,9 (C-3; C-12); 130,2

(C-10); 130,5 (C-11); 132,0 (C-6); 132,7 (C-5); 133,3 (C-4); 134,2 (C-13); 148,0 (C-

8); 165,1 (C-9); 196,3 (C-2)

Nome: 4-fluorbenzoato de 1-acetil-5-clorofenil (41p)

Reagentes: 5-cloro-2-hidroxiacetofenona (2,9

mmol) e cloreto de 4-fluorbenzoíla (4,4 mmol)

Rendimento: 0,85 g (90,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 105,7 – 107,5 °C

CCD: Rf = 0,7 (30,0 % AcOEt/Hex.)

O

O

O

12

78

34

5

6

9

13

12

1110

F

Cl

RMN 1H ppm (200 MHz, CDCl3): δ 2,5 (s, 3H, H-1); 7,2 - 7,3 (m, 3H, H-7; H-12);

7,53 – 7,57 (d, J = 8,6 Hz; 1H, H-6); 7,8 (d, J = 2,6 Hz; 1H, H-4); 8,18 - 8,25

(m, 2H, H-11)

RMN 13C ppm (50 MHz, CDCl3): δ 29,7 (C-1); 116,4 (d, JC-F= 22,0 Hz ; C-12); 125,4

(d, JC-F= 2,5 Hz, C-10); 125,6 (C-7); 130,3 (C-6); 132,1 (C-4); 132,6 (C-3); 133,1 (C-

5); 133,4 (d, JC-F= 3 Hz, C-11); 147,8 (C-8); 164,2 (C-9); 169,1 (C-13); 196,3 (C-2)

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30

Nome: 3-nitrobenzoato de 1-acetil-5-clorofenil

(41s)

Reagentes: 5-cloro-2-hidroxiacetofenona

(2,9 mmol) e cloreto de 3-nitrobenzoíla (4,4 mmol)

Rendimento: 1,0 g (95,0 %)

Características: sólido marrom

Tf: 118,7 – 121,0 °C (Lit. = 122,0 °C)49

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)

O

O

O

12

78

34

5

6

10

14

13

129 11

15

Cl

NO2

RMN 1H ppm (200 MHz, CDCl3): δ 2,5 (s, 3H, H-1); 7,2 (d, J = 8 Hz, 1H, H-14); 7,6 –

7,9 (m, 3H, H-4; H-6; H-7); 8,5 (d, J = 8 Hz, 2H, H-13; H-15); 9,0 (s, 1H, H-11)

RMN 13C ppm (50 MHz, CDCl3): δ 29,0 (C-1); 125,2 (C-14); 128,1 (C-7); 128,4 (C-6);

129,9 (C-4); 130,4 (C-5); 130,8 (C-3); 131,5 (C-10); 132,1 (C-13); 133,4 (C-15);

135,8 (C-11); 147,1 (C-12); 148,4 (C-8); 163,0 (C-9);195,8 (C-2)

Nome: 3-nitrobenzoato de 1-acetil-5-metoxifenil

(41z)

Reagentes: 5-metoxi-2-hidroxiacetofenona

(3,0 mmol) e cloreto de 3-nitrobenzoíla

(3,6 mmol)

Rendimento: 0,53 g (55,8 %)

Características: sólido marrom

Tf: 111,0 – 114,1 °C

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)

O

O

O

12

78

34

5

6

10

16

14

13

129 11

15

O

NO2

RMN 1H ppm (200 MHz, CDCl3): δ 2,5 (s, 3H, H-1); 3,9 (s, 3H, H-16); 7,2 (sl, 2H, H-

4; H-6); 7,4 (sl; 1H, H-7); 7,7 (t, J = 8 Hz; 1H, H-14); 8,48 – 8,54 (m, 2H, H-13; H-15);

9,0 (s, 1H, H-11)

RMN 13C ppm (50 MHz, CDCl3): δ 29,1 (C-1); 55,8 (C-16); 115,6 (C-6); 118,6 (C-4);

124,5 (C-7); 125,1 (C-14); 127,8 (C-3); 129,8 (C-13); 130,9 (C-15); 131,2 (C-10);

135,7 (C-11); 142,1 (C-8); 148,3 (C-12); 157,4 (C-5); 163,5 (C-9); 196, 8 (C-2)

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31

4.2.4 Síntese das β-dicetonas (42)

Os ésteres sintetizados anteriormente foram utilizados para a formação das

β-dicetonas. Em um balão de fundo redondo (50,0 mL) foram adicionados o éster

(1,0 equivalente), a piridina (8,0 mL) como solvente e a base KOH (2,0

equivalentes). A reação foi mantida em aquecimento (50,0 ºC) durante o período

reacional, que foi de 30 minutos. Ao final da reação, verteu-se a mistura reacional

em um erlenmeyer contendo uma solução de CH3COOH a 10% (20,0 mL). Os

sólidos formados apresentaram uma coloração amarela intensa, característica essa

atribuída a formação das β-dicetonas. Todas essas informações estão apresentadas

na Tabela 2. Os produtos formados foram filtrados a vácuo e o bruto foi utilizado

para a etapa seguinte.

Tabela 2: Dados sobre as reações para a síntese das dicetonas

Nome:1-(2-hidroxifenil)-1''-4-metilfenil

propano-1,3-diona (42a)

Reagentes: 41a (6,0 mmol) e KOH

(12,0 mmol)

Rendimento: 1,54 g (100,0 %)

Características: sólido amarelo

Tf: 110,0 – 111,8°C

(Lit.= 106,0 – 110,0 °C)50

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)

EM m/z: 119 (100%)

Nome:1-(2-hidroxifenil)-3-(4-metoxi

fenil)propano-1,3-diona (42b)

Reagentes: 41b (6,0 mmol) e KOH

(11,0 mmol)

Rendimento: 1,2 g (80,0 %)

Características: sólido amarelo

Tf: 108,0 – 109,7 °C

(Lit.= 109,0 -110,0 °C)51

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)

EM m/z: 270 (3%); 135 (100%),

Nome:1-(2-hidroxifenil)-1''-fenil propano-

1,3-diona (42c)

Reagentes: 41c (6,0 mmol) e KOH

(12,0 mmol)

Rendimento: 1,2 g; (80,0 %)

Características: sólido amarelo

Tf: 119,0 – 120,0 °C

(Lit.= 121,0 – 122,0 °C)46

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)

EM m/z: 240 (5%); 105 (100%), 77 (40%)

Nome:1-(2-hidroxifenil)-1''-4-clorofenil

propano-1,3-diona (42d)

Reagentes: 41d (2,0 mmol) e KOH

(2,0 mmol)

Rendimento: 0,2 g (72,0 %)

Características: sólido amarelo

Tf: 122,0 – 123,0°C

(Lit.= 122,0 – 127,0 °C)46

CCD: Rf = 0,7 (30% AcOEt/Hex.)

EM m/z: 274 (10%); 139 (100%)

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32

Nome:1-(2-hidroxifenil)-1''-4-fluorfenil

propano-1,3-diona (42e)

Reagentes: 41e (4,0 mmol) e KOH

(7,0 mmol)

Rendimento: 0,38 g (40,0 %)

Características: sólido amarelo

Tf: 126,7 – 128,0°C

CCD: Rf = 0,7 (30,0 % AcOEt/Hex.)

Nome:1-(2-hidroxifenil)-1''-3,4,5-trimetoxi

fenilpropano-1,3-diona (42f)

Reagentes: 41f (3,0 mmol) e KOH

(5,0 mmol)

Rendimento: 0,7 g (87,0 %)

Características: sólido amarelo

Tf: 94,2 – 96,8°C

(Lit. = 135,0 – 136,0 °C)52

CCD: Rf = 0,26 (30% AcOEt/Hex.)

EM m/z: 330 (5%); 195 (100%)

Nome:1-(furan-2-il)-1''-(2-hidroxifenil)

propano-1,3-diona (42g)

Reagentes: 41g (3,0 mmol) e KOH

(7,0 mmol)

Rendimento: 0,5 g (64,0 %)

Características: sólido amarelo

Tf: 83,0 – 83,8 °C

(Lit. = 82,0 – 87,0 °C)46

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)

EM m/z:135 (100%); 107 (30%); 92 (30%)

Nome:1-(2-hidroxifenil)-1''-(3nitrofenil)

propano-1,3-diona (42h)

Reagentes: 41h (2,0 mmol) e KOH

(4,0 mmol)

Rendimento: 0,400 g (74,0%)

Características: sólido amarelo

Tf: 87,1 – 89,0 °C

(Lit. = 154,0 – 157,0 °C)46

CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)

EM m/z: 285 (1%); 150 (100%); 104 (30%)

Nome:1-(hidroxifenil)-1''-(3,4,5-trimetoxi

fenil)propano-1,3-diona (42j)

Reagentes: 41j (0,5 mmol) e KOH

(1,0 mmol)

Rendimento: 0,21 g (100,0 %)

Características: sólido amarelo

Tf: 161,5 – 165,0 °C

CCD: Rf = 0,3 (30,0 % AcOEt/Hex.)

EM, m/z (%): 195 (100%)

Nome:1-(3,5-dicloro-2-hidroxifenil-1''-

(4metoxifenil)propano-1,3-diona (42m)

Reagentes: 41m (0,5 mmol) e KOH

(1,0 mmol)

Rendimento: 0,22 g (>100,0 %)

Características: sólido amarelo

Tf: 149,0 – 153,8 °C (Lit. = 150,0 °C)48

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)

EM, m/z (%):135 (100%); 107 (10%); 92

(10%)

Nome:1-(5-cloro-2-hidroxifenil)-1''-propano-

1,3-diona (42n)

Reagentes: 41n (2,0 mmol) e KOH

(4,0 mmol)

Rendimento: 0,2 g (38,6 %)

Nome:1-(5-cloro-2-hidroxifenil)-1''-(4-

metoxifenil)propano-1,3-diona (42o)

Reagentes: 41o (2,0 mmol) e KOH

(3,0 mmol)

Rendimento: 0,33 g (67,0 %)

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33

Características: sólido amarelo

Tf: 109,0 – 112,1 °C

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)

Características: sólido amarelo

Tf: 123,7 – 126,5 °C

CCD: Rf = 0,8 (30,0% AcOEt/Hex.)

Nome: 1-(5-cloro-2-hidroxifenil)-1''-(4-

fluorofenil)propano-1,3-diona (42p)

Reagentes: 41p (2,4 mmol) e

KOH (4,8 mmol)

Rendimento: 0,3 g (43,0 %)

Características: sólido amarelo

Tf: 162,2 – 163,9 °C

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)

Nome: 1-(2-hidroxifenil-5-metoxifenil)-1''-

(3-nitrofenil)propano-1,3-diona (42z)

Reagentes: 41z (1,4 mmol) e

KOH (2,8 mmol)

Rendimento: 0,2 g (43,0 %)

Características: sólido marrom

Tf: 144,9 – 146,7 °C

CCD: Rf = 0,6 (30,0 % AcOEt/Hex.)

4.2.5 Síntese das flavonas (43)

Em um balão de fundo redondo (50,0 mL) foram adicionados a β-dicetona

(1,0 equivalente), acido acético (20-30 equivalentes) e por último o H2SO4concentrado

(1,4 equivalente). Em seguida, foi promovida a agitação e acoplado com um sistema

de refluxo simples (100,0 °C) durante 60 minutos. Após o período reacional, deixou-

se a solução resfriar a temperatura ambiente, para então verter a mesma em um

erlenmeyer contendo gelo (10,0 g), ocorrendo a precipitação do sólido. As flavonas

obtidas foram filtradas a vácuo e recristalizadas em metanol a quente.

Nome: 2-(4-metoxifenil)-4H-croman-4-ona (43b)

Reagentes: 42b (2,6 mmol), CH3COOH (78,0 mmol) e H2SO4 (3,6 mmol)

Rendimento: 0,46 g (70,0 %)

Características: amarelo claro

Tf: 155,2 – 155,7 °C (Lit. = 124,0 –

156,0 °C)52

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)

1413

12

11

123

4

5

68 O

O

9

10

7

O

RMN 1H ppm (500 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-14); 6,7 (s, 1H, H-1);

7,0 (d, J = 9 Hz, 2H, H-12); 7,4 (t, J = 8 Hz; 1H, H-5); 7,6 (d, J = 8,5 Hz, 1H, H-7); 7,7

(t, J = 8,5 Hz, 1H, H-6); 7,9 (d, J = 9 Hz; 2H, H-11); 8,2 (d, J = 8 Hz, 1H, H-4)

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34

RMN 13C ppm (125 MHz, CDCl3): δ 55,5 (C-14); 106,2 (C-1); 114,5 (C-12); 117,9 (C-

5); 123,9 (C-10); 124,0 (C-3); 125,1 (C-7); 125,6 (C-6); 128,0 (C-11); 133,6 (C-4);

156,2 (C-8); 162,4 (C-13); 163,4 (C-9); 178,3 (C-2)

EM m/z: 252 (100%), 132 (70%); 117 (20%)

Nome: 2-fenil-4H-croman-4-ona (43c)

Reagentes: 42c (2,9 mmol), CH3COOH (87,5 mmol)

e H2SO4 (4,1 mmol)

Rendimento: 0,5 g (72,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 90,0 °C (Lit. = 92,0 – 97,0 °C)53

CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)

13

12

11

123

4

5

68 O

O

9

10

7

RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 6,8 (s, 1H, H-1); 7,4 (t, J = 9 Hz, 1H, H-5); 7,5 -

7,6 (m, 4H, H-11; H-12); 7,67 – 7,73 (m, 1H, H-7); 7,90 – 7,94 (m, 2H, H-13; H-6); 8,2

(d, J = 9 Hz, 1H, H-4)

RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 107,6 (C-1); 118,1 (C-5); 123,9 (C-3); 125,2 (C-7);

125,7 (C-13); 126,3 (C-11); 129,0 (C-12); 131,6 (C-6); 131,8 (C-10); 133,8 (C-4);

156,3 (C-8); 163,5 (C-9); 178,5 (C-2)

EM m/z: 222 (50%), 120 (80%); 92 (100%)

Nome: 2-(4-clorofenil)-4H-croman-4-ona (43d)

Reagentes: 42d (0,7 mmol), CH3COOH (21,9 mmol)

e H2SO4 (1,0 mmol)

Rendimento: 0,17 g (92,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 180,0 – 181,0 °C (Lit. = 184,0 – 187,0 °C)52

CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)

13

12

11

123

4

5

68 O

O

9

10

7

Cl

RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 6,8 (s, 1H, H-1); 7,4 – 7,6 (m, 4H, H-12; H-5; H-

7); 7,66 – 7,72 (m, 1H, H-6); 7,9 (d, J = 8,7 Hz; 2H, H-11); 8,2 (d, J = 8,1 Hz; 1H, H4)

RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 107,6 (C-1); 118,0 (C-5); 123,8 (C-3); 125,4 (C-7);

125,7 (C-6); 127,5 (C-12); 129,3 (C-11); 130,2 (C-10); 133,9 (C-4); 137,9 (C-13);

156,1 (C-8); 162,2 (C-9); 178,2 (C-2)

EM m/z: 256 (50%);120 (90%); 92 (75%); 73 (100%)

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35

Nome: 2-(4-fluorofenil)-4H-croman-4-ona (43e)

Reagentes: 42e (3,2 mmol), CH3COOH

(97,5 mmol) e H2SO4 (4,6 mmol)

Rendimento: 0,36 g, (45,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 148,0 – 148,5 °C (Lit. = 148,0 – 150,0 °C)52

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)

13

12

11

123

4

5

68 O

O

9

10

7

F

RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 6,8 (s, 1H, H-1); 7,2 (m, 2H, H-12); 7,4 (t,

J = 12 Hz, 1H, H-5); 7,6 (m, 1H, H-7); 7,7 (m, 1H, H-6); 7,88 – 7,95 (m, 2H, H-11);

8,2 (d, J = 12 Hz, 1H, H-4)

RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 107,3 (C-1); 116,4 (d, JC-F= 21,75 Hz, C-12);

118,0 (C-5); 123,8 (C-3); 125,3 (C-7); 125,7 (C-6); 127,9 (d, JC-F= 3,75 Hz, C-10);

128,5 (d, JC-F= 8,25 Hz; C-11); 133,9 (C-4); 156,1 (C-8); 162,4 (C-9); 164,7 (d, JC-F=

252 Hz; C-13); 178,3 (C-2)

Nome: 2-(3,4,5-trimetoxifenil)-4H-croman-4-ona (43f)

Reagentes: 42f (1,8 mmol), CH3COOH

(54,5 mmol) e H2SO4 (2,5 mmol)

Rendimento: 0,5 g (88,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 178,1 – 179,0 °C (Lit. = 174,0 – 177,0 °C)52

CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)

RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-

15); 3,9 (s, 6H, H-4); 6,8 (s, 1H, H-1); 7,1 (s, 2H, H-11); 7,4 (t, J = 7,5 Hz, 1H, H-5);

7,6 (d, J = 8,4 Hz, 1H, H-7); 7,70 (t, J = 8,4 Hz, 1H, H-6); 8,2 (d, J = 7,8 Hz; 1H, H-4)

RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 56,3 (C-14); 61,0 (C-15); 103,6 (C-11); 107,3 (C-

1); 118,1 (C-5); 123,8 (C-3); 125,3 (C-7); 125,7 (C-6); 126,9 (C-10); 133,8 (C-4);

141,1 (C-13); 153,5 (C-12); 156,2 (C-8); 163,3 (C-9); 178,4 (C-2)

EM m/z: 312 (100%); 297 (60%); 269 (30%); 121 (50%)

14

13

12

11

15

123

4

5

68 O

O

910

7

O

O

O

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36

Nome: 2-(furan-2-il)-4H-croman-4-ona (43g)

Reagentes: 42g (1,9 mmol), CH3COOH (58,7 mmol) e

H2SO4 (2,7 mmol)

Rendimento: 0,39 g (94,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 134,7 – 135,7 °C (Lit. = 134,0 – 138,0 °C)52

CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)

13

1211

123

4

5

68 O

O

9

107

O

RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 6,59 – 6,61 (m, 1H, H-12); 6,7 (s, 1H, H-1); 7,1

(d, J = 3,3 Hz; 1H, H-11); 7,4 (t, J = 7,2 Hz, 1H, H-5); 7,5 (d, J = 8,1 Hz; 1H, H-7);

7,62 – 7,70 (m, 2H, H-13; H-6); 8,2 (d, J = 7,8 Hz; 1, H-4)

RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 105,3 (C-12); 112,6 (C-1); 113,2 (C-11); 117,9 (C-

5); 124,0 (C-3); 125,2 (C-7); 125,7 (C-6); 133,8 (C-13); 145,9 (C-4); 146,3 (C-10);

155,3 (C-8); 155,8 (C-9); 177,9 (C-2)

EM m/z: 212 (80%); 120 (60%); 92 (100%)

Nome: 2-(3-nitrofenil)-4H-croman-4-ona (43h)

Reagentes: 42h (1,2 mmol), CH3COOH

(36,8 mmol) e H2SO4 (1,7 mmol)

Rendimento: 0,3 g (91,0 %)

Características: sólido marrom

Tf: 194,8 – 195,8 °C (Lit. = 194,0 – 202,0 °C)52

CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)

14

13

1211

15

123

45

68 O

O

910

7

NO2

RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 6,9 (s, 1H, H-1); 7,5 (t, J = 7,8 Hz, 1H, H-14); 7,6

(d, J = 8,1 Hz; 1H, H-7); 7,7 - 7,8 (m, 2H, H-5; H-6); 8,2 (d, 2H, H-4; H-15); 8,4 (d, J =

8,1 Hz, 1H, H-13); 8,8 (s, 1H, H-11)

RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 108,8 (C-1); 118,2 (C-14); 121,2 (C-7); 123,8 (C-

3); 125,7 (C-5); 125,8 (C-6); 125,9 (C-4); 130,3 (C-15); 131,8 (C-13); 133,6 (C-10);

134,3 (C-11); 148,7 (C-12); 156,1 (8); 160,5 (C-9); 178,0 (C-2)

EM m/z: 267 (80%); 120 (90%); 92 (100%)

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37

Nome: 7,9-dicloro-2-(4-metoxifenil)-4H-croman-

4-ona (43m)

Reagentes: 42m (0,5 mmol), CH3COOH

(16,2 mmol) e H2SO4 (0,7 mmol)

Rendimento: 0,14g (83,2 %)

Características: sólido branco

Tf: 193,5 – 194,4 °C (Lit. = 196,0 °C)54

CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)

1413

12

11

123

45

68 O

O

9

10

7

O

Cl

Cl

RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-14); 6,8 (s, 1H, H-1); 7,1 (d, J = 8,8

Hz; 2H, H-12); 7,7 (d, J = 2,4 Hz; 1H, H-4); 8,0 (d, J = 8,8 Hz; 2H, H-11); 8,1 (d, J =

2,4 Hz; 1H, H-6)

RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 55,6 (C-14); 106,7 (C-1); 114,7 (C-12); 123,1

(C-10); 123,9 (C-4); 124,32 (C-3); 125,7 (C-7); 128,2 (C-11); 130,7 (C-5); 133,5

(C-6); 150,4 (C-8); 162,9 (C-13); 163,5 (C-9); 176,3 (C-2)

EM m/z: 320 (70%); 289 (5%); 132 (100%)

Nome: 7-cloro-2-fenil-4H-croman-4-ona (43n)

Reagentes: 42n (0,7 mmol) e CH3COOH

(19,7 mmol) e H2SO4 (0,9 mmol)

Rendimento: 0,13 g (80,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 181,1 – 184,4 °C (Lit. = 185,0 °C)55

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)

13

1211

123

45

68 O

O

9

10

7

Cl

RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 6,8 (s, 1H, H-1); 7,6 (sl, 4H, H-11; H-12); 7,7 (d, J

= 9,6 Hz; 1H, H-7); 7,9 (d, 2H, H-14; H-7); 8,2 (s, 1H, H-4)

RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 107,5 (C-1); 119,8 (C-7); 124,9 (C-3); 125,2 (C-

13); 126,3 (C-11); 129,1 (C-12); 131,2 (C-5); 131,4 (C-10); 131,8 (C-6); 133,9 (C-4);

154,6 (C-8); 163,7 (C-9); 177,1 (C-2)

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38

Nome: 7-cloro-2-(4-metoxifenil)-4H-croman-4-ona (43o)

Reagentes: 42o (1,0 mmol) e CH3COOH (30,0 mmol) e H2SO4 (1,4 mmol)

Rendimento: 0,3 g (100,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 180,2 – 183,0 °C (Lit. = 182,0 °C)55

CCD: Rf = 0,3 (30,0 % AcOEt/Hex.) 14

13

1211

123

45

68 O

O

9

10

7

Cl

O

RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-14); 6,7 (s, 1H, H-1);

7,0 (d, J = 8,8 Hz; 2H, H-12); 7,6 (d, J = 8,8 Hz; 1H, H-7); 7,7 (d,

J = 8,8 Hz, 1H, H-6); 7,9 (d, J = 8,8 Hz; 2H, H-11); 8,0 (d, J = 2,4 Hz; 1H, H-4)

RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 55,0 (C-14); 105,1 (C-1); 114,0 (C-12); 119,6 (C-

3); 122,7 (C-10); 124,0 (C-5); 124,2 (C-7); 127,6 (C-11); 130,1 (C-4); 133,2 (C-6);

153,9 (C-8); 162,1 (C-13); 163,1 (C-9); 173,0 (C-2)

Nome: 7-cloro-2-(4-fluorofenil)-4H-croman-4-ona (43p)

Reagentes: 42p (0,8 mmol) e CH3COOH (25,6 mmol) e H2SO4 (1,2 mmol)

Rendimento: 0,23g (97,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 237,0 – 239,0 °C (Lit. = 230,0 °C)55

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.) 13

1211

123

45

68 O

O

9

10

7

Cl

F

RMN 1H ppm 400 MHz, CDCl3): δ 6,9 (s, 1H, H-1); 7,4 (t, J = 8,4 Hz; 2H, H-12); 7,7

(d, J = 8,8 Hz; 1H, H-7); 7,8 (d, J = 8,8 Hz; 1H, H-6); 8,1 (sl, 2H, H-11);

8,2 (s, 1H, H-4)

RMN 13C ppm 100 MHz, CDCl3): δ δ 106,5 (C-1); 115,9 (d, JC-F= 27,5 Hz, C-12);

119,5 (C-7); 124,3 (d; JC-F= 11,2 Hz; C-10); 127,0 (C-3); 128,2 ppm

(d; JC-F= 10 Hz; C-11); 130,5 (C-6); 133,5 (C-4); 150,4 (C-5); 153,9 (C-8); 162,1 (C-

13); 165,5 (C-9); 176,2 (C-2)

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39

Nome: 7-metoxi-2-(3-nitrofenil)-4H-croman-4-ona (43z)

Reagentes: 42z (0,5 mmol) e CH3COOH (15,2 mmol) e H2SO4 (0,7 mmol)

Rendimento: 0,17g (100,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 177,0 – 179,3 °C

CCD: Rf = 0,3 (30,0 % AcOEt/Hex.)

16

14

13

1211

15

123

45

68 O

O

910

7

O

NO2

RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-16); 6,9 (s, 1H, H-1);

7,4 (d, J = 9,2 Hz; 1H, H-7); 7,57 – 7,62 (m, 2H, H-4; H-6); 7,7 (t, J = 8 Hz, 1H, H-14);

8,2 (d, J = 8 Hz, 1H, H-15); 8,4 (d, J = 8 Hz, 1H, H-13); 8,8 (s, 1H, H-11)

RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 56,0 (C-16); 105,0 (C-1); 108,0 (C-7); 119,6

(C-4); 121,2 (C-6); 124,3 (C-14); 124,6 (C-3); 125,8 (C-15); 130,2 (C-13); 131,6 (C-

11); 133,8 (C-10); 148,0 (C-12); 150,9 (C-8); 157,4 (C-5); 160,3 (C-9); 177,9 (C-2)

4.2.6 Síntese dos isoxazois a partir das β-dicetonas (44)

As vidrarias utilizadas foram secas na estufa, pois a reação foi promovida em

atmosfera inerte. Foram adicionados no tudo de Schelenk (10,0 mL) a β-dicetona

(1,0 equivalente) e o cloridrato de hidroxilamina (1,3 equivalente). Em seguida, o

recipiente foi selado com uma tampa de borracha e parafilme, para criar o meio

inerte com N2. A piridina anidra (6,0 mL) foi adicionada e, a mistura reacional foi

promovida a agitação a temperatura ambiente overnight. A reação foi acompanhada

por CCD e pela modificação da coloração da mistura reacional. Ao término da

reação, a mistura foi neutralizada com uma solução de

HCl 6,0 M. Posteriormente, foi realizado a extração líquido-líquido com água

destilada (2 x 10 mL) e acetato de etila (3 x 10 mL), as fases orgânicas reunidas

foram secadas com Na2SO4 anidro e o excesso de solvente retirado no

rotaevaporador. Apenas o composto 44f foi purificado por coluna em sílica gel sendo

eluído com uma solução de 1% Acetona/Hexano, o 44b apresentou mais produtos

laterais o que dificultaria bastante a purificação e o 4a mistura isomérica. O

composto 44f foi caracterizado por RMNs de ¹H e ¹³C.

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40

14

13

1211

12

3

4

5

6

89

10

7

NOOH

14

13

1211

15

1'

23

4

56

89

10

7

NOOHOCl

Cl

O

O

Nome: 1''-(3-(4-metilfenil)isoxazol-5-il)fenol (44a)

Reagentes: 42a (4,2 mmol); NH2OH.HCl

(5,5 mmol)

Rendimento: 0,6 g (55,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 198,0 199,0 °C (Lit. = 198,0 - 224,0 ºC)56

CCD: Rf = 0,5 e 0,6 (30,0 % AcOEt/Hex.)

EM m/z: 119 (100%); 91(50%)

Nome: 3'',5''-dicloro-1'-(3-(3',4',5'trimetoxi

fenil)isoxazol-5-il)fenol (44j)

Reagentes: 42j (0,2 mmol) e NH2OH.HCl

(0,3 mmol)

Rendimento: 0,12 g (81,0 %)

Características: óleo amarelo

CCD: Rf = 0,4 (30,0 % Acetona/Hex.)

RMN 1H ppm (400 MHz, DMSO): δ 3,7 (s, 3H, H-15); 3,8 (s, 6H, H-14); 6,9 (s, 2H,

H-11); 7,2 (s, 1H, H-1); 7,5 (d, J = 2,4 Hz; 1H, H-4); 7,7 (d, J = 8 Hz; 1H, H-6); 7,8 (s,

1H, H-1’)

RMN 13C ppm (100 MHz, DMSO): δ 56,6 (C-14); 60,5 (C-15); 104,0 (C-11); 104,6

(C-1); 108,2 (C-3); 118,0 (C-10); 122,1 (C-7); 123,9 (C-5); 127,9 (C-4); 131,1 (C-6);

136,5 (C-13); 151,5 (C-8); 153,0 (C-12); 153,9 (C-9); 158,5 (C-2)

IV (cm-1): 3360 (OH); 1600 e 1500 (C=C aromático); 1400 (C=N); 1240 e 1040 (C-O-

C éter aromático); 710 (C-Cl)

4.2.7 Síntese dos isoxazóis a partir das flavonas (44)

Em um balão de fundo redondo (50,0 mL) foram adicionados a flavona

(1,0 equivalente), a piridina (8,0 mL) como base e por último a hidroxilamina

(3,0 equivalentes). Após a adição dos reagentes, foi promovida a agitação e o

acoplamento de refluxo simples (110,0 °C) durante 12 horas. Após o período

reacional, adicionou-se água gelada (20,0mL) à solução, promovendo a formação do

sólido. Constatada a formação isomérica por CCD e RMN ¹H, alguns hidroxi-

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41

isoxazóis foram isolados por coluna cromatográfica em sílica gel após a alquilação

que os mesmos foram submetidos, nos casos em que a reação foi incompleta, e

caracterizados por espectros de massas e espectros de RMN de ¹H e de ¹³C.

Nome: 1''-(3-(4-metoxifenil)isoxazol-5-il)fenol (44b)

Reagentes: 43b (1,0 mmol); NH2OH.HCl

(3,0 mmol)

Rendimento: 0,21 g (78,6 %)

Características: sólido amarelo

Tf: 194,3 – 198,7 °C (Lit.= 212,0 – 214,0 ºC)56

CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)

RMN 1H ppm (400 MHz, DMSO): δ 3,8 (s, 3H, H-14); 7,0 (t, J = 8,4 Hz; 1H, H-5);

7,04 -7,08 (m, 3H, H-7; H-12); 7,3 (s, 1H, H-1); 7,33 (d, J = 8,4 Hz; 1H, H-4); 7,79 –

7,81 (d, J = 7,8 Hz; 1H, H-6); 7,9 (d, J = 9 Hz; 2H, H-11)

RMN 13C ppm (100 MHz, DMSO): δ 55,9 (C-14); 101,3 (C-5); 114,6 (C-7); 115,1 (C-

12); 117,2 (C-1); 120,2 (C-4); 121,9 (C-3); 127,5 (C-6); 128,8 (C-11); 132,1 (C-10);

155,4 (C-13); 161,3 (C-8); 162,6 (C-9); 167,0 (C-2)

IV (cm-1): 3200 (OH); 1600 e 1500 (C=C aromático); 1450 (C=N); 1260 e 1030 (C-O-

C éter aromático)

Nome: 1''-(3-fenil)isoxazol-5-il)fenol (44c)

Reagentes: 43c (4,5 mmol); NH2OH.HCl

(13,5 mmol);

Rendimento: 0,3 g (47,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 201,0 - 201,8 °C (Lit. = 232,0 - 236,0 ºC)56

CCD: Rf = 0,5 e 0,6 (30,0 % AcOEt/Hex.)

EM m/z: 237 (25%); 207 (20%); 117 (100%); 73 (90%) 63 (77%)

Nome: 1''-(3-(4-clorofenil)isoxazol-5-il)fenol (44d)

Reagentes: 43d (1,6 mmol); NH2OH.HCl

(4,7 mmol);

Rendimento: 0,1 g (23,6 %)

14

13

1211

12

3

4

5

6

89

107

NOOHO

13

1211

12

3

4

5

6

8

9

107

NOOH

13

1211

12

3

4

5

6

8

9

107

NOOHCl

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42

Características: sólido branco

Tf: 225,1 – 225,5 °C (Lit. = 237,0 – 240,0 ºC)56

CCD: Rf = 0,5 e 0,6 (30,0 % AcOEt/Hex.)

EM m/z: 274 (5%); 271 (80%); 151 (98%); 121 (100%)

Nome: 1''-(3-(4-fluorofenil)isoxazol-5-il)fenol (44e)

Reagentes: 43e (2,1 mmol); NH2OH.HCl

(6,3 mmol);

Rendimento: 0,35 g (66,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 223,3 – 224,1 °C (Lit. = 244,0 – 245,0 ºC)56

CCD: Rf = 0,5 e 0,6 (30% AcOEt/Hex.)

EM m/z: 255 (20%); 207 (30%); 135 (65%); 121 (60%) 73 (100%); 61 (80%)

Nome: 1''-(3-(3,4,5-trimetoxifenil)isoxazol-5-

il)fenol (44f)

Reagentes: 43f (3,2 mmol); NH2OH.HCl

(9,6 mmol)

Rendimento: 0,86 g (82,7 %)

Características: sólido branco

Tf: 215,0 – 215,4 °C (Lit.= 235,0 – 238,0 ºC)57

CCD: Rf = 0,3 (30,0 % AcOEt/Hex.)

RMN 1H ppm (400 MHz, DMSO) δ 3,9 (s, 3H, H-15); 4,0 (s, 6H, H-14); 7,1 (s, 1H, H-

1); 7,1 (s, 2H, H-11); 7,3 (sl, 1H, H-7); 7,4 (d, J = 8,4 Hz; 1H, H-5); 7,5 – 7,5 (m, 1H,

H-4); 7,98 (d, J = 8,4 Hz; 1H, H-6)

RMN 13C ppm (100 MHz, DMSO) δ 56,8 (C-15); 60,8 (C-14); 101,8 (C-1); 104,7 (C-

11); 114,6 (C-7); 117,2 (C-3); 120,2 (C-5); 125,0 (C-10); 127,6 (C-4); 132,2 (C-6);

139,6 (C-13); 154,0 (C-12); 155,4 (C-8); 163,0 (C-9); 167,3 (C-2)

IV (cm-1): 3160 (OH); 1600 e 1500 (C=C aromático); 1420 (C=N); 1250 e 1010 (C-O-

C éter aromático)

13

1211

12

3

4

5

6

8

9

107

NOOHF

14

13

1211

1512

3

4

5

6

89

10

7

NOOHO

O

O

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43

Nome: 1''-(3-(furan-2-il)isoxazol-5-il)fenol (44g)

Reagentes: 43g (3,2 mmol); NH2OH.HCl

(9,5 mmol);

Rendimento: 0,4 g (55,5 %)

Características: sólido branco

Tf: 194,8 – 195,0 °C (Lit. = 237,0 – 239,0 ºC)58

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)

RMN 1H ppm (500 MHz, DMSO): δ 6,71 – 6,72 (m, 1H, H-12); 7,0 (t, J = 8 Hz; 1H,

H-5); 7,1 (d, J = 8 Hz; 1H, H-7); 7,21 – 7,23 (m, 2H, H-1; H-11); 7,4 (t, J = 8,5 Hz; 1H,

H-6); 7,8 (d, J = 8 Hz; 1H, H-4); 7,9 (sl, 1H, H-13); 10,7 (s, 1H, OH)

RMN 13C ppm (125 MHz, DMSO): δ 100,7 (C-1); 111,8 (C-11); 112,5 (C-12); 114,0

(C-3); 117,0 (C-7); 119,9 (C-5); 127,3 (C-13); 132,1 (C-6); 144,2 (C-9); 145,3 (C-13);

155,2 (C-8); 155,3 (C-10); 166,8 (C-2)

EM m/z: 227 (55%); 121 (100%); 105 (70%); 65 (90%)

IV (cm-1): 3120 (OH); 1600 e 1500 (C=C aromático); 1370 (C=N); 1240 e 960 (C-O

aromático)

Nome: 1''-(3-(3,4,5-trimetoxifenil)isoxazol-5-il)fenol (44h)

Reagentes: 43h (1,0 mmol); NH2OH.HCl

(3,0 mmol)

Rendimento: 0,24 g (85,0 %)

Características: sólido marrom

Tf: 235,7 – 236 °C

CCD: Rf = 0,48; 0,55 (30,0 % AcOEt/Hex.)

Nome: 3'',5''-dicloro-1'-(3-(4’-metoxifenil)isoxazol-5-il)fenol (44m)

Reagentes: 43m (0,3 mmol);

NH2OH.HCl (0,9 mmol);

Rendimento: 0,05 g (47,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 206,2 – 208,1 °C

CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)

1'

13

12

1112

3

4

5

6

89

107

NOOH O

14

13

1211

1512

3

4

5

6

89

107

NOOH

NO2

14

13

1211

12

3

4

56

89 107

NOOH

Cl

Cl

O

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44

RMN 1H ppm (400 MHz, DMSO): δ 3,8 (s, 3H, H-14); 7,1 (d, J = 8,8 Hz; 2H, H-12);

7,4 (s, 1H, H-1); 7,7 (d, J = 2,4 Hz; 1H, H-4); 7,8 (d, J = 2,4 Hz; 1H, H-6); 7,9 (d, J =

8,8 Hz; 2H, H-11)

RMN 13C ppm (100 MHz, DMSO): δ 55,8 (C-14); 102,8 (C-1); 115,0 (C-12); 118,7

(C-3); 121,2 (C-10); 123,9 (C-7); 124,4 (C-5); 125,9 (C-4); 128,6 (C-11); 130,9 (C-6);

149,8 (C-8); 161,3 (C-13); 162,6 (C-9); 165,0 (C-2)

Nome: 5-cloro-1''-(3-fenilisoxazol-5-il)fenol (44n)

Reagentes: 43n (1,9 mmol); NH2OH.HCl

(5,8 mmol)

Rendimento: 0,25 g (47,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 245,0 – 247,0 °C

CCD: Rf = 0,2 e 0,3 (30,0 % AcOEt/Hex.)

Nome: 5-cloro-1''-(3-(4-metoxifenil)isoxazol-5-il)fenol (44o)

Reagentes: 43o (10 mmol); NH2OH.HCl

(2,9 mmol);

Rendimento: 0,24 g (85,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 237,2 – 238,5 °C

CCD: Rf = 0,17 e 0,44 (30,0 % AcOEt/Hex.)

Nome: 5-cloro-1''-(3-(4-fluorofenil)isoxazol-5-il)fenol (44p)

Reagentes: 43p (0,7 mmol); NH2OH.HCl

(2,2 mmol);

Rendimento: 0,174 g (83,0%)

Características: sólido branco

Tf: 238,5 – 241,3 °C

CCD: Rf = 0,3 e 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)

13

1211

12

3

45

6

89

107

NOOH

Cl

14

13

1211

12

3

45

6

89

107

NOOH

Cl

O

13

1211

12

3

45

6

89

107

NOOH

Cl

F

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45

Nome: 5-metoxi-1''-(3-(3-nitrofenil)isoxazol-5-il)fenol (44z)

Reagentes: 43z (0,5 mmol); NH2OH.HCl

(1,5 mmol);

Rendimento: 0,13 g (81,4 %)

Características: sólido marrom

Tf: 198,0 – 200,0 °C

CCD: Rf = 0,1 e 0,2 (30,0 % AcOEt/Hex.)

4.2.8 Alquilação dos isoxazóis (45)

Em um balão de fundo redondo (50,0 mL) foram adicionados o isoxazol

(1,0 equivalente), o K2CO3 anidro (2,0 equivalentes) e acetona

(20,0 mL) como solvente. A agitação da mistura reacional foi promovida a

temperatura abaixo de 0 °C, para que o brometo de benzíla ou iodo metano

(1,3 equivalente) fosse adicionado. A reação foi mantida em um sistema de refluxo

(60,0 °C) simples durante um dia.

Após o período reacional, filtrou-se a solução para retirar o sal insolúvel

formado. Fez-se uma placa cromatográfica em camada delgada para verificar a

formação de um novo composto e, em seguida, a extração líquido-líquido com água

destilada (10,0 mL) e AcOEt (10,0 mL). As fases orgânicas reunidas foram secas

com o sal Na2SO4 anidro.

A solução foi levada para o rotavapor para eliminar o excesso de solvente e,

em seguida, foi purificado pela coluna cromatográfica, sendo eluído em um gradiente

dos solventes Acetato de etila/Hexano ou Acetato de etila/Éter de petróleo

(Começando com o solvente apolar, 100% de Hexano ou Éter de petróleo; e depois

aumentando a polaridade aos poucos 1,0; 2,0; 4,0; 5,0; 10,0; 15,0 e 30,0 % de

Acetato de etila).

Nome:5-(2’-(benziloxi)fenil)-3-(4-metilfenil)

Isoxazol (45a)

Reagentes: 44a (0,6 mmol); brometo de

benzila ( 0,8 mmol); K2CO3(1,2 mmol)

Rendimento: 0,11 g (55,4 %)

16

14

13

1211

1512

3

45

6

89

107

NOOH

O

NO2

16

14

13

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15

17

12

3

4

5

6

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NOO

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46

Características: sólido amarelo

Tf: 129,0 – 133,0 °C

CCD: Rf = 0,64 (30,0 % AcOEt/Hex.)

RMN 1H ppm (500 MHz, CDCl3): δ 2,4 (s, 3H, H-19); 5,3 (s, 2H, H-14); 7,1 (s, 1H, H-

1); 7,3 (d, 3H, H-7; H-12); 7,4 – 7,5 (m, 5H, H-5; H-4; H-17; H-18); 7,6 (d, J = 8,5 Hz;

2H, H-16); 7,7 (d, J = 8 Hz; 2H, H-11); 8,08 (d, J = 8 Hz; 1H, H-6)

RMN 13C ppm (125 MHz, CDCl3): δ 21,4 (C-19); 70,8 (C-14); 101,8 (C-1); 112,6 (C-

7); 117,0 (C-3); 121,2 (C-5); 125,6 (C-10); 126,6 (C-12); 127,7 (C-17); 127,8 (C-18);

128,4 (C-4); 128,8 (C-16); 129,5 (C-11); 131,1 (C-6); 135,0 (C-15); 136,4 (C-13);

139,8 (C-17); 155,4 (C-8); 162,9 (C-9); 166,1 (C-2)

IV (cm-1): 1600 – 1500 (C=C aromático); 1480 (C=N); 1380 (CH3); 1250 e 1022 (C-O-

C éter aromático)

Nome:5-(2’-(benziloxi)fenil)-3-(4-metoxi

fenil)isoxazol (45b)

Reagentes: 44b (0,6 mmol); brometo de

benzila (1,6 mmol); K2CO3 (1,3 mmol)

Rendimento: 0,14 g (62,5 %)

Características: sólido amarelo

Tf: 95,0 – 98,0 °C

CCD: Rf = 0,6 (30,0 % AcOEt/Hex.)

RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-19); 5,3 (s, 2H, H-14); 7,0 (d, J =

9,2 Hz; 2H, H-12); 7,06 (s, 1H, H-1); 7,10 – 7,16 (m, 2H, H-5; H-7); 7,4 – 7,5 (m, 4H,

H-17; H-18); 7,55 (d, J = 8,4 Hz; 2H, H-16); 7,7 (d, J = 8,8 Hz; 2H, H-11); 8,1(d, J =

7,6 Hz; 1H, H-6)

RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 55,4 (C-19); 70,7 (C-14); 101,6 (C-1); 112,6 (C-

7); 114,2 (C-12); 117,0 (C-3); 121,2 (C-5); 122,1 (C-10); 127,7 (C-17); 127,8 (C-18);

128,1 (C-16); 128,4 (C-4); 128,7 (C-11); 131,0 (C-6); 136,4 (C-15); 155,3 (C-8);

160,8 (C-13); 162,5 (C-9); 166,0 (C-2)

EM m/z: 357 (10%); 91 (100%)

16

14

13

1211

15

17

12

3

4

5

6

89

107

18

19NOO

O

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47

Nome:5-(2’-(benziloxi)fenil)-3-(4-cloro

fenil)Isoxazol (45d)

Reagentes: 44d (0,2 mmol); brometo de

benzila (0,3 mmol); K2CO3 (0,5 mmol)

Rendimento: 0,08 g (88,8 %)

Características: sólido branco

Tf: 131,0 – 156,0 °C

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)

RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 5,3 (s, 2H, H-14); 7,1 (s, 1H, H-1);

7,11 – 7,17 (m, 2H, H-7; H-5); 7,4 – 7,5 (m, 6H, H-4; H-12; H-17; H-18); 7,55 (d, J =

8,8 Hz; 2H, H-16); 7,7 (d, J = 8,4 Hz; 2H, H-11); 8,1 (d; J = 7,6 Hz; 1H, H-6)

RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 70,8 (C-14); 101,6 (C-1); 112,6 (C-7); 116,7 (C-

3); 121,3 (C-5); 127,7 (C-12); 127,8 (C-18); 128,0 (C-10, C-17); 128,4 (C-4); 128,8

(C-16); 129,1 (C-11); 131,3 (C-6); 135,7 (C-13); 136,3 (C-15); 155,4 (C-8); 162,0 (C-

9); 166,6 (C-2)

EM m/z: 361 (5%); 91 (100%)

Nome: 5-(2’-(benziloxi)fenil)-3-(4’-fluorofenil)

Isoxazol (45e)

Reagentes: 44e (1,0 mmol); brometo de benzila

(1,3 mmol); K2CO3 (2,0 mmol)

Rendimento: 0,09 g (27,8 %)

Característica: sólido branco

Tf: 145,0 - 148,0 °C

CCD: Rf = 0,66 (30,0 % AcOEt/Hex.)

RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 5,3 (s, 2H, H-14); 7,1 (s, 1H, H-1); 7,11 – 7,17

(m, 4H, H-5; H-7; H-12); 7,4 – 7,5 (m, 4H, H-4; H-17, H-18); 7,5 (d, J = 8; 2 Hz; 1H,

H-16); 7,75 – 7,79 (m, 2H, H-11); 8,1 (d, J = 7,6 Hz; 1H, H-6)

RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 70,8 (C-14); 101,6 (C-1); 112,6 (C-7); 116,0 (d,

JC-F= 11 Hz; C-12); 116,7 (C-3); 121,3 (C-4); 125,7 (d, JC-F= 3, Hz; C-10); 127,7 (C-

5); 127,8 (C-18); 128,4 (C-17); 128,5 (d, JC-F= 9 Hz, C-11); 128,8 (C-16); 131,2 (C-6);

136,3 (C-15); 155,4 (C-8); 162,1 (C-9); 163,7 (d, JC-F= 248Hz, C-13); 166,4 (C-2)

EM m/z: 345 (10%); 91 (100%)

16

14

13

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15

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12

3

4

5

6

89

107

18

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Cl

16

14

13

1211

15

17

12

3

4

5

6

89

107

18

NOO

F

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48

Nome: 5-(2’-(benziloxi)fenil)-3-(3,4,5-

trimetoxifenil)Isoxazol (45f)

Reagentes: 44f (0,6 mmol); brometo de

benzila (0,8 mmol); K2CO3 (1,2 mmol)

Rendimento: 0,2 g (78,7 %)

Características: sólido branco

Tf: 148,0 – 153,0 °C

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)

RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 3,86

(s, 6H, H-19); 3,88 (s, 3H, H-20); 5,2 (s,

2H, H-14); 6,9 (s, 2H, H-11); 7,0 (s, 1H, H-1); 7,11 – 7,16 (m, 2H, H-5; H-7); 7,37 –

7,46 (m, 4H, H-4; H-17; H-18); 8,08 (d, J = 7,2 Hz; 2H, H-16); 8,0 (d, J = 7,8 Hz; 1H,

H-6)

RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 56,1 (C-19); 60,9 (C-20); 70,7 (C-14); 101,7 (C-1);

103,8 (C-11); 112,3 (C-7); 116,6 (C-3); 121,2 (C-18); 124,8 (C-10); 127,7 (C-5);

128,2 (C-17); 128,3 (C-4); 128,7 (C-16); 131,2 (C-6); 136,3 (C-13); 139,4 (C-15);

153,5 (C-12); 155,4 (C-8); 162,7 (C-9); 166,2 (C-2)

EM m/z: 312 (100%); 297 (50%)

IV (cm-1): 1600 – 1500 (C=C aromático); 1450 (C=N); 1140 e 1000(C-O-C éter

aromático)

Nome: 5-(2’-(benzoil)fenil)-3-(furan-2-

il)isoxazol (45g)

Reagentes: 44g (0,7 mmol); brometo de

benzila (0,9 mmol); K2CO3 (1,4 mmol)

Rendimento: 0,13 g (60,5 %)

Características: sólido amarelo

Tf: 122,0- 123,0 °C

CCD: Rf = 0,34 (30,0 % AcOEt/Hex.)

RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 5,3 (s, 2H, H-14); 6,53 – 6,55 (m, 1H, H-7); 6,8

(d, J = 3,2 Hz; 1H, H-12); 7,1 (s, 1H, H-1); 7,15 – 7,40 (m, 2H, H-5; H-18); 7,48 –

7,51 (m, 4H, H-4; H-11; H-17); 7,56 (d, J = 8,8 Hz; 2H, H-16); 7,57 (sl, 1H, H-6); 8,1

(d, J = 7,6 Hz; 1H, H-13)

16

14

13

12

11

15

20

17

12

3

4

5

6

89

107

18

19NOO

O

O

O

14

13

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1516

17

12

3

4

5

6

89

10

7

18

NOO O

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49

RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 70,7 (C-14); 101,2 (C-1); 110,0 (C-7); 111,6 (C-

11); 112,6 (C-12); 116,6 (C-3); 121,2 (C-5); 127,5 (C-17); 128,0 (C-18); 128,3 (C-4);

128,7 (C-16); 131,3 (C-6); 136,3 (C-15); 143,7 (C-13); 144,8 (C-9); 155,4 (C-8);

155,4 (C-10); 166,0 (C-2)

EM m/z: 317 (10%); 91 (100%)

IV (cm-1): 1600 e 1400 (C=C aromático); 1400 (C=N); 1260 e 1020 (C-O-C éter

aromático)

Nome:5-(2’-(benziloxi)fenil)-3-(3-nitrofenil)

isoxazol (45h)

Reagentes: 44h (0,2 mmol); brometo de

benzila (0,2 mmol); K2CO3 (0,3 mmol)

Rendimento: 0,05 g (75,7 %)

Características: sólido amarelo

Tf: 118,7 – 120,0 °C

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)

RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 5,3 (s, 1H, H-16); 7,1 (s, 2H, H-1); 7,2 (d, 2H, H-

5; H-7); 7,6 – 7,7 (m, 6H, H-18; H-19; H-20; H-21; H-22); 7,8 (t,

J = 8 Hz; 1H, H-6); 8,1 (d, J = 7,6 Hz; 1H, H-14); 8,2 (d, J = 7,6; 1H, H-15); 8,3 (m,

1H, H-13); 8,5 (s, 1H, H-11)

RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 70,9 (C-16); 101,5 (C-1); 112,5 (C-7); 116,3 (C-

3); 121,3 (C-5); 121,7 (C-20); 124,4 (C-4); 127,8 (C-6); 127,8 (C-19); 128,7 (C-14);

128,9 (C-18); 129,9 (C-15); 131,3 (C-10); 131,6 (C-13); 132,3 (C-11); 136,1 (C-17);

148,6 (C-12). 155,5 (C-8); 161,1 (C-9); 167,3 (C-2)

EM m/z: 372 (5%); 91 (100%)

Nome: 5-(2’-(benziloxi)-3,5-diclorofenil)3-

(4-metoxifenil)isoxazol (45m)

Reagentes: 44m (0,12 mmol); brometo

de benzila (0,15 mmol); K2CO3

(0,24 mmol)

Rendimento: 0,05 g (100,0 %)

Características: sólido amarelo

16

14

13

1211

15

20

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3

4

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107

18

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NOO

NO2

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121115

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3

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10

7

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Cl

Cl

O

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50

Tf: 125,3 – 126,0 °C

CCD: Rf = 0,7 (30,0 % AcOEt/Hex.)

RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-19); 5,0 (s, 2H, H-14); 7,0 (d, J =

8,8 Hz; 2H, H-12); 7,0 (s, 1H, H-1); 7,43 – 7,45 (m, 3H, H-17; H-18); 7,50 – 7,54 (m,

3H, H-4; H-16); 7,7 (d, J = 8,8 Hz; 2H, H-11); 7,9 (d, J = 2,4 Hz; 1H, H-6)

RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 55,4 (C-19); 75,3 (C-14); 102,6 (C-1); 114,3 (C-

12); 121,2 (C-3); 124,4 (C-10); 126,3 (C-18); 128,1 (C-17); 128,6 (C-16); 128,8 (C-4,

C-11); 130,1 (C-15); 130,5 (C-7); 131,5 (C-6); 135,9 (C-5); 150,5 (C-8); 161,1 (C-13);

162,8 (C-9); 164,0 (C-2)

IV (cm-1): 1600 – 1400 (C=C aromático); 1440 (C=N); 1230 – 1020 (C-O-C éter

aromático); 680 (C-Cl)

Nome:5-(2’-(benziloxi)-5-clorofenil)-3-fenil

isoxazol (45n)

Reagentes: 44n (0,3 mmol); brometo de

benzila (0,4 mmol); K2CO3 (0,6 mmol)

Rendimento: 0,08 g (79,2 %)

Características: sólido branco

Tf: 196,0 – 196,5 °C

CCD: Rf = 0,34 (30,0 % AcOEt/Hex.)

RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 5,2 (s, 2H, H-14); 7,0 (d, J = 8,7 Hz; 1H, H-7); 7,1

(s, 1H, H-1); 7,33 – 7,36 (dd, J = 2,4 Hz e J = 9 Hz; 1H, H-6); 7,43 – 7,47 (m, 8H, H-

11; H-13; H-16; H-17; H-18); 7,74 – 7,77 (m, 2H, H-12); 8,0 (d, J = 2,4 Hz; 1H, H-4)

RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 70,1 (C-14); 102,5 (C-7); 113,87 (C-1); 118,1 (C-

3); 126,4 (C-5); 126,7 (C-11); 127,4 (C-6); 127,6 (C-17); 128,5 (C-13); 128,8 (C-16);

128,8 (C-12); 129,2 (C-10); 129,9 (C-18); 130,6 (C-4); 135,8 (C-15); 153,8 (C-8);

163,0 (C-9); 164,9 (C-2)

IV (cm-1): 1600 e 1400 (C=C aromático); 1360 (C=N); 1240 e 1020 (C-O-C éter

aromático)

16

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3

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7

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51

Nome: 5-(2’-(benziloxi)-5-clorofenil)-3-

(4-metoxifenil)Isoxazol (45o)

Reagentes: 44o (0,8 mmol); brometo

de benzila (1,0 mmol); K2CO3

(1,6 mmol)

Rendimento: 0,10 g (32,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 174,3 – 174,9 °C

CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)

RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-19); 5,2 (s, 2H, H-14); 6,9 – 7,0 (m,

4H, H-1; H-7; H-11); 7,30 – 7,33 (dd, J= 2,4 Hz e J = 9 Hz; 1H, H-6); 7,4 – 7,5 (m,

5H, H-16; H-17; H-18’); 7,7 (d, J =8,1 Hz; 2H, H-11); 8,0 (d, 1H, H-4)

RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 55,3 (C-19); 71,1 (C-14); 102,3 (C-1); 113,8 (C-7);

114,2 (C-12); 118,1 (C-3); 121,7 (C-5); 126,4 (C-10); 127,4 (C-6); 127,7 (C-17);

128,1 (C-16); 128,5 (C-18); 128,8 (C-11); 130,5 (C-4); 135,0 (C-15); 153,7 (C-8);

160,9 (C-13); 162,6 (C-9); 164,6 (C-2)

IV (cm-1): 1600 e 1500 (C=C aromático); 1360 (C=N); 1250 e 1020 (C-O-C éter

aromático); 710 (C-Cl)

Nome: 5-(2’-(benziloxi)-5-clorofenil)-3-

(4-fluorofenil)Isoxazol (45p)

Reagentes: 44p (0,6 mmol); brometo

de benzila (0,8 mmol); K2CO3

(1,2 mmol)

Rendimento: 0,19 g (85,0 %)

Características: sólido branco

Tf: 192,9 – 193,1 °C

CCD: Rf = 0,3 (30,0 % AcOEt/Hex.)

RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3:) δ 5,2 (s, 2H, H-14); 7,0 (s, 2H, H-1; H-7); 7,1 (d, J =

8,7 Hz; 2H, H-12); 7,32 – 7,35 (dd, J= 2,4 Hz e J = 9 Hz; 1H, H-6); 7,40 – 7,47 (m,

5H, H-6; H-16; H-17; H-18); 7,68 – 7,72 (m, 2H, H-11); 8,0 (d, J = 2,4 Hz; 1H, H-4)

RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 71,1 (C-14); 102,3 (C-1); 113,9 (C-7); 116,1 (d,

JC-F= 21,75 Hz; C-12); 117,8 (C-10); 126,4 (C-3); 127,4 (C-18); 127,6 (C-17); 128,5

16

14

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3

4

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7

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Cl

O

16

14

13

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17

12

3

4

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89

10

7

18

NOO

Cl

F

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52

(d, JC-F= 1,5 Hz; C-11); 128,6 (C-6); 128,8 (C-16); 130,8 (C-4); 135,8 (C-5); 153,8 (C-

15); 162,7 (C-8); 162,1 (C-13); 165,1 (C-9); 165,4 (C-2)

IV (cm-1): 1600 e 1500 (C=C aromático); 1440 (C-F); 1260 (C=N); 1240 e 1020 (C-O-

C éter aromático); 740 (C-Cl)

Nome: 5-(2’-(benziloxil)-5-metoxifenol)-

3-(3-nitrofenil)isoxazol (45z)

Reagentes: 44z (0,4 mmol); brometo

de benzila (0,5 mmol); K2CO3

(0,8 mmol)

Rendimento: 0,10 g (63,1 %)

Características: sólido amarelo

Tf: 150,0 – 152,0 °C

CCD: Rf = 0,30 (30,0 % AcOEt/Hex.)

RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-21); 5,3 (s, 2H, H-16); 7,0 (d,

J = 9,6 Hz; 1H, H-6); 7,1 (s, 1H, H-1); 7,3 (d, J = 9 Hz; 1H, H-7); 7,33 – 7,43 (m, 4H,

H-4; H-19; H-20); 7,5 (d, J = 7,8 Hz; 2H, H-18); 7,6 (t, J = 8,1 Hz;1H, H-14); 8,1 (d, J =

8,7 Hz;1H, H-15); 8,3 (d, J = 9 Hz; 1H, H-13); 8,7 (s, 1H, H-11)

RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 55,8 (C-21); 76,4 (C-16); 94,8 (C-6); 104,4 (C-1);

118,6 (C-3); 118,7 (C-7); 119,3 (C-4); 120,6 (C-20); 124,5 (C-14); 127,9 (C-15);

128,3 (C-19); 128,4 (C-18); 129,7 (C-13); 131,2 (C-11); 134,7 (C-10); 138,0 (C-17);

143,4 (C-12); 146,0 (C-8); 148,5 (C-5); 152,3 (C-9); 156,7 (C-2)

IV (cm-1): 1600 e 1500 (C=C aromático); 1360 (C=N); 1230 e 1070 (C-O-C éter

aromático)

Nome: 5-(2’-metoxifenil)-3-(3,4,5trimetoxi

fenil)Isoxazol (46f)

Reagentes: 44f (0,6 mmol); CH3I (0,8 mmol);

K2CO3 (1,2 mmol)

Rendimento: 0,15 g (72,1 %)

Características: sólido branco

Tf: 88,1 – 92,6 °C

CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)

16

14

13

1211

15

21

20

17

12

3

4

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107

18

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NO2

16 14

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12

3

4

5

6

89

107

NOO

O

O

O

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53

RMN 1H ppm (500 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-15); 4,0 (s, 6H, H-14); 4,05 (s, 3H,

H-16); 7,06 – 7,15 (m, 5H, H-1; H-5; H-7; H-11); 7,45 – 7,48 (m, 1H, H-4); 8,05 (d,

J = 7,5 Hz;1H, H-6)

RMN 13C ppm (125 MHz, CDCl3): δ 55,7 (C-14); 56,4 (C-15); 61,0 (C-16); 101,4 (C-

1); 104,3 (C-11); 111,3 (C-7); 116,5 (C-3); 121,0 (C-5); 125,0 (C-10); 127,8 (C-4);

131,3 (C-6); 139,6 (C-13); 153,6 (C-12); 156,2 (C-8); 162,9 (C-9); 166,5 (C-2)

EM m/z: 341 (100%); 326 (50%); 135 (90%)

IV (cm-1): 1600 e 1500 (C=C aromático); 1460 (C=N); 1240 e 1120 (C-O-C éter

aromático)

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54

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Síntese dos isoxazóis e seus intermediários

5.1.1 Síntese da 3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona (40)

O primeiro material de partida a ser sintetizado, foi uma hidroxiacetofenona

substituída, a 3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona, que foi utilizada para a obtenção do

primeiro dos intermediários de síntese, os ésteres. Além desta, outras quatro

hidroxiacetofenonas também foram utilizadas (com substituintes do tipo H, 5-Cl e

5-OMe), mas como elas são disponíveis comercialmente, foram adquiridas

diretamente da Sigma Aldrich.

A primeira etapa desse estudo consistiu na síntese do composto 3,5-dicloro-2-

hidroxiacetofenona (40) através de duas reações consecutivas, a saber: uma

esterificação do 2,4-diclorofenol (47), seguida do rearranjo do grupo acilo do éster

fenólico (48) para o anel aromático com auxílio do ácido de Lewis (AlCl3), esta última

sendo normalmente conhecida como rearranjo de Fries (Esquema 9). A despeito

deste rearranjo do grupo acilo, ele pode ocorrer tanto nas posições orto e/ou para

quando grupos doadores de elétrons estão presentes no anel benzênico. No

composto utilizado, não foi observada a formação de outro isômero, pois, o fenol

utilizado tinha apenas uma posição orto disponível.

(47) (48)(40)

Cl

1) AlCl3, 0,5 h 160ºC

2)HCl 6M, 0,5 h t.a.

Cl

Cl Cl

Cl

Cl

O

OH O

O

OH

AcOH

Ac2O

88,6% sobre 2 etapas

Esquema 9 – Equação reacional para a síntese do composto 40

O rendimento da reação foi considerado satisfatório, uma vez que há certa

competição entre o grupo hidroxila, doador de densidade eletrônica, ativando o anel

aromático e os dois átomos de cloro presentes no benzeno, que desativam o

mesmo. Claramente, o efeito doador que direciona a substituição orto e ou/ para

possui maior influência.

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O ácido de Lewis tem a capacidade de formar um complexo com o oxigênio

carbonílico (48a), pelo ataque do par de elétrons livre do mesmo (por ser mais

nucleofílico que a ligação π da carbonila). Devido a instabilidade da ligação do

complexo formado, pela polarização da ligação da carbonila com o oxigênio fenólico,

ocorre um rearranjo induzido da ligação do ácido de Lewis, que passa a se ligar ao

oxigênio fenólico (48b). Pela ressonância, um íon acílio é liberado para o meio

reacional, favorecendo a acilação do anel aromático, em posição orto ao grupo

doador (48c). O fato do ácido de Lewis sempre estar carregado negativamente é

devido ao rompimento e formação das ligações, que ocorrem simultaneamente.

(Esquema 10).

(48a)

(40)

Cl

Cl

O

O

Al

Cl

Cl

Cl

Cl

Cl

O

O

Al

Cl

Cl

Cl

Cl

Cl

O

O

AlCl3

Cl

Cl

OAlCl3

O

Cl

Cl

O

OH+ AlCl3

(48b)

(48c)

(48)

Esquema 10 – Proposta do mecanismo reacional para a síntese da 3,5-dicloidroxiacetofenona

(Rearranjo de Fries)

A formação dos produtos foi confirmada pelas análises dos espectros de

massas e RMN de ¹H e de ¹³C. Além disso, o espectro de massas (Figura 13)

permitiu observar duas fragmentações que corroboraram a formação do produto

desejado. A primeira em m/z 204 (40%) atribuída ao pico do íon molecular e, a

segunda, em m/z 189 (100%) que foi atribuída ao pico base e relacionada a perda

de um radical metil (clivagem homolítica) para formação do corresponde íon acílio.

Como o átomo de cloro possui isótopos (35Cl, 37Cl), no espectro de massas dessa

hidroxiacetofenona foram observados picos duplos (m/z= 205/204 e m/z=190/189),

referentes há esses isótopos.

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50.0 75.0 100.0 125.0 150.0 175.0 200.0

18963 204133977353 85

Figura 13 – Espectro de massas do composto 40

No espectro de RMN ¹H (Figura 14) foram observados quatro sinais de

hidrogênios, um simpleto em 2,65 ppm, dois dupletos em 7,56 e 7,64 ppm ambos

com J = 2,4 Hz, e um simpleto intenso em 12,70 ppm, referentes aos hidrogênios

H-1, H-4, H-6 e OH, respectivamente. Todos os sinais estão de acordo com a

estrutura proposta para o produto final, porém, o simpleto em 2,65 ppm caracterizou

a formação do composto.

Figura 14 – Espectro de RMN ¹H da 3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona em CDCl3 em aparelho de

300 MHz

No espectro de RMN de ¹³C (Figura 15) foram observados os sinais em

26,82; 120,61; 123,33; 123,98; 128,47; 135,91; 156,84; 203,42 ppm, referentes aos

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57

carbonos C-1, C-3, C-7, C-5, C-6, C-4, C-8 e C-2, respectivamente. O único sinal

que indicou a formação do produto foi o sinal com deslocamento químico em

203,42 ppm, característico de carbonilas de cetonas, bem desblindadas.

Figura 15 - Espectro de RMN ¹³C da 3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona em CDCl3 em aparelho de

75 MHz

5.1.2 Síntese dos ésteres (41)

Para obtenção desses compostos foi promovida a esterificação de diferentes

hidroxiacetofenonas (com substituintes do tipo H; 3,5-dicloro; 5-Cl e 5-OCH3) com

diferentes cloretos de benzoíla. O cloreto de benzoíla empregado em cada reação,

vale a pena aqui ressaltar, foi o último reagente adicionado a mistura reacional. Esta

adição deu-se a 0 oC, mantendo-se em banho de gelo a mistura reacional, com

intuito de evitar/minimizar a hidrolise deste reagente no meio reacional, formando o

ácido carboxílico correspondente e, por conseguinte, afetando diretamente o

rendimento da reação. A reação foi interrompida (quenching) adicionando-se ácido

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prótico com intuito de forçar a precipitação do produto, (Esquema 11). Os

rendimentos estão dispostos na Tabela 3.

R

O

Cl+

1) Piridina, 3 hs, t.a.

2) HCl 3,0 M

O

O

RO

O

OH

R2

R1

Esquema 11 – Metodologia sintética para obtenção dos compostos 41a – 41w

Tabela 3: Valores dos rendimentos dos ésteres 41u a 41w

Comp. R R1 R2 Rend.(%) Comp. R R1 R2 Rend.(%)

41a 4-MePh H H 100,0 41n Ph Cl H 95,0

41b 4-OMePh H H 100,0 41o 4-OMePh Cl H 87,0

41c Ph H H 100,0 41p 4-FPh Cl H 90,0

41d 4-ClPh H H 100,0 41q 3,4,5-

(OMe)3Ph

Cl H 36,4

41e 4-FPh H H 50,0 41r 4- ClPh Cl H 99,4

41f 3,4,5-

(OMe)3Ph

H H 100,0 41s 3-NO2Ph Cl H 95,0

41g Furano H H 100,0 41t Furano Cl H 89,7

41h 3-NO2Ph H H 100,0 41u Ph OMe H 95,0

41i Ph Cl Cl 78,0 41v 4-FPh OMe H 87,0

41j 3,4,5-

(OMe)3Ph

Cl Cl 77,0 41x 3,4,5-

(OMe)3Ph

OMe H 90,0

41l 4-ClPh Cl Cl 81,0 41z 3-NO2Ph OMe H 36,4

41m 4-OMePh Cl Cl 83,0 41w Furano OMe H 99,4

Os ésteres de 41a a 41h foram obtidos com os melhores rendimentos. Isso

indica que nesta etapa reacional, tanto o efeito estérico quanto as propriedades

ativadoras e desativadoras dos substituintes afetam a cinética da reação. Na etapa

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59

de formação dos isoxazóis os produtos referidos aos ésteres 41i e 41l apresentaram

rendimentos muito baixos, não sendo viável sua utilização para a formação dos

isoxazóis alquilados ou purificados, por esse motivo as caracterizações de seus

intermediários não são apresentadas.

Os rendimentos dos produtos de 41n a 41t foram satisfatórios. Todos os

sólidos foram recristalizados com metanol a quente. Para os compostos 41o; 41q;

41r e 41t a purificação não foi efetiva, logo, as caracterizações não foram

priorizadas. Porém, as reações seguintes foram realizadas para todos os

compostos.

Como a proposta era somente purificar esses compostos por recristalização,

foi possível purificar de forma efetiva apenas o composto 41z. Nos compostos 41u e

a 41w ainda havia mistura de material de partida. Logo, somente o composto 41z foi

caracterizado.

A primeira caraterística que confirmou a formação deste produto foi a

diferença de polaridade observada pelo Rf a partir de CCD. A segunda, por sua vez,

foi o ponto de fusão que permitiu confirmar a ausência de materiais de partida.

No espectro de massas do composto 41b (Figura 16), o pico do íon molecular

estava ausente devido a instabilidade do íon molecular, e apenas o pico base com

m/z 135 (100%) e m/z107 (10%); 77 (40%) foram detectados. O pico base pode ter

se formado pela clivagem heterolítica que deu origem ao íon fenilacílio. O segundo

pico pode estar associado a perda do radical CO. Por fim, o terceiro fragmento deve

referir-se a perda do radical COCH2, devido ao rearranjo do hidrogênio metílico.

50.0 75.0 100.0 125.0

13577

92 10764 7850

Figura 16 – Espectro de massas do composto 41b

No espectro de RMN ¹H (Figura 17) para o composto 41b os sinais de

hidrogênios metílicos próximos a carbonila apareceram em campo mais baixo

2,6 ppm (H-1) do que para aqueles ligados diretamente no oxigênio 3,9 ppm (H-14),

devido ao efeito da eletronegatividade. Na região de núcleos de sistemas aromáticos

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60

todos os hidrogênios com suas respectivas multiplicidades foram identificados, onde

dois dupletos intensos foram atribuídos aos hidrogênios de mesmo deslocamento H-

11 (7,0 ppm) e H-12 (8,2 ppm). Além disso, observou-se a presença de mais dois

dupletos de menor intensidade H-4 (7,9 ppm) e H-7 (7,3 ppm), e o mesmo

comportamento foi observado para o H-7 que está mais blindado.

Figura 17 – Espectro de RMN ¹H 1-acetilfenil-4-metoxibenzoato em CDCl3 em aparelho de 500 MHz

O mesmo raciocínio utilizado para atribuir os sinais dos hidrogênios,

sobretudo aromáticos, foi também aplicado na atribuição dos sinais dos carbonos do

tipo metílicos, CH. Os dois sinais de maior intensidade foram relacionados aos

carbonos C-12 (114,0 ppm) e C-11 (132,5 ppm). Para os carbonos não ligados a

hidrogênios, mas com ligações do tipo C-C e/ou C-O a atribuição foi feita de acordo

com a influência dos átomos adjacentes. Os dois sinais mais importantes

identificados foram os deslocamentos observados em 164,8 e 197,7 ppm, os quais

foram assinalados aos carbonos carbonílicos C-9 e C-2, respectivamente. Estes

sinais confirmam a presença tanto da carbonila de cetona mais desprotegida (em

197,7 ppm), quanto aquela relativa ao grupo éster, mais protegida (em 164,8 ppm)

em decorrência do efeito de ressonância, (Figura 18).

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61

Figura 18 – Espectro de RMN ¹³C 1-acetilfenil-4-metoxibenzoato em CDCl3 em aparelho de 125 MHz

Para os demais compostos 41a, 41c a 41h, as análises dos espectros foram

feitas de forma similar, estando os espectros disponíveis na seção de anexos desta

dissertação.

5.1.3 Síntese das β-dicetonas (42)

A formação das β-dicetonas transcorreu com uso de KOH, mostrando-se

uma base suficientemente forte para desprotonação da porção metil-cetona do

substrato e formação do enolato necessário a conclusão da reação (Esquema 12 e

Esquema 13).

Uma transformação particular no meio reacional ao longo destas reações é a

mudança de coloração do sólido de branco (material de partida) para amarelo

intenso (produto), uma cor tipicamente encontrada em β-dicetonas e que permitiu

inferir, qualitativamente, sobre a formação dos produtos desejados. Os pontos de

fusão registrados para os produtos também auxiliaram na caracterização dos

produtos. Os rendimentos estão apresentados na Tabela 4.

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62

1) Piridina, KOH 30min50,0 ºC

2) CH3COOH 10%

R

OH

O O

R1

R2

O

O

RO

Esquema 12 – Síntese dos compostos 42a – 42w

Tabela 4: Valores dos rendimentos das dicetonas 42a – 42w

Comp. R R1 R2 Rend.(%) Comp. R R1 R2 Rend.(%)

42ª 4-MePh H H 100,0 42n Ph Cl H 38,6

42b 4-OMePh H H 80,0 42o 4-OMePh Cl H 67,0

42c Ph H H 80,0 42p 4-FPh Cl H 43,0

42d 4-ClPh H H 72,0 42q 3,4,5-

(OMe)3Ph

Cl H 5,0

42e 4-FPh H H 40,0 42r 4- ClPh Cl H 20,5

42f 3,4,5-

(OMe)3Ph

H H 87,0 42s 3-NO2Ph Cl H 19,0

42g Furano H H 64,0 42t Furano Cl H 41,2

42h 3-NO2Ph H H 74,0 42u Ph OMe H 72,0

42i Ph Cl Cl 50,0 42v 4-FPh OMe H 38,3

42j 3,4,5-

(OMe)3Ph

Cl Cl 100,0 42z 3,4,5-

(OMe)3Ph

OMe H 43,0

42l 4-ClPh Cl Cl 88,8 42w 3-NO2Ph OMe H 41,0

42m 4-OMePh Cl Cl 100,0

Conforme já mencionado acima, uma base forte, KOH, foi utilizada nestas

reações para abstrair o próton metílico, formando um íon enolato (49). Este íon, por

sua vez, promove um ataque intramolecular na carbonila do éster e, por

conseguinte, ocorre um rearranjo estrutural do tipo Baker-Venkataraman levando a

formação da correspondente β-dicetona, porém, com o oxigênio fenólico carregado

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63

negativamente (50) (Esquema 13). Ao final da reação, ácido é adicionado para

precipitar o produto (42) que se encontrava solubilizado no meio reacional.

O

O

RO

OHH

O

RO

O

O

RO

O

O

RO

O

O

O

O

R

O

O

R

O

H+

O

R

O

OH

(49)(50) (42)

Esquema 13 – Proposta de mecanismo reacional para a síntese das β-dicetonas (Rearranjo de Baker

Venkataraman)

Com base nos dados a partir das duas etapas reacionais, percebeu-se que a

cinética destas reações é aparentemente sensível a presença de substituintes no

anel aromático da hidroxiacetofenona de partida. Essa asserção é baseada

fundamentalmente observando-se os baixos rendimentos para os produtos

sintetizados a partir de hidroxiacetofenonas aril-substituídas.

Todas as β-dicetonas foram caracterizadas e/ou confirmadas por

espectrometria de massas, pela coloração amarelo intenso e a mudança no ponto

de fusão. A técnica espectrométrica de RMN não foi utilizada, pois, as mesmas

formam o enol – equilíbrio tautomerico em CDCl3, o que dificulta de certa forma a

atribuição dos sinais. O espectro de RMN ¹H do composto 42a (Figura 19) ilustra

essa ressonância que ocorre nas β-dicetonas.

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64

Figura 19– Espectro de RMN ¹H da dicetona 42a em CDCl3 em aparelho de 300 MHz

Os ésteres não caracterizados foram conduzidos para essa etapa reacional e

resultaram em seus respectivos produtos (avaliação feita pela modificação de cor

dos sólidos e ponto de fusão), porém, as impurezas ainda permaneceram. Apenas o

composto 42q não foi conduzido para a próxima etapa, devido ao baixo rendimento.

5.1.4 Síntese das flavonas (43)

Nessa etapa reacional as β-dicetonas em meio ácido sofrem desidratação,

para formar as flavonas, (Esquema 14). Os rendimentos estão apresentados na

Tabela 5.

CH3COOH, H2SO4cat.

60min, 100,0 ºCR

OH

O O

R1

R2

O

O

R

R1

R2

Esquema 14 – Síntese dos compostos 43b a 43w

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65

Tabela 5: Valores dos rendimentos das flavonas 43b a 43w

Comp. R R1 R2 Rend.(%) Comp. R R1 R2 Rend.(%)

43b 4-OMePh H H 70,0 43n Ph Cl H 80,0

43c Ph H H 72,0 43o 4-OMePh Cl H 100,0

43d 4-ClPh H H 92,0 43p 4-FPh Cl H 97,0

43e 4-FPh H H 45,0 43r 4- ClPh Cl H 84,5

43f 3,4,5-

(OMe)3Ph

H H 88,0 43s 3-NO2Ph Cl H 77,0

43g Furano H H 94,0 43t Furano Cl H 85,6

43h 3-NO2Ph H H 91,0 43u Ph OMe H 95,0

43i Ph Cl Cl 88,0 43v 4-FPh OMe H 100,0

43l 4-ClPh Cl Cl 100,0 43z 3-NO2Ph OMe H 100,0

43m 4-OMePh Cl Cl 83,2 43w C4H3O OMe H 100,0

O mecanismo reacional proposta para a formação das flavonas iniciasse com

a protonação da carbonila pela presença do ácido (etapa 1), que por sua vez,

adquire um caráter eletrofílico suficiente para sofrer um ataque intramolecular do

oxigênio fenólico (etapa 2). Em seguida, ocorre um transferência de próton (etapa 3)

que resulta da liberação de uma molécula de água (etapa 4), resultando nas

flavonas (Esquema 15).

R

OH

O O

R1

R2

O

O

R

R1

R2

R

OH

O OH

R1

R2

O

O

R

R1

R2 H

OH

O

O

R

R1

R2

OH2

H

O

O

H

O

O

(1) (2)

(3)

(4)

Esquema 15 – Proposta de mecanismo reacional para a síntese das flavonas

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66

Todas elas foram recristalizadas em metanol a quente. As flavonas 43a – 43h

foram sintetizadas com bons rendimentos, apenas o composto 43e apresentou um

rendimento menor (45%), os outros foram maiores que 70%.

A reação intramolecular não teve a cinética afetada, o efeito estérico não

prevaleceu, os rendimentos dos produtos com substituintes nos dois anéis foram

bem melhores do que aqueles com apenas um substituinte.

A síntese dos compostos foi confirmada pelas técnicas espectrométricas de

massas e RMNs de ¹H e de ¹³C. Porém, uma análise prévia como a mudança de

coloração, bem como diferentes pontos de fusão, deram indícios positivos para a

formação dos compostos.

No espectro de massas do composto 43b (Figura 20) o pico do íon molecular

confirmou a massa molar da flavona, assim como as fragmentações com m/z= 252

(M+,100%); 132 (70%) e 117 (20%).

50 100 150 200 250

25213289 11763 221209 23776 152 18110251 135

Figura 20– Espectro de massas do composto 43b

No espectro de RMN ¹H (Figura 21) do composto 43b o deslocamento de H-1

em 6,7 ppm indica a formação do produto, pois, ele se encontra na região em que

hidrogênios estão ligados a carbonos com hibridização sp2, neste caso, os alcenos.

A ausência de um simpleto bem desblindado referente a hidroxilas das β-dicetonas

também confirmam a formação das flavonas.

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67

Figura 21 – Espectro de RMN ¹H 2-(4-metoxifenil)-4H-croman-4-ona em CDCl3 em aparelho de

500 MHz

No espectro de RMN ¹³C (Figura 22) do composto 43b o sinal com

deslocamento químico em 106,16 ppm (C-1), também confirmou a desidratação da

molécula β-dicetona, assim como a ausência da metila referente ao primeiro

intermediário e, de dois sinais acima de 170 ppm referentes as carbonilas de

dicetonas. Apenas um pico de carbonila foi identificado em 178,35 ppm (C-2).

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68

Figura 22 – Espectro de RMN ¹H 2-(4-metoxifenil)-4H-croman-4-ona em CDCl3 em aparelho de

125 MHz

A estratégia de análise comparativa para dos sinais observados nos

espectros de RMN de ¹H e de ¹³C foi a mesma utilizada para os demais compostos,

de 43c a 43w.

Para a obtenção dos isoxazóis (44) duas estratégias metodológicas foram

exploradas. A primeira partiu do emprego de dois intermediários para sua síntese, as

dicetonas (42) (Esquema 16) e, nestas circunstâncias apenas três produtos foram

obtidos dessa forma.

(42)(44)

R

OH

O O

R1

R2

NOR

OHPiridina, H2NOH.HCl12hs, Inerte t.a.

R1

R2

Esquema 16: Rota sintética para obtenção dos isoxazóis através das β-dicetonas

Estas reações foram acompanhadas por CCD e, infelizmente, muitas

impurezas foram observadas, além da formação de isômeros. A segunda estratégia

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69

metodológica permitiu a síntese dos isoxazóis a partir das flavonas (Esquema 9)),

mas também em mistura isomérica, no entanto, ao contrário da primeira abordagem,

sem impurezas. Com intuito de contornar esse problema, bem como, viabilizar

estudos de bioprospecção destas substâncias, adotou-se o processo de alquilação,

via brometo de benzila ou iodometano (Esquema 9), amplificando a lipofilicidade

para os correspondentes alquil derivados o que, teoricamente, poderia aumentar a

afinidade dessas moléculas com lipídios e, consequentemente, levar a uma

interação mais efetiva das mesmas com as células de microorganismos ao longo da

bioprospecção.

5.1.5 Síntese dos isoxazóis (44)

As reações para obtenção de isoxazóis (Esquema 17), em sua grande

maioria forneceram uma mistura isomérica dos produtos formados. Não é possível

identificar qual isômero foi formado, pois, as técnicas utilizadas não permitiram

desvendar tal estrutura. Pode-se atribuir esse fato ao uso da hidroxilamina que

possui dois sítios ativos, ora o oxigênio assume esse papel ora o nitrogênio,

dependendo do meio reacional. Os rendimentos estão apresentados na Tabela 6.

NOR

OHPiridina, H2NOH.HCl12hs, 110,0 ºC

O

O

R

R1

R2

R1

R2

Esquema 17 –Síntese dos isoxazóis 3,5-dissubstituídos 44a a 44w

A maioria dos produtos foram obtidos como uma mistura isomérica e, os

compostos de 44i a 44w são inéditos. Em busca de uma de alternativa para facilitar

a purificação dos produtos, aumentar a quantidade de substâncias inéditas para fins

de aplicação biológica, promoveu-se a alquilação dos produtos obtidos. Porém, esta

estratégia não foi possível em todos os casos, pois além de serem obtidos em

mistura isomérica, muitos produtos foram obtidos com impurezas de difícil separação

(44i, 44l, 44r, 44s, 44t, 44u, 44v e 44w).

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70

Tabela 6: Valores dos rendimentos dos hidroxi-isoxazóis 44a a 44w

Comp. R R1 R2 Rend.(%) Comp. R R1 R2 Rend.(%)

44a 4-MePh H H 55,0 44m 4-OMePh Cl Cl 47,0

44b 4-OMePh H H 78,6 44n Ph Cl H 47,0

44c Ph H H 47,0 44o 4-OMePh Cl H 85,0

44d 4-ClPh H H 23,0 44p 4-FPh Cl H 83,0

44e 4-FPh H H 66,0 44r 4- ClPh Cl H 96,8

44f 3,4,5-

(OMe)3Ph

H H 82,7 44s 3-NO2Ph Cl H 76,0

44g Furano H H 55,5 44t Furano Cl H 45,7

44h 3-NO2Ph H H 85,0 44u Ph OMe H 82,3

44i Ph Cl Cl 58,0 44v 4-FPh OMe H 47,0

44j 3,4,5-

(OMe)3Ph

Cl Cl 81,0 44z 3-NO2Ph OMe H 81,4

44l 4-ClPh Cl Cl 25,0 44w Furano OMe H 53,2

Acredita-se que os isoxazóis obtidos em maior porcentagem são aqueles em

que o sitio mais ativo da hidroxilamina é o grupo azo. Assim, os átomos de oxigênio

ficam do mesmo lado da molécula.

O provável mecanismo reacional para a formação destes produtos se dá pelo

ataque nucleofílico do grupo azo da hidroxilamina (o qual teve seu hidrogênio

abstraído pela priridna) no carbono β da flavona, condicionando uma adição

conjugada, a qual gera produtos mais estáveis que a adição direta na carbonila

(reações em compostos α,β-insaturados), formando um intermediário (51). Em

seguida, esse intermediário sofre um quebra heterolítica formando um composto

carregado negativamente no oxigênio (52), o qual promove o ataque intramolecular

formando um intermediário cíclico (53). Em seguida, uma molécula de água é

liberada para o meio, ocorrendo a desidratação para a formação dos isoxazóis (54)

(Esquema 18).

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71

O

O

R HNOH.HCl OR

NH

O

O OH

O

R

NH

O

OH

NO

R

OH

H+

H

- H2O

NO

OH

R

(51)(52)

(53)(54)

H

R1

R2

R1

R2

R1

R2

R2

R1

R1

R2

Esquema 18 – Mecanismo reacional proposto para a formação dos isoxazóis

A mudança para elevados pontos de fusão indica a formação de isoxazóis. Já

os espectros de RMNs de ¹H permitem a quantificação da mistura isomérica devido

a presença de dois simpletos bem desblindados característico de hidroxilas e com

intensidades distintas.

Para o composto 44c, o espectro de massas (Figura 23) forneceu o pico do

íon molecular correspondente a m/z 237, uma fragmentação em m/z 207 que pode

ser relacionado a duas clivagens heterolíticas simultâneas, e o pico base m/z 117

que é fragmento mais estável.

50 100 150 2000

50

100

%

1177361 77

51 237

20710593

Figura 23 – Espectro de massas do composto 44c

No espectro de RMN ¹H (Figura 24) para o composto 44c, as integrações dos

sinais apresentaram uma quantidade muito grande de hidrogênios, indicando

nitidamente a presença de isômeros.

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72

Figura 24 – Espectro de RMN ¹H 1''-(3-(4-metilfenil)isoxazol-5-il)fenol em DMSO em aparelho de

500 MHz

A razão entre eles pode ser calculada pela integral dos picos, com a seguinte

fórmula:

(Pico1 /Pico1 + Pico2)x100%

Para o composto 44c a razão entre os isômeros foi de 49,5% Pico1 e 50,5%

Pico2. Neste caso, a proporção foi quase a mesma. Mas, nas moléculas com

substituintes como 44a, 44d e 44e a diferença entre eles aumentaram. Na

Tabela 7 são apresentados os dados obtidos a partir do espectro de massas e a

razão da mistura isomérica desses compostos.

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73

Tabela 7 – Caracterização de isômeros e a razão entre os mesmos

Composto R Massas (m/z) Pico1 : Pico2 (%)

44a 4-MePh - 32,3 : 67,7

44d 4-ClPh 274 (M+); 271

(80%); 151 (98%);

121 (100%)

30,0 : 70,0

44e 4-FPh 255 (M+); 207

(30%); 135 (65%);

121 (60%) 73

(100%); 61 (80%)

22,0 : 78,0

O composto 44a foi obtido através da β-dicetona correspondente, logo, a

metodologia aplicada não funciona adequadamente para obtenção de isoxazóis

puros.

O padrão de fragmentação observado foi o mesmo apresentado para o

composto 44c. Pelos valores da Tabela 6, a influência de grupos doadores no anel

aromático, parece favorecer a formação de um dos isômeros em relação ao outro.

Para os compostos 44b, 44f, 44g, 44j e 44m foi possível isolar e realizar a

caracterização de um único isômero, pois, ao alquilar os isoxazóis 3,5-

dissubstituídos (visando-se a aplicação biológica e maior facilidade de purificação)

essas reações não transcorreram com 100% de conversão, restando ainda isoxazóis

de partida no meio reacional.

No espectro de RMN ¹H (Figura 25) do composto 44b o simpleto em 7,3 ppm

(H-1) indicou a formação do isoxazol 3,5-dissubstituído, pois, esse hidrogênio está

na região aromática, uma vez que os isoxazóis são heterocíclicos aromáticos, pode

deduzir-se esta asserção. Por outro lado, esse mesmo hidrogênio na respectiva

flavona aparece em campo mais baixo, por estar associado a um alceno e não a um

anel aromático. O simpleto em 10,67 ppm muito desblindado é característico de

grupo hidroxílico e foi atribuído ao H-1’.

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74

Figura 25 – Espectro de RMN ¹H 1’’-(4-metoxifenil)isoxazol-5-il)fenol em DMSO em aparelho de

300 MHz

Figura 26 – Espectro de RMN ¹³C 1’’-(4-metoxifenil)isoxazol-5-il)fenol em DMSO em aparelho de

75 MHz

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75

No espectro de RMN ¹³C (Figura 26) do composto 44b o deslocamento para

campo baixo de C-2 em 167,0 ppm, que antes referia-se a uma carbonila de cetona

indicou a formação do isoxazol.

No espectro no IV (Figura 27) desse composto a banda larga em

3200 cm-1 referente ao grupo OH e a banda em 1450 cm-1 referente a vibração da

nova ligação formada C=N, indicaram a formação dos isoxazol 3,5-dissubstituído.

iso15

4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600

100

95

90

85

80

75

70

Wavenumber

%T

ransm

itta

nce

Figura 27 – Espectro no IV do composto 44b

Na Tabela 8 estão dispostos os resultados obtidos para caracterização para

dos demais compostos.

Tabela 8 – Caracterizações dos isoxazóis puros

Compostos RMN ¹H (ppm) RMN ¹³C (ppm) IV (cm-1)

44f 7,09 (H-1) 167,26 (C-2) 3160 (OH)

1420 (C=N)

44g 7,21 – 7,23(m)

(H-1)

166,76 (C-2) 3120 (OH)

1370 (C=N)

44j 7,21 (H-1) 158,52 (C-2) 3360 (OH)

1400 (C=N)

44m 7,40 (H-1) 164,98 (C-2) X

A alquilação desses compostos foi realizada a fim de se avaliar o potencial

biológico desses dois grupos de substâncias.

1500

1030

1260

3200

1450

1580

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76

Os compostos 44h, 44n, 44o, 44p e 44z não foram identificados por métodos

físicos devido a formação de mistura isomérica confirmada por CCD e, em

decorrência da conversão completa dos mesmos nas reações de alquilação. O

isoxazol 44j, por sua vez, não foi alquilado por conta da pequena quantidade em

massa obtida.

5.1.6 Alquilação dos isoxazóis (45)

Na síntese dos isoxazóis 3,5-dissubstituídos, a alquilação (Esquema 19) foi

realizada na presença do carbonato de potássio anidro, o qual abstraiu o hidrogênio

mais ácido, na hidroxila fenólica, promovendo o ataque nucleofílico no C-α ao haleto

do brometo de benzila ou iodoetano, ocorrendo, assim, uma clássica reação de

substituição SN2. Os rendimentos das reações estão dispostos na Tabela 9.

1) K2CO3, , C6H5CH2BrAcetona

24hs, 60,0 ºC

NOR

OH

R1

R2

NOR

O

R1

R2

Ph

Esquema 19– Alquilação de alguns isoxazóis obtidos como mistura isomérica

Tabela 9: Valores dos rendimentos dos isoxazóis alquilados

Comp. R R1 R2 Rend.(%) Comp. R R1 R2 Rend.(%)

45a 4-MePh H H 55,4 45m 4-OMePh Cl Cl 100,0

45b 4-OMePh H H 62,5 45n Ph Cl H 79,2

45d 4-ClPh H H 88,8 45o 4-OMe Cl H 32,0

45e 4-FPh H H 27,8 45p 4-FPh Cl H 85,0

45f 3,4,5-

(OMe)3Ph

H H 78,7 45z 3-NO2Ph OMe H 63,1

45g Furano H H 60,5 46f 3,4,5-

(OMe)3Ph

H H 72,1

45h 3-NO2Ph H H 75,7

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77

O isoxazol 44c foi alquilado, porém, sua purificação por coluna cromatográfica

em sílica gel não foi possível, pois, a proporção isomérica antes da alquilação era

praticamente 1:1, e o mesmo aconteceu na alquilação, dificultando bastante a

purificação.

Apesar dos dois isômeros de todos os isoxazóis terem sidos alquilados, um

sempre proporcionou maior rendimento sobre o outro, e esse foi escolhido como

produto de interesse.

A primeira característica física que mostrou o sucesso da alquilação, foi a

diminuição drástica do ponto de fusão, assim como o aumento nos valores de Rfs,

que indicaram a formação de substâncias menos polares.

Os isoxazóis alquilados (45a, 45b, 45d a 45h, 45m a 45p, 45z e 46f) foram

caracterizados por espectros de massas, de IV, de RMN ¹H e de ¹³C. O composto

46f foi o único alquilado com iodo metano.

No espectro de RMN ¹H (Figura 28) do composto 45b o aumento de sinais na

região de hidrogênios aromáticos, bem como, a ausência do simpleto desblindado

relativo ao grupo hidroxílico e um simpleto em 5,3 ppm (H-17) referente a dois

hidrogênios em campo alto (-CH2O-) foram coerentes com a estrutura proposta para

o composto.

Figura 28 – Espectro de RMN ¹H de composto 45b em CDCl3 em aparelho de 400 MHz

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78

No espectro de RMN ¹³C (Figura 29) o sinal em 70,7 ppm (C-14) confirmou a

formação do produto, assim como, aumento de sinais na região de carbonos

aromáticos.

Figura 29 – Espectro de RMN ¹³C 5-(2-(benziloxi)fenil)-3-(4-metoxifenil)isoxazol em CDCl3 em

aparelho de 100 MHz

No espectro no IV (Figura 30) do composto 45b, a grande intensidade da banda em

1600 – 1500 cm-1 correspondem ao estiramento C=C de aromático. As duas bandas

que aparecem em 1250 e 1022 cm-1, correspondem ao éter aromático formado na

alquilação.

ISO28F

4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600

100

95

90

85

80

75

Wavenumber

%T

ransm

itta

nce

Figura 30 – Espectro no IV do composto 45b

1600

1250

1022

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Na Tabela 10 são apresentados os dados para as caracterizações realizadas

para os demais isoxazóis 3,5-dissubstituídos.

Tabela 10 – Caracterizações dos isoxazóis alquilados

Compostos Massas

(m/z)

RMN ¹H

(H-14) (ppm)

RMN ¹³C

(C-14) (ppm)

IV (cm-1)

(C-O-Céster arom.)

45b 357 (M+, 10%);

91 (100%)

5,28 70,74 -

45d 361 (M+, 5%);

91 (100%)

5,28 70,79 -

45e 345 (M+, 10%);

91 (100%)

5,28 70,77 -

45f 312 (100%);

297 (50%)

5,22 70,74 1140 e 1000

45g 317 (M+, 10%);

91 (100%)

5,29 70,67 1260 e 1020

45h 372 (M+, 5%);

91 (100%)

5,30 70,93 -

45m - 5,03 55,38 1230 – 1020

45n - 5,24 70,09 1240 e 1020

45o - 5,22 71,06 1250 e 1020

45p - 5,21 71,10 1240 e 1020

45z - 5,29 76,44 1230 e 1070

Com exceção do composto 45f, todos os isoxazóis tiveram os picos dos íons

moleculares presentes nos espectros de massas. Eles sofrem a mesma

fragmentação por uma clivagem heterolítica formando o íon tropílio.

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6 TESTES BIOLÓGICOS

6.1 Avaliação da atividade anti-chagásica

Em uma triagem inicial os compostos 44c; 44d; 44e, 44g; 44h, 44m, 45f, 45g

e 45m foram selecionados para serem submetidos ao teste antichagásico. Esses

testes foram realizados no Laboratório do Centro de Pesquisas René

Rachou/CPqRR -- A Fiocruz em Minas Gerais, pelo doutor Policarpo Ademar Sales

Junior.

Os métodos utilizados para realizar esse teste biológico estão disponíveis nos

anexos.

6.1.1 Resultados

Os resultados do teste anti T.cruzi foram expressos pela atividade (%) dos

compostos na redução das formas amastigotas e tripomastigotas; IC50 sobre o

parasito (µM) concentração dos compostos que reduz em 50% o crescimento

parasitário; IC50 sobre as células (µM) concentração dos compostos que induz 50%

de morte celular de fibroblastos de camundongos e a seletividade que é calculada

pelo IC50 dos compostos sobre as células dividido pelo IC50 dos compostos sobre o

parasita. Os resultados são apresentados na Tabela 11.

Quanto menor a concentração do composto para reduzir em 50% o

crescimento dos parasitos melhor é o efeito medicinal da molécula. O ideal é que os

compostos testados apresentem índice de seletividade maior que 50, para serem

conduzidos para o teste in vivo.

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81

Tabela 11– Resultados da atividade antichagásica de alguns isoxazóis 3,5-dissubstiuídos para as formas amastigota e tripomastigota do T.cruzi

Composto

IC50 sobre o

parasita

(M)

IC50 sobre as

células

(M)

Índice de

Seletividade

NOOH

9,48 >18,90 > 2

NOOHCl

4,87 10,80 2,2

NOOHF

>20,46 >20,00 3,6

NOOH O

7,06 9,00 2,4

NOOH

NO2

4,56 16,60 1,4

NOOHOCl

Cl

4,70 6,70 < 1

NOO

PhO

O

O

6,96 16,60 -

NOO

PhNO2

>30,00 29,80 -

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NOOOCl

Cl

Ph

>34 - 1,3

NOO

O

O

O

3,37 13,64 4,0

Benzonidazol 3,81 M 2.381 M 625

Os compostos 44c; 44d; 44g; 44h; 44m; 45f; e 46f foram ativos e pouco

seletivos, pois seus valores foram inferiores ao do padrão utilizado. O composto 44c,

sem substituintes, foi o que apresentou o menor efeito tripanocida se comparado

com os outros considerados ativos, sugerindo a importância da variação estrutural a

partir de substituintes nas moléculas. O composto 46f (3,37 M) foi o que

apresentou o melhor efeito, até mesmo do que o benzonidazol, provavelmente os

quatro grupos metoxilas presentes nas estruturas são responsáveis pela inibição da

reprodução das formas amastigota e tripomastigota do parasito, pois quando

comparado com seu análogo benzilado 45f (6,96 M) o efeito tripanocida foi mais

baixo. Os compostos 44h (4,56 M); 44m (4,70M); 44d (4,87 M) e 44g

(7,06 M) foram ativos, porém apresentaram uma concentração ligeiramente maior

que a do benzonidazol. Elas apresentam em suas estruturas grupos NO2; 3,5-Cl e 4-

OCH3; 4-Cl; furano, respectivamente. Assim, uma relação estrutura-atividade não

pode ser afirmada. Porém, o que chama a atenção é o composto 44h, o qual possui

em sua estrutura o grupo nitro, o mesmo presente no Benzonidazol, responsável

pelo efeito tripanocida.

Nesta triagem inicial nossa intenção era avaliar se essa classe de moléculas

apresentaria algum potencial antichagásico. Como se trata de um estudo inicial, o

mecanismo de ação dos compostos testados não foi avaliado. Pelos resultados

obtidos, pôde-se concluir que esses compostos não alquilados apresentam maior

potencial antichagásico, evidenciando a importância das hidroxilas nessas

moléculas.

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83

6.2 Introdução: Avaliação da atividade antimicrobiana

Vários compostos de origem sintética possuem atividade direta contra muitas

espécies de bactérias, aumentam a atividade de um antibiótico específico, invertem

a resistência natural de bactérias específicas a determinados antibióticos, promovem

a eliminação de plasmídeos a partir de bactérias e inibem a função de transporte da

membrana plasmática.60

Em todo o mundo, há um grande número de cepas bacterianas resistentes a

múltiplas drogas, principalmente no ambiente hospitalar, aumentando a morbidade,

custos inerentes a cuidados de saúde, e as taxas de mortalidade devido a

infecções.59

Os compostos isoxazolínicos podem ser considerados agentes

antimicrobianos em potencial, uma vez que relatos na literatura confiram tal fato.

Nessa perspectiva, a pesquisa de novos produtos sintéticos com ação

antimicrobiana ou que atuem no controle da resistência bacteriana, torna-se uma

alternativa relevante.

Em uma triagem inicial, os compostos (44a, 44b, 44c, 44e, 44f, 44g, 44h, 44j,

45a, 45b, 45e, 45h, 45n, 45o, 45p e 46f) foram submetidos a testes de atividade

antimicrobiana e antifúngica, como será descrito adiante. Esses testes foram

realizados no Laboratório de Microbiologia da Escola de Farmácia da Universidade

Federal de Ouro Preto.

Ensaio Linhagens celulares

Foram utilizados 5 microrganismos de coleções padrões da American type

culture collection (ATCC) e isolados de amostras clínicas, sendo:

- Bactérias Gram positivas: Staphylococcus aureus ATCC 25923 e Listeria

monocytogenes (isolado clínico);

- Bactérias Gram negativas: Escherichia coli ATCC 25922, Providencia rettgeri

ATCC 29944;

- Fungo leveduriforme: Candida albicans ATCC 14408.

A metodologia aplicada para realização destes testes está disponível nos

anexos.

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84

6.2.1 Resultados

Para a avaliação da atividade biológica dos nossos compostos frente aos

microrganismos testados, não foi utilizado nenhum fármaco de referência para efeito

de comparação das atividades antimicrobiana e antifúngica, e os resultados das

atividades foram avaliados em termos da CIM (concentração inibitória mínima) de

cada composto ensaiado. A CIM expressa a sensibilidade dos microrganismos aos

antimicrobianos (ou compostos candidatos a antimicrobianos) e corresponde à

menor concentração do composto capaz de inibir o desenvolvimento visível do

microrganismo. Os resultados obtidos estão dispostos na Tabela 12.

Tabela 12– Resultados da atividade antimicrobiana de alguns isoxazóis 3,5-dissubstiuídos

Comp P.rettgeri

(μM)

E.coli

(μM)

L.monocytogenes

(μM)

S.aureus

(μM)

C.albicans

(μM)

44a 251 >251 <1,96 125,50 >251

44b - >267 >267 >267 >267

44c 29,63 59,25 118,5 <237 29,63

44e 7,02 225 112,50 <225 >225

44f 81,75 40,88 <2,55 <327 40,88

44g 227 >227 <1,77 <1,77 <1,77

44h >282 >282 >282 >282 70,50

44j >305 >305 >305 >305 9,52

45a >170,5 85,25 42,63 341 <2,66

45b >357 >357 44,63 >357 357

45e 10,20 81,75 <2,55 <327 >327

45h 372 93 186 >372 23,25

45n >361 >361 >361 >361 45,13

45o >391 >391 >391 >391 97,75

45p >379 >379 >379 >379 5,91

46f 341 >341 <2,66 >341 >341

De acordo com os resultados apresentados na Tabela 12, as melhores

respostas da atividade dos compostos testados foram exibidas para as bactérias

gram positivas. Para a Staphylococcus aureus o composto que apresentou menor

CIM 4g (<1,77 μM) tem na sua estrutura molecular o anel furano e, provavelmente, o

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efeito inibitório observado possa ser atribuído a ele, no entanto, isto é, uma asserção

apenas inicial e estudos adicionais deverão ser realizados para uma avaliação mais

completa dessa observação. Para a Listeria monocytogenes os resultados

mostraram que grupos doadores no aromático apresentam maior potencial de

inibição do crescimento da mesma, mas, uma correlação com a estrutura ainda não

pode ser feita, sendo elas 44g (<1,77 μM); 44a (1,96 μM); 44f (<2,55 μM); 45e

(<2,55 μM) e 46f (<2,66 μM). Para as bactérias gram negativas menos moléculas

foram ativas. Para a Escherichia coli o composto 44f (40,88μM) foi o mais ativo, e

para a Providencia rettgeri 44e (7,02μM) e 5e (10,25μM) foram mais ativos. No

composto 44f estão pesentes três grupos metoxilas, enquanto que, nos compostos

44e e 45e encontra-se flúor como um aril-substituinte (no isoxazol e em seu

corresponde derivado alquilado). Em ambos casos, são grupos doadores de

densidade eletrônica (por ressonância) e os efeitos inibitórios observados para os

compostos onde estão presentes podem estar correlacionados entre si, no entanto,

estudos adicionais sobre o mecanismo de ação para bioatividades observadas

devem ser realizados para melhor entendimento desta questão.

Os compostos que apresentaram melhores atividades contra o fungo C.

albicans foram 44g (<1,77 µM), 45a (<2,66 µM), 45p (5,91μM) e 44f (9,52μM), sendo

que o composto 44g foi o mais ativo, podendo ser atribuído ao furano o efeito de

inibição da proliferação desse fungo. Os outros compostos considerados ativos

possuem em suas estruturas como arilsubstituintes grupos doadores, sendo um

indício de que grupos doadores aumentam o potencial antimicrobiano desses

compostos. Porém, ainda não pode ser feita uma relação entre estrutura e

atividades, contudo, mais estudos devem ser feitos neste sentido.

Em relação aos grupos alquilados e não alquilados, não pode se afirmar qual

deles apresenta maior potencial, pois ambas apresentaram atividade para os

microrganismos.

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7 CONCLUSÕES

Técnicas foram utilizadas para impedir ou minimizar a formação isomérica,

porém, sem sucesso. A alquilação dos isoxazóis de fato facilitou bastante a

purificação, pois, as moléculas tornaram-se menos polares.

Os isoxazóis e seus derivados são potencias antimicrobianos, por esse

motivo, os isoxazóis 3,5-dissubstituídos e seus derivados foram testados quanto

essa propriedade biológica. Os resultados foram bastante promissores, pois um

número considerável de substâncias inibiram o crescimento das bactérias e fungo

em concentrações baixas. Das 20 moléculas testadas 12 são inéditas, sendo de

grande relevância o empenho de esforços sintéticos no estudo desses compostos.

Os testes para doença de Chagas também são promissores, pois, apesar das

moléculas não terem apresentado seletividade desejável, elas foram ativas, sendo

necessário um estudo mais aprofundado para correlacionar o efeito tripanocida com

as estruturas das moléculas.

Por se tratar de um estudo pioneiro na aplicação dessas moléculas contra T.

cruzi os resultados obtidos foram muito relevantes, servindo de base para futuras

pesquisas envolvendo os isoxazóis 3,5-dissubstituídos e seus derivados.

Como as moléculas apresentaram capacidade para matar o parasito, porém,

com baixa seletividade, caminhos para melhorar esse aspecto serão adicionalmente

investigados como, por exemplo, a modificação estrutural desses compostos com a

adição de grupos como Br, Cl e NO2 que apresentam potencial para eliminar o

parasito. Esses compostos isoxazolínicos são susceptíveis a reações de substituição

no C-4 no anel heterocíclico de cinco membros. Contudo, isso é influenciado pelos

substituintes nas posições C-3 e C-5, do mesmo heterocíclico.

Tendo em vista que já existem relatos dessas reações que introduzem esses

tipos de grupos no C-4 do heterocíclico de cinco membros, a intenção de nosso

grupo de pesquisa é avaliar no futuro os efeitos de tais substituintes no ciclo de vida

do Tripanossoma cruzi.

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8 REFERÊNCIAS

1- Srinivas, A.; Nagaraj, A.; Reddy, C. S.; Synthesis and In Vitro Study of a New Class of Methylenebis- 4,6-diarylbenzo[d]isoxazoles as Potential Antifungal Agents, J. Heterocycl. Chem., 46, 497 – 502. 2009. 2- Piovesan, L. A., Avaliação da atividade antimicrobiana de derivados isoxazolínicos. Trabalho de Disserteção, Santa Maria –RS, 92 páginas. 2005. 3- Steindel, M.; Kramer, P. L.; Scholl, D.; Soares, M.; Moraes, M. H.; Eger, I.; Kosmann, C.; Sincero, T. C. M.; Stoco, P. H.; Murta, S. M. F.; Carvalho, P. C. J.; Grisard, E. C., Characterization of Trypanossoma Cruzi isolated from humans, vectors and animal reservoirs following na outbreak of acute human Chagas disease in Santa Catarina State, Brazil, Diagnostic Microbiology and Infectious Disease, 60, 25 – 32. 2008. 4- Foto do transmissor. Retirado do site Mal de Chagas, 2015. Disponível em:< https://borabiologar.wordpress.com/extras/mal-de-chagas/>. Acessado dia 22 de Abril de 2016. 5- Menezes, J. C. L.; Vaz, L. B. A.; Vieira, P. M. A.; Fonseca, K. S; Carneiro, C. M.; Taylor, J. G., Synthesis and Anti-Trypanosoma cruzi Activity of Diaryldiazepines, Molecules, 20, 43-51. 2015. 6- Marina Zanetti, Doença de Chagas, sinais e sintomas da fase aguda e crônica. Disponível em: < http://medifoco.com.br/doenca-de-chagas-sinais-e-sintomas-da-fase-aguda-e-cronica/>. Acessado em: 22 de abril de 2016. 7- Sanchez, M. M.; Sanz, A. M.; Gomez, C. F.; Navarro, P.; Marin, C.; Ramirez, M. I.; Rosales, M. J.; Olmo, F.; Garcia, A. I.; Campayo, L.; Cano, C.; Arrebola, F.; Yunta, M. J. R., In vivo Trypanossomicidal activity of imidazole or pyrazole-Based benzo[g]phthalazine derivatives against acute and chronic phases of chagas Diases, J. Med. Chem., 54, 970 – 979. 2011. 8- DNDi América Latina: Drugs for Neglected Diseases Initiative. Disponível em: < http://www.dndial.org/pt/doencas-negligenciadas/doenca-de-chagas.html>. Acessado em 12 de maio de 2016. 9- Dias, J. C. P.; Silveira, A. C.; Schofield, C. J., The impact of Chagas Disease Control in Latin American, A review. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 97, 603 – 612. 2002. 10- Letra, L., Notícias e Mídia: Rádio ONU. 2015. Disponível em : < http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/2015/02/oms-quer-mais-investimentos-para-combater-doencas-tropicais/#.V2CZxLsrLIW>. Acessado em: 05 de maio de 2016. 11- Boletim Epidemiológico, Doença de Chagas aguda no Brasil: série histórica de 2000 a 2013, Secretaria de Vigilância em Saúde – Mistério da Educação, 46 (21), 1 – 9. 2015.

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12- Ciclo Biológico do Trypanosoma cruzi, Disponível em: <http://www.open.ed u/openlearnworks/mod/page/view.php?id=40788>. Acessado em: 29 de abril de 2016. 13- Silva, J. E. N. D.; Jardim, G. A.; Menna, B. R. F.; Castro, S. L. D., Anti-Trypanosoma cruzi Compounds: Our Contribution for the Evaluation and Insights on the Mode of Action of Naphthoquinones and Derivatives, J. Braz. Chem. Soc., 25(10), 1780-1798. 2014. 14- Dias, L. C.; Dessoy, M. A., Quimioterapia da doença de chagas: estado da arte e perspectivas no desenvolvimento de novos fármacos, Quím. Nova, 32 (9), 2444 – 2457. 2009. 15- Hjeds, H.; Christensen, I. T.; Cornett, C.; Frølund, B.; Falch, E.; Pedersen, J. B.; Krogsgaard, L. P.; 3-Hydroxyisoxazole bioisosteres of GABA. Synthesis of a series of 4-substituted muscimol and identification of a bicycli 2-isoxazoline rearrangement product, Acta Chem. Scand., 46, 772 – 777. 1992. 16- Raghava, B.; Parameshwarappa, G.; Acharya, A.; Swaroop, T. R.; Rangappa, K. S.; Ila, H., Cyclocondensation of Hydroxylamine with 1,3-Bis(het)arylmonothio 1,3-Diketones and 1,3-Bis(het)aryl-3-(methylthio)-2-propenones: Synthesis of 3,5-Bis(het)arylisoxazoles with Complementary Regioselectivity. Eur. J. Org. Chem., 1882-1892. 2014. 17- Valizadeh, H.; Amiri, M.; Gholipur, H., Efficient and Convenient Method for the Synthesis of Isoxazoles in Ionic Liquid. J. Heterocycl. Chem., 46, 108 – 110. 2009. 18- MedicinaNet, Disponível em: <http://www.medicinanet .com.br/bula/637/arava.htm>. Acessado em: 22 de abril de 2016. 19- Cloxacilina, Disponível em: < https://es.wikipedia.org/wiki/Cloxacilina>. Acessado em: 22 de abril de 2016. 20- Sulfafurazol, Disponível em: < https://en.wikipedia.org/wiki/Sulfafurazole>. Acessado em: 22 de abril de 2016. 21- Isocarboxazida, Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Isocarboxazida >. Acessado em: 22 de abril de 2016. 22- Broxaterol, Disponível em: < https://en.wikipedia.org/wiki/Broxaterol>. Acessado em: 22 de abril de 2016. 23- Sitaxentano, Disponível em: < https://en.wikipedia.org/wiki/Sitaxentan>. Acessado em: 22 de abril de 2016. 24- Martins, M. A.; Siqueira, G. M.; Bastos, G. P.; Bonacorso, H. G.; Zanatta, N., Haloacetylated enol ethers. 7 [7]. Synthesis of 3-aryl-5-trihalomethylisoxazoles and

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3-aryl-5-hydroxy-5-trihalomethyl-4,5-dihydroisoxazoles. J. Heterocycl. Chem., 33, 1619 – 1622. 1996. 25- Bandeira, T.; Grünanger P.; Albini, M. F., On the oximation of diaryl-β-diketones. J. Heterocycl. Chem., 29, 1423 – 1428. 1992. 26- Mokale, S. N.; Nevase, M. C.; Sakle, N. S.; Dube, P. N.; Shelke, V. R.; Bhavale, S. A.; Begum, A., Synthesis and in-vivo hypolipidemic activity of some novel substituted phenyl isoxazol phenoxy acetic acid derivatives, Bioorg. Med. Chem. Lett., 24 , 2155 – 2158. 2014. 27- Aitmambetov, A.; Khilya, V. P.; Kubzheterova, A.; Synthetic analogs of Naturally occurring flavolignans. X. reaction of flavones and their thioderivatives with hydroxylamine, Chem. Nat. Compd., 36 (1), 47 – 50. 2000. 28- Himo, F.; Lovell, T.; Hilgraf, R.; Rostovtsev, V. V.; Noodleman, L.; Sharpless, K. B.; Fokin, V. V., Copper(I)-Catalyzed Synthesis of Azoles. DFT Study Predicts Unprecedented Reactivity and Intermediates, J. Am. Chem. Soc. 127(1), 127 - 210. 2005. 29- Filho, J. M. s.; Leite, A. C. L.; Oliveira, B. G.; Moreira, D. R. M.; Lima, M. S.; Soares, M. B. P.; Leite, L. F. C., Design, synthesis and cruzain docking of 3-(4-substituted-aryl)-1,2,4-oxadiazole-N-acylhydrazones as anti-Trypanosoma cruzi agentes, Bioorg. Med. Chem., 17(18),6682 - 6691, 2009. 30- Olmo, F.; Gómez, C. F.; Navarro, P.; Marín, C.; Yunta, M. J.; Cano, C.; Campayo, L.; Olíva, D. M.; Rosales, M. J.; Sánchez, M. M., Synthesis and evaluation of in vitro and in vivo trypanocidal properties of a new imidazole-containing nitrophthalazine derivative, Eur. J. Med. Chem.,106, 106 – 119. 2015. 31- Muro, B.; Reviriego, F.; Navarro, P.; Marín, C.; Ramírez, M. I.; Rosales, M. J.; Sanchez, M. M.; Arán, V. J., New perspectives on the synthesis and antichagasic ctivity of 3-alkoxy-1-alkyl-5-nitroindazoles. Eur. J. Med. Chem., 74, 124 – 134. 2014. 32- Caputto, M. E.; et al., Synthesis and biological evaluation of some novel 1-indanone thiazolylhydrazone derivatives as anti-Trypanosoma cruzi agentes, Eur. J. Med. Chem., 55, 155 – 163. 2012. 33- Papadopoulou, M. V.; Trunz, B. B.; Bloomer, W. D.; McKenzie, C.; Wilkinson, S. R.; Prasittichai, C.; Brun, R.; Kaiser, M.; Torreele, E., Novel 3-Nitro-1H-1,2,4-triazole-Based Aliphatic and Aromatic Amines as Anti-Chagasic Agents, J. Med. Chem., 54, 8214 – 8223. 2011. 34- Chou, L. H.; Meisenheimer, J., Untersuchungen in der Gruppe der Oxime. I. Über die N-Methyläther von Ketoximen, Liebigs Ann. Chem., 539, p. 78,92. 1939 35- Yu, Y.; Hu, Y.; Shao, W.; Huang, J.; Zuo, Y.; Huo, Y.; An, L.; Du, J.; Bu, X, Synthesis of multi-functionalized chromeno[2, 3-c]pyrrol-9(2H)-ones: Investigation

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and application of Baker-Venkataraman rearrangement involved reactions catalyzed by 4-(Dimethylamino)pyridine, Eur. J. Org. Chem., (24) 4551 – 4563. 2011.

36- Guidugli, F. H.; Kavka, J.; Garibay, M. E.; Santillan, R. L.; Joseph, N. P., Mass Spectral Studies of Naphthoflavones, Org. Mass Spectrom., 22, 479 – 485. 1987. 37- Ares, J. J.; Wehmeyer, K. R., A simple synthesis of 13C6-labelled flavone and 5-methoxyflavone, J. Labelled Compd. Radiopharm., 34(7), 635 – 641. 1994. 38- Kumar, A.; Maurya, R. A.; Sharma, S.; Ahmad, P.; Singh, A. B.; Tamrakar, A. K.; Srivastava, A. K., Design and synthesis of 3,5-diarylisoxazole derivatives as novel class of anti-hyperglycemic and lipid lowering agentes. Bioorg. Med. Chem., 17, 5285- 5292. 2009.

39- Ares, J. J.; Wehmeyer, K. R., A simple synthesis of 13C6-labelled flavone and 5-methoxyflavone. J. Labelled Compd. Radiopharm., 34(7), 635-641, 1994. 40- Newman, M. S.; Naiki, K., The Syntheses of 3-Fluoro- and 4'-Fluoro-9,10-dimethyl-1,2-benzanthracene, J. Org. Chem., 27 (3), 863-865. 1962. 41- Gupta, S.; Srivastava, S.; Lal, K., Complexes of co (ii), ni (ii) and cu (ii) with 3, 5‐dichloro‐2‐hydroxyacetophenone oxime, Chemischer Informationsdienst, 6(26). 1975. 42- Rout, S. K.; Guin, S.; Banerjee, A.; Khatun, N.; Gogoi, A.; Patel, B. K., Directing group assisted copper-catalyzed chemoselective O-aroylation of phenols and enols using alkylbenzenes, Org. Lett., 15(16), 4106 – 4109. 2013. 43- Dariush, S.; Akbar, H., CuO nanoparticles supported on α-Fe2O3-modified CNTs: A magnetically separable catalyst for oxidative C-O coupling of formamides with 1,3-dicarbonyl compounds This article is dedicated to memory of Rais Ali Delvari, Tetrahedron Lett., 54 (32), 4178 – 4180. 2013. 44- Kumar, G. S.; Maheswari, C. U.; Kumar, R. A.; Kantam, M. L.; Reddy, K. R., Copper-catalyzed oxidative C-O coupling by direct C-H bond activation of formamides: Synthesis of enol carbamates and 2-carbonyl-substituted phenol carbamates, Angew. Chem. Int. Ed., 50 (49), 11748 – 11751. 2011. 45- Baker, G. An unambiguous synthesis of 3-aroylflavones and their reaction with benzylamine, J. Chem. Soc., 2759 -2762. 1950. 46- Krayushkin, M. M.; Levchenko, K. S.; Yarovenko, V. N.; Christoforova, L. V.; Barachevsky, V. A.; Puankov, Y. A.; Valova, T. M.; Kobeleva, O. I.; Lyssenko, K., Synthesis and reactivity of 1-aryl-9h-thieno[3,4-b]chromon-9-ones, New J. Chem., 33(11), 2267 – 2277. 2009. 47- Barros, Ana I. R. N. A.; Silva, Artur M. S., Efficient synthesis of nitroflavones by cyclodehydrogenation of 2prime;-hydroxychalcones and by the Baker-Venkataraman method, Monatsh. Chem., 137(12), 1505 – 1528. 2006.

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48- Thakar, K. A.; Gill, C. H., Synthesis and Screening of Some 1,3-Propane Diones and Flavones, J. Indian Chem. Soc., 60, 668 - 670. 1983. 49- Letcher, R. M., The Synthesis and Spectroscopic Properties of Flavones: Special Mass Spectral Characteristics of 3-Methylflavones J. Chem. Res., Synop., (12), 2901 – 2929. 1989. 50- Semenova, I. S.; Levchenko, K. S.; Yarovenko, V. N.; Krayushkin, M. M.; Barachevskii, V. A.; Kobeleva, O. I.; Valova, T. M., Synthesis and modification of light-sensitive 3-acyl-2-hetarylchromones containing bromomethyl group in the acyl fragment, Russ. Chem. Bull., 61(9), 1761 – 176. 2012. 51- Peng, C. C.; Rushmore, T.; Crouch, G. J.; Jones, J. P., Modeling and synthesis of novel tight-binding inhibitors of cytochrome P450 2C9, Bioorg. Med. Chem., 16(7), 4064 – 4074, 2008. 52- Banerjee, D.; Kayal, U.; Maiti, G., An efficient oxidative conversion of 2-aryl-2H-chromenes to the corresponding flavones by tert-butylhydroperoxide and copper bromide, Tetrahedron Lett., 57 (15), 1667 – 1671. 2016 . 53- Komal, J., Ecofriendly bromination of chalcones and synthesis of flavones using grinding technique, Indian J. Chem., Sect B , 52(1), 141 – 145. 2013. 54- Sawant, A. B.; Gill, C. H.; Nirwan, R. S., Synthesis and biological activities of some flavones, Indian J. Heterocycl. Chem., 21(4), 297 – 300. 2012. 55- Koya, S.; Masahito, Y.; Takayuki, D., An efficient synthesis of aurone derivatives by the tributylphosphine-catalyzed regioselective cyclization of o-alkynoylphenols, Chem. Lett., 44(2), 141 – 143. 2015. 56- Livingston, M. J.; Chick, M. F.; Shealy, E. O.; Beam, C. F., The Preparation of 5-Phenacylisoxazoles and 5-Hydroxyphenylisoxazoles and -pyrazoles by the Condensation of C(α)-Dianions with Ethyl Benzoylacetate and Methyl Salicylate, J. Heterocycl. Chem., 19, 215 – 217. 1982. 57- Patonay, T; Boganr, R. Flavonoids—38: Reaction of 2'-hydroxychalcone dibromides and -α-bromochalcones with azide ion, Tetrahedron, 40, 2555. 1984. 58- Gothelf, K. V.; Torssell, K. B. G., Synthesis of Flavones via Application of the Nitrile Oxide and the Stille Reactions, Acta Chem. Scand., 48(1), 61 – 67. 1994. 59- Gunics, G.; Motohashi, N.; Amaral, L.; Farkas, S.; Joseph, M., Interaction between antibiotics and non-conventional antibiotics on bactéria, Int. J. Antimicrob. Agents, 14, 239- 242. 2000.

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ANEXO I

Metodologias utilizadas para a realização dos testes biológicos

Atividades antimicrobianas

Ensaio antimicrobiano

A atividade antimicrobiana quantitativa foi determinada a partir do método de

microdiluição seriada 1:2 para determinação da concentração inibitória mínima

(CIM), ou seja, a última concentração dos compostos testados em que não houve

crescimento bacteriano (Ostrosky et al., 2008).

Este método de microdiluição em microplacas de 96 poços gera uma relação

geométrica decrescente de concentração. Desta forma à medida que a

concentração dos compostos testados diminui, foi observado o momento em que

houve o crescimento microbiano, sendo determinada a concentração inibitória

mínima, ou seja, a última concentração onde não há crescimento do micro-

organismo.

Para o preparo do inóculo, as bactérias foram repicadas em placas de Petri

contendo Ágar Mueller Hinton (Predimol®) e a levedura foi repicada em Ágar

Saboraud (Predimol®), as quais foram incubadas à 37 °C por 24 e 48 horas,

respectivamente. Após foram preparadas suspensões de microrganismo em salina

(NaCl 0,9%), de modo a se obter turvação referente ao tubo 0,5 da escala

McFarland (1 x 108 UFC/mL). Essas suspensões foram diluídas 1:100 em caldo

Mueller Hinton (Himedia®), obtendo-se uma suspensão a 1 x 106 UFC/mL, para que

a concentração final de microrganismo no teste fosse 5 x 105 UFC/mL.

Os compostos 4a, 4b, 4c, 4e, 4f, 4g, 4h, 4j, 5a, 5b, 5e, 5h, 5n, 5o, 5p e 6f

foram resuspendidas em DMSO, para concentração de 2 mg/mL. Em placas de 96

poços, esterilizadas, foram adicionados 25 µL de metanol a partir do segundo poço

de cada duplicata. Em seguida, 50 µL de solução de amostra foram adicionados no

primeiro poço e foram realizadas diluições seriadas 1:2, retirando 25 µL do primeiro

poço e transferindo para os poços subseqüentes. Dessa forma, as amostras foram

testadas em 8 concentrações: 1000 a 7,8 µg/mL. Após realização das diluições, 25

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µL de caldo Mueller Hinton foram adicionados em cada poço, para substituir o

metanol que será evaporado em dessecador.

Para o controle de crescimento, foram colocados somente 25 µL de meio de

cultura. No controle positivo, foram adicionados 25 µL de tetraciclina (400 µg/mL)

para S. aureus e E. coli, moxifloxacina (100 µg/mL) para P. rettgeri e L.

monocytogenes e cetoconazol (60 µg/mL) para C. albicans. No controle negativo,

foram adicionados 25 µL de metanol e 25 µL de caldo. Como controle do meio de

cultura, foram adicionados somente 50 µL de caldo.

As placas foram colocadas em dessecador por 30 minutos, com bomba de

vácuo ligada, para eliminação do metanol. Depois, as mesmas foram

expostas a luz UV, em cabine de segurança biológica, por 15 min, para esterilização.

Foram adicionados 25 µL de inóculo em cada poço (exceto para o controle do

meio de cultura) e as placas foram incubadas em estufa a 37 °C por 24 ou 48 horas.

Em seguida cada poço foi repicado, com auxílio de alça bacteriológica, para

placas de Petri contendo ágar Mueller Hinton ou Saboraud. As placas foram

incubadas a 37 °C por 24/48 horas e foi considerada como CIM, a menor

concentração em que não houve crescimento microbiano.

Atividade antichagásica

Ensaio: Teste de atividade tripanocida adotando a transfecção da β-

galactosidase na cepa T. cruzi Tulahuen

Células L929 de fibroblastos de camundongos, cultivadas em garrafas de

cultura e mantidas congeladas em 80 μL de meio suplementado, foram adicionadas

a poços de uma placa de microdiluição (placa de 96 poços) e deixadas para

incubação por um período de 24 horas. Após esse tempo, foram adicionados 10

parasitas/célula, ou seja, 40.000 tripomastigotas da cepa que expressa a enzima β-

galactosidase. A infecção prossegue por 2 horas para que o parasita penetre nas

células e, em seguida, interrompe-se a infecção. O meio contendo os parasitas que

não penetraram nas células foi substituído por 200 μL de um novo meio, e a placa foi

incubada durante 48 horas para que ocorresse a infecção. As formas infectantes

tripomastigotas se transformaram em amastigotas por multiplicação celular.

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O meio foi então substituído com as soluções dos compostos a serem

testados, na concentração de 1 μg/mL e a placa foi incubada durante 96 horas a

37°C. Desta forma a infecção continuou se desenvolvendo e os compostos agiram

tanto sob os parasitos residuais que ficaram fora das células quanto, principalmente,

os parasitos que ficaram dentro das células. Após este período, foram adicionados a

cada poço, 50 μL cloro fenol vermelho glicosídico (CPRG – inglês), pipetados de

uma solução estoque de 500 μM, e mais 0,5% de Nonidet P40. As placas foram

incubadas a 37°C, durante 18 horas.

O CPRG (Chlorophenol Red Glycoside) é um substrato que se encaixa na

enzima presente dentro do parasito. O nonidet é um sabão utilizado para promover a

quebra de tudo o que está no meio (parasito, célula) causando a liberação da

enzima no meio. Essa enzima, por sua vez, reage com o CPRG fato que é

perceptível devido a mudança na coloração do meio - de amarelo para violeta.

Dessa forma, quanto mais intensa a cor violeta ficar efetiva é a reação enzima-

substrato, indicando um maior número de parasitas, e, desta forma, indicando ser

menos efetivo o composto testado. Os resultados são validados após medida da

absorbância em 540 nm.

Os controles das células não infectadas e das células infectadas, tratadas

com benzonidazol ou não, são realizados em paralelo. Os resultados são expressos

como percentagem de inibição do crescimento de T. cruzi em células testadas com o

composto em comparação com as células infectadas e as células não tratadas.

Ensaios em triplicada são realizados na mesma placa.

Teste citotóxico em células L929 utilizando Alamar Blue

Para este bio ensaio, 4.000 células de fibroblasto de camundongos em 200 μL

de meio RPMI-1640 (pH 7,2 - 7,4) (Gibco BRL), mais 10% de soro fetal bovino e

glutamina 2 mM, foram adicionados a cada poço de uma placa de microdiluição

(placa de 96 poços) que foi incubada durante 3 dias a 37°C.

O meio de cultura foi então substituído com soluções dos compostos ativos

(diluído em 200 μL de meio suplementado sem vermelho de fenol) nas

concentrações 50 vezes o IC50 encontrado no ensaio descrito para a β-

galactosidase. A placa foi incubada durante 4 dias a 37°C.

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Após este período, 20 μL de Alamar Blue foram adicionados a cada poço e a

placa foi incubada de 4 a 6 horas. Após esse período a absorbância foi medida

entre os comprimentos de 570nm a 600 nm. Os controles com as células não

tratadas e tratadas com o benzonidazol foram executados em paralelo e repetições

foram realizadas na mesma placa. Os resultados foram expressos como a diferença

percentual na redução entre células tratadas e não tratadas, por meio de tratamento

matemático.

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ANEXO II

ESPECTROS DE RMNs DE ¹H E ¹³C PARA TODOS OS COMPOSTOS

Composto 40

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz

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97

Composto 41a

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz

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98

Composto 41b

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 500 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 125 MHz

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99

Composto 41c

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 500 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 125 MHz

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100

Composto 41d

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 500 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 125 MHz

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101

Composto 41e

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz

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102

Composto 41f

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz

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103

Composto 41g

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz

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104

Composto 41h

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 500 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 125 MHz

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105

Composto 41j

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz

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106

Composto 41m

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz

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107

Composto 41n

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 200 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 50 MHz

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108

Composto 41p

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 200 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 50 MHz

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109

Composto 41s

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 200 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 50 MHz

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110

Composto 41z

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 200 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 50 MHz

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111

Flavonas

Composto 43b

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 500 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 125 MHz

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112

Composto 43c

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz

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113

Composto 43d

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz

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114

Composto 43e

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz

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115

Composto 43f

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz

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116

Composto 43g

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz

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117

Composto 43h

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz

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118

Composto 43m

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz

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119

Composto 43n

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz

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120

Composto 43o

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz

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121

Composto 43p

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz

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122

Composto 43z

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz

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123

Hidroxi-isoxazóis

Composto 44a

Espectro de RMN ¹H em DMSO em aparelho de 300 MHz

Composto 44c

Espectro de RMN ¹H em DMSO em aparelho de 300 MHz

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124

Composto 44d

Espectro de RMN ¹H em DMSO em aparelho de 300 MHz

Composto 44e

Espectro de RMN ¹H em DMSO em aparelho de 300 MHz

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125

Composto 44b

Espectro de RMN ¹H em DMSO em aparelho de 400 MHz

Espectro de RMN ¹³C em DMSO em aparelho de 100 MHz

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126

Composto 44f

Espectro de RMN ¹H em DMSO em aparelho de 400 MHz

Espectro de RMN ¹³C em DMSO em aparelho de 100 MHz

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127

Composto 44g

Espectro de RMN ¹H em DMSO em aparelho de 500 MHz

Espectro de RMN ¹³C em DMSO em aparelho de 125 MHz

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128

Composto 44j

Espectro de RMN ¹H em DMSO em aparelho de 400 MHz

Espectro de RMN ¹³C em DMSO em aparelho de 100 MHz

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129

Composto 44m

Espectro de RMN ¹H em DMSO em aparelho de 400 MHz

Espectro de RMN ¹³C em DMSO em aparelho de 100 MHz

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130

Isoxazóis alquilados

Composto 45a

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 500 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 125MHz

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131

Composto 45b

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz

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132

Composto 45d

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz

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133

Composto 45e

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz

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134

Composto 45f

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz

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135

Composto 45g

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz

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136

Composto 45h

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz

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137

Composto 45m

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz

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138

Composto 45n

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz

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139

Composto 45o

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz

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140

Composto 45p

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz

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141

Composto 45z

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz

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142

Composto 46f

Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 500 MHz

Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 125 MHz

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143

NOOH

NOOH

Espectros no IV de alguns isoxazóis

Composto 44a

iso261

4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600

100

95

90

85

80

75

70

65

Wavenumber

%T

ransm

itta

nce

Composto 44b

iso15

4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600

100

95

90

85

80

75

70

Wavenumber

%T

ransm

itta

nce

Composto 44f

iso05

4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800

100

95

90

85

80

75

Wavenumber

%T

ransm

itta

nce

2340

2360

1022 1250

1380 1480

NOOH

2340

2360

1030

1260

3200

1450 NOOH

O

2360 2350 3160

1120

1010

1250

1420

NOOH

O

O

O

1600 1500

1580

1450

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144

Composto 44g

ISOFUR

4200 4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600

100

98

96

94

92

90

88

Wavenumber

%T

ransm

itta

nce

Composto 44j

ISO23

4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600

100

95

90

85

80

75

70

65

Wavenumber

%T

ransm

itta

nce

Composto 45a

iso261

4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600

100

95

90

85

80

75

70

65

Wavenumber

%T

ransm

itta

nce

2360 2350

3120

1370

1240

960

NOOH O

2350

2360

3360

710

1400 1040

1240

NOOHOCl

Cl

O

O

2340

2360

1022 1250

1380 1480

NOO

Ph

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145

Composto 45b

ISO28F

4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600

100

95

90

85

80

75

Wavenumber

%T

ransm

itta

nce

Composto 45e

ISO25

4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600

102

100

98

96

94

92

90

88

86

Wavenumber

%T

ransm

itta

nce

Composto 45f

ISO11

4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600

100

95

90

85

80

75

70

Wavenumber

%T

ransm

itta

nce

2350

2360

1450

1140

1000 NOO

O

O

O

Ph

1440 2350

2360

1000 1220 1490

NOOF

Ph

2350

2360

1450

1250

1000

NOOO

Ph1600

1500

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146

Composto 45g

ISO27

4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600

105

100

95

90

85

80

75

70

65

60

55

50

Wavenumber

%T

ransm

itta

nce

Composto 45m

ISO38

4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600

100

95

90

85

80

75

70

65

60

55

Wavenumber

%T

ransm

itta

nce

Composto 45n

iso58

4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600

102

100

98

96

94

92

90

88

86

84

82

80

Wavenumber

%T

ransm

itta

nce

2350

2360

1260 1400

1020

NOO O

Ph

2350

2360

1440 1230 1020

680 NOOOCl

Cl

O

O

Ph

2350

2360

820

1360

1020

1240 NOO

Ph

Cl

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147

Composto 45o

iso62

4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800

100

98

96

94

92

90

88

86

84

Wavenumber

%T

ransm

itta

nce

Composto 45p

iso61

4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600

100

95

90

85

80

75

70

Wavenumber

%T

ransm

itta

nce

Composto 45q

iso63

4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600

100

95

90

85

80

75

Wavenumber

%T

ransm

itta

nce

2340

2360

1240

1260

1010

1440

740

2340

2360

1070 1230

1360

NOO

Ph

Cl

F

NOO

Ph

O

NO2

2350

2360

710 1020 1250

1360

NOO

Ph

Cl

O 1600

1480

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148

Composto 46f

iso12

4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600

100

95

90

85

80

75

70

65

60

Wavenumber

%T

ransm

itta

nce

Espectros de massas dos compostos

Composto 40

50.0 75.0 100.0 125.0 150.0 175.0 200.0

18963 204133977353 85

Ésteres

Composto 41a

50.0 75.0 100.0

11991

657751

Composto 41b

50.0 75.0 100.0 125.0

13577

92 10764 7850

2360 2350

1120

1240

1460

NOO

O

O

O

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149

Composto 41c

50 100 150 200

10577

51 10663 92 240

Composto 41d

50 100 150 200 2500

100

%

139

11175

50 63 92 142104 274121

Composto 41f

50 100 150 200 250 3000

100

%

195

776653 109122 152 33016792 137 207

Composto 41g

50.0 75.0 100.0 125.0

13577 92 1076450 9753

Composto 41h

50 100 150 200 2500

50

100

%

150

10476

50 92 12065134

285

207 270

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150

Composto 41i

50 60 70 80 90 100 110

10577

51 977562 111

Composto 41j

50.0 75.0 100.0 125.0 150.0 175.0 200.0

19573816653 152109 122

Composto 41l

50.0 75.0 100.0 125.0

1391117550 9762 85 104

Composto 41m

50.0 75.0 100.0 125.0

13577 92 1076450 9753

β-Dicetonas

Composto 42a

90.0 95.0 100.0 105.0 110.0 115.0 120.0

119

91

Composto 42b

100 150 200 250

13577

92 121 27065 107

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151

Composto 42c

50 100 150 200

10577

51 10663 92 240

Composto 42d

50 100 150 200 2500

100

%

139

11175

50 63 92 142104 274121

Composto 42f

50 100 150 200 250 300

195

77 33066 1521671099253

Composto 42g

50.0 75.0 100.0 125.00

50

100

%

135

779264 107

50 78

Composto 42h

50 100 150 200 250

15076 104

9250 64285

134121

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152

Composto 42j

75.0 100.0 125.0 150.0 175.0 200.0

195

8166

Composto 42m

50.0 75.0 100.0 125.0

13577 92 1076450 9753

Flavonas

Composto 43a

75.0 100.0 125.0 150.0 175.0 200.0 225.00

100

%

7323612092

20863 221

10457

Composto 43b

50 100 150 200 250

25213289 11763 221209 23776 152 18110251 135

Composto 43c

50.0 75.0 100.0 125.0 150.0 175.0 200.0 225.00

100

%

120 22292

194736482 97

51

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153

Composto 43d

100 150 200 2500

100

%

73120

92256

2076457

228149135114

Composto 43f

50 100 150 200 250 3000

100

%

312

297121

63 269142 209 24115577 92 226 25418311250 282

Composto 43g

50.0 75.0 100.0 125.0 150.0 175.0 200.00

100

%

9221264

12073 184

6151 128

Composto 43h

50 100 150 200 2500

100

%

92 120 26764

75239

165 23751 221193

Composto 43l

50 100 150 200 250 300

188 32497 13675 160 28962 11651

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154

Composto 43m

50 100 150 200 250 300

132 32089 11763 28914675 102 18851 160

Isoxazóis

Composto 44a

90.0 95.0 100.0 105.0 110.0 115.0 120.0

11991

Composto 44b

100.0 125.0 150.0 175.0 200.0 225.0 250.0

132252

89

Composto 44c

50 100 150 2000

50

100

%

1177361 77

51 237

20710593

Composto 44d

50 100 150 200 250

121 151 2716575 93 11151 134 274

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155

Composto 44e

100 150 200 2500

50

100

%

7361

135121

207255

95149

Composto 44g

50 100 150 2000

50

100

%

1216561 105

227

9351

77

170 207

Composto 45b

100 150 200 250 300 350

91

35765 77 236133 342105

Composto 45d

50 100 150 200 250 300 350

91

3616577 13351 111

Composto 45e

50 100 150 200 250 300 350

91

34565 77 13351 105 224

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156

Composto 45f

100 150 200 250 300

312297121 26963 142155 2419277 254209 226183

Composto 45g

50 100 150 200 250 300

91

31765 28851 77 133105

Composto 45h

100 150 200 250 300 350

91

37265 251

Composto 46f

50 100 150 200 250 300 350

34113577 32692 29813466 19451 170106 343