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Inquérito sobre a estrutura e organização da formação inicial de magistrados - Relatório 27.º, 28.º e 29.º Cursos de Formação

de Magistrados para os Tribunais Judiciais

Título: Inquérito sobre a estrutura e organização da formação inicial de magistrados - Relatório

Autor: Fernando Sousa Silva (GAEJ)

Ano de Publicação: 2013

Edição: Centro de Estudos Judiciários

Largo do Limoeiro

1149-048 Lisboa

[email protected]

mailto:[email protected]

Centro de Estudos Judiciários

Inquérito sobre a estrutura e organização da formação inicial de magistrados - Relatório 3

Índice

1. OBJECTIVOS E METODOLOGIA .............................................................................................. 4

2. RESULTADOS DO INQUÉRITO ................................................................................................ 7

2.1. CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DA POPULAÇÃO RESPONDENTE ............................................... 7

2.1.1. População respondente, por magistratura.................................................................... 7

2.1.2. População respondente, por sexo.................................................................................. 7

2.1.3. População respondente, por escalão etário .................................................................. 8

2.1.4. População respondente, por universidade de conclusão de licenciatura ...................... 8

2.1.5. População respondente, por via de acesso no curso de formação inicial de

magistrados ................................................................................................................... 9

2.1.6. População respondente, por escalão de nota final obtida no curso de formação inicial

de magistrados ............................................................................................................ 10

2.2. O CURSO DE FORMAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA, EM GERAL .................................................................. 11

2.3. O 1º CICLO DO CURSO DE FORMAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA (15 DE SETEMBRO A 15 DE JULHO)................. 19

2.4. O 2º CICLO DO CURSO DE FORMAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA ................................................................ 43

2.5. QUESTÕES FINAIS ................................................................................................................... 51

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1. Objectivos e metodologia

O presente estudo visou conhecer a opinião dos magistrados judiciais e do Ministério Público que

frequentaram os 27.º, 28.º e 29.º Cursos de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais sobre a

formação inicial de magistrados de que foram alvo nos anos de 2008 a 2010 (27.º Curso), de 2009 a 2011 (28.º

Curso) e de 2010 a 2012 (29.º Curso), tanto no 1.º como no 2.º ciclo de curso de formação teórico-prática.

Nesse sentido, para além de alguns dados sociodemográficos e profissionais (como a magistratura, o

sexo, a idade, universidade de licenciatura, via de acesso à formação no CEJ e classificação final do curso de

formação teórico-prática), esta recolha de opinião incidiu sobre aspectos tão diversos como o peso das

vertente teórica ou prática dessa mesma formação, a duração do curso e dos respectivos ciclos, a avaliação, o

cumprimento dos objectivos fixados na Lei n.º 2/2008, de 14 de Janeiro para o curso e para os dois ciclos do

mesmo, a questão da opção de magistratura, a formação conjunta ou separada de ambas as magistraturas, a

utilidade da matérias leccionadas, o caracter obrigatório/opcional de algumas delas e os métodos pedagógicos

utilizados.

A opção pelo método de recolha das opiniões recaiu na utilização de inquérito por questionário com

preenchimento anónimo online, alojado em servidores do Instituto das Tecnologias de Informação da Justiça e

cujos dados de acesso (que exigiam login e password específicos para este fim) foram fornecidos por correio

electrónico (e-mail) à população-alvo. Esta é constituída pelos 314 magistrados dos cursos acima referidos. Ou

seja, isto equivale a dizer que a população-alvo é composta por todos os que concluíram com sucesso o

respectivo curso de formação teórico-prática.

Os endereços electrónicos da população inquirida foram obtidos nas bases de dados administrativas do

CEJ utilizadas na acção formativa, sendo garantido que a mensagem electrónica de sensibilização/apelo e com

os dados de acesso (que seguem em anexo) foram entregues nas respectivas caixas de e-mail de todos os

potenciais respondentes. Isto implicou um contacto telefónico directo com todos os magistrados cujos

endereços de e-mail devolveram a mensagem enviada pelo GAEJ. Foi, assim, assegurada uma taxa de 0% de

devolução de mensagem de sensibilização/apelo.

Os potenciais inquiridos estão distribuídos pelos três cursos analisados da seguinte forma:

Curso de formação inicial de magistrados N.º de Magistrados

27.º Curso (2008 a 2010) 99

28.º Curso (2009 a 2011) 97

29.º Curso (2010 a 2012) 118

Total 314



Dada a sua grande extensão (quase 100 questões) e por limitações técnicas da plataforma utilizada

(Microsoft Sharepoint), o questionário teve que ser dividido em duas partes (ou, melhor dito, em duas páginas

web) sendo que o acesso à segunda parte só seria possível depois de preenchida toda a primeira parte.

Este circunstancialismo veio colocar alguns constrangimentos.

Um deles está relacionado com o número de respostas, que é diferente para as duas partes do

questionário. De facto, enquanto para a primeira parte (até à questão n.º 22) foram obtidas 107 respostas

(34,1% de taxa de resposta), a segunda parte (da questão n.º 23 até à questão n.º 46 - final) foi respondida por

menos três inquiridos (104 respostas, ou seja, 33,1% da taxa de resposta).

Outro constrangimento foi o facto de não ser possível cruzar as respostas obtidas na segunda parte do

questionário com os dados da primeira parte. Ficaram, assim, inviabilizados possíveis cruzamentos das

respostas dadas na segunda parte do questionário com os dados sociodemográficos e profissionais da primeira

parte. Porém, como já foi referido, o principal objectivo deste estudo é o fornecimento de informação de

suporte à decisão, pelo que no presente relatório a opção incidiria sempre pela apresentação de resultados

não agregados.

Os dados obtidos na plataforma Sharepoint foram convertidos em formato Excel, e depois de

devidamente validados, foram tratados com recurso a esta última aplicação.

Este estudo tem um carácter essencialmente prático, muito ligado a uma avaliação das alterações

operadas na formação inicial de magistrados pela Lei n.º 2/2008, de 14 de Janeiro. Pretende-se, assim,

contribuir com dados de suporte a futuras decisões nesta matéria. Tal não obsta, contudo, à divulgação

genérica dos resultados apurados, o que se faz na forma do presente relatório.



2. Resultados do inquérito

2.1. Caracterização sociodemográfica da população respondente

2.1.1. População respondente, por magistratura

Magistratura Nº Percentagem

Judicial 53 49,5%

Ministério Público 54 50,5%

TOTAL 107 100,0%

2.1.2. População respondente, por sexo

Sexo Nº Percentagem

Feminino 71 66,4%

Masculino 36 33,6%

TOTAL 107 100,0%



2.1.3. População respondente, por escalão etário

Escalão etário Nº Percentagem

18 a 29 anos 33 30,8%

30 a 39 anos 66 61,7%

40 a 49 anos 4 3,7%

50 anos ou mais 4 3,7%

TOTAL 107 100,0%

2.1.4. População respondente, por universidade de conclusão de licenciatura

Universidade de conclusão de licenciatura Nº Percentagem

Un

ivs.

par

ticu

lare

s

Univ. Autónoma 1 0,9%

Univ. Católica 19 17,8%

Univ. Independente 1 0,9%

Univ. Lusíada 6 5,6%

Univ. Moderna 1 0,9%

Univ. Portucalense 1 0,9%

Subtotal Univs. particulares 29 27,1%

Un

ivs.

pú

blic

as

Univ. de Coimbra 22 20,6%

Univ. de Lisboa 28 26,2%

Univ. do Minho 6 5,6%

Univ. do Porto 17 15,9%

Univ. Nova de Lisboa 3 2,8%

Subtotal Univs. públicas 76 71,0%

Respostas nulas 2 1,9%

TOTAL 107 100,0%



2.1.5. População respondente, por via de acesso no curso de formação inicial de magistrados

Via de acesso Nº Percentagem

Via Académica 88 82,2%

Via Profissional 19 17,8%

TOTAL 107 100,0%



2.1.6. População respondente, por escalão de nota final obtida no curso de formação inicial de magistrados

Escalão de nota final obtida no curso de formação inicial de magistrados Nº Percentagem

<12 valores 5 4,7%

≥12 valores e <14 valores 56 52,3%

≥14 valores 46 43,0%

TOTAL 107 100,0%



2.2. O Curso de formação teórico-prática, em geral

Questão 1: Em geral, e relativamente a todo o curso de

formação inicial teórico-prática (1º e 2º ciclos), a formação ministrada revelou-se: Nº Percentagem

Excessivamente teórica 12 11,2%

Algo teórica 65 60,7%

Algo prática 27 25,2%

Excessivamente prática 3 2,8%

TOTAL 107 100,0%

Questão 2: E relativamente à duração do mesmo curso,

considera que a mesma foi: Nº Percentagem

Insuficiente 1 0,9%

Adequada 88 82,2%

Excessiva 18 16,8%

TOTAL 107 100,0%



Questão 3: Considera que a nota obtida no final do mesmo

[curso] foi: Nº Percentagem

Abaixo do que acha que merecia 45 42,1%

Justa 60 56,1%

Acima do que acha que merecia 2 1,9%

TOTAL 107 100,0%



Questão 4: Quanto aos objectivos gerais estabelecidos para a

fase teórico-prática da formação inicial de magistrados, diga-nos o que pensa sobre o seu cumprimento?

Objectivo cumprido

Objectivo não cumprido

Nº %

Nº %

4.1. Compreender o papel dos juízes e dos magistrados do Ministério Público na garantia e efectivação dos direitos fundamentais do cidadão

106 99,1%

1 0,9%

4.2. Promover a percepção integrada do sistema de justiça e da sua missão no quadro constitucional

103 96,3%

4 3,7%

4.3. Compreender a conflitualidade social e a multiculturalidade, sob uma perspectiva pluralista, na linha de aprofundamento dos direitos fundamentais

85 79,4%

22 20,6%

4.4. Apurar o espírito crítico e reflexivo e a atitude de abertura a outros saberes na análise das questões e no processo de decisão

95 88,8%

12 11,2%

4.5. Identificar as exigências éticas da função e da deontologia profissional, na perspectiva da garantia dos direitos dos cidadãos

103 96,3%

4 3,7%

4.6. Promover uma cultura de boas práticas em matéria de relações humanas, no quadro das relações profissionais, institucionais e com o cidadão em geral

96 89,7%

11 10,3%

4.7. Promover uma cultura e prática de autoformação ao longo da vida

103 96,3%

4 3,7%

4.8. Consolidar e aprofundar os conhecimentos técnico-jurídicos necessários à aplicação do direito

103 96,3%

4 3,7%

4.9. Dominar o método jurídico e judiciário na abordagem, análise e resolução dos casos

96 89,7%

11 10,3%

4.10. Adquirir conhecimentos e técnicas de áreas não jurídicas do saber, úteis para a compreensão judiciária das realidades da vida

82 76,6%

25 23,4%

4.11.Compreender e dominar o processo de decisão mediante o apuramento da intuição prática e jurídica, o desenvolvimento da capacidade de análise, da técnica de argumentação e do poder de síntese, bem como o apelo à ponderação de interesses e às consequências práticas da decisão

97 90,7%

10 9,3%

4.12. Dominar os modos de gestão e de técnica do processo, numa perspectiva de agilizar os procedimentos orientada para a decisão final

74 69,2%

33 30,8%

4.13. A aquisição de conhecimentos e o domínio das técnicas de comunicação com relevo para a intervenção judiciária, incluindo o recurso às tecnologias da informação e da comunicação

74 69,2%

33 30,8%

4.14. A utilização das aplicações informáticas disponíveis para gerir o processo de forma electrónica e desmaterializada

67 62,6%

40 37,4%

4.15.A aquisição de competências, no âmbito da organização e gestão de métodos de trabalho, adequadas ao contexto de exercício de cada magistratura

80 74,8%

27 25,2%



Questão 5: Qual a magistratura que pretendia

efectivamente seguir quando se candidatou ao ingresso no curso de formação inicial de magistrados? Nº Percentagem

Magistratura Judicial 62 57,9%

Magistratura do Ministério Público 41 38,3%

Indiferente 4 3,7%

TOTAL 107 100,0%

População respondente por magistratura que actualmente exerce, segundo a magistratura que “pretendia

seguir no momento da candidatura ao CEJ”

População respondente, por correspondência entre magistratura desejada no momento da candidatura e a magistratura em que exerce funções Nº

Percen-tagem

Com correspondência entre magistratura desejada e

magistratura de exercício

Magistratura Judicial 48 44,9%

Magistratura do Ministério Público 37 34,6%

Sem correspondência entre magistratura desejada e

magistratura de exercício

Desejava a magistratura judicial mas exerce a magistratura do Ministério Público

14 13,1%

Desejava a magistratura do Ministério Público mas exerce a magistratura judicial

4 3,7%

Magistratura desejada indiferente 4 3,7%

TOTAL 107 100,0%



Questão 6: Como se sente relativamente às funções

profissionais que actualmente desempenha? Nº Percentagem

Nada realizado 3 2,8%

Pouco realizado 1 0,9%

Razoavelmente realizado 27 25,2%

Totalmente realizado 76 71,0%

TOTAL 107 100,0%



Questão 7: Relativamente ao concurso de ingresso no

curso de formação teórico-prática, acha que ele deve ser comum ou separado para as magistraturas judicial e do Ministério Público? Nº Percentagem

Comum a ambas as magistraturas 83 77,6%

Separado, com um concurso para cada magistratura 24 22,4%

TOTAL 107 100,0%

Questão 8: E como acha que deve ser a formação inicial

teórico-prática para as mesmas magistraturas? Nº Percentagem

Comum a ambas as magistraturas 14 13,1%

Separada, com um curso para cada magistratura 17 15,9%

Mista (em grupos comuns e específicos) 76 71,0%

TOTAL 107 100,0%



Questão 9: E em caso de ingresso e formação comum a ambas as

magistraturas, qual é, na sua opinião, o melhor momento para o auditor de justiça fazer a sua opção de magistratura? Nº Percentagem

No momento da candidatura 37 34,6%

Imediatamente antes do início do curso de formação inicial de magistrados 34 31,8%

No final do 1º ciclo/imediatamente antes do início do 2º ciclo 20 18,7%

No final do 2º ciclo/imediatamente antes do início do estágio 9 8,4%

No final do estágio 3 2,8%

Em outro momento* 4 3,7%

TOTAL 107 100,0%

* Respostas válidas recolhidas para a hipótese de resposta “Em outro momento”:

▪ “Após o fim de um primeiro semestre de formação comum”

▪ “No final do 1.º trimestre do 1.º Ciclo, deveria ser efectuada nova graduação e escolha da

magistratura”

Questão 10: Como avalia em termos qualitativos e gerais, a

formação recebida no curso de formação inicial teórico-prática de magistrados? Nº Percentagem

Muito má 1 0,9%

Má 1 0,9%

Razoável 21 19,6%

Boa 62 57,9%

Muito boa 22 20,6%

TOTAL 107 100,0%



2.3. O 1º ciclo do curso de formação teórico-prática (15 de

Setembro a 15 de Julho)

Questão 11: Em geral, e relativamente ao 1º ciclo do curso de

formação teórico-prática, a formação ministrada revelou-se: Nº Percentagem

Excessivamente teórica 25 23,4%




TOTAL 107 100,0%



Questão 12: E relativamente à duração do 1º ciclo considera que a

mesma foi: Nº Percentagem

Insuficiente 2 1,9%

Adequada 86 80,4%

Excessiva 19 17,8%

TOTAL 107 100,0%

Questão 13: Considera que a nota obtida no final do 1º ciclo foi: Nº Percentagem


Justa 69 64,5%


TOTAL 107 100,0%



Questão 14: Quanto aos objectivos específicos estabelecidos para o

1º ciclo do curso de formação teórico-prática de magistrados, diga-nos o que pensa sobre o seu cumprimento?

Objectivo cumprido

Objectivo não

cumprido

Nº %

Nº %

14.1. Proporcionar formação sobre os temas respeitantes à administração da justiça

95 88,8%

12 11,2%

14.2. Dar a conhecer os princípios da ética e da deontologia profissional, bem como os direitos e deveres estatutários e deontológicos

98 91,6%

9 8,4%

14.3. Diferenciar os conteúdos funcionais e técnicos de cada magistratura

94 87,9%

13 12,1%

14.4. Proporcionar formação sobre a importância prática dos direitos fundamentais e o domínio dos respectivos meios de protecção judiciária

93 86,9%

14 13,1%

14.5. Aquisição e aprofundamento dos conhecimentos jurídicos, de natureza substantiva e processual, nos domínios relevantes para o exercício das magistraturas

97 90,7%

10 9,3%

14.6. Desenvolver a capacidade de abordagem, de análise e do poder de síntese, na resolução de casos práticos, com base no estudo problemático da doutrina e da jurisprudência, mediante a aprendizagem do método jurídico e judiciário

85 79,4%

22 20,6%

14.7. Proporcionar o exercício na tomada de decisão, fundado numa argumentação racional e na análise crítica da experiência, por forma a conferir autonomia às posições assumidas

86 80,4%

21 19,6%

14.8. Obter o domínio da técnica processual, privilegiando as perspectivas de agilização dos procedimentos, da valoração da prova e da fundamentação das decisões, com especial incidência na elaboração das peças processuais, no tratamento da matéria de facto, nos procedimentos de recolha e produção da prova, e na estruturação das decisões

71 66,4%

36 33,6%

14.9. Apreender os modos de gestão judiciária e do processo, numa perspectiva de racionalização de tarefas por objectivos

51 47,7%

56 52,3%

14.10. Apreender as técnicas de pesquisa, tratamento, organização e exposição da informação, útil para a análise dos casos, incluindo o recurso às novas tecnologias.

74 69,2%

33 30,8%

14.11. Adquirir saberes não jurídicos com relevo para a actividade judiciária, nomeadamente em matéria de medicina legal, psicologia judiciária e contabilidade e gestão

88 82,2%

19 17,8%

14.12. Dominar uma língua estrangeira, numa perspectiva de utilização técnico-jurídica

82 76,6%

25 23,4%

14.13. Aprendizagem de técnicas da comunicação, verbais e não verbais, incluindo o recurso às tecnologias da informação

58 54,2%

49 45,8%

14.14. A aprendizagem da utilização das aplicações informáticas disponíveis para gerir o processo de forma electrónica e desmaterializada

53 49,5%

54 50,5%

14.15. Integrar as competências que vão sendo adquiridas, através de breves períodos de estágio nos tribunais

81 75,7%

26 24,3%



Questão 15: Quanto ao leque de matérias abrangidas, a formação

ministrada no 1º ciclo de actividades de curso de formação inicial teórico-prática foi: Nº Percentagem

Insuficiente 8 7,5%

Adequado 48 44,9%

Excessivo 51 47,7%

TOTAL 107 100,0%

Questão 16: Na sua opinião, a duração da formação ministrada no

1º ciclo de actividades da formação inicial teórico-prática (15 de Setembro a 15 de Julho) foi: Nº Percentagem

Insuficiente 3 2,8%

Adequada 92 86,0%

Excessiva 12 11,2%

TOTAL 107 100,0%



Questão 17: E quanto à carga horária semanal, ela foi: Nº Percentagem

Insuficiente 3 2,8%

Adequada 48 44,9%

Excessiva 56 52,3%

TOTAL 107 100,0%



Questão 18: À luz da prática judiciária e da

experiência profissional adquirida, diga o que pensa da utilidade dos conteúdos formativos da cada uma das matérias para o exercício das funções que actualmente desempenha?

Nada útil

Pouco útil Útil

Muito útil Total

18.1. Direito Civil, Direito Comercial Cível e Direito Processual Civil

3 7 26 71 107

18.2. Direito Penal e Direito Processual Penal 1 8 12 86 107

18.3. Direito Contra-Ordenacional substantivo e processual

3 12 35 57 107

18.4. Direito da Família e das Crianças 2 4 17 84 107

18.5. Direito substantivo e processual do Trabalho e Direito da Empresa

4 25 31 47 107

18.6. Direitos Fundamentais e Direito Constitucional 3 16 49 39 107

18.7. Ética e Deontologia Profissional 4 9 52 42 107

18.8. Instituições e Organização Judiciárias 8 33 43 23 107

18.9. Metodologia e Discurso Judiciários 13 36 42 16 107

18.10. Organização e Métodos e Gestão do Processo 14 38 38 17 107

18.11. Inglês 14 44 44 5 107

18.12. Tecnologias da Informação e da Comunicação 13 31 46 17 107

18.13. Direito Europeu 4 14 60 29 107

18.14. Direito Internacional 3 21 60 23 107

18.15. Direito da Concorrência e da Regulação 34 40 29 4 107

18.16. Direito Administrativo substantivo e processual 35 37 30 5 107

18.17. Contabilidade e Gestão 29 35 36 7 107

18.18. Psicologia Judiciária 9 28 53 17 107

18.19. Medicina Legal e Ciências Forenses 6 23 60 18 107

18.20. Investigação Criminal e Gestão do Inquérito 11 20 54 22 107



Questão 19: Qual a sua opinião sobre a adequação

dos métodos pedagógicos utilizados em cada uma das matérias que integraram o curso de formação que frequentou?

Métodos pedagógicos adequados

Métodos pedagógicos

desadequados Total


93 14 107

19.2. Direito Penal e Direito Processual Penal 95 12 107


82 25 107

19.4. Direito da Família e das Crianças 100 7 107


100 7 107

19.6. Direitos Fundamentais e Direito Constitucional 71 36 107

19.7. Ética e Deontologia Profissional 95 12 107

19.8. Instituições e Organização Judiciárias 82 25 107

19.9. Metodologia e Discurso Judiciários 70 37 107

19.10. Organização e Métodos e Gestão do Processo 65 42 107

19.11. Inglês 93 14 107

19.12. Tecnologias da Informação e da Comunicação 56 51 107

19.13. Direito Europeu 86 21 107

19.14. Direito Internacional 84 23 107

19.15. Direito da Concorrência e da Regulação 60 47 107

19.16. Direito Administrativo substantivo e processual 67 40 107

19.17. Contabilidade e Gestão 57 50 107

19.18. Psicologia Judiciária 80 27 107

19.19. Medicina Legal e Ciências Forenses 88 19 107

19.20. Investigação Criminal e Gestão do Inquérito 77 30 107



Questão 20: Em termos de formação

separada/conjunta das magistraturas judicial e do Ministério Público, como considera que deviam ter sido construídos os programas de cada uma das matérias?

Programa integralmente

comum às 2 magistraturas

Programas totalmente

distintos para MJ e para MP

Programas com

módulos comuns e

específicos para MJ e

MP Total


6 32 69 107

20.2. Direito Penal e Direito Processual Penal

10 19 78 107


23 18 66 107

20.4. Direito da Família e das Crianças 11 17 79 107


14 20 73 107

20.6. Direitos Fundamentais e Direito Constitucional

67 4 36 107

20.7. Ética e Deontologia Profissional 63 7 37 107

20.8. Instituições e Organização Judiciárias 72 5 30 107

20.9. Metodologia e Discurso Judiciários 49 20 38 107

20.10. Organização e Métodos e Gestão do Processo

36 35 36 107

20.11. Inglês 84 3 20 107

20.12. Tecnologias da Informação e da Comunicação

78 6 23 107

20.13. Direito Europeu 63 9 35 107

20.14. Direito Internacional 62 12 33 107

20.15. Direito da Concorrência e da Regulação

66 10 31 107

20.16. Direito Administrativo substantivo e processual

59 15 33 107

20.17. Contabilidade e Gestão 81 5 21 107

20.18. Psicologia Judiciária 81 5 21 107

20.19. Medicina Legal e Ciências Forenses 75 10 22 107

20.20. Investigação Criminal e Gestão do Inquérito

27 44 36 107



Questão 21: Das matérias abaixo listadas,

indique-nos a sua opinião sobre o carácter obri-gatório/opcional na formação inicial teórico-prática de magistrados?

Matéria obrigatória

Matéria com módulos

obrigatórios e módulos opcionais

Matéria de opção Total


78 19 7 104

21.2. Ética e Deontologia Profissional 92 12 -- 104

21.3. Instituições e Organização Judiciárias 56 29 19 104



53 28 23 104

21.6. Inglês 29 18 57 104


62 20 22 104




4 14 86 104


6 14 84 104





53 27 24 104



Questão 22: Quais são as matérias que, na sua opinião, não estão incluídas no plano de estudos do

1º ciclo e que fazem falta na formação dos futuros magistrados? (questão aberta – transcrição de respostas validadas)

“Talvez dar uma maior ênfase ao direito da insolvência.”

“Técnicas de negociação nas vertentes penal e família. Enfâse no cibercrime e prova digital.”

“A formação deveria preparar-nos melhor para tramitar os processos, aprender a fazer mais despachos.”

“A vertente substancial do direito penal, um aprofundamento do estudo do direito europeu e um maior número de simulações de audiências de julgamento.”

“Acho que o programa já está sobrecarregado.”

“Análise da Lei de Saúde Mental, as concretas competências do Ministério Público em termos de reclamações de créditos.”

“Apenas seria importância ao direito constitucional e à protecção dos direitos fundamentais.”

“Aprender a gerir uma agenda (matéria transmitida apenas para os colegas da judicial) e inquirição de testemunhas em julgamentos.”

“As matérias contempladas afiguram-se-me como suficientes, sendo certo que algumas delas contemplam até módulos excessivos.”

“As matérias relacionadas com os crimes fiscais e crimes informáticos.”

“Cibercriminalidade.”

“Como já tive oportunidade de referir noutros relatórios anteriormente solicitados, o curso na sua essência é muito completo, no sentido que aborda os mais variados temas. No entanto, considero que o programa é demasiado extenso para a duração do curso e q[…]”

“Considero adequadas as matérias abordadas, apenas julgo que a perspectiva deveria ser mais prática e menos teórica.”

“Considero que as matérias ministradas são suficientes.”

“Considero que o 1.º ciclo de formação abrange todas as matérias úteis na formação dos magistrados.”

“Considero que os conteúdos incluídos no plano de estudos são adequados.”

“Custas Processuais.”

“Deveria ser incluído no plano de estudos: - Internamento compulsivo; - Direito das execuções (mais do que uma aula de 30 minutos); - Insolvências - na vertente do MP (Reclamações de créditos e acção de verificação ulterior de créditos).”

“Direito bancário/financeiro.”

“Direito da Insolvência; Lei 15/93; e Lei de Saúde Mental.”

“Direito dos estrangeiros.”

“Direito Estradal.”

“Direito fiscal.”

“Em penal devia-se abordar mais aprofundadamente a violência doméstica e falar-se no tráfico de estupefacientes. E as cadeiras nucleares deviam ser mais práticas, com mais horas, sendo que essas horas deviam ser subtraídas a matérias não tão fundamentais.”

(continua…)



(…continuação)



“Em sede de matérias, não creio que tenha deixado de ser abordada qualquer matéria essencial ao desempenho das funções. Contudo, entendo que algumas das matérias abordadas, pelo seu carácter essencial ao desempenho das funções, o deveriam ter sido com maio[…]”

“Estudo sobre algumas matérias substantivas, como direito civil e penal, que sofreram alterações importantes nos últimos tempos ou sobre as quais irá recair grande parte do nosso trabalho na vida activa.”

“Execução das penas.”

“Faz falta recentrar o 1.º ciclo na prática forense. As demais matérias deveriam ser alvo de conferências, etc..., de modo a vincar perante o auditor a importância de gerir diversos instrumentos não jurídicos, e conseguir pelo menos identificar as temáticas.”

“Formação sobre custas processuais.”

“Gestão de Agenda.”

“Gestão de Recursos Humanos.”

“Gestão processual: deveria ser ministrada, não como seminário, mas sim como disciplina.”

“Globalmente não considero que faltem disciplinas no plano de formação do 1º ciclo. Poderia, no entanto, serem criadas disciplinas opcionais, abrangendo novas áreas do Direito.”

“Insolvência e Recuperação de Empresas.”

“Julgo ser pertinente introduzir matérias de direito fiscal, mais concretamente as relacionadas com a verificação de ilícitos penais, e também, dentro da matéria de direito penal/processual penal, ser abordada a matéria relativa a execuções de penas e resp[…]”

“Maior incidência na parte do direito substantivo - civil, penal, bancário. Maior número de sessões em matéria de direito europeu e com mais enfoque na vertente prática.”

“Mais áreas de saber conexas com a apreciação da prova (ex. maior carga horária de psicologia judiciária; módulos específicos dedicados ao treino da apreciação da prova, sobretudo em casos-fronteira, prova indiciária etc.).”

“Matérias de componente/exercitação mais prática, como cúmulos e liquidações de penas no âmbito processual penal.”

“MJ - técnicas de apreciação da prova, com mais profundidade.”

“Na verdade, entendo que a formação inicial de magistrados se deve centrar apenas nas áreas jurídicas de modo a permitir uma consolidação de conhecimentos.”

“Não é uma questão de matérias a incluir, mas a respectiva aplicação prática das matérias já incluídas.”

“Não me parece que façam falta outras matérias: as que existem é que deviam ser leccionadas de outro modo (remeto para o que deixo escrito a final).”

“Não ocorre nenhuma, para além das já existentes.”

“Não tanto haver matérias que não estão incluídas, mas antes matérias que na fase teórico-prática tornam-se inúteis porque dadas superficialmente, pelo que melhor seria menos matérias, mas dadas mais profundamente.”

(continua…)



(…continuação)



“Não vislumbro nenhuma matéria essencial, que não esteja incluída no plano de estudos do 1º ciclo e que fazem falta na formação.”

“No âmbito do direito civil, importaria incluir e/ou aprofundar a matéria de insolvência.”

“No âmbito do direito penal e processual penal importava incluir o tráfico de estupefacientes, o regime jurídico das armas e munições e as liquidações de penas.”

“O 1º ciclo já tem matérias a mais.”

“O aprofundamento de algumas questões de Direito Civil, nomeadamente em matéria de Inventários, Expropriações e Insolvências que têm um tratamento mais superficial no plano de curso e que constituem um volume de trabalho muito significativo na maioria das[…]”

“O plano de estudos foi adequado.”

“O programa de investigação criminal e gestão de inquérito devia incluir sessões, (em grupos) relativas à real gestão de inquérito, designadamente os diferentes tipos de concretas diligências a realizar consoante a criminalidade investigada, bem como ao ní[…]”

“Parece-me que as matérias incluídas na formação são no geral adequadas. Entendo, como refiro no quadro supra, que algumas devem ser opcionais.”

“Penso que estão todas incluídas.”

“Penso que já estão incluídas todas as matérias pertinentes para a formação dos futuros magistrados.”

“Penso que no geral estão incluídas todas as matérias mais relevantes.”

“Por exemplo, a Civil deveria existir um maior investimento nas insolvências e a penal na fase de execução de penas.”

“Processo de Insolvência; Processo Expropriativo e Processo de Inventário. Embora incluídos na disciplina de Dto. Civil, deveriam ser objecto de maior aprofundamento, dado ao peso que têm no volume processual.”

“Processo executivo, em especial.”

“Registos e notariado.”

“Técnicas de Liderança (relevo para o relacionamento com a secção de processos); Técnicas de Mediação/conciliação (relevante para as conferências de pais, tentativas de conciliação, audiências preliminares, e no início das audiências de discussão e julgame[…]”

“Técnicas de liderança, de motivação de equipas, de gestão da secção; Formação em contabilidade e gestão, totalmente repensado, para uma perspectiva com directa incidência jurídica (v.g. insolvências, banca e seguros, criminalidade financeira); Técnicas de[…]”

“Tramitação de processos de Insolvência e de Inventário.”

“Uma disciplina direcionada especificamente para os Direitos Humanos e formas de reação e actuação dos tribunais e outra para o Direito Constitucional e inconstitucionalidades.”

“Uma disciplina mais vocacionada para a gestão dos despachos de expediente e conciliação de agenda.”

Respostas com o seguinte teor: “Nenhuma”, “Nada a apontar/a assinalar” ou “Sem sugestões” – Total 15 respostas



Questão 23: Relativamente à objectividade dos métodos de

avaliação aplicados no 1º ciclo, como os considera? Nº Percentagem

Muito subjectivos 18 17,3%

Algo subjectivos 53 51,0%

Algo objectivos 27 26,0%

Muito objectivos 6 5,8%

TOTAL 104 100,0%

Questão 24: Sentiu que, de um modo geral, os docentes

utilizaram de facto a avaliação como instrumento de diagnóstico e orientação pedagógica dos auditores? Nº Percentagem

Sim 76 73,1%

Não 28 26,9%

TOTAL 104 100,0%



Questão 25: Acha que os métodos de avaliação adoptados

no 1º ciclo contribuíram para criar no auditor uma atitude consciente e responsável perante o seu próprio processo formativo? Nº Percentagem

Sim 75 72,1%

Não 29 27,9%

TOTAL 104 100,0%

Questão 26: Considera que os critérios de avaliação foram

utilizados uniformemente nas diversas matérias/disciplinas do 1º ciclo? Nº Percentagem

Sim 28 26,9%

Não 76 73,1%

TOTAL 104 100,0%



Questão 27: E quanto à sua transparência, como considera

o processo de avaliação do 1º ciclo? Nº Percentagem

Transparente 58 55,8%

Não transparente 46 44,2%

TOTAL 104 100,0%

Questão 28: Considera que a realização de exercitações

constitui um método de avaliação adequado? Nº Percentagem

Sim 93 89,4%

Não 11 10,6%

TOTAL 104 100,0%



Questão 29: Das matérias abaixo listadas, indique-

nos quais as que, na sua opinião, devem estar sujeitas ao regime de avaliação contínua?

Avaliação continua?

Total Sim Não


42 62 104

29.2. Ética e Deontologia Profissional 45 59 104


29.4. Metodologia e Discurso Judiciários 28 76 104

29.5. Organização e Métodos e Gestão do Processo 26 78 104

29.6. Inglês 19 85 104

29.7. Tecnologias da Informação e da Comunicação 23 81 104

29.8. Direito Europeu 57 47 104

29.9. Direito Internacional 50 54 104

29.10. Direito da Concorrência e da Regulação 17 87 104


15 89 104

29.12. Contabilidade e Gestão 10 94 104

29.13. Psicologia Judiciária 20 84 104

29.14. Medicina Legal e Ciências Forenses 16 88 104

29.15. Investigação Criminal e Gestão do Inquérito 38 66 104



Questão 30: Ainda relativamente à

avaliação, indique-nos a sua opinião sobre o peso de ponderação (%) de cada uma das matérias na classificação final do 1º ciclo?

Peso percentual deficitário

Peso percentual adequado

Peso percentual excessivo Total


4 91 9 104

30.2. Direito Penal e Direito Processual Penal

5 96 3 104


10 77 17 104

30.4. Direito da Família e das Crianças 14 87 3 104


12 69 23 104


14 71 19 104

30.7. Ética e Deontologia Profissional 12 82 10 104




5 77 22 104

30.11. Inglês 1 65 38 104


3 75 26 104




3 56 45 104


4 57 43 104





8 69 27 104



2.4. O 2º ciclo do curso de formação teórico-prática

Questão 31: Em geral, e relativamente ao 2º ciclo do curso de

formação inicial teórico-prática, a formação ministrada revelou-se: Nº Percentagem

Excessivamente teórica -- 0,0%




TOTAL 104 100,0%

Questão 32: E relativamente à duração do 2º ciclo considera que a

mesma foi: Nº Percentagem

Insuficiente 5 4,8%

Adequada 84 80,8%

Excessiva 15 14,4%

TOTAL 104 100,0%



Questão 33: Considera que a nota obtida no final do 2º ciclo foi: Nº Percentagem


Justa 57 54.8%


TOTAL 104 100,0%



Questão 34: Quanto aos objectivos específicos estabelecidos para o

2º ciclo do curso de formação teórico-prática de magistrados, diga-nos o que pensa sobre o seu cumprimento?

Objectivo cumprido

Objectivo não cumprido

Nº %

Nº %

34.1. Consolidar as exigências deontológicas inerentes ao exercício de cada magistratura e a compreensão dos respectivos direitos e deveres estatutários

101 97,1%

3 2,9%

34.2. Proporcionar a experimentação e a compreensão concreta dos conteúdos funcionais da respectiva magistratura e dos outros agentes do sistema de justiça, bem como o desenvolvimento de boas práticas no relacionamento com os demais agentes judiciários

100 96,2%

4 3,8%

34.3. Apurar o espírito crítico e cultivar atitude de cooperação e de relativização do saber no debate das questões e no processo de decisão, com progressiva aquisição de autonomia e personalização na decisão

96 92,3%

8 7,7%

34.4. Exercitar uma prática multidisciplinar no tratamento dos casos e de realização efectiva dos direitos fundamentais

91 87,5%

13 12,5%

34.5. Consolidar e aprofundar os conhecimentos técnico-jurídicos necessários à aplicação do direito, mediante intervenção concreta e simulada em actos processuais e outros da actividade judiciária apurando a técnica de elaboração de peças e agilizando os procedimentos processuais, com destaque para a recolha, produção e valoração da prova

100 96,2%

4 3,8%

34.6. Proporcionar o conhecimento concreto da missão, actividade e capacidade de resposta das instâncias judiciárias e não judiciárias intervenientes na administração da justiça

94 90,4%

10 9,6%

34.7. Apurar o domínio do processo de decisão, mediante o desenvolvimento das capacidades de análise e de síntese, do poder de argumentação e da ponderação de interesses e das consequências práticas da decisão

96 92,3%

8 7,7%

34.8. Desenvolver as competências de organização e gestão de métodos de trabalho, com relevo para a gestão do tribunal, do processo, do tempo e da agenda e para a disciplina dos actos processuais

91 87,5%

13 12,5%

34.9. Exercitar as técnicas de comunicação para uma boa prática judiciária, incluindo o recurso optimizado às tecnologias da informação e da comunicação disponíveis

87 83,7%

17 16,3%



Questão 35: Na sua opinião, os métodos pedagógicos utilizados no

2º ciclo são: Nº Percentagem

Adequados 90 86,5%

Inadequados 14 13,5%

TOTAL 104 100,0%

Questão 36: Na sua opinião, a duração da formação ministrada no

2º ciclo de actividades da formação inicial teórico-prática (1 de Setembro a 15 de Julho, para a via académica, e 1 de Setembro a 28 de Fevereiro para a via profissional) foi: Nº Percentagem

Insuficiente 6 5,8%

Adequada 84 80,8%

Excessiva 14 13,5%

TOTAL 104 100,0%



Questão 37: E quanto à sua utilidade para o exercício das funções

que actualmente desempenha, considera que a formação ministrada no 2º ciclo foi: Nº Percentagem

Nada útil 2 1,9%

Algo útil 5 4,8%

Útil 21 20,2%

Muito útil 76 73,1%

TOTAL 104 100,0%

Questão 38: Relativamente aos estágios de curta duração junto de

entidades e instituições não judiciárias, considera-os: Nº Percentagem

Nada úteis 12 11,5%

Algo úteis 35 33,7%

Úteis 35 33,7%

Muito úteis 22 21,2%

TOTAL 104 100,0%



Questão 39: No que diz respeito às acções de formação

frequentadas durante o 2º ciclo, considera-as: Nº Percentagem

Nada úteis 4 3,8%

Algo úteis 34 32,7%

Úteis 52 50,0%

Muito úteis 14 13,5%

TOTAL 104 100,0%

Questão 40: O que pensa sobre o regime de avaliação contínua

utilizado no 2º ciclo? Nº Percentagem

Adequado 77 74,0%

Inadequado 27 26,0%

TOTAL 104 100,0%



Questão 41: Relativamente à objectividade dos métodos de

avaliação utilizados no 2º ciclo, como os considera: Nº Percentagem

Objectivos 43 41,3%

Subjectivos 61 58,7%

TOTAL 104 100,0%

Questão 42: E quanto à sua transparência, como considera o

processo de avaliação? Nº Percentagem

Transparente 62 59,6%

Não transparente 42 40,4%

TOTAL 104 100,0%



Questão 43: Acha que os métodos de avaliação adoptados no 2º

ciclo contribuíram para criar no auditor uma atitude consciente e responsável perante o seu próprio processo formativo? Nº Percentagem

Sim 87 83,7%

Não 17 16,3%

TOTAL 104 100,0%

2.5. Questões finais

Questão 44: Concorda com o peso de ponderação (em %) da nota obtida

em cada um dos ciclos na classificação final do curso de formação teórico-prática ministrado no CEJ (classificação do 1º ciclo = 40% e classificação do 2º ciclo = 60%)? Nº

Percen-tagem

Sim 79 76,0%

Não* 25 24,0%

TOTAL 104 100,0%



* Respostas válidas recolhidas para a hipótese de resposta “Não → Que outra ponderação

proporia?”:

Peso de ponderação 1º ciclo / 2º ciclo

Nº Percen- tagem 1º ciclo 2º ciclo

10% 90% 2 8,0%

20% 80% 1 4,0%

25% 75% 1 4,0%

30% 70% 5 20,0%

50% 50% 15 60,0%

70% 30% 1 4,0%

TOTAL 25 100,0%

Questão 45: Qual a sua opinião genérica sobre a organização do curso de

formação teórico-prática conforme definido na Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro? Nº

Percen- tagem

Muito má 2 1,9%

Má 6 5,8%

Razoável 31 29,8%

Boa 54 51,9%

Muito boa 11 10,6%

TOTAL 104 100,0%



Questão 46: Caso tenha alguma sugestão ou comentário relativamente às questões tratadas neste

questionário, use este espaço? (questão aberta – transcrição de respostas válidas)

“A fragmentação dos conteúdos não me parece vantajosa. As questões multidisciplinares, bem como as relativas a outros ramos do Direito, como os Direitos fundamentais, Direito Europeu e Internacional, entre outras, devem ser abordadas de forma integrada aqu […]”

“A via profissional é excessivamente beneficiada e tem uma formação bastante mais deficitária de que os da via académica.”

“A via profissional é excessivamente beneficiada e tem uma formação bastante mais deficitária de que

os da via académica”

“As estratégias de organização devem ser organizadas para todas as turmas de igual modo para todas

as disciplinas, bem como devem ser escrupulosamente cumpridos os parâmetros definidos no

programa para todos os auditores, quer na 1ª fase quer na 2ª fase.”

“As matérias previstas devem ser solidamente abordadas, situação que no meu ano de formação não

se verificou, perdendo-se muito tempo com matérias que em 21. assinalei como opcionais, ao invés de

se trabalhar concretamente naquele que é o grosso do trabalh […]”

“Com o respeito que é muito por todos os senhores formadores, considero que a selecção dos senhores

formadores na 2.ª fase de formação é pouco rigorosa, revelando, inclusivamente, falta de

entendimentos jurídicos entre os senhores directores distritais e o […]”

"Considero que deverá ser aprofundado durante o 1.º ciclo o direito penal e civil (direito material). Na

verdade a formação assenta em demasia no direito processual. Por outro lado, o 1.º ciclo deverá ter

uma vertente mais prática e deverá focar-se nas di[…]"

“De facto, a formação ministrada no 1.º Ciclo não tem muita vocação para preparar a entrada no 2.º

ciclo, mormente, no que se refere à feitura de despachos finais ou de expediente. Quanto aos métodos

de avaliação no 1.º e 2.º Ciclos, eles deveriam ser unif […]”

"Em jeito de comentário queria apenas deixar uma nota relativamente ao método de avaliação, que na

minha opinião é o ponto negro da formação em ambos os ciclos.”

“Deixando de parte a inerente subjectividade que o actual método acarreta, com notórias discrepâ […]"

“Em relação as materias de Direito Europeu, penso que os futuros auditores beneficiariam se tais

materias fossem abordadas no âmbito da avaliação continua e por cada grupo. As sessões em plenário

prejudicam uma maior reflexão sobre problemas concretos subj[…]”

“Incutir nos formandos a responsabilidade pela sua própria formação!”

“Julgo que, relativamente ao 2º ciclo são patentes as discrepâncias determinadas não apenas pela

subsjectividade dos formadores - que apesar de fazerem, genericamente, o que melhor que sabem,

carecem por parte do CEJ de orientação devida - e, sobretudo, do […]”

(continua…)



(…continuação)

Questão 46: Caso tenha alguma sugestão ou comentário relativamente às questões tratadas neste

questionário, use este espaço? (questão aberta – transcrição de respostas válidas)

“Na minha opinião penso que se deveria investir mais na feitura de peças processuais, praticando sem

o peso da avaliação com a avaliação contínua.”

“Na sequência de tudo quanto deixei exposto, designadamente em complemento das minhas respostas

nos pontos 29 e 30, considero que a formação ministrada no 1.º Ciclo deveria ser muito orientada para

a prática e para a gestão do processo e sua condução final.”

“Nas matérias nucleares, deve ser dada uma formação mais orienada para a especificidade de cada

magistratura.”

"No primeiro ciclo, as disciplinas deviam reduzir-se ao núcleo fundamental do direito civil, direito penal,

direito da família e dos menores, deontologia profissional e gestão processual.”

“O horário deveria ser mais leve, ocupando apenas o período da manhã."”

“No que tange às sessões de formação comum às duas magistraturas, entendo que deveria ser tida em

consideração a especificidade de cada uma delas e o facto de se aí encontrarem Auditores de ambas,

não devendo as mesmas ser totalmente orientadas (como suced […]”

"O ponto 36 refere a duração da 2ª fase de formação de 1 de setembro a 15 de julho, mas no caso do

XXVII esse ciclo teve a duração de 1 ano e meio, e foi com base nisso que respondi que a mesma era

excessiva.”

“O segundo ciclo deveria ter vários formadores para um auditor. Jamais um auditor de justiça deveria

ter um único formador/avaliador. “

“Os formadores do 2º Ciclo deveriam ser sujeitos a concurso público, com melhor preparação e ser-lhes

exigida disponibilidade de tempo para os formandos, não os sobrecarregando com processos.”

“Para clarificar o sentido da resposta às questões n.º 40 a 42 tenho a dizer que entendo existir no 2.º

ciclo um risco maior de disparidade de critérios de avaliação, por força da multiplicidade de formadores

e de coordenadores e, parece-me, da ausência de […] “

“Penso que, em termos de avaliação, a opinião do formador que acompanha o auditor durante 1 ano

inteiro no tribunal deveria ser tida mais em conta, já que é quem melhor conhece o auditor e o trabalho

que o mesmo desenvolveu, não aplicando a "regra" das not[…]”

…

inquérito sobre a estrutura e organização da formação ...³rio.pdf · os dados obtidos na...

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