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UNIVERSIDADE FEDERAL
DE OURO PRETO
Instituto de Ciências Exatas e
Biológicas
Dissertação
Síntese e Avaliação Biológica de 3,5-
Diarilisoxazóis: Potenciais Agentes
Quimioterápicos Antimicrobianos e
Antichagásicos
Aline Aparecida Nunes de Souza
Programa de Pós-Graduação em Química
PPGQUIM
Ouro Preto
2016
i
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO
Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Exatas e Biológicas Programa de Pós-Graduação em Química
SÍNTESE E AVALIAÇÃO BIOLÓGICA DE 3,5-DIARILISOXAZÓIS: POTENCIAIS
AGENTES QUIMIOTERÁPICOS ANTIMICROBIANOS E ANTICHAGÁSICOS
Área de concentração:
Química Orgânica
Ouro Preto/MG
Junho de 2016
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós- Graduação Química da Universidade
Federal de Ouro Preto, como parte
dos requisitos para obtenção do título de
Mestre em Química.
ii
iii
iv
AGRADECIMENTOS
Primeiro agradeço a Deus, por sempre me guiar pelos caminhos certos, os
quais, me trouxeram nesse momento.
Aos meus pais Lelio e Neidimar e a meus irmãos Natália e Rafael, que foram,
são e sempre serão a razão da minha força de vontade de sempre vencer, apesar
dos obstáculos. Sem eles e o apoio deles nada disso seria possível! Amo vocês!
Ao meu orientador Prof. Jason, por ter me recebido tão bem em seu grupo de
pesquisa, por ter me conduzido a um amadurecimento científico e por sempre me
incentivar.
Agradeço as minhas amigas, que considero como irmãs, Paula e Ana Paula
pela imensa ajuda que me deram, pelo apoio, pelas brincadeiras, pelos momentos
de serenidade, de conversas longas, de desabafos, de risos misturados com
lágrimas, pelos vários encontros fora da Universidade, e pela acolhida na casa de
vocês, que agora considero como parte da minha família. Amizade para a vida toda!
Agradeço imensamente aos meus amigos Josierika, Marlon, Gleice, Viviane,
Josilene, Priscila e Diego pelo companheirismo, amizade, conselhos e pelos
momentos de alegria.
Ao Professor Marcelo Siqueira Valle e a Professora Viviane Rebello dos
Santos Martins, por terem aceitado o convite para fazerem parte da minha banca.
A UFU, pela grande instituição de ensino que é e ter me proporcionado
conhecimento suficiente para ingressar no Mestrado da UFOP.
Ao Prof. Anízio, que sempre me incentivou a continuar no caminho
acadêmico, aprimorando sempre os conhecimentos.
A UFV, UNICAMP e UFMG por ceder o uso do aparelho de RMN, e aos
técnicos que fizeram as análises.
A FioCruz e ao técnico Policarpo por se disponibilizar para a realização dos
testes biológicos para Chagas.
A Janaína e Tatiana pela colaboração e disponibilizarem tempo para realizar
os testes antimicrobianos.
v
SUMÁRIO
LISTA DE ESQUEMAS ................................................................................... ............iii
LISTA DE FIGURAS ...................................................................................................iv
LISTA DE TABELAS....................................................................................................vi
LISTA DE ABREVIAÇÕES.........................................................................................vii
RESUMO.....................................................................................................................1
1. INTRODUÇÃO ........................................................................... ....................2
1.1 Doença de Chagas...........................................................................2
1.1.1 A Epidemia da Doença de Chagas.....................................2
1.1.2 Ciclo de vida do Tripanossoma cruzi..................................4
1.1.3. Quimioterapia para a Doença de Chagas..........................5
1.2 Isoxazóis...........................................................................................7
1.2.1 Importância e Relevância na Inovação de Fármacos.........7
1.2.2 Obtenção de Isoxazóis 3,5-dissubstiuídos..........................9
2. REVISÃO DAS METODOLOGIAS PARA SÍNTESE DOS ISOXAZÓIS.......10
2.1 Principais métodos para obtenção dos isoxazóis ..........................10
2.1.1 β-Dicetonas.......................................................................10
2.1.2 Compostos carbonilados α-β insaturadas.........................10
2.1.3 Flavonas............................................................................11
2.1.4 Cicloadição........................................................................12
2.2 Moléculas Bioativas contra T.Cruzi ................................................14
2.2.1 1,2,4-Oxadiazóis................................................................14
2.2.2 Derivados de nitroftalazinas..............................................15
2.2.3 Nitroisoindóis.....................................................................16
2.2.4 Tiazóis...............................................................................17
2.2.5. Derivados de 3-nitrotriazóis..............................................18
2.3 Considerações finais.......................................................................19
3. OBJETIVOS..................................................................................................20
3.1 Objetivos gerais..............................................................................20
3.2 Objetivos específicos.......................................................................20
4. PARTE EXPERIMENTAL..............................................................................21
4.1 Técnicas utilizadas para a caracterização dos compostos.............21
4.2 Procedimentos de síntese e dados de caracterização...................21
vi
4.2.1 Síntese dos Isoxazóis e seus Intermediários....................21
4.2.2 Síntese da 3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona (40).............22
4.2.3 Síntese dos ésteres (41)...................................................23
4.2.4 Síntese das β-dicetonas (42).............................................31
4.2.5 Síntese das flavonas (43)..................................................33
4.2.6 Síntese dos isoxazóis a partir das β-dicetonas (44)..........39
4.2.7 Síntese dos isoxazóis a partir das flavonas (44)...............40
4.2.8 Alquilação dos isoxazóis (45)............................................45
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................54
5.1 Síntese dos Isoxazóis e seus Intermediários..................................54
5.1.1 Síntese da 3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona (40).............54
5.1.2 Síntese dos ésteres (41)...................................................57
5.1.3 Síntese das β-dicetonas (42).............................................61
5.1.4 Síntese das flavonas (43) .................................................64
5.1.5 Síntese dos isoxazóis (44) .............................................69
5.1.6 Alquilação dos isoxazóis (45)............................................76
6. TESTES BIOLÓGICOS..............................................................................80
6.1 Avaliação da atividade antichagásica.............................................80
6.1.1 Resultados.........................................................................80
6.2 Introdução: Avaliação da atividade antimicrobiana.........................83
6.2.1 Resultados.........................................................................84
7. CONCLUSÕES...........................................................................................86
8. REFERÊNCIAS...........................................................................................87
ANEXO I.......................................................................................................92
ANEXO II.......................................................................................................96
ii
vii
LISTA DE ESQUEMAS
Esquema 1- Mecanismo de ação proposto para os fármacos Nifurtimox (1) e
Benzonidazol (2)................................................................................................................6
Esquema 2- Diferentes materiais de partida para obtenção dos isoxazóis.......................9
Esquema 3- Estudo da influência dos substituintes na razão isomérica ........................10
Esquema 4- Metodologia para obtenção dos isoxazóis 3,5-dissubstituídos...................11
Esquema 5- Rota sintética para obtenção dos isoxazois................................................12
Esquema 6- Formação de isoxazóis substituídos pelas reações de óxidos de nitrila com
alcenos e alcinos..............................................................................................................13
Esquema 7- Formação de isoxazóis 3,5-dissubstituídos pela cicloadição de óxidos de
nitrila.......................................................................................................... .......................13
Esquema 8- Rota sintética para a obtenção dos isoxazóis 3,5 dissubstituídos.............20
Esquema 9- Equação reacional para a síntese do composto 40.....................................54
Esquema 10- Proposta do mecanismo reacional para a síntese da 3,5-diclo-2-
idroxiacetofenona (Rearranjo de Fries)............................................................................55
Esquema 11- Metodologia sintética para obtenção dos compostos 41a – 41w..............58
Esquema 12- Síntese dos compostos 42a – 42w .......................................................62
Esquema 13- Proposta de mecanismo reacional para a síntese das β-dicetonas
(Rearranjo de Baker Venkataraman)...............................................................................63
Esquema 14- Síntese dos compostos 43b a 43w............................................................64
Esquema 15- Proposta de mecanismo reacional para a síntese das flavonas................65
Esquema 16- Rota sintética para obtenção dos isoxazóis através das β-dicetonas.......68
Esquema 17 - Síntese dos isoxazóis 3,5-dissubstituídos 44a a 44w...............................69
Esquema 18- Mecanismo reacional proposto para a formação dos isoxazóis................71
Esquema 19- Alquilação de alguns isoxazóis obtidos como mistura isomérica..............76
iii
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Foto do transmissor do protozoário Tripanossoma cruzi....................................2
Figura 2- Pessoa picada pelo vetor (esquerda), comparação de um coração sadio com
um no estágio crônico da doença de Chagas (direita).......................................................3
Figura 3- Ciclo biológico do Tripanosoma cruzi.................................................................5
Figura 4- Estruturas Químicas do Nifurtimox (1) e Benzonidazol (2).................................5
Figura 5- Isoxazol...............................................................................................................7
Figura 6- Muscimol.............................................................................................................7
Figura 7- Resultados da aplicação das moléculas na cepa Y do Tripanossoma cruzi....15
Figura 8- Resultados da aplicação das moléculas imidazol e derivados no nitroftalazinas
das formas amastigota e tripomastigota do Tripanossoma cruzi.....................................16
Figura 9- Resultados da aplicação das moléculas 3-alcoxi-1-alquil-5-nitroindazóis das
formas amastigota e tripomastigota do Tripanossoma cruzi............................................17
Figura 10- Resultados da aplicação das moléculas 4-aril tiazolilo hidrazona da forma
tripomastigota do Tripanossoma cruzi.............................................................................17
Figura 11-- Resultados da aplicação das moléculas derivadas de triazóis da forma
amastigota do Tripanossoma cruzi..................................................................................18
Figura 12- Numeração das moléculas correspondente às nomenclaturas......................22
Figura 13- Espectro de massas do composto 40.............................................................56
Figura 14- Espectro de RMN ¹H da 3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona em CDCl3 em
aparelho de 300 MHz.......................................................................................................56
Figura 15- Espectro de RMN ¹³C da 3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona em CDCl3 em
aparelho de 75 MHz.........................................................................................................57
Figura 16- Espectro de massas do composto 41b...........................................................59
Figura 17- Espectro de RMN ¹H 1-acetilfenil-4-metoxibenzoato em CDCl3 em aparelho
de 500 MHz .................................................................................................................. ...60
Figura 18- Espectro de RMN ¹³C 1-acetilfenil-4-metoxibenzoato em CDCl3 em aparelho
de 125 MHz......................................................................................................................61
Figura 19- Espectro de RMN ¹H da dicetona 42a em CDCl3 em aparelho de 300 MHz..64
Figura 20- Espectro de massas do composto 43b...........................................................66
iv
ix
Figura 21- Espectro de RMN ¹H 2-(4-metoxifenil)-4H-croman-4-ona em CDCl3 em
aparelho de 500 MHz.......................................................................................................67
Figura 22- Espectro de RMN ¹H 2-(4-metoxifenil)-4H-croman-4-ona em CDCl3 em
aparelho de 125 MHz.......................................................................................................68
Figura 23- Espectro de massas do composto 44c...........................................................71
Figura 24- Espectro de RMN ¹H 1''-(3-(4-metilfenil)isoxazol-5-il)fenol em DMSO em
aparelho de 500 MHz.......................................................................................................72
Figura 25- Espectro de RMN ¹H 1’’-(4-metoxifenil)isoxazol-5-il)fenol em DMSO em
aparelho de 300 MHz.......................................................................................................74
Figura 26- Espectro de RMN ¹³C 1’’-(4-metoxifenil)isoxazol-5-il)fenol em DMSO em
aparelho de 75 MHz.........................................................................................................74
Figura 27- Espectro no IV do composto 44b....................................................................75
Figura 28- Espectro de RMN ¹H 5-(2-(benziloxi)fenil)-3-(4-metoxifenil)isoxazol em CDCl3
em aparelho de 400 MHz.................................................................................................77
Figura 29- Espectro de RMN ¹³C 5-(2-(benziloxi)fenil)-3-(4-metoxifenil)isoxazol em CDCl3
em aparelho de 100 MHz.................................................................................................78
Figura 30- Espectro no IV do composto 45b....................................................................78
v
x
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Medicamentos comercializados com estrutura base dos isoxazóis..................8
Tabela 2- Dados sobre as reações para a síntese das dicetonas.................................31
Tabela 3- Valores dos rendimentos dos ésteres 41u a 41w...........................................58
Tabela 4- Valores dos rendimentos das β-dicetonas 42a a 42w....................................62
Tabela 5- Valores dos rendimentos das flavonas 43a a 42w..........;...............................65
Tabela 6- Valores dos rendimentos dos hidroxi-isoxazóis 44a a 44w...........................70
Tabela 7- Caracterização de isômeros e a razão entre os mesmos...............................73
Tabela 8- Caracterizações dos isoxazóis puros..............................................................75
Tabela 9- Valores dos rendimentos dos isoxazóis alquilados.........................................76
Tabela 10- Caracterizações dos isoxazóis alquilados......................................................79
Tabela 11- Resultados da atividade antichagásica de alguns isoxazóis 3,5-dissubstiuídos
para as formas amastigota e tripomastigota do T.cruzi...................................................81
Tabela 12- Resultados da atividade antimicrobiana de alguns isoxazóis 3,5-
dissubstiuídos............................................................................................................... ....84
vi
xi
LISTA DE ABREVIAÇÕES
ADN - Ácido Desoxirribonucléico
ARN - Ácido ribonucléico
Bnz - Benzonidazol
CCD – Cromatografia em Camada Delgada
CIM – Concentração Inibitória Mínima
DTNs - Doenças Tropicais Negligenciadas
EM - Espectrometria de Massas
GABA – ácido 4-aminobutanóico
IC50 – Concentração inibitória que causa morte de 50,0% dos parasitos
IV - Espectroscopia no Infra -Vermelho
OMS – Organização Mundial da Saúde
RMN - Ressonância Magnética Nuclear
SI – Índice de Seletividade
sl – Simpleto largo
SN2 – Substituição Nucleofílica Bimolecular
T.cruzi - Tripanossoma cruzi
vii
i
vii
0
RESUMO
A Tripanossomíase americana, também conhecida como doença de Chagas, está
incluída na lista de Doenças Tropicais Negligenciadas e é endémico em 21 países
latino-americanos. Os dois fármacos atualmente disponíveis para o tratamento da
doença de Chagas são nifurtimox e benzonidazol e ambos resultam em muitos
efeitos colaterais significativos. A doença é a chamada "doença negligenciada"
porque os mercados de saúde em países afetados são insuficientes para atrair a
indústria farmacêutica a investir em pesquisa e desenvolvimento. Assim, o maior
obstáculo para o tratamento da doença tem sido a descoberta e desenvolvimento de
novas entidades químicas capazes de atender esse déficit em inovação. O estudo
descrito neste trabalho envolve a síntese e avaliação biológica de isoxazóis 3,5-
diarilsubstituídos, pois os isoxazóis são uma classe relevante de compostos
orgânicos comprovados biologicamente, como evidenciado pela sua presença na
estrutura orgânica que compreendem muitos medicamentos aprovados no mercado
atualmente. Embora os isoxazóis apresentem atividades biológicas como
antiproliferativos, anticancerígenos e antimicrobianos, eles não foram totalmente
explorados para as suas atividades antiparasitárias. Partindo de 2-
hidroxiacetofenonas e cloretos de benzoíla, as flavonas foram obtidas em três
etapas; a esterificação, o Rearranjo Baker-Venkataraman e, finalmente, a
desidratação / ciclização de 1,3-dicetonas para fornecer flavonas na penúltima etapa
da nossa rota sintética. Infelizmente, não foi possível evitar a formação de uma
mistura isomérica de isoxazóis. A presença de grupos doadores de elétrons na
flavona favorece a reação de formação de um isoxazol de interesse. A mistura
isomérica de isoxazóis foram alquiladas e purificadas para proporcionar 27 produtos,
dos quais 19 são inéditos. Os melhores resultados de CIM contra bactérias gram-
positivas S. aureus e L. monocytogenes foi <1,77 µM, bactérias gram-negativas E.
coli 40,88 μM e para P. rettgeri, 7,02 μM foram os melhores resultados. No caso de
o fungo C. albicans o isoxazol mais ativo resultou num valor de CIM de 5,91 μM. O
isoxazol mais ativo contra as formas amastigota e tripomastigota de T. cruzi foi
ligeiramente mais potente do que o medicamento atual, o benzonidazol, 3,37 μM.
1
Synthesis and Biological Evaluation of 3,5-Diarylisoxazoles: Potential
Chemotherapeutic Antimicrobial and Antichagasic Agents
Abstract
The American trypanosomiasis, also known as Chagas disease, is included in the
Neglected Tropical Diseases list and is endemic to 21 Latin American countries. The
two drugs currently available for treating Chagas disease are nifurtimox and
benznidazole and both result in many significant side effects. The disease is a so-
called ―neglected disease‖ because health markets in affected countries are
insufficient to attract pharmaceutical industry to invest in research and development.
Thus, the biggest obstacle to treating the disease has been the discovery and
development of new chemical entities able to meet this deficit in innovation. The
study described in this dissertation involves the synthesis and biological evaluation of
3,5-disubstituted isoxazoles. This research project was motivated by the fact that
isoxazoles are a proven biological relevant class of organic compounds as evidenced
by their presence in organic structure that comprise many approved medicines on the
market today. Although biologically active isoxazoles have demonstrated
antiproliferative, anticancerous and antimicrobial properties, they have not been fully
explored for their antiparasitic activities. Staring from 2-hydroxyacetophenones and
benzoyl chlorides, flavones were obtained in a three steps; esterification, the Baker-
Venkataraman Rearrangement and finally dehydration/ cyclisation of 1,3-diketones to
provided flavones in the penultimate step of our synthetic route. Unfortunately, it was
not possible to avoid the formation of an isomeric mixture of isoxazoles. The
presence of electron donating groups on the reacting flavone favored the exclusive
formation of the desired isoxazole. The isomeric mixture of isoxazoles were alkylated
and purified to provide 27 products of which 19 were novel. The best MIC results
against gram positive bacteria S. aureus and L. monocytogenes was <1,77 µM,
gram-negative bacteria E. coli was 40,88 μM and for P. rettgeri, 7,02 μM were the
best results. In the case of the fungus C. albicans the most active isoxazole gave a
MIC of 5,91 μM. The most active isoxazole against amastigote and trpymastigotes of
T. cruzi was slightly more potent than the current medicine benzonidazole, 3,37 μM.
2
1. INTRODUÇÃO
1.1 Doença de Chagas
1.1.1 A Epidemia da Doença de Chagas
Um dos grandes problemas relacionados às doenças infecciosas, que a
humanidade enfrenta, é a contínua mutação que os microrganismos sofrem e a
resistência que eles adquirem aos medicamentos utilizados para interromper sua
multiplicação celular. Esses fatores não se restringem apenas às bactérias, mas
também é vista por outra classe de parasitos, os protozoários.1
Um exemplo que ilustra esse fato são as cepas de Tripanosoma cruzi, que
apresentam resistência aos medicamentos disponíveis. É um protozoário
responsável pela transmissão de uma doença que atinge apenas mamíferos, e é
típica dos Continentes Americanos, a Tripanossomíase americana.2
Descoberta pelo cientista brasileiro Carlos Chagas em 1909, a doença tornou-
se popularmente conhecida como doença de Chagas, e sua transmissão no homem
geralmente ocorre pela deposição de fezes contaminadas pelo T. cruzi após a
picada do barbeiro, um inseto hematófago do gênero Triatomíneo. O T. cruzi penetra
no organismo do hospedeiro vertebrado por rupturas na pele ou pela mucosa da
boca e olhos, sendo a forma mais comum da transmissão, (Figura 1).3,4
Figura 1 - Foto do transmissor do protozoário Tripanossoma cruzi
As manifestações clínicas da doença de chagas podem ser divididas em três
fases: Fase aguda: normalmente é assintomática e dura cerca de dois meses após a
infecção. Na fase indeterminada, em que os indivíduos infectados podem
permanecer sem manifestar qualquer tipo de sintoma da doença por até 30 anos.
Nessa fase, o parasito fica acomodado nos tecidos de órgãos atingidos, como o
3
coração e o músculo digestivo. A fase crônica é diagnosticada pelas complicações
cardíacas e digestivas causadas por alterações na fisionomia anatômica do
miocárdio e do tubo digestivo. A picada desse inseto causa lesões na pele,
provocando um sinal característico da infecção. (Figura 2).5,6
É uma doença que pode ser fatal, pela forma com que se manifesta em nosso
organismo, pois, durante quase todo período de proliferação do parasito, é
assintomática.7
Figura 2 - Pessoa picada pelo vetor (esquerda), comparação de um coração sadio com um no
estágio crônico da doença de Chagas (direita)
O quadro de pessoas infectadas com doença de Chagas está em torno de 6
milhões na América Latina, região considerada endêmica. Especula-se que, cerca
de 70 milhões de pessoas estejam em risco de contrair a doença. Pelo levantamento
da OMS, essa doença causa 7000 mortes por ano e, menos de 1% da população
infectada recebem tratamento.8
Os países de maior incidência de contaminação são: os Estados Unidos, a
Argentina e o Chile. A preocupação agora também é com relatos do aumento de
contaminação de pessoas em áreas fora do alcance de proliferação do vetor, como
Canadá, Europa, Japão e Austrália, sendo a causa da transmissão transfusões de
sangue e transplante de órgãos.8
A doença de Chagas pertence ao grupo DTNs (Doenças Tropicais
Negligenciadas), pois afetam principalmente populações mais carentes que vivem
em áreas rurais e em regiões de conflito nos países em desenvolvimento. Há alguns
anos, houve uma queda no número de pessoas infectadas com esse protozoário.
Logo, a maioria da população infectada já estava no estágio crônico da doença.
4
Porém, atualmente casos de pessoas com a doença na fase aguda vêm crescendo,
principalmente na área da Amazônia Legal.9,10
Em 2015, o Ministério da Saúde, fez um levantamento sobre o histórico da
doença de Chagas aguda no Brasil, entre os anos de 2000 a 2013. Foram
confirmados, 1570 casos da doença, sendo a forma de transmissão mais
predominante a oral (1023 casos), seguida da congênita (329 casos),
vetorial (70 casos) e por outras formas de transmissão menos decorrentes (148
casos). As regiões com maior incidência de infecção foram norte e nordeste, e as de
menores números de casos nas regiões sul, centro-oeste e sudeste.11
1.1.2 Ciclo de vida do Tripanossoma cruzi
O ciclo de vida do protozoário (Figura 3) se inicia quando o vetor (1) se
alimenta do sangue do hospedeiro vertebrado, já contaminado ingerindo as formas
tripomastigotas sanguíneos (2), que são levados para o estômago do barbeiro e,
acabam assumindo a forma epimastigotas (3), as quais são digeridas. As formas
epimastigotas sobreviventes, vão para o intestino e começam a se multiplicar (4) e
se aderem pelo flagelo às membranas que são secretadas pelas células intestinais.
Em seguida, eles são levados para o intestino e assumem a forma de
tripomastigotas metacíclicos (5), sendo eliminados na urina ou fezes do vetor. O
hospedeiro é contaminado quando o vetor infectado elimina suas vezes e urina (6),
transmitindo o parasito na sua forma alongada (7) através de ferimentos ou
mucosas. Quando entram na corrente sanguínea, invadem uma gama de células
nucleadas (8) e são fagocitadas (9), assumindo a forma amastigota (10). Nesse
momento, uma multiplicação dessa forma acontece, podendo tomar conta do
citoplasma (11). Transformam-se na forma tripomastigota (12), que acabam
provocando a ruptura das células, devido a grande quantidade presente no interior
das mesmas (13). A ruptura pode ocorrer antes da transformação total de
amostigotas em tripomastigotas (14), sendo as duas formas responsáveis por
infectar outra gama células (15a e 15b).12
5
Figura 3 - Ciclo biológico do Tripanosoma cruzi
1.1.3. Quimioterapia para a doença de Chagas
Desde a década de 60, apenas dois medicamentos são responsáveis pelo
tratamento da doença de chagas: o nifurtimox (3-metil-N-[(5-nitro-2-furfuril) metileno]-
4-timorfolinoamina-1,1-dióxido) (1), comercializado pela farmacêutica Bayer e o
Benzonidazol (2-nitro-N-(fenilmetil)-1H-imidazol-1-acetamida) (2) atualmente
comercializado pelo Laboratório Farmacêutico de Estado de Pernambuco (LAFEPE),
(Figura 4). 11
HN
O
N
N
NO2
S N N
O NO2
O
O
(1) (2)
Figura 4 - Estruturas químicas do nifurtimox (1) e benzonidazol (2)
6
Esses compostos nitroderivados são pouco eficazes na fase crônica, e
apresentam melhor atividade na fase aguda. Diversos efeitos colaterais, também
são associados durante o tratamento de pacientes com esses fármacos. O
benzonidazol pode causar edema, febre, erupção cutânea, e da mesma forma, o
nifurtimox pode provocar perda de peso, erupção cutânea, psicose, náuseas,
vômitos, leucopenia, neurotoxicidade e anormalidades do tecido.13
O nifurtimox não é mais comercializado no Brasil e em outros países, devido
sua elevada toxicidade e pouca seletividade para combater o parasito.
O grupo nitro nas estruturas dos dois medicamentos é de grande importância
para o efeito tripanocida. O mecanismo de ação desses medicamentos (Esquema 1)
ocorre pela inibição e degradação da síntese do ADN, ARN e proteínas do parasito.
BenzonidazolR-NO2
R-NH2 R-NO / R-NHOH
Nitroredutases
proteínaslipídeos DNA
HO- + HO- O2- + H2O2
Fe3+HABER WEISS
NifurtimoxR-NO2
R-NO2-
nitro anion radical
NitroredutasesO2-
ciclo redox
O2SOD
2H+
Esquema 1 - Mecanismo de ação proposto para os fármacos Benzonidazol e Nifurtimox
Os quimioterápicos produzem metabólitos citotóxicos oxigenados altamente
reativos ou radicais livres. O grupo nitro presente nessas drogas é reduzido
formando o intermediário ânion nitro radicalar (R-NO2•-), que consequentemente,
forma hidroxiaminas correspondentes pela ação de enzimas do tipo nitroredutases.14
A ação dos medicamentos no parasito, acontece de formas distintas. Para o
Nifurtmox, o radical formado reduz o oxigênio molecular formando o íon superóxido,
e regenera o grupo nitro (ciclo redox). Esse íon é transformado em peróxido de
hidrogênio pela enzima superóxido dismutase, o qual forma o radical hidroxila
através da reação de Haber-Weiss, na presença dos íons Fe3+. O efeito tripanocida
é associado a este radical formado que age direto nos lipídeos, proteínas e ADN do
7
parasito, inibindo o ciclo de reprodução celular. Já para o benzonidazol, o efeito
tripanocida do nitro radicalar formado está associado com ligações covalentes em
macromoléculas do parasito.14
Com os efeitos colaterais destes dois medicamentos utilizados, e a resistência
de cepas desse protozoário, torna-se necessário a formulação de novos
medicamentos que atuem por diferentes modos de ação ou através de outros
mecanismos biológicos.
1.2 Isoxazóis
1.2.1 Importância e Relevância na Inovação de Fármacos
Azóis são compostos aromáticos heterocíclicos de cinco membros, que
contém um grupo azo e pelo menos mais um heteroátomo (N, S, O),
os quais apresentam poucas aplicações na indústria farmacêutica e
na síntese orgânica de moléculas complexas. Um grupo dessas
moléculas que tem ganhado atenção devida suas propriedades
biológicas, são os chamados isoxazóis (3) (Figura 5).15
Figura 5 - Isoxazol
Seu nome foi proposto pelo pesquisador Hantsch, e que tem a contagem de
átomos iniciada no oxigênio. Os compostos isoxazolínicos são utilizados como
intermediários na síntese de compostos como o muscimol (4) (Figura 6), que é um
potente e seletivo agonista para os receptores GABA (ácido 4-aminobutanóico,
principal neurotransmissor no sistema nervoso central).
Uma desordem nesses receptores está associada com
doenças como epilepsia, esquizofrenia e doença de
Huntington (afetando a coordenação muscular).15
Figura 6 - Muscimol
Os isoxazóis e seus derivados são considerados heterocíclicos de grande
importância, devido às suas propriedades biológicas, tais como agentes
antiiperglicêmicos, agentes antiproliferativos, antitumorais, potentes receptores
agonistas e antagonistas (estímulos provocados devido ao aumento ou diminuição
de atividade celular), antivirais, antimicrobiais, ulcerogênicos, dentre outros.16,17
Na Tabela 1 são apresentados alguns isoxazóis e suas aplicações.
1
2
34
5N
O
R1R2
R3
(3)
(4)
NO
OH
H2N
8
Tabela 1: Medicamentos comercializados com estrutura base dos isoxazóis.
Nome Estrutura Aplicação
Leflunomida18
(5)
F3C
NH
O
O
N
Indicado para artrite
reumatoide, inibindo a
destruição das articulações.
Cloxacilina19
(6)
NO
Cl
O
HN
NO
S
OHO
H
É um antibiótico do grupo das
penicilinas, agindo em bactérias
como Streptococcus pyogene
pneumoniae e Staphylococcus
aureus epidermidis.
Sulfisoxazol20
(7)
H2N S
O
O
NH
N
O
Possui atividade antibiótica
contra uma ampla gama de
bactérias Gram-positivas e
Gram-negativas.
Isocarboxazida21
(8)
HN
NH
O
ON
Eficaz no tratamento da
depressão e síndrome do
pânico.
Broxaterol22
(9)
NO
OHHN
Br
Indicados para o tratamento de
asma e outros distúrbios
pulmonares.
Sitaxentano23
(10)
NO
Cl
NH
SOO
S
O
O
O
É utilizado no tratamento da
hipertensão pulmonar.
9
Nestes exemplos, o isoxazol é importante pela atividade farmacológica e é
capaz de se envolver em interações doador/receptor em ligações de hidrogênio com
uma variedade de enzimas receptoras indisponíveis para outros sistemas
aromáticos.
1.2.2 Obtenção de isoxazóis 3,5-dissubstiuídos
.
Um grande desafio para o uso dessas abordagens é escolher condições
adequadas que direcionem seletivamente a reação com hidroxilamina em um dos
seus dois centros eletrofílicos.
Como neste trabalho o estudo é voltado para a síntese e aplicação de
moléculas isoxazolínicas 3,5-diarilsubstituídas, foi feito o levantamento apenas das
metodologias aplicadas para a obtenção dessa estrutura.
As principais reações para a obtenção dos compostos 3,5-diarilisoxazóis (11)
envolvem a utilização de chalconas (12) (cetonas α-β insaturadas), β-dicetonas (13),
flavonas (14) e a ciclocondensação de óxidos de nitrilas (15) com alcinos (16),
métodos esses largamente utilizados, (Esquema 2).24
(11)(12)
(13)
(14)
(15) (16)
NO
Ar1
Ar2
O
O O
O
O
+N O
Esquema 2 - Diferentes materiais de partida para obtenção dos isoxazóis
10
2 REVISÃO DAS METODOLOGIAS PARA SÍNTESE DOS ISOXAZÓIS
2.1 Principais métodos para obtenção dos isoxazóis
2.1.1 β-Dicetonas
Segundo Bandeira e colaboradores (1992), os efeitos estéricos e eletrônicos
dos substituintes no grupo aril das β-dicetonas, que reagem com o cloridrato de
hidroxilamina, tem grande influência na obtenção em maior proporção de um
isoxazol, ou até mesmo a formação de um único regioisômero. Em um estudo feito
por eles, foi possível observar que grupos arilas deficientes em elétrons na posição 3
formam um isômero em maior excesso.
Quando o meio neutro é atingido para promover a reação, os grupos arilas
ricos em elétrons proporcionam esse excesso. Outra observação foi a formação de
um único isômero, quando grupos arilas na posição 5 são muito substituídos,
principalmente na posição orto. Porém, os rendimentos de alguns isoxazóis
diminuíram drasticamente devido o grande efeito estérico, (Esquema 3).25
(17)(19)(18)
Ph Ph' Rend% (A) Razão Rend% (B) Razão Ar 4-OMeC6H4 71 60:40 67 60:40Ar 4-NO2C6H4 76 27:73 74 70:303-NO2C6H4 4-OMeC6H4 73 63:37 67 38:624 - NO2C6H4 4-OMeC6H4 85 73:23 66 40:604-OMeC6H4 Mesitil 48 100:0 35 100:03 - NO2C6H4 Mesitil 48 100:0 30 100:02 - NO2C6H4 Mesitil 8 100:0 - -
NO N
O
Ph
Ph'
Ph'
Ph+
Método A 1)HONH.HCl, MeOH, refluxo
2) HClconc.
Método BNH2OH/MeOH, refluxo
Ph
O O
Ph'
Esquema 3 - Estudo da influência dos substituintes na razão isomérica
2.1.2 Compostos carbonilados α-β insaturadas
As chalconas são cetonas α-β insaturadas, e são largamente utilizadas para a
obtenção de isoxazóis. Mokale e colaboradores (2014), sintetizaram os isoxazóis
11
utilizando uma gama de cetonas α,β-insaturadas (obtidas a partir de uma
acetofenonas e benzaldeídos em meio básico com etanol) com o cloridrato de
hidroxilamina em meio básico. Depois, inseriu nesses compostos um grupo de ácido
carboxílico através da reação com o ácido 2-cloro acético em meio básico
(Esquema 4).26
(21)(20)
(22) (23)
R1 R2 R3 R4 Rend. % Ph H OH OCH3 70,2Ph H CH2COOH OCH3 76,6 Ph OH H H 62,6 Ph CH2COOH H H 71,6 C7H7F H OH H 63,4 C7H7F H CH2COOH H 70,3
R1
O
(0,01 mol)
R2 R3
R4
O
R5
HONH2.HCl(0,01 mol)
KOH/MeOH(0,02 mol)
NOHONH2.HCl(0,01 mol)
KOH/MeOH(0,02 mol)HO HO
R5
R2R3
R4 NO
R1
Comp. R5 Rend. %
23a C8H10O 69,523b C7H7Cl 63,123c C5H6O 60,8
Comp.
21a21b21c21d21e21f
Esquema 4 - Metodologia para obtenção dos isoxazóis 3,5-dissubstituídos
Os rendimentos obtidos foram razoáveis, e essas moléculas foram testadas
quanto a sua atividade como hipolipidêmico in vivo, com bons resultados.
2.1.3 Flavonas
As flavonas reagem facilmente com o cloridrato de hidroxilamina. No estudo
desenvolvido por Aitmambetov, Khilya, Kubzheterova (2000), os hidroxi-isoxazóis e
seus derivados foram obtidos através de flavonas com diferentes substituintes,
reagindo com o cloridrato de hidroxilamina na presença de piridina (Esquema 5).27
12
(26)(25)(24)
O
O
R1
R2
R3
Comp. R1 R2 R3 Rend. %
25a H Me H 5325b H H Cl 7125c H H H 3125d H Me Me 6325e Cl H Cl 6925f H OMe H 6725g H H NO2 73
HONH2.HCl18 mmol
piridina, 110 ºC10 hs
OH
R1
R2
R3
N
O
OH
R1
R2
R3
O
N+
Não é formado
Esquema 5 - Rota sintética para obtenção dos isoxazóis
Eles observaram que se a reação for mantida em refluxo, uma mistura
isomérica é obtida para todos os compostos. Os melhores resultados obtidos, foram
aqueles em que os substituintes do aromático eram grupos retiradores de densidade
eletrônica. Segundo eles, o isômero obtido preferencialmente é aquele em que o
átomo de oxigênio do anel de cinco membro está mais próximo da hidroxila do que o
átomo de nitrogênio.27
2.1.4 Cicloadição
Reações de óxidos de nitrila (27) com alcenos (28) (com subsequente
aromatização oxidativa ou espontânea) e também com alcinos (29) promovem a
formação de isoxazóis substituídos (30). Uma reação lateral observada é a
cicloadição com dipolarófilos formando dímeros de furoxans (31) (Esquema 6). A
proporção entre estes dois processos é determinada pela reatividade do dipolarófilo
e fatores estéricos. Os óxidos de nitrila geralmente são gerados in situ pelos
seguintes métodos: desidroalogenação (1), oxidação de aldoximas (2) ou
desidratação de nitroalcanos primários (3).28
13
(27)
(28)
(29)
(30)
(31)
R1
N
H
(X)
OH
R1
N
X
OHBase
-HXR1 N O
O2N R1
-H2O
Ox.
R1
N
H
OH
NNO
R1 R1
ON
O
R1
NO
R1
R2R2
R2
Ox.
R2
(X) Agente de halogenação, X (halogênio), Ox (oxidante)
(1) (2)
(3)
Esquema 6 - Formação de isoxazóis substituídos pelas reações de óxidos de nitrila com alcenos e
alcinos.
Cicloadição de oxidos de nitrila, gerado através da desidroalogenação de
cloretos de N-hidroximidoil (32) sob condições ácidas, para alcinos terminais (29), é
na maioria das vezes altamente regiosseletiva para a formação dos isoxazóis 3,5-
dissubstituídos (30). Para formar preferencialmente esses compostos, catalisadores
de cobre (33) vêm sendo utilizados, (Esquema 7).28
(33)
(32)
R1
NOH
Cl+ R2
1) CuSO4.5H2O(0,2 mol%),
KHCO3, H2O - n-BuOH (1:1),
20 ºC, 14 h
2)
OO
OH
ONaHO
HO(10 mol%)
NO
R1
R2
(29)(30)
Esquema 7 - Formação de isoxazóis 3,5-dissubstituídos pela cicloadição de óxidos de nitrila
14
2.2 Moléculas bioativas contra T.Cruz
Sabe-se que, alguns estudos têm sido desenvolvidos para avaliar o efeito de
quimioterápicos na inibição da multiplicação celular do Tripanossoma cruzi, sem
afetar de forma agressiva as células dos hospedeiros. Porém, poucos são levados
adiante para testes in vivo, devido a elevada toxicidade para as células dos
hospedeiros, tornado assim o desenvolvimento de um tratamento eficaz mais
complicado.
O presente levantamento bibliográfico, relata alguns importantes trabalhos
envolvendo a síntese de moléculas que contém como base a estrutura de um
heterocíclico de cinco membros, e a aplicação desses compostos em testes de
atividade anti T. cruzi, sobre as formas infectantes amastigotas ou tripomastigotas
sanguíneos e ensaios de citotoxicidade em células de mamíferos, com intuito de
desenvolver novos fármacos para combater o Tripanossoma cruzi. Os resultados
das atividades são expressos em valores de IC50 (concentração dos compostos que
matam 50% dos parasitos). Foi dada ênfase aos estudos relacionados a essas
moléculas, pois o foco deste estudo é a síntese e aplicação de isoxazóis.
2.2.1 1,2,4-Oxadiazóis
Pelo fato dos 1,2,4-oxadiazóis terem estruturas relacionadas com agentes
antitripanossomicidas, Filho e colaboradores (2009), sintetizaram e avaliaram o
potencial dos compostos 3-(4-aril-substituído)-1,2,4-oxadiazóis (34) contra a forma
infectante tripomastigota do T. cruzi. A citotoxicidade dos compostos foi testada em
células do sistema imunológico de um hospedeiro vertebrado. (Figura 7).29
15
(35)(34)
Comp. R1 IC50 tripo (µM) Citotox.(µM) Comp. R2 IC50 tripo (µM) Citotox.(µM)
34a H 3,6 33,0 35a H 35,7 33,034b Me 3,9 11,0 35b Me 17,9 <1,1 - - 35c NO2 21,3 <1,1 - - 35d OCH3 32,5 33,0 - - 35e Cl 21,7 <1,1Bnz 5,0 100,0
R1
N
ONO
HN N
H
NHCOCH3
R2
N
ONO
HN N
H
OH
Figura 7 - Resultados de IC50 e citotoxicidade da aplicação das moléculas 1,2,4-oxadiazóis na
atividade anti T. cruzi
As moléculas foram obtidas pela condensação entre hidroxibenzimidamidas
com o metil-2-cloro-2-oxoacetato, seguida da reação intramolecular com derivados
de benzaldeídos substituídos. Os compostos 34a e 34b, apresentaram melhores
resultados de IC50 e de citotoxicidade que o padrão benzonidazol. Os outros
compostos 35a a 35e foram menos ativos que o fármaco de referência
benzonidazol, mas os compostos 35a e 35d apresentaram melhor atividade. O
grupo amida tem grande influência na atividade dos compostos 34a e 34b, quando
comparado com seus derivados 35a e 35b. Outra influência são a dos grupos
fortemente retiradores e doadores, que diminuem a atividade quando comparado do
35a ao 35e.29
2.2.2 Derivados de nitroftalazinas
Olmo e colaboradores (2015), sintetizaram e testaram in vitro contra as
formas amastigota e tripomastigota do T. cruzi, derivados de nitroftalazinas (36),
baseados nas estruturas dos fármacos benzonidazol e nifurtimox. Para avaliar a
citotoxicidade sobre as células do hospedeiro vertebrado, foi utilizada a linhagem
celular Vero (Figura 8).30
16
(36a)
Compostos IC50 amast. (µM) Citotox.(µM) IC50 tripo (µM) Citotox.(µM)
36a 8,76 17,4 11,0 13,9 36b 4,0 28,2 6,1 18,536c 23,5 12,7 27,1 11,0Bnz 23,3 0,6 22,4 0,6
N
N
NO2HN
Cl
N N
N
N
NO2HN
Cl
N
NH
N
N
HN
Cl
N
NH
NO2
(36b) (36c)
Figura 8 - Resultados de aplicação das moléculas imidazol e derivados no nitroftalazinas das formas
amastigota e tripomastigota do Tripanosoma cruzi
As moléculas foram obtidas pela condensação entre o 1,4-dicloro-5-
nitroftalazina e um derivado do imidazol. A posição em que o imidazol é adicionado
interfere na atividade, assim como a posição do grupo NO2, que diminui a atividade e
seletividade quando está distante do grupo imidazol. Alguns valores de IC50 foram
satisfatórios, uma vez que, foram bem abaixo que o medicamento padrão, porém, os
mesmos apresentaram maior toxicidade que o benzonidazol.30
2.2.3 Nitro-isoindóis
Muro e colaboradores (2014), sintetizaram e avaliaram compostos 3-alcoxi-1-
alquil-5-nitro-isoindóis (37), com base no fato de que os heterocíclicos com grupo
NO2 aumentam a seletividade dos compostos, em estudos anteriores realizados por
ele e seus colaboradores, (Figura 9).31
17
(37a)
Compostos IC50 amast. (µM) Citotox.(µM) IC50 tripo (µM) Citotox.(µM)
37a 14,1 13,7 12,0 16,1 37b 16,6 12,9 14,5 14,737c 27,9 3,7 20,7 4,2 Bnz 23,3 0,6 16,4 0,8
NN
NN
Me
OBnO2N
O2NO
O
NMe
ONN
OO2N
NN
OBnO2N
O
H2N
(37b) (37c)
Figura 9: Resultados da aplicação das moléculas 3-alcoxi-1-alquil-5-nitroindazóis das formas
amastigota e tripomastigota do Tripanosoma cruzi
Essas moléculas foram obtidas pela alquilação dos derivados do 1-metil-5-
nitroindazol. Todas as moléculas apresentaram maiores níveis de toxicidade do que
o padrão Benzonidazol. Os valores de IC50 foram razoáveis.
2.2.4 Tiazóis
Na pesquisa desenvolvida por Caputto e colaboradores (2012), uma série de
novos composto 4-ariltiazolilo-idrazonas (38) (Figura 10) foram sintetizados a partir
de indanonas por irradiação de micro-ondas. As moléculas foram caracterizadas e
avaliadas quanto a atividade antichagásica in vitro, contra as formas tripomastigota e
amastigota do parasito, utilizando a linhagem de células Vero. Os quatro derivados
de tiazol apresentados (Figura 10) mostraram atividades superiores ao do
benzonidazol para a forma infectante tripomastigota.32
(38)
Comp. R1 R2 R3 R4 IC50 tripo (µM)
38a H H Me Me 17,24 38b H H Me Cl 20,01 38c H H OMe Cl 19,72 38d Me H H H 22,74 Bnz 30,26
NHN
S
NR1
R2
R3
R4
Figura 10 - Resultados da aplicação das moléculas 4-aril tiazolilo hidrazona da forma tripomastigota
do Tripanossoma cruzi
18
Os resultados mostraram que os substituintes metílicos do composto 38a
podem ter sido responsáveis pelo aumento da atividade desse composto.32
Essas moléculas mais seletivas foram avaliadas contra a forma amastigota do
protozoário, e as três primeiras apresentaram excelentes resultados com valores de
IC50 iguais a 0,72, 0,09 e 0,84 µM, respectivamente, sendo que o composto 38b
apresentou o menor, tornando-se um fármaco em potencial para teste in vivo.32
A avaliação da citotoxicidade mostrou que essas moléculas provocaram morte
celular numa concentração de 100,00 µM, bem próxima a do Benzonidazol,
89,79 µM.32
2.2.5. Derivados de 3-nitrotriazóis
Papadopoulou e colaboradores (2011), apresentaram um estudo sobre uma
variedade de derivados 3-nitro-1H-1,2,4-triazóis (39) com aplicações anti T. cruzi.
Eles realizaram a síntese de derivados de triazóis (3-Nitro-1H-1,2,4-triazol alifáticos),
partindo-se de aminas primárias, as quais reagiram com o cloreto de cloroacetil e,
em seguida, reagiram com o 3-nitro-1,2,4-triazóis. As amidas aromáticas obtidas
foram testadas para analisar o potencial antichagásico,
(Figura 11).33
(39)
Comp. R1 IC50 (µM) IS Citotox. ( IC50 (µM))
39a C6H5O 0,065 1416 92 39b 4 - ClC6H4O 0,008 3615 2939c 4 - FC6H4O 0,036 1954 70 39d 4 - ClC6H4 0,045 2797 126 39e C6H5 0,180 252 45 39f C6H5CH2 0,06 528 36 39g C6H5CH2O 0,028 2415 68Bnz 2,15 50 100
N
NN NO2
O
NH
R
Figura 11 - Resultados da aplicação das moléculas derivadas de triazóis da forma amastigota do
Tripanosoma cruzi
Os derivados de 39a a 39g foram mais ativos do que o fármaco de referência,
o Bnz (IC50 Bnz 2,15 µM). Claramente, a presença de grupos substituintes no
aromático (39b, 39c e 39d) e a presença de átomos de oxigênio (39a e 39g)
aumentam o potencial dos compostos. Eles também apresentaram índice de
19
seletividade superiores a 50, sendo indicados para ensaios de atividade
antichagásica in vivo.33
2.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesse levantamento, foi possível verificar a dificuldade em se obter moléculas
que sejam, ao mesmo tempo, ativas e mais seletivas que o benzonidazol. Apenas no
estudo de Papadopoulou e colaboradores (2011), as moléculas apresentaram
melhores atividades e foram altamente seletivas.
Nos outros estudos citados na revisão dessa dissertação, os resultados são
promissores. Isso indica que esses compostos apresentam grande capacidade de se
tornarem potenciais fármacos para combater o parasito transmissor da doença de
Chagas.
Os compostos aromáticos têm destaque na busca de novos fármacos que
interajam com o DNA dos parasitos transmissores de inúmeras doenças, pelo fato
de apresentarem essa característica e por possuírem grande capacidade
antimicrobiana.
Tendo em vista que os isoxazóis são heterocíclicos aromáticos, que seus
derivados têm se tornado importantes, graças às propriedades biológicas e, que
medicamentos com essas estruturas já são comercializados, torna-se de grande
relevância aplicar essas moléculas contra o parasito T. cruzi, uma vez que elas são
obtidas através de três intermediários sintetizados de forma simples, e que nunca
foram avaliados para tal fim.
O teste antichagásico deste trabalho foi realizado in vitro, contra as formas
amastigotas e tripomastigotas da cepa Tulahuen (modificada em laboratório para
realização de testes contra o T.cruzi), a forma epimastigota foi desconsiderada uma
vez que os estudos já estão defasados e nesse estágio, ele se encontro no vetor e
não no hospedeiro.
20
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
Como compostos heterocíclicos são promissores para o tratamento da
doença de Chagas e, que os isoxazóis são potenciais antimicrobianos e
antifungicidas, tem-se como objetivo geral desse estudo sintetizar uma quantidade
considerável de moléculas 3,5-diarilisoxazóis não simétricos (Esquema 8).
3.2 Objetivos específicos
Sintetizar uma gama de isoxazóis 3,5-diarilsubstituídos com bons
rendimentos.
Avaliar a aplicabilidade das moléculas de forma preliminar como
antimicrobianos.
Avaliar uma possível ação tóxica desses isoxazóis nas células do parasito
Tripanosoma cruzi nas formas amastigota e tripomastigota e a menor
concentração para tal efeito também de forma preliminar.
R
O
Cl+
1) Piridina, 3 hs, t.a.
2) HCl 3,0 M
O
O
RO
O
OH
R2
R1 1) Piridina, KOH 30min50,0 ºC
2) CH3COOH 10%
R
OH
O O
R1
R2
CH3COOH, H2SO4cat.
60min, 100,0 ºC
O
O
R
R1
R2
NOR
OH Piridina, H2NOH.HCl12hs, 110,0 ºC
R1
R2
1) K2CO3, , C6H5CH2BrAcetona
24hs, 60,0 ºC
NOR
O
R1
R2
Ph
R R1 R2 4-MePh 4-OMePh Ph 4-ClPh 4-FPh 3,4,5-(OMe)3Ph Furano 3-NO2Ph Ph 3,4,5-(OMe)3Ph 4-ClPh 4-OMePh
R R1 R2Ph4-OMePh4-FPh3,4,5-(OMe)3Ph4- ClPh3-NO2PhFuranoPh4-FPh3,4,5-(OMe)3Ph3-NO2PhC4H3O
H HH HH HH HH HH HH HH HClClClClClClClCl
Cl HCl HCl HCl HCl HCl HCl HOMeHOMeHOMeHOMeHOMeH
(40) (41) (42)
(43)(44)(45)
Esquema 8 – Rota sintética para a obtenção dos isoxazóis 3,5-dissubstituídos
21
4- PARTE EXPERIMENTAL
Para a cromatografia em camada delgada (CCD) foi utilizada a placa de sílica
gel 60G. Após a eluição, elas foram observadas sob a lâmpada ultravioleta
(λ = 254 nm). As purificações dos produtos finais foram realizadas por coluna
cromatográfica utilizando a sílica gel 60 (70-230 mersh) como fase estacionária. As
purificações dos intermediários (ésteres, β-dicetonas e flavonas) foram realizadas
pela recristalização com metanol. As temperaturas de fusão foram determinadas em
aparelho büchi Melting Point B-540.
4.1 Técnicas utilizadas para a caracterização dos compostos
Os espectros de Ressonância Magnética Nuclear de hidrogênio e carbono
foram registrados em espectrômetros Bruker Avance 300 MHz (Departamento de
Química, UFV), Bruker 400 MHz e 500 MHz (Departamento de Química, UNICAMP),
Bruker Avance DRX 400 MHz e Bruker Avance DPX 200 MHz (Departamento de
Química, UFMG). Os compostos foram solubilizados nos solventes clorofórmio
deuterado e dimetilsufóxido-d6. Os espectros de massas foram obtidos em um
equipamento Shimadzu CG/MS-QP2010 Plus, e os espectros no Infravermelho
foram obtidos no equipamento Varian 640-IR acoplado com MIRacle ATR FTIR
Spectrometers, ambos multiusuários da UFOP.
4.2 Procedimentos de síntese e dados de caracterização
4.2.1Síntese dos Isoxazóis e seus Intermediários
Todos os compostos sintetizados foram numeradas de forma a facilitar a
comparação dos átomos nas diferentes estruturas e, não de acordo com a
nomenclatura da IUPAC, (Figura 12).
22
(41)(40) (42)
(43) (45)(44)
1
234
56
O
OH
Cl
Cl
OH
O O
1
2
1'2'
1''3
1-(2-hidroxifenil)-1''-fenilpropano-1,3-diona
12
1'
3
45
1''
NOOH
1''-(3-fenil)isoxazol-5-il)fenol
12
1'2'
34
3'
4'
5
6
O
O
O 1''
2-(4-metoxifenil)-4H-croman-4-ona
3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona
O
O
O
1
2
1-acetilfenil benzoato
5-(2'-(benziloxi)fenil)-3-(4-metilfenil)
12
1'
3
45
1''
NOOPh2'
Figura 12 – Numeração das moléculas correspondente às nomenclaturas
As metodologias utilizadas para a síntese de todos os compostos, desde as
hidroxiacetofenonas aos isoxazóis alquilados, estão descritos na literatura. 34, 35, 36, 37,
38, 39, 40
4.2.2 Síntese da 3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona (40)
Em um balão de fundo redondo (100,0 mL) foram adicionados o 2,4-
diclorofenol (3,30 g; 20,37 mmol), o anidrido acético (2,80 mL; 30,55 mmol) e ácido
acético glacial (20,0 mL) como solvente. Inicialmente, foi promovida a agitação da
mistura reacional, à temperatura ambiente, e em seguida, foi adicionado o ácido
sulfúrico em quantidade catalítica (0,5 mL). Posteriormente, o balão foi transferido
para um banho de óleo a 90,0 ºC, durante 6 horas. Após o período reacional, foi
adicionada uma solução saturada de NaHCO3 (50,0 mL) sendo feita a extração
líquido-líquido com água destilada (30,0 mL) e AcOEt (2 x 30,0 mL). As fases
orgânicas reunidas foram secas com Na2SO4 anidro, filtradas, e o solvente
foi evaporado no rotaevaporador resultando em um óleo incolor (3,5 g em
rendimento de 75,0 %). O óleo obtido foi utilizado sem purificação (3,40 g;
15,5 mmol) para reagir com o AlCl3 (2,0 g; 15,1 mmol). Essa mistura reacional foi
mantida sob agitação constante à temperatura de 160 ºC por 30 minutos. Após esse
23
tempo, foi adicionada uma solução de HCl 6M (20,0 mL) à mistura reacional, que foi
mantida em agitação por 30 minutos, sendo formado uma sólido branco que foi
filtrado a vácuo e recristalizado com uma solução de metanol/água (1:1).
Rendimento: 2,8 g (88,6 %)
Características: sólido branco
Tf: 95,1 – 100,0 °C (Lit. = 95,0°C)41
CCD: Rf = 0,6 (30,0 % de AcOEt/Hex)
12
78
34
5
6
1'
O
OH
Cl
Cl
RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ = 2,6 (s, 3 H, H-1); 7,6 (d, J = 2,4 Hz, 1H, H-6);
7,6 (d, J = 3 Hz, 1H, H-4); 12,7 (sl, 1H, OH) sl = simpleto largo
RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ = 26,82 (C-1); 120,61 (C-3); 123,33 (C-7); 123,98
(C-5); 128,47 (C-6); 135,91 (C-4); 156,84 (C-8); 203,42 (C-2)
EM m/z: 204 (40%), 189 (100%), 133 (30%), 97 (20%)
4.2.3 Síntese dos ésteres (41)
Em um balão de fundo redondo (50,0 mL) foram adicionados a
hidroxiacetofenona (1,0 equivalente) e a piridina (8,0 mL) como base, sendo
promovida a agitação durante 5 minutos antes de adicionar o cloreto de benzoíla
(1,5 equivalente) em banho de gelo. Após esse processo, a mistura reacional foi
deixada em temperatura ambiente no período de 1-3 horas e acompanhada por
CCD. Após o período reacional, foi adicionado ao balão, uma solução de HCl 3,0 M
(30,0 mL) e um pouco de gelo, que levaram a formação dos sólidos. Os ésteres
formados foram filtrados a vácuo, e recristalizados em metanol a quente.
Para os compostos 41p, 43p e 45p não foi possível calcular o valor de
acoplamento de todos C-F, pois foram acumuladas varreduras insuficientes para
fornecer um espectro com uma relação sinal-ruído adequado para o cálculo do
acoplamento C-F .
24
Nome: 4-metilbenzoato de 1-acetilfenil (41a)
Reagentes: Hidroxiacetofenona (10,0 mmol) e
cloreto de 4-metilbenzoíla (15,0 mmol)
Rendimento: 2,5 g (100,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 84,4 – 85,0 °C (Lit. = 99,0 – 109,0 °C)42
CCD: Rf = 0,8 (30,0 % de AcOEt/Hex)
O
O
O
12
78
34
5
6
9
14
13
12
1110
RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ = 2,5 (s, 3H, H-14); 2,5 (s, 3 H, H-1); 7,2 (d, J = 9
Hz, 1H, H-7); 7,3 – 7,4 (m, 3H, H-5 e H-12); 7,6 (t, J = 9 Hz, 1H, H-6); 7,9 (d, J = 6
Hz, 1H, H-4); 8,1 (d, J = 9 Hz, 2H, H-11)
RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ = 22,0 (C-14); 30,2 (C-1); 124,2 (C-7) 126,3 (C-
5); 129,7 (C-12); 129,8 (C-10); 130,5 (C-3); 130,6 (C-11); 130,9 (C-4); 133,6 (C-6);
145,0 (C-13); 149,7 (C-8); 185,4 (C-9); 197,9 (C-2)
EM m/z: 119 (100%); 91 (40%)
Nome: 4-metoxibenzoato de 1-acetilfenil (41b)
Reagentes: Hidroxiacetofenona (10,0 mmol) e
cloreto de 4-metoxibenzoíla (15,0 mmol)
Rendimento: 2,7 g (100,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 106,0 -106,5 °C (Lit. = 115,0 – 116,0 °C)43
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % de AcOEt/Hex)
O
O
O
12
78
34
5
6
9
1413
12
1110
O
RMN 1H ppm (500 MHz, CDCl3): δ = 2,6 ppm (s, 3 H, H-1); 3,9 ppm (s, 3H, H-14);
7,0 ppm (d, J = 9 Hz, 2H, H-12); 7,3 ppm (d, J = 10 Hz, 1H, H-7); 7,4 ppm
(t, J = 8 Hz, 1H, H-5); 7,6 ppm (t, J = 10 Hz, 1H, H-6); 7,9 ppm (d,
J = 8 Hz, 1H, H-4), 8,2 ppm (d, J = 9 Hz, 2H, H-11)
RMN 13C ppm (125 MHz, CDCl3): δ = 29,9 (C-1); 55,58 (C-14); 114,0 (C-12) 121,5
(C-10); 123,9 (C-7); 126,0 (C-5); 130,2 (C-6); 131,6 (C-3); 132,5 (C-11); 133,3 (C-4);
149,5 (C-8); 164,1 (C-13); 164,8 (C-9); 197,7 (C-2)
EM m/z: 135 (100%); 107 (10%); 92 (10%); 77 (40%)
25
Nome: benzoato de 1-acetilfenil (41c)
Reagentes: Hidroxiacetofenona (6,6 mmol) e
cloreto de benzoíla (9,9 mmol)
Rendimento: 1,6 g (100,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 87,0 – 88,0 °C (Lit. = 88,0 – 89,0 °C)44
CCD: Rf = 0,7 (30,0 % de AcOEt/Hex)
O
O
O
12
78
34
5
6
9
13
12
1110
RMN 1H ppm (500 MHz, CDCl3): δ = 2,6 (s, 3 H, H-1); 7,3 (d, J = 8 Hz, 1H, H-7); 7,4
(t, J =7,5 Hz, 1H, H-5); 7,57 (t, J = 8,5 Hz, 2H, H-12); 7,6 (t, J = 8 Hz, 1H, H-6); 7,7 (t,
J = 7,5 Hz, 1H, H-13); 7,89 - 7,91 (d, J = 6,5 Hz, 1H, H-4); 8,3 (d, J = 8,5 Hz, 2H, H-
11)
RMN 13C ppm (125 MHz, CDCl3): δ = 29,8 (C-1); 123,9 (C-7); 126,2 (C-5) 128,7 (C-
12); 129,3 (C-3); 130,3 (C-6); 130,4 (C-11); 131,4 (C-10); 133,5 (C-13); 133,9 (C-4);
149,4 (C-8); 165,2 (C-9); 197,6 (C-2)
EM m/z: 240 (3%), 105 (100%), 77 (70%)
Nome: 4-clorobenzoato de 1-acetilfenil (41d)
Reagentes: Hidroxiacetofenona (10,0 mmol) e
cloreto de 4-clorobenzoíla (15,0 mmol)
Rendimento: 2,8 g (100,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 89,0 °C (Lit. = 90,0 – 93,0 °C)44
CCD: Rf = 0,6 (30,0 % de AcOEt/Hex)
O
O
O
12
78
34
5
6
9
13
12
1110
Cl
RMN 1H ppm (500 MHz, CDCl3): δ = 2,5 (s, 3 H, H-1); 7,4 (d, J = 8 Hz, 1H, H-7); 7,5
(t, J = 8 Hz, 1H, H-5); 7,6 (d, J = 8,5 Hz, 1H, H-6); 7,7 (d, J = 8,5 Hz, 2H, H-12); 7,9
(d, J = 8,5 Hz; 1H, H-4); 8,1 (d, J = 8,5 Hz, 2H, H-11);
RMN 13C ppm (125 MHz, CDCl3): δ = 29,9 (C-1); 124,5 (C-7); 127,0 (C-5); 129,2 (C-
6); 129,6 (C-12); 131,1 (C-4); 131,6 (C-10); 132,2 (C-11); 134,2 (C-3); 139,5 (C-13);
148,9 (C-8); 164,3 (C-9); 197,9 (C-2)
EM m/z: 274 (5%); 139 (100%); 111 (40%); 75 (30%)
26
Nome: 4-fluorobenzoato de 1-acetilfenil (41e)
Reagentes: Hidroxiacetofenona (2,5 mmol) e
cloreto de 4-fluorbenzoíla (3,7 mmol)
Rendimento: 0,3 g (50,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 164,4 – 168,0 °C
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % de AcOEt/Hex)
O
O
O
12
78
34
5
6
9
13
12
1110
F
RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ = 2,5 (s, 3 H, H-1); 7,2 – 7,3 (m, 3H, H-7; H-2);
7,4 (t, J = 7,2 Hz; 1H, H-5); 7,6 (t, J = 7,8 Hz; 1H, H-6); 7,9 (d,
J = 7,8 Hz, 1H, H-4); 8,3 (d, J = 8,4 Hz; 2H, H-11)
RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ = 29,6 (C-1); 116,1 (d, JC-F= 24 Hz; C-12); 123,9
(C-7); 125,6 (d, JC-F= 3 Hz; C-10); 126,3 (C-5); 130,4 (C-6); 131,0 (C-3); 133,0 (d, JC-
F= 9 Hz; C-11); 133,5 (C-4); 149,2 (C-8); 164,2 (C-9); 166,2 (d, JC-F= 254,25 Hz; C-
13); 197,5 (C-2)
Nome: 3,4,5-trimetoxibenzoato de 1-acetilfenil (41f)
Reagentes: Hidroxiacetofenona (5,8 mmol) e cloreto de
3,4,5-trimetoxibenzoíla (8,7 mmol)
Rendimento: 1,9 g (100,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 125,0 – 126,0 °C (Lit. = 108,0 °C)45
CCD: Rf = 0,6 (30,0 % de AcOEt/Hex)
O
O
O
12
78
34
5
6
10 14
13
12
9 11
15O
O
O
RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ = 2,5 (s, 3 H, H-1); 3,9 (s, 9 H, H-14; H-15); 7,2
(d, J = 8,1 Hz, 1H, H-7); 7,4 (t, J = 5,7 Hz, 1H, H-5); 7,5 ppm (s, 2H, H-11); 7,6 (t, J =
7,5 Hz, 1H, H-6); 7,9 (d, J = 7,8 Hz, 1H, H-4)
RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ = 29,7 (C-1); 56,3 (C-14); 60,9 (C-15); 107,4 (C-
11); 123,9 (C-7) 124,1 (C-10); 126,2 (C-5); 130,3 (C-3); 131,1 (C-4); 133,5 (C-6);
142,9 (C-13); 149,3 (C-8); 153,1 (C-12); 164,8 (C-9); 197,7 (C-2)
EM m/z: 330(3%), 195 (100%), 109 (5%)
27
Nome: furan-2-carboxilato de 1-acetilfenil (41g)
Reagentes: Hidroxiacetofenona (10,0 mmol) e
cloreto de 2-furoíla (15,0 mmol)
Rendimento: 2,4 g (100,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 89,5 - 90,0 °C (Lit. = 90,0 – 92,0 °C)46
CCD: Rf = 0,6 (30,0 % de AcOEt/Hex)
O
O
O
12
78
34
5
6
10 13
12
9
11
O
RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ = 2,5 (s, 3 H, H-1); 6,59 – 6,61 (m, 1 H, H-12);
7,2 (d, J = 9 Hz, 1H, H-7); 7,3 (t, 1H, H-5); 7,4 (d, J = 3,3 Hz; 1H, H-11); 7,6
(t, J = 9 Hz, 1H, H-6); 7,67 – 7,68 (m, 1H, H-4); 7,8 (d, J = 7,8 Hz; 1H, H-13)
RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ = 29,8 (C-1); 112,4 (C-12); 120,0 (C-11); 123,8
(C-7); 126,4 (C-5) 130,3 (C-6); 131,1 (C-3); 133,4 (C-4); 143,7 (C-10); 147,5 (C-13);
148,4 (C-8); 156,6 (C-9); 197,5 (C-2)
EM m/z: 135 (100%); 107 (30%); 92 (30%)
Nome: 3-nitrobenzoato de 1-acetilfenil (41h)
Reagentes: Hidroxiacetofenona (5,0 mmol) e
cloreto de 3-nitrobenzoíla (7,5 mmol)
Rendimento: 1,5 (100,0 %)
Características: sólido marrom claro
Tf: 77,7 – 78,0 °C (Lit. = 99,0 – 125,0 °C)47
CCD: Rf = 0,7 (30,0 % de AcOEt/Hex)
O
O
O
12
78
34
5
6
10
14
13
129 11
15
NO2
RMN 1H ppm (500 MHz, CDCl3): δ = 2,6 (s, 3 H, H-1); 7,3 (d, J = 8 Hz, 1H, H-7); 7,5
(t, J = 8,5 Hz, 1H, H-5); 7,7 (t, J = 8 Hz; 1H, H-14); 7,8 (t, J = 8 Hz; 1H, H-6); 7,9 (d, J
= ,5 Hz, 1H, H-4); 8,52 – 8,57 (m, 2H, H-13; H-14); 9,1 (s, 1H, H-11)
RMN 13C ppm (125 MHz, CDCl3): δ = 29,1 (C-1); 123,9 (C-7); 125,3 (C-5) 126,7 (C-
14); 128,0 (C-6); 129,9 (C-4); 130,2 (C-3); 130,8 (C-15); 131,3 (C-10); 133,9 (C-13);
135,9 (C-11); 148,4 (C-12); 148,9 (C-8); 163,4 (C-9); 197,3 (C-2)
EM m/z: 285(5%), 270 (3%), 150 (100%), 104 (70%)
28
Nome: 3,4,5-trimetoxibenzoato de 1-acetil-4,6-
diclorofenil (41j)
Reagentes: 3,5 – dicloro-2-hidroxiacetofenona
(1,0 mmol) e 3,4,5-trimetoxicloreto de benzoíla
(1,1 mmol)
Rendimento: 0,3 g (77,7 %)
Características: sólido branco
Tf: 123,5 – 124,1°C
CCD: Rf = 0,6 (30,0 % AcOEt/Hex.)
O
O
O
12
78
34
5
6
10 14
13
12
9 11
15O
O
O
Cl
Cl
RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 2,5 (s, 3H, H-1); 3,9 (sl, 9H, H-14; H-15); 7,5 (s,
2H, H-11); 7,7 (d, J = 3,3 Hz; 1H, H-6); 7,7 (d, J = 8 Hz; 1H, H-4)
RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 29,6 (C-1); 56,3 (C-14); 60,9 (C-15); 107, 8 (C-
11); 122,9 (C-10); 128,4 (C-4) 130,1 (C-7); 132,1 (C-5); 133,3 (C-3); 134,1 (C-6);
143,5 (C-13); 144,5 (C-8); 153,2 (C-12); 163,4 (C-9); 195,3 (C-2);
EM m/z: 195 (100%); 152 (10%)
Nome: 4-metoxibenzoato de 1-acetil-3,5-diclorofenil
(41m)
Reagentes: 3,5 – dicloro-2-hidroxiacetofenona
(0,9 mmol) e cloreto de 4-metoxibenzoíla
(1,3 mmol)
Rendimento: 0,24 g (83,0%)
Características: sólido branco
Tf: 74,0 – 86,0 °C (Lit. = 107,0 °C)48
CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)
O
O
O
12
78
34
5
6
10
1413
12
9 11
O
Cl
Cl
RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 2,5 (s, 3H, H-1); 3,9 (s, 3H, H-14); 7,0 (d,
J = 8 Hz; 2H, H-12); 7,6 (d, J = 3 Hz; 1H, H-6); 7,7 (d, J = 3 Hz; 1H, H-4);
8,2 (d, J = 8 Hz; 2H, H-11)
RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 29,8 (C-1); 55,6 (C-14); 114, 2 (C-12); 120,4 (C-
10); 128,3 (C-6); 130,1 (C-3); 131,9 (C-7); 132,7 (C-11); 133,2 (C-4); 134,4 (C-5);
144,8 (C-8); 163,4 (C-13); 164,5 (C-9); 195,4 (C-2)
EM m/z: 135 (100%); 107 (10%); 92 (10%)
29
Nome: benzoato de 1-acetil-5-clorofenil (41n)
Reagentes: 5-cloro-2-hidroxiacetofenona
(2,9 mmol) e cloreto de benzoíla (4,4 mmol)
Rendimento: 0,76 g (95,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 52,0 – 53,0 °C (Lit. = 72,0 – 73,0 °C)49
CCD: Rf = 0,6 (30,0 % AcOEt/Hex.)
O
O
O
12
78
34
5
6
10
13
12
9 11
Cl
RMN 1H ppm (200 MHz, CDCl3): δ 2,5 (s, 3H, H-1); 7,2 (d, J = 8,8 Hz; 1H, H-7); 7,5
– 7,7 (m, 4H, H-6; H-12; H-13); 7,8 (d, J = 2,4 Hz; 1H, H-4);
8,2 (d, J = 7,2 Hz; 2H, H-11)
RMN 13C ppm (50 MHz, CDCl3): δ 29,9 (C-1); 125,6 (C-7); 128,9 (C-3; C-12); 130,2
(C-10); 130,5 (C-11); 132,0 (C-6); 132,7 (C-5); 133,3 (C-4); 134,2 (C-13); 148,0 (C-
8); 165,1 (C-9); 196,3 (C-2)
Nome: 4-fluorbenzoato de 1-acetil-5-clorofenil (41p)
Reagentes: 5-cloro-2-hidroxiacetofenona (2,9
mmol) e cloreto de 4-fluorbenzoíla (4,4 mmol)
Rendimento: 0,85 g (90,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 105,7 – 107,5 °C
CCD: Rf = 0,7 (30,0 % AcOEt/Hex.)
O
O
O
12
78
34
5
6
9
13
12
1110
F
Cl
RMN 1H ppm (200 MHz, CDCl3): δ 2,5 (s, 3H, H-1); 7,2 - 7,3 (m, 3H, H-7; H-12);
7,53 – 7,57 (d, J = 8,6 Hz; 1H, H-6); 7,8 (d, J = 2,6 Hz; 1H, H-4); 8,18 - 8,25
(m, 2H, H-11)
RMN 13C ppm (50 MHz, CDCl3): δ 29,7 (C-1); 116,4 (d, JC-F= 22,0 Hz ; C-12); 125,4
(d, JC-F= 2,5 Hz, C-10); 125,6 (C-7); 130,3 (C-6); 132,1 (C-4); 132,6 (C-3); 133,1 (C-
5); 133,4 (d, JC-F= 3 Hz, C-11); 147,8 (C-8); 164,2 (C-9); 169,1 (C-13); 196,3 (C-2)
30
Nome: 3-nitrobenzoato de 1-acetil-5-clorofenil
(41s)
Reagentes: 5-cloro-2-hidroxiacetofenona
(2,9 mmol) e cloreto de 3-nitrobenzoíla (4,4 mmol)
Rendimento: 1,0 g (95,0 %)
Características: sólido marrom
Tf: 118,7 – 121,0 °C (Lit. = 122,0 °C)49
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)
O
O
O
12
78
34
5
6
10
14
13
129 11
15
Cl
NO2
RMN 1H ppm (200 MHz, CDCl3): δ 2,5 (s, 3H, H-1); 7,2 (d, J = 8 Hz, 1H, H-14); 7,6 –
7,9 (m, 3H, H-4; H-6; H-7); 8,5 (d, J = 8 Hz, 2H, H-13; H-15); 9,0 (s, 1H, H-11)
RMN 13C ppm (50 MHz, CDCl3): δ 29,0 (C-1); 125,2 (C-14); 128,1 (C-7); 128,4 (C-6);
129,9 (C-4); 130,4 (C-5); 130,8 (C-3); 131,5 (C-10); 132,1 (C-13); 133,4 (C-15);
135,8 (C-11); 147,1 (C-12); 148,4 (C-8); 163,0 (C-9);195,8 (C-2)
Nome: 3-nitrobenzoato de 1-acetil-5-metoxifenil
(41z)
Reagentes: 5-metoxi-2-hidroxiacetofenona
(3,0 mmol) e cloreto de 3-nitrobenzoíla
(3,6 mmol)
Rendimento: 0,53 g (55,8 %)
Características: sólido marrom
Tf: 111,0 – 114,1 °C
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)
O
O
O
12
78
34
5
6
10
16
14
13
129 11
15
O
NO2
RMN 1H ppm (200 MHz, CDCl3): δ 2,5 (s, 3H, H-1); 3,9 (s, 3H, H-16); 7,2 (sl, 2H, H-
4; H-6); 7,4 (sl; 1H, H-7); 7,7 (t, J = 8 Hz; 1H, H-14); 8,48 – 8,54 (m, 2H, H-13; H-15);
9,0 (s, 1H, H-11)
RMN 13C ppm (50 MHz, CDCl3): δ 29,1 (C-1); 55,8 (C-16); 115,6 (C-6); 118,6 (C-4);
124,5 (C-7); 125,1 (C-14); 127,8 (C-3); 129,8 (C-13); 130,9 (C-15); 131,2 (C-10);
135,7 (C-11); 142,1 (C-8); 148,3 (C-12); 157,4 (C-5); 163,5 (C-9); 196, 8 (C-2)
31
4.2.4 Síntese das β-dicetonas (42)
Os ésteres sintetizados anteriormente foram utilizados para a formação das
β-dicetonas. Em um balão de fundo redondo (50,0 mL) foram adicionados o éster
(1,0 equivalente), a piridina (8,0 mL) como solvente e a base KOH (2,0
equivalentes). A reação foi mantida em aquecimento (50,0 ºC) durante o período
reacional, que foi de 30 minutos. Ao final da reação, verteu-se a mistura reacional
em um erlenmeyer contendo uma solução de CH3COOH a 10% (20,0 mL). Os
sólidos formados apresentaram uma coloração amarela intensa, característica essa
atribuída a formação das β-dicetonas. Todas essas informações estão apresentadas
na Tabela 2. Os produtos formados foram filtrados a vácuo e o bruto foi utilizado
para a etapa seguinte.
Tabela 2: Dados sobre as reações para a síntese das dicetonas
Nome:1-(2-hidroxifenil)-1''-4-metilfenil
propano-1,3-diona (42a)
Reagentes: 41a (6,0 mmol) e KOH
(12,0 mmol)
Rendimento: 1,54 g (100,0 %)
Características: sólido amarelo
Tf: 110,0 – 111,8°C
(Lit.= 106,0 – 110,0 °C)50
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)
EM m/z: 119 (100%)
Nome:1-(2-hidroxifenil)-3-(4-metoxi
fenil)propano-1,3-diona (42b)
Reagentes: 41b (6,0 mmol) e KOH
(11,0 mmol)
Rendimento: 1,2 g (80,0 %)
Características: sólido amarelo
Tf: 108,0 – 109,7 °C
(Lit.= 109,0 -110,0 °C)51
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)
EM m/z: 270 (3%); 135 (100%),
Nome:1-(2-hidroxifenil)-1''-fenil propano-
1,3-diona (42c)
Reagentes: 41c (6,0 mmol) e KOH
(12,0 mmol)
Rendimento: 1,2 g; (80,0 %)
Características: sólido amarelo
Tf: 119,0 – 120,0 °C
(Lit.= 121,0 – 122,0 °C)46
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)
EM m/z: 240 (5%); 105 (100%), 77 (40%)
Nome:1-(2-hidroxifenil)-1''-4-clorofenil
propano-1,3-diona (42d)
Reagentes: 41d (2,0 mmol) e KOH
(2,0 mmol)
Rendimento: 0,2 g (72,0 %)
Características: sólido amarelo
Tf: 122,0 – 123,0°C
(Lit.= 122,0 – 127,0 °C)46
CCD: Rf = 0,7 (30% AcOEt/Hex.)
EM m/z: 274 (10%); 139 (100%)
32
Nome:1-(2-hidroxifenil)-1''-4-fluorfenil
propano-1,3-diona (42e)
Reagentes: 41e (4,0 mmol) e KOH
(7,0 mmol)
Rendimento: 0,38 g (40,0 %)
Características: sólido amarelo
Tf: 126,7 – 128,0°C
CCD: Rf = 0,7 (30,0 % AcOEt/Hex.)
Nome:1-(2-hidroxifenil)-1''-3,4,5-trimetoxi
fenilpropano-1,3-diona (42f)
Reagentes: 41f (3,0 mmol) e KOH
(5,0 mmol)
Rendimento: 0,7 g (87,0 %)
Características: sólido amarelo
Tf: 94,2 – 96,8°C
(Lit. = 135,0 – 136,0 °C)52
CCD: Rf = 0,26 (30% AcOEt/Hex.)
EM m/z: 330 (5%); 195 (100%)
Nome:1-(furan-2-il)-1''-(2-hidroxifenil)
propano-1,3-diona (42g)
Reagentes: 41g (3,0 mmol) e KOH
(7,0 mmol)
Rendimento: 0,5 g (64,0 %)
Características: sólido amarelo
Tf: 83,0 – 83,8 °C
(Lit. = 82,0 – 87,0 °C)46
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)
EM m/z:135 (100%); 107 (30%); 92 (30%)
Nome:1-(2-hidroxifenil)-1''-(3nitrofenil)
propano-1,3-diona (42h)
Reagentes: 41h (2,0 mmol) e KOH
(4,0 mmol)
Rendimento: 0,400 g (74,0%)
Características: sólido amarelo
Tf: 87,1 – 89,0 °C
(Lit. = 154,0 – 157,0 °C)46
CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)
EM m/z: 285 (1%); 150 (100%); 104 (30%)
Nome:1-(hidroxifenil)-1''-(3,4,5-trimetoxi
fenil)propano-1,3-diona (42j)
Reagentes: 41j (0,5 mmol) e KOH
(1,0 mmol)
Rendimento: 0,21 g (100,0 %)
Características: sólido amarelo
Tf: 161,5 – 165,0 °C
CCD: Rf = 0,3 (30,0 % AcOEt/Hex.)
EM, m/z (%): 195 (100%)
Nome:1-(3,5-dicloro-2-hidroxifenil-1''-
(4metoxifenil)propano-1,3-diona (42m)
Reagentes: 41m (0,5 mmol) e KOH
(1,0 mmol)
Rendimento: 0,22 g (>100,0 %)
Características: sólido amarelo
Tf: 149,0 – 153,8 °C (Lit. = 150,0 °C)48
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)
EM, m/z (%):135 (100%); 107 (10%); 92
(10%)
Nome:1-(5-cloro-2-hidroxifenil)-1''-propano-
1,3-diona (42n)
Reagentes: 41n (2,0 mmol) e KOH
(4,0 mmol)
Rendimento: 0,2 g (38,6 %)
Nome:1-(5-cloro-2-hidroxifenil)-1''-(4-
metoxifenil)propano-1,3-diona (42o)
Reagentes: 41o (2,0 mmol) e KOH
(3,0 mmol)
Rendimento: 0,33 g (67,0 %)
33
Características: sólido amarelo
Tf: 109,0 – 112,1 °C
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)
Características: sólido amarelo
Tf: 123,7 – 126,5 °C
CCD: Rf = 0,8 (30,0% AcOEt/Hex.)
Nome: 1-(5-cloro-2-hidroxifenil)-1''-(4-
fluorofenil)propano-1,3-diona (42p)
Reagentes: 41p (2,4 mmol) e
KOH (4,8 mmol)
Rendimento: 0,3 g (43,0 %)
Características: sólido amarelo
Tf: 162,2 – 163,9 °C
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)
Nome: 1-(2-hidroxifenil-5-metoxifenil)-1''-
(3-nitrofenil)propano-1,3-diona (42z)
Reagentes: 41z (1,4 mmol) e
KOH (2,8 mmol)
Rendimento: 0,2 g (43,0 %)
Características: sólido marrom
Tf: 144,9 – 146,7 °C
CCD: Rf = 0,6 (30,0 % AcOEt/Hex.)
4.2.5 Síntese das flavonas (43)
Em um balão de fundo redondo (50,0 mL) foram adicionados a β-dicetona
(1,0 equivalente), acido acético (20-30 equivalentes) e por último o H2SO4concentrado
(1,4 equivalente). Em seguida, foi promovida a agitação e acoplado com um sistema
de refluxo simples (100,0 °C) durante 60 minutos. Após o período reacional, deixou-
se a solução resfriar a temperatura ambiente, para então verter a mesma em um
erlenmeyer contendo gelo (10,0 g), ocorrendo a precipitação do sólido. As flavonas
obtidas foram filtradas a vácuo e recristalizadas em metanol a quente.
Nome: 2-(4-metoxifenil)-4H-croman-4-ona (43b)
Reagentes: 42b (2,6 mmol), CH3COOH (78,0 mmol) e H2SO4 (3,6 mmol)
Rendimento: 0,46 g (70,0 %)
Características: amarelo claro
Tf: 155,2 – 155,7 °C (Lit. = 124,0 –
156,0 °C)52
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)
1413
12
11
123
4
5
68 O
O
9
10
7
O
RMN 1H ppm (500 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-14); 6,7 (s, 1H, H-1);
7,0 (d, J = 9 Hz, 2H, H-12); 7,4 (t, J = 8 Hz; 1H, H-5); 7,6 (d, J = 8,5 Hz, 1H, H-7); 7,7
(t, J = 8,5 Hz, 1H, H-6); 7,9 (d, J = 9 Hz; 2H, H-11); 8,2 (d, J = 8 Hz, 1H, H-4)
34
RMN 13C ppm (125 MHz, CDCl3): δ 55,5 (C-14); 106,2 (C-1); 114,5 (C-12); 117,9 (C-
5); 123,9 (C-10); 124,0 (C-3); 125,1 (C-7); 125,6 (C-6); 128,0 (C-11); 133,6 (C-4);
156,2 (C-8); 162,4 (C-13); 163,4 (C-9); 178,3 (C-2)
EM m/z: 252 (100%), 132 (70%); 117 (20%)
Nome: 2-fenil-4H-croman-4-ona (43c)
Reagentes: 42c (2,9 mmol), CH3COOH (87,5 mmol)
e H2SO4 (4,1 mmol)
Rendimento: 0,5 g (72,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 90,0 °C (Lit. = 92,0 – 97,0 °C)53
CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)
13
12
11
123
4
5
68 O
O
9
10
7
RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 6,8 (s, 1H, H-1); 7,4 (t, J = 9 Hz, 1H, H-5); 7,5 -
7,6 (m, 4H, H-11; H-12); 7,67 – 7,73 (m, 1H, H-7); 7,90 – 7,94 (m, 2H, H-13; H-6); 8,2
(d, J = 9 Hz, 1H, H-4)
RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 107,6 (C-1); 118,1 (C-5); 123,9 (C-3); 125,2 (C-7);
125,7 (C-13); 126,3 (C-11); 129,0 (C-12); 131,6 (C-6); 131,8 (C-10); 133,8 (C-4);
156,3 (C-8); 163,5 (C-9); 178,5 (C-2)
EM m/z: 222 (50%), 120 (80%); 92 (100%)
Nome: 2-(4-clorofenil)-4H-croman-4-ona (43d)
Reagentes: 42d (0,7 mmol), CH3COOH (21,9 mmol)
e H2SO4 (1,0 mmol)
Rendimento: 0,17 g (92,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 180,0 – 181,0 °C (Lit. = 184,0 – 187,0 °C)52
CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)
13
12
11
123
4
5
68 O
O
9
10
7
Cl
RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 6,8 (s, 1H, H-1); 7,4 – 7,6 (m, 4H, H-12; H-5; H-
7); 7,66 – 7,72 (m, 1H, H-6); 7,9 (d, J = 8,7 Hz; 2H, H-11); 8,2 (d, J = 8,1 Hz; 1H, H4)
RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 107,6 (C-1); 118,0 (C-5); 123,8 (C-3); 125,4 (C-7);
125,7 (C-6); 127,5 (C-12); 129,3 (C-11); 130,2 (C-10); 133,9 (C-4); 137,9 (C-13);
156,1 (C-8); 162,2 (C-9); 178,2 (C-2)
EM m/z: 256 (50%);120 (90%); 92 (75%); 73 (100%)
35
Nome: 2-(4-fluorofenil)-4H-croman-4-ona (43e)
Reagentes: 42e (3,2 mmol), CH3COOH
(97,5 mmol) e H2SO4 (4,6 mmol)
Rendimento: 0,36 g, (45,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 148,0 – 148,5 °C (Lit. = 148,0 – 150,0 °C)52
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)
13
12
11
123
4
5
68 O
O
9
10
7
F
RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 6,8 (s, 1H, H-1); 7,2 (m, 2H, H-12); 7,4 (t,
J = 12 Hz, 1H, H-5); 7,6 (m, 1H, H-7); 7,7 (m, 1H, H-6); 7,88 – 7,95 (m, 2H, H-11);
8,2 (d, J = 12 Hz, 1H, H-4)
RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 107,3 (C-1); 116,4 (d, JC-F= 21,75 Hz, C-12);
118,0 (C-5); 123,8 (C-3); 125,3 (C-7); 125,7 (C-6); 127,9 (d, JC-F= 3,75 Hz, C-10);
128,5 (d, JC-F= 8,25 Hz; C-11); 133,9 (C-4); 156,1 (C-8); 162,4 (C-9); 164,7 (d, JC-F=
252 Hz; C-13); 178,3 (C-2)
Nome: 2-(3,4,5-trimetoxifenil)-4H-croman-4-ona (43f)
Reagentes: 42f (1,8 mmol), CH3COOH
(54,5 mmol) e H2SO4 (2,5 mmol)
Rendimento: 0,5 g (88,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 178,1 – 179,0 °C (Lit. = 174,0 – 177,0 °C)52
CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)
RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-
15); 3,9 (s, 6H, H-4); 6,8 (s, 1H, H-1); 7,1 (s, 2H, H-11); 7,4 (t, J = 7,5 Hz, 1H, H-5);
7,6 (d, J = 8,4 Hz, 1H, H-7); 7,70 (t, J = 8,4 Hz, 1H, H-6); 8,2 (d, J = 7,8 Hz; 1H, H-4)
RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 56,3 (C-14); 61,0 (C-15); 103,6 (C-11); 107,3 (C-
1); 118,1 (C-5); 123,8 (C-3); 125,3 (C-7); 125,7 (C-6); 126,9 (C-10); 133,8 (C-4);
141,1 (C-13); 153,5 (C-12); 156,2 (C-8); 163,3 (C-9); 178,4 (C-2)
EM m/z: 312 (100%); 297 (60%); 269 (30%); 121 (50%)
14
13
12
11
15
123
4
5
68 O
O
910
7
O
O
O
36
Nome: 2-(furan-2-il)-4H-croman-4-ona (43g)
Reagentes: 42g (1,9 mmol), CH3COOH (58,7 mmol) e
H2SO4 (2,7 mmol)
Rendimento: 0,39 g (94,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 134,7 – 135,7 °C (Lit. = 134,0 – 138,0 °C)52
CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)
13
1211
123
4
5
68 O
O
9
107
O
RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 6,59 – 6,61 (m, 1H, H-12); 6,7 (s, 1H, H-1); 7,1
(d, J = 3,3 Hz; 1H, H-11); 7,4 (t, J = 7,2 Hz, 1H, H-5); 7,5 (d, J = 8,1 Hz; 1H, H-7);
7,62 – 7,70 (m, 2H, H-13; H-6); 8,2 (d, J = 7,8 Hz; 1, H-4)
RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 105,3 (C-12); 112,6 (C-1); 113,2 (C-11); 117,9 (C-
5); 124,0 (C-3); 125,2 (C-7); 125,7 (C-6); 133,8 (C-13); 145,9 (C-4); 146,3 (C-10);
155,3 (C-8); 155,8 (C-9); 177,9 (C-2)
EM m/z: 212 (80%); 120 (60%); 92 (100%)
Nome: 2-(3-nitrofenil)-4H-croman-4-ona (43h)
Reagentes: 42h (1,2 mmol), CH3COOH
(36,8 mmol) e H2SO4 (1,7 mmol)
Rendimento: 0,3 g (91,0 %)
Características: sólido marrom
Tf: 194,8 – 195,8 °C (Lit. = 194,0 – 202,0 °C)52
CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)
14
13
1211
15
123
45
68 O
O
910
7
NO2
RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 6,9 (s, 1H, H-1); 7,5 (t, J = 7,8 Hz, 1H, H-14); 7,6
(d, J = 8,1 Hz; 1H, H-7); 7,7 - 7,8 (m, 2H, H-5; H-6); 8,2 (d, 2H, H-4; H-15); 8,4 (d, J =
8,1 Hz, 1H, H-13); 8,8 (s, 1H, H-11)
RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 108,8 (C-1); 118,2 (C-14); 121,2 (C-7); 123,8 (C-
3); 125,7 (C-5); 125,8 (C-6); 125,9 (C-4); 130,3 (C-15); 131,8 (C-13); 133,6 (C-10);
134,3 (C-11); 148,7 (C-12); 156,1 (8); 160,5 (C-9); 178,0 (C-2)
EM m/z: 267 (80%); 120 (90%); 92 (100%)
37
Nome: 7,9-dicloro-2-(4-metoxifenil)-4H-croman-
4-ona (43m)
Reagentes: 42m (0,5 mmol), CH3COOH
(16,2 mmol) e H2SO4 (0,7 mmol)
Rendimento: 0,14g (83,2 %)
Características: sólido branco
Tf: 193,5 – 194,4 °C (Lit. = 196,0 °C)54
CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)
1413
12
11
123
45
68 O
O
9
10
7
O
Cl
Cl
RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-14); 6,8 (s, 1H, H-1); 7,1 (d, J = 8,8
Hz; 2H, H-12); 7,7 (d, J = 2,4 Hz; 1H, H-4); 8,0 (d, J = 8,8 Hz; 2H, H-11); 8,1 (d, J =
2,4 Hz; 1H, H-6)
RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 55,6 (C-14); 106,7 (C-1); 114,7 (C-12); 123,1
(C-10); 123,9 (C-4); 124,32 (C-3); 125,7 (C-7); 128,2 (C-11); 130,7 (C-5); 133,5
(C-6); 150,4 (C-8); 162,9 (C-13); 163,5 (C-9); 176,3 (C-2)
EM m/z: 320 (70%); 289 (5%); 132 (100%)
Nome: 7-cloro-2-fenil-4H-croman-4-ona (43n)
Reagentes: 42n (0,7 mmol) e CH3COOH
(19,7 mmol) e H2SO4 (0,9 mmol)
Rendimento: 0,13 g (80,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 181,1 – 184,4 °C (Lit. = 185,0 °C)55
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)
13
1211
123
45
68 O
O
9
10
7
Cl
RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 6,8 (s, 1H, H-1); 7,6 (sl, 4H, H-11; H-12); 7,7 (d, J
= 9,6 Hz; 1H, H-7); 7,9 (d, 2H, H-14; H-7); 8,2 (s, 1H, H-4)
RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 107,5 (C-1); 119,8 (C-7); 124,9 (C-3); 125,2 (C-
13); 126,3 (C-11); 129,1 (C-12); 131,2 (C-5); 131,4 (C-10); 131,8 (C-6); 133,9 (C-4);
154,6 (C-8); 163,7 (C-9); 177,1 (C-2)
38
Nome: 7-cloro-2-(4-metoxifenil)-4H-croman-4-ona (43o)
Reagentes: 42o (1,0 mmol) e CH3COOH (30,0 mmol) e H2SO4 (1,4 mmol)
Rendimento: 0,3 g (100,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 180,2 – 183,0 °C (Lit. = 182,0 °C)55
CCD: Rf = 0,3 (30,0 % AcOEt/Hex.) 14
13
1211
123
45
68 O
O
9
10
7
Cl
O
RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-14); 6,7 (s, 1H, H-1);
7,0 (d, J = 8,8 Hz; 2H, H-12); 7,6 (d, J = 8,8 Hz; 1H, H-7); 7,7 (d,
J = 8,8 Hz, 1H, H-6); 7,9 (d, J = 8,8 Hz; 2H, H-11); 8,0 (d, J = 2,4 Hz; 1H, H-4)
RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 55,0 (C-14); 105,1 (C-1); 114,0 (C-12); 119,6 (C-
3); 122,7 (C-10); 124,0 (C-5); 124,2 (C-7); 127,6 (C-11); 130,1 (C-4); 133,2 (C-6);
153,9 (C-8); 162,1 (C-13); 163,1 (C-9); 173,0 (C-2)
Nome: 7-cloro-2-(4-fluorofenil)-4H-croman-4-ona (43p)
Reagentes: 42p (0,8 mmol) e CH3COOH (25,6 mmol) e H2SO4 (1,2 mmol)
Rendimento: 0,23g (97,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 237,0 – 239,0 °C (Lit. = 230,0 °C)55
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.) 13
1211
123
45
68 O
O
9
10
7
Cl
F
RMN 1H ppm 400 MHz, CDCl3): δ 6,9 (s, 1H, H-1); 7,4 (t, J = 8,4 Hz; 2H, H-12); 7,7
(d, J = 8,8 Hz; 1H, H-7); 7,8 (d, J = 8,8 Hz; 1H, H-6); 8,1 (sl, 2H, H-11);
8,2 (s, 1H, H-4)
RMN 13C ppm 100 MHz, CDCl3): δ δ 106,5 (C-1); 115,9 (d, JC-F= 27,5 Hz, C-12);
119,5 (C-7); 124,3 (d; JC-F= 11,2 Hz; C-10); 127,0 (C-3); 128,2 ppm
(d; JC-F= 10 Hz; C-11); 130,5 (C-6); 133,5 (C-4); 150,4 (C-5); 153,9 (C-8); 162,1 (C-
13); 165,5 (C-9); 176,2 (C-2)
39
Nome: 7-metoxi-2-(3-nitrofenil)-4H-croman-4-ona (43z)
Reagentes: 42z (0,5 mmol) e CH3COOH (15,2 mmol) e H2SO4 (0,7 mmol)
Rendimento: 0,17g (100,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 177,0 – 179,3 °C
CCD: Rf = 0,3 (30,0 % AcOEt/Hex.)
16
14
13
1211
15
123
45
68 O
O
910
7
O
NO2
RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-16); 6,9 (s, 1H, H-1);
7,4 (d, J = 9,2 Hz; 1H, H-7); 7,57 – 7,62 (m, 2H, H-4; H-6); 7,7 (t, J = 8 Hz, 1H, H-14);
8,2 (d, J = 8 Hz, 1H, H-15); 8,4 (d, J = 8 Hz, 1H, H-13); 8,8 (s, 1H, H-11)
RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 56,0 (C-16); 105,0 (C-1); 108,0 (C-7); 119,6
(C-4); 121,2 (C-6); 124,3 (C-14); 124,6 (C-3); 125,8 (C-15); 130,2 (C-13); 131,6 (C-
11); 133,8 (C-10); 148,0 (C-12); 150,9 (C-8); 157,4 (C-5); 160,3 (C-9); 177,9 (C-2)
4.2.6 Síntese dos isoxazois a partir das β-dicetonas (44)
As vidrarias utilizadas foram secas na estufa, pois a reação foi promovida em
atmosfera inerte. Foram adicionados no tudo de Schelenk (10,0 mL) a β-dicetona
(1,0 equivalente) e o cloridrato de hidroxilamina (1,3 equivalente). Em seguida, o
recipiente foi selado com uma tampa de borracha e parafilme, para criar o meio
inerte com N2. A piridina anidra (6,0 mL) foi adicionada e, a mistura reacional foi
promovida a agitação a temperatura ambiente overnight. A reação foi acompanhada
por CCD e pela modificação da coloração da mistura reacional. Ao término da
reação, a mistura foi neutralizada com uma solução de
HCl 6,0 M. Posteriormente, foi realizado a extração líquido-líquido com água
destilada (2 x 10 mL) e acetato de etila (3 x 10 mL), as fases orgânicas reunidas
foram secadas com Na2SO4 anidro e o excesso de solvente retirado no
rotaevaporador. Apenas o composto 44f foi purificado por coluna em sílica gel sendo
eluído com uma solução de 1% Acetona/Hexano, o 44b apresentou mais produtos
laterais o que dificultaria bastante a purificação e o 4a mistura isomérica. O
composto 44f foi caracterizado por RMNs de ¹H e ¹³C.
40
14
13
1211
12
3
4
5
6
89
10
7
NOOH
14
13
1211
15
1'
23
4
56
89
10
7
NOOHOCl
Cl
O
O
Nome: 1''-(3-(4-metilfenil)isoxazol-5-il)fenol (44a)
Reagentes: 42a (4,2 mmol); NH2OH.HCl
(5,5 mmol)
Rendimento: 0,6 g (55,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 198,0 199,0 °C (Lit. = 198,0 - 224,0 ºC)56
CCD: Rf = 0,5 e 0,6 (30,0 % AcOEt/Hex.)
EM m/z: 119 (100%); 91(50%)
Nome: 3'',5''-dicloro-1'-(3-(3',4',5'trimetoxi
fenil)isoxazol-5-il)fenol (44j)
Reagentes: 42j (0,2 mmol) e NH2OH.HCl
(0,3 mmol)
Rendimento: 0,12 g (81,0 %)
Características: óleo amarelo
CCD: Rf = 0,4 (30,0 % Acetona/Hex.)
RMN 1H ppm (400 MHz, DMSO): δ 3,7 (s, 3H, H-15); 3,8 (s, 6H, H-14); 6,9 (s, 2H,
H-11); 7,2 (s, 1H, H-1); 7,5 (d, J = 2,4 Hz; 1H, H-4); 7,7 (d, J = 8 Hz; 1H, H-6); 7,8 (s,
1H, H-1’)
RMN 13C ppm (100 MHz, DMSO): δ 56,6 (C-14); 60,5 (C-15); 104,0 (C-11); 104,6
(C-1); 108,2 (C-3); 118,0 (C-10); 122,1 (C-7); 123,9 (C-5); 127,9 (C-4); 131,1 (C-6);
136,5 (C-13); 151,5 (C-8); 153,0 (C-12); 153,9 (C-9); 158,5 (C-2)
IV (cm-1): 3360 (OH); 1600 e 1500 (C=C aromático); 1400 (C=N); 1240 e 1040 (C-O-
C éter aromático); 710 (C-Cl)
4.2.7 Síntese dos isoxazóis a partir das flavonas (44)
Em um balão de fundo redondo (50,0 mL) foram adicionados a flavona
(1,0 equivalente), a piridina (8,0 mL) como base e por último a hidroxilamina
(3,0 equivalentes). Após a adição dos reagentes, foi promovida a agitação e o
acoplamento de refluxo simples (110,0 °C) durante 12 horas. Após o período
reacional, adicionou-se água gelada (20,0mL) à solução, promovendo a formação do
sólido. Constatada a formação isomérica por CCD e RMN ¹H, alguns hidroxi-
41
isoxazóis foram isolados por coluna cromatográfica em sílica gel após a alquilação
que os mesmos foram submetidos, nos casos em que a reação foi incompleta, e
caracterizados por espectros de massas e espectros de RMN de ¹H e de ¹³C.
Nome: 1''-(3-(4-metoxifenil)isoxazol-5-il)fenol (44b)
Reagentes: 43b (1,0 mmol); NH2OH.HCl
(3,0 mmol)
Rendimento: 0,21 g (78,6 %)
Características: sólido amarelo
Tf: 194,3 – 198,7 °C (Lit.= 212,0 – 214,0 ºC)56
CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)
RMN 1H ppm (400 MHz, DMSO): δ 3,8 (s, 3H, H-14); 7,0 (t, J = 8,4 Hz; 1H, H-5);
7,04 -7,08 (m, 3H, H-7; H-12); 7,3 (s, 1H, H-1); 7,33 (d, J = 8,4 Hz; 1H, H-4); 7,79 –
7,81 (d, J = 7,8 Hz; 1H, H-6); 7,9 (d, J = 9 Hz; 2H, H-11)
RMN 13C ppm (100 MHz, DMSO): δ 55,9 (C-14); 101,3 (C-5); 114,6 (C-7); 115,1 (C-
12); 117,2 (C-1); 120,2 (C-4); 121,9 (C-3); 127,5 (C-6); 128,8 (C-11); 132,1 (C-10);
155,4 (C-13); 161,3 (C-8); 162,6 (C-9); 167,0 (C-2)
IV (cm-1): 3200 (OH); 1600 e 1500 (C=C aromático); 1450 (C=N); 1260 e 1030 (C-O-
C éter aromático)
Nome: 1''-(3-fenil)isoxazol-5-il)fenol (44c)
Reagentes: 43c (4,5 mmol); NH2OH.HCl
(13,5 mmol);
Rendimento: 0,3 g (47,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 201,0 - 201,8 °C (Lit. = 232,0 - 236,0 ºC)56
CCD: Rf = 0,5 e 0,6 (30,0 % AcOEt/Hex.)
EM m/z: 237 (25%); 207 (20%); 117 (100%); 73 (90%) 63 (77%)
Nome: 1''-(3-(4-clorofenil)isoxazol-5-il)fenol (44d)
Reagentes: 43d (1,6 mmol); NH2OH.HCl
(4,7 mmol);
Rendimento: 0,1 g (23,6 %)
14
13
1211
12
3
4
5
6
89
107
NOOHO
13
1211
12
3
4
5
6
8
9
107
NOOH
13
1211
12
3
4
5
6
8
9
107
NOOHCl
42
Características: sólido branco
Tf: 225,1 – 225,5 °C (Lit. = 237,0 – 240,0 ºC)56
CCD: Rf = 0,5 e 0,6 (30,0 % AcOEt/Hex.)
EM m/z: 274 (5%); 271 (80%); 151 (98%); 121 (100%)
Nome: 1''-(3-(4-fluorofenil)isoxazol-5-il)fenol (44e)
Reagentes: 43e (2,1 mmol); NH2OH.HCl
(6,3 mmol);
Rendimento: 0,35 g (66,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 223,3 – 224,1 °C (Lit. = 244,0 – 245,0 ºC)56
CCD: Rf = 0,5 e 0,6 (30% AcOEt/Hex.)
EM m/z: 255 (20%); 207 (30%); 135 (65%); 121 (60%) 73 (100%); 61 (80%)
Nome: 1''-(3-(3,4,5-trimetoxifenil)isoxazol-5-
il)fenol (44f)
Reagentes: 43f (3,2 mmol); NH2OH.HCl
(9,6 mmol)
Rendimento: 0,86 g (82,7 %)
Características: sólido branco
Tf: 215,0 – 215,4 °C (Lit.= 235,0 – 238,0 ºC)57
CCD: Rf = 0,3 (30,0 % AcOEt/Hex.)
RMN 1H ppm (400 MHz, DMSO) δ 3,9 (s, 3H, H-15); 4,0 (s, 6H, H-14); 7,1 (s, 1H, H-
1); 7,1 (s, 2H, H-11); 7,3 (sl, 1H, H-7); 7,4 (d, J = 8,4 Hz; 1H, H-5); 7,5 – 7,5 (m, 1H,
H-4); 7,98 (d, J = 8,4 Hz; 1H, H-6)
RMN 13C ppm (100 MHz, DMSO) δ 56,8 (C-15); 60,8 (C-14); 101,8 (C-1); 104,7 (C-
11); 114,6 (C-7); 117,2 (C-3); 120,2 (C-5); 125,0 (C-10); 127,6 (C-4); 132,2 (C-6);
139,6 (C-13); 154,0 (C-12); 155,4 (C-8); 163,0 (C-9); 167,3 (C-2)
IV (cm-1): 3160 (OH); 1600 e 1500 (C=C aromático); 1420 (C=N); 1250 e 1010 (C-O-
C éter aromático)
13
1211
12
3
4
5
6
8
9
107
NOOHF
14
13
1211
1512
3
4
5
6
89
10
7
NOOHO
O
O
43
Nome: 1''-(3-(furan-2-il)isoxazol-5-il)fenol (44g)
Reagentes: 43g (3,2 mmol); NH2OH.HCl
(9,5 mmol);
Rendimento: 0,4 g (55,5 %)
Características: sólido branco
Tf: 194,8 – 195,0 °C (Lit. = 237,0 – 239,0 ºC)58
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)
RMN 1H ppm (500 MHz, DMSO): δ 6,71 – 6,72 (m, 1H, H-12); 7,0 (t, J = 8 Hz; 1H,
H-5); 7,1 (d, J = 8 Hz; 1H, H-7); 7,21 – 7,23 (m, 2H, H-1; H-11); 7,4 (t, J = 8,5 Hz; 1H,
H-6); 7,8 (d, J = 8 Hz; 1H, H-4); 7,9 (sl, 1H, H-13); 10,7 (s, 1H, OH)
RMN 13C ppm (125 MHz, DMSO): δ 100,7 (C-1); 111,8 (C-11); 112,5 (C-12); 114,0
(C-3); 117,0 (C-7); 119,9 (C-5); 127,3 (C-13); 132,1 (C-6); 144,2 (C-9); 145,3 (C-13);
155,2 (C-8); 155,3 (C-10); 166,8 (C-2)
EM m/z: 227 (55%); 121 (100%); 105 (70%); 65 (90%)
IV (cm-1): 3120 (OH); 1600 e 1500 (C=C aromático); 1370 (C=N); 1240 e 960 (C-O
aromático)
Nome: 1''-(3-(3,4,5-trimetoxifenil)isoxazol-5-il)fenol (44h)
Reagentes: 43h (1,0 mmol); NH2OH.HCl
(3,0 mmol)
Rendimento: 0,24 g (85,0 %)
Características: sólido marrom
Tf: 235,7 – 236 °C
CCD: Rf = 0,48; 0,55 (30,0 % AcOEt/Hex.)
Nome: 3'',5''-dicloro-1'-(3-(4’-metoxifenil)isoxazol-5-il)fenol (44m)
Reagentes: 43m (0,3 mmol);
NH2OH.HCl (0,9 mmol);
Rendimento: 0,05 g (47,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 206,2 – 208,1 °C
CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)
1'
13
12
1112
3
4
5
6
89
107
NOOH O
14
13
1211
1512
3
4
5
6
89
107
NOOH
NO2
14
13
1211
12
3
4
56
89 107
NOOH
Cl
Cl
O
44
RMN 1H ppm (400 MHz, DMSO): δ 3,8 (s, 3H, H-14); 7,1 (d, J = 8,8 Hz; 2H, H-12);
7,4 (s, 1H, H-1); 7,7 (d, J = 2,4 Hz; 1H, H-4); 7,8 (d, J = 2,4 Hz; 1H, H-6); 7,9 (d, J =
8,8 Hz; 2H, H-11)
RMN 13C ppm (100 MHz, DMSO): δ 55,8 (C-14); 102,8 (C-1); 115,0 (C-12); 118,7
(C-3); 121,2 (C-10); 123,9 (C-7); 124,4 (C-5); 125,9 (C-4); 128,6 (C-11); 130,9 (C-6);
149,8 (C-8); 161,3 (C-13); 162,6 (C-9); 165,0 (C-2)
Nome: 5-cloro-1''-(3-fenilisoxazol-5-il)fenol (44n)
Reagentes: 43n (1,9 mmol); NH2OH.HCl
(5,8 mmol)
Rendimento: 0,25 g (47,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 245,0 – 247,0 °C
CCD: Rf = 0,2 e 0,3 (30,0 % AcOEt/Hex.)
Nome: 5-cloro-1''-(3-(4-metoxifenil)isoxazol-5-il)fenol (44o)
Reagentes: 43o (10 mmol); NH2OH.HCl
(2,9 mmol);
Rendimento: 0,24 g (85,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 237,2 – 238,5 °C
CCD: Rf = 0,17 e 0,44 (30,0 % AcOEt/Hex.)
Nome: 5-cloro-1''-(3-(4-fluorofenil)isoxazol-5-il)fenol (44p)
Reagentes: 43p (0,7 mmol); NH2OH.HCl
(2,2 mmol);
Rendimento: 0,174 g (83,0%)
Características: sólido branco
Tf: 238,5 – 241,3 °C
CCD: Rf = 0,3 e 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)
13
1211
12
3
45
6
89
107
NOOH
Cl
14
13
1211
12
3
45
6
89
107
NOOH
Cl
O
13
1211
12
3
45
6
89
107
NOOH
Cl
F
45
Nome: 5-metoxi-1''-(3-(3-nitrofenil)isoxazol-5-il)fenol (44z)
Reagentes: 43z (0,5 mmol); NH2OH.HCl
(1,5 mmol);
Rendimento: 0,13 g (81,4 %)
Características: sólido marrom
Tf: 198,0 – 200,0 °C
CCD: Rf = 0,1 e 0,2 (30,0 % AcOEt/Hex.)
4.2.8 Alquilação dos isoxazóis (45)
Em um balão de fundo redondo (50,0 mL) foram adicionados o isoxazol
(1,0 equivalente), o K2CO3 anidro (2,0 equivalentes) e acetona
(20,0 mL) como solvente. A agitação da mistura reacional foi promovida a
temperatura abaixo de 0 °C, para que o brometo de benzíla ou iodo metano
(1,3 equivalente) fosse adicionado. A reação foi mantida em um sistema de refluxo
(60,0 °C) simples durante um dia.
Após o período reacional, filtrou-se a solução para retirar o sal insolúvel
formado. Fez-se uma placa cromatográfica em camada delgada para verificar a
formação de um novo composto e, em seguida, a extração líquido-líquido com água
destilada (10,0 mL) e AcOEt (10,0 mL). As fases orgânicas reunidas foram secas
com o sal Na2SO4 anidro.
A solução foi levada para o rotavapor para eliminar o excesso de solvente e,
em seguida, foi purificado pela coluna cromatográfica, sendo eluído em um gradiente
dos solventes Acetato de etila/Hexano ou Acetato de etila/Éter de petróleo
(Começando com o solvente apolar, 100% de Hexano ou Éter de petróleo; e depois
aumentando a polaridade aos poucos 1,0; 2,0; 4,0; 5,0; 10,0; 15,0 e 30,0 % de
Acetato de etila).
Nome:5-(2’-(benziloxi)fenil)-3-(4-metilfenil)
Isoxazol (45a)
Reagentes: 44a (0,6 mmol); brometo de
benzila ( 0,8 mmol); K2CO3(1,2 mmol)
Rendimento: 0,11 g (55,4 %)
16
14
13
1211
1512
3
45
6
89
107
NOOH
O
NO2
16
14
13
1211
15
17
12
3
4
5
6
89
107
18
19
NOO
46
Características: sólido amarelo
Tf: 129,0 – 133,0 °C
CCD: Rf = 0,64 (30,0 % AcOEt/Hex.)
RMN 1H ppm (500 MHz, CDCl3): δ 2,4 (s, 3H, H-19); 5,3 (s, 2H, H-14); 7,1 (s, 1H, H-
1); 7,3 (d, 3H, H-7; H-12); 7,4 – 7,5 (m, 5H, H-5; H-4; H-17; H-18); 7,6 (d, J = 8,5 Hz;
2H, H-16); 7,7 (d, J = 8 Hz; 2H, H-11); 8,08 (d, J = 8 Hz; 1H, H-6)
RMN 13C ppm (125 MHz, CDCl3): δ 21,4 (C-19); 70,8 (C-14); 101,8 (C-1); 112,6 (C-
7); 117,0 (C-3); 121,2 (C-5); 125,6 (C-10); 126,6 (C-12); 127,7 (C-17); 127,8 (C-18);
128,4 (C-4); 128,8 (C-16); 129,5 (C-11); 131,1 (C-6); 135,0 (C-15); 136,4 (C-13);
139,8 (C-17); 155,4 (C-8); 162,9 (C-9); 166,1 (C-2)
IV (cm-1): 1600 – 1500 (C=C aromático); 1480 (C=N); 1380 (CH3); 1250 e 1022 (C-O-
C éter aromático)
Nome:5-(2’-(benziloxi)fenil)-3-(4-metoxi
fenil)isoxazol (45b)
Reagentes: 44b (0,6 mmol); brometo de
benzila (1,6 mmol); K2CO3 (1,3 mmol)
Rendimento: 0,14 g (62,5 %)
Características: sólido amarelo
Tf: 95,0 – 98,0 °C
CCD: Rf = 0,6 (30,0 % AcOEt/Hex.)
RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-19); 5,3 (s, 2H, H-14); 7,0 (d, J =
9,2 Hz; 2H, H-12); 7,06 (s, 1H, H-1); 7,10 – 7,16 (m, 2H, H-5; H-7); 7,4 – 7,5 (m, 4H,
H-17; H-18); 7,55 (d, J = 8,4 Hz; 2H, H-16); 7,7 (d, J = 8,8 Hz; 2H, H-11); 8,1(d, J =
7,6 Hz; 1H, H-6)
RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 55,4 (C-19); 70,7 (C-14); 101,6 (C-1); 112,6 (C-
7); 114,2 (C-12); 117,0 (C-3); 121,2 (C-5); 122,1 (C-10); 127,7 (C-17); 127,8 (C-18);
128,1 (C-16); 128,4 (C-4); 128,7 (C-11); 131,0 (C-6); 136,4 (C-15); 155,3 (C-8);
160,8 (C-13); 162,5 (C-9); 166,0 (C-2)
EM m/z: 357 (10%); 91 (100%)
16
14
13
1211
15
17
12
3
4
5
6
89
107
18
19NOO
O
47
Nome:5-(2’-(benziloxi)fenil)-3-(4-cloro
fenil)Isoxazol (45d)
Reagentes: 44d (0,2 mmol); brometo de
benzila (0,3 mmol); K2CO3 (0,5 mmol)
Rendimento: 0,08 g (88,8 %)
Características: sólido branco
Tf: 131,0 – 156,0 °C
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)
RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 5,3 (s, 2H, H-14); 7,1 (s, 1H, H-1);
7,11 – 7,17 (m, 2H, H-7; H-5); 7,4 – 7,5 (m, 6H, H-4; H-12; H-17; H-18); 7,55 (d, J =
8,8 Hz; 2H, H-16); 7,7 (d, J = 8,4 Hz; 2H, H-11); 8,1 (d; J = 7,6 Hz; 1H, H-6)
RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 70,8 (C-14); 101,6 (C-1); 112,6 (C-7); 116,7 (C-
3); 121,3 (C-5); 127,7 (C-12); 127,8 (C-18); 128,0 (C-10, C-17); 128,4 (C-4); 128,8
(C-16); 129,1 (C-11); 131,3 (C-6); 135,7 (C-13); 136,3 (C-15); 155,4 (C-8); 162,0 (C-
9); 166,6 (C-2)
EM m/z: 361 (5%); 91 (100%)
Nome: 5-(2’-(benziloxi)fenil)-3-(4’-fluorofenil)
Isoxazol (45e)
Reagentes: 44e (1,0 mmol); brometo de benzila
(1,3 mmol); K2CO3 (2,0 mmol)
Rendimento: 0,09 g (27,8 %)
Característica: sólido branco
Tf: 145,0 - 148,0 °C
CCD: Rf = 0,66 (30,0 % AcOEt/Hex.)
RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 5,3 (s, 2H, H-14); 7,1 (s, 1H, H-1); 7,11 – 7,17
(m, 4H, H-5; H-7; H-12); 7,4 – 7,5 (m, 4H, H-4; H-17, H-18); 7,5 (d, J = 8; 2 Hz; 1H,
H-16); 7,75 – 7,79 (m, 2H, H-11); 8,1 (d, J = 7,6 Hz; 1H, H-6)
RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 70,8 (C-14); 101,6 (C-1); 112,6 (C-7); 116,0 (d,
JC-F= 11 Hz; C-12); 116,7 (C-3); 121,3 (C-4); 125,7 (d, JC-F= 3, Hz; C-10); 127,7 (C-
5); 127,8 (C-18); 128,4 (C-17); 128,5 (d, JC-F= 9 Hz, C-11); 128,8 (C-16); 131,2 (C-6);
136,3 (C-15); 155,4 (C-8); 162,1 (C-9); 163,7 (d, JC-F= 248Hz, C-13); 166,4 (C-2)
EM m/z: 345 (10%); 91 (100%)
16
14
13
1211
15
17
12
3
4
5
6
89
107
18
NOO
Cl
16
14
13
1211
15
17
12
3
4
5
6
89
107
18
NOO
F
48
Nome: 5-(2’-(benziloxi)fenil)-3-(3,4,5-
trimetoxifenil)Isoxazol (45f)
Reagentes: 44f (0,6 mmol); brometo de
benzila (0,8 mmol); K2CO3 (1,2 mmol)
Rendimento: 0,2 g (78,7 %)
Características: sólido branco
Tf: 148,0 – 153,0 °C
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)
RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 3,86
(s, 6H, H-19); 3,88 (s, 3H, H-20); 5,2 (s,
2H, H-14); 6,9 (s, 2H, H-11); 7,0 (s, 1H, H-1); 7,11 – 7,16 (m, 2H, H-5; H-7); 7,37 –
7,46 (m, 4H, H-4; H-17; H-18); 8,08 (d, J = 7,2 Hz; 2H, H-16); 8,0 (d, J = 7,8 Hz; 1H,
H-6)
RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 56,1 (C-19); 60,9 (C-20); 70,7 (C-14); 101,7 (C-1);
103,8 (C-11); 112,3 (C-7); 116,6 (C-3); 121,2 (C-18); 124,8 (C-10); 127,7 (C-5);
128,2 (C-17); 128,3 (C-4); 128,7 (C-16); 131,2 (C-6); 136,3 (C-13); 139,4 (C-15);
153,5 (C-12); 155,4 (C-8); 162,7 (C-9); 166,2 (C-2)
EM m/z: 312 (100%); 297 (50%)
IV (cm-1): 1600 – 1500 (C=C aromático); 1450 (C=N); 1140 e 1000(C-O-C éter
aromático)
Nome: 5-(2’-(benzoil)fenil)-3-(furan-2-
il)isoxazol (45g)
Reagentes: 44g (0,7 mmol); brometo de
benzila (0,9 mmol); K2CO3 (1,4 mmol)
Rendimento: 0,13 g (60,5 %)
Características: sólido amarelo
Tf: 122,0- 123,0 °C
CCD: Rf = 0,34 (30,0 % AcOEt/Hex.)
RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 5,3 (s, 2H, H-14); 6,53 – 6,55 (m, 1H, H-7); 6,8
(d, J = 3,2 Hz; 1H, H-12); 7,1 (s, 1H, H-1); 7,15 – 7,40 (m, 2H, H-5; H-18); 7,48 –
7,51 (m, 4H, H-4; H-11; H-17); 7,56 (d, J = 8,8 Hz; 2H, H-16); 7,57 (sl, 1H, H-6); 8,1
(d, J = 7,6 Hz; 1H, H-13)
16
14
13
12
11
15
20
17
12
3
4
5
6
89
107
18
19NOO
O
O
O
14
13
1211
1516
17
12
3
4
5
6
89
10
7
18
NOO O
49
RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 70,7 (C-14); 101,2 (C-1); 110,0 (C-7); 111,6 (C-
11); 112,6 (C-12); 116,6 (C-3); 121,2 (C-5); 127,5 (C-17); 128,0 (C-18); 128,3 (C-4);
128,7 (C-16); 131,3 (C-6); 136,3 (C-15); 143,7 (C-13); 144,8 (C-9); 155,4 (C-8);
155,4 (C-10); 166,0 (C-2)
EM m/z: 317 (10%); 91 (100%)
IV (cm-1): 1600 e 1400 (C=C aromático); 1400 (C=N); 1260 e 1020 (C-O-C éter
aromático)
Nome:5-(2’-(benziloxi)fenil)-3-(3-nitrofenil)
isoxazol (45h)
Reagentes: 44h (0,2 mmol); brometo de
benzila (0,2 mmol); K2CO3 (0,3 mmol)
Rendimento: 0,05 g (75,7 %)
Características: sólido amarelo
Tf: 118,7 – 120,0 °C
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)
RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 5,3 (s, 1H, H-16); 7,1 (s, 2H, H-1); 7,2 (d, 2H, H-
5; H-7); 7,6 – 7,7 (m, 6H, H-18; H-19; H-20; H-21; H-22); 7,8 (t,
J = 8 Hz; 1H, H-6); 8,1 (d, J = 7,6 Hz; 1H, H-14); 8,2 (d, J = 7,6; 1H, H-15); 8,3 (m,
1H, H-13); 8,5 (s, 1H, H-11)
RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 70,9 (C-16); 101,5 (C-1); 112,5 (C-7); 116,3 (C-
3); 121,3 (C-5); 121,7 (C-20); 124,4 (C-4); 127,8 (C-6); 127,8 (C-19); 128,7 (C-14);
128,9 (C-18); 129,9 (C-15); 131,3 (C-10); 131,6 (C-13); 132,3 (C-11); 136,1 (C-17);
148,6 (C-12). 155,5 (C-8); 161,1 (C-9); 167,3 (C-2)
EM m/z: 372 (5%); 91 (100%)
Nome: 5-(2’-(benziloxi)-3,5-diclorofenil)3-
(4-metoxifenil)isoxazol (45m)
Reagentes: 44m (0,12 mmol); brometo
de benzila (0,15 mmol); K2CO3
(0,24 mmol)
Rendimento: 0,05 g (100,0 %)
Características: sólido amarelo
16
14
13
1211
15
20
17
12
3
4
56
89
107
18
19
NOO
NO2
16
14
13
121115
17
12
3
4
56
89
10
7
18
19NOO
Cl
Cl
O
50
Tf: 125,3 – 126,0 °C
CCD: Rf = 0,7 (30,0 % AcOEt/Hex.)
RMN 1H ppm (400 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-19); 5,0 (s, 2H, H-14); 7,0 (d, J =
8,8 Hz; 2H, H-12); 7,0 (s, 1H, H-1); 7,43 – 7,45 (m, 3H, H-17; H-18); 7,50 – 7,54 (m,
3H, H-4; H-16); 7,7 (d, J = 8,8 Hz; 2H, H-11); 7,9 (d, J = 2,4 Hz; 1H, H-6)
RMN 13C ppm (100 MHz, CDCl3): δ 55,4 (C-19); 75,3 (C-14); 102,6 (C-1); 114,3 (C-
12); 121,2 (C-3); 124,4 (C-10); 126,3 (C-18); 128,1 (C-17); 128,6 (C-16); 128,8 (C-4,
C-11); 130,1 (C-15); 130,5 (C-7); 131,5 (C-6); 135,9 (C-5); 150,5 (C-8); 161,1 (C-13);
162,8 (C-9); 164,0 (C-2)
IV (cm-1): 1600 – 1400 (C=C aromático); 1440 (C=N); 1230 – 1020 (C-O-C éter
aromático); 680 (C-Cl)
Nome:5-(2’-(benziloxi)-5-clorofenil)-3-fenil
isoxazol (45n)
Reagentes: 44n (0,3 mmol); brometo de
benzila (0,4 mmol); K2CO3 (0,6 mmol)
Rendimento: 0,08 g (79,2 %)
Características: sólido branco
Tf: 196,0 – 196,5 °C
CCD: Rf = 0,34 (30,0 % AcOEt/Hex.)
RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 5,2 (s, 2H, H-14); 7,0 (d, J = 8,7 Hz; 1H, H-7); 7,1
(s, 1H, H-1); 7,33 – 7,36 (dd, J = 2,4 Hz e J = 9 Hz; 1H, H-6); 7,43 – 7,47 (m, 8H, H-
11; H-13; H-16; H-17; H-18); 7,74 – 7,77 (m, 2H, H-12); 8,0 (d, J = 2,4 Hz; 1H, H-4)
RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 70,1 (C-14); 102,5 (C-7); 113,87 (C-1); 118,1 (C-
3); 126,4 (C-5); 126,7 (C-11); 127,4 (C-6); 127,6 (C-17); 128,5 (C-13); 128,8 (C-16);
128,8 (C-12); 129,2 (C-10); 129,9 (C-18); 130,6 (C-4); 135,8 (C-15); 153,8 (C-8);
163,0 (C-9); 164,9 (C-2)
IV (cm-1): 1600 e 1400 (C=C aromático); 1360 (C=N); 1240 e 1020 (C-O-C éter
aromático)
16
14
13
121115
17
12
3
4
56
89
10
7
18
NOO
Cl
51
Nome: 5-(2’-(benziloxi)-5-clorofenil)-3-
(4-metoxifenil)Isoxazol (45o)
Reagentes: 44o (0,8 mmol); brometo
de benzila (1,0 mmol); K2CO3
(1,6 mmol)
Rendimento: 0,10 g (32,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 174,3 – 174,9 °C
CCD: Rf = 0,4 (30,0 % AcOEt/Hex.)
RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-19); 5,2 (s, 2H, H-14); 6,9 – 7,0 (m,
4H, H-1; H-7; H-11); 7,30 – 7,33 (dd, J= 2,4 Hz e J = 9 Hz; 1H, H-6); 7,4 – 7,5 (m,
5H, H-16; H-17; H-18’); 7,7 (d, J =8,1 Hz; 2H, H-11); 8,0 (d, 1H, H-4)
RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 55,3 (C-19); 71,1 (C-14); 102,3 (C-1); 113,8 (C-7);
114,2 (C-12); 118,1 (C-3); 121,7 (C-5); 126,4 (C-10); 127,4 (C-6); 127,7 (C-17);
128,1 (C-16); 128,5 (C-18); 128,8 (C-11); 130,5 (C-4); 135,0 (C-15); 153,7 (C-8);
160,9 (C-13); 162,6 (C-9); 164,6 (C-2)
IV (cm-1): 1600 e 1500 (C=C aromático); 1360 (C=N); 1250 e 1020 (C-O-C éter
aromático); 710 (C-Cl)
Nome: 5-(2’-(benziloxi)-5-clorofenil)-3-
(4-fluorofenil)Isoxazol (45p)
Reagentes: 44p (0,6 mmol); brometo
de benzila (0,8 mmol); K2CO3
(1,2 mmol)
Rendimento: 0,19 g (85,0 %)
Características: sólido branco
Tf: 192,9 – 193,1 °C
CCD: Rf = 0,3 (30,0 % AcOEt/Hex.)
RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3:) δ 5,2 (s, 2H, H-14); 7,0 (s, 2H, H-1; H-7); 7,1 (d, J =
8,7 Hz; 2H, H-12); 7,32 – 7,35 (dd, J= 2,4 Hz e J = 9 Hz; 1H, H-6); 7,40 – 7,47 (m,
5H, H-6; H-16; H-17; H-18); 7,68 – 7,72 (m, 2H, H-11); 8,0 (d, J = 2,4 Hz; 1H, H-4)
RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 71,1 (C-14); 102,3 (C-1); 113,9 (C-7); 116,1 (d,
JC-F= 21,75 Hz; C-12); 117,8 (C-10); 126,4 (C-3); 127,4 (C-18); 127,6 (C-17); 128,5
16
14
13
121115
17
12
3
4
56
89
10
7
18
19NOO
Cl
O
16
14
13
121115
17
12
3
4
56
89
10
7
18
NOO
Cl
F
52
(d, JC-F= 1,5 Hz; C-11); 128,6 (C-6); 128,8 (C-16); 130,8 (C-4); 135,8 (C-5); 153,8 (C-
15); 162,7 (C-8); 162,1 (C-13); 165,1 (C-9); 165,4 (C-2)
IV (cm-1): 1600 e 1500 (C=C aromático); 1440 (C-F); 1260 (C=N); 1240 e 1020 (C-O-
C éter aromático); 740 (C-Cl)
Nome: 5-(2’-(benziloxil)-5-metoxifenol)-
3-(3-nitrofenil)isoxazol (45z)
Reagentes: 44z (0,4 mmol); brometo
de benzila (0,5 mmol); K2CO3
(0,8 mmol)
Rendimento: 0,10 g (63,1 %)
Características: sólido amarelo
Tf: 150,0 – 152,0 °C
CCD: Rf = 0,30 (30,0 % AcOEt/Hex.)
RMN 1H ppm (300 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-21); 5,3 (s, 2H, H-16); 7,0 (d,
J = 9,6 Hz; 1H, H-6); 7,1 (s, 1H, H-1); 7,3 (d, J = 9 Hz; 1H, H-7); 7,33 – 7,43 (m, 4H,
H-4; H-19; H-20); 7,5 (d, J = 7,8 Hz; 2H, H-18); 7,6 (t, J = 8,1 Hz;1H, H-14); 8,1 (d, J =
8,7 Hz;1H, H-15); 8,3 (d, J = 9 Hz; 1H, H-13); 8,7 (s, 1H, H-11)
RMN 13C ppm (75 MHz, CDCl3): δ 55,8 (C-21); 76,4 (C-16); 94,8 (C-6); 104,4 (C-1);
118,6 (C-3); 118,7 (C-7); 119,3 (C-4); 120,6 (C-20); 124,5 (C-14); 127,9 (C-15);
128,3 (C-19); 128,4 (C-18); 129,7 (C-13); 131,2 (C-11); 134,7 (C-10); 138,0 (C-17);
143,4 (C-12); 146,0 (C-8); 148,5 (C-5); 152,3 (C-9); 156,7 (C-2)
IV (cm-1): 1600 e 1500 (C=C aromático); 1360 (C=N); 1230 e 1070 (C-O-C éter
aromático)
Nome: 5-(2’-metoxifenil)-3-(3,4,5trimetoxi
fenil)Isoxazol (46f)
Reagentes: 44f (0,6 mmol); CH3I (0,8 mmol);
K2CO3 (1,2 mmol)
Rendimento: 0,15 g (72,1 %)
Características: sólido branco
Tf: 88,1 – 92,6 °C
CCD: Rf = 0,5 (30,0 % AcOEt/Hex.)
16
14
13
1211
15
21
20
17
12
3
4
56
89
107
18
19
NOO
O
NO2
16 14
13
12
1115
12
3
4
5
6
89
107
NOO
O
O
O
53
RMN 1H ppm (500 MHz, CDCl3): δ 3,9 (s, 3H, H-15); 4,0 (s, 6H, H-14); 4,05 (s, 3H,
H-16); 7,06 – 7,15 (m, 5H, H-1; H-5; H-7; H-11); 7,45 – 7,48 (m, 1H, H-4); 8,05 (d,
J = 7,5 Hz;1H, H-6)
RMN 13C ppm (125 MHz, CDCl3): δ 55,7 (C-14); 56,4 (C-15); 61,0 (C-16); 101,4 (C-
1); 104,3 (C-11); 111,3 (C-7); 116,5 (C-3); 121,0 (C-5); 125,0 (C-10); 127,8 (C-4);
131,3 (C-6); 139,6 (C-13); 153,6 (C-12); 156,2 (C-8); 162,9 (C-9); 166,5 (C-2)
EM m/z: 341 (100%); 326 (50%); 135 (90%)
IV (cm-1): 1600 e 1500 (C=C aromático); 1460 (C=N); 1240 e 1120 (C-O-C éter
aromático)
54
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Síntese dos isoxazóis e seus intermediários
5.1.1 Síntese da 3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona (40)
O primeiro material de partida a ser sintetizado, foi uma hidroxiacetofenona
substituída, a 3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona, que foi utilizada para a obtenção do
primeiro dos intermediários de síntese, os ésteres. Além desta, outras quatro
hidroxiacetofenonas também foram utilizadas (com substituintes do tipo H, 5-Cl e
5-OMe), mas como elas são disponíveis comercialmente, foram adquiridas
diretamente da Sigma Aldrich.
A primeira etapa desse estudo consistiu na síntese do composto 3,5-dicloro-2-
hidroxiacetofenona (40) através de duas reações consecutivas, a saber: uma
esterificação do 2,4-diclorofenol (47), seguida do rearranjo do grupo acilo do éster
fenólico (48) para o anel aromático com auxílio do ácido de Lewis (AlCl3), esta última
sendo normalmente conhecida como rearranjo de Fries (Esquema 9). A despeito
deste rearranjo do grupo acilo, ele pode ocorrer tanto nas posições orto e/ou para
quando grupos doadores de elétrons estão presentes no anel benzênico. No
composto utilizado, não foi observada a formação de outro isômero, pois, o fenol
utilizado tinha apenas uma posição orto disponível.
(47) (48)(40)
Cl
1) AlCl3, 0,5 h 160ºC
2)HCl 6M, 0,5 h t.a.
Cl
Cl Cl
Cl
Cl
O
OH O
O
OH
AcOH
Ac2O
88,6% sobre 2 etapas
Esquema 9 – Equação reacional para a síntese do composto 40
O rendimento da reação foi considerado satisfatório, uma vez que há certa
competição entre o grupo hidroxila, doador de densidade eletrônica, ativando o anel
aromático e os dois átomos de cloro presentes no benzeno, que desativam o
mesmo. Claramente, o efeito doador que direciona a substituição orto e ou/ para
possui maior influência.
55
O ácido de Lewis tem a capacidade de formar um complexo com o oxigênio
carbonílico (48a), pelo ataque do par de elétrons livre do mesmo (por ser mais
nucleofílico que a ligação π da carbonila). Devido a instabilidade da ligação do
complexo formado, pela polarização da ligação da carbonila com o oxigênio fenólico,
ocorre um rearranjo induzido da ligação do ácido de Lewis, que passa a se ligar ao
oxigênio fenólico (48b). Pela ressonância, um íon acílio é liberado para o meio
reacional, favorecendo a acilação do anel aromático, em posição orto ao grupo
doador (48c). O fato do ácido de Lewis sempre estar carregado negativamente é
devido ao rompimento e formação das ligações, que ocorrem simultaneamente.
(Esquema 10).
(48a)
(40)
Cl
Cl
O
O
Al
Cl
Cl
Cl
Cl
Cl
O
O
Al
Cl
Cl
Cl
Cl
Cl
O
O
AlCl3
Cl
Cl
OAlCl3
O
Cl
Cl
O
OH+ AlCl3
(48b)
(48c)
(48)
Esquema 10 – Proposta do mecanismo reacional para a síntese da 3,5-dicloidroxiacetofenona
(Rearranjo de Fries)
A formação dos produtos foi confirmada pelas análises dos espectros de
massas e RMN de ¹H e de ¹³C. Além disso, o espectro de massas (Figura 13)
permitiu observar duas fragmentações que corroboraram a formação do produto
desejado. A primeira em m/z 204 (40%) atribuída ao pico do íon molecular e, a
segunda, em m/z 189 (100%) que foi atribuída ao pico base e relacionada a perda
de um radical metil (clivagem homolítica) para formação do corresponde íon acílio.
Como o átomo de cloro possui isótopos (35Cl, 37Cl), no espectro de massas dessa
hidroxiacetofenona foram observados picos duplos (m/z= 205/204 e m/z=190/189),
referentes há esses isótopos.
56
50.0 75.0 100.0 125.0 150.0 175.0 200.0
18963 204133977353 85
Figura 13 – Espectro de massas do composto 40
No espectro de RMN ¹H (Figura 14) foram observados quatro sinais de
hidrogênios, um simpleto em 2,65 ppm, dois dupletos em 7,56 e 7,64 ppm ambos
com J = 2,4 Hz, e um simpleto intenso em 12,70 ppm, referentes aos hidrogênios
H-1, H-4, H-6 e OH, respectivamente. Todos os sinais estão de acordo com a
estrutura proposta para o produto final, porém, o simpleto em 2,65 ppm caracterizou
a formação do composto.
Figura 14 – Espectro de RMN ¹H da 3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona em CDCl3 em aparelho de
300 MHz
No espectro de RMN de ¹³C (Figura 15) foram observados os sinais em
26,82; 120,61; 123,33; 123,98; 128,47; 135,91; 156,84; 203,42 ppm, referentes aos
57
carbonos C-1, C-3, C-7, C-5, C-6, C-4, C-8 e C-2, respectivamente. O único sinal
que indicou a formação do produto foi o sinal com deslocamento químico em
203,42 ppm, característico de carbonilas de cetonas, bem desblindadas.
Figura 15 - Espectro de RMN ¹³C da 3,5-dicloro-2-hidroxiacetofenona em CDCl3 em aparelho de
75 MHz
5.1.2 Síntese dos ésteres (41)
Para obtenção desses compostos foi promovida a esterificação de diferentes
hidroxiacetofenonas (com substituintes do tipo H; 3,5-dicloro; 5-Cl e 5-OCH3) com
diferentes cloretos de benzoíla. O cloreto de benzoíla empregado em cada reação,
vale a pena aqui ressaltar, foi o último reagente adicionado a mistura reacional. Esta
adição deu-se a 0 oC, mantendo-se em banho de gelo a mistura reacional, com
intuito de evitar/minimizar a hidrolise deste reagente no meio reacional, formando o
ácido carboxílico correspondente e, por conseguinte, afetando diretamente o
rendimento da reação. A reação foi interrompida (quenching) adicionando-se ácido
58
prótico com intuito de forçar a precipitação do produto, (Esquema 11). Os
rendimentos estão dispostos na Tabela 3.
R
O
Cl+
1) Piridina, 3 hs, t.a.
2) HCl 3,0 M
O
O
RO
O
OH
R2
R1
Esquema 11 – Metodologia sintética para obtenção dos compostos 41a – 41w
Tabela 3: Valores dos rendimentos dos ésteres 41u a 41w
Comp. R R1 R2 Rend.(%) Comp. R R1 R2 Rend.(%)
41a 4-MePh H H 100,0 41n Ph Cl H 95,0
41b 4-OMePh H H 100,0 41o 4-OMePh Cl H 87,0
41c Ph H H 100,0 41p 4-FPh Cl H 90,0
41d 4-ClPh H H 100,0 41q 3,4,5-
(OMe)3Ph
Cl H 36,4
41e 4-FPh H H 50,0 41r 4- ClPh Cl H 99,4
41f 3,4,5-
(OMe)3Ph
H H 100,0 41s 3-NO2Ph Cl H 95,0
41g Furano H H 100,0 41t Furano Cl H 89,7
41h 3-NO2Ph H H 100,0 41u Ph OMe H 95,0
41i Ph Cl Cl 78,0 41v 4-FPh OMe H 87,0
41j 3,4,5-
(OMe)3Ph
Cl Cl 77,0 41x 3,4,5-
(OMe)3Ph
OMe H 90,0
41l 4-ClPh Cl Cl 81,0 41z 3-NO2Ph OMe H 36,4
41m 4-OMePh Cl Cl 83,0 41w Furano OMe H 99,4
Os ésteres de 41a a 41h foram obtidos com os melhores rendimentos. Isso
indica que nesta etapa reacional, tanto o efeito estérico quanto as propriedades
ativadoras e desativadoras dos substituintes afetam a cinética da reação. Na etapa
59
de formação dos isoxazóis os produtos referidos aos ésteres 41i e 41l apresentaram
rendimentos muito baixos, não sendo viável sua utilização para a formação dos
isoxazóis alquilados ou purificados, por esse motivo as caracterizações de seus
intermediários não são apresentadas.
Os rendimentos dos produtos de 41n a 41t foram satisfatórios. Todos os
sólidos foram recristalizados com metanol a quente. Para os compostos 41o; 41q;
41r e 41t a purificação não foi efetiva, logo, as caracterizações não foram
priorizadas. Porém, as reações seguintes foram realizadas para todos os
compostos.
Como a proposta era somente purificar esses compostos por recristalização,
foi possível purificar de forma efetiva apenas o composto 41z. Nos compostos 41u e
a 41w ainda havia mistura de material de partida. Logo, somente o composto 41z foi
caracterizado.
A primeira caraterística que confirmou a formação deste produto foi a
diferença de polaridade observada pelo Rf a partir de CCD. A segunda, por sua vez,
foi o ponto de fusão que permitiu confirmar a ausência de materiais de partida.
No espectro de massas do composto 41b (Figura 16), o pico do íon molecular
estava ausente devido a instabilidade do íon molecular, e apenas o pico base com
m/z 135 (100%) e m/z107 (10%); 77 (40%) foram detectados. O pico base pode ter
se formado pela clivagem heterolítica que deu origem ao íon fenilacílio. O segundo
pico pode estar associado a perda do radical CO. Por fim, o terceiro fragmento deve
referir-se a perda do radical COCH2, devido ao rearranjo do hidrogênio metílico.
50.0 75.0 100.0 125.0
13577
92 10764 7850
Figura 16 – Espectro de massas do composto 41b
No espectro de RMN ¹H (Figura 17) para o composto 41b os sinais de
hidrogênios metílicos próximos a carbonila apareceram em campo mais baixo
2,6 ppm (H-1) do que para aqueles ligados diretamente no oxigênio 3,9 ppm (H-14),
devido ao efeito da eletronegatividade. Na região de núcleos de sistemas aromáticos
60
todos os hidrogênios com suas respectivas multiplicidades foram identificados, onde
dois dupletos intensos foram atribuídos aos hidrogênios de mesmo deslocamento H-
11 (7,0 ppm) e H-12 (8,2 ppm). Além disso, observou-se a presença de mais dois
dupletos de menor intensidade H-4 (7,9 ppm) e H-7 (7,3 ppm), e o mesmo
comportamento foi observado para o H-7 que está mais blindado.
Figura 17 – Espectro de RMN ¹H 1-acetilfenil-4-metoxibenzoato em CDCl3 em aparelho de 500 MHz
O mesmo raciocínio utilizado para atribuir os sinais dos hidrogênios,
sobretudo aromáticos, foi também aplicado na atribuição dos sinais dos carbonos do
tipo metílicos, CH. Os dois sinais de maior intensidade foram relacionados aos
carbonos C-12 (114,0 ppm) e C-11 (132,5 ppm). Para os carbonos não ligados a
hidrogênios, mas com ligações do tipo C-C e/ou C-O a atribuição foi feita de acordo
com a influência dos átomos adjacentes. Os dois sinais mais importantes
identificados foram os deslocamentos observados em 164,8 e 197,7 ppm, os quais
foram assinalados aos carbonos carbonílicos C-9 e C-2, respectivamente. Estes
sinais confirmam a presença tanto da carbonila de cetona mais desprotegida (em
197,7 ppm), quanto aquela relativa ao grupo éster, mais protegida (em 164,8 ppm)
em decorrência do efeito de ressonância, (Figura 18).
61
Figura 18 – Espectro de RMN ¹³C 1-acetilfenil-4-metoxibenzoato em CDCl3 em aparelho de 125 MHz
Para os demais compostos 41a, 41c a 41h, as análises dos espectros foram
feitas de forma similar, estando os espectros disponíveis na seção de anexos desta
dissertação.
5.1.3 Síntese das β-dicetonas (42)
A formação das β-dicetonas transcorreu com uso de KOH, mostrando-se
uma base suficientemente forte para desprotonação da porção metil-cetona do
substrato e formação do enolato necessário a conclusão da reação (Esquema 12 e
Esquema 13).
Uma transformação particular no meio reacional ao longo destas reações é a
mudança de coloração do sólido de branco (material de partida) para amarelo
intenso (produto), uma cor tipicamente encontrada em β-dicetonas e que permitiu
inferir, qualitativamente, sobre a formação dos produtos desejados. Os pontos de
fusão registrados para os produtos também auxiliaram na caracterização dos
produtos. Os rendimentos estão apresentados na Tabela 4.
62
1) Piridina, KOH 30min50,0 ºC
2) CH3COOH 10%
R
OH
O O
R1
R2
O
O
RO
Esquema 12 – Síntese dos compostos 42a – 42w
Tabela 4: Valores dos rendimentos das dicetonas 42a – 42w
Comp. R R1 R2 Rend.(%) Comp. R R1 R2 Rend.(%)
42ª 4-MePh H H 100,0 42n Ph Cl H 38,6
42b 4-OMePh H H 80,0 42o 4-OMePh Cl H 67,0
42c Ph H H 80,0 42p 4-FPh Cl H 43,0
42d 4-ClPh H H 72,0 42q 3,4,5-
(OMe)3Ph
Cl H 5,0
42e 4-FPh H H 40,0 42r 4- ClPh Cl H 20,5
42f 3,4,5-
(OMe)3Ph
H H 87,0 42s 3-NO2Ph Cl H 19,0
42g Furano H H 64,0 42t Furano Cl H 41,2
42h 3-NO2Ph H H 74,0 42u Ph OMe H 72,0
42i Ph Cl Cl 50,0 42v 4-FPh OMe H 38,3
42j 3,4,5-
(OMe)3Ph
Cl Cl 100,0 42z 3,4,5-
(OMe)3Ph
OMe H 43,0
42l 4-ClPh Cl Cl 88,8 42w 3-NO2Ph OMe H 41,0
42m 4-OMePh Cl Cl 100,0
Conforme já mencionado acima, uma base forte, KOH, foi utilizada nestas
reações para abstrair o próton metílico, formando um íon enolato (49). Este íon, por
sua vez, promove um ataque intramolecular na carbonila do éster e, por
conseguinte, ocorre um rearranjo estrutural do tipo Baker-Venkataraman levando a
formação da correspondente β-dicetona, porém, com o oxigênio fenólico carregado
63
negativamente (50) (Esquema 13). Ao final da reação, ácido é adicionado para
precipitar o produto (42) que se encontrava solubilizado no meio reacional.
O
O
RO
OHH
O
RO
O
O
RO
O
O
RO
O
O
O
O
R
O
O
R
O
H+
O
R
O
OH
(49)(50) (42)
Esquema 13 – Proposta de mecanismo reacional para a síntese das β-dicetonas (Rearranjo de Baker
Venkataraman)
Com base nos dados a partir das duas etapas reacionais, percebeu-se que a
cinética destas reações é aparentemente sensível a presença de substituintes no
anel aromático da hidroxiacetofenona de partida. Essa asserção é baseada
fundamentalmente observando-se os baixos rendimentos para os produtos
sintetizados a partir de hidroxiacetofenonas aril-substituídas.
Todas as β-dicetonas foram caracterizadas e/ou confirmadas por
espectrometria de massas, pela coloração amarelo intenso e a mudança no ponto
de fusão. A técnica espectrométrica de RMN não foi utilizada, pois, as mesmas
formam o enol – equilíbrio tautomerico em CDCl3, o que dificulta de certa forma a
atribuição dos sinais. O espectro de RMN ¹H do composto 42a (Figura 19) ilustra
essa ressonância que ocorre nas β-dicetonas.
64
Figura 19– Espectro de RMN ¹H da dicetona 42a em CDCl3 em aparelho de 300 MHz
Os ésteres não caracterizados foram conduzidos para essa etapa reacional e
resultaram em seus respectivos produtos (avaliação feita pela modificação de cor
dos sólidos e ponto de fusão), porém, as impurezas ainda permaneceram. Apenas o
composto 42q não foi conduzido para a próxima etapa, devido ao baixo rendimento.
5.1.4 Síntese das flavonas (43)
Nessa etapa reacional as β-dicetonas em meio ácido sofrem desidratação,
para formar as flavonas, (Esquema 14). Os rendimentos estão apresentados na
Tabela 5.
CH3COOH, H2SO4cat.
60min, 100,0 ºCR
OH
O O
R1
R2
O
O
R
R1
R2
Esquema 14 – Síntese dos compostos 43b a 43w
65
Tabela 5: Valores dos rendimentos das flavonas 43b a 43w
Comp. R R1 R2 Rend.(%) Comp. R R1 R2 Rend.(%)
43b 4-OMePh H H 70,0 43n Ph Cl H 80,0
43c Ph H H 72,0 43o 4-OMePh Cl H 100,0
43d 4-ClPh H H 92,0 43p 4-FPh Cl H 97,0
43e 4-FPh H H 45,0 43r 4- ClPh Cl H 84,5
43f 3,4,5-
(OMe)3Ph
H H 88,0 43s 3-NO2Ph Cl H 77,0
43g Furano H H 94,0 43t Furano Cl H 85,6
43h 3-NO2Ph H H 91,0 43u Ph OMe H 95,0
43i Ph Cl Cl 88,0 43v 4-FPh OMe H 100,0
43l 4-ClPh Cl Cl 100,0 43z 3-NO2Ph OMe H 100,0
43m 4-OMePh Cl Cl 83,2 43w C4H3O OMe H 100,0
O mecanismo reacional proposta para a formação das flavonas iniciasse com
a protonação da carbonila pela presença do ácido (etapa 1), que por sua vez,
adquire um caráter eletrofílico suficiente para sofrer um ataque intramolecular do
oxigênio fenólico (etapa 2). Em seguida, ocorre um transferência de próton (etapa 3)
que resulta da liberação de uma molécula de água (etapa 4), resultando nas
flavonas (Esquema 15).
R
OH
O O
R1
R2
O
O
R
R1
R2
R
OH
O OH
R1
R2
O
O
R
R1
R2 H
OH
O
O
R
R1
R2
OH2
H
O
O
H
O
O
(1) (2)
(3)
(4)
Esquema 15 – Proposta de mecanismo reacional para a síntese das flavonas
66
Todas elas foram recristalizadas em metanol a quente. As flavonas 43a – 43h
foram sintetizadas com bons rendimentos, apenas o composto 43e apresentou um
rendimento menor (45%), os outros foram maiores que 70%.
A reação intramolecular não teve a cinética afetada, o efeito estérico não
prevaleceu, os rendimentos dos produtos com substituintes nos dois anéis foram
bem melhores do que aqueles com apenas um substituinte.
A síntese dos compostos foi confirmada pelas técnicas espectrométricas de
massas e RMNs de ¹H e de ¹³C. Porém, uma análise prévia como a mudança de
coloração, bem como diferentes pontos de fusão, deram indícios positivos para a
formação dos compostos.
No espectro de massas do composto 43b (Figura 20) o pico do íon molecular
confirmou a massa molar da flavona, assim como as fragmentações com m/z= 252
(M+,100%); 132 (70%) e 117 (20%).
50 100 150 200 250
25213289 11763 221209 23776 152 18110251 135
Figura 20– Espectro de massas do composto 43b
No espectro de RMN ¹H (Figura 21) do composto 43b o deslocamento de H-1
em 6,7 ppm indica a formação do produto, pois, ele se encontra na região em que
hidrogênios estão ligados a carbonos com hibridização sp2, neste caso, os alcenos.
A ausência de um simpleto bem desblindado referente a hidroxilas das β-dicetonas
também confirmam a formação das flavonas.
67
Figura 21 – Espectro de RMN ¹H 2-(4-metoxifenil)-4H-croman-4-ona em CDCl3 em aparelho de
500 MHz
No espectro de RMN ¹³C (Figura 22) do composto 43b o sinal com
deslocamento químico em 106,16 ppm (C-1), também confirmou a desidratação da
molécula β-dicetona, assim como a ausência da metila referente ao primeiro
intermediário e, de dois sinais acima de 170 ppm referentes as carbonilas de
dicetonas. Apenas um pico de carbonila foi identificado em 178,35 ppm (C-2).
68
Figura 22 – Espectro de RMN ¹H 2-(4-metoxifenil)-4H-croman-4-ona em CDCl3 em aparelho de
125 MHz
A estratégia de análise comparativa para dos sinais observados nos
espectros de RMN de ¹H e de ¹³C foi a mesma utilizada para os demais compostos,
de 43c a 43w.
Para a obtenção dos isoxazóis (44) duas estratégias metodológicas foram
exploradas. A primeira partiu do emprego de dois intermediários para sua síntese, as
dicetonas (42) (Esquema 16) e, nestas circunstâncias apenas três produtos foram
obtidos dessa forma.
(42)(44)
R
OH
O O
R1
R2
NOR
OHPiridina, H2NOH.HCl12hs, Inerte t.a.
R1
R2
Esquema 16: Rota sintética para obtenção dos isoxazóis através das β-dicetonas
Estas reações foram acompanhadas por CCD e, infelizmente, muitas
impurezas foram observadas, além da formação de isômeros. A segunda estratégia
69
metodológica permitiu a síntese dos isoxazóis a partir das flavonas (Esquema 9)),
mas também em mistura isomérica, no entanto, ao contrário da primeira abordagem,
sem impurezas. Com intuito de contornar esse problema, bem como, viabilizar
estudos de bioprospecção destas substâncias, adotou-se o processo de alquilação,
via brometo de benzila ou iodometano (Esquema 9), amplificando a lipofilicidade
para os correspondentes alquil derivados o que, teoricamente, poderia aumentar a
afinidade dessas moléculas com lipídios e, consequentemente, levar a uma
interação mais efetiva das mesmas com as células de microorganismos ao longo da
bioprospecção.
5.1.5 Síntese dos isoxazóis (44)
As reações para obtenção de isoxazóis (Esquema 17), em sua grande
maioria forneceram uma mistura isomérica dos produtos formados. Não é possível
identificar qual isômero foi formado, pois, as técnicas utilizadas não permitiram
desvendar tal estrutura. Pode-se atribuir esse fato ao uso da hidroxilamina que
possui dois sítios ativos, ora o oxigênio assume esse papel ora o nitrogênio,
dependendo do meio reacional. Os rendimentos estão apresentados na Tabela 6.
NOR
OHPiridina, H2NOH.HCl12hs, 110,0 ºC
O
O
R
R1
R2
R1
R2
Esquema 17 –Síntese dos isoxazóis 3,5-dissubstituídos 44a a 44w
A maioria dos produtos foram obtidos como uma mistura isomérica e, os
compostos de 44i a 44w são inéditos. Em busca de uma de alternativa para facilitar
a purificação dos produtos, aumentar a quantidade de substâncias inéditas para fins
de aplicação biológica, promoveu-se a alquilação dos produtos obtidos. Porém, esta
estratégia não foi possível em todos os casos, pois além de serem obtidos em
mistura isomérica, muitos produtos foram obtidos com impurezas de difícil separação
(44i, 44l, 44r, 44s, 44t, 44u, 44v e 44w).
70
Tabela 6: Valores dos rendimentos dos hidroxi-isoxazóis 44a a 44w
Comp. R R1 R2 Rend.(%) Comp. R R1 R2 Rend.(%)
44a 4-MePh H H 55,0 44m 4-OMePh Cl Cl 47,0
44b 4-OMePh H H 78,6 44n Ph Cl H 47,0
44c Ph H H 47,0 44o 4-OMePh Cl H 85,0
44d 4-ClPh H H 23,0 44p 4-FPh Cl H 83,0
44e 4-FPh H H 66,0 44r 4- ClPh Cl H 96,8
44f 3,4,5-
(OMe)3Ph
H H 82,7 44s 3-NO2Ph Cl H 76,0
44g Furano H H 55,5 44t Furano Cl H 45,7
44h 3-NO2Ph H H 85,0 44u Ph OMe H 82,3
44i Ph Cl Cl 58,0 44v 4-FPh OMe H 47,0
44j 3,4,5-
(OMe)3Ph
Cl Cl 81,0 44z 3-NO2Ph OMe H 81,4
44l 4-ClPh Cl Cl 25,0 44w Furano OMe H 53,2
Acredita-se que os isoxazóis obtidos em maior porcentagem são aqueles em
que o sitio mais ativo da hidroxilamina é o grupo azo. Assim, os átomos de oxigênio
ficam do mesmo lado da molécula.
O provável mecanismo reacional para a formação destes produtos se dá pelo
ataque nucleofílico do grupo azo da hidroxilamina (o qual teve seu hidrogênio
abstraído pela priridna) no carbono β da flavona, condicionando uma adição
conjugada, a qual gera produtos mais estáveis que a adição direta na carbonila
(reações em compostos α,β-insaturados), formando um intermediário (51). Em
seguida, esse intermediário sofre um quebra heterolítica formando um composto
carregado negativamente no oxigênio (52), o qual promove o ataque intramolecular
formando um intermediário cíclico (53). Em seguida, uma molécula de água é
liberada para o meio, ocorrendo a desidratação para a formação dos isoxazóis (54)
(Esquema 18).
71
O
O
R HNOH.HCl OR
NH
O
O OH
O
R
NH
O
OH
NO
R
OH
H+
H
- H2O
NO
OH
R
(51)(52)
(53)(54)
H
R1
R2
R1
R2
R1
R2
R2
R1
R1
R2
Esquema 18 – Mecanismo reacional proposto para a formação dos isoxazóis
A mudança para elevados pontos de fusão indica a formação de isoxazóis. Já
os espectros de RMNs de ¹H permitem a quantificação da mistura isomérica devido
a presença de dois simpletos bem desblindados característico de hidroxilas e com
intensidades distintas.
Para o composto 44c, o espectro de massas (Figura 23) forneceu o pico do
íon molecular correspondente a m/z 237, uma fragmentação em m/z 207 que pode
ser relacionado a duas clivagens heterolíticas simultâneas, e o pico base m/z 117
que é fragmento mais estável.
50 100 150 2000
50
100
%
1177361 77
51 237
20710593
Figura 23 – Espectro de massas do composto 44c
No espectro de RMN ¹H (Figura 24) para o composto 44c, as integrações dos
sinais apresentaram uma quantidade muito grande de hidrogênios, indicando
nitidamente a presença de isômeros.
72
Figura 24 – Espectro de RMN ¹H 1''-(3-(4-metilfenil)isoxazol-5-il)fenol em DMSO em aparelho de
500 MHz
A razão entre eles pode ser calculada pela integral dos picos, com a seguinte
fórmula:
(Pico1 /Pico1 + Pico2)x100%
Para o composto 44c a razão entre os isômeros foi de 49,5% Pico1 e 50,5%
Pico2. Neste caso, a proporção foi quase a mesma. Mas, nas moléculas com
substituintes como 44a, 44d e 44e a diferença entre eles aumentaram. Na
Tabela 7 são apresentados os dados obtidos a partir do espectro de massas e a
razão da mistura isomérica desses compostos.
73
Tabela 7 – Caracterização de isômeros e a razão entre os mesmos
Composto R Massas (m/z) Pico1 : Pico2 (%)
44a 4-MePh - 32,3 : 67,7
44d 4-ClPh 274 (M+); 271
(80%); 151 (98%);
121 (100%)
30,0 : 70,0
44e 4-FPh 255 (M+); 207
(30%); 135 (65%);
121 (60%) 73
(100%); 61 (80%)
22,0 : 78,0
O composto 44a foi obtido através da β-dicetona correspondente, logo, a
metodologia aplicada não funciona adequadamente para obtenção de isoxazóis
puros.
O padrão de fragmentação observado foi o mesmo apresentado para o
composto 44c. Pelos valores da Tabela 6, a influência de grupos doadores no anel
aromático, parece favorecer a formação de um dos isômeros em relação ao outro.
Para os compostos 44b, 44f, 44g, 44j e 44m foi possível isolar e realizar a
caracterização de um único isômero, pois, ao alquilar os isoxazóis 3,5-
dissubstituídos (visando-se a aplicação biológica e maior facilidade de purificação)
essas reações não transcorreram com 100% de conversão, restando ainda isoxazóis
de partida no meio reacional.
No espectro de RMN ¹H (Figura 25) do composto 44b o simpleto em 7,3 ppm
(H-1) indicou a formação do isoxazol 3,5-dissubstituído, pois, esse hidrogênio está
na região aromática, uma vez que os isoxazóis são heterocíclicos aromáticos, pode
deduzir-se esta asserção. Por outro lado, esse mesmo hidrogênio na respectiva
flavona aparece em campo mais baixo, por estar associado a um alceno e não a um
anel aromático. O simpleto em 10,67 ppm muito desblindado é característico de
grupo hidroxílico e foi atribuído ao H-1’.
74
Figura 25 – Espectro de RMN ¹H 1’’-(4-metoxifenil)isoxazol-5-il)fenol em DMSO em aparelho de
300 MHz
Figura 26 – Espectro de RMN ¹³C 1’’-(4-metoxifenil)isoxazol-5-il)fenol em DMSO em aparelho de
75 MHz
75
No espectro de RMN ¹³C (Figura 26) do composto 44b o deslocamento para
campo baixo de C-2 em 167,0 ppm, que antes referia-se a uma carbonila de cetona
indicou a formação do isoxazol.
No espectro no IV (Figura 27) desse composto a banda larga em
3200 cm-1 referente ao grupo OH e a banda em 1450 cm-1 referente a vibração da
nova ligação formada C=N, indicaram a formação dos isoxazol 3,5-dissubstituído.
iso15
4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600
100
95
90
85
80
75
70
Wavenumber
%T
ransm
itta
nce
Figura 27 – Espectro no IV do composto 44b
Na Tabela 8 estão dispostos os resultados obtidos para caracterização para
dos demais compostos.
Tabela 8 – Caracterizações dos isoxazóis puros
Compostos RMN ¹H (ppm) RMN ¹³C (ppm) IV (cm-1)
44f 7,09 (H-1) 167,26 (C-2) 3160 (OH)
1420 (C=N)
44g 7,21 – 7,23(m)
(H-1)
166,76 (C-2) 3120 (OH)
1370 (C=N)
44j 7,21 (H-1) 158,52 (C-2) 3360 (OH)
1400 (C=N)
44m 7,40 (H-1) 164,98 (C-2) X
A alquilação desses compostos foi realizada a fim de se avaliar o potencial
biológico desses dois grupos de substâncias.
1500
1030
1260
3200
1450
1580
76
Os compostos 44h, 44n, 44o, 44p e 44z não foram identificados por métodos
físicos devido a formação de mistura isomérica confirmada por CCD e, em
decorrência da conversão completa dos mesmos nas reações de alquilação. O
isoxazol 44j, por sua vez, não foi alquilado por conta da pequena quantidade em
massa obtida.
5.1.6 Alquilação dos isoxazóis (45)
Na síntese dos isoxazóis 3,5-dissubstituídos, a alquilação (Esquema 19) foi
realizada na presença do carbonato de potássio anidro, o qual abstraiu o hidrogênio
mais ácido, na hidroxila fenólica, promovendo o ataque nucleofílico no C-α ao haleto
do brometo de benzila ou iodoetano, ocorrendo, assim, uma clássica reação de
substituição SN2. Os rendimentos das reações estão dispostos na Tabela 9.
1) K2CO3, , C6H5CH2BrAcetona
24hs, 60,0 ºC
NOR
OH
R1
R2
NOR
O
R1
R2
Ph
Esquema 19– Alquilação de alguns isoxazóis obtidos como mistura isomérica
Tabela 9: Valores dos rendimentos dos isoxazóis alquilados
Comp. R R1 R2 Rend.(%) Comp. R R1 R2 Rend.(%)
45a 4-MePh H H 55,4 45m 4-OMePh Cl Cl 100,0
45b 4-OMePh H H 62,5 45n Ph Cl H 79,2
45d 4-ClPh H H 88,8 45o 4-OMe Cl H 32,0
45e 4-FPh H H 27,8 45p 4-FPh Cl H 85,0
45f 3,4,5-
(OMe)3Ph
H H 78,7 45z 3-NO2Ph OMe H 63,1
45g Furano H H 60,5 46f 3,4,5-
(OMe)3Ph
H H 72,1
45h 3-NO2Ph H H 75,7
77
O isoxazol 44c foi alquilado, porém, sua purificação por coluna cromatográfica
em sílica gel não foi possível, pois, a proporção isomérica antes da alquilação era
praticamente 1:1, e o mesmo aconteceu na alquilação, dificultando bastante a
purificação.
Apesar dos dois isômeros de todos os isoxazóis terem sidos alquilados, um
sempre proporcionou maior rendimento sobre o outro, e esse foi escolhido como
produto de interesse.
A primeira característica física que mostrou o sucesso da alquilação, foi a
diminuição drástica do ponto de fusão, assim como o aumento nos valores de Rfs,
que indicaram a formação de substâncias menos polares.
Os isoxazóis alquilados (45a, 45b, 45d a 45h, 45m a 45p, 45z e 46f) foram
caracterizados por espectros de massas, de IV, de RMN ¹H e de ¹³C. O composto
46f foi o único alquilado com iodo metano.
No espectro de RMN ¹H (Figura 28) do composto 45b o aumento de sinais na
região de hidrogênios aromáticos, bem como, a ausência do simpleto desblindado
relativo ao grupo hidroxílico e um simpleto em 5,3 ppm (H-17) referente a dois
hidrogênios em campo alto (-CH2O-) foram coerentes com a estrutura proposta para
o composto.
Figura 28 – Espectro de RMN ¹H de composto 45b em CDCl3 em aparelho de 400 MHz
78
No espectro de RMN ¹³C (Figura 29) o sinal em 70,7 ppm (C-14) confirmou a
formação do produto, assim como, aumento de sinais na região de carbonos
aromáticos.
Figura 29 – Espectro de RMN ¹³C 5-(2-(benziloxi)fenil)-3-(4-metoxifenil)isoxazol em CDCl3 em
aparelho de 100 MHz
No espectro no IV (Figura 30) do composto 45b, a grande intensidade da banda em
1600 – 1500 cm-1 correspondem ao estiramento C=C de aromático. As duas bandas
que aparecem em 1250 e 1022 cm-1, correspondem ao éter aromático formado na
alquilação.
ISO28F
4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600
100
95
90
85
80
75
Wavenumber
%T
ransm
itta
nce
Figura 30 – Espectro no IV do composto 45b
1600
1250
1022
79
Na Tabela 10 são apresentados os dados para as caracterizações realizadas
para os demais isoxazóis 3,5-dissubstituídos.
Tabela 10 – Caracterizações dos isoxazóis alquilados
Compostos Massas
(m/z)
RMN ¹H
(H-14) (ppm)
RMN ¹³C
(C-14) (ppm)
IV (cm-1)
(C-O-Céster arom.)
45b 357 (M+, 10%);
91 (100%)
5,28 70,74 -
45d 361 (M+, 5%);
91 (100%)
5,28 70,79 -
45e 345 (M+, 10%);
91 (100%)
5,28 70,77 -
45f 312 (100%);
297 (50%)
5,22 70,74 1140 e 1000
45g 317 (M+, 10%);
91 (100%)
5,29 70,67 1260 e 1020
45h 372 (M+, 5%);
91 (100%)
5,30 70,93 -
45m - 5,03 55,38 1230 – 1020
45n - 5,24 70,09 1240 e 1020
45o - 5,22 71,06 1250 e 1020
45p - 5,21 71,10 1240 e 1020
45z - 5,29 76,44 1230 e 1070
Com exceção do composto 45f, todos os isoxazóis tiveram os picos dos íons
moleculares presentes nos espectros de massas. Eles sofrem a mesma
fragmentação por uma clivagem heterolítica formando o íon tropílio.
80
6 TESTES BIOLÓGICOS
6.1 Avaliação da atividade anti-chagásica
Em uma triagem inicial os compostos 44c; 44d; 44e, 44g; 44h, 44m, 45f, 45g
e 45m foram selecionados para serem submetidos ao teste antichagásico. Esses
testes foram realizados no Laboratório do Centro de Pesquisas René
Rachou/CPqRR -- A Fiocruz em Minas Gerais, pelo doutor Policarpo Ademar Sales
Junior.
Os métodos utilizados para realizar esse teste biológico estão disponíveis nos
anexos.
6.1.1 Resultados
Os resultados do teste anti T.cruzi foram expressos pela atividade (%) dos
compostos na redução das formas amastigotas e tripomastigotas; IC50 sobre o
parasito (µM) concentração dos compostos que reduz em 50% o crescimento
parasitário; IC50 sobre as células (µM) concentração dos compostos que induz 50%
de morte celular de fibroblastos de camundongos e a seletividade que é calculada
pelo IC50 dos compostos sobre as células dividido pelo IC50 dos compostos sobre o
parasita. Os resultados são apresentados na Tabela 11.
Quanto menor a concentração do composto para reduzir em 50% o
crescimento dos parasitos melhor é o efeito medicinal da molécula. O ideal é que os
compostos testados apresentem índice de seletividade maior que 50, para serem
conduzidos para o teste in vivo.
81
Tabela 11– Resultados da atividade antichagásica de alguns isoxazóis 3,5-dissubstiuídos para as formas amastigota e tripomastigota do T.cruzi
Composto
IC50 sobre o
parasita
(M)
IC50 sobre as
células
(M)
Índice de
Seletividade
NOOH
9,48 >18,90 > 2
NOOHCl
4,87 10,80 2,2
NOOHF
>20,46 >20,00 3,6
NOOH O
7,06 9,00 2,4
NOOH
NO2
4,56 16,60 1,4
NOOHOCl
Cl
4,70 6,70 < 1
NOO
PhO
O
O
6,96 16,60 -
NOO
PhNO2
>30,00 29,80 -
82
NOOOCl
Cl
Ph
>34 - 1,3
NOO
O
O
O
3,37 13,64 4,0
Benzonidazol 3,81 M 2.381 M 625
Os compostos 44c; 44d; 44g; 44h; 44m; 45f; e 46f foram ativos e pouco
seletivos, pois seus valores foram inferiores ao do padrão utilizado. O composto 44c,
sem substituintes, foi o que apresentou o menor efeito tripanocida se comparado
com os outros considerados ativos, sugerindo a importância da variação estrutural a
partir de substituintes nas moléculas. O composto 46f (3,37 M) foi o que
apresentou o melhor efeito, até mesmo do que o benzonidazol, provavelmente os
quatro grupos metoxilas presentes nas estruturas são responsáveis pela inibição da
reprodução das formas amastigota e tripomastigota do parasito, pois quando
comparado com seu análogo benzilado 45f (6,96 M) o efeito tripanocida foi mais
baixo. Os compostos 44h (4,56 M); 44m (4,70M); 44d (4,87 M) e 44g
(7,06 M) foram ativos, porém apresentaram uma concentração ligeiramente maior
que a do benzonidazol. Elas apresentam em suas estruturas grupos NO2; 3,5-Cl e 4-
OCH3; 4-Cl; furano, respectivamente. Assim, uma relação estrutura-atividade não
pode ser afirmada. Porém, o que chama a atenção é o composto 44h, o qual possui
em sua estrutura o grupo nitro, o mesmo presente no Benzonidazol, responsável
pelo efeito tripanocida.
Nesta triagem inicial nossa intenção era avaliar se essa classe de moléculas
apresentaria algum potencial antichagásico. Como se trata de um estudo inicial, o
mecanismo de ação dos compostos testados não foi avaliado. Pelos resultados
obtidos, pôde-se concluir que esses compostos não alquilados apresentam maior
potencial antichagásico, evidenciando a importância das hidroxilas nessas
moléculas.
83
6.2 Introdução: Avaliação da atividade antimicrobiana
Vários compostos de origem sintética possuem atividade direta contra muitas
espécies de bactérias, aumentam a atividade de um antibiótico específico, invertem
a resistência natural de bactérias específicas a determinados antibióticos, promovem
a eliminação de plasmídeos a partir de bactérias e inibem a função de transporte da
membrana plasmática.60
Em todo o mundo, há um grande número de cepas bacterianas resistentes a
múltiplas drogas, principalmente no ambiente hospitalar, aumentando a morbidade,
custos inerentes a cuidados de saúde, e as taxas de mortalidade devido a
infecções.59
Os compostos isoxazolínicos podem ser considerados agentes
antimicrobianos em potencial, uma vez que relatos na literatura confiram tal fato.
Nessa perspectiva, a pesquisa de novos produtos sintéticos com ação
antimicrobiana ou que atuem no controle da resistência bacteriana, torna-se uma
alternativa relevante.
Em uma triagem inicial, os compostos (44a, 44b, 44c, 44e, 44f, 44g, 44h, 44j,
45a, 45b, 45e, 45h, 45n, 45o, 45p e 46f) foram submetidos a testes de atividade
antimicrobiana e antifúngica, como será descrito adiante. Esses testes foram
realizados no Laboratório de Microbiologia da Escola de Farmácia da Universidade
Federal de Ouro Preto.
Ensaio Linhagens celulares
Foram utilizados 5 microrganismos de coleções padrões da American type
culture collection (ATCC) e isolados de amostras clínicas, sendo:
- Bactérias Gram positivas: Staphylococcus aureus ATCC 25923 e Listeria
monocytogenes (isolado clínico);
- Bactérias Gram negativas: Escherichia coli ATCC 25922, Providencia rettgeri
ATCC 29944;
- Fungo leveduriforme: Candida albicans ATCC 14408.
A metodologia aplicada para realização destes testes está disponível nos
anexos.
84
6.2.1 Resultados
Para a avaliação da atividade biológica dos nossos compostos frente aos
microrganismos testados, não foi utilizado nenhum fármaco de referência para efeito
de comparação das atividades antimicrobiana e antifúngica, e os resultados das
atividades foram avaliados em termos da CIM (concentração inibitória mínima) de
cada composto ensaiado. A CIM expressa a sensibilidade dos microrganismos aos
antimicrobianos (ou compostos candidatos a antimicrobianos) e corresponde à
menor concentração do composto capaz de inibir o desenvolvimento visível do
microrganismo. Os resultados obtidos estão dispostos na Tabela 12.
Tabela 12– Resultados da atividade antimicrobiana de alguns isoxazóis 3,5-dissubstiuídos
Comp P.rettgeri
(μM)
E.coli
(μM)
L.monocytogenes
(μM)
S.aureus
(μM)
C.albicans
(μM)
44a 251 >251 <1,96 125,50 >251
44b - >267 >267 >267 >267
44c 29,63 59,25 118,5 <237 29,63
44e 7,02 225 112,50 <225 >225
44f 81,75 40,88 <2,55 <327 40,88
44g 227 >227 <1,77 <1,77 <1,77
44h >282 >282 >282 >282 70,50
44j >305 >305 >305 >305 9,52
45a >170,5 85,25 42,63 341 <2,66
45b >357 >357 44,63 >357 357
45e 10,20 81,75 <2,55 <327 >327
45h 372 93 186 >372 23,25
45n >361 >361 >361 >361 45,13
45o >391 >391 >391 >391 97,75
45p >379 >379 >379 >379 5,91
46f 341 >341 <2,66 >341 >341
De acordo com os resultados apresentados na Tabela 12, as melhores
respostas da atividade dos compostos testados foram exibidas para as bactérias
gram positivas. Para a Staphylococcus aureus o composto que apresentou menor
CIM 4g (<1,77 μM) tem na sua estrutura molecular o anel furano e, provavelmente, o
85
efeito inibitório observado possa ser atribuído a ele, no entanto, isto é, uma asserção
apenas inicial e estudos adicionais deverão ser realizados para uma avaliação mais
completa dessa observação. Para a Listeria monocytogenes os resultados
mostraram que grupos doadores no aromático apresentam maior potencial de
inibição do crescimento da mesma, mas, uma correlação com a estrutura ainda não
pode ser feita, sendo elas 44g (<1,77 μM); 44a (1,96 μM); 44f (<2,55 μM); 45e
(<2,55 μM) e 46f (<2,66 μM). Para as bactérias gram negativas menos moléculas
foram ativas. Para a Escherichia coli o composto 44f (40,88μM) foi o mais ativo, e
para a Providencia rettgeri 44e (7,02μM) e 5e (10,25μM) foram mais ativos. No
composto 44f estão pesentes três grupos metoxilas, enquanto que, nos compostos
44e e 45e encontra-se flúor como um aril-substituinte (no isoxazol e em seu
corresponde derivado alquilado). Em ambos casos, são grupos doadores de
densidade eletrônica (por ressonância) e os efeitos inibitórios observados para os
compostos onde estão presentes podem estar correlacionados entre si, no entanto,
estudos adicionais sobre o mecanismo de ação para bioatividades observadas
devem ser realizados para melhor entendimento desta questão.
Os compostos que apresentaram melhores atividades contra o fungo C.
albicans foram 44g (<1,77 µM), 45a (<2,66 µM), 45p (5,91μM) e 44f (9,52μM), sendo
que o composto 44g foi o mais ativo, podendo ser atribuído ao furano o efeito de
inibição da proliferação desse fungo. Os outros compostos considerados ativos
possuem em suas estruturas como arilsubstituintes grupos doadores, sendo um
indício de que grupos doadores aumentam o potencial antimicrobiano desses
compostos. Porém, ainda não pode ser feita uma relação entre estrutura e
atividades, contudo, mais estudos devem ser feitos neste sentido.
Em relação aos grupos alquilados e não alquilados, não pode se afirmar qual
deles apresenta maior potencial, pois ambas apresentaram atividade para os
microrganismos.
86
7 CONCLUSÕES
Técnicas foram utilizadas para impedir ou minimizar a formação isomérica,
porém, sem sucesso. A alquilação dos isoxazóis de fato facilitou bastante a
purificação, pois, as moléculas tornaram-se menos polares.
Os isoxazóis e seus derivados são potencias antimicrobianos, por esse
motivo, os isoxazóis 3,5-dissubstituídos e seus derivados foram testados quanto
essa propriedade biológica. Os resultados foram bastante promissores, pois um
número considerável de substâncias inibiram o crescimento das bactérias e fungo
em concentrações baixas. Das 20 moléculas testadas 12 são inéditas, sendo de
grande relevância o empenho de esforços sintéticos no estudo desses compostos.
Os testes para doença de Chagas também são promissores, pois, apesar das
moléculas não terem apresentado seletividade desejável, elas foram ativas, sendo
necessário um estudo mais aprofundado para correlacionar o efeito tripanocida com
as estruturas das moléculas.
Por se tratar de um estudo pioneiro na aplicação dessas moléculas contra T.
cruzi os resultados obtidos foram muito relevantes, servindo de base para futuras
pesquisas envolvendo os isoxazóis 3,5-dissubstituídos e seus derivados.
Como as moléculas apresentaram capacidade para matar o parasito, porém,
com baixa seletividade, caminhos para melhorar esse aspecto serão adicionalmente
investigados como, por exemplo, a modificação estrutural desses compostos com a
adição de grupos como Br, Cl e NO2 que apresentam potencial para eliminar o
parasito. Esses compostos isoxazolínicos são susceptíveis a reações de substituição
no C-4 no anel heterocíclico de cinco membros. Contudo, isso é influenciado pelos
substituintes nas posições C-3 e C-5, do mesmo heterocíclico.
Tendo em vista que já existem relatos dessas reações que introduzem esses
tipos de grupos no C-4 do heterocíclico de cinco membros, a intenção de nosso
grupo de pesquisa é avaliar no futuro os efeitos de tais substituintes no ciclo de vida
do Tripanossoma cruzi.
87
8 REFERÊNCIAS
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90
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92
ANEXO I
Metodologias utilizadas para a realização dos testes biológicos
Atividades antimicrobianas
Ensaio antimicrobiano
A atividade antimicrobiana quantitativa foi determinada a partir do método de
microdiluição seriada 1:2 para determinação da concentração inibitória mínima
(CIM), ou seja, a última concentração dos compostos testados em que não houve
crescimento bacteriano (Ostrosky et al., 2008).
Este método de microdiluição em microplacas de 96 poços gera uma relação
geométrica decrescente de concentração. Desta forma à medida que a
concentração dos compostos testados diminui, foi observado o momento em que
houve o crescimento microbiano, sendo determinada a concentração inibitória
mínima, ou seja, a última concentração onde não há crescimento do micro-
organismo.
Para o preparo do inóculo, as bactérias foram repicadas em placas de Petri
contendo Ágar Mueller Hinton (Predimol®) e a levedura foi repicada em Ágar
Saboraud (Predimol®), as quais foram incubadas à 37 °C por 24 e 48 horas,
respectivamente. Após foram preparadas suspensões de microrganismo em salina
(NaCl 0,9%), de modo a se obter turvação referente ao tubo 0,5 da escala
McFarland (1 x 108 UFC/mL). Essas suspensões foram diluídas 1:100 em caldo
Mueller Hinton (Himedia®), obtendo-se uma suspensão a 1 x 106 UFC/mL, para que
a concentração final de microrganismo no teste fosse 5 x 105 UFC/mL.
Os compostos 4a, 4b, 4c, 4e, 4f, 4g, 4h, 4j, 5a, 5b, 5e, 5h, 5n, 5o, 5p e 6f
foram resuspendidas em DMSO, para concentração de 2 mg/mL. Em placas de 96
poços, esterilizadas, foram adicionados 25 µL de metanol a partir do segundo poço
de cada duplicata. Em seguida, 50 µL de solução de amostra foram adicionados no
primeiro poço e foram realizadas diluições seriadas 1:2, retirando 25 µL do primeiro
poço e transferindo para os poços subseqüentes. Dessa forma, as amostras foram
testadas em 8 concentrações: 1000 a 7,8 µg/mL. Após realização das diluições, 25
93
µL de caldo Mueller Hinton foram adicionados em cada poço, para substituir o
metanol que será evaporado em dessecador.
Para o controle de crescimento, foram colocados somente 25 µL de meio de
cultura. No controle positivo, foram adicionados 25 µL de tetraciclina (400 µg/mL)
para S. aureus e E. coli, moxifloxacina (100 µg/mL) para P. rettgeri e L.
monocytogenes e cetoconazol (60 µg/mL) para C. albicans. No controle negativo,
foram adicionados 25 µL de metanol e 25 µL de caldo. Como controle do meio de
cultura, foram adicionados somente 50 µL de caldo.
As placas foram colocadas em dessecador por 30 minutos, com bomba de
vácuo ligada, para eliminação do metanol. Depois, as mesmas foram
expostas a luz UV, em cabine de segurança biológica, por 15 min, para esterilização.
Foram adicionados 25 µL de inóculo em cada poço (exceto para o controle do
meio de cultura) e as placas foram incubadas em estufa a 37 °C por 24 ou 48 horas.
Em seguida cada poço foi repicado, com auxílio de alça bacteriológica, para
placas de Petri contendo ágar Mueller Hinton ou Saboraud. As placas foram
incubadas a 37 °C por 24/48 horas e foi considerada como CIM, a menor
concentração em que não houve crescimento microbiano.
Atividade antichagásica
Ensaio: Teste de atividade tripanocida adotando a transfecção da β-
galactosidase na cepa T. cruzi Tulahuen
Células L929 de fibroblastos de camundongos, cultivadas em garrafas de
cultura e mantidas congeladas em 80 μL de meio suplementado, foram adicionadas
a poços de uma placa de microdiluição (placa de 96 poços) e deixadas para
incubação por um período de 24 horas. Após esse tempo, foram adicionados 10
parasitas/célula, ou seja, 40.000 tripomastigotas da cepa que expressa a enzima β-
galactosidase. A infecção prossegue por 2 horas para que o parasita penetre nas
células e, em seguida, interrompe-se a infecção. O meio contendo os parasitas que
não penetraram nas células foi substituído por 200 μL de um novo meio, e a placa foi
incubada durante 48 horas para que ocorresse a infecção. As formas infectantes
tripomastigotas se transformaram em amastigotas por multiplicação celular.
94
O meio foi então substituído com as soluções dos compostos a serem
testados, na concentração de 1 μg/mL e a placa foi incubada durante 96 horas a
37°C. Desta forma a infecção continuou se desenvolvendo e os compostos agiram
tanto sob os parasitos residuais que ficaram fora das células quanto, principalmente,
os parasitos que ficaram dentro das células. Após este período, foram adicionados a
cada poço, 50 μL cloro fenol vermelho glicosídico (CPRG – inglês), pipetados de
uma solução estoque de 500 μM, e mais 0,5% de Nonidet P40. As placas foram
incubadas a 37°C, durante 18 horas.
O CPRG (Chlorophenol Red Glycoside) é um substrato que se encaixa na
enzima presente dentro do parasito. O nonidet é um sabão utilizado para promover a
quebra de tudo o que está no meio (parasito, célula) causando a liberação da
enzima no meio. Essa enzima, por sua vez, reage com o CPRG fato que é
perceptível devido a mudança na coloração do meio - de amarelo para violeta.
Dessa forma, quanto mais intensa a cor violeta ficar efetiva é a reação enzima-
substrato, indicando um maior número de parasitas, e, desta forma, indicando ser
menos efetivo o composto testado. Os resultados são validados após medida da
absorbância em 540 nm.
Os controles das células não infectadas e das células infectadas, tratadas
com benzonidazol ou não, são realizados em paralelo. Os resultados são expressos
como percentagem de inibição do crescimento de T. cruzi em células testadas com o
composto em comparação com as células infectadas e as células não tratadas.
Ensaios em triplicada são realizados na mesma placa.
Teste citotóxico em células L929 utilizando Alamar Blue
Para este bio ensaio, 4.000 células de fibroblasto de camundongos em 200 μL
de meio RPMI-1640 (pH 7,2 - 7,4) (Gibco BRL), mais 10% de soro fetal bovino e
glutamina 2 mM, foram adicionados a cada poço de uma placa de microdiluição
(placa de 96 poços) que foi incubada durante 3 dias a 37°C.
O meio de cultura foi então substituído com soluções dos compostos ativos
(diluído em 200 μL de meio suplementado sem vermelho de fenol) nas
concentrações 50 vezes o IC50 encontrado no ensaio descrito para a β-
galactosidase. A placa foi incubada durante 4 dias a 37°C.
95
Após este período, 20 μL de Alamar Blue foram adicionados a cada poço e a
placa foi incubada de 4 a 6 horas. Após esse período a absorbância foi medida
entre os comprimentos de 570nm a 600 nm. Os controles com as células não
tratadas e tratadas com o benzonidazol foram executados em paralelo e repetições
foram realizadas na mesma placa. Os resultados foram expressos como a diferença
percentual na redução entre células tratadas e não tratadas, por meio de tratamento
matemático.
96
ANEXO II
ESPECTROS DE RMNs DE ¹H E ¹³C PARA TODOS OS COMPOSTOS
Composto 40
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz
97
Composto 41a
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz
98
Composto 41b
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 500 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 125 MHz
99
Composto 41c
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 500 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 125 MHz
100
Composto 41d
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 500 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 125 MHz
101
Composto 41e
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz
102
Composto 41f
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz
103
Composto 41g
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz
104
Composto 41h
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 500 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 125 MHz
105
Composto 41j
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz
106
Composto 41m
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz
107
Composto 41n
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 200 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 50 MHz
108
Composto 41p
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 200 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 50 MHz
109
Composto 41s
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 200 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 50 MHz
110
Composto 41z
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 200 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 50 MHz
111
Flavonas
Composto 43b
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 500 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 125 MHz
112
Composto 43c
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz
113
Composto 43d
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz
114
Composto 43e
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz
115
Composto 43f
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz
116
Composto 43g
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz
117
Composto 43h
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz
118
Composto 43m
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz
119
Composto 43n
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz
120
Composto 43o
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz
121
Composto 43p
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz
122
Composto 43z
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz
123
Hidroxi-isoxazóis
Composto 44a
Espectro de RMN ¹H em DMSO em aparelho de 300 MHz
Composto 44c
Espectro de RMN ¹H em DMSO em aparelho de 300 MHz
124
Composto 44d
Espectro de RMN ¹H em DMSO em aparelho de 300 MHz
Composto 44e
Espectro de RMN ¹H em DMSO em aparelho de 300 MHz
125
Composto 44b
Espectro de RMN ¹H em DMSO em aparelho de 400 MHz
Espectro de RMN ¹³C em DMSO em aparelho de 100 MHz
126
Composto 44f
Espectro de RMN ¹H em DMSO em aparelho de 400 MHz
Espectro de RMN ¹³C em DMSO em aparelho de 100 MHz
127
Composto 44g
Espectro de RMN ¹H em DMSO em aparelho de 500 MHz
Espectro de RMN ¹³C em DMSO em aparelho de 125 MHz
128
Composto 44j
Espectro de RMN ¹H em DMSO em aparelho de 400 MHz
Espectro de RMN ¹³C em DMSO em aparelho de 100 MHz
129
Composto 44m
Espectro de RMN ¹H em DMSO em aparelho de 400 MHz
Espectro de RMN ¹³C em DMSO em aparelho de 100 MHz
130
Isoxazóis alquilados
Composto 45a
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 500 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 125MHz
131
Composto 45b
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz
132
Composto 45d
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz
133
Composto 45e
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz
134
Composto 45f
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz
135
Composto 45g
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz
136
Composto 45h
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz
137
Composto 45m
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 400 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz
138
Composto 45n
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz
139
Composto 45o
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz
140
Composto 45p
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 75 MHz
141
Composto 45z
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 300 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 100 MHz
142
Composto 46f
Espectro de RMN ¹H em CDCl3 em aparelho de 500 MHz
Espectro de RMN ¹³C em CDCl3 em aparelho de 125 MHz
143
NOOH
NOOH
Espectros no IV de alguns isoxazóis
Composto 44a
iso261
4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600
100
95
90
85
80
75
70
65
Wavenumber
%T
ransm
itta
nce
Composto 44b
iso15
4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600
100
95
90
85
80
75
70
Wavenumber
%T
ransm
itta
nce
Composto 44f
iso05
4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800
100
95
90
85
80
75
Wavenumber
%T
ransm
itta
nce
2340
2360
1022 1250
1380 1480
NOOH
2340
2360
1030
1260
3200
1450 NOOH
O
2360 2350 3160
1120
1010
1250
1420
NOOH
O
O
O
1600 1500
1580
1450
144
Composto 44g
ISOFUR
4200 4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600
100
98
96
94
92
90
88
Wavenumber
%T
ransm
itta
nce
Composto 44j
ISO23
4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600
100
95
90
85
80
75
70
65
Wavenumber
%T
ransm
itta
nce
Composto 45a
iso261
4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600
100
95
90
85
80
75
70
65
Wavenumber
%T
ransm
itta
nce
2360 2350
3120
1370
1240
960
NOOH O
2350
2360
3360
710
1400 1040
1240
NOOHOCl
Cl
O
O
2340
2360
1022 1250
1380 1480
NOO
Ph
145
Composto 45b
ISO28F
4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600
100
95
90
85
80
75
Wavenumber
%T
ransm
itta
nce
Composto 45e
ISO25
4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600
102
100
98
96
94
92
90
88
86
Wavenumber
%T
ransm
itta
nce
Composto 45f
ISO11
4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600
100
95
90
85
80
75
70
Wavenumber
%T
ransm
itta
nce
2350
2360
1450
1140
1000 NOO
O
O
O
Ph
1440 2350
2360
1000 1220 1490
NOOF
Ph
2350
2360
1450
1250
1000
NOOO
Ph1600
1500
146
Composto 45g
ISO27
4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600
105
100
95
90
85
80
75
70
65
60
55
50
Wavenumber
%T
ransm
itta
nce
Composto 45m
ISO38
4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600
100
95
90
85
80
75
70
65
60
55
Wavenumber
%T
ransm
itta
nce
Composto 45n
iso58
4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600
102
100
98
96
94
92
90
88
86
84
82
80
Wavenumber
%T
ransm
itta
nce
2350
2360
1260 1400
1020
NOO O
Ph
2350
2360
1440 1230 1020
680 NOOOCl
Cl
O
O
Ph
2350
2360
820
1360
1020
1240 NOO
Ph
Cl
147
Composto 45o
iso62
4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800
100
98
96
94
92
90
88
86
84
Wavenumber
%T
ransm
itta
nce
Composto 45p
iso61
4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600
100
95
90
85
80
75
70
Wavenumber
%T
ransm
itta
nce
Composto 45q
iso63
4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600
100
95
90
85
80
75
Wavenumber
%T
ransm
itta
nce
2340
2360
1240
1260
1010
1440
740
2340
2360
1070 1230
1360
NOO
Ph
Cl
F
NOO
Ph
O
NO2
2350
2360
710 1020 1250
1360
NOO
Ph
Cl
O 1600
1480
148
Composto 46f
iso12
4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600
100
95
90
85
80
75
70
65
60
Wavenumber
%T
ransm
itta
nce
Espectros de massas dos compostos
Composto 40
50.0 75.0 100.0 125.0 150.0 175.0 200.0
18963 204133977353 85
Ésteres
Composto 41a
50.0 75.0 100.0
11991
657751
Composto 41b
50.0 75.0 100.0 125.0
13577
92 10764 7850
2360 2350
1120
1240
1460
NOO
O
O
O
149
Composto 41c
50 100 150 200
10577
51 10663 92 240
Composto 41d
50 100 150 200 2500
100
%
139
11175
50 63 92 142104 274121
Composto 41f
50 100 150 200 250 3000
100
%
195
776653 109122 152 33016792 137 207
Composto 41g
50.0 75.0 100.0 125.0
13577 92 1076450 9753
Composto 41h
50 100 150 200 2500
50
100
%
150
10476
50 92 12065134
285
207 270
150
Composto 41i
50 60 70 80 90 100 110
10577
51 977562 111
Composto 41j
50.0 75.0 100.0 125.0 150.0 175.0 200.0
19573816653 152109 122
Composto 41l
50.0 75.0 100.0 125.0
1391117550 9762 85 104
Composto 41m
50.0 75.0 100.0 125.0
13577 92 1076450 9753
β-Dicetonas
Composto 42a
90.0 95.0 100.0 105.0 110.0 115.0 120.0
119
91
Composto 42b
100 150 200 250
13577
92 121 27065 107
151
Composto 42c
50 100 150 200
10577
51 10663 92 240
Composto 42d
50 100 150 200 2500
100
%
139
11175
50 63 92 142104 274121
Composto 42f
50 100 150 200 250 300
195
77 33066 1521671099253
Composto 42g
50.0 75.0 100.0 125.00
50
100
%
135
779264 107
50 78
Composto 42h
50 100 150 200 250
15076 104
9250 64285
134121
152
Composto 42j
75.0 100.0 125.0 150.0 175.0 200.0
195
8166
Composto 42m
50.0 75.0 100.0 125.0
13577 92 1076450 9753
Flavonas
Composto 43a
75.0 100.0 125.0 150.0 175.0 200.0 225.00
100
%
7323612092
20863 221
10457
Composto 43b
50 100 150 200 250
25213289 11763 221209 23776 152 18110251 135
Composto 43c
50.0 75.0 100.0 125.0 150.0 175.0 200.0 225.00
100
%
120 22292
194736482 97
51
153
Composto 43d
100 150 200 2500
100
%
73120
92256
2076457
228149135114
Composto 43f
50 100 150 200 250 3000
100
%
312
297121
63 269142 209 24115577 92 226 25418311250 282
Composto 43g
50.0 75.0 100.0 125.0 150.0 175.0 200.00
100
%
9221264
12073 184
6151 128
Composto 43h
50 100 150 200 2500
100
%
92 120 26764
75239
165 23751 221193
Composto 43l
50 100 150 200 250 300
188 32497 13675 160 28962 11651
154
Composto 43m
50 100 150 200 250 300
132 32089 11763 28914675 102 18851 160
Isoxazóis
Composto 44a
90.0 95.0 100.0 105.0 110.0 115.0 120.0
11991
Composto 44b
100.0 125.0 150.0 175.0 200.0 225.0 250.0
132252
89
Composto 44c
50 100 150 2000
50
100
%
1177361 77
51 237
20710593
Composto 44d
50 100 150 200 250
121 151 2716575 93 11151 134 274
155
Composto 44e
100 150 200 2500
50
100
%
7361
135121
207255
95149
Composto 44g
50 100 150 2000
50
100
%
1216561 105
227
9351
77
170 207
Composto 45b
100 150 200 250 300 350
91
35765 77 236133 342105
Composto 45d
50 100 150 200 250 300 350
91
3616577 13351 111
Composto 45e
50 100 150 200 250 300 350
91
34565 77 13351 105 224
156
Composto 45f
100 150 200 250 300
312297121 26963 142155 2419277 254209 226183
Composto 45g
50 100 150 200 250 300
91
31765 28851 77 133105
Composto 45h
100 150 200 250 300 350
91
37265 251
Composto 46f
50 100 150 200 250 300 350
34113577 32692 29813466 19451 170106 343