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INSSTcnico do Seguro Social
ESTE MATERIAL CONTM:
PORTUGUS
RACIOCNIO LGICO
INFORMTICA
TICA NO SERVIO PBLICO
DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITO ADMINISTRATIVO
REGIME JURDICO NICO
DIREITO PREVIDENCIRIO
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INSS - Tcnico do Seguro Social
PORTUGUSSUMRIO
01. FONTICA___________________________________________________________
02. ACENTUAO GRFICA_________________________________________________
03. ORTOGRAFIA __________________________________________________________
04. EMPREGO DO HFEN____________________________________________________
05. GRAFIAS DOS PORQUS ________________________________________________
06. ESTRUTURA E FORMAO DE PALAVRAS _________________________________
07. CONCORDNCIA VERBAL________________________________________________
08. CONCORDNCIA NOMINAL ______________________________________________
09. REGNCIA VERBAL_____________________________________________________
10. COLOCAO PRONOMINAL______________________________________________
11. EMPREGO DA CRASE___________________________________________________
12. CONJUGAO VERBAL _________________________________________________
13. VOZES VERBAIS________________________________________________________
14. DISCURSO DIRETO E INDIRETO __________________________________________
15. COORDENAO E SUBORDINAO_______________________________________
16. TERMOS DA ORAO___________________________________________________
17. PONTUAO___________________________________________________________
18. SEMNTICA E SIGNIFICAO DAS PALAVRAS______________________________
19. INTERPRETAO DE TEXTOS ____________________________________________
20. CORRESPONDNCIA OFICIAL ____________________________________________
21. TESTES OBJETIVOS E GABARITOS ________________________________________
22. GABARITO DAS QUESTES OBJETIVAS____________________________________
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O CPC disponibiliza planto para dirimncia de dvidas de Lngua Portuguesa. O servio ocorre s quartas-feiras,
das 18h15min s 19h, na SALA DE ESTUDOS EM GRUPO.
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Apresentao
Esta apostila foi confeccionada exclusivamente para ser texto de orientao durante Curso Preparatrio de
Lngua Portuguesa do CPCRS para provimento de cargos de nvel tcnico e superior dos concursos pblicos de todos
os nveis, quer seja municipal, estadual ou federal. Trata-se de coletnea de informaes, normas e exerccios
referentes a todos os pontos dos programas em geral de Lngua Portuguesa comuns maioria dos concursos pblicos,
cujas provas sero elaboradas por diversas instituies. Para cada curso preparatrio, porm, s sero trabalhados em
aula os tpicos constantes do edital, mesmo que outros faam parte da apostila.
parte integrante deste compndio uma coletnea de 300 testes objetivos, colocados no final da apostila. Todos
os testes so propostas de inmeras bancas de concursos pblicos e respeitam o nvel de exigncia dos programas de
diversos cargos. As questes, identificadas por sua natureza, seguem numerao contnua, e o gabarito est registrado
no final. As provas de que se retiraram as questes foram elaboradas pelas bancas da Fundao de Apoio da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul FAURGS, Fundao para o Desenvolvimento de Recursos Humanos
FDRH, Fundao Universidade-Empresa de Tecnologia e Cincia FUNDATEC, Fundao Escola Superior do
Ministrio Pblico do Rio Grande do Sul FESMP, Centro de Seleo e de Promoo de Eventos CESPE, Fundao
Centro de Estudos Superiores do Grande Rio CESGRANRIO, Fundao de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistncia
FUNRIO, Escola de Administrao Fazendria ESAF, entre outras, alm de questes criadas especialmente para
simulados, provas e cursos de resoluo de questes elaborados pelo CPCRS.
Todas as questes so objetivas e de escolha simples, excetuando-se as do CESPE-UnB, cujo formato de
assertiva para C (certo) e E (errado). cada qual com apenas uma alternativa correta. As questes do CESPE, em sua
maioria, apresentam as alternativas (C/E) no final de cada proposta, para CERTO ou ERRADO. As questes de outras
bancas apresentam cinco alternativas de respostas (A, B, C, D e E), ou quatro alternativas (A, B, C e D).
Alm das orientaes presentes nesta apostila e dos testes objetivos com gabarito, o concursante tem a
possibilidade de consultar o professor para dirimir suas dvidas. Para tanto, basta enviar mensagem para o endereo
eletrnico [email protected] e por esse meio receber as respostas e explicaes de que necessitar. Se a
dvida for decorrente de questo deste compndio, bastar ao consulente indicar o nmero do teste. Deve ser enviada
apenas uma dvida/questo em cada mensagem, sem limite de mensagens.
Prof. Alberto Luiz Menegotto.
www.cpcrs.com.br professormenegotto.blogspot.com
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1 FONTICA
Parte da Gramtica que se ocupa com o reconhecimento e a classificao dos sons prprios da lngua.
1.1 Fonema
Fonema som. Representam-se os fonemas da seguinte forma: /a/, /b/, /CE/... /ag/... Denomina-se transcrio fontica.
1.2 Letra
Letra a representao grfica do fonema: a, b, c... h.
1.3 Dgrafo
Dgrafo a associao de duas letras cuja pronncia produz um fonema. Os dgrafos se subdividem em orais, que so os pronunciados com o concurso da boca, e os nasais, que na pronncia tm o auxlio do nariz.
1.3.1 Dgrafos Orais
ch chuva, chcara, cheiro... ss assinar, cassado, massa...
nh linha, manha, tamanho... s nasa, cresa, desa...
lh alho, malha, calha... xc exceto, excitar, exceo...
rr arroz, arriscar, arrasado... gu gueto, gueixa, sangue...
sc consciente, descer, crescimento... qu queixo, querido, tanque...
Observao: as associaes SC, XC, GU e QU no sero dgrafos se, na palavra em que vierem, os fonemas das duas letras forem individualizados, isto , ouvirem-se ambos os
fonemas. Por exemplos: escola, excluso, gua, aqurio.
1.3.2 Dgrafos Nasais
am lmpada, campo, tampo... in incauto, lindo, cinco...
an canta, tanto, antro... om compra, lombo, comboio...
em tempo, emprio, sempre... on conta, lontra, condio...
en entre, lento, cento... um cumprir, cumprimento...
im limpo, importar, imberbe... un uno...
Observao: se as associaes de vogal+m ou n vierem antes de vogal ou no final da palavra, no sero dgrafos. Antes de vogal, os fonemas das duas sero ouvidos: uma, amada, ano, coma... E no final da palavra formaro ditongos nasais: foram /fro/.
1.4 Dfono
Dfono a produo de dois fonemas a partir da leitura da letra X com som de /KS/. Exemplos: nix /niks/, Flix /Fliks/, txico /tksico/...
Observao: os demais fonemas produzidos pela leitura da letra X no formam dfonos: explorar /s/, exame /z/, mximo /ss/ e lixo /ch/. Isso ocorre porque em cada um deles h um fonema apenas.
1.5 Encontros Voclicos
So associaes de vogais.
1.5.1 Ditongos
So associaes de duas vogais na mesma slaba.
orais crescentes orais decrescentes nasais
farmcIA cU pO
srIE cOIsa mEs
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1.5.2 Tritongos
So associaes de trs vogais na mesma slaba.
orais nasais
igUAIs sagUO
paragUAIa sagUEs
1.5.3 Hiatos
So associaes de duas vogais em slabas vizinhas.
vEculo, IAte, AEroporto, AErovIA...
1.6 Encontros Consonantais
So associaes de consoantes.
perfeitos imperfeitos
Ficam na mesma slaba Ficam em slabas vizinhas
PReo, TRoco, BLoco... peRDa, foRa, peRTo...
Observao: em alguns encontros de consoantes, a pronncia determina a presena de uma vogal entre elas, o que descaracteriza o encontro consonantal. Por exemplo: fico /FIKIO/. Observe-se que a vogal I separou as consoantes C e , desfazendo o encontro consonantal.
2 ACENTUAO GRFICA
(Atualizada pelo Acordo Ortogrfico Decreto n. 6.583 de 18/9/1008, com vigncia a partir de 01-01-2009)
2.1 Classificao das palavras quanto tonicidade
Proparoxtonas tonicidade na
antepenltima slaba
presentes em aproximadamente 5% da Lngua Portuguesa
lcito, Amrica, custico, merson,
msica...
Paroxtonas tonicidade na
penltima slaba
presentes em aproximadamente 80% da Lngua Portuguesa
cadeira, ligeiro, txi, Vtor, aparelho,
idia...
Oxtonas tonicidade na ltima
slaba
presentes em aproximadamente 15% da Lngua Portuguesa
rapaz, infeliz, agradar, rap, cip, compr-la, receb-lo
...
2.2 Regras
2.2.1 Das proparoxtonas todas so acentuadas.
Mdico, prximo, pliade, mstico, mtrica, vbora, pirmide...
2.2.2 Das paroxtonas acentuam-se apenas as terminadas em , s, o, os, ei, eis, i, is, om, ons, um, uns, us, l, n, r, x, ps e ditongo crescente.
rf, ms, rgo, stos, jrsei, amveis, txi, biqunis, rdom, on, prtons, lbum, fruns, vrus, nvel, hfen, revlver, trax, bceps, farmcia...
2.2.3 Das oxtonas acentuam-se apenas as terminadas em a(s), e(s), o(s), abertos ou fechados, e em e ens quando tiverem mais de uma slaba.
Vatap, sofs, compr-la, receb-lo, ip, cafs, comp-lo, cips, caps, armazm, vintns, refm, parabns...
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2.2.4 Dos monosslabos tnicos acentuam-se os monosslabos tnicos finalizados em a(s), e(s) e o(s).
J, l, vs, p, ps, p, ps, s (verbo)...
Quadro de apoio para entender a acentuao das oxtonas e das paroxtonas.
terminaes a(s), e(s), o(s), em, ens o resto
oxtonas SIM, so acentuadas NO so acentuadas
paroxtonas NO so acentuadas SIM, so acentuadas
2.2.5 Do i e do u acentua-se o i e u quando esta vogal for tnica, precedida de vogal e formar slaba sozinha ou com s.
Sada, saste, Iju, Tramanda, Ira, fasca, sade, ba, jas...
Observao: no so mais acentuadas, pelo Acordo Ortogrfico de 2009, as palavras que apresentarem ditongo decrescente antes do i e do u: feiura, baiuca, reiuno... As que apresentam ditongo crescente continuam acentuadas: Guaba, Guara...
2.2.6 Dos ditongos eu, ei e oi acentua-se a primeira vogal dos ditongos ei, eu e oi quando for tnica e aberta nas palavras oxtonas.
Vu, cu, ru, rus, mi (verbo), anzis, bacharis, caracis...
Observao: pelo Acordo Ortogrfico de 2009, as paroxtonas que apresentam EI e OI tnicos no so mais acentuadas: jiboia, ideia, assembleia, Coreia, panaceia, claraboia, boia...
2.2.7 Do acento diferencial continuam sendo acentuadas para diferenciar de outras em Lngua Portuguesa. Observe o quadro abaixo:
Acentuam-se... ... para diferenciar de ...
pr (verbo) por (preposio)
pde (//)(verbo poder na 3 pessoa do singular do pretrito perfeito)
pode (//)(verbo poder na 3 pessoa do singular do presente do indicativo)
ter e vir (verbos) na 3 pessoa do plural do presente do indicativo (eles tm, eles vm), bem como seus derivados: entretm, intervm...
ter e vir (verbos) na 3 pessoa do singular do presente do indicativo (ele tem, ele vem).
Observao: as demais palavras, como plo, plo, plas, pla (verbos), ca, pra... no levam mais acento pelo Acordo Ortogrfico. Devem, portanto, ser grafadas polo, pelo, pelas, pela (verbos), ca, pra.
3 ORTOGRAFIA
3.1 Emprego do H
3.1.1 A letra H etimolgica aparece no incio de inmeras palavras, mas desaparece nas derivadas.
humanizadas desumanizadas habitvel inabitvel
harmonia desarmonia hbil inbil
honesto desonesto herdar deserdar
3.1.2 O H permanece nas palavras compostas ligadas por hfen.
anti-higinico pr-histrico mal-humorado
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3.1.3 Como o H no tem valor fontico, isto , no pronunciado, seu emprego causa confuso. Eis algumas palavras que causam dvida:
ontem mido ombro xito ermo
hesitar hoje humilde herbvoro hediondo
3.1.4 Emprega-se, tambm, H nos dgrafos ch, nh, lh.
3.2 Emprego de G e J
3.2.1 Com som de j, emprega-se g somente antes das vogais e e i.
gente urgente girafa gengiva
3.2.2 Emprega-se j antes das vogais a, o e u.
jumento varejo juba sertanejo granja
3.2.3 Emprega-se, porm, j antes de e e i nas palavras derivadas de primitivos que j apresentam jou quando a origem assim o exigir.
primitivo derivado primitivo derivado
laranja laranjeira, laranjinha,
larenjeirense loja lojinha, lojista, lojeca
Observao viajar (verbo)( que eu viaje, que eles viajem...), mas viagem. Viagem, com G, substantivo.
3.2.4 Emprega-se g na terminao gem.
Garagem, fuligem, folhagem, regulagem, viagem (subst.)...
3.2.5 Emprega-se g nas terminaes -gio, -gio, -gio, -gio, -gio.
pedgio egrgio litgio relgio refgio
3.3 Emprego de S
primitivo derivados
pretender pretenso, pretensioso(a), pretensiosamente ...
submergir submerso, submersvel ...
divertir diverso, diversificar, diversamente ...
impelir impulso, impulsivo, impulsionar ...
recorrer recurso, recursal, recursivo ...
sentir sensvel, sensao, sensorial, sensitivo ...
Concluso: se no final da raiz dos verbos houver nd, rg, rt, pel, corr e sent, deveraparecer S no final da raiz de todos os derivados.
3.4 Emprego de SS
primitivo derivados
agredir agresso, agressivo, agressor...
ceder cesso, cessar...
imprimir impresso, impresso, impressionar ...
admitir admisso, admissional...
percutir percusso, percussionista...
submeter Submisso, submisso...
Concluso: se no final da raiz dos verbos houver gred, ced, prim, mit, cut e met, deveraparecer SS no final da raiz de todos os derivados.
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3.5 Emprego de
3.5.1 Emprega-se nos derivados das palavras terminadas em to.
primitivo canto isento atento discreto
derivados cano,
cancioneiro iseno
ateno, atencioso
discrio...
Observao: -AO terminao geral de substantivos derivados de verbos.
3.5.2 Emprega-se nos derivados do verbo ter e seus compostos.
derivados de ter deter conter reter formam palavras deteno conteno reteno
3.5.3 Emprega-se nos vocbulos de origem rabe, tupi-guarani ou africana.
rabe tupi-guarani ou africana
acar, aucena, aafro, muulmano, aafate ...
ara, Iguau, Juara, mianga, paoca, Paraguau, muurana, caula ...
Observao: no h SS nas palavras de origem tupi-guarani.
3.6 Emprego das terminaes EZ, -EZA e -S, -ESA
timidez, altivez, beleza, pureza, estranheza, nitidez, acidez...
portugus, portuguesa, francs, francesa, holands, holandesa ...
Concluso Os substantivos abstratos derivados de adjetivos so escritos com EZ ou EZA.
Concluso Os adjetivos gentlicos derivados de
substantivos so escritos com S para masculinos e ESA para femininos.
Exemplos Robusto - robustez
Exemplos Inglaterra ingls-inglesa
3.7 Emprego das terminaes ISAR e IZAR
3.7.1 ISAR
primitivos derivados
anlise, pesquisa, paralisia, liso, improviso ...
analisar, pesquisar, paralisar, alisar, improvisar ...
Concluso: se na palavra primitiva houver S no final da raiz, o verbo ser formado com ISAR.
3.7.2 IZAR
primitivos derivados
canal, suave, indstria, smbolo...
canalizar, suavizar, industrializar, simbolizar ...
Concluso: se na palavra primitiva no houver S no final da raiz, o verbo ser formado com IZAR.
Cuidado: catequese gera CATEQUIZAR, porque na raiz no h S (CATEQU).
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3.8 Emprego de X
Emprega-se x para representar os fonemas /x/, /x/, /x/, /xi/, /x/, /x/ e /xu/ em palavras
de origem tupi, africana ou
extica
de origem inglesa e
espanhola
depois de ditongo
depois de en depois da inicial me
xavante, abacaxi, muxoxo...
xampu, xelim, xerez, lagartixa ...
caixa, feixe, frouxo, peixe...
enxame, enxoval, enxada...
mexer, mexicano, mexilho ...
3.9 Emprego de CH
Emprega-se CH em palavras de diversas outras origens.
Chave, cheirar, chumbo, chassi, chuchu, chirip, mochila, salsicha, chope, checar, sanduche, azeviche...
3.10 Grafia do diminutivo plural de palavras terminadas em R, L e O
Passos flor papel balo
1. pluralizar flores papis bales
2. cortar o S flore papi bale
3. somar zinho(a) florezinha papeizinho balezinho 4. repor o S FLOREZINHAS PAPEIZINHOS BALEZINHOS
4 EMPREGO DO HFEN
4.1 Normas para o emprego do hfen
4.1.1 Emprega-se hfen quando a falta deste sinal poderia resultar leitura incorreta ou falta de clareza.
Exemplos
bem-aventurado para no se ler be-ma-vem-tu-ra-do
bem-me-quer para no se juntarem dois m, ou, excluindo-se um, no se ler be-me-quer
sobre-humano para no se ler so-breu-ma-no
ad-rogar para no se ler a-dro-gar
4.1.2 Em se tratando de palavras compostas que passam a ter um novo significado (isto , empregadas em sentido figurado). Conseguiu juntar um bom p-de-meia (com hfen, porque formou uma nova palavra, com diferena semntica: no nem p, nem meia e significa economia, peclio).
Outros Exemplos
abaixo-assinado, redatores-chefes, porta-voz, alto-falante, sul-rio-grandense, amor-perfeito, salrio-mnimo, quarta-feira, arranha-cu, porto-alegrense, p-de-moleque, mo-de-obra ...
Excees
Girassol, passatempo, madressilva, vaivm, mandachuva, sanguessuga.
4.1.3 Prefixos que sempre exigem hfen.
Alm, aqum, recm, sem alm-mar, aqum-reserva, recm-nascido, sem-terras
bel, gr, gro bel-prazer, gr-fina, gro-mestre
vice, vizo, soto, sota vice-prefeito, vizo-rei, sota-capataz
ex (situao anterior) ex-diretor, ex-atleta, ex-marido
ps, pr, pr (quando acentuados) ps-cirrgico, pr-escola, pr-reitoria
Observao
Os prefixos PRE, PRO e POS, quando no vierem acentuados, no exigiro hfen: preestabelecido, proposta, posposto.
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MODIFICAES NO EMPREGO DO HFEN IMPOSTAS PELO ACORDO ORTOGRFICO
(DECRETO N. 6.583, DE 29 DE SETEMBRO DE 2008)
Emprego do hfen com prefixos
Regra bsica
Sempre se usa o hfen diante de h: anti-higinico, super-homem
Outros casos
1. Prefixo terminado em vogal
Sem hfen diante de vogal diferente: autoescola, antiareo.
Sem hfen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicrculo
Sem hfen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
Com hfen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
2. Prefixo terminado em consoante
Com hfen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecrio.
Sem hfen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersnico.
Sem hfen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Observaes
1. Com o prefixo sub, usa-se o hfen tambm diante de palavra iniciada por r sub-regio,sub-raa etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hfen:subumano, subumanidade.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hfen diante de palavra iniciada por m, n e vogal:circum-navegao, pan-americano etc.
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este seinicia por o: coobrigao, coordenar, cooperar, cooperao, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hfen: vice-rei, vice-almirante etc.
5. No se deve usar o hfen em certas palavras que perderam a noo de composio,como girassol, madressilva, mandachuva, pontap, paraquedas, paraquedista etc.
6. Com os prefixos ex, sem, alm, aqum, recm, ps, pr, pr, usa-se sempre o hfen: ex-aluno, sem-terra, alm-mar, aqum-mar, recm-casado, ps-graduao, pr-vestibular,pr-europeu.
5 GRAFIAS DOS PORQUS
5.1 Quadro geral do emprego dos porqus
Grafia Emprego Exemplos
por que
a) Em perguntas diretas eindiretas. b) Quando for substituvel porpelo qual e flexes.
a) Ento por que no falas claramente?Nem sei por que estou agindo assim. b) Afinal chegou o dia por que tantoesperei.
Por qu Somente antes de ponto-e-vrgula, dois-pontos ou no final de frase, antes de ponto.
Voc est feliz por qu? Elas esto zangadas, mas no sabemos por qu.
Porqu Equivalente a motivo ou indagao. Vir sempre substantivado.
No sei o porqu de teu entusiasmo.
Porque Introduz uma explicao, causa ou conseqncia.
Apurem o passo, porque a vem o nibus. S porque foi sem gravata, impediram-no de entrar?
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6 ESTRUTURA E FORMAO DE PALAVRAS
6.1 Processos de Formao de Palavras
6.1.1 Derivao
Tipo de Derivao Consiste em Exemplos
a) Prefixal acrescentar prefixo a radical infeliz, desleal, rever, intil, revisar, desfazer
b) Sufixal acrescentar sufixo a radical maquinaria, livreiro, bananada, alegrar
c) Prefixal e Sufixal acrescentar prefixo e sufixo infelizmente, inutilizar, inutilmente
d) Parassintticaacrescentar prefixo e sufixo simultaneamente
descampado, enriquecer, embarcar entardecer, anoitecer
e) Regressivaretirar elementos finais de uma palavra, formando-se outra
ataque (de atacar), disputa (de disputar), dvida (de duvidar)
6.1.2 Composio
Tipo de Composio Consiste na Exemplos
a) Justaposiounio de palavras sem perda de elementos individuais
pontap, meio-fio, super-homem, p-de-moleque,
couve-flor...
b) Aglutinaounio de palavras com perda de elementos individuais
petrleo, planalto, pernilongo, fidalgo, vinagre...
6.2 Os Prefixos Equivalncias, diferenas e adaptaes.
6.2.1 Alguns prefixos sofrem alterao na forma e mantm o significado.
Imortal impermevel incmodo irregular
Concluso: alguns prefixos se adaptam s palavras as que se somam sofrendo alguma alterao em sua forma, mas mantendo o significado.
6.2.2 Alguns prefixos apresentam forma idntica com significados diferentes.
infiltrar infalvel
Significado de movimento para dentro Significado de negao
6.2.3 Alguns prefixos apresentam formas diferentes com significado idntico.
Reprovar acfalo imoral desnutrido
Em todos eles, o significado de negao.
6.3 Os Sufixos
6.3.1 Sufixos diferentes na forma com igual significado.
-ante navegante, estudante, operante, praticante, tratante ...
-ente paciente, doente, cliente, gerente, presidente ...
-inte ouvinte, pedinte, teleouvinte ...
-unte transeunte
-ista analista, cientista, tenista, especialista, caladista ...
-or professor, pintor, provedor, contador...
Nas palavras acima, os sufixos tm significado de ocupao, profisso.
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6.3.2 Os sufixos or e douro so parecidos, mas tm significados bem diferentes.
-or forma palavras que designam agente, ocupao ou profisso
-douro forma palavras que designam lugar destinado a certa atividade
exemplos: pintor, provedor, professor, inspetor...
exemplos: logradouro, matadouro, paradouro, ancoradouro...
-douro possui equivalncia de sentido com trio e trio: cemitrio, necrotrio, crematrio, ambulatrio, refeitrio, dormitrio...
6.3.3 Sufixos formadores de substantivos derivados de outros substantivos.
-ada -ado -agem -aria -eiro -ia
boiada doutorado folhagem livraria barbeiro advocacia
6.3.4 Sufixos formadores de substantivos derivados de adjetivos.
-dade -ez -eza -ia -ice -cie -ura
lealdade insensatez magreza alegria velhice calvcie Doura
6.3.5 Sufixos formadores de substantivos derivados de verbos.
-ana -ncia -ante -ente -or
vingana tolerncia estudante combatente jogador
-o -so -trio -ura -mento
exportao extenso lavatrio formatura ferimento
6.3.6 Sufixos formadores de adjetivos derivados de substantivos.
-ante -ente -inte -vel
tolerante resistente constituinte amvel
-ivo -io -douro -trio
pensativo quebradio duradouro preparatrio
6.3.7 Alguns sufixos nominais
-ismo realismo, subjetivismo, idealismo, Islamismo, Budismo ...
-ista realista, subjetivista, idealista, islamista, budista ...
6.3.8 Alguns sufixos verbais
-ear -ejar -icar -itar -izar -e(s)cer
folhear Gotejar bebericar saltitar utilizar amanhecer,
florescer
6.3.9 Sufixos de valores aumentativo e diminutivo
Valor aumentativo Valor diminutivo
-o paredo, salo ... -inho lapisinho, piresinho ...
-alho dramalho, medalho ... -zinho cozinho, pozinho ...
-ao, -aa ricao, barcaa ... -acho riacho ...
-eiro vozeiro, boqueiro ... -icha barbicha
-anzil corpanzil -ebre casebre
-arra bocarra -eco livreco ...
-zio copzio -ejo lugarejo, vilarejo ...
-aru fogaru, povaru ... -isco chuvisco, petisco ...
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6.4 Lista complementar de prefixos mais usados (latinos e gregos).
6.4.1 Latinos
PREFIXO SIGNIFICADO EXEMPLO ab, abs, a afastamento, separao abstrair, averso
ad aproximao adnominal
ambi duplicidade ambigidade, ambidestro
ante anterioridade antepor, ante-sala
circum movimento em torno de circunferncia
cis posio aqum cisalpino, cisplatino
com companhia, sociedade companheiro, conterrneo
contra oposio contradizer, contrapor
de a) movimento de cima para baixo b) separao
decrescer decapitar
des ao contrria desfazer, desobstruir
ex, e, es movimento para fora expatriar, emigrar, estorno, esvaziar, externar, expor
extra fora de, alm de extra-oficial, extradio
in, im, i sentido contrrio, negao injusto, impermevel, ilegal
infra posio inferior infra-assinado
intra posio interior intramuscular, intravenoso
inter, entre posio intermediria internacional, entreabrir
ob, o a) posio em frente b) oposio
objeto opor
per a) atravs de b) intensidade
percorrer perdurar
pos posio posterior postnica, ps graduao
pre anterioridade prever, pr-fabricado
re a) movimento para trs b) repetio
regredir, refazer, reconstruir, rever
retro para trs retroceder, retroagir
semi metade semicrculo
sub inferioridade, abaixo submarino, submergir
Super, sobre a) posio superior b) excesso
superclio sobrecarga
supra posio superior supracitado
trans a) alm de b) atravs de
transportar transamaznica
6.4.2 Gregos
anfi duplicidade anfbio
anti oposio antpoda, antiareo
arqui superioridade hierrquica arquiduque
di duplicidade disslabo
dia atravs de dilogo
Ex, exo a) movimento para fora b) intensidade
xodo exgeno, exacerbar
endo movimento para dentro endocarpo
epi sobre, em cima epiderme
eu bondade, perfeio eugenia, eufonia
hemi metade hemisfrio
hiper excesso hiprbole
hipo cavalo hipdromo
hipo posio inferior hipodrmico
hipo escassez hipotenso
mono singularidade monotesmo, monogmico
peri em torno de permetro
poli multiplicidade polisslabo
pro a) posio anterior b) a favor de c) movimento para a frente
prclise pr-socialista progresso
proto incio, comeo proto-histria
sin (sim) simultaneidade sinfonia, simpatia
tele distncia telgrafo
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7 CONCORDNCIA VERBAL
7.1 Regra Geral
O verbo deve concordar em nmero e pessoa com o sujeito a que se refere.
Pergunta para encontrar o sujeito: QUEM QUE + VERBO?
Exemplo: De todos os seus pertences, restou um automvel.
Quem que restou? UM AUTOMVEL.
7.2 Casos Particulares
7.2.1 Verbos Impessoais
Haver significando existir ou ocorrer.
Fazer indicando tempo decorrido ou climtico.
Indicativos de meteorologia chover, nevar, trovejar, relampejar, amanhecer, entardecer, anoitecer, esfriar, esquentar, neblinar...
Como funcionam: tais verbos no apresentam sujeito; portanto no flexionam, devendo ficar sempre na terceira pessoa do singular.
Exemplos
Haver reunies de direo em breve. Houve manifestaes contra a deciso.
Faz muitos anos. Ontem fez 30C. Fez dias frios no inverno passado.
Choveu dois dias seguidos. Amanheceu trs dias sem sol.
Observao: se um verbo impessoal vier como principal numa locuo verbal, impessoalizar o auxiliar, que tambm ficar na terceira pessoa do singular. Exemplos: Deve haver vagas sobrando. Poder fazer dias quentes. Tem chovido trs dias seguidos.
7.2.2. O verbo SER com datas e horas.
Regra: o verbo SER dever concordar com o nmero da data e das horas.
Exemplos
Hoje um de julho. Amanh sero dois.
Agora so trs horas. Daqui a pouco sero seis horas da tarde.
Observao: se for empregada a palavra DIA, o verbo concordar com ela, ficando no singular: Hoje dia 2 de outubro. Amanh ser dia 3.
7.2.3 Sujeitos representados por expresses partitivas.
Regra: na Lngua Culta Padro, o verbo concordar com o ncleo o sujeito; na linguagem enftica, o verbo poder ir para o plural.
Exemplos
A maioria dos deputados votou pela instalao da CPI. Ou A maioria dos deputados votaram pela instalao da CPI.
Grande parte das mercadorias foi apreendida. Ou Grande parte das mercadorias foram apreendidas.
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7.2.4 Sujeitos representados por expresses fracionrias.
Regra: o verbo concordar com o numerador.
Exemplos
Um tero dos manifestantes ser encaminhado Secretaria da Educao.
Dois teros dos automveis furtados foram recuperados.
7.2.5 Sujeitos representados por expresses percentuais.
Regra: o verbo concordar com o nmero inteiro.
Exemplos
1,8% dos imveis est livre de nus naquele bairro.
2,5% da arrecadao sero destinados ao esporte amador.
7.2.6 Concordncia com a voz passiva sinttica.
Regra: VERBO TRANSITIVO DIRETO + SE + SUJEITO se o verbo for transitivo direto e vier acompanhado por SE, o termo seguinte ser sujeito. Logo o verbo dever concordar com o sujeito.
Exemplos
Intimem-se as partes. Refaam-se os clculos. Expeam-se os alvars.
preciso que se providenciem as credenciais.
Observao especial: se o verbo exigir preposio, ficar no singular: Precisa-se de mtodos convincentes para o desenvolvimento da indstria. Assiste-se a
cenas de destruio do patrimnio pblico.
7.2.7 Sujeitos ligados por OU.
Regra: o verbo poder ir para o plural se a ao permitir que ambos os sujeitos a pratiquem; caso contrrio, o verbo ficar no singular.
Exemplos
A direo ou o conselho podero representar o grupo econmico. A me ou a filha ser a presidente da empresa.
7.2.8 O caso do verbo PARECER funcionando como auxiliar.
Se o verbo PARECER vier como auxiliar numa locuo verbal, poder flexionar, ficando o principal em forma nominal, ou poder ficar no singular, e o principal flexionar.
As circunstncias parecem colaborar com seus sonhos ou As circunstncias parece colaborarem com seus sonhos.
8 CONCORDNCIA NOMINAL
8.1 Regra Geral
Os artigos, os adjetivos, alguns pronomes e alguns numerais concordaro, em gnero e nmero, com o substantivo a que se referirem.
Exemplos
As duas primeiras candidatas paulistas escolhero as cidades.
Nossas queridas irms foram sorteadas no certame.
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8.2 Definies Importantes
Adjetivo
Adjetivo palavra varivel que qualifica o substantivo.
Exemplos: bons homens; alunos competentes; livros extraordinrios.
Advrbio
Advrbio palavra invarivel que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de outro advrbio.
Exemplos: No entendemos a questo. Estava muito abatido. Falava bem calmamente.
Questo Interessante
Mais e menos so palavras tradicionalmente classificadas como advrbios, j que modificamo sentido de um verbo, de um adjetivo ou de outro advrbio. Em qual dos casos abaixo mais oumenos no pode ser classificado como advrbio, por no corresponder s caractersticas dessaclasse gramatical?
a) mais atraentesb) mais elevadosc) mais segurod) menos esforoe) menos arriscado
A resposta d, porque MENOS, como adjetivo, est qualificando ESFORO, que substantivo. Nas demais alternativas, a palavra MAIS ou MENOS est funcionando como advrbio, porque modifica o sentido de um adjetivo.
8.3 Casos Especiais
8.3.1 Adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos.
Como funciona: o adjetivo concordar com o substantivo mais prximo; no caso de seres humanos, o adjetivo concordar com todos.
Exemplos
Afiado estilete e bisturi foram encontrados no local da inspeo.
Feita a audincia e as tratativas de acordo, foi assinado o termo de audincia.
8.3.2 Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos.
Como funciona: o adjetivo poder concordar com o substantivo mais prximo ou com todos.
Exemplos
No porto, encontravam-se fragata e cruzador brasileiro/brasileiros.
Havia relgio e pulseira dourada/dourados no criado-mudo.
Cuidado! Se o adjetivo se referir a apenas um dos substantivo, pela sua natureza, apenas com esse concordar. Exemplo: L estava um deputado federal e uma jovem grvida.
8.3.3 Muito, pouco, mais, menos, melhor, pior, bastante, s, meio e caro.
Como funcionam: sero adjetivos se vierem qualificando substantivos; sero advrbios se vierem modificando o sentido de um adjetivo, verbo ou outro advrbio.
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Exemplos
Muito dinheiro estava envolvido. Elas pareciam muito entusiasmadas.
Havia bastantes motivos. Tudo estava bastante alterado.
Ficaram ss em casa. S pensavam na tragdia que ocorreu.
Tomou meio copo dgua. s vezes, parecia meio distrada.
Os mveis eram caros. No pagaria caro por todas as mercadorias.
8.3.4 Mesmo, prprio, outro, quite, anexo, apenso, incluso e particpios.
Como funcionam: sero adjetivos.
Exemplos
Elas prprias entregaram os documentos assessoria.
Depois da contabilidade, todos ficaram quites com os compromissos.
As pastas seguem anexas aos pacotes de mercadorias.
Observao: as expresses EM ANEXO e EM APENSO so invariveis.
8.3.5 Alerta
Como funciona: ser advrbio quando significar EM ESTADO DE ALERTA; ser substantivo se vier empregado no sentido de AVISO, COMUNICADO.
Exemplos
Depois do assalto joalheria, todos os funcionrios ficaram alerta.
Os escoteiros tm um lema: Sempre alerta.
A usina emitiu vrios alertas durante a madrugada.
8.3.6 Bom, proibido, necessrio.
Como funcionam: s flexionaro se o substantivo a que vierem qualificando estiver especificado com artigo, pronome, numeral ou adjetivo; se o substantivo no vier especificado, as expresses BOM, PROBIDO e NECESSRIO no flexionaro.
Exemplos
Sade bom durante toda a vida. Mas a sade dela boa.
Proibido permanncia de veculos na entrada do prdio.
necessria a condio de scio para votar na assemblia.
8.3.7 Os nomes das cores
8.3.7.1 Cores simples
Como funcionam: as cores simples so formadas por uma palavra; s flexionaro as que forem efetivamente adjetivos; os nomes de cores provindos de substantivos, no flexionaro.
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Exemplos
Blusas vermelhas e cales amarelos. Camisetas rosa e cales cinza.
Ternos azuis. Paredes pssego. Lenos roxos. Casacos areia.
Adjetivos: branco, bege, castanho, amarelo, vermelho, verde, azul marrom, bord, roxo e preto.
Substantivos usados como adjetivos: laranja, limo, uva, abacate, pssego, violeta, rosa, cinza, terra, areia, gelo, pastel ...
8.3.7.2 Cores compostas
Como funcionam: quando vier formada por dois adjetivos, flexionar apenas o segundo elemento; se pelo menos um dos termos for substantivo, nenhum flexionar.
Exemplos
Trajava calas azul-escuras e blusas azul-claras.
Vimos dois automveis verde-musgo e uma motocicleta amarelo-ouro.
Eram cinza-escuro os ternos escolhidos para a cerimnia.
Observao importante: azul-marinho e azul celeste so invariveis.
9 REGNCIA VERBAL
9.1 Transitividade dos Verbos
Intransitivos Transitivos diretos Transitivos indiretos Transitivos diretos
indiretos
No exigem objeto, pois possuem
sentido completo.
Exigem objeto direto (dispensam o uso de
preposio).
Exigem objeto indireto (exigem
preposio).
Exigem dois objetos: um direto e um
indireto).
Nascer, viver, bastar...
Olhar, ver, fazer... Gostar, necessitar... Pagar, preferir,
perdoar...
9.2 Regncia de alguns verbos de uso freqente.
Implicar VTD acarretar
VTI envolver-se
Estudar implica disciplina.
A jovem implicou-se em crimes.
Preferir VTDI algo a algo Prefiro gua a refrigerante.
Ir, voltar, chegar
Exigem a preposio
A
Fui ao mdico. Voltaremos ao escritrio.
Chegou a Porto Alegre h pouco.
Morar, residir, estar situado
(residente, sito) Exigem EM e flexes
Morava na Rua dos Andradas... ... residente e domiciliado na Praa da
Saudade...
9.3 Regncia de alguns verbos com sentidos e regncias diferentes.
Aspirar VTD Aspiramos poeira. (=Inalamos)
VTI Aspiras aprovao? (=Desejas)
Assistir VTD O mdico assistiu o paciente. (=atendeu)
VTI Assista programao. (=Veja)
Visar VTD Visou o documento. (=Assinou, passou o visto)
VTI Visamos ao conforto de todos. (=Desejamos)
Proceder VTI Procedia de famlia humilde. (=Era originria, vinha de)
VTI Proceda ao leilo. (=Faa, providencie)
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Observaes sobre assistir e proceder
ASSISTIR tambm significa MORAR, RESIDIR, sendo VTI e exigindo EM. PROCEDER tem outros dois significados: COMPORTAR-SE e TER CABIMENTO (em ambos os significados, intransitivo).
9.4 Regncia de alguns verbos de uso freqente na linguagem jurdico-administrativa.
Tais verbos so transitivos diretos indiretos e podem sofrer a mudana do objeto direto pelo indireto e vice-versa. H de se cuidar, porm, que haja dois objetos, um de cada natureza.
Informar Informe os alunos de que as
provas ocorrero dia 15. Informe aos alunos que as provas
ocorrero dia 15.
Avisar Avisei os participantes do horrio
da chegada Avisei aos participantes o horrio da
chegada.
Notificar Notificaram o infrator da multa. Notificaram ao infrator a multa.
Cientificar Cientifique o autor do prazo de
recurso. Cientifique ao autor o prazo de recurso.
9.5 Regncia de Esquecer e Lembrar.
Os verbos esquecer e lembrar podem ser transitivos diretos quando no acompanhados de pronomes oblquos tonos. E, quando acompanhados, funcionaro como transitivos indiretos.
Esquecer Os convidados esqueceram os
documentos. Os convidados se esqueceram dos
documentos.
Lembrar Ela lembrou as datas. Ela se lembrou das datas
Funcionam de igual forma os verbos aproveitar e utilizar.
9.6 Regncia de outros verbos de uso freqente.
Pagar, perdoar, pedir (exigem objeto direto e
indireto com preposio A)
Pagamos a conta ao armazm. Perdoe a ofensa ao amigo. Pediremos informaes secretaria.
Agradar (exige a preposio A)
As notcias no agradaram ao convidado.
responder, obedecer (exigem A)
Responda s questes. Obedea ao regulamento.
querer VTD desejar Queremos paz. VTI querer bem, gostar Queira bem aos seus irmos.
custar Custou-nos chegar aqui. Custa-me entender o texto.
9.7 Emprego do O e do Lhe.
Objetos
Diretos em geral o, os, a, as
Ns vimos a garota na porta do mercado. Ns A vimos na porta do mercado. Paguei a conta. Paguei-A.
Indiretos humanos lhe, lhes Entreguei o pacote ao encarregado. Entreguei-LHE o pacote.
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9.8 Emprego dos pronomes relativos precedidos ou no de preposio.
9.8.1 Que, quem, qual, onde.
Observe as seguintes frases.
Esta a obra que o povo ver exposta no saguo do novo aeroporto.
Esta a obra de que o governo federal tanto se orgulha.
Eis a ministra por quem todos nutrem grande admirao.
Na primeira frase, no ocorreu preposio antes do pronome relativo que, porque o verbo da orao (ver) transitivo direto.
Na segunda e terceira frases, os dois pronomes relativos (que na segunda e quem na terceira) vieram precedidos de preposio, porque os verbos orgulhar-se e nutrir (admirao) so transitivos indiretos (quem se orgulha se orgulha de e quem nutre admirao nutre admirao por).
9.8.2 Cujo
Observe as seguintes frases.
O governo cujo poder Corts representava
A casa de cuja fachada gostamos muito est venda.
Na primeira frase, no ocorreu preposio antes do pronome relativo cujo, porque o verbo representar transitivo direto. J na segunda frase, o pronome cujo aparece precedido de preposio de, porque o verbo gostar assim o exige.
10 COLOCAO PRONOMINAL
10.1 Quadro Geral dos Pronomes Oblquos tonos
Pronome me te se nos vos lhe(s) o(a)(s)
Pessoa 1 sg. 2 sg. 3 sg./pl.
1 pl. 2pl. OI hum. OD em geral
10.2 Colocaes
10.2.1 Prclise ( pronome antes do verbo)
Ocorrer prclise quando houver elementos de atrao, de acordo com o quadro abaixo.
Elementos de atrao Exemplos
advrbio no virgulado No SE constroem mais automveis somente de
metal.
pronome relativo O menino que NOS orientou guia-mirim.
pronome indefinido Ningum TE ajudou quanto teu pai.
pronome interrogativo Quanto LHE custou o processo?
conjuno subordinativa Embora SE fizesse de vtima, era o algoz.
10.2.2 Mesclise (pronome no meio do verbo)
Ocorrer mesclise com verbos no futuro do presente e do pretrito, se no houver razo para a prclise.
Providenciar-SE-o as credenciais em seguida. Expedir-SE-iam os alvars se a documentao estivesse atualizada. Entregar-ME-iam as provas se eu delatasse os parceiros.
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10.2.3 nclise (pronome depois do verbo)
Ocorrer nclise no incio de frase ou orao e nos demais casos em que no for possvel a prclise.
Entreguem-SE as certides. Por favor, diga-ME onde fica tal rua. Atualmente, fabricam-SE tnis at para crianas que ainda no caminham.
10.3 Nas locues verbais, a colocao , de regra, livre, considerando-se o costume da lngua. preciso observar, porm, que o verbo principal na forma de particpio no aceita nclise. Nos demais casos, a colocao livre. Observe:
Prclise ao auxiliar Os trabalhadores SE tm retirado mais cedo.
nclise ao auxiliar Os trabalhadores tm-SE retirado mais cedo.
nclise ao principal As candidatas vo apresentar-SE amanh.
10.4 Acomodaes dos pronomes oblquos tonos aos verbos.
10.4.1 Verbos terminados em R, S e Z + o, os, a, as
Cortam-se R, S e Z finais e se soma L aos pronomes: fazer+as = faz-las; comprometer+os = compromet-los; mandamos+as = mandamo-las; fiz+os = fi-los...
10.4.2 Verbos terminados em M e E + o, os, a, as
Acrescenta-se N aos pronomes: demitiram+o = demitiram-no; pe+as = pe-nas.
10.4.3 Verbos terminados em MOS + nos
Corta-se o S final do verbo: demoramos+os = demoramo-nos.
11 EMPREGO DA CRASE
11.1 Estrutura da Crase
Verbo ou nome que exige preposio a palavra feminina
Atenderemos populao carente.
Estava apto direo do setor.
Tinha tendncia embriaguez.
Passou rente parede da casa.
11.2 Crase Proibida
No existe crase antes de Exemplos
1. palavra masculina O sol estava a pino. Viajou a trabalho.
2. verbo Comear a chover em breve.
3. expresso de tratamento Enviaremos ofcio a Vossa Excelncia.
4. pronome indefinido Isso no interessa a ningum.
5. pronome pessoal Referiu-se a mim, a ti e a ela.
6. pronome demonstrativo Remeta a carta a essa empresa.
7. uma Dirigiu-se a uma farmcia daquela rua.
8. no a singular antes de palavra noplural
Fez crticas a pessoas ligadas ao setor.
9. entre palavras repetidas Ficaram cara a cara, frente a frente.
10. depois de preposio A aula foi adiada para as 16h.
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Entenda por qu: nos casos 1 a 9, o a que aparece nos exemplos apenas preposio; no hcrase nesses casos, porque no existe o segundo a, que o artigo. No caso 10, porm, o a queaparece no exemplo artigo; nesse ltimo caso tambm no h crase, porque falta o primeiro a,que preposio.
11.3 Pode Haver Crase
Caso Quando Exemplos
antes de indicaes horrias Somente em hora
determinada.
Iniciaremos os debates s 15h e encerraremos s
18h30min.
antes de nome prprio feminino
Opcionalmente. Faremos homenagem
Marcela/a Marcela.
antes de QUE e DE Se houver palavra feminina subentendida entre o A e o
QUE ou DE.
Sua lealdade semelhante de seu pai.
antes de nome de localidade Somente nas localidades
femininas. Foi Bahia e a Santa
Catarina.
antes de nome de localidade especificada
Sempre. Foi Santa Catarina das
belas praias.
antes de QUAL e flexo Se A QUAL puder ser
substitudo por AO QUAL no masculino.
A cerimnia qual comparecemos terminou cedo. (O evento ao qual
comparecemos...)
antes de pronomes possessivos femininos
Opcionalmente, se o A e o possessivo vierem no
singular; obrigatoriamente, se ambos vierem no plural.
Enviaram brindes /a sua matriz e s suas filiais.
no a inicial dosdemonstrativos AQUILO,
AQUELE(A)(S)
Se forem substituveis por A ISSO, A ESSE(A) (s).
O jornal referiu-se quele senador. (... a esse...)
antes das palavras moda ou maneira, mesmo subentendidas
Sempre. Bife milanesa.
Namoravam antiga.
nas locues adverbiais femininas
Sempre. Fazia tudo s claras. Viajou
s custas do pai.
Antes das palavras casa, terra, altura e distncia
Somente se vierem especificadas.
Fui a casa. Fui casa de amigos.
Comportou-se a altura. Comportou-se altura de um
diplomata.
em expresses como vistae outras
Opcionalmente. Vendeu a/ vista.
A polcia foi recebida a/ bala.
depois da preposio at Opcionalmente. Foram at as/s margens.
12 CONJUGAO VERBAL
12.1 Noes Bsicas
12.1.1 Modo Verbal
Modo verbal a viso psicolgica em que se coloca a ao verbal.
12.1.2 Tempo Verbal
Tempo verbal a situao cronolgica em que se instala a ao verbal.
12.1.3 Pessoa Verbal
Pessoa verbal o agente da ao verbal.
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12.1.3.1 As pessoas verbais
singular plural
1 eu 1 ns
2 tu 2 vs
3 ele(a) 3 eles (as)
12.1.4 Terminaes Verbais
ordem terminao exemplos
1 - ar andar, amar, estar, caminhar...
2 - er receber, ter, dizer, fazer...
3 - ir dormir, referir, induzir, ferir...
12.1.4.1. A terminao -OR
Pertence ao verbo PR e seus derivados (COMPOR, REPOR, OPOR...)
12.1.5 Formas Nominais
forma terminao exemplos
infinitivo -r andar, viver, sorrir...
gerndio -ndo andando, vivendo, sorrindo...
particpio -ado,-ido andado, vivido, sorrido...
12.1.5.1 Observao sobre os particpios irregulares.
algumas terminaes exemplos
-RTO, -STO, -ITO ... aberto, posto, feito...
12.1.5.2 Observao sobre o verbo VIR.
O verbo VIR possui forma nica para particpio e gerndio: VINDO.
Observe os exemplos:
particpio: Elas tm VINDO diariamente a esta biblioteca.
Troca-se por: Elas tm ESTUDADO diariamente nesta biblioteca.
gerndio: Elas esto VINDO no mesmo avio.
Troca-se por:Elas esto VIAJANDO no mesmo avio.
12.2 Quadro Geral dos Tempos e Modos
Indicativo
Indicativo o modo pelo qual se expressa ao certa e incondicional.
pessoa verbal
presente pretrito perfeito pretrito imperfeito
eu trabalho trabalhei trabalhava
tu trabalhas trabalhaste trabalhavas
ele(a) trabalha trabalhou trabalhava
ns trabalhamos trabalhamos trabalhvamos
vs trabalhais trabalhastes trabalhveis
eles (as) trabalham trabalharam trabalhavam
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pessoa verbal
pretrito mais-que-perfeito
futuro do presente futuro do pretrito
eu trabalhara trabalharei trabalharia
tu trabalharas trabalhars trabalharias
ele(a) trabalhara trabalhar trabalharia
ns trabalhramos trabalharemos trabalharamos
vs trabalhreis trabalhareis trabalhareis
eles(as) trabalharam trabalharo trabalhariam
Subjuntivo
Subjuntivo o modo pelo qual se expressa ao condicionada.
pessoa verbal
presente pretrito imperfeito futuro
eu trabalhe trabalhasse trabalhar
tu trabalhes trabalhasses trabalhares
ele(a) trabalhe trabalhasse trabalhar
ns trabalhemos trabalhssemos trabalharmos
vs trabalheis trabalhsseis trabalhardes
eles (as) trabalhem trabalhassem trabalharem
12.2.1 Formao do futuro do subjuntivo
Tempo primitivo Tempo derivado
PRETRITO PERFEITO DO INDICATIVO
FUTURO DO SUBJUNTIVO
3 pessoa do plural 1 pessoa do singular
foram, vieram, voltaram, viram,
andaram... subtrai-se am
quando eu For, vier, voltar, vir,
andar...
Imperativo
Imperativo o modo pelo qual se expressa ordem ou solicitao.
pessoa verbal afirmativo negativo
2 do singular trabalha tu No trabalhes tu
3 do singular trabalhe voc No trabalhe voc
1 do plural trabalhemos ns No trabalhemos ns
2 do plural trabalhai vs No trabalheis vs
3 do plural trabalhem vocs No trabalhem vocs
12.2.2 Formao do Imperativo
Presente do indicativo
Imperativo Afirmativo
Presente do Subjuntivo
Imperativo Negativo
trabalho trabalhe
trabalhas trabalha tu trabalhes No trabalhes tu
trabalha trabalhe voc trabalhe No trabalhe voc
trabalhamos trabalhemos ns trabalhemos No trabalhemos ns
trabalhais trabalhai vs trabalheis No trabalheis vs
trabalham trabalhem vocs trabalhem No trabalhem vocs
Observao: a passagem do presente do indicativo para o imperativo afirmativo, nas pessoas tu e vs, sofrer o corte do S final.
Por exemplo: tu andas anda tu
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12.2.2.1 Formao prtica do imperativo em VOC e TU.
afirmativo negativo
voc Pres. do subj. Pres. do subj.
tu Pres. do ind. (menos S) Pres. do subj.
voc V e volte logo; no se demore.
tu Vai e volta logo; no te demores.
12.3 Verbos terminados em EAR.
formas rizotnicas formas arrizotnicas
so as que apresentam tonicidade na raiz do verbo
so as que apresentam tonicidade fora da raiz do verbo
eu freio ns freamos
tu freias vs freais
ele(a) freia
eles(as) freiam
Exemplos: granjear, cear, alhear, abigear, folhear, frear...
12.4 Verbos terminados em IAR.
formas rizotnicas formas arrizotnicas
eu avalio ns avaliamos
tu avalias Vs avaliais
ele(a) avalia
eles(as) avaliam
Exemplos: afiar, desafiar, ampliar, aviar, desfiar, avaliar, premiar ...
12.5 Os verbos da turminha do MRIO Mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar.
formas rizotnicas formas arrizotnicas
funcionam como as formas verbais terminadas em EAR
funcionam como as formas verbais terminadas em IAR
eu medeio, anseio, remedeio... ns mediamos, ansiamos, remediamos
tu medeias vs mediais
ele(a) medeia
eles(as) medeiam
12.6 Verbos Derivados
O que so? So verbos formados pela soma de prefixos a verbos primitivos. Exemplos: rever, impor, recompor...
12.6.1 Como funcionam?
Devem ser conjugados como os primitivos.
prefixos presente do indicativo
pretrito perfeito futuro do subjuntivo
RE- ponho pus puser
DE- pes puseste puseres
COM- pe ps puser
SU- pomos pusemos pusermos
INTER- pondes pusestes puserdes
IM- pem puseram puserem
Concluso: bastar conjugar o verbo na sua forma primitiva e somar o prefixo para obter o derivado.
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12.6.1.1 Excees regra.
prover requerer
Significa sustentar, administrar. No se conjuga como o primitivo VER.
Significa solicitar direito que se tem ou se supe ter. No se conjuga como o primitivo QUERER.
ver (primitivo) prover (derivado) querer (primitivo) requerer (derivado)
Pretrito perfeito Pretrito perfeito
Pretrito perfeito
Pretrito perfeito
eu vi eu provi eu quis eu requeri
tu viste tu proveste tu quiseste tu requereste
ele(a) viu ele(a) proveu ele(a) quis ele(a) requereu
ns vimos ns provemos ns quisemos ns requeremos
vs vistes vs provestes vs quisestes vs requerestes
eles(as) viram eles(as) proveram eles(as) quiseram eles(as)requereram
12.7 Reaver um verbo especial.
O que significa e como funciona?
Reaver significa recuperar, resgatar. derivado de HAVER e s poder ser conjugado nas pessoas, tempos e modos em que o verbo HAVER apresentar a letra V.
Exemplos
haver reaver haver reaver haver reaver
presente do indicativo
presente do indicativo
presente do subjuntivo
presente do subjuntivo
pretrito perfeito
pretrito perfeito
hei - haja - houve reouve
hs - hajas - houveste reouveste
h - haja - houve reouve
havemos reavemos hajamos - houvemos reouvemos
haveis reaveis hajais - houvestes reouvestes
ho - hajam - houveram reouveram
12.8 Verbos abundantes.
O que so? So os que possuem duas formas vlidas de particpio.
Exemplos: imprimido/impresso; salvado/salvo...
Como funcionam? De acordo com o verbo auxiliar (veja quadro abaixo)
verbo auxiliar forma do particpio
TER ou HAVER regular (-ado - -ido)
SER ou ESTAR irregular
Exemplos
As crianas tinham salvado os dois ces do sacrifcio.
Os dois ces foram salvos do sacrifcio.
Ateno para os seguintes verbos:
Os verbos ... ... apresentam os seguintes particpios na
forma culta
ganhar ganho
pagar pago
gastar gasto
abrir aberto
escrever escrito
pegar pegado
chegar chegado
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13 VOZES VERBAIS
Vozes so a forma em que se apresenta o verbo para indicar a relao que h entre ele e o seu sujeito.
13.1 Processo de Apassivamento e Retorno Voz ativa
Funes da ativa... ... transformam-se na passiva em
sujeito agente da passiva
verbo particpio, recebendo um verbo SER auxiliar
objeto sujeito da passiva
Exemplo
Um vento sbito destelhou centenas de casas no litoral catarinense.
Centenas de casas no litoral catarinense foram destelhadas por um vento sbito.
13.2 Processo de Passagem da Analtica Para a Sinttica
a) O particpio assume a forma do verbo ser auxiliar e recebe a partcula se.b) O verbo ser auxiliar desaparece.
Exemplo
Os automveis daquela empresa foram vendidos.
Venderam-se os automveis daquela empresa.
14 DISCURSO DIRETO E INDIRETO
Discursos so as modalidades da fala.
14.1 Quadro Tcnico de Transposio do Discurso Direto para o Indireto
Discurso Direto Discurso Indireto
pronomes eu, me, mim, comigo, ns, nos, conosco
ele, ela, se, o, a, lhe, si, consigo, eles, elas, os, as, lhes
presente do indicativo pretrito imperfeito do indicativo
pretrito perfeito do indicativo pretrito mais-que-perfeito do indicativo
futuro do presente do indicativo futuro do pretrito do indicativo
presente do subjuntivo futuro do subjuntivo imperativo
pretrito imperfeito do subjuntivo
este, esta, isto aquele, aquela, aquilo
aqui, c ali, l
agora, hoje naquela ocasio, naquele dia, etc.
14.2 Quadro de Exemplos de Transposio do Discurso Direto para o Indireto
Discurso Direto Discurso Indireto
1. A inspetora disse-lhe:Eu o conheo. A inspetora disse-lhe que ela o conhecia.
2. Apontou para o prdio e falou:Isto aqui uma construo forte.
Apontou para o prdio e falou que aquilo ali (ou l) era uma construo forte.
3. Lauro lanou-lhe um olhar severo,pedindo:Pare com essas brincadeiras.
Lauro lanou-lhe um olhar severo, pedindo que parasse com aquelas brincadeiras.
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15 COORDENAO E SUBORDINAO
15.1 Processo de Coordenao
orao coordenada assindtica nexo orao coordenada sindtica ...
Os textos ficaram prontos, mas ainda no foram revisados.
15.2 Quadro Geral das Conjunes Coordenativas
CLASSIFICAO CONJUNES RELAO DE IDIA
aditivas e, nem adio
adversativas mas, porm, todavia, contudo, no entanto,
entretanto, no obstante oposio
alternativas ou, ou ... ou, ora ... ora, nem ... nem, seja ... seja, quer ...
quer alternncia
conclusivas
logo, portanto, por isso, por consequncia, por
conseguinte, consequentemente, conseguintemente
concluso
explicativas pois, porque explicao
Observe as seguintes frases:
As condies de trabalho eram adequadas. O salrio era muito bom.
As condies de trabalho eram adequadas, e o salrio era muito bom.
orao coordenada assindtica nexo orao coordenada sindtica
aditiva
As condies de trabalho eram adequadas. O salrio era muito baixo.
As condies de trabalho eram adequadas, mas o salrio era muito baixo.
orao coordenada assindtica nexo orao coordenada sindtica
adversativa
No fique preocupado. Tudo dar certo.
No fique preocupado, porque tudo dar certo
orao coordenada assindtica nexo orao coordenada sindtica
explicativa
15.2 Processos de Subordinao
orao principal nexo orao subordinada
Gostava de brincar com crianas embora no quisesse ter filhos.
nexo orao subordinada orao principal
Embora gostasse de brincar com crianas, nunca quis ter filhos.
orao... nexo orao subordinada ...principal
As rvores, ainda que tivessem sido podadas,
apresentavam copas exuberantes.
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15.3 Quadro Geral das Conjunes Subordinativas
CLASSIFICAO CONJUNES RELAO DE IDIA
condicionais se, contanto que, desde que,
caso condio
concessivas embora, ainda que, mesmo
que, em que pese, conquanto, posto que
oposio
conformativas conforme, segundo,
consoante conformidade
comparativas como, tal como, tanto como,
tal qual, tanto quanto comparao
consecutivas to, tal, tamanho, tanto ... que conseqncia
causais porque, porquanto, j que,
visto que, uma vez que, haja vista que
causa
proporcionais proporo que, medida
que, ao passo que proporcionalidade
temporais quando, enquanto tempo
finais para, a fim de, a fim de que finalidade
Observe as seguintes frases.
Ns fomos chamados quando a situao se complicou.
orao principal nexo orao subordinada adverbial temporal
Ele nos visitar amanh se lhe derem folga.
orao principal nexo or. sub. adverbial condicional
Se tudo correr bem, os resultados da apurao sero
conhecidos ainda hoje.
nexo or. sub. adv. condicional orao principal
Os meninos, quando foram interrogados, denunciaram o malfeitor.
orao... nexo or. sub. adv. temporal ... principal
15.3.1 Os nexos polissmicos
H muitas palavras em Lngua Portuguesa que apresentam polissemia, isto , podem ser empregadas com sentidos diferentes. Tudo, na verdade, depende do contexto. Entre os nexos, existem dois polissmicos:
15.3.1.1 O nexo COMO pode ser
causal = porque e no
incio da orao A raposa, como no pde alcanar as uvas,
desdenhou o pomar.
conformativo = conforme ou
segundo As tabelas de frete sero mantidas como determinou
o setor de transporte.
comparativo = tal qual Gritava e gesticulava como se fosse louca.
15.3.1.2 O nexo DESDE QUE pode ser
condicional = se/caso Retornaria festa desde que lhe dessem carona.
temporal = desde quando Todos ficaram aguardando o reaparecimento do
ator desde que ele saiu de cena.
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16 TERMOS DA ORAO
16.1 Quadro Geral dos Termos da Orao
Essenciais Integrantes Acessrios
Sujeito
Predicado
Objeto Direto
Objeto Indireto
Complemento Nominal
Predicativo
Agente da Passiva
Aposto
Vocativo
Adjunto Adverbial
Adjunto Adnominal
preciso observar, portanto, que os termos da orao nada mais so do que as funes sintticas que as palavras e expresses exercem dentro da orao.
16.1.1 Essenciais
16.1.1.1 Sujeito o agente da ao verbal
Busca-se o sujeito por meio da pergunta: QUEM QUE + VERBO?
16.1.1.1.2 Classificao do Sujeito
Simples formado por um ncleo. As ltimas encomendas chegaram ao Brasil em agosto.
O ncleo encomendas.
Composto formado por dois ou mais ncleos. frica e sia so continentes exticos para a nossa cultura.
Os ncleos so frica e sia.
Desinencial indicado pela desinncia de pessoa presente no verbo. Fomos felizes. Ests satisfeito com os resultados?
Na primeira frase, a desinncia mos permite identificar o sujeito ns; na segunda, a desinncia s permite identificar o sujeito tu.
Indeterminado apresenta-se pelas seguintes estruturas: a) verbo na 3 pessoa do plural Furaram o cerco da polcia. b) verbo intransitivo + se Vive-se bem em algumas cidades daquele pas. c) Verbo transitivo indireto + se Precisa-se de atendentes.
Inexistente diz-se quando a orao apresenta verbo impessoal Faz muitos anos que chove na Pscoa.
Haver dissidncias em breve.
16.1.1.2 Predicado tudo o que se diz do sujeito
Retirando-se o sujeito, o que sobra na orao o predicado.
16.1.1.3 Classificao do Predicado
Verbal formado por verbo intransitivo ou transitivo. As procuradoras do ru apresentaram procuraes hoje.
Seu ncleo o prprio verbo.
Nominal formado por verbo de ligao. Todos pareciam muito entusiasmados naquela ocasio.
Seu ncleo ser um nome (adjetivo ou advrbio).
Verbo-Nominal formado por dois ncleos verbal e nominal. As atletas chegaram muito cansadas ao hotel.
Os ncleos so chegaram e cansadas.
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16.1.2 Integrantes
16.1.2.1 Objeto direto a palavra ou expresso que integra o sentido de um verbo transitivo direto.
Todos pretendiam ver a jovem modelo.
Queres uma taa de champanha?
16.1.2.2 Objeto indireto a palavra ou expresso que integra o sentido de um verbo transitivo indireto.
Gosta imensamente de pintura impressionista.
Aspirava ao progresso da vila de que era fundador.
16.1.2.3 Complemento nominal a palavra ou expresso que integra o sentido de um nome (substantivo, adjetivo e advrbio) de sentido incompleto.
Saudade de casa contente com os fatos novos rente casa verde
A fixao da multa ser decidida por uma comisso de condminos.
Era vido por notcias da Itlia.
A escola ficava perto da delegacia.
16.1.2.4 Predicativo o termo ou expresso que se associa ao verbo de ligao, integrando-lhe sentido.
As senhoras pareciam confusas e revoltadas com o descaso do porteiro.
16.1.2.4.1 Classificao do Predicativo
Do sujeito Animais de estimao estavam sendo vacinados.O predicativo qualifica o sujeito (animais).
Do objeto Vimos animais sendo vacinados ontem.O predicativo qualifica o objeto (animais).
16.1.2.5 Agente da passiva o termo que corresponde, na ativa, ao sujeito.
A conta pblica sempre ser paga pelo povo.(Na ativa: O povo sempre pagar a conta pblica.)
Duas das cartas encontradas foram escritas pelo dono do hotel.(Na ativa: O dono do hotel escreveu duas das cartas encontradas.)
16.1.3 Acessrios
16.1.3.1 Aposto a palavra ou expresso que qualifica algum ou algo.
Roberto Rodrigues, mdico legista, far palestra sobre morte sbita.
16.1.3.2 Vocativo a palavra ou expresso empregada para se dirigir a algum ou algo.
Preste ateno, meu amigo, s notcias que esto sendo veiculadas.
16.1.3.3 Adjunto adverbial palavra ou expresso empregada para revelar ou esclarecer uma circunstncia de tempo, lugar, modo...
As denncias, na atualidade, chegam s raias da banalidade.
Naquele rancho beira da estrada, morava um casal de agricultores.
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16.1.3.4 Adjunto adnominal a palavra ou expresso que se une ao nome, como artigo, numeral, adjetivo...
Motorista de txi chapu de palha anel de ouro cadeira de vime
As duas primeiras candidatas escolhero a cidade onde trabalharo.
17 PONTUAO
17.1 Casos de Vrgula I
A vrgula empregada para
a) separar elementos de igualfuno sinttica
Os pais, os alunos, os professores e a comunidadereconstruiro o ginsio de esportes.
b) separar oraes coordenadas(exceto iniciadas por E)
Fizemos o que era possvel, mas no conseguimos salvar as cpias do contrato.
c) marcar a supressointencional do verbo
Ela uma lutadora; seu filho, um exemplo.
17.1.1 O Caso da Vrgula Antes do E
unindo sujeitos iguais = sem vrgula
As pessoas investem em educao e ampliam seushorizontes culturais.
unindo sujeitos diferentes = com vrgula
As pessoas investem em cultura, e a sociedade ganha emqualificao.
17.2 Casos de Vrgula II
A vrgula empregada para
a) isolar o aposto O vizinho, um aposentado de 70 anos, era o guardio da rua.b) isolar o vocativo Por piedade, Gensio, deixe essa criana brincar agora.c) isolar adjunto adverbialdeslocado
As lunetas, quela hora da noite, j no se prestavam aenxergar janelas indiscretas.
d) isolar orao subordinadaadverbial deslocada
Tales, quando comprava o jornal, lia as notcias para todosda famlia.
e) isolar predicativo deslocado Nervosa, a senhora pediu licena para deixar o hospital.
f) isolar conjuno adversativae conclusiva deslocada
Naquela poca, era interessante saber dos fatos pelos colegas; hoje, porm, sabe-se de tudo pelos meios decomunicao.
g) isolar orao adjetivaexplicativa
As crianas, que esto em formao, merecem amparo.
Observao - o isolamento do adjunto adverbial deslocado opcional, mas aconselhvel. Observao - as oraes subordinadas adjetivas restritivas no levam vrgulas: As crianas que sofrem de algum mal merecem cuidados especiais.
Equivalncias entre sinais de pontuao
Nos casos de isolamento, as vrgulas podem ser substitudas por travesses ou por parnteses, sem que isso cause alterao no sentido do texto.
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17.3 Casos de Dois-Pontos
O dois-pontos empregado para introduzir
a) citao A depoente afirmou: Meu filho no retornou para casa.
b) apostoTodos nos passaram uma segurana: que no haveria aumento de impostos.
c) explicao Ela o expulsou da reunio: ele estava insuportvel.d) enumerao Traga da feira os seguinte: feijo, linguia, farinha e charque.
Equivalncia entre sinais de pontuao
O dois-pontos pode ser substitudo, em qualquer dos casos, por travesso.
17.4 Casos de Ponto-e-Vrgula
O ponto-e-vrgula empregado para
a) separar oraes coordenadasde sentidos opostos sem conetivo
Para alguns, liberdade um direito; para outros, um sonho.
b) separar oraes coordenadasadversativas e conclusivas de conetivo deslocado
Ns viajaremos ainda hoje; alguns, porm, s seguiro amanh.
18 SEMNTICA E SIGNIFICAO DAS PALAVRAS
18.1 Semntica a parte da Gramtica que trata da significao das palavras e expresses.
Em NOITE MORTE DIA SOL CHUVA RISO CHORO INCIO FIM, h relaes de sinonmia e antonmia, mas, sem dvida, tais palavras podem ser agrupadas em grupos
semnticos.
Por exemplo: semanticamente, podem-se agrupar as palavras NOITE e DIA como antnimas, assim como se pode relacionar SOL e CHUVA. Mas tambm possvel
relacionar CHORO e MORTE como conseqentes.
18.1.1 Sinonmia
Parte da gramtica que se ocupa de termos que tm igual significado: CRIANA e INFANTE, por exemplo. Mas preciso observar que a sinonmia pode ocorrer entre termos diferentes,
mas contextualmente prximos ou equivalentes.
18.1.2 Antonmia
Parte da gramtica que se ocupa de termos de significados contrrios, como, por exemplo, MORTE e VIDA. Mas preciso observar que a antonmia pode ocorrer entre termos
diferentes, mas contextualmente opostos.
18.1.3 Homonmia
Do Grego homs (igual) + onma (nome), homnimos so palavras idnticas na grafia e napronncia, distinguindo-se apenas na semntica. Por exemplo:
so 1. sadio (latim = sanus)2. santo (latim = sanctus)3. verbo ser (latim = sunt)
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18.1.4 Paronmia
So vocbulos que apresentam semelhana na grafia e/ou na pronncia. Por exemplo:
discriminar = diferenciar
descriminar = inocentar
18.1.4.1 Lista de Alguns Parnimos Mais Empregados
Palavra Significado Palavra Significado
acender atear fogo cesta balaio
ascender elevar-se sexta numeral
acento sinal grfico concertar harmonizar
assento banco consertar remendar, reparar
acerto preciso espectador assistente
asserto afirmao expectador quem est na expectativa
aprear arcar o preo esperto astuto
apressar acelerar experto perito
rea superfcie expiar pagar com sofrimento; reparar falta
ria cantiga esterno nome de um osso do peito (anatomia humana)
arrear pr arreios externo que est por fora
arriar baixar estrato tipo de nuvem
arrochar apertar extrato perfume; resumo
arroxar tornar roxo era poca
caar apanhar, perseguir hera planta
cassar invalidar, destituir incerto duvidoso
carear confrontar, acarear inserto introduzido
cariar criar crie incipiente principiante
cegar privar da viso insipiente ignorante
segar ceifar lao n
cela cubculo lasso frouxo, cansado
sela arreio maa clava
censo recenseamento massa mistura com farinha
senso juzo pao palcio
cerrar fechar passo ato de avanar o p
serrar cortar peo servial de estncia
cesso ato de ceder pio brinquedo
seo (seco) parte, setor tacha prego
sesso reunio taxa imposto
cheque ordem de pagamento vs pronome pessoal
xeque lance de xadrez; chefe de tribo oriental
voz som da laringe
19 INTERPRETAO DE TEXTOS
19.1 Por que interpretar textos?
Modernamente, os concursos pblicos em geral tm submetido os candidatos a testes de compreenso de leitura, apresentando propostas que pem prova a ateno e o raciocnio. Para tanto, quem se submete a interpretar textos, seja para responder a questes de concursos, seja pela atividade profissional que exerce, precisa entender os mecanismos dos textos.
19.2 Tipos de Testes
As bancas dos concursos pblicos tm renovado e aperfeioado o antigo modelo do texto com enunciado e cinco alternativas. A partir disso, possvel verificar a sistemtica em que so propostas as questes e examin-las luz das ocorrncias mais modernas.
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19.3 Tipos de Enunciados
O exame dos enunciados apresentados nos ltimos anos em concursos pblicos garante ao respondente situar-se de modo mais objetivo e seguro em relao ao que se solicita a partir dos textos. Assim, so comuns alguns tipos de enunciados como os que passam a ser estudados.
19.3.1 Compreenso Exclusiva do Texto
O mais comum dos enunciados o que prope ao respondente assinalar a alternativa que retrata o que o texto traz de modo geral. Via de regra, tais enunciados aparecem assim:
De acordo com o texto
Conforme o texto
Para responder a esse tipo de enunciado, importante que se tenha presente o fato de que a banca solicita indicao de alternativa que contenha apenas idia presente no texto, sem extrapolao.
19.3.2 Compreenso Alm do Texto
fundamental considerar, tambm, o tipo de enunciado que, por sua redao, leva o candidato a compreender interpretaes no presentes no texto, mas autorizadas pelo texto. Via de regra, tais enunciados aparecem assim:
A partir do texto
Com base no texto, possvel afirmar que
Portanto so notveis as duas formas de solicitar compreenso de leitura com base em questes objetivas. Outras formas de pedir existem, como, por exemplo, a solicitao de interpretao de parte do texto, com base em um ou em alguns pargrafos, ou, tambm, indagar-se do respondente sobre a idia central do texto. A isso se chama inferncia.
19.4 Tipos de Deformaes
Para realizar uma questo objetiva sobre compreenso de texto, o examinador lana mo de cinco alternativas, cada qual contendo uma viso diferenciada do assunto. Se a questo busca a afirmao correta, quatro delas naturalmente apresentam defeitos. Essas deformaes so sistemticas e repetitivas, porque s existem cinco caminhos para causar imperfeio numa mensagem. So elas:
Ampliao
Consiste em aumentar a mensagem ou a idia. Por exemplo, se num texto est a seguinte informao:
A maioria dos jovens preocupa-se com os descaminhos da poltica embora eles nem sempre aparentem preocupao.
Tal informao estaria deformada por ampliao na alternativa que reproduzisse a mensagem com o seguinte equvoco:
Os jovens preocupam-se com os descaminhos da poltica embora nem sempre aparentem preocupao.
Observe que a maioria dos jovens uma parte dos jovens, e os jovens so o todo. Eis um exemplo de ampliao.
Restrio
Consiste no contrrio da ampliao, isto , em diminuir idia presente no texto. Por exemplo, se num texto afirma-se que
Roupas de brim vendem bem o ano todo, embora sejam quentes no vero e frias no inverno.
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Estaria deformada por restrio a alternativa que contivesse a seguinte mensagem:
Roupas de brim vendem mais no vero e no inverno, apesar de no serem adequadas para essas estaes.
Verifica-se na afirmao que a idia veio equivocada com relao poca em que se vendem roupas de brim: o ano inteiro para mais no inverno e no vero, o que consiste numa restrio de mensagem.
Oposio
Como o nome sugere, oposio consiste em afirmar o contrrio do que o texto traz. Quase sempre, porm, as afirmaes no so feitas de forma to clara, de modo a permitir facilmente identificar uma contrariedade. As bancas preferem caminhos mais elaborados, como, por exemplo, lanar mo de vocbulos de domnio mais restrito. Observe este exemplo:
O amor prescinde da amizade.
Estaria deformada por oposio a afirmao
O amor precisa da amizade.
Prescindir, apenas para lembrar, significa passar sem, pr de lado, renunciar a, dispensar, enquanto precisar significa necessitar, ter necessidade de, carecer, que o contrrio de prescindir.
Inverso
Tambm chamada troca, consiste em inverter elementos associados entre si, mascarando a mensagem. Por exemplo, na afirmao
As coisas tm o valor do aspecto, e o aspecto depende da retina.
Estaria invertendo posies dos argumentos, reassociando-os, a mensagem que apresentasse a seguinte ordem
As coisas tm o valor que lhes d a retina, e a retina depende do aspecto.
Alienao
Consiste em afirmar o que no texto no se afirma, ou seja, apresenta idia estranha ao texto. Por exemplo, numa afirmao como a seguinte:
Num pas como o Brasil do sculo XIX, ser funcionrio pblico era estar perto dos donos do poder.
Consistiria em alienao afirmao que contivesse, por exemplo, a seguinte informao:
Era necessrio ter muito poder, no Brasil do sculo XIX, para ser funcionrio pblico.
evidente que a idia acima apresentada no guarda relao com o texto original. Eis um exemplo de alienao.
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20 REDAO DE CORRESPONDNCIAS OFICIAIS
20.1 Manual de Redao da Presidncia da Repblica (mantidos texto e numerao originais do MRPR Portaria n. 91/2002)
1. O que Redao Oficial
Em uma frase, pode-se dizer que redao oficial a maneira pela qual o Poder Pblico redige atos normativos e comunicaes. Interessa-nos trat-la do ponto de vista do Poder Executivo.
A redao oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padro culto de linguagem, clareza, conciso, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituio, que dispe, no artigo 37: A administrao pblica direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia (...). Sendo a publicidade e a impessoalidade princpios fundamentais de toda administrao pblica, claro est que devem igualmente nortear a elaborao dos atos e comunicaes oficiais.
No se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreenso. A transparncia do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, so requisitos do prprio Estado de Direito: inaceitvel que um texto legal no seja entendido pelos cidados. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e conciso.
Alm de atender disposio constitucional, a forma dos atos normativos obedece a certa tradio. H normas para sua elaborao que remontam ao perodo de nossa histria imperial, como, por exemplo, a obrigatoriedade estabelecida por decreto imperial de 10 de dezembro de 1822 de que se aponha, ao final desses atos, o nmero de anos transcorridos desde a Independncia. Essa prtica foi mantida no perodo republicano.
Esses mesmos princpios (impessoalidade, clareza, uniformidade, conciso e uso de linguagem formal) aplicam-se s comunicaes oficiais: elas devem sempre permitir uma nica interpretao e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nvel de linguagem.
Nesse quadro, fica claro tambm que as comunicaes oficiais so necessariamente uniformes, pois h sempre um nico comunicador (o Servio Pblico) e o receptor dessas comunicaes ou o prprio Servio Pblico (no caso de expedientes dirigidos por um rgo a outro) ou o conjunto dos cidados ou instituies tratados de forma homognea (o pblico).
Outros procedimentos rotineiros na redao de comunicaes oficiais foram incorporados ao longo do tempo, como as formas de tratamento e de cortesia, certos clichs de redao, a estrutura dos expedientes, etc. Mencione-se, por exemplo, a fixao dos fechos para comunicaes oficiais, regulados pela Portaria no 1 do Ministro de Estado da Justia, de 8 de julho de 1937, que, aps mais de meio sculo de vigncia, foi revogado pelo Decreto que aprovou a primeira edio deste Manual.
Acrescente-se, por fim, que a identificao que se buscou fazer das caractersticas especficas da forma oficial de redigir no deve ensejar o entendimento de que se proponha a criao ou se aceite a existncia de uma forma especfica de linguagem administrativa, o que coloquialmente e pejorativamente se chama burocrats. Este antes uma distoro do que deve ser a redao oficial, e se caracteriza pelo abuso de expresses e clichs do jargo burocrtico e de formas arcaicas de construo de frases.
A redao oficial no , portanto, necessariamente rida e infensa evoluo da lngua. que sua finalidade bsica comunicar com impessoalidade e mxima clareza impe certos parmetros ao uso que se faz da lngua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalstico, da correspondncia particular, etc.
Apresentadas essas caractersticas fundamentais da redao oficial, passemos anlise pormenorizada de cada uma delas.
1.1. A Impessoalidade
A finalidade da lngua comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicao, so necessrios: a) algum que comunique,b) algo a ser comunicado, ec) algum que receba essa comunicao. No caso da redao oficial, quem comunica sempre oServio Pblico (este ou aquele Ministrio, Secretaria, Departamento, Diviso, Servio, Seo); o que se comunica sempre algum assunto relativo s atribuies do rgo que comunica; o destinatrio dessa comunicao ou o pblico, o conjunto dos cidados, ou outro rgo pblico, do Executivo ou dos outros Poderes da Unio.
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Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicaes oficiais decorre: a) da ausncia de impresses individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado por Chefe de determinada Seo, sempre em nome do Servio Pblico que feita a comunicao.
Obtm-se, assim, uma desejvel padronizao, que permite que comunicaes elaboradas em diferentes setores da Administrao guardem entre si certa uniformidade; b) da impessoalidade de quem recebe a comunicao, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidado, sempre concebido como pblico, ou a outro rgo pblico. Nos dois casos, temos um destinatrio concebido de forma homognea e impessoal; c) do carter impessoal do prprio assunto tratado: se o universo temtico das comunicaes oficiais se restringe a questes que dizem respeito ao interesse pblico, natural que no cabe qualquer tom particular ou pessoal.
Desta forma, no h lugar na redao oficial para impresses pessoais, como as que, por exemplo, constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto literrio. A redao oficial deve ser isenta da interferncia da individualidade que a elabora.
A conciso, a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja alcanada a necessria impessoalidade.
1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicaes Oficiais
A necessidade de empregar determinado nvel de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre,
de um lado, do prprio carter pblico desses atos e comunicaes; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de carter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidados, ou regulam o funcionamento dos rgos pblicos, o que s alcanado se em sua elaborao for empregada a linguagem adequada. O mesmo se d com os expedientes oficiais, cuja finalidade precpua a de informar com clareza e objetividade.
As comunicaes que partem dos rgos pblicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidado brasileiro. Para atingir esse objetivo, h que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. No h dvida que um texto marcado por expresses de circulao restrita, como a gria, os regionalismos vocabulares ou o jargo tcnico, tem sua compreenso dificultada.
Ressalte-se que h necessariamente uma distncia entre a lngua falada e a escrita. Aquela extremamente dinmica, reflete de forma imediata qualquer alterao de costumes, e pode eventualmente contar com outros elementos que auxiliem a sua compreenso, como os gestos, a entoao, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsveis por essa distncia. J a lngua escrita incorpora mais lentamente as transformaes, tem maior vocao para a permanncia, e vale-se apenas de si mesma para comunicar.
A lngua escrita, como a falada, compreende diferentes nveis, de acordo com o uso que dela se faa. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de determinado padro de linguagem que incorpore expresses extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurdico, no se h de estranhar a presena do vocabulrio tcnico correspondente. Nos dois casos, h um padro de linguagem que atende ao uso que se faz da lngua, a finalidade com que a empregamos. O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu carter impessoal, por sua finalidade de informar com o mximo de clareza e conciso, eles requerem o uso do padro culto da lngua. H consenso de que o padro culto aquele em que a) se observam as regras da gramtica formal, e b) se emprega um vocabulrio comum ao conjunto dos usurios do idioma. importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padro culto na redao oficial decorre do fato de que ele est acima das diferenas lexicais, morfolgicas ou sintticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias lingsticas, permitindo, por essa razo, que se atinja a pretendida compreenso por todos os cidados.
Lembre-se que o padro culto nada tem contra a simplicidade de expresso, desde que no seja confundida com pobreza de expresso. De nenhuma forma o uso do padro culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintticos e figuras de linguagem prprios da lngua literria.
Pode-se concluir, ento, que