inovar no interior da escola capitulo 5
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Inovar no InterIor da escolaMonIca Gather thurler
5.1. - Introdução5.2. – Poder, Influência e Autoridade5.3. – Liderança e Mudança5.4. – Liderança e Empowerment5.5. – Liderança Cooperativa e Contrato Social
Capítulo 5 – Liderança e
Modos de Exercício de Poder
5.1. - Introdução
MUDANÇA nos estabelecimentos
escolares
“ As influências não provêm unicamente daqueles que detêm uma autoridade formal”
Líderes
Liderança
5.1. - IntroduçãoDirectores, chefes e comandantes
Não exercem, pelo simples facto do
seu estatuto, uma influência real e
durável
Não esgotam a diversidade dos
lideres e das formas de liderança
Líder
Liderança
O estatuto da liderança e dos lideres invade a questão
da inovação.
5.1. - Introdução
Mudar ou não mudar, eis a
questão?
- Levar um grupo de atores a projectar-se colectivamente no futuro, concebendo e construindo, activamente o seu dever.- Influencia a orientação do projecto, a formulação dos objectivos, o justo equilíbrio entre a utopia e o realismo.- Exerce a sua influência durante a aplicação do projecto colectivo
5.1. - IntroduçãoLiderançaLiderança
Como principio e dinâmica
Define PrioridadesVaria consoante Contextos e
Estatutos dos superiores
“Quadros”A entrada dos lideres nos quadros define a instituição da autoridade formal.
Na prática Não têm um papel decisivo nos processos de inovação.
Fazem parte da configuração da liderança formal e informal
5.1. - IntroduçãoEscolas eficazes
e inovadoras
“nenhuma mudança importante pode ser realizada sem a intervenção de alguns “lideres” afirmados e reconhecidos.”
Levam a ambicionar o cargo de lideres
Porque…
O facto de ocuparem este tipo de cargo irá fazer com que a simples indiferença poderá levar a mudança ao fracasso, a curto ou médio prazo.
(Papel Inibidor)
No entanto,…
A amplitude da mudança: depende da ponte activa que eles assumem, da maneira como se identificam com o projecto, da competência com que dirigem
a sua aplicação, negociam as margens de manobra, mobilizam recursos, garantem a legitimidade do projecto junto a diversos parceiros.
5.1. - Introdução
“Quadros”Reacções dos Professores
Chefes estatuários são os lideres mais convincentes?
São incontornáveis forças potenciais de bloqueio ou aliadas eventuais
Vantagem Rejeitam
Associar a liderança com a função e as responsabilidades da autoridade
formal evitam que façam a si próprios muitas perguntas
A influência confere responsabilidades e trabalho
O que desejam
Que alguns “indivíduos” bastante dotados e
inspirados ajam como todo-poderosos.
(Totalitarismo)
5.1. - IntroduçãoActualmente
Os atores
São mais realistas
Percebem e aceitam as
ambiguidades dos jogos de poder e
os riscos que correm os grupos
que rejeitam qualquer liderança
quando se trata de controlar a
complexidade dos processos de
mudança
Aceitam a liderança
Apoiam os diferentes
caminhos e rejeitam a burocracia
Diferenças ao nível:
Dos acordos com as fontes de legitimidade
Os modos de exercício
Grau de controle democrático
Carácter reversível da liderança
5.2. – Poder, Influência e Autoridade
Na área Escolar e outras…
As representações de poder, influência, autoridade e liderança estão OMNIPRESENTES
Estar implicado num processo de inovação
É tomar consciência das diferentes fontes e formas de liderança, avaliá-las, hierarquiza-las faze-las funcionar e fixar o “preço” que cada
um tem de paga inclusive o líder
Max Weber
Se as autoridades escolares têm poder é porque possuem “o
monopólio da violência legitima”.
PODER Desejo de reconhecimento e de auto-estima.
5.2. – Poder, Influência e Autoridade
Liderança: assunto de quem?
Objectivo Assegurar a evolução da totalidade dos actores, ou seja o seu estatuto.
Mudança
Potencialidades invisíveis e não exploradas.
Não é fácil aceitar a ideia de negociar e renegociar as relações de autoridade referindo-se mais aos
objectivos comuns e ás competências profissionais do que ás hierarquias formais
Plano mais abstracto e intelectual
Liderança (Inovação)
Gestão e apanágio de autoridade formal
A qualidade e grau de realização -» Quadros
5.2. – Poder, Influência e Autoridade
Liderança intelectual voltada para a inovação é conciliável com a posição
de director de escola?
5.2. – Poder, Influência e Autoridade
As equipas
Têm que ser capazes de formular e defender o seu
ponto de vista
LiderançaCoerência com que os quadros conseguem pôr em
prática , as ideias que defendem
Nos projectos
Lideres e questões de liderança: liderar uma pessoa ou repartir responsabilidades?
Liderança e Identidade das Equipas
Equipa da Prioridade
Conservação do Status quo
5.2. – Poder, Influência e Autoridade
Reestruturação dos sistemas escolares e
novos desafios
Management Da planificação à flexibilidade
Ampliar o papel dos Quadros (especialmente
dos directores)
5.2. – Poder, Influência e Autoridade
Como que é que os quadros se reconhecem e se experimentam nessa
nova figura de autoridade se equilibram em dupla tarefa que consiste em
garantir o funcionamento e pilotar a mudança?
5.2. – Poder, Influência e AutoridadeTarefas favorecedoras da mudança:
definir funções da equipa
Dilema ao escolher ente mudança e continuidade
Director
Tarefas gestionáriasDesnível?
Defende que o reforço do papel de liderança das equipas tende a esquecer , as atitudes e praticas dos responsáveis
fazem parte do próprio sistema de cultura e da sua concepção do poder burocrático
5.2. – Poder, Influência e AutoridadeLiderança e Identidade dos
professores
- Inovadora,- Centrada no processo de mudança;- Irrigadora de grupos de tarefas;- Identidade base do professor: não intervir no debate
Destinados a tornarem-se lideres inovadores
Nomeá-los
Estrutura de poder – Longe de
corresponder a um organograma
5.2. – Poder, Influência e AutoridadeAo exercer a profissão de
professor em concordância com a equipa e com a
direcção é possível inovar?
Tendência para uma divisão mais compartilhada e equitativa de liderança
5.3. – Liderança e Mudança
5.3. – Liderança e Mudança“Não existe mudança, sem liderança!”
Fontes externas
Fontes internas
Fontes Formais (1)
Fontes Informais (2)
Estatuto de autoridade (1);Estatuto electivo (1);
Habilidade profissional (2);Carisma pessoal (2);
Sentido de organização (2);Posição no sistema social;
(2)
Estatuto de autoridade (1);Estatuto electivo (1);
Habilidade profissional (2);Carisma pessoal (2);
Sentido de organização (2);Posição no sistema social;
(2)
5.3. – Liderança e Mudança
5.3. – Liderança e Mudança
Voltada para a formação ou
acompanhamento
Modalidades de exercício de poder
Factor de mudança nos estabelecimentos
escolares;
Líderes centrados na classe e no progresso
dos alunos;
Oferecem conselhor e produzem soluções
aos problemas
5.3. – Liderança e Mudança
5.3. – Liderança e Mudança
Southworth (1998):
aborda duas dimensões:
5.3. – Liderança e Mudança
5.3. – Liderança e Mudança
Liderança voltada para a cultura
Os líderes direccionam a maneira como os professores agem consoante os seus valores e crenças; Schein (1990) aborda três funções essenciais:
Criação
Manutenção
Desconstrução de uma cultura
Liderança voltada para as transacções
Troca de serviços/competências entre professores;
Coerência entre processo do projecto e finalidades do sistema;
Facilitar a aplicação do projecto comum;
Regular o fluxo de informação
Cooperação dentro dos subgrupos e entre eles;
Objectivos de mudança claramente definidos
5.3. – Liderança e Mudança
5.3. – Liderança e MudançaLiderança voltada para a transformação
Modificação das práticas
Mudança durável da maneira de pensar e agir;
Cultura existente, representações, emoções, atitudes e
crenças;
Intervêm sobre a cultura organizacional;
Inchauspé (1998) : liderança da transformação é uma boa
síntese das correntes actuais, organização humana e um
ajuste progressivo da linguagem quotidiana, hábitos,
estruturas, regulamentos e prática pedagógicas
5.3. – Liderança e Mudança
5.3. – Liderança e Mudança
Quando falamos do estatuto de autoridade, definimos liderança como…
a) …o direito e responsabilidade de definir prioridades, transmitir a informação e assegurar que todos “caminhem na mesma direcção”.
b) …reconhecimento das competências desenvolvidas num certo terreno profissional.
c) …forma de habilidade voltada para o desenvolvimento organizacional.
5.3. – Liderança e Mudança
5.3. – Liderança e Mudança
A liderança voltada para as transacções define que o director de escola interfere nas práticas nas salas de aula?
a) Sim, pois como órgão de gestão têm o direito de intervir nas práticas dentro da sala de aula.
b) Não, pois neste tipo de liderança cada órgão exerce a sua função, e assim sendo é o professor quem deve interferir nas práticas nas salas de aula.
c) Sim, pois é um método moderno de gerenciamento.
5.4. – Liderança e Empowerment
5.4. – Liderança e Empowerment
Transformação Professores como donos do currículo
Empowerment Autonomia aos professores
Problema Motivação; interesse; vontade
Estudo Norte - Americano
Delegação de poder Capacidade; gestão e cooperação
5.4. – Liderança e Empowerment
5.4. – Liderança e Empowerment
“A concepção do actor colectivo e portador de mudança é compatível com diversas formas de liderança. (...) ver emergência em diversos processos de
mudança”
Empowerment
Delegação de poder
Novas e inovadoras
soluções
Poder ao subalterno = Destituir o cargo do Director
5.4. – Liderança e Empowerment
5.4. – Liderança e EmpowermentA liderança cooperativa, uma liderança
sem lideres?
Questão delicada e difícil
Questão delicada e difícil
“Tomar iniciativas desejadas para levar os professores a explorar e valorizar
seu espaço de autonomia individual e colectiva;
Tomar decisões necessárias para favorecer a organização interna da escola
e o desenvolvimento profissional dos professores”
“E poderia ser difícil conciliar a vontade de liderar o progresso dos alunos e
da transformação que isso iria abarcar, com a função de director mas…”
5.4. – Liderança e Empowerment
5.4. – Liderança e Empowerment
Mesmo com a liderança cooperativa…
Mesmo com a liderança cooperativa…
No entanto,…
5.5. – Liderança Cooperativa e Contracto Social
5.5. – Liderança Cooperativa e Contracto Social
“Contracto social une o conjunto dos actores numa responsabilidade colectiva (…) processo que visa”:
-Explorar a autonomia;-Ter em atenção uma organização interna que permita o
desenvolvimento dos alunos e professores;-Intervenção dos professores enquanto grupo/equipa;
-“Resolução de problemas, pela estimulação da controvérsia e a tomada de decisões colectivas”;
-Envolver os professores num “processo de avaliação contínua e de planificação evolutiva”.
Gestão colectiva: várias tarefas específicas para cada um dos indivíduos
“ O contracto social e as regras da reciprocidade concedem direitos e até mesmo definem funções nas quais outras de liderança só ingressam excepcionalmente.”
5.5. – Liderança Cooperativa e Contracto Social
5.5. – Liderança Cooperativa e Contracto SocialLiderança
Cooperativa
Contempla a igualdade de cada interveniente
Em situação de um processo de mudança: “desencadeia uma forma de efervescência, discussões e negociações permanente, múltiplas iniciativas, riqueza que, às vezes, de ser canalizada para não perder de vista o objectivo comum.”
5.5. – Liderança Cooperativa e Contracto Social
5.5. – Liderança Cooperativa e Contracto SocialLiderança Cooperativa
* Criação de coordenação que assegura:
- Se estão a fazer esforços para realizar a mudança;
- Informar acerca do ponto da situação do processo;
- “Aproximar e ligar os diferentes grupos de trabalho”;
- Gerir as reuniões ; “organizar e animar as sessões de
acordo”;
- Criar instâncias/situações de conversa que criem distância
face ao que acontece na realidade (Thurler, 2001);
- Decidir e regular em caso de conflito;
- Avaliação externa.
5.5. – Liderança Cooperativa e Contracto Social
5.5. – Liderança Cooperativa e Contracto SocialLiderança Cooperativa
• A liderança cooperativa vê os problemas (p.e. dificuldades nas
aprendizagens dos alunos) como oportunidades para desenvolver
competências e procedimentos de análise e decisão.
• Permite: alargar o leque de soluções lidar melhor com a incerteza
Liderança Cooperativa no processo de Mudança
Escolas em mudança permitem que mais profissionais liderem o processo de mudança e secundarizem a prática docente.
Êxito só é possível pelo sentimento da luta comum pelo projecto de mudança
5.5. – Liderança Cooperativa e Contracto Social
5.5. – Liderança Cooperativa e Contracto Social
Liderança Cooperativa no processo de Mudança
“A liderança implica um processo constante de (re) construção do
sentido durante o qual os líderes estão constantemente analisando [as]
suas próprias acções, bem como as dos outros actores, para melhor
compreender o processo em curso e as significações que este assume
para o conjunto dos actores envolvidos”
“O papel dos líderes leva-os a verificar constantemente se os diferentes
membros do grupo conseguem aderir aos objectivos visados, se estão
convencidos de que as apostas valem a pena e pensam que eles têm
mais a ganhar do que a perder”
A observação é essencial em período de mudança: regulação, controlo e avaliação
Trabalho realizado por:
Trabalho realizado por:
Bruno Almeida
Joana Gonçalves
Letícia Dias
Maria Gomes
Marisa Jesus
FIM