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17 PLANEJAMENTO E GESTÃO TERRITORIAL INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE Nilzo Ivo Ladwig Juliano Bitencourt Campos (Organizadores) CAPÍTULO 1 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG) APLICADOS AO PLANEJAMENTO DA PAISAGEM: OFICINAS DIDÁTICAS DOI: http:// dx.doi.org/10.18616/plansus01 Daiane Regina Valentini Angela Favaretto Renata Franceschet Goettems Sheila Patrícia de Andrade VOLTAR AO SUMÁRIO

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Page 1: INOVAÇÃO TECNOLOGIA E SUSTENTAILIDADE CAPÍTULO 1repositorio.unesc.net/bitstream/1/7760/1/Sistemas de...dades de ensino e pesquisa na área do Planejamento Urbano e Regional, es-senciais

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CAPIacuteTULO 1

SISTEMAS DE INFORMACcedilOtildeES GEOGRAacuteFICAS (SIG) APLICADOS AO PLANEJAMENTO DA

PAISAGEM OFICINAS DIDAacuteTICAS

DOI http dxdoiorg1018616plansus01

Daiane Regina ValentiniAngela Favaretto

Renata Franceschet Goettems Sheila Patriacutecia de Andrade

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INTRODUCcedilAtildeO

Para o melhor atendimento das necessidades das realidades de de-senvolvimento territorial atuais tem-se a premissa de que as linhas de pesquisa e ensino da arquitetura urbanismo e planejamento urbano e regional devem ser aplicadas de forma multi e transdisciplinar Buscando pensar de maneira integrada os espaccedilos urbano e rural e as problemaacuteticas urbanas e ambientais a eles relacionadas a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos de leitura da paisagem se mostra relevante na atualidade pois constitui base para o desenvolvimento de alternativas de intervenccedilatildeo socioespacial

Visando agrave integraccedilatildeo de conhecimentos das diferentes aacutereas sobre-tudo as das geotecnologias e do Planejamento da Paisagem as oficinas didaacute-ticas de curta duraccedilatildeo criaram subsiacutedios para a avaliaccedilatildeo das metodologias e ferramentas aplicadas visando ao aprimoramento das relaccedilotildees de ensino pesquisa e extensatildeo Tendo em vista as tecnologias disponiacuteveis e as metodo-logias de ensino propotildee-se que sejam aplicados os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIC) e os princiacutepios de geoprocessamento como apoios agraves ativi-dades de ensino e pesquisa na aacuterea do Planejamento Urbano e Regional es-senciais agrave formaccedilatildeo e ao exerciacutecio profissional do Arquiteto e Urbanista bem como de outras aacutereas que intervecircm na paisagem como Engenharia Ambiental e Geografia

Este capiacutetulo tem como objetivo relatar e discutir os resultados das Oficinas didaacuteticas ldquoSistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) aplicados ao Planejamento da Paisagemrdquo que nos anos de 2016 2017 2018 e 2019 ofere-ceram instrumentaccedilatildeo para a identificaccedilatildeo de Unidades de Paisagem (UPs) como subsiacutedio para a caracterizaccedilatildeo de espaccedilos urbanos por meio do meacutetodo de Leitura da Paisagem o qual foi aplicado nas oficinas didaacuteticas e desenvol-vido por meio de atividades teoacuterico-praacuteticas em ambiente computacional de geoprocessamento com software livre QGis voltadas agrave produccedilatildeo cartograacutefica temaacutetica utilizada nos principais meacutetodos de leitura e anaacutelise da paisagem

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SISTEMAS DE INFORMACcedilOtildeES GEOGRAacuteFICAS (SIG) APLICADOS AO PLANEJAMENTO DA PAISAGEM

Nesta seccedilatildeo apresentamos o aporte teoacuterico que embasa a discussatildeo acerca da temaacutetica

Paisagem sob uma abordagem transdisciplinarA paisagem enquanto objeto de estudo estaacute comumente associada a

uma abordagem transdisciplinar revelando aspectos naturais e sociais imbri-cados que conformam uma realidade espacial indissociada de sua represen-taccedilatildeo O estudo da paisagem na aacuterea da Arquitetura e Urbanismo bem como na do Planejamento Urbano e Regional tem sido desenvolvido a partir das dimensotildees ecoloacutegica cultural e visual ou seja em uma abordagem sistecircmica

A paisagem resulta da combinaccedilatildeo dinacircmica dos elementos biofiacutesi-cos e antroacutepicos de processos histoacutericos naturais e culturais em um dado es-paccedilo geograacutefico O ser humano interveacutem na paisagem conforme o espiacuterito do tempo ndash via ciecircncia tecnologia e filosofia ndash e do lugar ndash via cultura e condiccedilotildees naturais ndash nela imprimindo marcas do processo de construccedilatildeo e transforma-ccedilatildeo do territoacuterio conferindo-lhe dimensatildeo patrimonial e esteacutetica (TELLES 1993 MACEDO 1993 CONSELHO EUROPEU 2000 CARAPINHA 2008 SANTIAGO 2009)

Nessa perspectiva Berque (1998 p 84) ao compreender a paisagem como produto cultural define-a como ldquomarcardquo e como ldquomatrizrdquo jaacute Macedo (1993 p 11) a apresenta ldquo[] como um produto e como um sistemardquo Sendo a paisagem um sistema qualquer accedilatildeo sobre ela implicaraacute uma reaccedilatildeo equiva-lente que daraacute origem a uma alteraccedilatildeo morfoloacutegica a qual poderaacute trazer um novo significado ou um diferente valor (MACEDO 1993)

Assim a paisagem eacute uma chave para a compreensatildeo do passado do presente e do futuro (DELPHIM 2004) agrave qual os seres humanos atribuiacuteram significados e valores sendo percebida atraveacutes dos sentidos e mecanismos de cogniccedilatildeo que se relacionam a filtros culturais e individuais (DEL RIO OLIVEIRA 1999) As paisagens satildeo percebidas e interpretadas dentro da es-

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cala do observador preponderantemente pela visatildeo relacionada ao seu campo visual e por consequecircncia agrave bacia visual e pela experimentaccedilatildeo Ao tratar da paisagem adotamos tambeacutem uma abordagem interescalar uma vez que as paisagens se conectam por uma rede de dependecircncia uma sempre sucedendo a outra

Do ponto de vista da paisagem enquanto espacialidade o domiacutenio de seu estudo sob a vista das dinacircmicas ecoloacutegicas tem raiz saxocircnica e debru-ccedila-se sobre as transformaccedilotildees dos ecossistemas em interaccedilatildeo com a ocupaccedilatildeo humana Para o campo da Arquitetura e Urbanismo encontra-se em Olmsted (SPIRN 1998) no final do seacuteculo XIX nos Estados Unidos uma importante acircncora para o contexto das ocupaccedilotildees humanas das urbanizaccedilotildees e dos espa-ccedilos livres estruturantes das paisagens naturais e culturais

Inicialmente a paisagem eacute estudada por via de uma abordagem ecoloacutegica e posteriormente sob uma abordagem dos ecossistemas urbanos Forman e Godron (1986 p 11) Forman (1995 p 39) e Forman (2008) tomam a paisagem ldquo[] como uma aacuterea de terra heterogecircnea composta de um cluster interativo de ecossistemas que se repete de forma semelhante []rdquo e que possui como estrutura elementos da paisagem que podem ser abstraiacutedos como ma-triz mancha ou fragmento e corredor (FORMAN 1995)

Assim a paisagem enquanto objeto de estudo poderaacute ser sistemati-zada por meio do estabelecimento de Unidades de Paisagem (UPs) que satildeo as unidades de planejamento identificadas atraveacutes de padrotildees de similaridades espaciais e culturais do ambiente

Leitura da paisagem uma abordagem metodoloacutegica

Unidades de PaisagemAs Unidades de Paisagem (UPs) satildeo mosaicos espaciais delimitados

que apresentam caracteriacutesticas semelhantes entre si relativamente homogecirc-neas no seu interior Natildeo satildeo exatamente iguais em toda aacuterea mas apresentam

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um padratildeo especiacutefico que se repete e diferencia a unidade em causa das de-mais unidades (CORREIA DrsquoABREU OLIVEIRA 2001)

Para Silvio Soares Macedo (BRASIL 2006) satildeo quatro os elementos definidores da paisagem suporte fiacutesico estrutura e padratildeo de drenagem cobertura vegetal e mancha urbana Para fins de estudo qualquer grande unidade de paisagem pode ser subdividida em subunidades de modo a permitir um aprofundamento no conhecimento sob uma oacutetica que observa diferentes escalas (Figura 1)

Figura 1 - Unidades de paisagem (UPs)

Fonte Brasil (2006 p 38) Ilustraccedilatildeo de Silvio Soares Macedo

Na Europa as Unidades de Paisagem (UPs) comeccedilaram a ser utili-zadas como peccedilas baacutesicas para a incorporaccedilatildeo da paisagem no planejamento territorial e urbano por meio dos Cataacutelogos da Paisagem (NOGUEacute SALA 2006) As UPs tambeacutem tecircm sido aplicadas para estudos da paisagem que envolvem elementos lineares como as linhas feacuterreas (SILVA MANETTI TAcircNGARI 2013) e as estradas (TEIXEIRA LONGHI 2010 QUEENSLAND

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GOVERNMENT 2004) Silva Manetti e Tacircngari (2013) fundamentam-se em Macedo (BRASIL 2006) identificando compartimentos de paisagem para a escala regional Suas subdivisotildees eles chamaram de unidades de paisagem Teixeira e Longui (2010) adotam unidades visuais e Queensland Government (2004) unidades de caraacuteter homogecircneo ambas associadas ao aspecto visual e com definiccedilotildees que se complementam

Para Teixeira e Longui (2010) a unidade visual eacute definida pela com-binaccedilatildeo dos elementos visuais que satildeo a linha a forma a textura a escala e a cor e a sequecircncia de unidades gera variedade do itineraacuterio A unidade de caraacuteter homogecircneo conteacutem uma configuraccedilatildeo visual e uma variedade de recursos visuais criados pelos elementos naturais e culturais (QUEENSLAND GOVERNMENT 2004)

As unidades de paisagem satildeo utilizadas como meacutetodo de leitura e tambeacutem como unidades de planejamento afinal a partir da compreensatildeo da sua estruturaccedilatildeo organizaccedilatildeo e funcionamento ndash de uma unidade e delas com as demais ndash eacute possiacutevel lanccedilar propostas de desenvolvimento a cada uma e ao conjunto

Os aspectos a serem considerados para a identificaccedilatildeo das UPs po-dem variar dependendo da escala de estudo sendo uns mais preponderantes que outros para as suas delimitaccedilotildees Em uma escala regional os elementos de suporte biofiacutesicos macroconjuntos construiacutedos e grandes infraestruturas como de mobilidade satildeo mais relevantes que a morfologia urbana Quanto maior for a aproximaccedilatildeo na escala mais aspectos seratildeo acrescidos ao estudo sobretudo de processos humanos incluindo os aspectos imateriais

As unidades de paisagem podem ainda ser divididas em subunidades a depender da necessidade de detalhamento para atingir os objetivos ou dos recursos disponiacuteveis para o estudo (MACEDO 1997 CORREIA DacuteABREU OLIVEIRA 2001) Consistem em aacutereas que pertencem agrave coerecircncia interna de uma unidade de paisagem mas que possuem alguma variaacutevel distinta que as difere do seu entorno ou ainda que sejam claramente distintas mas que possuam dimensotildees que natildeo justificam a existecircncia de uma unidade separada (CORREIA DacuteABREU OLIVEIRA 2001)

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Eacute imprescindiacutevel para a definiccedilatildeo de unidades de paisagem a utiliza-ccedilatildeo de imagem de sateacutelite eou levantamento aerofotogrameacutetrico aleacutem dos es-tudos de evoluccedilatildeo e transformaccedilatildeo da paisagem que satildeo de extrema relevacircncia para que se possa compreender como a paisagem eacute no momento presente e que se consiga fazer prospecccedilotildees para o futuro No sentido de planejamento levan-tar tudo o que estaacute projetado e todos os planos para a aacuterea tambeacutem se faz ne-cessaacuterio Sendo assim eacute desejaacutevel que a equipe de trabalho seja multidisciplinar

A definiccedilatildeo de UP inclui (a) trabalho de gabinete contemplando estudo preacutevio documental histoacuterico fotograacutefico e cartograacutefico organizaccedilatildeo do banco de dados (b) seleccedilatildeo das categorias de anaacutelise e sobreposiccedilatildeo delas em cartografias temaacuteticas que geram outros mapas temaacuteticos de siacutentese os quais auxiliaratildeo na identificaccedilatildeo das UPs (Figura 2) (c) identificaccedilatildeo das UPs (d) descriccedilatildeo das UPs

Figura 2 - Esquema de sobreposiccedilatildeo de mapas para identificaccedilatildeo de UPs

Fonte Favaretto (2017 p 167)

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A outra etapa eacute o trabalho de campo por meio do qual eacute feita a ve-rificaccedilatildeo da delimitaccedilatildeo das UPs realizada em gabinete normalmente sendo necessaacuterios ajustes e tambeacutem a coleta de material complementar para a ca-racterizaccedilatildeo Novamente em gabinete satildeo realizados os ajustes e finalizado o inventaacuterio Com isso em matildeos parte-se para as etapas de planejamento utili-zando-se tambeacutem os SIG para as simulaccedilotildees de diferentes alternativas

Como exemplo de aplicaccedilatildeo do meacutetodo destacam-se Favaretto (2012) ndash escala regional Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash abordagem interes-calar e Vieira e Macedo (2013) ndash escala municipal ateacute intraurbana

Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG)Os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) ou Geographical

Information Systems (GIS) satildeo um sistema que se baseia na interaccedilatildeo entre software (programa computacional) hardware (equipamentos) pessoas e informaccedilotildees espaciais as quais ficam armazenadas em um banco de dados Satildeo sistemas interativos baseados em ldquo[] estruturas de programaccedilatildeo que per-mitem a captura o armazenamento e atualizaccedilotildees dos dados sua exibiccedilatildeo e acima de tudo anaacutelises e integraccedilotildees de dados ambientaisrdquo (SILVA 1997 p 8)

Assim as ferramentas das geotecnologias (SIG Geoprocessamento Sensoriamento Remoto etc) satildeo importantes para a gestatildeo do territoacuterio jaacute que permitem gerar organizar e sistematizar informaccedilotildees geograacuteficas sobre a sociedade e o espaccedilo que ela ocupa e produz

Em SIG a realidade ambiental (processos e eventos) de um territoacuterio pode ser sistematizada em planos de informaccedilatildeo e organizada de acordo com as situaccedilotildees no tempo (passado e presente) A partir de sucessivas sistemati-zaccedilotildees dessa realidade ambiental de um territoacuterio eacute possiacutevel compreender os processos de apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio (Figura 3) Assim com as realidades ambientais sobrepostas eacute possiacutevel fazer a interface dos SIG ao Planejamento da Paisagem de maneira que novas informaccedilotildees e simulaccedilotildees no tempo futuro possam ser agregadas ao processo de planejamento do territoacuterio

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Figura 3 - Ambiente como sistema

Fonte Valentini (2020 p 120) baseado em Silva (2001)

Estrutura de dadosUma base de dados em SIG corresponde ao conjunto de ldquoplanos

de informaccedilatildeordquo que compotildeem a representaccedilatildeo de um determinado ambien-te Esses Planos de Informaccedilatildeo satildeo estruturados de forma que possam ser produzidos lidos eou editados em linguagem compatiacutevel com os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas ou Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees (SIG) Essas camadas satildeo organizadas a partir de temas como por exemplo limites territoriais vegetaccedilatildeo hidrografia malha urbana sistema viaacuterio quadras lo-tes entre outros

Os SIG permitem a integraccedilatildeo de diversos tipos de dados de fontes variadas (mapas dados tabulares fotos aeacutereas modelos de elevaccedilatildeo imagens de sateacutelite dados CAD mediccedilotildees lineares etc) em um ambiente integrado de armazenamento gerenciamento anaacutelise e exibiccedilatildeo Muitos desses tipos de dados natildeo satildeo facilmente representados em mapas em papel

A base de dados de um ambiente em SIG pode ser em dois formatos baacutesicos vetorial e raster O formato vetorial eacute conhecido e amplamente utili-

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zado nos sistemas de desenho assistido por computador O formato raster eacute o proacuteprio formato das imagens ndash fotografias e imagens de sateacutelite por exemplo ndash cuja resoluccedilatildeo varia de acordo com a relaccedilatildeo espacial do pixel e sua corres-pondente dimensional real (Figura 4)

Figura 4 - Exemplificaccedilatildeo das estruturas dos dados raster e vetorial em ambiente SIG

Fonte Valentini (2020 p 121)

Mas qual o diferencial de um sistema de desenho assistido por com-putador (CAD) e um SIG Aleacutem da grande capacidade de armazenamento e processamento de informaccedilotildees o diferencial elementar eacute a correlaccedilatildeo que se manifesta na capacidade de atribuir de forma inequiacutevoca uma ou mais infor-maccedilotildees a uma entidade espacial De forma simples pode-se afirmar que haacute uma correlaccedilatildeo direta e inequiacutevoca entre um design (desenho elemento de uma camada formato vetorial) ou uma ceacutelula (pixel de uma imagem formato raster) e uma informaccedilatildeo depositada em um banco de dados alfanumeacuterico A essa entidade ndash desenho informaccedilatildeo e localizaccedilatildeo indissociados ndash daacute-se o nome de feiccedilatildeo

Uma ou mais feiccedilotildees conformam uma camada ou plano de informa-ccedilatildeo As feiccedilotildees compartilham em cada plano de informaccedilatildeo uma estrutura de

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dados organizados em um banco de dados ou tabela de atributos Esse banco de dados estaacute organizado em colunas e linhas A coluna baacutesica eacute o ID (chave inequiacutevoca) as demais colunas poderatildeo ser criadas de acordo com os demais temas de interesse do pesquisador Cada linha da tabela de atributos eacute corre-lacionada a uma feiccedilatildeo Na Figura 5 eacute possiacutevel compreendermos a correlaccedilatildeo entre o design e a informaccedilatildeo correspondente na tabela de atributos a existecircn-cia do design estaacute atrelada agrave linha da tabela de atributos

Figura 5 - Correlaccedilatildeo do design agraves informaccedilotildees da tabela de atributos em ambiente SIG Qgis 218

Fonte Acervo das autoras (2018)

Do ponto de vista operacional outra diferenciaccedilatildeo entre CAD e SIG eacute que o plano de informaccedilatildeo possui uma estrutura que poderaacute ser elabora-da lida ou editada em linguagem compatiacutevel em diversas ferramentas SIG Diferentemente do sistema CAD a feiccedilatildeo natildeo eacute um conteuacutedo interno ao ar-quivo CAD O sistema SIG cria visualiza edita e produz informaccedilatildeo a partir de planos de informaccedilatildeo que ficam ldquoexternosrdquo ao projeto em ambiente SIG Isso permite que esses planos de informaccedilatildeo possam ser utilizados e atuali-

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zados a partir de um servidor comum otimizando e fortalecendo as accedilotildees de levantamento e anaacutelise de dados ambientais ou cadastrais por exemplo Para isso eacute preciso fornecer o ldquocaminhordquo o diretoacuterio onde o plano de informaccedilatildeo estaacute depositado

Um plano de informaccedilatildeo de formato vetorial que conforma um sha-pefile (shp) ESRI eacute formado por arquivos correlacionados em diferentes for-matos ndash correspondentes ao design localizaccedilatildeo banco de dados entre outros Um plano de informaccedilatildeo precisa ser inserido a um projeto em ambiente SIG para ser visualizado configurado ou editado

Do ponto de vista da ecologia das paisagens a Estrutura Morfoloacutegica da paisagem se fundamenta a partir do mosaico antropizado e heterogecircneo de elementos formais e processos que possibilitam a compreensatildeo da estruturaccedilatildeo do territoacuterio identificando matriz corredor mancha (ou fragmento) e borda em contiacutenua transformaccedilatildeo (FORMAN GODRON 1986 FORMAN 1995)

Nessa perspectiva a linguagem SIG se fundamenta nas geometrias ndash ponto linha e poliacutegono ndash correlacionadas aos atributos alfanumeacutericos ine-quiacutevocos pela chave de localizaccedilatildeo O domiacutenio das representaccedilotildees vetoriais nos SIG se fundamenta no ponto Apesar de ser adimensional eacute gerador das demais geometrias pois eacute a base da localizaccedilatildeo O ponto na paisagem estaacute intriacutenseco agrave localizaccedilatildeo agraves unidades e aos eventos mas conforma tambeacutem os noacutes que satildeo interseccedilotildees entre corredores e bordas por exemplo A linha que corresponde agrave estrutura de paisagem do tipo corredor estaacute relacionada ao sentido de acessibilidade de fluxo inferido pela conectividade estabelecendo relaccedilotildees de proximidade e a demarcaccedilatildeo de limites O poliacutegono estaacute relacio-nado agraves estruturas de transiccedilatildeo mais comuns da paisagem mancha (ou frag-mento) e matriz Ele daacute sentido de abrangecircncia espaccedilo-temporal jaacute que tem a melhor capacidade de responder espacialmente (resistir ou agir) agraves forccedilas de transformaccedilatildeo

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MATERIAIS E MEacuteTODOSAs oficinas de SIG Aplicados ao Planejamento da Paisagem satildeo ofereci-

das em ambiente de laboratoacuterio de informaacutetica com softwares Qgis sistemas CAD etc tendo duraccedilatildeo de quatro ou oito horasaula conforme o objetivo e a disponi-bilidade do evento Os relatos das oficinas apresentados neste capiacutetulo se referem agraves oficinas didaacuteticas ocorridas na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus de Erechim nos anos de 2016 2017 e 2018 expostos no XIV Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo das Escolas de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (ENEPEA) realizado em Santa Maria RS em 2018 e no X Seminaacuterio de Pesquisa em Planejamento e Gestatildeo Territorial (SPPGT) realizado na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) em Criciuacutema SC no ano de 2019 (Figura 6)

Figura 6 - Fotos das oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) Santa Maria (RS) e Criciuacutema (SC)

Legenda (I) e (II) Oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) nos anos de 2016 e 2017 (III) Oficina didaacutetica XIV ENEPEA em Santa Maria (RS) no ano de 2018 (IV) Oficina didaacutetica X SPPGTUNESC em Criciuacutema (SC) no ano de 2019Fonte Acervo das autoras (2019)

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Materiais de apoio foram disponibilizados aos participantes ante-riormente agrave execuccedilatildeo da oficina constituindo-se em uma apostila didaacutetica elaborada pelas autoras uma pasta com o aporte teoacuterico composto por trecircs artigos e uma pasta com banco de dados em formato vetorial e raster utiliza-dos na oficina

A apostila didaacutetica apresentou uma discussatildeo acerca do conceito de paisagem e introduziu os meacutetodos de leitura da paisagem noccedilotildees gerais de car-tografia SIG softwares e processos utilizados no desenvolvimento da oficina Por fim disponibilizou links de acesso a repositoacuterios de bancos de dados que seriam explorados pelos alunos durante a oficina e depois dela A leitura preacutevia familiarizou o aluno com o tema e com os processos que seriam desenvolvidos na parte praacutetica da oficina A leitura dos trecircs artigos indicados ndash Nogueacute e Sala (2006) Steinitz (2002) e Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash ampliou o repertoacuterio e aprofundou outras metodologias de anaacutelise e leitura da paisagem que tam-beacutem se beneficiam da utilizaccedilatildeo de ferramentas de geoprocessamento

Reconhecendo a importacircncia de o usuaacuterio conhecer previamente a paisagem de estudo as oficinas de curta duraccedilatildeo satildeo realizadas a partir de um banco de dados baacutesico do municiacutepio onde acontecem devendo ser comple-mentadas durante o desenvolvimento das atividades

O conteuacutedo da oficina foi organizado em estrutura e simbologia das camadas na aacuterea de controle importaccedilatildeo criaccedilatildeo e ediccedilatildeo de camadas corre-laccedilatildeo dos dados espaciais e alfanumeacutericos planejamento e montagem de ban-co de dados elaboraccedilatildeo cartograacutefica com vistas aos estudos de leitura anaacutelise e planejamento da paisagem Interfaces SIG CAD sistemas web Montagem de layout e apresentaccedilatildeo cartograacutefica

A plataforma utilizada para o desenvolvimento das atividades das oficinas foi QGIS (Quantum GIS) que eacute um software livre de coacutedigo-fonte aberto multiplataforma de SIG a qual permite a visualizaccedilatildeo a ediccedilatildeo e a anaacute-lise de dados e informaccedilotildees georreferenciados O programa bastante utilizado por estudantes pode funcionar com diversos plugins para expandir seu uso original de modo imediato e gratuito Por ser de faacutecil acesso e livre permite

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que o usuaacuterio continue utilizando o software e desenvolvendo suas habilidades no sistema apoacutes a oficina constituindo uma importante alternativa agravequelas que geralmente podem ser utilizadas a partir de laboratoacuterios nas universida-des instituiccedilotildees ou grande empresas

Para iniacutecio das atividades da oficina eacute disponibilizado um banco de dados base tomado como ponto de partida e a partir da interaccedilatildeo com outras plataformas como o Google Earth e pesquisa de dados satildeo feitas complemen-taccedilotildees no banco de dados o qual eacute compartilhado e de acesso a todos os parti-cipantes A estruturaccedilatildeo das oficinas pode ser acompanhada na Figura 7

Figura 7 - Etapas do desenvolvimento das oficinas

Fonte Elaboraccedilatildeo das autoras (2020)

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A primeira etapa da oficina apresenta os principais conceitos e meacute-todos de leitura da paisagem bem como a estruturaccedilatildeo dos SIG relacionando as linguagens em comum

Na etapa 2 os participantes tecircm uma primeira aproximaccedilatildeo com o software por meio do qual realizam atividades de elaboraccedilatildeo de mapas com as informaccedilotildees disponibilizadas no banco de dados As atividades se concentram em configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho e na elaboraccedilatildeo de layouts Em seguida os usuaacuterios satildeo organi-zados em equipes de trecircs a quatro integrantes fazem a pesquisa e acessam dados geoespaciais on-line atraveacutes de pesquisa em sites eou criam planos de informaccedilatildeo Editam banco de dados elaborando mapas com classificaccedilatildeo de dados por simbologias siacutembolo uacutenico categorizado ou graduado para dados geoespaciais nas geometrias de ponto linha e poliacutegono

Nessa etapa satildeo desenvolvidas atividades guiadas explorando as interfaces SIG e CAD e os sistemas web como o Google Earth No ambiente SIG eacute encaminhada uma sobreposiccedilatildeo de mapas de maneira que cada equipe possa produzir um mapa de siacutentese dos aspectos ecoloacutegicos e um dos aspectos culturais ou antroacutepicos da aacuterea estudada

Na etapa 3 os usuaacuterios devem aplicar as metodologias de identifica-ccedilatildeo das UPs Cada equipe elenca os criteacuterios estabelecidos para a identificaccedilatildeo das UPs Posteriormente a sobreposiccedilatildeo dos mapas de siacutentese gera a identifi-caccedilatildeo das Unidades de Paisagem

Na etapa 4 eacute realizado um seminaacuterio onde cada equipe apresenta suas unidades de paisagem e caracteriza brevemente cada uma delas Por meio de atividade guiada todas as equipes dialogam a respeito dos criteacuterios e dos resultados encontrados No final do seminaacuterio a turma obteacutem um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem que a partir de estudos especiacuteficos seraacute caracterizado

Na etapa 5 satildeo apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em

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diferentes escalas Por fim eacute encaminhada uma avaliaccedilatildeo das atividades de-senvolvidas na oficina

RESULTADOSAs atividades de elaboraccedilatildeo de mapas em ambientes SIG se mos-

traram fundamentais para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo proposto Nessa etapa os usuaacuterios aprenderam a inserir e a configurar dados geoespaciais da aacuterea de estudo configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho Por meio de exerciacutecios guiados (exerciacutecios 1 a 5) o usuaacuterio foi capaz de compreender a estrutura e a correlaccedilatildeo dos dados e a elaborar mapas base para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo

No exerciacutecio 1 foi realizada a configuraccedilatildeo da aacuterea de trabalho a inserccedilatildeo das camadas do banco de dados preacutevio a sobreposiccedilatildeo e a configura-ccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das camadas por meio da alteraccedilatildeo das propriedades de preenchimento borda transparecircncia roacutetulos etc

O banco de dados disponibilizado possuiacutea arquivos raster e vetoriais no formato shapefile (shp) para as geometrias ponto a linha e o poliacutegono As atividades se concentraram nos dados vetoriais pelo manuseio dos planos de informaccedilatildeo (camadas) As seleccedilotildees na aacuterea de trabalho e da tabela de atribu-tos permitiu aos usuaacuterios a compreensatildeo da correlaccedilatildeo espacial Ao final do exerciacutecio 1 o usuaacuterio foi capaz de manusear e configurar o projeto e a visuali-zaccedilatildeo das simbologias dos planos de informaccedilatildeo aplicar filtros de informaccedilatildeo espacial bem como estabelecer os princiacutepios de correlaccedilatildeo entre a feiccedilatildeo e seu respectivo atributo em uma tabela de atributos

O foco do exerciacutecio 2 foi a elaboraccedilatildeo de anaacutelises espaciais a partir de poliacutegonos utilizando-se as propriedades de siacutembolo uacutenico categorizado e graduado (Figura 8) Para esse exerciacutecio foram utilizadas malhas digitais correspondentes aos bairros ou municiacutepios da regiatildeo de estudo Cada feiccedilatildeo da camada deveria conter ao menos uma informaccedilatildeo da tabela de atributos preenchida do tipo texto

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Para a visualizaccedilatildeo dos planos de informaccedilatildeo na simbologia de siacutem-bolo uacutenico o usuaacuterio relacionou a visualizaccedilatildeo dos dados a uma informaccedilatildeo da tabela de atributos Para essa atividade foram selecionados como atributo a ser classificado o nome dos bairros ou municiacutepios gerando mapa no qual cada poliacutegono foi representado com uma simbologia proacutepria Nessa atividade o usuaacuterio tambeacutem inseriu roacutetulos e configurou a sua apresentaccedilatildeo de layout

Para a visualizaccedilatildeo do plano de informaccedilatildeo na simbologia catego-rizado os usuaacuterios iniciaram o processo de ediccedilatildeo do banco de dados que consistiu no preenchimento ou na alteraccedilatildeo de informaccedilotildees na tabela de atri-butos de uma camada Para isso precisaram identificar temas em comum aos poliacutegonos Ao abrir a ediccedilatildeo preencheram a coluna do banco de dados com a informaccedilatildeo correspondente a cada poliacutegono Na visualizaccedilatildeo dos dados a simbologia foi alterada de siacutembolo uacutenico para categorizado escolhendo a infor-maccedilatildeo a ser analisada correspondente agrave coluna editada anteriormente

Para a simbologia graduada o usuaacuterio deveria editar o banco de dados com a populaccedilatildeo (dado numeacuterico real) de cada municiacutepio ou bairro Assim poderia elaborar um mapa com os intervalos das faixas populacionais correspondentes aos grupos de municiacutepios ou bairros para identificar quais satildeo os mais populosos por exemplo

Por meio dessas atividades foram desenvolvidas outras habilidades de manuseio do banco de dados como o caacutelculo automaacutetico da aacuterea dos po-liacutegonos (dado numeacuterico decimal) e o caacutelculo automaacutetico da densidade po-pulacional por exemplo por meio das operaccedilotildees simples de divisatildeo entre os valores que preenchem as colunas do banco de dados (densidade populacional = populaccedilatildeoaacuterea por exemplo)

O exerciacutecio 3 focou-se na montagem de layout configuraccedilatildeo de es-cala legendas e grades de coordenadas principalmente

A Figura 8 mostra alguns resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3

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Figura 8 - Resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3 elaboraccedilatildeo de mapas siacutembolo uacutenico categorizado e de intervalos e montagem de layout

Legenda (I) Mapa siacutembolo uacutenico (II) Mapa de pontos categorizados (III) Mapa de siacutembolo graduado Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

O exerciacutecio 4 foi aplicado conforme o andamento dos exerciacutecios anteriores e principalmente nas oficinas de duraccedilatildeo de 8haula Por meio dele foi trabalhada a operaccedilatildeo das Interfaces SIG CAD sistemas web que consistiu na importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de arquivos para formatos CAD (dxf) e Google Earth (kml) Para isso foram manuseados os planos de informaccedilatildeo dos exerciacutecios 1 a 3 de maneira que pudessem ser visualizados em diversos aplicativos SIG CAD ou web Foram utilizados plugins web diretamente na aacuterea de trabalho Qgis conforme o interesse do usuaacuterio

Para a finalizaccedilatildeo do exerciacutecio o usuaacuterio deveria marcar pontos correspondentes aos equipamentos puacuteblicos de um bairro da aacuterea de estudo no Google Earth importar esse plano de informaccedilatildeo no QGis e a partir dele criar uma camada shapefile criar campos na tabela de atributos preenchecirc-los com as informaccedilotildees a respeito da tipologia (escola unidade de sauacutede etc) e do nome do equipamento O usuaacuterio aplicaria a simbologia categorizada para a tipologia do equipamento evidenciando uma figura siacutembolo para cada ca-tegoria Ao final deveria ser elaborado layout com ao menos dois planos de informaccedilatildeo ativos e legenda categorizada

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Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

REFEREcircNCIAS BERQUE A Paisagem-marca paisagem-matriz elementos da problemaacutetica para uma geografia cultural In CORREcircA R L ROSENDAHL Z (orgs) Paisagem tempo e cultura Rio de Janeiro Editora da UERJ 1998 p 84-91

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INTRODUCcedilAtildeO

Para o melhor atendimento das necessidades das realidades de de-senvolvimento territorial atuais tem-se a premissa de que as linhas de pesquisa e ensino da arquitetura urbanismo e planejamento urbano e regional devem ser aplicadas de forma multi e transdisciplinar Buscando pensar de maneira integrada os espaccedilos urbano e rural e as problemaacuteticas urbanas e ambientais a eles relacionadas a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos de leitura da paisagem se mostra relevante na atualidade pois constitui base para o desenvolvimento de alternativas de intervenccedilatildeo socioespacial

Visando agrave integraccedilatildeo de conhecimentos das diferentes aacutereas sobre-tudo as das geotecnologias e do Planejamento da Paisagem as oficinas didaacute-ticas de curta duraccedilatildeo criaram subsiacutedios para a avaliaccedilatildeo das metodologias e ferramentas aplicadas visando ao aprimoramento das relaccedilotildees de ensino pesquisa e extensatildeo Tendo em vista as tecnologias disponiacuteveis e as metodo-logias de ensino propotildee-se que sejam aplicados os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIC) e os princiacutepios de geoprocessamento como apoios agraves ativi-dades de ensino e pesquisa na aacuterea do Planejamento Urbano e Regional es-senciais agrave formaccedilatildeo e ao exerciacutecio profissional do Arquiteto e Urbanista bem como de outras aacutereas que intervecircm na paisagem como Engenharia Ambiental e Geografia

Este capiacutetulo tem como objetivo relatar e discutir os resultados das Oficinas didaacuteticas ldquoSistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) aplicados ao Planejamento da Paisagemrdquo que nos anos de 2016 2017 2018 e 2019 ofere-ceram instrumentaccedilatildeo para a identificaccedilatildeo de Unidades de Paisagem (UPs) como subsiacutedio para a caracterizaccedilatildeo de espaccedilos urbanos por meio do meacutetodo de Leitura da Paisagem o qual foi aplicado nas oficinas didaacuteticas e desenvol-vido por meio de atividades teoacuterico-praacuteticas em ambiente computacional de geoprocessamento com software livre QGis voltadas agrave produccedilatildeo cartograacutefica temaacutetica utilizada nos principais meacutetodos de leitura e anaacutelise da paisagem

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SISTEMAS DE INFORMACcedilOtildeES GEOGRAacuteFICAS (SIG) APLICADOS AO PLANEJAMENTO DA PAISAGEM

Nesta seccedilatildeo apresentamos o aporte teoacuterico que embasa a discussatildeo acerca da temaacutetica

Paisagem sob uma abordagem transdisciplinarA paisagem enquanto objeto de estudo estaacute comumente associada a

uma abordagem transdisciplinar revelando aspectos naturais e sociais imbri-cados que conformam uma realidade espacial indissociada de sua represen-taccedilatildeo O estudo da paisagem na aacuterea da Arquitetura e Urbanismo bem como na do Planejamento Urbano e Regional tem sido desenvolvido a partir das dimensotildees ecoloacutegica cultural e visual ou seja em uma abordagem sistecircmica

A paisagem resulta da combinaccedilatildeo dinacircmica dos elementos biofiacutesi-cos e antroacutepicos de processos histoacutericos naturais e culturais em um dado es-paccedilo geograacutefico O ser humano interveacutem na paisagem conforme o espiacuterito do tempo ndash via ciecircncia tecnologia e filosofia ndash e do lugar ndash via cultura e condiccedilotildees naturais ndash nela imprimindo marcas do processo de construccedilatildeo e transforma-ccedilatildeo do territoacuterio conferindo-lhe dimensatildeo patrimonial e esteacutetica (TELLES 1993 MACEDO 1993 CONSELHO EUROPEU 2000 CARAPINHA 2008 SANTIAGO 2009)

Nessa perspectiva Berque (1998 p 84) ao compreender a paisagem como produto cultural define-a como ldquomarcardquo e como ldquomatrizrdquo jaacute Macedo (1993 p 11) a apresenta ldquo[] como um produto e como um sistemardquo Sendo a paisagem um sistema qualquer accedilatildeo sobre ela implicaraacute uma reaccedilatildeo equiva-lente que daraacute origem a uma alteraccedilatildeo morfoloacutegica a qual poderaacute trazer um novo significado ou um diferente valor (MACEDO 1993)

Assim a paisagem eacute uma chave para a compreensatildeo do passado do presente e do futuro (DELPHIM 2004) agrave qual os seres humanos atribuiacuteram significados e valores sendo percebida atraveacutes dos sentidos e mecanismos de cogniccedilatildeo que se relacionam a filtros culturais e individuais (DEL RIO OLIVEIRA 1999) As paisagens satildeo percebidas e interpretadas dentro da es-

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cala do observador preponderantemente pela visatildeo relacionada ao seu campo visual e por consequecircncia agrave bacia visual e pela experimentaccedilatildeo Ao tratar da paisagem adotamos tambeacutem uma abordagem interescalar uma vez que as paisagens se conectam por uma rede de dependecircncia uma sempre sucedendo a outra

Do ponto de vista da paisagem enquanto espacialidade o domiacutenio de seu estudo sob a vista das dinacircmicas ecoloacutegicas tem raiz saxocircnica e debru-ccedila-se sobre as transformaccedilotildees dos ecossistemas em interaccedilatildeo com a ocupaccedilatildeo humana Para o campo da Arquitetura e Urbanismo encontra-se em Olmsted (SPIRN 1998) no final do seacuteculo XIX nos Estados Unidos uma importante acircncora para o contexto das ocupaccedilotildees humanas das urbanizaccedilotildees e dos espa-ccedilos livres estruturantes das paisagens naturais e culturais

Inicialmente a paisagem eacute estudada por via de uma abordagem ecoloacutegica e posteriormente sob uma abordagem dos ecossistemas urbanos Forman e Godron (1986 p 11) Forman (1995 p 39) e Forman (2008) tomam a paisagem ldquo[] como uma aacuterea de terra heterogecircnea composta de um cluster interativo de ecossistemas que se repete de forma semelhante []rdquo e que possui como estrutura elementos da paisagem que podem ser abstraiacutedos como ma-triz mancha ou fragmento e corredor (FORMAN 1995)

Assim a paisagem enquanto objeto de estudo poderaacute ser sistemati-zada por meio do estabelecimento de Unidades de Paisagem (UPs) que satildeo as unidades de planejamento identificadas atraveacutes de padrotildees de similaridades espaciais e culturais do ambiente

Leitura da paisagem uma abordagem metodoloacutegica

Unidades de PaisagemAs Unidades de Paisagem (UPs) satildeo mosaicos espaciais delimitados

que apresentam caracteriacutesticas semelhantes entre si relativamente homogecirc-neas no seu interior Natildeo satildeo exatamente iguais em toda aacuterea mas apresentam

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um padratildeo especiacutefico que se repete e diferencia a unidade em causa das de-mais unidades (CORREIA DrsquoABREU OLIVEIRA 2001)

Para Silvio Soares Macedo (BRASIL 2006) satildeo quatro os elementos definidores da paisagem suporte fiacutesico estrutura e padratildeo de drenagem cobertura vegetal e mancha urbana Para fins de estudo qualquer grande unidade de paisagem pode ser subdividida em subunidades de modo a permitir um aprofundamento no conhecimento sob uma oacutetica que observa diferentes escalas (Figura 1)

Figura 1 - Unidades de paisagem (UPs)

Fonte Brasil (2006 p 38) Ilustraccedilatildeo de Silvio Soares Macedo

Na Europa as Unidades de Paisagem (UPs) comeccedilaram a ser utili-zadas como peccedilas baacutesicas para a incorporaccedilatildeo da paisagem no planejamento territorial e urbano por meio dos Cataacutelogos da Paisagem (NOGUEacute SALA 2006) As UPs tambeacutem tecircm sido aplicadas para estudos da paisagem que envolvem elementos lineares como as linhas feacuterreas (SILVA MANETTI TAcircNGARI 2013) e as estradas (TEIXEIRA LONGHI 2010 QUEENSLAND

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GOVERNMENT 2004) Silva Manetti e Tacircngari (2013) fundamentam-se em Macedo (BRASIL 2006) identificando compartimentos de paisagem para a escala regional Suas subdivisotildees eles chamaram de unidades de paisagem Teixeira e Longui (2010) adotam unidades visuais e Queensland Government (2004) unidades de caraacuteter homogecircneo ambas associadas ao aspecto visual e com definiccedilotildees que se complementam

Para Teixeira e Longui (2010) a unidade visual eacute definida pela com-binaccedilatildeo dos elementos visuais que satildeo a linha a forma a textura a escala e a cor e a sequecircncia de unidades gera variedade do itineraacuterio A unidade de caraacuteter homogecircneo conteacutem uma configuraccedilatildeo visual e uma variedade de recursos visuais criados pelos elementos naturais e culturais (QUEENSLAND GOVERNMENT 2004)

As unidades de paisagem satildeo utilizadas como meacutetodo de leitura e tambeacutem como unidades de planejamento afinal a partir da compreensatildeo da sua estruturaccedilatildeo organizaccedilatildeo e funcionamento ndash de uma unidade e delas com as demais ndash eacute possiacutevel lanccedilar propostas de desenvolvimento a cada uma e ao conjunto

Os aspectos a serem considerados para a identificaccedilatildeo das UPs po-dem variar dependendo da escala de estudo sendo uns mais preponderantes que outros para as suas delimitaccedilotildees Em uma escala regional os elementos de suporte biofiacutesicos macroconjuntos construiacutedos e grandes infraestruturas como de mobilidade satildeo mais relevantes que a morfologia urbana Quanto maior for a aproximaccedilatildeo na escala mais aspectos seratildeo acrescidos ao estudo sobretudo de processos humanos incluindo os aspectos imateriais

As unidades de paisagem podem ainda ser divididas em subunidades a depender da necessidade de detalhamento para atingir os objetivos ou dos recursos disponiacuteveis para o estudo (MACEDO 1997 CORREIA DacuteABREU OLIVEIRA 2001) Consistem em aacutereas que pertencem agrave coerecircncia interna de uma unidade de paisagem mas que possuem alguma variaacutevel distinta que as difere do seu entorno ou ainda que sejam claramente distintas mas que possuam dimensotildees que natildeo justificam a existecircncia de uma unidade separada (CORREIA DacuteABREU OLIVEIRA 2001)

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Eacute imprescindiacutevel para a definiccedilatildeo de unidades de paisagem a utiliza-ccedilatildeo de imagem de sateacutelite eou levantamento aerofotogrameacutetrico aleacutem dos es-tudos de evoluccedilatildeo e transformaccedilatildeo da paisagem que satildeo de extrema relevacircncia para que se possa compreender como a paisagem eacute no momento presente e que se consiga fazer prospecccedilotildees para o futuro No sentido de planejamento levan-tar tudo o que estaacute projetado e todos os planos para a aacuterea tambeacutem se faz ne-cessaacuterio Sendo assim eacute desejaacutevel que a equipe de trabalho seja multidisciplinar

A definiccedilatildeo de UP inclui (a) trabalho de gabinete contemplando estudo preacutevio documental histoacuterico fotograacutefico e cartograacutefico organizaccedilatildeo do banco de dados (b) seleccedilatildeo das categorias de anaacutelise e sobreposiccedilatildeo delas em cartografias temaacuteticas que geram outros mapas temaacuteticos de siacutentese os quais auxiliaratildeo na identificaccedilatildeo das UPs (Figura 2) (c) identificaccedilatildeo das UPs (d) descriccedilatildeo das UPs

Figura 2 - Esquema de sobreposiccedilatildeo de mapas para identificaccedilatildeo de UPs

Fonte Favaretto (2017 p 167)

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A outra etapa eacute o trabalho de campo por meio do qual eacute feita a ve-rificaccedilatildeo da delimitaccedilatildeo das UPs realizada em gabinete normalmente sendo necessaacuterios ajustes e tambeacutem a coleta de material complementar para a ca-racterizaccedilatildeo Novamente em gabinete satildeo realizados os ajustes e finalizado o inventaacuterio Com isso em matildeos parte-se para as etapas de planejamento utili-zando-se tambeacutem os SIG para as simulaccedilotildees de diferentes alternativas

Como exemplo de aplicaccedilatildeo do meacutetodo destacam-se Favaretto (2012) ndash escala regional Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash abordagem interes-calar e Vieira e Macedo (2013) ndash escala municipal ateacute intraurbana

Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG)Os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) ou Geographical

Information Systems (GIS) satildeo um sistema que se baseia na interaccedilatildeo entre software (programa computacional) hardware (equipamentos) pessoas e informaccedilotildees espaciais as quais ficam armazenadas em um banco de dados Satildeo sistemas interativos baseados em ldquo[] estruturas de programaccedilatildeo que per-mitem a captura o armazenamento e atualizaccedilotildees dos dados sua exibiccedilatildeo e acima de tudo anaacutelises e integraccedilotildees de dados ambientaisrdquo (SILVA 1997 p 8)

Assim as ferramentas das geotecnologias (SIG Geoprocessamento Sensoriamento Remoto etc) satildeo importantes para a gestatildeo do territoacuterio jaacute que permitem gerar organizar e sistematizar informaccedilotildees geograacuteficas sobre a sociedade e o espaccedilo que ela ocupa e produz

Em SIG a realidade ambiental (processos e eventos) de um territoacuterio pode ser sistematizada em planos de informaccedilatildeo e organizada de acordo com as situaccedilotildees no tempo (passado e presente) A partir de sucessivas sistemati-zaccedilotildees dessa realidade ambiental de um territoacuterio eacute possiacutevel compreender os processos de apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio (Figura 3) Assim com as realidades ambientais sobrepostas eacute possiacutevel fazer a interface dos SIG ao Planejamento da Paisagem de maneira que novas informaccedilotildees e simulaccedilotildees no tempo futuro possam ser agregadas ao processo de planejamento do territoacuterio

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Figura 3 - Ambiente como sistema

Fonte Valentini (2020 p 120) baseado em Silva (2001)

Estrutura de dadosUma base de dados em SIG corresponde ao conjunto de ldquoplanos

de informaccedilatildeordquo que compotildeem a representaccedilatildeo de um determinado ambien-te Esses Planos de Informaccedilatildeo satildeo estruturados de forma que possam ser produzidos lidos eou editados em linguagem compatiacutevel com os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas ou Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees (SIG) Essas camadas satildeo organizadas a partir de temas como por exemplo limites territoriais vegetaccedilatildeo hidrografia malha urbana sistema viaacuterio quadras lo-tes entre outros

Os SIG permitem a integraccedilatildeo de diversos tipos de dados de fontes variadas (mapas dados tabulares fotos aeacutereas modelos de elevaccedilatildeo imagens de sateacutelite dados CAD mediccedilotildees lineares etc) em um ambiente integrado de armazenamento gerenciamento anaacutelise e exibiccedilatildeo Muitos desses tipos de dados natildeo satildeo facilmente representados em mapas em papel

A base de dados de um ambiente em SIG pode ser em dois formatos baacutesicos vetorial e raster O formato vetorial eacute conhecido e amplamente utili-

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zado nos sistemas de desenho assistido por computador O formato raster eacute o proacuteprio formato das imagens ndash fotografias e imagens de sateacutelite por exemplo ndash cuja resoluccedilatildeo varia de acordo com a relaccedilatildeo espacial do pixel e sua corres-pondente dimensional real (Figura 4)

Figura 4 - Exemplificaccedilatildeo das estruturas dos dados raster e vetorial em ambiente SIG

Fonte Valentini (2020 p 121)

Mas qual o diferencial de um sistema de desenho assistido por com-putador (CAD) e um SIG Aleacutem da grande capacidade de armazenamento e processamento de informaccedilotildees o diferencial elementar eacute a correlaccedilatildeo que se manifesta na capacidade de atribuir de forma inequiacutevoca uma ou mais infor-maccedilotildees a uma entidade espacial De forma simples pode-se afirmar que haacute uma correlaccedilatildeo direta e inequiacutevoca entre um design (desenho elemento de uma camada formato vetorial) ou uma ceacutelula (pixel de uma imagem formato raster) e uma informaccedilatildeo depositada em um banco de dados alfanumeacuterico A essa entidade ndash desenho informaccedilatildeo e localizaccedilatildeo indissociados ndash daacute-se o nome de feiccedilatildeo

Uma ou mais feiccedilotildees conformam uma camada ou plano de informa-ccedilatildeo As feiccedilotildees compartilham em cada plano de informaccedilatildeo uma estrutura de

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dados organizados em um banco de dados ou tabela de atributos Esse banco de dados estaacute organizado em colunas e linhas A coluna baacutesica eacute o ID (chave inequiacutevoca) as demais colunas poderatildeo ser criadas de acordo com os demais temas de interesse do pesquisador Cada linha da tabela de atributos eacute corre-lacionada a uma feiccedilatildeo Na Figura 5 eacute possiacutevel compreendermos a correlaccedilatildeo entre o design e a informaccedilatildeo correspondente na tabela de atributos a existecircn-cia do design estaacute atrelada agrave linha da tabela de atributos

Figura 5 - Correlaccedilatildeo do design agraves informaccedilotildees da tabela de atributos em ambiente SIG Qgis 218

Fonte Acervo das autoras (2018)

Do ponto de vista operacional outra diferenciaccedilatildeo entre CAD e SIG eacute que o plano de informaccedilatildeo possui uma estrutura que poderaacute ser elabora-da lida ou editada em linguagem compatiacutevel em diversas ferramentas SIG Diferentemente do sistema CAD a feiccedilatildeo natildeo eacute um conteuacutedo interno ao ar-quivo CAD O sistema SIG cria visualiza edita e produz informaccedilatildeo a partir de planos de informaccedilatildeo que ficam ldquoexternosrdquo ao projeto em ambiente SIG Isso permite que esses planos de informaccedilatildeo possam ser utilizados e atuali-

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zados a partir de um servidor comum otimizando e fortalecendo as accedilotildees de levantamento e anaacutelise de dados ambientais ou cadastrais por exemplo Para isso eacute preciso fornecer o ldquocaminhordquo o diretoacuterio onde o plano de informaccedilatildeo estaacute depositado

Um plano de informaccedilatildeo de formato vetorial que conforma um sha-pefile (shp) ESRI eacute formado por arquivos correlacionados em diferentes for-matos ndash correspondentes ao design localizaccedilatildeo banco de dados entre outros Um plano de informaccedilatildeo precisa ser inserido a um projeto em ambiente SIG para ser visualizado configurado ou editado

Do ponto de vista da ecologia das paisagens a Estrutura Morfoloacutegica da paisagem se fundamenta a partir do mosaico antropizado e heterogecircneo de elementos formais e processos que possibilitam a compreensatildeo da estruturaccedilatildeo do territoacuterio identificando matriz corredor mancha (ou fragmento) e borda em contiacutenua transformaccedilatildeo (FORMAN GODRON 1986 FORMAN 1995)

Nessa perspectiva a linguagem SIG se fundamenta nas geometrias ndash ponto linha e poliacutegono ndash correlacionadas aos atributos alfanumeacutericos ine-quiacutevocos pela chave de localizaccedilatildeo O domiacutenio das representaccedilotildees vetoriais nos SIG se fundamenta no ponto Apesar de ser adimensional eacute gerador das demais geometrias pois eacute a base da localizaccedilatildeo O ponto na paisagem estaacute intriacutenseco agrave localizaccedilatildeo agraves unidades e aos eventos mas conforma tambeacutem os noacutes que satildeo interseccedilotildees entre corredores e bordas por exemplo A linha que corresponde agrave estrutura de paisagem do tipo corredor estaacute relacionada ao sentido de acessibilidade de fluxo inferido pela conectividade estabelecendo relaccedilotildees de proximidade e a demarcaccedilatildeo de limites O poliacutegono estaacute relacio-nado agraves estruturas de transiccedilatildeo mais comuns da paisagem mancha (ou frag-mento) e matriz Ele daacute sentido de abrangecircncia espaccedilo-temporal jaacute que tem a melhor capacidade de responder espacialmente (resistir ou agir) agraves forccedilas de transformaccedilatildeo

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MATERIAIS E MEacuteTODOSAs oficinas de SIG Aplicados ao Planejamento da Paisagem satildeo ofereci-

das em ambiente de laboratoacuterio de informaacutetica com softwares Qgis sistemas CAD etc tendo duraccedilatildeo de quatro ou oito horasaula conforme o objetivo e a disponi-bilidade do evento Os relatos das oficinas apresentados neste capiacutetulo se referem agraves oficinas didaacuteticas ocorridas na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus de Erechim nos anos de 2016 2017 e 2018 expostos no XIV Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo das Escolas de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (ENEPEA) realizado em Santa Maria RS em 2018 e no X Seminaacuterio de Pesquisa em Planejamento e Gestatildeo Territorial (SPPGT) realizado na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) em Criciuacutema SC no ano de 2019 (Figura 6)

Figura 6 - Fotos das oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) Santa Maria (RS) e Criciuacutema (SC)

Legenda (I) e (II) Oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) nos anos de 2016 e 2017 (III) Oficina didaacutetica XIV ENEPEA em Santa Maria (RS) no ano de 2018 (IV) Oficina didaacutetica X SPPGTUNESC em Criciuacutema (SC) no ano de 2019Fonte Acervo das autoras (2019)

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Materiais de apoio foram disponibilizados aos participantes ante-riormente agrave execuccedilatildeo da oficina constituindo-se em uma apostila didaacutetica elaborada pelas autoras uma pasta com o aporte teoacuterico composto por trecircs artigos e uma pasta com banco de dados em formato vetorial e raster utiliza-dos na oficina

A apostila didaacutetica apresentou uma discussatildeo acerca do conceito de paisagem e introduziu os meacutetodos de leitura da paisagem noccedilotildees gerais de car-tografia SIG softwares e processos utilizados no desenvolvimento da oficina Por fim disponibilizou links de acesso a repositoacuterios de bancos de dados que seriam explorados pelos alunos durante a oficina e depois dela A leitura preacutevia familiarizou o aluno com o tema e com os processos que seriam desenvolvidos na parte praacutetica da oficina A leitura dos trecircs artigos indicados ndash Nogueacute e Sala (2006) Steinitz (2002) e Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash ampliou o repertoacuterio e aprofundou outras metodologias de anaacutelise e leitura da paisagem que tam-beacutem se beneficiam da utilizaccedilatildeo de ferramentas de geoprocessamento

Reconhecendo a importacircncia de o usuaacuterio conhecer previamente a paisagem de estudo as oficinas de curta duraccedilatildeo satildeo realizadas a partir de um banco de dados baacutesico do municiacutepio onde acontecem devendo ser comple-mentadas durante o desenvolvimento das atividades

O conteuacutedo da oficina foi organizado em estrutura e simbologia das camadas na aacuterea de controle importaccedilatildeo criaccedilatildeo e ediccedilatildeo de camadas corre-laccedilatildeo dos dados espaciais e alfanumeacutericos planejamento e montagem de ban-co de dados elaboraccedilatildeo cartograacutefica com vistas aos estudos de leitura anaacutelise e planejamento da paisagem Interfaces SIG CAD sistemas web Montagem de layout e apresentaccedilatildeo cartograacutefica

A plataforma utilizada para o desenvolvimento das atividades das oficinas foi QGIS (Quantum GIS) que eacute um software livre de coacutedigo-fonte aberto multiplataforma de SIG a qual permite a visualizaccedilatildeo a ediccedilatildeo e a anaacute-lise de dados e informaccedilotildees georreferenciados O programa bastante utilizado por estudantes pode funcionar com diversos plugins para expandir seu uso original de modo imediato e gratuito Por ser de faacutecil acesso e livre permite

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que o usuaacuterio continue utilizando o software e desenvolvendo suas habilidades no sistema apoacutes a oficina constituindo uma importante alternativa agravequelas que geralmente podem ser utilizadas a partir de laboratoacuterios nas universida-des instituiccedilotildees ou grande empresas

Para iniacutecio das atividades da oficina eacute disponibilizado um banco de dados base tomado como ponto de partida e a partir da interaccedilatildeo com outras plataformas como o Google Earth e pesquisa de dados satildeo feitas complemen-taccedilotildees no banco de dados o qual eacute compartilhado e de acesso a todos os parti-cipantes A estruturaccedilatildeo das oficinas pode ser acompanhada na Figura 7

Figura 7 - Etapas do desenvolvimento das oficinas

Fonte Elaboraccedilatildeo das autoras (2020)

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A primeira etapa da oficina apresenta os principais conceitos e meacute-todos de leitura da paisagem bem como a estruturaccedilatildeo dos SIG relacionando as linguagens em comum

Na etapa 2 os participantes tecircm uma primeira aproximaccedilatildeo com o software por meio do qual realizam atividades de elaboraccedilatildeo de mapas com as informaccedilotildees disponibilizadas no banco de dados As atividades se concentram em configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho e na elaboraccedilatildeo de layouts Em seguida os usuaacuterios satildeo organi-zados em equipes de trecircs a quatro integrantes fazem a pesquisa e acessam dados geoespaciais on-line atraveacutes de pesquisa em sites eou criam planos de informaccedilatildeo Editam banco de dados elaborando mapas com classificaccedilatildeo de dados por simbologias siacutembolo uacutenico categorizado ou graduado para dados geoespaciais nas geometrias de ponto linha e poliacutegono

Nessa etapa satildeo desenvolvidas atividades guiadas explorando as interfaces SIG e CAD e os sistemas web como o Google Earth No ambiente SIG eacute encaminhada uma sobreposiccedilatildeo de mapas de maneira que cada equipe possa produzir um mapa de siacutentese dos aspectos ecoloacutegicos e um dos aspectos culturais ou antroacutepicos da aacuterea estudada

Na etapa 3 os usuaacuterios devem aplicar as metodologias de identifica-ccedilatildeo das UPs Cada equipe elenca os criteacuterios estabelecidos para a identificaccedilatildeo das UPs Posteriormente a sobreposiccedilatildeo dos mapas de siacutentese gera a identifi-caccedilatildeo das Unidades de Paisagem

Na etapa 4 eacute realizado um seminaacuterio onde cada equipe apresenta suas unidades de paisagem e caracteriza brevemente cada uma delas Por meio de atividade guiada todas as equipes dialogam a respeito dos criteacuterios e dos resultados encontrados No final do seminaacuterio a turma obteacutem um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem que a partir de estudos especiacuteficos seraacute caracterizado

Na etapa 5 satildeo apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em

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diferentes escalas Por fim eacute encaminhada uma avaliaccedilatildeo das atividades de-senvolvidas na oficina

RESULTADOSAs atividades de elaboraccedilatildeo de mapas em ambientes SIG se mos-

traram fundamentais para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo proposto Nessa etapa os usuaacuterios aprenderam a inserir e a configurar dados geoespaciais da aacuterea de estudo configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho Por meio de exerciacutecios guiados (exerciacutecios 1 a 5) o usuaacuterio foi capaz de compreender a estrutura e a correlaccedilatildeo dos dados e a elaborar mapas base para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo

No exerciacutecio 1 foi realizada a configuraccedilatildeo da aacuterea de trabalho a inserccedilatildeo das camadas do banco de dados preacutevio a sobreposiccedilatildeo e a configura-ccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das camadas por meio da alteraccedilatildeo das propriedades de preenchimento borda transparecircncia roacutetulos etc

O banco de dados disponibilizado possuiacutea arquivos raster e vetoriais no formato shapefile (shp) para as geometrias ponto a linha e o poliacutegono As atividades se concentraram nos dados vetoriais pelo manuseio dos planos de informaccedilatildeo (camadas) As seleccedilotildees na aacuterea de trabalho e da tabela de atribu-tos permitiu aos usuaacuterios a compreensatildeo da correlaccedilatildeo espacial Ao final do exerciacutecio 1 o usuaacuterio foi capaz de manusear e configurar o projeto e a visuali-zaccedilatildeo das simbologias dos planos de informaccedilatildeo aplicar filtros de informaccedilatildeo espacial bem como estabelecer os princiacutepios de correlaccedilatildeo entre a feiccedilatildeo e seu respectivo atributo em uma tabela de atributos

O foco do exerciacutecio 2 foi a elaboraccedilatildeo de anaacutelises espaciais a partir de poliacutegonos utilizando-se as propriedades de siacutembolo uacutenico categorizado e graduado (Figura 8) Para esse exerciacutecio foram utilizadas malhas digitais correspondentes aos bairros ou municiacutepios da regiatildeo de estudo Cada feiccedilatildeo da camada deveria conter ao menos uma informaccedilatildeo da tabela de atributos preenchida do tipo texto

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Para a visualizaccedilatildeo dos planos de informaccedilatildeo na simbologia de siacutem-bolo uacutenico o usuaacuterio relacionou a visualizaccedilatildeo dos dados a uma informaccedilatildeo da tabela de atributos Para essa atividade foram selecionados como atributo a ser classificado o nome dos bairros ou municiacutepios gerando mapa no qual cada poliacutegono foi representado com uma simbologia proacutepria Nessa atividade o usuaacuterio tambeacutem inseriu roacutetulos e configurou a sua apresentaccedilatildeo de layout

Para a visualizaccedilatildeo do plano de informaccedilatildeo na simbologia catego-rizado os usuaacuterios iniciaram o processo de ediccedilatildeo do banco de dados que consistiu no preenchimento ou na alteraccedilatildeo de informaccedilotildees na tabela de atri-butos de uma camada Para isso precisaram identificar temas em comum aos poliacutegonos Ao abrir a ediccedilatildeo preencheram a coluna do banco de dados com a informaccedilatildeo correspondente a cada poliacutegono Na visualizaccedilatildeo dos dados a simbologia foi alterada de siacutembolo uacutenico para categorizado escolhendo a infor-maccedilatildeo a ser analisada correspondente agrave coluna editada anteriormente

Para a simbologia graduada o usuaacuterio deveria editar o banco de dados com a populaccedilatildeo (dado numeacuterico real) de cada municiacutepio ou bairro Assim poderia elaborar um mapa com os intervalos das faixas populacionais correspondentes aos grupos de municiacutepios ou bairros para identificar quais satildeo os mais populosos por exemplo

Por meio dessas atividades foram desenvolvidas outras habilidades de manuseio do banco de dados como o caacutelculo automaacutetico da aacuterea dos po-liacutegonos (dado numeacuterico decimal) e o caacutelculo automaacutetico da densidade po-pulacional por exemplo por meio das operaccedilotildees simples de divisatildeo entre os valores que preenchem as colunas do banco de dados (densidade populacional = populaccedilatildeoaacuterea por exemplo)

O exerciacutecio 3 focou-se na montagem de layout configuraccedilatildeo de es-cala legendas e grades de coordenadas principalmente

A Figura 8 mostra alguns resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3

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Figura 8 - Resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3 elaboraccedilatildeo de mapas siacutembolo uacutenico categorizado e de intervalos e montagem de layout

Legenda (I) Mapa siacutembolo uacutenico (II) Mapa de pontos categorizados (III) Mapa de siacutembolo graduado Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

O exerciacutecio 4 foi aplicado conforme o andamento dos exerciacutecios anteriores e principalmente nas oficinas de duraccedilatildeo de 8haula Por meio dele foi trabalhada a operaccedilatildeo das Interfaces SIG CAD sistemas web que consistiu na importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de arquivos para formatos CAD (dxf) e Google Earth (kml) Para isso foram manuseados os planos de informaccedilatildeo dos exerciacutecios 1 a 3 de maneira que pudessem ser visualizados em diversos aplicativos SIG CAD ou web Foram utilizados plugins web diretamente na aacuterea de trabalho Qgis conforme o interesse do usuaacuterio

Para a finalizaccedilatildeo do exerciacutecio o usuaacuterio deveria marcar pontos correspondentes aos equipamentos puacuteblicos de um bairro da aacuterea de estudo no Google Earth importar esse plano de informaccedilatildeo no QGis e a partir dele criar uma camada shapefile criar campos na tabela de atributos preenchecirc-los com as informaccedilotildees a respeito da tipologia (escola unidade de sauacutede etc) e do nome do equipamento O usuaacuterio aplicaria a simbologia categorizada para a tipologia do equipamento evidenciando uma figura siacutembolo para cada ca-tegoria Ao final deveria ser elaborado layout com ao menos dois planos de informaccedilatildeo ativos e legenda categorizada

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Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

REFEREcircNCIAS BERQUE A Paisagem-marca paisagem-matriz elementos da problemaacutetica para uma geografia cultural In CORREcircA R L ROSENDAHL Z (orgs) Paisagem tempo e cultura Rio de Janeiro Editora da UERJ 1998 p 84-91

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CARAPINHA A 0809 Arte das paisagens e dos jardins Plano de ensino para a disciplina do Curso de Arquitectura Paisagista da Universidade de Eacutevora Portugal Eacutevora 2008

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CORREIA T P DacuteABREU A C OLIVEIRA R M G Identificaccedilatildeo de Unidades de Paisagem metodologia aplicada a Portugal Continental Finisterra ano XXXVI n 72 p 195-206 2001

DEL RIO V OLIVEIRA L Percepccedilatildeo ambiental a experiecircncia brasileira Satildeo Paulo SP Studio Nobel 1999 265 p

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FAVARETTO A Valores paisagiacutesticos subsiacutedios para elaboraccedilatildeo do projeto de estradas 2017 482 f Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis 2016 Disponiacutevel em httpwwwbuufscbrtesesPARQ0259-Tpdf Acesso em 01 ago 2019

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NOGUEacute J SALA P Protoacutetipo de Cataacutelogo de Paisaje Bases conceptuales metodoloacutegicas y procedimentales para la elaboracioacuten de los Cataacutelogos de Paisaje de Cataluntildea Olot y Barcelona Observatorio del Paisaje de Cataluntildea 2006

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VALENTINI D R Transformaccedilatildeo e ressignificaccedilatildeo espaccedilo-temporal da paisagem territorial O Oeste catarinense na Poacutes-Modernidade 2020 380 f Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2020

VIEIRA M de S MACEDO S S Unidades de paisagem a criaccedilatildeo de um meacutetodo para a anaacutelise do territoacuterio de Suzano Paisagem e Ambiente v 32 p 167-228 2013 Disponiacutevel em httpwwwrevistasuspbrpaamarticleview88130 Acesso em 8 jul 2019

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SISTEMAS DE INFORMACcedilOtildeES GEOGRAacuteFICAS (SIG) APLICADOS AO PLANEJAMENTO DA PAISAGEM

Nesta seccedilatildeo apresentamos o aporte teoacuterico que embasa a discussatildeo acerca da temaacutetica

Paisagem sob uma abordagem transdisciplinarA paisagem enquanto objeto de estudo estaacute comumente associada a

uma abordagem transdisciplinar revelando aspectos naturais e sociais imbri-cados que conformam uma realidade espacial indissociada de sua represen-taccedilatildeo O estudo da paisagem na aacuterea da Arquitetura e Urbanismo bem como na do Planejamento Urbano e Regional tem sido desenvolvido a partir das dimensotildees ecoloacutegica cultural e visual ou seja em uma abordagem sistecircmica

A paisagem resulta da combinaccedilatildeo dinacircmica dos elementos biofiacutesi-cos e antroacutepicos de processos histoacutericos naturais e culturais em um dado es-paccedilo geograacutefico O ser humano interveacutem na paisagem conforme o espiacuterito do tempo ndash via ciecircncia tecnologia e filosofia ndash e do lugar ndash via cultura e condiccedilotildees naturais ndash nela imprimindo marcas do processo de construccedilatildeo e transforma-ccedilatildeo do territoacuterio conferindo-lhe dimensatildeo patrimonial e esteacutetica (TELLES 1993 MACEDO 1993 CONSELHO EUROPEU 2000 CARAPINHA 2008 SANTIAGO 2009)

Nessa perspectiva Berque (1998 p 84) ao compreender a paisagem como produto cultural define-a como ldquomarcardquo e como ldquomatrizrdquo jaacute Macedo (1993 p 11) a apresenta ldquo[] como um produto e como um sistemardquo Sendo a paisagem um sistema qualquer accedilatildeo sobre ela implicaraacute uma reaccedilatildeo equiva-lente que daraacute origem a uma alteraccedilatildeo morfoloacutegica a qual poderaacute trazer um novo significado ou um diferente valor (MACEDO 1993)

Assim a paisagem eacute uma chave para a compreensatildeo do passado do presente e do futuro (DELPHIM 2004) agrave qual os seres humanos atribuiacuteram significados e valores sendo percebida atraveacutes dos sentidos e mecanismos de cogniccedilatildeo que se relacionam a filtros culturais e individuais (DEL RIO OLIVEIRA 1999) As paisagens satildeo percebidas e interpretadas dentro da es-

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cala do observador preponderantemente pela visatildeo relacionada ao seu campo visual e por consequecircncia agrave bacia visual e pela experimentaccedilatildeo Ao tratar da paisagem adotamos tambeacutem uma abordagem interescalar uma vez que as paisagens se conectam por uma rede de dependecircncia uma sempre sucedendo a outra

Do ponto de vista da paisagem enquanto espacialidade o domiacutenio de seu estudo sob a vista das dinacircmicas ecoloacutegicas tem raiz saxocircnica e debru-ccedila-se sobre as transformaccedilotildees dos ecossistemas em interaccedilatildeo com a ocupaccedilatildeo humana Para o campo da Arquitetura e Urbanismo encontra-se em Olmsted (SPIRN 1998) no final do seacuteculo XIX nos Estados Unidos uma importante acircncora para o contexto das ocupaccedilotildees humanas das urbanizaccedilotildees e dos espa-ccedilos livres estruturantes das paisagens naturais e culturais

Inicialmente a paisagem eacute estudada por via de uma abordagem ecoloacutegica e posteriormente sob uma abordagem dos ecossistemas urbanos Forman e Godron (1986 p 11) Forman (1995 p 39) e Forman (2008) tomam a paisagem ldquo[] como uma aacuterea de terra heterogecircnea composta de um cluster interativo de ecossistemas que se repete de forma semelhante []rdquo e que possui como estrutura elementos da paisagem que podem ser abstraiacutedos como ma-triz mancha ou fragmento e corredor (FORMAN 1995)

Assim a paisagem enquanto objeto de estudo poderaacute ser sistemati-zada por meio do estabelecimento de Unidades de Paisagem (UPs) que satildeo as unidades de planejamento identificadas atraveacutes de padrotildees de similaridades espaciais e culturais do ambiente

Leitura da paisagem uma abordagem metodoloacutegica

Unidades de PaisagemAs Unidades de Paisagem (UPs) satildeo mosaicos espaciais delimitados

que apresentam caracteriacutesticas semelhantes entre si relativamente homogecirc-neas no seu interior Natildeo satildeo exatamente iguais em toda aacuterea mas apresentam

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um padratildeo especiacutefico que se repete e diferencia a unidade em causa das de-mais unidades (CORREIA DrsquoABREU OLIVEIRA 2001)

Para Silvio Soares Macedo (BRASIL 2006) satildeo quatro os elementos definidores da paisagem suporte fiacutesico estrutura e padratildeo de drenagem cobertura vegetal e mancha urbana Para fins de estudo qualquer grande unidade de paisagem pode ser subdividida em subunidades de modo a permitir um aprofundamento no conhecimento sob uma oacutetica que observa diferentes escalas (Figura 1)

Figura 1 - Unidades de paisagem (UPs)

Fonte Brasil (2006 p 38) Ilustraccedilatildeo de Silvio Soares Macedo

Na Europa as Unidades de Paisagem (UPs) comeccedilaram a ser utili-zadas como peccedilas baacutesicas para a incorporaccedilatildeo da paisagem no planejamento territorial e urbano por meio dos Cataacutelogos da Paisagem (NOGUEacute SALA 2006) As UPs tambeacutem tecircm sido aplicadas para estudos da paisagem que envolvem elementos lineares como as linhas feacuterreas (SILVA MANETTI TAcircNGARI 2013) e as estradas (TEIXEIRA LONGHI 2010 QUEENSLAND

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GOVERNMENT 2004) Silva Manetti e Tacircngari (2013) fundamentam-se em Macedo (BRASIL 2006) identificando compartimentos de paisagem para a escala regional Suas subdivisotildees eles chamaram de unidades de paisagem Teixeira e Longui (2010) adotam unidades visuais e Queensland Government (2004) unidades de caraacuteter homogecircneo ambas associadas ao aspecto visual e com definiccedilotildees que se complementam

Para Teixeira e Longui (2010) a unidade visual eacute definida pela com-binaccedilatildeo dos elementos visuais que satildeo a linha a forma a textura a escala e a cor e a sequecircncia de unidades gera variedade do itineraacuterio A unidade de caraacuteter homogecircneo conteacutem uma configuraccedilatildeo visual e uma variedade de recursos visuais criados pelos elementos naturais e culturais (QUEENSLAND GOVERNMENT 2004)

As unidades de paisagem satildeo utilizadas como meacutetodo de leitura e tambeacutem como unidades de planejamento afinal a partir da compreensatildeo da sua estruturaccedilatildeo organizaccedilatildeo e funcionamento ndash de uma unidade e delas com as demais ndash eacute possiacutevel lanccedilar propostas de desenvolvimento a cada uma e ao conjunto

Os aspectos a serem considerados para a identificaccedilatildeo das UPs po-dem variar dependendo da escala de estudo sendo uns mais preponderantes que outros para as suas delimitaccedilotildees Em uma escala regional os elementos de suporte biofiacutesicos macroconjuntos construiacutedos e grandes infraestruturas como de mobilidade satildeo mais relevantes que a morfologia urbana Quanto maior for a aproximaccedilatildeo na escala mais aspectos seratildeo acrescidos ao estudo sobretudo de processos humanos incluindo os aspectos imateriais

As unidades de paisagem podem ainda ser divididas em subunidades a depender da necessidade de detalhamento para atingir os objetivos ou dos recursos disponiacuteveis para o estudo (MACEDO 1997 CORREIA DacuteABREU OLIVEIRA 2001) Consistem em aacutereas que pertencem agrave coerecircncia interna de uma unidade de paisagem mas que possuem alguma variaacutevel distinta que as difere do seu entorno ou ainda que sejam claramente distintas mas que possuam dimensotildees que natildeo justificam a existecircncia de uma unidade separada (CORREIA DacuteABREU OLIVEIRA 2001)

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Eacute imprescindiacutevel para a definiccedilatildeo de unidades de paisagem a utiliza-ccedilatildeo de imagem de sateacutelite eou levantamento aerofotogrameacutetrico aleacutem dos es-tudos de evoluccedilatildeo e transformaccedilatildeo da paisagem que satildeo de extrema relevacircncia para que se possa compreender como a paisagem eacute no momento presente e que se consiga fazer prospecccedilotildees para o futuro No sentido de planejamento levan-tar tudo o que estaacute projetado e todos os planos para a aacuterea tambeacutem se faz ne-cessaacuterio Sendo assim eacute desejaacutevel que a equipe de trabalho seja multidisciplinar

A definiccedilatildeo de UP inclui (a) trabalho de gabinete contemplando estudo preacutevio documental histoacuterico fotograacutefico e cartograacutefico organizaccedilatildeo do banco de dados (b) seleccedilatildeo das categorias de anaacutelise e sobreposiccedilatildeo delas em cartografias temaacuteticas que geram outros mapas temaacuteticos de siacutentese os quais auxiliaratildeo na identificaccedilatildeo das UPs (Figura 2) (c) identificaccedilatildeo das UPs (d) descriccedilatildeo das UPs

Figura 2 - Esquema de sobreposiccedilatildeo de mapas para identificaccedilatildeo de UPs

Fonte Favaretto (2017 p 167)

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A outra etapa eacute o trabalho de campo por meio do qual eacute feita a ve-rificaccedilatildeo da delimitaccedilatildeo das UPs realizada em gabinete normalmente sendo necessaacuterios ajustes e tambeacutem a coleta de material complementar para a ca-racterizaccedilatildeo Novamente em gabinete satildeo realizados os ajustes e finalizado o inventaacuterio Com isso em matildeos parte-se para as etapas de planejamento utili-zando-se tambeacutem os SIG para as simulaccedilotildees de diferentes alternativas

Como exemplo de aplicaccedilatildeo do meacutetodo destacam-se Favaretto (2012) ndash escala regional Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash abordagem interes-calar e Vieira e Macedo (2013) ndash escala municipal ateacute intraurbana

Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG)Os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) ou Geographical

Information Systems (GIS) satildeo um sistema que se baseia na interaccedilatildeo entre software (programa computacional) hardware (equipamentos) pessoas e informaccedilotildees espaciais as quais ficam armazenadas em um banco de dados Satildeo sistemas interativos baseados em ldquo[] estruturas de programaccedilatildeo que per-mitem a captura o armazenamento e atualizaccedilotildees dos dados sua exibiccedilatildeo e acima de tudo anaacutelises e integraccedilotildees de dados ambientaisrdquo (SILVA 1997 p 8)

Assim as ferramentas das geotecnologias (SIG Geoprocessamento Sensoriamento Remoto etc) satildeo importantes para a gestatildeo do territoacuterio jaacute que permitem gerar organizar e sistematizar informaccedilotildees geograacuteficas sobre a sociedade e o espaccedilo que ela ocupa e produz

Em SIG a realidade ambiental (processos e eventos) de um territoacuterio pode ser sistematizada em planos de informaccedilatildeo e organizada de acordo com as situaccedilotildees no tempo (passado e presente) A partir de sucessivas sistemati-zaccedilotildees dessa realidade ambiental de um territoacuterio eacute possiacutevel compreender os processos de apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio (Figura 3) Assim com as realidades ambientais sobrepostas eacute possiacutevel fazer a interface dos SIG ao Planejamento da Paisagem de maneira que novas informaccedilotildees e simulaccedilotildees no tempo futuro possam ser agregadas ao processo de planejamento do territoacuterio

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Figura 3 - Ambiente como sistema

Fonte Valentini (2020 p 120) baseado em Silva (2001)

Estrutura de dadosUma base de dados em SIG corresponde ao conjunto de ldquoplanos

de informaccedilatildeordquo que compotildeem a representaccedilatildeo de um determinado ambien-te Esses Planos de Informaccedilatildeo satildeo estruturados de forma que possam ser produzidos lidos eou editados em linguagem compatiacutevel com os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas ou Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees (SIG) Essas camadas satildeo organizadas a partir de temas como por exemplo limites territoriais vegetaccedilatildeo hidrografia malha urbana sistema viaacuterio quadras lo-tes entre outros

Os SIG permitem a integraccedilatildeo de diversos tipos de dados de fontes variadas (mapas dados tabulares fotos aeacutereas modelos de elevaccedilatildeo imagens de sateacutelite dados CAD mediccedilotildees lineares etc) em um ambiente integrado de armazenamento gerenciamento anaacutelise e exibiccedilatildeo Muitos desses tipos de dados natildeo satildeo facilmente representados em mapas em papel

A base de dados de um ambiente em SIG pode ser em dois formatos baacutesicos vetorial e raster O formato vetorial eacute conhecido e amplamente utili-

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zado nos sistemas de desenho assistido por computador O formato raster eacute o proacuteprio formato das imagens ndash fotografias e imagens de sateacutelite por exemplo ndash cuja resoluccedilatildeo varia de acordo com a relaccedilatildeo espacial do pixel e sua corres-pondente dimensional real (Figura 4)

Figura 4 - Exemplificaccedilatildeo das estruturas dos dados raster e vetorial em ambiente SIG

Fonte Valentini (2020 p 121)

Mas qual o diferencial de um sistema de desenho assistido por com-putador (CAD) e um SIG Aleacutem da grande capacidade de armazenamento e processamento de informaccedilotildees o diferencial elementar eacute a correlaccedilatildeo que se manifesta na capacidade de atribuir de forma inequiacutevoca uma ou mais infor-maccedilotildees a uma entidade espacial De forma simples pode-se afirmar que haacute uma correlaccedilatildeo direta e inequiacutevoca entre um design (desenho elemento de uma camada formato vetorial) ou uma ceacutelula (pixel de uma imagem formato raster) e uma informaccedilatildeo depositada em um banco de dados alfanumeacuterico A essa entidade ndash desenho informaccedilatildeo e localizaccedilatildeo indissociados ndash daacute-se o nome de feiccedilatildeo

Uma ou mais feiccedilotildees conformam uma camada ou plano de informa-ccedilatildeo As feiccedilotildees compartilham em cada plano de informaccedilatildeo uma estrutura de

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dados organizados em um banco de dados ou tabela de atributos Esse banco de dados estaacute organizado em colunas e linhas A coluna baacutesica eacute o ID (chave inequiacutevoca) as demais colunas poderatildeo ser criadas de acordo com os demais temas de interesse do pesquisador Cada linha da tabela de atributos eacute corre-lacionada a uma feiccedilatildeo Na Figura 5 eacute possiacutevel compreendermos a correlaccedilatildeo entre o design e a informaccedilatildeo correspondente na tabela de atributos a existecircn-cia do design estaacute atrelada agrave linha da tabela de atributos

Figura 5 - Correlaccedilatildeo do design agraves informaccedilotildees da tabela de atributos em ambiente SIG Qgis 218

Fonte Acervo das autoras (2018)

Do ponto de vista operacional outra diferenciaccedilatildeo entre CAD e SIG eacute que o plano de informaccedilatildeo possui uma estrutura que poderaacute ser elabora-da lida ou editada em linguagem compatiacutevel em diversas ferramentas SIG Diferentemente do sistema CAD a feiccedilatildeo natildeo eacute um conteuacutedo interno ao ar-quivo CAD O sistema SIG cria visualiza edita e produz informaccedilatildeo a partir de planos de informaccedilatildeo que ficam ldquoexternosrdquo ao projeto em ambiente SIG Isso permite que esses planos de informaccedilatildeo possam ser utilizados e atuali-

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zados a partir de um servidor comum otimizando e fortalecendo as accedilotildees de levantamento e anaacutelise de dados ambientais ou cadastrais por exemplo Para isso eacute preciso fornecer o ldquocaminhordquo o diretoacuterio onde o plano de informaccedilatildeo estaacute depositado

Um plano de informaccedilatildeo de formato vetorial que conforma um sha-pefile (shp) ESRI eacute formado por arquivos correlacionados em diferentes for-matos ndash correspondentes ao design localizaccedilatildeo banco de dados entre outros Um plano de informaccedilatildeo precisa ser inserido a um projeto em ambiente SIG para ser visualizado configurado ou editado

Do ponto de vista da ecologia das paisagens a Estrutura Morfoloacutegica da paisagem se fundamenta a partir do mosaico antropizado e heterogecircneo de elementos formais e processos que possibilitam a compreensatildeo da estruturaccedilatildeo do territoacuterio identificando matriz corredor mancha (ou fragmento) e borda em contiacutenua transformaccedilatildeo (FORMAN GODRON 1986 FORMAN 1995)

Nessa perspectiva a linguagem SIG se fundamenta nas geometrias ndash ponto linha e poliacutegono ndash correlacionadas aos atributos alfanumeacutericos ine-quiacutevocos pela chave de localizaccedilatildeo O domiacutenio das representaccedilotildees vetoriais nos SIG se fundamenta no ponto Apesar de ser adimensional eacute gerador das demais geometrias pois eacute a base da localizaccedilatildeo O ponto na paisagem estaacute intriacutenseco agrave localizaccedilatildeo agraves unidades e aos eventos mas conforma tambeacutem os noacutes que satildeo interseccedilotildees entre corredores e bordas por exemplo A linha que corresponde agrave estrutura de paisagem do tipo corredor estaacute relacionada ao sentido de acessibilidade de fluxo inferido pela conectividade estabelecendo relaccedilotildees de proximidade e a demarcaccedilatildeo de limites O poliacutegono estaacute relacio-nado agraves estruturas de transiccedilatildeo mais comuns da paisagem mancha (ou frag-mento) e matriz Ele daacute sentido de abrangecircncia espaccedilo-temporal jaacute que tem a melhor capacidade de responder espacialmente (resistir ou agir) agraves forccedilas de transformaccedilatildeo

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MATERIAIS E MEacuteTODOSAs oficinas de SIG Aplicados ao Planejamento da Paisagem satildeo ofereci-

das em ambiente de laboratoacuterio de informaacutetica com softwares Qgis sistemas CAD etc tendo duraccedilatildeo de quatro ou oito horasaula conforme o objetivo e a disponi-bilidade do evento Os relatos das oficinas apresentados neste capiacutetulo se referem agraves oficinas didaacuteticas ocorridas na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus de Erechim nos anos de 2016 2017 e 2018 expostos no XIV Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo das Escolas de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (ENEPEA) realizado em Santa Maria RS em 2018 e no X Seminaacuterio de Pesquisa em Planejamento e Gestatildeo Territorial (SPPGT) realizado na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) em Criciuacutema SC no ano de 2019 (Figura 6)

Figura 6 - Fotos das oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) Santa Maria (RS) e Criciuacutema (SC)

Legenda (I) e (II) Oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) nos anos de 2016 e 2017 (III) Oficina didaacutetica XIV ENEPEA em Santa Maria (RS) no ano de 2018 (IV) Oficina didaacutetica X SPPGTUNESC em Criciuacutema (SC) no ano de 2019Fonte Acervo das autoras (2019)

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Materiais de apoio foram disponibilizados aos participantes ante-riormente agrave execuccedilatildeo da oficina constituindo-se em uma apostila didaacutetica elaborada pelas autoras uma pasta com o aporte teoacuterico composto por trecircs artigos e uma pasta com banco de dados em formato vetorial e raster utiliza-dos na oficina

A apostila didaacutetica apresentou uma discussatildeo acerca do conceito de paisagem e introduziu os meacutetodos de leitura da paisagem noccedilotildees gerais de car-tografia SIG softwares e processos utilizados no desenvolvimento da oficina Por fim disponibilizou links de acesso a repositoacuterios de bancos de dados que seriam explorados pelos alunos durante a oficina e depois dela A leitura preacutevia familiarizou o aluno com o tema e com os processos que seriam desenvolvidos na parte praacutetica da oficina A leitura dos trecircs artigos indicados ndash Nogueacute e Sala (2006) Steinitz (2002) e Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash ampliou o repertoacuterio e aprofundou outras metodologias de anaacutelise e leitura da paisagem que tam-beacutem se beneficiam da utilizaccedilatildeo de ferramentas de geoprocessamento

Reconhecendo a importacircncia de o usuaacuterio conhecer previamente a paisagem de estudo as oficinas de curta duraccedilatildeo satildeo realizadas a partir de um banco de dados baacutesico do municiacutepio onde acontecem devendo ser comple-mentadas durante o desenvolvimento das atividades

O conteuacutedo da oficina foi organizado em estrutura e simbologia das camadas na aacuterea de controle importaccedilatildeo criaccedilatildeo e ediccedilatildeo de camadas corre-laccedilatildeo dos dados espaciais e alfanumeacutericos planejamento e montagem de ban-co de dados elaboraccedilatildeo cartograacutefica com vistas aos estudos de leitura anaacutelise e planejamento da paisagem Interfaces SIG CAD sistemas web Montagem de layout e apresentaccedilatildeo cartograacutefica

A plataforma utilizada para o desenvolvimento das atividades das oficinas foi QGIS (Quantum GIS) que eacute um software livre de coacutedigo-fonte aberto multiplataforma de SIG a qual permite a visualizaccedilatildeo a ediccedilatildeo e a anaacute-lise de dados e informaccedilotildees georreferenciados O programa bastante utilizado por estudantes pode funcionar com diversos plugins para expandir seu uso original de modo imediato e gratuito Por ser de faacutecil acesso e livre permite

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que o usuaacuterio continue utilizando o software e desenvolvendo suas habilidades no sistema apoacutes a oficina constituindo uma importante alternativa agravequelas que geralmente podem ser utilizadas a partir de laboratoacuterios nas universida-des instituiccedilotildees ou grande empresas

Para iniacutecio das atividades da oficina eacute disponibilizado um banco de dados base tomado como ponto de partida e a partir da interaccedilatildeo com outras plataformas como o Google Earth e pesquisa de dados satildeo feitas complemen-taccedilotildees no banco de dados o qual eacute compartilhado e de acesso a todos os parti-cipantes A estruturaccedilatildeo das oficinas pode ser acompanhada na Figura 7

Figura 7 - Etapas do desenvolvimento das oficinas

Fonte Elaboraccedilatildeo das autoras (2020)

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A primeira etapa da oficina apresenta os principais conceitos e meacute-todos de leitura da paisagem bem como a estruturaccedilatildeo dos SIG relacionando as linguagens em comum

Na etapa 2 os participantes tecircm uma primeira aproximaccedilatildeo com o software por meio do qual realizam atividades de elaboraccedilatildeo de mapas com as informaccedilotildees disponibilizadas no banco de dados As atividades se concentram em configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho e na elaboraccedilatildeo de layouts Em seguida os usuaacuterios satildeo organi-zados em equipes de trecircs a quatro integrantes fazem a pesquisa e acessam dados geoespaciais on-line atraveacutes de pesquisa em sites eou criam planos de informaccedilatildeo Editam banco de dados elaborando mapas com classificaccedilatildeo de dados por simbologias siacutembolo uacutenico categorizado ou graduado para dados geoespaciais nas geometrias de ponto linha e poliacutegono

Nessa etapa satildeo desenvolvidas atividades guiadas explorando as interfaces SIG e CAD e os sistemas web como o Google Earth No ambiente SIG eacute encaminhada uma sobreposiccedilatildeo de mapas de maneira que cada equipe possa produzir um mapa de siacutentese dos aspectos ecoloacutegicos e um dos aspectos culturais ou antroacutepicos da aacuterea estudada

Na etapa 3 os usuaacuterios devem aplicar as metodologias de identifica-ccedilatildeo das UPs Cada equipe elenca os criteacuterios estabelecidos para a identificaccedilatildeo das UPs Posteriormente a sobreposiccedilatildeo dos mapas de siacutentese gera a identifi-caccedilatildeo das Unidades de Paisagem

Na etapa 4 eacute realizado um seminaacuterio onde cada equipe apresenta suas unidades de paisagem e caracteriza brevemente cada uma delas Por meio de atividade guiada todas as equipes dialogam a respeito dos criteacuterios e dos resultados encontrados No final do seminaacuterio a turma obteacutem um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem que a partir de estudos especiacuteficos seraacute caracterizado

Na etapa 5 satildeo apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em

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diferentes escalas Por fim eacute encaminhada uma avaliaccedilatildeo das atividades de-senvolvidas na oficina

RESULTADOSAs atividades de elaboraccedilatildeo de mapas em ambientes SIG se mos-

traram fundamentais para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo proposto Nessa etapa os usuaacuterios aprenderam a inserir e a configurar dados geoespaciais da aacuterea de estudo configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho Por meio de exerciacutecios guiados (exerciacutecios 1 a 5) o usuaacuterio foi capaz de compreender a estrutura e a correlaccedilatildeo dos dados e a elaborar mapas base para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo

No exerciacutecio 1 foi realizada a configuraccedilatildeo da aacuterea de trabalho a inserccedilatildeo das camadas do banco de dados preacutevio a sobreposiccedilatildeo e a configura-ccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das camadas por meio da alteraccedilatildeo das propriedades de preenchimento borda transparecircncia roacutetulos etc

O banco de dados disponibilizado possuiacutea arquivos raster e vetoriais no formato shapefile (shp) para as geometrias ponto a linha e o poliacutegono As atividades se concentraram nos dados vetoriais pelo manuseio dos planos de informaccedilatildeo (camadas) As seleccedilotildees na aacuterea de trabalho e da tabela de atribu-tos permitiu aos usuaacuterios a compreensatildeo da correlaccedilatildeo espacial Ao final do exerciacutecio 1 o usuaacuterio foi capaz de manusear e configurar o projeto e a visuali-zaccedilatildeo das simbologias dos planos de informaccedilatildeo aplicar filtros de informaccedilatildeo espacial bem como estabelecer os princiacutepios de correlaccedilatildeo entre a feiccedilatildeo e seu respectivo atributo em uma tabela de atributos

O foco do exerciacutecio 2 foi a elaboraccedilatildeo de anaacutelises espaciais a partir de poliacutegonos utilizando-se as propriedades de siacutembolo uacutenico categorizado e graduado (Figura 8) Para esse exerciacutecio foram utilizadas malhas digitais correspondentes aos bairros ou municiacutepios da regiatildeo de estudo Cada feiccedilatildeo da camada deveria conter ao menos uma informaccedilatildeo da tabela de atributos preenchida do tipo texto

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Para a visualizaccedilatildeo dos planos de informaccedilatildeo na simbologia de siacutem-bolo uacutenico o usuaacuterio relacionou a visualizaccedilatildeo dos dados a uma informaccedilatildeo da tabela de atributos Para essa atividade foram selecionados como atributo a ser classificado o nome dos bairros ou municiacutepios gerando mapa no qual cada poliacutegono foi representado com uma simbologia proacutepria Nessa atividade o usuaacuterio tambeacutem inseriu roacutetulos e configurou a sua apresentaccedilatildeo de layout

Para a visualizaccedilatildeo do plano de informaccedilatildeo na simbologia catego-rizado os usuaacuterios iniciaram o processo de ediccedilatildeo do banco de dados que consistiu no preenchimento ou na alteraccedilatildeo de informaccedilotildees na tabela de atri-butos de uma camada Para isso precisaram identificar temas em comum aos poliacutegonos Ao abrir a ediccedilatildeo preencheram a coluna do banco de dados com a informaccedilatildeo correspondente a cada poliacutegono Na visualizaccedilatildeo dos dados a simbologia foi alterada de siacutembolo uacutenico para categorizado escolhendo a infor-maccedilatildeo a ser analisada correspondente agrave coluna editada anteriormente

Para a simbologia graduada o usuaacuterio deveria editar o banco de dados com a populaccedilatildeo (dado numeacuterico real) de cada municiacutepio ou bairro Assim poderia elaborar um mapa com os intervalos das faixas populacionais correspondentes aos grupos de municiacutepios ou bairros para identificar quais satildeo os mais populosos por exemplo

Por meio dessas atividades foram desenvolvidas outras habilidades de manuseio do banco de dados como o caacutelculo automaacutetico da aacuterea dos po-liacutegonos (dado numeacuterico decimal) e o caacutelculo automaacutetico da densidade po-pulacional por exemplo por meio das operaccedilotildees simples de divisatildeo entre os valores que preenchem as colunas do banco de dados (densidade populacional = populaccedilatildeoaacuterea por exemplo)

O exerciacutecio 3 focou-se na montagem de layout configuraccedilatildeo de es-cala legendas e grades de coordenadas principalmente

A Figura 8 mostra alguns resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3

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Figura 8 - Resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3 elaboraccedilatildeo de mapas siacutembolo uacutenico categorizado e de intervalos e montagem de layout

Legenda (I) Mapa siacutembolo uacutenico (II) Mapa de pontos categorizados (III) Mapa de siacutembolo graduado Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

O exerciacutecio 4 foi aplicado conforme o andamento dos exerciacutecios anteriores e principalmente nas oficinas de duraccedilatildeo de 8haula Por meio dele foi trabalhada a operaccedilatildeo das Interfaces SIG CAD sistemas web que consistiu na importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de arquivos para formatos CAD (dxf) e Google Earth (kml) Para isso foram manuseados os planos de informaccedilatildeo dos exerciacutecios 1 a 3 de maneira que pudessem ser visualizados em diversos aplicativos SIG CAD ou web Foram utilizados plugins web diretamente na aacuterea de trabalho Qgis conforme o interesse do usuaacuterio

Para a finalizaccedilatildeo do exerciacutecio o usuaacuterio deveria marcar pontos correspondentes aos equipamentos puacuteblicos de um bairro da aacuterea de estudo no Google Earth importar esse plano de informaccedilatildeo no QGis e a partir dele criar uma camada shapefile criar campos na tabela de atributos preenchecirc-los com as informaccedilotildees a respeito da tipologia (escola unidade de sauacutede etc) e do nome do equipamento O usuaacuterio aplicaria a simbologia categorizada para a tipologia do equipamento evidenciando uma figura siacutembolo para cada ca-tegoria Ao final deveria ser elaborado layout com ao menos dois planos de informaccedilatildeo ativos e legenda categorizada

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Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

REFEREcircNCIAS BERQUE A Paisagem-marca paisagem-matriz elementos da problemaacutetica para uma geografia cultural In CORREcircA R L ROSENDAHL Z (orgs) Paisagem tempo e cultura Rio de Janeiro Editora da UERJ 1998 p 84-91

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Page 4: INOVAÇÃO TECNOLOGIA E SUSTENTAILIDADE CAPÍTULO 1repositorio.unesc.net/bitstream/1/7760/1/Sistemas de...dades de ensino e pesquisa na área do Planejamento Urbano e Regional, es-senciais

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cala do observador preponderantemente pela visatildeo relacionada ao seu campo visual e por consequecircncia agrave bacia visual e pela experimentaccedilatildeo Ao tratar da paisagem adotamos tambeacutem uma abordagem interescalar uma vez que as paisagens se conectam por uma rede de dependecircncia uma sempre sucedendo a outra

Do ponto de vista da paisagem enquanto espacialidade o domiacutenio de seu estudo sob a vista das dinacircmicas ecoloacutegicas tem raiz saxocircnica e debru-ccedila-se sobre as transformaccedilotildees dos ecossistemas em interaccedilatildeo com a ocupaccedilatildeo humana Para o campo da Arquitetura e Urbanismo encontra-se em Olmsted (SPIRN 1998) no final do seacuteculo XIX nos Estados Unidos uma importante acircncora para o contexto das ocupaccedilotildees humanas das urbanizaccedilotildees e dos espa-ccedilos livres estruturantes das paisagens naturais e culturais

Inicialmente a paisagem eacute estudada por via de uma abordagem ecoloacutegica e posteriormente sob uma abordagem dos ecossistemas urbanos Forman e Godron (1986 p 11) Forman (1995 p 39) e Forman (2008) tomam a paisagem ldquo[] como uma aacuterea de terra heterogecircnea composta de um cluster interativo de ecossistemas que se repete de forma semelhante []rdquo e que possui como estrutura elementos da paisagem que podem ser abstraiacutedos como ma-triz mancha ou fragmento e corredor (FORMAN 1995)

Assim a paisagem enquanto objeto de estudo poderaacute ser sistemati-zada por meio do estabelecimento de Unidades de Paisagem (UPs) que satildeo as unidades de planejamento identificadas atraveacutes de padrotildees de similaridades espaciais e culturais do ambiente

Leitura da paisagem uma abordagem metodoloacutegica

Unidades de PaisagemAs Unidades de Paisagem (UPs) satildeo mosaicos espaciais delimitados

que apresentam caracteriacutesticas semelhantes entre si relativamente homogecirc-neas no seu interior Natildeo satildeo exatamente iguais em toda aacuterea mas apresentam

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um padratildeo especiacutefico que se repete e diferencia a unidade em causa das de-mais unidades (CORREIA DrsquoABREU OLIVEIRA 2001)

Para Silvio Soares Macedo (BRASIL 2006) satildeo quatro os elementos definidores da paisagem suporte fiacutesico estrutura e padratildeo de drenagem cobertura vegetal e mancha urbana Para fins de estudo qualquer grande unidade de paisagem pode ser subdividida em subunidades de modo a permitir um aprofundamento no conhecimento sob uma oacutetica que observa diferentes escalas (Figura 1)

Figura 1 - Unidades de paisagem (UPs)

Fonte Brasil (2006 p 38) Ilustraccedilatildeo de Silvio Soares Macedo

Na Europa as Unidades de Paisagem (UPs) comeccedilaram a ser utili-zadas como peccedilas baacutesicas para a incorporaccedilatildeo da paisagem no planejamento territorial e urbano por meio dos Cataacutelogos da Paisagem (NOGUEacute SALA 2006) As UPs tambeacutem tecircm sido aplicadas para estudos da paisagem que envolvem elementos lineares como as linhas feacuterreas (SILVA MANETTI TAcircNGARI 2013) e as estradas (TEIXEIRA LONGHI 2010 QUEENSLAND

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GOVERNMENT 2004) Silva Manetti e Tacircngari (2013) fundamentam-se em Macedo (BRASIL 2006) identificando compartimentos de paisagem para a escala regional Suas subdivisotildees eles chamaram de unidades de paisagem Teixeira e Longui (2010) adotam unidades visuais e Queensland Government (2004) unidades de caraacuteter homogecircneo ambas associadas ao aspecto visual e com definiccedilotildees que se complementam

Para Teixeira e Longui (2010) a unidade visual eacute definida pela com-binaccedilatildeo dos elementos visuais que satildeo a linha a forma a textura a escala e a cor e a sequecircncia de unidades gera variedade do itineraacuterio A unidade de caraacuteter homogecircneo conteacutem uma configuraccedilatildeo visual e uma variedade de recursos visuais criados pelos elementos naturais e culturais (QUEENSLAND GOVERNMENT 2004)

As unidades de paisagem satildeo utilizadas como meacutetodo de leitura e tambeacutem como unidades de planejamento afinal a partir da compreensatildeo da sua estruturaccedilatildeo organizaccedilatildeo e funcionamento ndash de uma unidade e delas com as demais ndash eacute possiacutevel lanccedilar propostas de desenvolvimento a cada uma e ao conjunto

Os aspectos a serem considerados para a identificaccedilatildeo das UPs po-dem variar dependendo da escala de estudo sendo uns mais preponderantes que outros para as suas delimitaccedilotildees Em uma escala regional os elementos de suporte biofiacutesicos macroconjuntos construiacutedos e grandes infraestruturas como de mobilidade satildeo mais relevantes que a morfologia urbana Quanto maior for a aproximaccedilatildeo na escala mais aspectos seratildeo acrescidos ao estudo sobretudo de processos humanos incluindo os aspectos imateriais

As unidades de paisagem podem ainda ser divididas em subunidades a depender da necessidade de detalhamento para atingir os objetivos ou dos recursos disponiacuteveis para o estudo (MACEDO 1997 CORREIA DacuteABREU OLIVEIRA 2001) Consistem em aacutereas que pertencem agrave coerecircncia interna de uma unidade de paisagem mas que possuem alguma variaacutevel distinta que as difere do seu entorno ou ainda que sejam claramente distintas mas que possuam dimensotildees que natildeo justificam a existecircncia de uma unidade separada (CORREIA DacuteABREU OLIVEIRA 2001)

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Eacute imprescindiacutevel para a definiccedilatildeo de unidades de paisagem a utiliza-ccedilatildeo de imagem de sateacutelite eou levantamento aerofotogrameacutetrico aleacutem dos es-tudos de evoluccedilatildeo e transformaccedilatildeo da paisagem que satildeo de extrema relevacircncia para que se possa compreender como a paisagem eacute no momento presente e que se consiga fazer prospecccedilotildees para o futuro No sentido de planejamento levan-tar tudo o que estaacute projetado e todos os planos para a aacuterea tambeacutem se faz ne-cessaacuterio Sendo assim eacute desejaacutevel que a equipe de trabalho seja multidisciplinar

A definiccedilatildeo de UP inclui (a) trabalho de gabinete contemplando estudo preacutevio documental histoacuterico fotograacutefico e cartograacutefico organizaccedilatildeo do banco de dados (b) seleccedilatildeo das categorias de anaacutelise e sobreposiccedilatildeo delas em cartografias temaacuteticas que geram outros mapas temaacuteticos de siacutentese os quais auxiliaratildeo na identificaccedilatildeo das UPs (Figura 2) (c) identificaccedilatildeo das UPs (d) descriccedilatildeo das UPs

Figura 2 - Esquema de sobreposiccedilatildeo de mapas para identificaccedilatildeo de UPs

Fonte Favaretto (2017 p 167)

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A outra etapa eacute o trabalho de campo por meio do qual eacute feita a ve-rificaccedilatildeo da delimitaccedilatildeo das UPs realizada em gabinete normalmente sendo necessaacuterios ajustes e tambeacutem a coleta de material complementar para a ca-racterizaccedilatildeo Novamente em gabinete satildeo realizados os ajustes e finalizado o inventaacuterio Com isso em matildeos parte-se para as etapas de planejamento utili-zando-se tambeacutem os SIG para as simulaccedilotildees de diferentes alternativas

Como exemplo de aplicaccedilatildeo do meacutetodo destacam-se Favaretto (2012) ndash escala regional Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash abordagem interes-calar e Vieira e Macedo (2013) ndash escala municipal ateacute intraurbana

Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG)Os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) ou Geographical

Information Systems (GIS) satildeo um sistema que se baseia na interaccedilatildeo entre software (programa computacional) hardware (equipamentos) pessoas e informaccedilotildees espaciais as quais ficam armazenadas em um banco de dados Satildeo sistemas interativos baseados em ldquo[] estruturas de programaccedilatildeo que per-mitem a captura o armazenamento e atualizaccedilotildees dos dados sua exibiccedilatildeo e acima de tudo anaacutelises e integraccedilotildees de dados ambientaisrdquo (SILVA 1997 p 8)

Assim as ferramentas das geotecnologias (SIG Geoprocessamento Sensoriamento Remoto etc) satildeo importantes para a gestatildeo do territoacuterio jaacute que permitem gerar organizar e sistematizar informaccedilotildees geograacuteficas sobre a sociedade e o espaccedilo que ela ocupa e produz

Em SIG a realidade ambiental (processos e eventos) de um territoacuterio pode ser sistematizada em planos de informaccedilatildeo e organizada de acordo com as situaccedilotildees no tempo (passado e presente) A partir de sucessivas sistemati-zaccedilotildees dessa realidade ambiental de um territoacuterio eacute possiacutevel compreender os processos de apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio (Figura 3) Assim com as realidades ambientais sobrepostas eacute possiacutevel fazer a interface dos SIG ao Planejamento da Paisagem de maneira que novas informaccedilotildees e simulaccedilotildees no tempo futuro possam ser agregadas ao processo de planejamento do territoacuterio

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Figura 3 - Ambiente como sistema

Fonte Valentini (2020 p 120) baseado em Silva (2001)

Estrutura de dadosUma base de dados em SIG corresponde ao conjunto de ldquoplanos

de informaccedilatildeordquo que compotildeem a representaccedilatildeo de um determinado ambien-te Esses Planos de Informaccedilatildeo satildeo estruturados de forma que possam ser produzidos lidos eou editados em linguagem compatiacutevel com os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas ou Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees (SIG) Essas camadas satildeo organizadas a partir de temas como por exemplo limites territoriais vegetaccedilatildeo hidrografia malha urbana sistema viaacuterio quadras lo-tes entre outros

Os SIG permitem a integraccedilatildeo de diversos tipos de dados de fontes variadas (mapas dados tabulares fotos aeacutereas modelos de elevaccedilatildeo imagens de sateacutelite dados CAD mediccedilotildees lineares etc) em um ambiente integrado de armazenamento gerenciamento anaacutelise e exibiccedilatildeo Muitos desses tipos de dados natildeo satildeo facilmente representados em mapas em papel

A base de dados de um ambiente em SIG pode ser em dois formatos baacutesicos vetorial e raster O formato vetorial eacute conhecido e amplamente utili-

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zado nos sistemas de desenho assistido por computador O formato raster eacute o proacuteprio formato das imagens ndash fotografias e imagens de sateacutelite por exemplo ndash cuja resoluccedilatildeo varia de acordo com a relaccedilatildeo espacial do pixel e sua corres-pondente dimensional real (Figura 4)

Figura 4 - Exemplificaccedilatildeo das estruturas dos dados raster e vetorial em ambiente SIG

Fonte Valentini (2020 p 121)

Mas qual o diferencial de um sistema de desenho assistido por com-putador (CAD) e um SIG Aleacutem da grande capacidade de armazenamento e processamento de informaccedilotildees o diferencial elementar eacute a correlaccedilatildeo que se manifesta na capacidade de atribuir de forma inequiacutevoca uma ou mais infor-maccedilotildees a uma entidade espacial De forma simples pode-se afirmar que haacute uma correlaccedilatildeo direta e inequiacutevoca entre um design (desenho elemento de uma camada formato vetorial) ou uma ceacutelula (pixel de uma imagem formato raster) e uma informaccedilatildeo depositada em um banco de dados alfanumeacuterico A essa entidade ndash desenho informaccedilatildeo e localizaccedilatildeo indissociados ndash daacute-se o nome de feiccedilatildeo

Uma ou mais feiccedilotildees conformam uma camada ou plano de informa-ccedilatildeo As feiccedilotildees compartilham em cada plano de informaccedilatildeo uma estrutura de

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dados organizados em um banco de dados ou tabela de atributos Esse banco de dados estaacute organizado em colunas e linhas A coluna baacutesica eacute o ID (chave inequiacutevoca) as demais colunas poderatildeo ser criadas de acordo com os demais temas de interesse do pesquisador Cada linha da tabela de atributos eacute corre-lacionada a uma feiccedilatildeo Na Figura 5 eacute possiacutevel compreendermos a correlaccedilatildeo entre o design e a informaccedilatildeo correspondente na tabela de atributos a existecircn-cia do design estaacute atrelada agrave linha da tabela de atributos

Figura 5 - Correlaccedilatildeo do design agraves informaccedilotildees da tabela de atributos em ambiente SIG Qgis 218

Fonte Acervo das autoras (2018)

Do ponto de vista operacional outra diferenciaccedilatildeo entre CAD e SIG eacute que o plano de informaccedilatildeo possui uma estrutura que poderaacute ser elabora-da lida ou editada em linguagem compatiacutevel em diversas ferramentas SIG Diferentemente do sistema CAD a feiccedilatildeo natildeo eacute um conteuacutedo interno ao ar-quivo CAD O sistema SIG cria visualiza edita e produz informaccedilatildeo a partir de planos de informaccedilatildeo que ficam ldquoexternosrdquo ao projeto em ambiente SIG Isso permite que esses planos de informaccedilatildeo possam ser utilizados e atuali-

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zados a partir de um servidor comum otimizando e fortalecendo as accedilotildees de levantamento e anaacutelise de dados ambientais ou cadastrais por exemplo Para isso eacute preciso fornecer o ldquocaminhordquo o diretoacuterio onde o plano de informaccedilatildeo estaacute depositado

Um plano de informaccedilatildeo de formato vetorial que conforma um sha-pefile (shp) ESRI eacute formado por arquivos correlacionados em diferentes for-matos ndash correspondentes ao design localizaccedilatildeo banco de dados entre outros Um plano de informaccedilatildeo precisa ser inserido a um projeto em ambiente SIG para ser visualizado configurado ou editado

Do ponto de vista da ecologia das paisagens a Estrutura Morfoloacutegica da paisagem se fundamenta a partir do mosaico antropizado e heterogecircneo de elementos formais e processos que possibilitam a compreensatildeo da estruturaccedilatildeo do territoacuterio identificando matriz corredor mancha (ou fragmento) e borda em contiacutenua transformaccedilatildeo (FORMAN GODRON 1986 FORMAN 1995)

Nessa perspectiva a linguagem SIG se fundamenta nas geometrias ndash ponto linha e poliacutegono ndash correlacionadas aos atributos alfanumeacutericos ine-quiacutevocos pela chave de localizaccedilatildeo O domiacutenio das representaccedilotildees vetoriais nos SIG se fundamenta no ponto Apesar de ser adimensional eacute gerador das demais geometrias pois eacute a base da localizaccedilatildeo O ponto na paisagem estaacute intriacutenseco agrave localizaccedilatildeo agraves unidades e aos eventos mas conforma tambeacutem os noacutes que satildeo interseccedilotildees entre corredores e bordas por exemplo A linha que corresponde agrave estrutura de paisagem do tipo corredor estaacute relacionada ao sentido de acessibilidade de fluxo inferido pela conectividade estabelecendo relaccedilotildees de proximidade e a demarcaccedilatildeo de limites O poliacutegono estaacute relacio-nado agraves estruturas de transiccedilatildeo mais comuns da paisagem mancha (ou frag-mento) e matriz Ele daacute sentido de abrangecircncia espaccedilo-temporal jaacute que tem a melhor capacidade de responder espacialmente (resistir ou agir) agraves forccedilas de transformaccedilatildeo

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MATERIAIS E MEacuteTODOSAs oficinas de SIG Aplicados ao Planejamento da Paisagem satildeo ofereci-

das em ambiente de laboratoacuterio de informaacutetica com softwares Qgis sistemas CAD etc tendo duraccedilatildeo de quatro ou oito horasaula conforme o objetivo e a disponi-bilidade do evento Os relatos das oficinas apresentados neste capiacutetulo se referem agraves oficinas didaacuteticas ocorridas na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus de Erechim nos anos de 2016 2017 e 2018 expostos no XIV Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo das Escolas de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (ENEPEA) realizado em Santa Maria RS em 2018 e no X Seminaacuterio de Pesquisa em Planejamento e Gestatildeo Territorial (SPPGT) realizado na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) em Criciuacutema SC no ano de 2019 (Figura 6)

Figura 6 - Fotos das oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) Santa Maria (RS) e Criciuacutema (SC)

Legenda (I) e (II) Oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) nos anos de 2016 e 2017 (III) Oficina didaacutetica XIV ENEPEA em Santa Maria (RS) no ano de 2018 (IV) Oficina didaacutetica X SPPGTUNESC em Criciuacutema (SC) no ano de 2019Fonte Acervo das autoras (2019)

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Materiais de apoio foram disponibilizados aos participantes ante-riormente agrave execuccedilatildeo da oficina constituindo-se em uma apostila didaacutetica elaborada pelas autoras uma pasta com o aporte teoacuterico composto por trecircs artigos e uma pasta com banco de dados em formato vetorial e raster utiliza-dos na oficina

A apostila didaacutetica apresentou uma discussatildeo acerca do conceito de paisagem e introduziu os meacutetodos de leitura da paisagem noccedilotildees gerais de car-tografia SIG softwares e processos utilizados no desenvolvimento da oficina Por fim disponibilizou links de acesso a repositoacuterios de bancos de dados que seriam explorados pelos alunos durante a oficina e depois dela A leitura preacutevia familiarizou o aluno com o tema e com os processos que seriam desenvolvidos na parte praacutetica da oficina A leitura dos trecircs artigos indicados ndash Nogueacute e Sala (2006) Steinitz (2002) e Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash ampliou o repertoacuterio e aprofundou outras metodologias de anaacutelise e leitura da paisagem que tam-beacutem se beneficiam da utilizaccedilatildeo de ferramentas de geoprocessamento

Reconhecendo a importacircncia de o usuaacuterio conhecer previamente a paisagem de estudo as oficinas de curta duraccedilatildeo satildeo realizadas a partir de um banco de dados baacutesico do municiacutepio onde acontecem devendo ser comple-mentadas durante o desenvolvimento das atividades

O conteuacutedo da oficina foi organizado em estrutura e simbologia das camadas na aacuterea de controle importaccedilatildeo criaccedilatildeo e ediccedilatildeo de camadas corre-laccedilatildeo dos dados espaciais e alfanumeacutericos planejamento e montagem de ban-co de dados elaboraccedilatildeo cartograacutefica com vistas aos estudos de leitura anaacutelise e planejamento da paisagem Interfaces SIG CAD sistemas web Montagem de layout e apresentaccedilatildeo cartograacutefica

A plataforma utilizada para o desenvolvimento das atividades das oficinas foi QGIS (Quantum GIS) que eacute um software livre de coacutedigo-fonte aberto multiplataforma de SIG a qual permite a visualizaccedilatildeo a ediccedilatildeo e a anaacute-lise de dados e informaccedilotildees georreferenciados O programa bastante utilizado por estudantes pode funcionar com diversos plugins para expandir seu uso original de modo imediato e gratuito Por ser de faacutecil acesso e livre permite

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que o usuaacuterio continue utilizando o software e desenvolvendo suas habilidades no sistema apoacutes a oficina constituindo uma importante alternativa agravequelas que geralmente podem ser utilizadas a partir de laboratoacuterios nas universida-des instituiccedilotildees ou grande empresas

Para iniacutecio das atividades da oficina eacute disponibilizado um banco de dados base tomado como ponto de partida e a partir da interaccedilatildeo com outras plataformas como o Google Earth e pesquisa de dados satildeo feitas complemen-taccedilotildees no banco de dados o qual eacute compartilhado e de acesso a todos os parti-cipantes A estruturaccedilatildeo das oficinas pode ser acompanhada na Figura 7

Figura 7 - Etapas do desenvolvimento das oficinas

Fonte Elaboraccedilatildeo das autoras (2020)

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A primeira etapa da oficina apresenta os principais conceitos e meacute-todos de leitura da paisagem bem como a estruturaccedilatildeo dos SIG relacionando as linguagens em comum

Na etapa 2 os participantes tecircm uma primeira aproximaccedilatildeo com o software por meio do qual realizam atividades de elaboraccedilatildeo de mapas com as informaccedilotildees disponibilizadas no banco de dados As atividades se concentram em configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho e na elaboraccedilatildeo de layouts Em seguida os usuaacuterios satildeo organi-zados em equipes de trecircs a quatro integrantes fazem a pesquisa e acessam dados geoespaciais on-line atraveacutes de pesquisa em sites eou criam planos de informaccedilatildeo Editam banco de dados elaborando mapas com classificaccedilatildeo de dados por simbologias siacutembolo uacutenico categorizado ou graduado para dados geoespaciais nas geometrias de ponto linha e poliacutegono

Nessa etapa satildeo desenvolvidas atividades guiadas explorando as interfaces SIG e CAD e os sistemas web como o Google Earth No ambiente SIG eacute encaminhada uma sobreposiccedilatildeo de mapas de maneira que cada equipe possa produzir um mapa de siacutentese dos aspectos ecoloacutegicos e um dos aspectos culturais ou antroacutepicos da aacuterea estudada

Na etapa 3 os usuaacuterios devem aplicar as metodologias de identifica-ccedilatildeo das UPs Cada equipe elenca os criteacuterios estabelecidos para a identificaccedilatildeo das UPs Posteriormente a sobreposiccedilatildeo dos mapas de siacutentese gera a identifi-caccedilatildeo das Unidades de Paisagem

Na etapa 4 eacute realizado um seminaacuterio onde cada equipe apresenta suas unidades de paisagem e caracteriza brevemente cada uma delas Por meio de atividade guiada todas as equipes dialogam a respeito dos criteacuterios e dos resultados encontrados No final do seminaacuterio a turma obteacutem um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem que a partir de estudos especiacuteficos seraacute caracterizado

Na etapa 5 satildeo apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em

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diferentes escalas Por fim eacute encaminhada uma avaliaccedilatildeo das atividades de-senvolvidas na oficina

RESULTADOSAs atividades de elaboraccedilatildeo de mapas em ambientes SIG se mos-

traram fundamentais para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo proposto Nessa etapa os usuaacuterios aprenderam a inserir e a configurar dados geoespaciais da aacuterea de estudo configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho Por meio de exerciacutecios guiados (exerciacutecios 1 a 5) o usuaacuterio foi capaz de compreender a estrutura e a correlaccedilatildeo dos dados e a elaborar mapas base para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo

No exerciacutecio 1 foi realizada a configuraccedilatildeo da aacuterea de trabalho a inserccedilatildeo das camadas do banco de dados preacutevio a sobreposiccedilatildeo e a configura-ccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das camadas por meio da alteraccedilatildeo das propriedades de preenchimento borda transparecircncia roacutetulos etc

O banco de dados disponibilizado possuiacutea arquivos raster e vetoriais no formato shapefile (shp) para as geometrias ponto a linha e o poliacutegono As atividades se concentraram nos dados vetoriais pelo manuseio dos planos de informaccedilatildeo (camadas) As seleccedilotildees na aacuterea de trabalho e da tabela de atribu-tos permitiu aos usuaacuterios a compreensatildeo da correlaccedilatildeo espacial Ao final do exerciacutecio 1 o usuaacuterio foi capaz de manusear e configurar o projeto e a visuali-zaccedilatildeo das simbologias dos planos de informaccedilatildeo aplicar filtros de informaccedilatildeo espacial bem como estabelecer os princiacutepios de correlaccedilatildeo entre a feiccedilatildeo e seu respectivo atributo em uma tabela de atributos

O foco do exerciacutecio 2 foi a elaboraccedilatildeo de anaacutelises espaciais a partir de poliacutegonos utilizando-se as propriedades de siacutembolo uacutenico categorizado e graduado (Figura 8) Para esse exerciacutecio foram utilizadas malhas digitais correspondentes aos bairros ou municiacutepios da regiatildeo de estudo Cada feiccedilatildeo da camada deveria conter ao menos uma informaccedilatildeo da tabela de atributos preenchida do tipo texto

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Para a visualizaccedilatildeo dos planos de informaccedilatildeo na simbologia de siacutem-bolo uacutenico o usuaacuterio relacionou a visualizaccedilatildeo dos dados a uma informaccedilatildeo da tabela de atributos Para essa atividade foram selecionados como atributo a ser classificado o nome dos bairros ou municiacutepios gerando mapa no qual cada poliacutegono foi representado com uma simbologia proacutepria Nessa atividade o usuaacuterio tambeacutem inseriu roacutetulos e configurou a sua apresentaccedilatildeo de layout

Para a visualizaccedilatildeo do plano de informaccedilatildeo na simbologia catego-rizado os usuaacuterios iniciaram o processo de ediccedilatildeo do banco de dados que consistiu no preenchimento ou na alteraccedilatildeo de informaccedilotildees na tabela de atri-butos de uma camada Para isso precisaram identificar temas em comum aos poliacutegonos Ao abrir a ediccedilatildeo preencheram a coluna do banco de dados com a informaccedilatildeo correspondente a cada poliacutegono Na visualizaccedilatildeo dos dados a simbologia foi alterada de siacutembolo uacutenico para categorizado escolhendo a infor-maccedilatildeo a ser analisada correspondente agrave coluna editada anteriormente

Para a simbologia graduada o usuaacuterio deveria editar o banco de dados com a populaccedilatildeo (dado numeacuterico real) de cada municiacutepio ou bairro Assim poderia elaborar um mapa com os intervalos das faixas populacionais correspondentes aos grupos de municiacutepios ou bairros para identificar quais satildeo os mais populosos por exemplo

Por meio dessas atividades foram desenvolvidas outras habilidades de manuseio do banco de dados como o caacutelculo automaacutetico da aacuterea dos po-liacutegonos (dado numeacuterico decimal) e o caacutelculo automaacutetico da densidade po-pulacional por exemplo por meio das operaccedilotildees simples de divisatildeo entre os valores que preenchem as colunas do banco de dados (densidade populacional = populaccedilatildeoaacuterea por exemplo)

O exerciacutecio 3 focou-se na montagem de layout configuraccedilatildeo de es-cala legendas e grades de coordenadas principalmente

A Figura 8 mostra alguns resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3

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Figura 8 - Resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3 elaboraccedilatildeo de mapas siacutembolo uacutenico categorizado e de intervalos e montagem de layout

Legenda (I) Mapa siacutembolo uacutenico (II) Mapa de pontos categorizados (III) Mapa de siacutembolo graduado Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

O exerciacutecio 4 foi aplicado conforme o andamento dos exerciacutecios anteriores e principalmente nas oficinas de duraccedilatildeo de 8haula Por meio dele foi trabalhada a operaccedilatildeo das Interfaces SIG CAD sistemas web que consistiu na importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de arquivos para formatos CAD (dxf) e Google Earth (kml) Para isso foram manuseados os planos de informaccedilatildeo dos exerciacutecios 1 a 3 de maneira que pudessem ser visualizados em diversos aplicativos SIG CAD ou web Foram utilizados plugins web diretamente na aacuterea de trabalho Qgis conforme o interesse do usuaacuterio

Para a finalizaccedilatildeo do exerciacutecio o usuaacuterio deveria marcar pontos correspondentes aos equipamentos puacuteblicos de um bairro da aacuterea de estudo no Google Earth importar esse plano de informaccedilatildeo no QGis e a partir dele criar uma camada shapefile criar campos na tabela de atributos preenchecirc-los com as informaccedilotildees a respeito da tipologia (escola unidade de sauacutede etc) e do nome do equipamento O usuaacuterio aplicaria a simbologia categorizada para a tipologia do equipamento evidenciando uma figura siacutembolo para cada ca-tegoria Ao final deveria ser elaborado layout com ao menos dois planos de informaccedilatildeo ativos e legenda categorizada

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Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

REFEREcircNCIAS BERQUE A Paisagem-marca paisagem-matriz elementos da problemaacutetica para uma geografia cultural In CORREcircA R L ROSENDAHL Z (orgs) Paisagem tempo e cultura Rio de Janeiro Editora da UERJ 1998 p 84-91

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CARAPINHA A 0809 Arte das paisagens e dos jardins Plano de ensino para a disciplina do Curso de Arquitectura Paisagista da Universidade de Eacutevora Portugal Eacutevora 2008

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FAVARETTO A Valores paisagiacutesticos subsiacutedios para elaboraccedilatildeo do projeto de estradas 2017 482 f Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis 2016 Disponiacutevel em httpwwwbuufscbrtesesPARQ0259-Tpdf Acesso em 01 ago 2019

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VALENTINI D R Transformaccedilatildeo e ressignificaccedilatildeo espaccedilo-temporal da paisagem territorial O Oeste catarinense na Poacutes-Modernidade 2020 380 f Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2020

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um padratildeo especiacutefico que se repete e diferencia a unidade em causa das de-mais unidades (CORREIA DrsquoABREU OLIVEIRA 2001)

Para Silvio Soares Macedo (BRASIL 2006) satildeo quatro os elementos definidores da paisagem suporte fiacutesico estrutura e padratildeo de drenagem cobertura vegetal e mancha urbana Para fins de estudo qualquer grande unidade de paisagem pode ser subdividida em subunidades de modo a permitir um aprofundamento no conhecimento sob uma oacutetica que observa diferentes escalas (Figura 1)

Figura 1 - Unidades de paisagem (UPs)

Fonte Brasil (2006 p 38) Ilustraccedilatildeo de Silvio Soares Macedo

Na Europa as Unidades de Paisagem (UPs) comeccedilaram a ser utili-zadas como peccedilas baacutesicas para a incorporaccedilatildeo da paisagem no planejamento territorial e urbano por meio dos Cataacutelogos da Paisagem (NOGUEacute SALA 2006) As UPs tambeacutem tecircm sido aplicadas para estudos da paisagem que envolvem elementos lineares como as linhas feacuterreas (SILVA MANETTI TAcircNGARI 2013) e as estradas (TEIXEIRA LONGHI 2010 QUEENSLAND

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GOVERNMENT 2004) Silva Manetti e Tacircngari (2013) fundamentam-se em Macedo (BRASIL 2006) identificando compartimentos de paisagem para a escala regional Suas subdivisotildees eles chamaram de unidades de paisagem Teixeira e Longui (2010) adotam unidades visuais e Queensland Government (2004) unidades de caraacuteter homogecircneo ambas associadas ao aspecto visual e com definiccedilotildees que se complementam

Para Teixeira e Longui (2010) a unidade visual eacute definida pela com-binaccedilatildeo dos elementos visuais que satildeo a linha a forma a textura a escala e a cor e a sequecircncia de unidades gera variedade do itineraacuterio A unidade de caraacuteter homogecircneo conteacutem uma configuraccedilatildeo visual e uma variedade de recursos visuais criados pelos elementos naturais e culturais (QUEENSLAND GOVERNMENT 2004)

As unidades de paisagem satildeo utilizadas como meacutetodo de leitura e tambeacutem como unidades de planejamento afinal a partir da compreensatildeo da sua estruturaccedilatildeo organizaccedilatildeo e funcionamento ndash de uma unidade e delas com as demais ndash eacute possiacutevel lanccedilar propostas de desenvolvimento a cada uma e ao conjunto

Os aspectos a serem considerados para a identificaccedilatildeo das UPs po-dem variar dependendo da escala de estudo sendo uns mais preponderantes que outros para as suas delimitaccedilotildees Em uma escala regional os elementos de suporte biofiacutesicos macroconjuntos construiacutedos e grandes infraestruturas como de mobilidade satildeo mais relevantes que a morfologia urbana Quanto maior for a aproximaccedilatildeo na escala mais aspectos seratildeo acrescidos ao estudo sobretudo de processos humanos incluindo os aspectos imateriais

As unidades de paisagem podem ainda ser divididas em subunidades a depender da necessidade de detalhamento para atingir os objetivos ou dos recursos disponiacuteveis para o estudo (MACEDO 1997 CORREIA DacuteABREU OLIVEIRA 2001) Consistem em aacutereas que pertencem agrave coerecircncia interna de uma unidade de paisagem mas que possuem alguma variaacutevel distinta que as difere do seu entorno ou ainda que sejam claramente distintas mas que possuam dimensotildees que natildeo justificam a existecircncia de uma unidade separada (CORREIA DacuteABREU OLIVEIRA 2001)

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Eacute imprescindiacutevel para a definiccedilatildeo de unidades de paisagem a utiliza-ccedilatildeo de imagem de sateacutelite eou levantamento aerofotogrameacutetrico aleacutem dos es-tudos de evoluccedilatildeo e transformaccedilatildeo da paisagem que satildeo de extrema relevacircncia para que se possa compreender como a paisagem eacute no momento presente e que se consiga fazer prospecccedilotildees para o futuro No sentido de planejamento levan-tar tudo o que estaacute projetado e todos os planos para a aacuterea tambeacutem se faz ne-cessaacuterio Sendo assim eacute desejaacutevel que a equipe de trabalho seja multidisciplinar

A definiccedilatildeo de UP inclui (a) trabalho de gabinete contemplando estudo preacutevio documental histoacuterico fotograacutefico e cartograacutefico organizaccedilatildeo do banco de dados (b) seleccedilatildeo das categorias de anaacutelise e sobreposiccedilatildeo delas em cartografias temaacuteticas que geram outros mapas temaacuteticos de siacutentese os quais auxiliaratildeo na identificaccedilatildeo das UPs (Figura 2) (c) identificaccedilatildeo das UPs (d) descriccedilatildeo das UPs

Figura 2 - Esquema de sobreposiccedilatildeo de mapas para identificaccedilatildeo de UPs

Fonte Favaretto (2017 p 167)

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A outra etapa eacute o trabalho de campo por meio do qual eacute feita a ve-rificaccedilatildeo da delimitaccedilatildeo das UPs realizada em gabinete normalmente sendo necessaacuterios ajustes e tambeacutem a coleta de material complementar para a ca-racterizaccedilatildeo Novamente em gabinete satildeo realizados os ajustes e finalizado o inventaacuterio Com isso em matildeos parte-se para as etapas de planejamento utili-zando-se tambeacutem os SIG para as simulaccedilotildees de diferentes alternativas

Como exemplo de aplicaccedilatildeo do meacutetodo destacam-se Favaretto (2012) ndash escala regional Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash abordagem interes-calar e Vieira e Macedo (2013) ndash escala municipal ateacute intraurbana

Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG)Os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) ou Geographical

Information Systems (GIS) satildeo um sistema que se baseia na interaccedilatildeo entre software (programa computacional) hardware (equipamentos) pessoas e informaccedilotildees espaciais as quais ficam armazenadas em um banco de dados Satildeo sistemas interativos baseados em ldquo[] estruturas de programaccedilatildeo que per-mitem a captura o armazenamento e atualizaccedilotildees dos dados sua exibiccedilatildeo e acima de tudo anaacutelises e integraccedilotildees de dados ambientaisrdquo (SILVA 1997 p 8)

Assim as ferramentas das geotecnologias (SIG Geoprocessamento Sensoriamento Remoto etc) satildeo importantes para a gestatildeo do territoacuterio jaacute que permitem gerar organizar e sistematizar informaccedilotildees geograacuteficas sobre a sociedade e o espaccedilo que ela ocupa e produz

Em SIG a realidade ambiental (processos e eventos) de um territoacuterio pode ser sistematizada em planos de informaccedilatildeo e organizada de acordo com as situaccedilotildees no tempo (passado e presente) A partir de sucessivas sistemati-zaccedilotildees dessa realidade ambiental de um territoacuterio eacute possiacutevel compreender os processos de apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio (Figura 3) Assim com as realidades ambientais sobrepostas eacute possiacutevel fazer a interface dos SIG ao Planejamento da Paisagem de maneira que novas informaccedilotildees e simulaccedilotildees no tempo futuro possam ser agregadas ao processo de planejamento do territoacuterio

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Figura 3 - Ambiente como sistema

Fonte Valentini (2020 p 120) baseado em Silva (2001)

Estrutura de dadosUma base de dados em SIG corresponde ao conjunto de ldquoplanos

de informaccedilatildeordquo que compotildeem a representaccedilatildeo de um determinado ambien-te Esses Planos de Informaccedilatildeo satildeo estruturados de forma que possam ser produzidos lidos eou editados em linguagem compatiacutevel com os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas ou Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees (SIG) Essas camadas satildeo organizadas a partir de temas como por exemplo limites territoriais vegetaccedilatildeo hidrografia malha urbana sistema viaacuterio quadras lo-tes entre outros

Os SIG permitem a integraccedilatildeo de diversos tipos de dados de fontes variadas (mapas dados tabulares fotos aeacutereas modelos de elevaccedilatildeo imagens de sateacutelite dados CAD mediccedilotildees lineares etc) em um ambiente integrado de armazenamento gerenciamento anaacutelise e exibiccedilatildeo Muitos desses tipos de dados natildeo satildeo facilmente representados em mapas em papel

A base de dados de um ambiente em SIG pode ser em dois formatos baacutesicos vetorial e raster O formato vetorial eacute conhecido e amplamente utili-

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zado nos sistemas de desenho assistido por computador O formato raster eacute o proacuteprio formato das imagens ndash fotografias e imagens de sateacutelite por exemplo ndash cuja resoluccedilatildeo varia de acordo com a relaccedilatildeo espacial do pixel e sua corres-pondente dimensional real (Figura 4)

Figura 4 - Exemplificaccedilatildeo das estruturas dos dados raster e vetorial em ambiente SIG

Fonte Valentini (2020 p 121)

Mas qual o diferencial de um sistema de desenho assistido por com-putador (CAD) e um SIG Aleacutem da grande capacidade de armazenamento e processamento de informaccedilotildees o diferencial elementar eacute a correlaccedilatildeo que se manifesta na capacidade de atribuir de forma inequiacutevoca uma ou mais infor-maccedilotildees a uma entidade espacial De forma simples pode-se afirmar que haacute uma correlaccedilatildeo direta e inequiacutevoca entre um design (desenho elemento de uma camada formato vetorial) ou uma ceacutelula (pixel de uma imagem formato raster) e uma informaccedilatildeo depositada em um banco de dados alfanumeacuterico A essa entidade ndash desenho informaccedilatildeo e localizaccedilatildeo indissociados ndash daacute-se o nome de feiccedilatildeo

Uma ou mais feiccedilotildees conformam uma camada ou plano de informa-ccedilatildeo As feiccedilotildees compartilham em cada plano de informaccedilatildeo uma estrutura de

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dados organizados em um banco de dados ou tabela de atributos Esse banco de dados estaacute organizado em colunas e linhas A coluna baacutesica eacute o ID (chave inequiacutevoca) as demais colunas poderatildeo ser criadas de acordo com os demais temas de interesse do pesquisador Cada linha da tabela de atributos eacute corre-lacionada a uma feiccedilatildeo Na Figura 5 eacute possiacutevel compreendermos a correlaccedilatildeo entre o design e a informaccedilatildeo correspondente na tabela de atributos a existecircn-cia do design estaacute atrelada agrave linha da tabela de atributos

Figura 5 - Correlaccedilatildeo do design agraves informaccedilotildees da tabela de atributos em ambiente SIG Qgis 218

Fonte Acervo das autoras (2018)

Do ponto de vista operacional outra diferenciaccedilatildeo entre CAD e SIG eacute que o plano de informaccedilatildeo possui uma estrutura que poderaacute ser elabora-da lida ou editada em linguagem compatiacutevel em diversas ferramentas SIG Diferentemente do sistema CAD a feiccedilatildeo natildeo eacute um conteuacutedo interno ao ar-quivo CAD O sistema SIG cria visualiza edita e produz informaccedilatildeo a partir de planos de informaccedilatildeo que ficam ldquoexternosrdquo ao projeto em ambiente SIG Isso permite que esses planos de informaccedilatildeo possam ser utilizados e atuali-

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zados a partir de um servidor comum otimizando e fortalecendo as accedilotildees de levantamento e anaacutelise de dados ambientais ou cadastrais por exemplo Para isso eacute preciso fornecer o ldquocaminhordquo o diretoacuterio onde o plano de informaccedilatildeo estaacute depositado

Um plano de informaccedilatildeo de formato vetorial que conforma um sha-pefile (shp) ESRI eacute formado por arquivos correlacionados em diferentes for-matos ndash correspondentes ao design localizaccedilatildeo banco de dados entre outros Um plano de informaccedilatildeo precisa ser inserido a um projeto em ambiente SIG para ser visualizado configurado ou editado

Do ponto de vista da ecologia das paisagens a Estrutura Morfoloacutegica da paisagem se fundamenta a partir do mosaico antropizado e heterogecircneo de elementos formais e processos que possibilitam a compreensatildeo da estruturaccedilatildeo do territoacuterio identificando matriz corredor mancha (ou fragmento) e borda em contiacutenua transformaccedilatildeo (FORMAN GODRON 1986 FORMAN 1995)

Nessa perspectiva a linguagem SIG se fundamenta nas geometrias ndash ponto linha e poliacutegono ndash correlacionadas aos atributos alfanumeacutericos ine-quiacutevocos pela chave de localizaccedilatildeo O domiacutenio das representaccedilotildees vetoriais nos SIG se fundamenta no ponto Apesar de ser adimensional eacute gerador das demais geometrias pois eacute a base da localizaccedilatildeo O ponto na paisagem estaacute intriacutenseco agrave localizaccedilatildeo agraves unidades e aos eventos mas conforma tambeacutem os noacutes que satildeo interseccedilotildees entre corredores e bordas por exemplo A linha que corresponde agrave estrutura de paisagem do tipo corredor estaacute relacionada ao sentido de acessibilidade de fluxo inferido pela conectividade estabelecendo relaccedilotildees de proximidade e a demarcaccedilatildeo de limites O poliacutegono estaacute relacio-nado agraves estruturas de transiccedilatildeo mais comuns da paisagem mancha (ou frag-mento) e matriz Ele daacute sentido de abrangecircncia espaccedilo-temporal jaacute que tem a melhor capacidade de responder espacialmente (resistir ou agir) agraves forccedilas de transformaccedilatildeo

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MATERIAIS E MEacuteTODOSAs oficinas de SIG Aplicados ao Planejamento da Paisagem satildeo ofereci-

das em ambiente de laboratoacuterio de informaacutetica com softwares Qgis sistemas CAD etc tendo duraccedilatildeo de quatro ou oito horasaula conforme o objetivo e a disponi-bilidade do evento Os relatos das oficinas apresentados neste capiacutetulo se referem agraves oficinas didaacuteticas ocorridas na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus de Erechim nos anos de 2016 2017 e 2018 expostos no XIV Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo das Escolas de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (ENEPEA) realizado em Santa Maria RS em 2018 e no X Seminaacuterio de Pesquisa em Planejamento e Gestatildeo Territorial (SPPGT) realizado na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) em Criciuacutema SC no ano de 2019 (Figura 6)

Figura 6 - Fotos das oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) Santa Maria (RS) e Criciuacutema (SC)

Legenda (I) e (II) Oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) nos anos de 2016 e 2017 (III) Oficina didaacutetica XIV ENEPEA em Santa Maria (RS) no ano de 2018 (IV) Oficina didaacutetica X SPPGTUNESC em Criciuacutema (SC) no ano de 2019Fonte Acervo das autoras (2019)

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Materiais de apoio foram disponibilizados aos participantes ante-riormente agrave execuccedilatildeo da oficina constituindo-se em uma apostila didaacutetica elaborada pelas autoras uma pasta com o aporte teoacuterico composto por trecircs artigos e uma pasta com banco de dados em formato vetorial e raster utiliza-dos na oficina

A apostila didaacutetica apresentou uma discussatildeo acerca do conceito de paisagem e introduziu os meacutetodos de leitura da paisagem noccedilotildees gerais de car-tografia SIG softwares e processos utilizados no desenvolvimento da oficina Por fim disponibilizou links de acesso a repositoacuterios de bancos de dados que seriam explorados pelos alunos durante a oficina e depois dela A leitura preacutevia familiarizou o aluno com o tema e com os processos que seriam desenvolvidos na parte praacutetica da oficina A leitura dos trecircs artigos indicados ndash Nogueacute e Sala (2006) Steinitz (2002) e Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash ampliou o repertoacuterio e aprofundou outras metodologias de anaacutelise e leitura da paisagem que tam-beacutem se beneficiam da utilizaccedilatildeo de ferramentas de geoprocessamento

Reconhecendo a importacircncia de o usuaacuterio conhecer previamente a paisagem de estudo as oficinas de curta duraccedilatildeo satildeo realizadas a partir de um banco de dados baacutesico do municiacutepio onde acontecem devendo ser comple-mentadas durante o desenvolvimento das atividades

O conteuacutedo da oficina foi organizado em estrutura e simbologia das camadas na aacuterea de controle importaccedilatildeo criaccedilatildeo e ediccedilatildeo de camadas corre-laccedilatildeo dos dados espaciais e alfanumeacutericos planejamento e montagem de ban-co de dados elaboraccedilatildeo cartograacutefica com vistas aos estudos de leitura anaacutelise e planejamento da paisagem Interfaces SIG CAD sistemas web Montagem de layout e apresentaccedilatildeo cartograacutefica

A plataforma utilizada para o desenvolvimento das atividades das oficinas foi QGIS (Quantum GIS) que eacute um software livre de coacutedigo-fonte aberto multiplataforma de SIG a qual permite a visualizaccedilatildeo a ediccedilatildeo e a anaacute-lise de dados e informaccedilotildees georreferenciados O programa bastante utilizado por estudantes pode funcionar com diversos plugins para expandir seu uso original de modo imediato e gratuito Por ser de faacutecil acesso e livre permite

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que o usuaacuterio continue utilizando o software e desenvolvendo suas habilidades no sistema apoacutes a oficina constituindo uma importante alternativa agravequelas que geralmente podem ser utilizadas a partir de laboratoacuterios nas universida-des instituiccedilotildees ou grande empresas

Para iniacutecio das atividades da oficina eacute disponibilizado um banco de dados base tomado como ponto de partida e a partir da interaccedilatildeo com outras plataformas como o Google Earth e pesquisa de dados satildeo feitas complemen-taccedilotildees no banco de dados o qual eacute compartilhado e de acesso a todos os parti-cipantes A estruturaccedilatildeo das oficinas pode ser acompanhada na Figura 7

Figura 7 - Etapas do desenvolvimento das oficinas

Fonte Elaboraccedilatildeo das autoras (2020)

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A primeira etapa da oficina apresenta os principais conceitos e meacute-todos de leitura da paisagem bem como a estruturaccedilatildeo dos SIG relacionando as linguagens em comum

Na etapa 2 os participantes tecircm uma primeira aproximaccedilatildeo com o software por meio do qual realizam atividades de elaboraccedilatildeo de mapas com as informaccedilotildees disponibilizadas no banco de dados As atividades se concentram em configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho e na elaboraccedilatildeo de layouts Em seguida os usuaacuterios satildeo organi-zados em equipes de trecircs a quatro integrantes fazem a pesquisa e acessam dados geoespaciais on-line atraveacutes de pesquisa em sites eou criam planos de informaccedilatildeo Editam banco de dados elaborando mapas com classificaccedilatildeo de dados por simbologias siacutembolo uacutenico categorizado ou graduado para dados geoespaciais nas geometrias de ponto linha e poliacutegono

Nessa etapa satildeo desenvolvidas atividades guiadas explorando as interfaces SIG e CAD e os sistemas web como o Google Earth No ambiente SIG eacute encaminhada uma sobreposiccedilatildeo de mapas de maneira que cada equipe possa produzir um mapa de siacutentese dos aspectos ecoloacutegicos e um dos aspectos culturais ou antroacutepicos da aacuterea estudada

Na etapa 3 os usuaacuterios devem aplicar as metodologias de identifica-ccedilatildeo das UPs Cada equipe elenca os criteacuterios estabelecidos para a identificaccedilatildeo das UPs Posteriormente a sobreposiccedilatildeo dos mapas de siacutentese gera a identifi-caccedilatildeo das Unidades de Paisagem

Na etapa 4 eacute realizado um seminaacuterio onde cada equipe apresenta suas unidades de paisagem e caracteriza brevemente cada uma delas Por meio de atividade guiada todas as equipes dialogam a respeito dos criteacuterios e dos resultados encontrados No final do seminaacuterio a turma obteacutem um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem que a partir de estudos especiacuteficos seraacute caracterizado

Na etapa 5 satildeo apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em

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diferentes escalas Por fim eacute encaminhada uma avaliaccedilatildeo das atividades de-senvolvidas na oficina

RESULTADOSAs atividades de elaboraccedilatildeo de mapas em ambientes SIG se mos-

traram fundamentais para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo proposto Nessa etapa os usuaacuterios aprenderam a inserir e a configurar dados geoespaciais da aacuterea de estudo configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho Por meio de exerciacutecios guiados (exerciacutecios 1 a 5) o usuaacuterio foi capaz de compreender a estrutura e a correlaccedilatildeo dos dados e a elaborar mapas base para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo

No exerciacutecio 1 foi realizada a configuraccedilatildeo da aacuterea de trabalho a inserccedilatildeo das camadas do banco de dados preacutevio a sobreposiccedilatildeo e a configura-ccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das camadas por meio da alteraccedilatildeo das propriedades de preenchimento borda transparecircncia roacutetulos etc

O banco de dados disponibilizado possuiacutea arquivos raster e vetoriais no formato shapefile (shp) para as geometrias ponto a linha e o poliacutegono As atividades se concentraram nos dados vetoriais pelo manuseio dos planos de informaccedilatildeo (camadas) As seleccedilotildees na aacuterea de trabalho e da tabela de atribu-tos permitiu aos usuaacuterios a compreensatildeo da correlaccedilatildeo espacial Ao final do exerciacutecio 1 o usuaacuterio foi capaz de manusear e configurar o projeto e a visuali-zaccedilatildeo das simbologias dos planos de informaccedilatildeo aplicar filtros de informaccedilatildeo espacial bem como estabelecer os princiacutepios de correlaccedilatildeo entre a feiccedilatildeo e seu respectivo atributo em uma tabela de atributos

O foco do exerciacutecio 2 foi a elaboraccedilatildeo de anaacutelises espaciais a partir de poliacutegonos utilizando-se as propriedades de siacutembolo uacutenico categorizado e graduado (Figura 8) Para esse exerciacutecio foram utilizadas malhas digitais correspondentes aos bairros ou municiacutepios da regiatildeo de estudo Cada feiccedilatildeo da camada deveria conter ao menos uma informaccedilatildeo da tabela de atributos preenchida do tipo texto

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Para a visualizaccedilatildeo dos planos de informaccedilatildeo na simbologia de siacutem-bolo uacutenico o usuaacuterio relacionou a visualizaccedilatildeo dos dados a uma informaccedilatildeo da tabela de atributos Para essa atividade foram selecionados como atributo a ser classificado o nome dos bairros ou municiacutepios gerando mapa no qual cada poliacutegono foi representado com uma simbologia proacutepria Nessa atividade o usuaacuterio tambeacutem inseriu roacutetulos e configurou a sua apresentaccedilatildeo de layout

Para a visualizaccedilatildeo do plano de informaccedilatildeo na simbologia catego-rizado os usuaacuterios iniciaram o processo de ediccedilatildeo do banco de dados que consistiu no preenchimento ou na alteraccedilatildeo de informaccedilotildees na tabela de atri-butos de uma camada Para isso precisaram identificar temas em comum aos poliacutegonos Ao abrir a ediccedilatildeo preencheram a coluna do banco de dados com a informaccedilatildeo correspondente a cada poliacutegono Na visualizaccedilatildeo dos dados a simbologia foi alterada de siacutembolo uacutenico para categorizado escolhendo a infor-maccedilatildeo a ser analisada correspondente agrave coluna editada anteriormente

Para a simbologia graduada o usuaacuterio deveria editar o banco de dados com a populaccedilatildeo (dado numeacuterico real) de cada municiacutepio ou bairro Assim poderia elaborar um mapa com os intervalos das faixas populacionais correspondentes aos grupos de municiacutepios ou bairros para identificar quais satildeo os mais populosos por exemplo

Por meio dessas atividades foram desenvolvidas outras habilidades de manuseio do banco de dados como o caacutelculo automaacutetico da aacuterea dos po-liacutegonos (dado numeacuterico decimal) e o caacutelculo automaacutetico da densidade po-pulacional por exemplo por meio das operaccedilotildees simples de divisatildeo entre os valores que preenchem as colunas do banco de dados (densidade populacional = populaccedilatildeoaacuterea por exemplo)

O exerciacutecio 3 focou-se na montagem de layout configuraccedilatildeo de es-cala legendas e grades de coordenadas principalmente

A Figura 8 mostra alguns resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3

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Figura 8 - Resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3 elaboraccedilatildeo de mapas siacutembolo uacutenico categorizado e de intervalos e montagem de layout

Legenda (I) Mapa siacutembolo uacutenico (II) Mapa de pontos categorizados (III) Mapa de siacutembolo graduado Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

O exerciacutecio 4 foi aplicado conforme o andamento dos exerciacutecios anteriores e principalmente nas oficinas de duraccedilatildeo de 8haula Por meio dele foi trabalhada a operaccedilatildeo das Interfaces SIG CAD sistemas web que consistiu na importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de arquivos para formatos CAD (dxf) e Google Earth (kml) Para isso foram manuseados os planos de informaccedilatildeo dos exerciacutecios 1 a 3 de maneira que pudessem ser visualizados em diversos aplicativos SIG CAD ou web Foram utilizados plugins web diretamente na aacuterea de trabalho Qgis conforme o interesse do usuaacuterio

Para a finalizaccedilatildeo do exerciacutecio o usuaacuterio deveria marcar pontos correspondentes aos equipamentos puacuteblicos de um bairro da aacuterea de estudo no Google Earth importar esse plano de informaccedilatildeo no QGis e a partir dele criar uma camada shapefile criar campos na tabela de atributos preenchecirc-los com as informaccedilotildees a respeito da tipologia (escola unidade de sauacutede etc) e do nome do equipamento O usuaacuterio aplicaria a simbologia categorizada para a tipologia do equipamento evidenciando uma figura siacutembolo para cada ca-tegoria Ao final deveria ser elaborado layout com ao menos dois planos de informaccedilatildeo ativos e legenda categorizada

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Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

REFEREcircNCIAS BERQUE A Paisagem-marca paisagem-matriz elementos da problemaacutetica para uma geografia cultural In CORREcircA R L ROSENDAHL Z (orgs) Paisagem tempo e cultura Rio de Janeiro Editora da UERJ 1998 p 84-91

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CORREIA T P DacuteABREU A C OLIVEIRA R M G Identificaccedilatildeo de Unidades de Paisagem metodologia aplicada a Portugal Continental Finisterra ano XXXVI n 72 p 195-206 2001

DEL RIO V OLIVEIRA L Percepccedilatildeo ambiental a experiecircncia brasileira Satildeo Paulo SP Studio Nobel 1999 265 p

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VIEIRA M de S MACEDO S S Unidades de paisagem a criaccedilatildeo de um meacutetodo para a anaacutelise do territoacuterio de Suzano Paisagem e Ambiente v 32 p 167-228 2013 Disponiacutevel em httpwwwrevistasuspbrpaamarticleview88130 Acesso em 8 jul 2019

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GOVERNMENT 2004) Silva Manetti e Tacircngari (2013) fundamentam-se em Macedo (BRASIL 2006) identificando compartimentos de paisagem para a escala regional Suas subdivisotildees eles chamaram de unidades de paisagem Teixeira e Longui (2010) adotam unidades visuais e Queensland Government (2004) unidades de caraacuteter homogecircneo ambas associadas ao aspecto visual e com definiccedilotildees que se complementam

Para Teixeira e Longui (2010) a unidade visual eacute definida pela com-binaccedilatildeo dos elementos visuais que satildeo a linha a forma a textura a escala e a cor e a sequecircncia de unidades gera variedade do itineraacuterio A unidade de caraacuteter homogecircneo conteacutem uma configuraccedilatildeo visual e uma variedade de recursos visuais criados pelos elementos naturais e culturais (QUEENSLAND GOVERNMENT 2004)

As unidades de paisagem satildeo utilizadas como meacutetodo de leitura e tambeacutem como unidades de planejamento afinal a partir da compreensatildeo da sua estruturaccedilatildeo organizaccedilatildeo e funcionamento ndash de uma unidade e delas com as demais ndash eacute possiacutevel lanccedilar propostas de desenvolvimento a cada uma e ao conjunto

Os aspectos a serem considerados para a identificaccedilatildeo das UPs po-dem variar dependendo da escala de estudo sendo uns mais preponderantes que outros para as suas delimitaccedilotildees Em uma escala regional os elementos de suporte biofiacutesicos macroconjuntos construiacutedos e grandes infraestruturas como de mobilidade satildeo mais relevantes que a morfologia urbana Quanto maior for a aproximaccedilatildeo na escala mais aspectos seratildeo acrescidos ao estudo sobretudo de processos humanos incluindo os aspectos imateriais

As unidades de paisagem podem ainda ser divididas em subunidades a depender da necessidade de detalhamento para atingir os objetivos ou dos recursos disponiacuteveis para o estudo (MACEDO 1997 CORREIA DacuteABREU OLIVEIRA 2001) Consistem em aacutereas que pertencem agrave coerecircncia interna de uma unidade de paisagem mas que possuem alguma variaacutevel distinta que as difere do seu entorno ou ainda que sejam claramente distintas mas que possuam dimensotildees que natildeo justificam a existecircncia de uma unidade separada (CORREIA DacuteABREU OLIVEIRA 2001)

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Eacute imprescindiacutevel para a definiccedilatildeo de unidades de paisagem a utiliza-ccedilatildeo de imagem de sateacutelite eou levantamento aerofotogrameacutetrico aleacutem dos es-tudos de evoluccedilatildeo e transformaccedilatildeo da paisagem que satildeo de extrema relevacircncia para que se possa compreender como a paisagem eacute no momento presente e que se consiga fazer prospecccedilotildees para o futuro No sentido de planejamento levan-tar tudo o que estaacute projetado e todos os planos para a aacuterea tambeacutem se faz ne-cessaacuterio Sendo assim eacute desejaacutevel que a equipe de trabalho seja multidisciplinar

A definiccedilatildeo de UP inclui (a) trabalho de gabinete contemplando estudo preacutevio documental histoacuterico fotograacutefico e cartograacutefico organizaccedilatildeo do banco de dados (b) seleccedilatildeo das categorias de anaacutelise e sobreposiccedilatildeo delas em cartografias temaacuteticas que geram outros mapas temaacuteticos de siacutentese os quais auxiliaratildeo na identificaccedilatildeo das UPs (Figura 2) (c) identificaccedilatildeo das UPs (d) descriccedilatildeo das UPs

Figura 2 - Esquema de sobreposiccedilatildeo de mapas para identificaccedilatildeo de UPs

Fonte Favaretto (2017 p 167)

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A outra etapa eacute o trabalho de campo por meio do qual eacute feita a ve-rificaccedilatildeo da delimitaccedilatildeo das UPs realizada em gabinete normalmente sendo necessaacuterios ajustes e tambeacutem a coleta de material complementar para a ca-racterizaccedilatildeo Novamente em gabinete satildeo realizados os ajustes e finalizado o inventaacuterio Com isso em matildeos parte-se para as etapas de planejamento utili-zando-se tambeacutem os SIG para as simulaccedilotildees de diferentes alternativas

Como exemplo de aplicaccedilatildeo do meacutetodo destacam-se Favaretto (2012) ndash escala regional Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash abordagem interes-calar e Vieira e Macedo (2013) ndash escala municipal ateacute intraurbana

Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG)Os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) ou Geographical

Information Systems (GIS) satildeo um sistema que se baseia na interaccedilatildeo entre software (programa computacional) hardware (equipamentos) pessoas e informaccedilotildees espaciais as quais ficam armazenadas em um banco de dados Satildeo sistemas interativos baseados em ldquo[] estruturas de programaccedilatildeo que per-mitem a captura o armazenamento e atualizaccedilotildees dos dados sua exibiccedilatildeo e acima de tudo anaacutelises e integraccedilotildees de dados ambientaisrdquo (SILVA 1997 p 8)

Assim as ferramentas das geotecnologias (SIG Geoprocessamento Sensoriamento Remoto etc) satildeo importantes para a gestatildeo do territoacuterio jaacute que permitem gerar organizar e sistematizar informaccedilotildees geograacuteficas sobre a sociedade e o espaccedilo que ela ocupa e produz

Em SIG a realidade ambiental (processos e eventos) de um territoacuterio pode ser sistematizada em planos de informaccedilatildeo e organizada de acordo com as situaccedilotildees no tempo (passado e presente) A partir de sucessivas sistemati-zaccedilotildees dessa realidade ambiental de um territoacuterio eacute possiacutevel compreender os processos de apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio (Figura 3) Assim com as realidades ambientais sobrepostas eacute possiacutevel fazer a interface dos SIG ao Planejamento da Paisagem de maneira que novas informaccedilotildees e simulaccedilotildees no tempo futuro possam ser agregadas ao processo de planejamento do territoacuterio

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Figura 3 - Ambiente como sistema

Fonte Valentini (2020 p 120) baseado em Silva (2001)

Estrutura de dadosUma base de dados em SIG corresponde ao conjunto de ldquoplanos

de informaccedilatildeordquo que compotildeem a representaccedilatildeo de um determinado ambien-te Esses Planos de Informaccedilatildeo satildeo estruturados de forma que possam ser produzidos lidos eou editados em linguagem compatiacutevel com os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas ou Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees (SIG) Essas camadas satildeo organizadas a partir de temas como por exemplo limites territoriais vegetaccedilatildeo hidrografia malha urbana sistema viaacuterio quadras lo-tes entre outros

Os SIG permitem a integraccedilatildeo de diversos tipos de dados de fontes variadas (mapas dados tabulares fotos aeacutereas modelos de elevaccedilatildeo imagens de sateacutelite dados CAD mediccedilotildees lineares etc) em um ambiente integrado de armazenamento gerenciamento anaacutelise e exibiccedilatildeo Muitos desses tipos de dados natildeo satildeo facilmente representados em mapas em papel

A base de dados de um ambiente em SIG pode ser em dois formatos baacutesicos vetorial e raster O formato vetorial eacute conhecido e amplamente utili-

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zado nos sistemas de desenho assistido por computador O formato raster eacute o proacuteprio formato das imagens ndash fotografias e imagens de sateacutelite por exemplo ndash cuja resoluccedilatildeo varia de acordo com a relaccedilatildeo espacial do pixel e sua corres-pondente dimensional real (Figura 4)

Figura 4 - Exemplificaccedilatildeo das estruturas dos dados raster e vetorial em ambiente SIG

Fonte Valentini (2020 p 121)

Mas qual o diferencial de um sistema de desenho assistido por com-putador (CAD) e um SIG Aleacutem da grande capacidade de armazenamento e processamento de informaccedilotildees o diferencial elementar eacute a correlaccedilatildeo que se manifesta na capacidade de atribuir de forma inequiacutevoca uma ou mais infor-maccedilotildees a uma entidade espacial De forma simples pode-se afirmar que haacute uma correlaccedilatildeo direta e inequiacutevoca entre um design (desenho elemento de uma camada formato vetorial) ou uma ceacutelula (pixel de uma imagem formato raster) e uma informaccedilatildeo depositada em um banco de dados alfanumeacuterico A essa entidade ndash desenho informaccedilatildeo e localizaccedilatildeo indissociados ndash daacute-se o nome de feiccedilatildeo

Uma ou mais feiccedilotildees conformam uma camada ou plano de informa-ccedilatildeo As feiccedilotildees compartilham em cada plano de informaccedilatildeo uma estrutura de

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dados organizados em um banco de dados ou tabela de atributos Esse banco de dados estaacute organizado em colunas e linhas A coluna baacutesica eacute o ID (chave inequiacutevoca) as demais colunas poderatildeo ser criadas de acordo com os demais temas de interesse do pesquisador Cada linha da tabela de atributos eacute corre-lacionada a uma feiccedilatildeo Na Figura 5 eacute possiacutevel compreendermos a correlaccedilatildeo entre o design e a informaccedilatildeo correspondente na tabela de atributos a existecircn-cia do design estaacute atrelada agrave linha da tabela de atributos

Figura 5 - Correlaccedilatildeo do design agraves informaccedilotildees da tabela de atributos em ambiente SIG Qgis 218

Fonte Acervo das autoras (2018)

Do ponto de vista operacional outra diferenciaccedilatildeo entre CAD e SIG eacute que o plano de informaccedilatildeo possui uma estrutura que poderaacute ser elabora-da lida ou editada em linguagem compatiacutevel em diversas ferramentas SIG Diferentemente do sistema CAD a feiccedilatildeo natildeo eacute um conteuacutedo interno ao ar-quivo CAD O sistema SIG cria visualiza edita e produz informaccedilatildeo a partir de planos de informaccedilatildeo que ficam ldquoexternosrdquo ao projeto em ambiente SIG Isso permite que esses planos de informaccedilatildeo possam ser utilizados e atuali-

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zados a partir de um servidor comum otimizando e fortalecendo as accedilotildees de levantamento e anaacutelise de dados ambientais ou cadastrais por exemplo Para isso eacute preciso fornecer o ldquocaminhordquo o diretoacuterio onde o plano de informaccedilatildeo estaacute depositado

Um plano de informaccedilatildeo de formato vetorial que conforma um sha-pefile (shp) ESRI eacute formado por arquivos correlacionados em diferentes for-matos ndash correspondentes ao design localizaccedilatildeo banco de dados entre outros Um plano de informaccedilatildeo precisa ser inserido a um projeto em ambiente SIG para ser visualizado configurado ou editado

Do ponto de vista da ecologia das paisagens a Estrutura Morfoloacutegica da paisagem se fundamenta a partir do mosaico antropizado e heterogecircneo de elementos formais e processos que possibilitam a compreensatildeo da estruturaccedilatildeo do territoacuterio identificando matriz corredor mancha (ou fragmento) e borda em contiacutenua transformaccedilatildeo (FORMAN GODRON 1986 FORMAN 1995)

Nessa perspectiva a linguagem SIG se fundamenta nas geometrias ndash ponto linha e poliacutegono ndash correlacionadas aos atributos alfanumeacutericos ine-quiacutevocos pela chave de localizaccedilatildeo O domiacutenio das representaccedilotildees vetoriais nos SIG se fundamenta no ponto Apesar de ser adimensional eacute gerador das demais geometrias pois eacute a base da localizaccedilatildeo O ponto na paisagem estaacute intriacutenseco agrave localizaccedilatildeo agraves unidades e aos eventos mas conforma tambeacutem os noacutes que satildeo interseccedilotildees entre corredores e bordas por exemplo A linha que corresponde agrave estrutura de paisagem do tipo corredor estaacute relacionada ao sentido de acessibilidade de fluxo inferido pela conectividade estabelecendo relaccedilotildees de proximidade e a demarcaccedilatildeo de limites O poliacutegono estaacute relacio-nado agraves estruturas de transiccedilatildeo mais comuns da paisagem mancha (ou frag-mento) e matriz Ele daacute sentido de abrangecircncia espaccedilo-temporal jaacute que tem a melhor capacidade de responder espacialmente (resistir ou agir) agraves forccedilas de transformaccedilatildeo

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MATERIAIS E MEacuteTODOSAs oficinas de SIG Aplicados ao Planejamento da Paisagem satildeo ofereci-

das em ambiente de laboratoacuterio de informaacutetica com softwares Qgis sistemas CAD etc tendo duraccedilatildeo de quatro ou oito horasaula conforme o objetivo e a disponi-bilidade do evento Os relatos das oficinas apresentados neste capiacutetulo se referem agraves oficinas didaacuteticas ocorridas na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus de Erechim nos anos de 2016 2017 e 2018 expostos no XIV Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo das Escolas de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (ENEPEA) realizado em Santa Maria RS em 2018 e no X Seminaacuterio de Pesquisa em Planejamento e Gestatildeo Territorial (SPPGT) realizado na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) em Criciuacutema SC no ano de 2019 (Figura 6)

Figura 6 - Fotos das oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) Santa Maria (RS) e Criciuacutema (SC)

Legenda (I) e (II) Oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) nos anos de 2016 e 2017 (III) Oficina didaacutetica XIV ENEPEA em Santa Maria (RS) no ano de 2018 (IV) Oficina didaacutetica X SPPGTUNESC em Criciuacutema (SC) no ano de 2019Fonte Acervo das autoras (2019)

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Materiais de apoio foram disponibilizados aos participantes ante-riormente agrave execuccedilatildeo da oficina constituindo-se em uma apostila didaacutetica elaborada pelas autoras uma pasta com o aporte teoacuterico composto por trecircs artigos e uma pasta com banco de dados em formato vetorial e raster utiliza-dos na oficina

A apostila didaacutetica apresentou uma discussatildeo acerca do conceito de paisagem e introduziu os meacutetodos de leitura da paisagem noccedilotildees gerais de car-tografia SIG softwares e processos utilizados no desenvolvimento da oficina Por fim disponibilizou links de acesso a repositoacuterios de bancos de dados que seriam explorados pelos alunos durante a oficina e depois dela A leitura preacutevia familiarizou o aluno com o tema e com os processos que seriam desenvolvidos na parte praacutetica da oficina A leitura dos trecircs artigos indicados ndash Nogueacute e Sala (2006) Steinitz (2002) e Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash ampliou o repertoacuterio e aprofundou outras metodologias de anaacutelise e leitura da paisagem que tam-beacutem se beneficiam da utilizaccedilatildeo de ferramentas de geoprocessamento

Reconhecendo a importacircncia de o usuaacuterio conhecer previamente a paisagem de estudo as oficinas de curta duraccedilatildeo satildeo realizadas a partir de um banco de dados baacutesico do municiacutepio onde acontecem devendo ser comple-mentadas durante o desenvolvimento das atividades

O conteuacutedo da oficina foi organizado em estrutura e simbologia das camadas na aacuterea de controle importaccedilatildeo criaccedilatildeo e ediccedilatildeo de camadas corre-laccedilatildeo dos dados espaciais e alfanumeacutericos planejamento e montagem de ban-co de dados elaboraccedilatildeo cartograacutefica com vistas aos estudos de leitura anaacutelise e planejamento da paisagem Interfaces SIG CAD sistemas web Montagem de layout e apresentaccedilatildeo cartograacutefica

A plataforma utilizada para o desenvolvimento das atividades das oficinas foi QGIS (Quantum GIS) que eacute um software livre de coacutedigo-fonte aberto multiplataforma de SIG a qual permite a visualizaccedilatildeo a ediccedilatildeo e a anaacute-lise de dados e informaccedilotildees georreferenciados O programa bastante utilizado por estudantes pode funcionar com diversos plugins para expandir seu uso original de modo imediato e gratuito Por ser de faacutecil acesso e livre permite

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que o usuaacuterio continue utilizando o software e desenvolvendo suas habilidades no sistema apoacutes a oficina constituindo uma importante alternativa agravequelas que geralmente podem ser utilizadas a partir de laboratoacuterios nas universida-des instituiccedilotildees ou grande empresas

Para iniacutecio das atividades da oficina eacute disponibilizado um banco de dados base tomado como ponto de partida e a partir da interaccedilatildeo com outras plataformas como o Google Earth e pesquisa de dados satildeo feitas complemen-taccedilotildees no banco de dados o qual eacute compartilhado e de acesso a todos os parti-cipantes A estruturaccedilatildeo das oficinas pode ser acompanhada na Figura 7

Figura 7 - Etapas do desenvolvimento das oficinas

Fonte Elaboraccedilatildeo das autoras (2020)

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A primeira etapa da oficina apresenta os principais conceitos e meacute-todos de leitura da paisagem bem como a estruturaccedilatildeo dos SIG relacionando as linguagens em comum

Na etapa 2 os participantes tecircm uma primeira aproximaccedilatildeo com o software por meio do qual realizam atividades de elaboraccedilatildeo de mapas com as informaccedilotildees disponibilizadas no banco de dados As atividades se concentram em configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho e na elaboraccedilatildeo de layouts Em seguida os usuaacuterios satildeo organi-zados em equipes de trecircs a quatro integrantes fazem a pesquisa e acessam dados geoespaciais on-line atraveacutes de pesquisa em sites eou criam planos de informaccedilatildeo Editam banco de dados elaborando mapas com classificaccedilatildeo de dados por simbologias siacutembolo uacutenico categorizado ou graduado para dados geoespaciais nas geometrias de ponto linha e poliacutegono

Nessa etapa satildeo desenvolvidas atividades guiadas explorando as interfaces SIG e CAD e os sistemas web como o Google Earth No ambiente SIG eacute encaminhada uma sobreposiccedilatildeo de mapas de maneira que cada equipe possa produzir um mapa de siacutentese dos aspectos ecoloacutegicos e um dos aspectos culturais ou antroacutepicos da aacuterea estudada

Na etapa 3 os usuaacuterios devem aplicar as metodologias de identifica-ccedilatildeo das UPs Cada equipe elenca os criteacuterios estabelecidos para a identificaccedilatildeo das UPs Posteriormente a sobreposiccedilatildeo dos mapas de siacutentese gera a identifi-caccedilatildeo das Unidades de Paisagem

Na etapa 4 eacute realizado um seminaacuterio onde cada equipe apresenta suas unidades de paisagem e caracteriza brevemente cada uma delas Por meio de atividade guiada todas as equipes dialogam a respeito dos criteacuterios e dos resultados encontrados No final do seminaacuterio a turma obteacutem um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem que a partir de estudos especiacuteficos seraacute caracterizado

Na etapa 5 satildeo apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em

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diferentes escalas Por fim eacute encaminhada uma avaliaccedilatildeo das atividades de-senvolvidas na oficina

RESULTADOSAs atividades de elaboraccedilatildeo de mapas em ambientes SIG se mos-

traram fundamentais para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo proposto Nessa etapa os usuaacuterios aprenderam a inserir e a configurar dados geoespaciais da aacuterea de estudo configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho Por meio de exerciacutecios guiados (exerciacutecios 1 a 5) o usuaacuterio foi capaz de compreender a estrutura e a correlaccedilatildeo dos dados e a elaborar mapas base para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo

No exerciacutecio 1 foi realizada a configuraccedilatildeo da aacuterea de trabalho a inserccedilatildeo das camadas do banco de dados preacutevio a sobreposiccedilatildeo e a configura-ccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das camadas por meio da alteraccedilatildeo das propriedades de preenchimento borda transparecircncia roacutetulos etc

O banco de dados disponibilizado possuiacutea arquivos raster e vetoriais no formato shapefile (shp) para as geometrias ponto a linha e o poliacutegono As atividades se concentraram nos dados vetoriais pelo manuseio dos planos de informaccedilatildeo (camadas) As seleccedilotildees na aacuterea de trabalho e da tabela de atribu-tos permitiu aos usuaacuterios a compreensatildeo da correlaccedilatildeo espacial Ao final do exerciacutecio 1 o usuaacuterio foi capaz de manusear e configurar o projeto e a visuali-zaccedilatildeo das simbologias dos planos de informaccedilatildeo aplicar filtros de informaccedilatildeo espacial bem como estabelecer os princiacutepios de correlaccedilatildeo entre a feiccedilatildeo e seu respectivo atributo em uma tabela de atributos

O foco do exerciacutecio 2 foi a elaboraccedilatildeo de anaacutelises espaciais a partir de poliacutegonos utilizando-se as propriedades de siacutembolo uacutenico categorizado e graduado (Figura 8) Para esse exerciacutecio foram utilizadas malhas digitais correspondentes aos bairros ou municiacutepios da regiatildeo de estudo Cada feiccedilatildeo da camada deveria conter ao menos uma informaccedilatildeo da tabela de atributos preenchida do tipo texto

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Para a visualizaccedilatildeo dos planos de informaccedilatildeo na simbologia de siacutem-bolo uacutenico o usuaacuterio relacionou a visualizaccedilatildeo dos dados a uma informaccedilatildeo da tabela de atributos Para essa atividade foram selecionados como atributo a ser classificado o nome dos bairros ou municiacutepios gerando mapa no qual cada poliacutegono foi representado com uma simbologia proacutepria Nessa atividade o usuaacuterio tambeacutem inseriu roacutetulos e configurou a sua apresentaccedilatildeo de layout

Para a visualizaccedilatildeo do plano de informaccedilatildeo na simbologia catego-rizado os usuaacuterios iniciaram o processo de ediccedilatildeo do banco de dados que consistiu no preenchimento ou na alteraccedilatildeo de informaccedilotildees na tabela de atri-butos de uma camada Para isso precisaram identificar temas em comum aos poliacutegonos Ao abrir a ediccedilatildeo preencheram a coluna do banco de dados com a informaccedilatildeo correspondente a cada poliacutegono Na visualizaccedilatildeo dos dados a simbologia foi alterada de siacutembolo uacutenico para categorizado escolhendo a infor-maccedilatildeo a ser analisada correspondente agrave coluna editada anteriormente

Para a simbologia graduada o usuaacuterio deveria editar o banco de dados com a populaccedilatildeo (dado numeacuterico real) de cada municiacutepio ou bairro Assim poderia elaborar um mapa com os intervalos das faixas populacionais correspondentes aos grupos de municiacutepios ou bairros para identificar quais satildeo os mais populosos por exemplo

Por meio dessas atividades foram desenvolvidas outras habilidades de manuseio do banco de dados como o caacutelculo automaacutetico da aacuterea dos po-liacutegonos (dado numeacuterico decimal) e o caacutelculo automaacutetico da densidade po-pulacional por exemplo por meio das operaccedilotildees simples de divisatildeo entre os valores que preenchem as colunas do banco de dados (densidade populacional = populaccedilatildeoaacuterea por exemplo)

O exerciacutecio 3 focou-se na montagem de layout configuraccedilatildeo de es-cala legendas e grades de coordenadas principalmente

A Figura 8 mostra alguns resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3

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Figura 8 - Resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3 elaboraccedilatildeo de mapas siacutembolo uacutenico categorizado e de intervalos e montagem de layout

Legenda (I) Mapa siacutembolo uacutenico (II) Mapa de pontos categorizados (III) Mapa de siacutembolo graduado Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

O exerciacutecio 4 foi aplicado conforme o andamento dos exerciacutecios anteriores e principalmente nas oficinas de duraccedilatildeo de 8haula Por meio dele foi trabalhada a operaccedilatildeo das Interfaces SIG CAD sistemas web que consistiu na importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de arquivos para formatos CAD (dxf) e Google Earth (kml) Para isso foram manuseados os planos de informaccedilatildeo dos exerciacutecios 1 a 3 de maneira que pudessem ser visualizados em diversos aplicativos SIG CAD ou web Foram utilizados plugins web diretamente na aacuterea de trabalho Qgis conforme o interesse do usuaacuterio

Para a finalizaccedilatildeo do exerciacutecio o usuaacuterio deveria marcar pontos correspondentes aos equipamentos puacuteblicos de um bairro da aacuterea de estudo no Google Earth importar esse plano de informaccedilatildeo no QGis e a partir dele criar uma camada shapefile criar campos na tabela de atributos preenchecirc-los com as informaccedilotildees a respeito da tipologia (escola unidade de sauacutede etc) e do nome do equipamento O usuaacuterio aplicaria a simbologia categorizada para a tipologia do equipamento evidenciando uma figura siacutembolo para cada ca-tegoria Ao final deveria ser elaborado layout com ao menos dois planos de informaccedilatildeo ativos e legenda categorizada

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Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

REFEREcircNCIAS BERQUE A Paisagem-marca paisagem-matriz elementos da problemaacutetica para uma geografia cultural In CORREcircA R L ROSENDAHL Z (orgs) Paisagem tempo e cultura Rio de Janeiro Editora da UERJ 1998 p 84-91

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CARAPINHA A 0809 Arte das paisagens e dos jardins Plano de ensino para a disciplina do Curso de Arquitectura Paisagista da Universidade de Eacutevora Portugal Eacutevora 2008

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FAVARETTO A Valores paisagiacutesticos subsiacutedios para elaboraccedilatildeo do projeto de estradas 2017 482 f Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis 2016 Disponiacutevel em httpwwwbuufscbrtesesPARQ0259-Tpdf Acesso em 01 ago 2019

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VALENTINI D R Transformaccedilatildeo e ressignificaccedilatildeo espaccedilo-temporal da paisagem territorial O Oeste catarinense na Poacutes-Modernidade 2020 380 f Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2020

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Eacute imprescindiacutevel para a definiccedilatildeo de unidades de paisagem a utiliza-ccedilatildeo de imagem de sateacutelite eou levantamento aerofotogrameacutetrico aleacutem dos es-tudos de evoluccedilatildeo e transformaccedilatildeo da paisagem que satildeo de extrema relevacircncia para que se possa compreender como a paisagem eacute no momento presente e que se consiga fazer prospecccedilotildees para o futuro No sentido de planejamento levan-tar tudo o que estaacute projetado e todos os planos para a aacuterea tambeacutem se faz ne-cessaacuterio Sendo assim eacute desejaacutevel que a equipe de trabalho seja multidisciplinar

A definiccedilatildeo de UP inclui (a) trabalho de gabinete contemplando estudo preacutevio documental histoacuterico fotograacutefico e cartograacutefico organizaccedilatildeo do banco de dados (b) seleccedilatildeo das categorias de anaacutelise e sobreposiccedilatildeo delas em cartografias temaacuteticas que geram outros mapas temaacuteticos de siacutentese os quais auxiliaratildeo na identificaccedilatildeo das UPs (Figura 2) (c) identificaccedilatildeo das UPs (d) descriccedilatildeo das UPs

Figura 2 - Esquema de sobreposiccedilatildeo de mapas para identificaccedilatildeo de UPs

Fonte Favaretto (2017 p 167)

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A outra etapa eacute o trabalho de campo por meio do qual eacute feita a ve-rificaccedilatildeo da delimitaccedilatildeo das UPs realizada em gabinete normalmente sendo necessaacuterios ajustes e tambeacutem a coleta de material complementar para a ca-racterizaccedilatildeo Novamente em gabinete satildeo realizados os ajustes e finalizado o inventaacuterio Com isso em matildeos parte-se para as etapas de planejamento utili-zando-se tambeacutem os SIG para as simulaccedilotildees de diferentes alternativas

Como exemplo de aplicaccedilatildeo do meacutetodo destacam-se Favaretto (2012) ndash escala regional Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash abordagem interes-calar e Vieira e Macedo (2013) ndash escala municipal ateacute intraurbana

Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG)Os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) ou Geographical

Information Systems (GIS) satildeo um sistema que se baseia na interaccedilatildeo entre software (programa computacional) hardware (equipamentos) pessoas e informaccedilotildees espaciais as quais ficam armazenadas em um banco de dados Satildeo sistemas interativos baseados em ldquo[] estruturas de programaccedilatildeo que per-mitem a captura o armazenamento e atualizaccedilotildees dos dados sua exibiccedilatildeo e acima de tudo anaacutelises e integraccedilotildees de dados ambientaisrdquo (SILVA 1997 p 8)

Assim as ferramentas das geotecnologias (SIG Geoprocessamento Sensoriamento Remoto etc) satildeo importantes para a gestatildeo do territoacuterio jaacute que permitem gerar organizar e sistematizar informaccedilotildees geograacuteficas sobre a sociedade e o espaccedilo que ela ocupa e produz

Em SIG a realidade ambiental (processos e eventos) de um territoacuterio pode ser sistematizada em planos de informaccedilatildeo e organizada de acordo com as situaccedilotildees no tempo (passado e presente) A partir de sucessivas sistemati-zaccedilotildees dessa realidade ambiental de um territoacuterio eacute possiacutevel compreender os processos de apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio (Figura 3) Assim com as realidades ambientais sobrepostas eacute possiacutevel fazer a interface dos SIG ao Planejamento da Paisagem de maneira que novas informaccedilotildees e simulaccedilotildees no tempo futuro possam ser agregadas ao processo de planejamento do territoacuterio

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Figura 3 - Ambiente como sistema

Fonte Valentini (2020 p 120) baseado em Silva (2001)

Estrutura de dadosUma base de dados em SIG corresponde ao conjunto de ldquoplanos

de informaccedilatildeordquo que compotildeem a representaccedilatildeo de um determinado ambien-te Esses Planos de Informaccedilatildeo satildeo estruturados de forma que possam ser produzidos lidos eou editados em linguagem compatiacutevel com os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas ou Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees (SIG) Essas camadas satildeo organizadas a partir de temas como por exemplo limites territoriais vegetaccedilatildeo hidrografia malha urbana sistema viaacuterio quadras lo-tes entre outros

Os SIG permitem a integraccedilatildeo de diversos tipos de dados de fontes variadas (mapas dados tabulares fotos aeacutereas modelos de elevaccedilatildeo imagens de sateacutelite dados CAD mediccedilotildees lineares etc) em um ambiente integrado de armazenamento gerenciamento anaacutelise e exibiccedilatildeo Muitos desses tipos de dados natildeo satildeo facilmente representados em mapas em papel

A base de dados de um ambiente em SIG pode ser em dois formatos baacutesicos vetorial e raster O formato vetorial eacute conhecido e amplamente utili-

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zado nos sistemas de desenho assistido por computador O formato raster eacute o proacuteprio formato das imagens ndash fotografias e imagens de sateacutelite por exemplo ndash cuja resoluccedilatildeo varia de acordo com a relaccedilatildeo espacial do pixel e sua corres-pondente dimensional real (Figura 4)

Figura 4 - Exemplificaccedilatildeo das estruturas dos dados raster e vetorial em ambiente SIG

Fonte Valentini (2020 p 121)

Mas qual o diferencial de um sistema de desenho assistido por com-putador (CAD) e um SIG Aleacutem da grande capacidade de armazenamento e processamento de informaccedilotildees o diferencial elementar eacute a correlaccedilatildeo que se manifesta na capacidade de atribuir de forma inequiacutevoca uma ou mais infor-maccedilotildees a uma entidade espacial De forma simples pode-se afirmar que haacute uma correlaccedilatildeo direta e inequiacutevoca entre um design (desenho elemento de uma camada formato vetorial) ou uma ceacutelula (pixel de uma imagem formato raster) e uma informaccedilatildeo depositada em um banco de dados alfanumeacuterico A essa entidade ndash desenho informaccedilatildeo e localizaccedilatildeo indissociados ndash daacute-se o nome de feiccedilatildeo

Uma ou mais feiccedilotildees conformam uma camada ou plano de informa-ccedilatildeo As feiccedilotildees compartilham em cada plano de informaccedilatildeo uma estrutura de

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dados organizados em um banco de dados ou tabela de atributos Esse banco de dados estaacute organizado em colunas e linhas A coluna baacutesica eacute o ID (chave inequiacutevoca) as demais colunas poderatildeo ser criadas de acordo com os demais temas de interesse do pesquisador Cada linha da tabela de atributos eacute corre-lacionada a uma feiccedilatildeo Na Figura 5 eacute possiacutevel compreendermos a correlaccedilatildeo entre o design e a informaccedilatildeo correspondente na tabela de atributos a existecircn-cia do design estaacute atrelada agrave linha da tabela de atributos

Figura 5 - Correlaccedilatildeo do design agraves informaccedilotildees da tabela de atributos em ambiente SIG Qgis 218

Fonte Acervo das autoras (2018)

Do ponto de vista operacional outra diferenciaccedilatildeo entre CAD e SIG eacute que o plano de informaccedilatildeo possui uma estrutura que poderaacute ser elabora-da lida ou editada em linguagem compatiacutevel em diversas ferramentas SIG Diferentemente do sistema CAD a feiccedilatildeo natildeo eacute um conteuacutedo interno ao ar-quivo CAD O sistema SIG cria visualiza edita e produz informaccedilatildeo a partir de planos de informaccedilatildeo que ficam ldquoexternosrdquo ao projeto em ambiente SIG Isso permite que esses planos de informaccedilatildeo possam ser utilizados e atuali-

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zados a partir de um servidor comum otimizando e fortalecendo as accedilotildees de levantamento e anaacutelise de dados ambientais ou cadastrais por exemplo Para isso eacute preciso fornecer o ldquocaminhordquo o diretoacuterio onde o plano de informaccedilatildeo estaacute depositado

Um plano de informaccedilatildeo de formato vetorial que conforma um sha-pefile (shp) ESRI eacute formado por arquivos correlacionados em diferentes for-matos ndash correspondentes ao design localizaccedilatildeo banco de dados entre outros Um plano de informaccedilatildeo precisa ser inserido a um projeto em ambiente SIG para ser visualizado configurado ou editado

Do ponto de vista da ecologia das paisagens a Estrutura Morfoloacutegica da paisagem se fundamenta a partir do mosaico antropizado e heterogecircneo de elementos formais e processos que possibilitam a compreensatildeo da estruturaccedilatildeo do territoacuterio identificando matriz corredor mancha (ou fragmento) e borda em contiacutenua transformaccedilatildeo (FORMAN GODRON 1986 FORMAN 1995)

Nessa perspectiva a linguagem SIG se fundamenta nas geometrias ndash ponto linha e poliacutegono ndash correlacionadas aos atributos alfanumeacutericos ine-quiacutevocos pela chave de localizaccedilatildeo O domiacutenio das representaccedilotildees vetoriais nos SIG se fundamenta no ponto Apesar de ser adimensional eacute gerador das demais geometrias pois eacute a base da localizaccedilatildeo O ponto na paisagem estaacute intriacutenseco agrave localizaccedilatildeo agraves unidades e aos eventos mas conforma tambeacutem os noacutes que satildeo interseccedilotildees entre corredores e bordas por exemplo A linha que corresponde agrave estrutura de paisagem do tipo corredor estaacute relacionada ao sentido de acessibilidade de fluxo inferido pela conectividade estabelecendo relaccedilotildees de proximidade e a demarcaccedilatildeo de limites O poliacutegono estaacute relacio-nado agraves estruturas de transiccedilatildeo mais comuns da paisagem mancha (ou frag-mento) e matriz Ele daacute sentido de abrangecircncia espaccedilo-temporal jaacute que tem a melhor capacidade de responder espacialmente (resistir ou agir) agraves forccedilas de transformaccedilatildeo

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MATERIAIS E MEacuteTODOSAs oficinas de SIG Aplicados ao Planejamento da Paisagem satildeo ofereci-

das em ambiente de laboratoacuterio de informaacutetica com softwares Qgis sistemas CAD etc tendo duraccedilatildeo de quatro ou oito horasaula conforme o objetivo e a disponi-bilidade do evento Os relatos das oficinas apresentados neste capiacutetulo se referem agraves oficinas didaacuteticas ocorridas na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus de Erechim nos anos de 2016 2017 e 2018 expostos no XIV Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo das Escolas de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (ENEPEA) realizado em Santa Maria RS em 2018 e no X Seminaacuterio de Pesquisa em Planejamento e Gestatildeo Territorial (SPPGT) realizado na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) em Criciuacutema SC no ano de 2019 (Figura 6)

Figura 6 - Fotos das oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) Santa Maria (RS) e Criciuacutema (SC)

Legenda (I) e (II) Oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) nos anos de 2016 e 2017 (III) Oficina didaacutetica XIV ENEPEA em Santa Maria (RS) no ano de 2018 (IV) Oficina didaacutetica X SPPGTUNESC em Criciuacutema (SC) no ano de 2019Fonte Acervo das autoras (2019)

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Materiais de apoio foram disponibilizados aos participantes ante-riormente agrave execuccedilatildeo da oficina constituindo-se em uma apostila didaacutetica elaborada pelas autoras uma pasta com o aporte teoacuterico composto por trecircs artigos e uma pasta com banco de dados em formato vetorial e raster utiliza-dos na oficina

A apostila didaacutetica apresentou uma discussatildeo acerca do conceito de paisagem e introduziu os meacutetodos de leitura da paisagem noccedilotildees gerais de car-tografia SIG softwares e processos utilizados no desenvolvimento da oficina Por fim disponibilizou links de acesso a repositoacuterios de bancos de dados que seriam explorados pelos alunos durante a oficina e depois dela A leitura preacutevia familiarizou o aluno com o tema e com os processos que seriam desenvolvidos na parte praacutetica da oficina A leitura dos trecircs artigos indicados ndash Nogueacute e Sala (2006) Steinitz (2002) e Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash ampliou o repertoacuterio e aprofundou outras metodologias de anaacutelise e leitura da paisagem que tam-beacutem se beneficiam da utilizaccedilatildeo de ferramentas de geoprocessamento

Reconhecendo a importacircncia de o usuaacuterio conhecer previamente a paisagem de estudo as oficinas de curta duraccedilatildeo satildeo realizadas a partir de um banco de dados baacutesico do municiacutepio onde acontecem devendo ser comple-mentadas durante o desenvolvimento das atividades

O conteuacutedo da oficina foi organizado em estrutura e simbologia das camadas na aacuterea de controle importaccedilatildeo criaccedilatildeo e ediccedilatildeo de camadas corre-laccedilatildeo dos dados espaciais e alfanumeacutericos planejamento e montagem de ban-co de dados elaboraccedilatildeo cartograacutefica com vistas aos estudos de leitura anaacutelise e planejamento da paisagem Interfaces SIG CAD sistemas web Montagem de layout e apresentaccedilatildeo cartograacutefica

A plataforma utilizada para o desenvolvimento das atividades das oficinas foi QGIS (Quantum GIS) que eacute um software livre de coacutedigo-fonte aberto multiplataforma de SIG a qual permite a visualizaccedilatildeo a ediccedilatildeo e a anaacute-lise de dados e informaccedilotildees georreferenciados O programa bastante utilizado por estudantes pode funcionar com diversos plugins para expandir seu uso original de modo imediato e gratuito Por ser de faacutecil acesso e livre permite

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que o usuaacuterio continue utilizando o software e desenvolvendo suas habilidades no sistema apoacutes a oficina constituindo uma importante alternativa agravequelas que geralmente podem ser utilizadas a partir de laboratoacuterios nas universida-des instituiccedilotildees ou grande empresas

Para iniacutecio das atividades da oficina eacute disponibilizado um banco de dados base tomado como ponto de partida e a partir da interaccedilatildeo com outras plataformas como o Google Earth e pesquisa de dados satildeo feitas complemen-taccedilotildees no banco de dados o qual eacute compartilhado e de acesso a todos os parti-cipantes A estruturaccedilatildeo das oficinas pode ser acompanhada na Figura 7

Figura 7 - Etapas do desenvolvimento das oficinas

Fonte Elaboraccedilatildeo das autoras (2020)

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A primeira etapa da oficina apresenta os principais conceitos e meacute-todos de leitura da paisagem bem como a estruturaccedilatildeo dos SIG relacionando as linguagens em comum

Na etapa 2 os participantes tecircm uma primeira aproximaccedilatildeo com o software por meio do qual realizam atividades de elaboraccedilatildeo de mapas com as informaccedilotildees disponibilizadas no banco de dados As atividades se concentram em configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho e na elaboraccedilatildeo de layouts Em seguida os usuaacuterios satildeo organi-zados em equipes de trecircs a quatro integrantes fazem a pesquisa e acessam dados geoespaciais on-line atraveacutes de pesquisa em sites eou criam planos de informaccedilatildeo Editam banco de dados elaborando mapas com classificaccedilatildeo de dados por simbologias siacutembolo uacutenico categorizado ou graduado para dados geoespaciais nas geometrias de ponto linha e poliacutegono

Nessa etapa satildeo desenvolvidas atividades guiadas explorando as interfaces SIG e CAD e os sistemas web como o Google Earth No ambiente SIG eacute encaminhada uma sobreposiccedilatildeo de mapas de maneira que cada equipe possa produzir um mapa de siacutentese dos aspectos ecoloacutegicos e um dos aspectos culturais ou antroacutepicos da aacuterea estudada

Na etapa 3 os usuaacuterios devem aplicar as metodologias de identifica-ccedilatildeo das UPs Cada equipe elenca os criteacuterios estabelecidos para a identificaccedilatildeo das UPs Posteriormente a sobreposiccedilatildeo dos mapas de siacutentese gera a identifi-caccedilatildeo das Unidades de Paisagem

Na etapa 4 eacute realizado um seminaacuterio onde cada equipe apresenta suas unidades de paisagem e caracteriza brevemente cada uma delas Por meio de atividade guiada todas as equipes dialogam a respeito dos criteacuterios e dos resultados encontrados No final do seminaacuterio a turma obteacutem um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem que a partir de estudos especiacuteficos seraacute caracterizado

Na etapa 5 satildeo apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em

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diferentes escalas Por fim eacute encaminhada uma avaliaccedilatildeo das atividades de-senvolvidas na oficina

RESULTADOSAs atividades de elaboraccedilatildeo de mapas em ambientes SIG se mos-

traram fundamentais para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo proposto Nessa etapa os usuaacuterios aprenderam a inserir e a configurar dados geoespaciais da aacuterea de estudo configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho Por meio de exerciacutecios guiados (exerciacutecios 1 a 5) o usuaacuterio foi capaz de compreender a estrutura e a correlaccedilatildeo dos dados e a elaborar mapas base para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo

No exerciacutecio 1 foi realizada a configuraccedilatildeo da aacuterea de trabalho a inserccedilatildeo das camadas do banco de dados preacutevio a sobreposiccedilatildeo e a configura-ccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das camadas por meio da alteraccedilatildeo das propriedades de preenchimento borda transparecircncia roacutetulos etc

O banco de dados disponibilizado possuiacutea arquivos raster e vetoriais no formato shapefile (shp) para as geometrias ponto a linha e o poliacutegono As atividades se concentraram nos dados vetoriais pelo manuseio dos planos de informaccedilatildeo (camadas) As seleccedilotildees na aacuterea de trabalho e da tabela de atribu-tos permitiu aos usuaacuterios a compreensatildeo da correlaccedilatildeo espacial Ao final do exerciacutecio 1 o usuaacuterio foi capaz de manusear e configurar o projeto e a visuali-zaccedilatildeo das simbologias dos planos de informaccedilatildeo aplicar filtros de informaccedilatildeo espacial bem como estabelecer os princiacutepios de correlaccedilatildeo entre a feiccedilatildeo e seu respectivo atributo em uma tabela de atributos

O foco do exerciacutecio 2 foi a elaboraccedilatildeo de anaacutelises espaciais a partir de poliacutegonos utilizando-se as propriedades de siacutembolo uacutenico categorizado e graduado (Figura 8) Para esse exerciacutecio foram utilizadas malhas digitais correspondentes aos bairros ou municiacutepios da regiatildeo de estudo Cada feiccedilatildeo da camada deveria conter ao menos uma informaccedilatildeo da tabela de atributos preenchida do tipo texto

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Para a visualizaccedilatildeo dos planos de informaccedilatildeo na simbologia de siacutem-bolo uacutenico o usuaacuterio relacionou a visualizaccedilatildeo dos dados a uma informaccedilatildeo da tabela de atributos Para essa atividade foram selecionados como atributo a ser classificado o nome dos bairros ou municiacutepios gerando mapa no qual cada poliacutegono foi representado com uma simbologia proacutepria Nessa atividade o usuaacuterio tambeacutem inseriu roacutetulos e configurou a sua apresentaccedilatildeo de layout

Para a visualizaccedilatildeo do plano de informaccedilatildeo na simbologia catego-rizado os usuaacuterios iniciaram o processo de ediccedilatildeo do banco de dados que consistiu no preenchimento ou na alteraccedilatildeo de informaccedilotildees na tabela de atri-butos de uma camada Para isso precisaram identificar temas em comum aos poliacutegonos Ao abrir a ediccedilatildeo preencheram a coluna do banco de dados com a informaccedilatildeo correspondente a cada poliacutegono Na visualizaccedilatildeo dos dados a simbologia foi alterada de siacutembolo uacutenico para categorizado escolhendo a infor-maccedilatildeo a ser analisada correspondente agrave coluna editada anteriormente

Para a simbologia graduada o usuaacuterio deveria editar o banco de dados com a populaccedilatildeo (dado numeacuterico real) de cada municiacutepio ou bairro Assim poderia elaborar um mapa com os intervalos das faixas populacionais correspondentes aos grupos de municiacutepios ou bairros para identificar quais satildeo os mais populosos por exemplo

Por meio dessas atividades foram desenvolvidas outras habilidades de manuseio do banco de dados como o caacutelculo automaacutetico da aacuterea dos po-liacutegonos (dado numeacuterico decimal) e o caacutelculo automaacutetico da densidade po-pulacional por exemplo por meio das operaccedilotildees simples de divisatildeo entre os valores que preenchem as colunas do banco de dados (densidade populacional = populaccedilatildeoaacuterea por exemplo)

O exerciacutecio 3 focou-se na montagem de layout configuraccedilatildeo de es-cala legendas e grades de coordenadas principalmente

A Figura 8 mostra alguns resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3

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Figura 8 - Resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3 elaboraccedilatildeo de mapas siacutembolo uacutenico categorizado e de intervalos e montagem de layout

Legenda (I) Mapa siacutembolo uacutenico (II) Mapa de pontos categorizados (III) Mapa de siacutembolo graduado Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

O exerciacutecio 4 foi aplicado conforme o andamento dos exerciacutecios anteriores e principalmente nas oficinas de duraccedilatildeo de 8haula Por meio dele foi trabalhada a operaccedilatildeo das Interfaces SIG CAD sistemas web que consistiu na importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de arquivos para formatos CAD (dxf) e Google Earth (kml) Para isso foram manuseados os planos de informaccedilatildeo dos exerciacutecios 1 a 3 de maneira que pudessem ser visualizados em diversos aplicativos SIG CAD ou web Foram utilizados plugins web diretamente na aacuterea de trabalho Qgis conforme o interesse do usuaacuterio

Para a finalizaccedilatildeo do exerciacutecio o usuaacuterio deveria marcar pontos correspondentes aos equipamentos puacuteblicos de um bairro da aacuterea de estudo no Google Earth importar esse plano de informaccedilatildeo no QGis e a partir dele criar uma camada shapefile criar campos na tabela de atributos preenchecirc-los com as informaccedilotildees a respeito da tipologia (escola unidade de sauacutede etc) e do nome do equipamento O usuaacuterio aplicaria a simbologia categorizada para a tipologia do equipamento evidenciando uma figura siacutembolo para cada ca-tegoria Ao final deveria ser elaborado layout com ao menos dois planos de informaccedilatildeo ativos e legenda categorizada

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Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

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A outra etapa eacute o trabalho de campo por meio do qual eacute feita a ve-rificaccedilatildeo da delimitaccedilatildeo das UPs realizada em gabinete normalmente sendo necessaacuterios ajustes e tambeacutem a coleta de material complementar para a ca-racterizaccedilatildeo Novamente em gabinete satildeo realizados os ajustes e finalizado o inventaacuterio Com isso em matildeos parte-se para as etapas de planejamento utili-zando-se tambeacutem os SIG para as simulaccedilotildees de diferentes alternativas

Como exemplo de aplicaccedilatildeo do meacutetodo destacam-se Favaretto (2012) ndash escala regional Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash abordagem interes-calar e Vieira e Macedo (2013) ndash escala municipal ateacute intraurbana

Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG)Os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) ou Geographical

Information Systems (GIS) satildeo um sistema que se baseia na interaccedilatildeo entre software (programa computacional) hardware (equipamentos) pessoas e informaccedilotildees espaciais as quais ficam armazenadas em um banco de dados Satildeo sistemas interativos baseados em ldquo[] estruturas de programaccedilatildeo que per-mitem a captura o armazenamento e atualizaccedilotildees dos dados sua exibiccedilatildeo e acima de tudo anaacutelises e integraccedilotildees de dados ambientaisrdquo (SILVA 1997 p 8)

Assim as ferramentas das geotecnologias (SIG Geoprocessamento Sensoriamento Remoto etc) satildeo importantes para a gestatildeo do territoacuterio jaacute que permitem gerar organizar e sistematizar informaccedilotildees geograacuteficas sobre a sociedade e o espaccedilo que ela ocupa e produz

Em SIG a realidade ambiental (processos e eventos) de um territoacuterio pode ser sistematizada em planos de informaccedilatildeo e organizada de acordo com as situaccedilotildees no tempo (passado e presente) A partir de sucessivas sistemati-zaccedilotildees dessa realidade ambiental de um territoacuterio eacute possiacutevel compreender os processos de apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio (Figura 3) Assim com as realidades ambientais sobrepostas eacute possiacutevel fazer a interface dos SIG ao Planejamento da Paisagem de maneira que novas informaccedilotildees e simulaccedilotildees no tempo futuro possam ser agregadas ao processo de planejamento do territoacuterio

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Figura 3 - Ambiente como sistema

Fonte Valentini (2020 p 120) baseado em Silva (2001)

Estrutura de dadosUma base de dados em SIG corresponde ao conjunto de ldquoplanos

de informaccedilatildeordquo que compotildeem a representaccedilatildeo de um determinado ambien-te Esses Planos de Informaccedilatildeo satildeo estruturados de forma que possam ser produzidos lidos eou editados em linguagem compatiacutevel com os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas ou Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees (SIG) Essas camadas satildeo organizadas a partir de temas como por exemplo limites territoriais vegetaccedilatildeo hidrografia malha urbana sistema viaacuterio quadras lo-tes entre outros

Os SIG permitem a integraccedilatildeo de diversos tipos de dados de fontes variadas (mapas dados tabulares fotos aeacutereas modelos de elevaccedilatildeo imagens de sateacutelite dados CAD mediccedilotildees lineares etc) em um ambiente integrado de armazenamento gerenciamento anaacutelise e exibiccedilatildeo Muitos desses tipos de dados natildeo satildeo facilmente representados em mapas em papel

A base de dados de um ambiente em SIG pode ser em dois formatos baacutesicos vetorial e raster O formato vetorial eacute conhecido e amplamente utili-

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zado nos sistemas de desenho assistido por computador O formato raster eacute o proacuteprio formato das imagens ndash fotografias e imagens de sateacutelite por exemplo ndash cuja resoluccedilatildeo varia de acordo com a relaccedilatildeo espacial do pixel e sua corres-pondente dimensional real (Figura 4)

Figura 4 - Exemplificaccedilatildeo das estruturas dos dados raster e vetorial em ambiente SIG

Fonte Valentini (2020 p 121)

Mas qual o diferencial de um sistema de desenho assistido por com-putador (CAD) e um SIG Aleacutem da grande capacidade de armazenamento e processamento de informaccedilotildees o diferencial elementar eacute a correlaccedilatildeo que se manifesta na capacidade de atribuir de forma inequiacutevoca uma ou mais infor-maccedilotildees a uma entidade espacial De forma simples pode-se afirmar que haacute uma correlaccedilatildeo direta e inequiacutevoca entre um design (desenho elemento de uma camada formato vetorial) ou uma ceacutelula (pixel de uma imagem formato raster) e uma informaccedilatildeo depositada em um banco de dados alfanumeacuterico A essa entidade ndash desenho informaccedilatildeo e localizaccedilatildeo indissociados ndash daacute-se o nome de feiccedilatildeo

Uma ou mais feiccedilotildees conformam uma camada ou plano de informa-ccedilatildeo As feiccedilotildees compartilham em cada plano de informaccedilatildeo uma estrutura de

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dados organizados em um banco de dados ou tabela de atributos Esse banco de dados estaacute organizado em colunas e linhas A coluna baacutesica eacute o ID (chave inequiacutevoca) as demais colunas poderatildeo ser criadas de acordo com os demais temas de interesse do pesquisador Cada linha da tabela de atributos eacute corre-lacionada a uma feiccedilatildeo Na Figura 5 eacute possiacutevel compreendermos a correlaccedilatildeo entre o design e a informaccedilatildeo correspondente na tabela de atributos a existecircn-cia do design estaacute atrelada agrave linha da tabela de atributos

Figura 5 - Correlaccedilatildeo do design agraves informaccedilotildees da tabela de atributos em ambiente SIG Qgis 218

Fonte Acervo das autoras (2018)

Do ponto de vista operacional outra diferenciaccedilatildeo entre CAD e SIG eacute que o plano de informaccedilatildeo possui uma estrutura que poderaacute ser elabora-da lida ou editada em linguagem compatiacutevel em diversas ferramentas SIG Diferentemente do sistema CAD a feiccedilatildeo natildeo eacute um conteuacutedo interno ao ar-quivo CAD O sistema SIG cria visualiza edita e produz informaccedilatildeo a partir de planos de informaccedilatildeo que ficam ldquoexternosrdquo ao projeto em ambiente SIG Isso permite que esses planos de informaccedilatildeo possam ser utilizados e atuali-

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zados a partir de um servidor comum otimizando e fortalecendo as accedilotildees de levantamento e anaacutelise de dados ambientais ou cadastrais por exemplo Para isso eacute preciso fornecer o ldquocaminhordquo o diretoacuterio onde o plano de informaccedilatildeo estaacute depositado

Um plano de informaccedilatildeo de formato vetorial que conforma um sha-pefile (shp) ESRI eacute formado por arquivos correlacionados em diferentes for-matos ndash correspondentes ao design localizaccedilatildeo banco de dados entre outros Um plano de informaccedilatildeo precisa ser inserido a um projeto em ambiente SIG para ser visualizado configurado ou editado

Do ponto de vista da ecologia das paisagens a Estrutura Morfoloacutegica da paisagem se fundamenta a partir do mosaico antropizado e heterogecircneo de elementos formais e processos que possibilitam a compreensatildeo da estruturaccedilatildeo do territoacuterio identificando matriz corredor mancha (ou fragmento) e borda em contiacutenua transformaccedilatildeo (FORMAN GODRON 1986 FORMAN 1995)

Nessa perspectiva a linguagem SIG se fundamenta nas geometrias ndash ponto linha e poliacutegono ndash correlacionadas aos atributos alfanumeacutericos ine-quiacutevocos pela chave de localizaccedilatildeo O domiacutenio das representaccedilotildees vetoriais nos SIG se fundamenta no ponto Apesar de ser adimensional eacute gerador das demais geometrias pois eacute a base da localizaccedilatildeo O ponto na paisagem estaacute intriacutenseco agrave localizaccedilatildeo agraves unidades e aos eventos mas conforma tambeacutem os noacutes que satildeo interseccedilotildees entre corredores e bordas por exemplo A linha que corresponde agrave estrutura de paisagem do tipo corredor estaacute relacionada ao sentido de acessibilidade de fluxo inferido pela conectividade estabelecendo relaccedilotildees de proximidade e a demarcaccedilatildeo de limites O poliacutegono estaacute relacio-nado agraves estruturas de transiccedilatildeo mais comuns da paisagem mancha (ou frag-mento) e matriz Ele daacute sentido de abrangecircncia espaccedilo-temporal jaacute que tem a melhor capacidade de responder espacialmente (resistir ou agir) agraves forccedilas de transformaccedilatildeo

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MATERIAIS E MEacuteTODOSAs oficinas de SIG Aplicados ao Planejamento da Paisagem satildeo ofereci-

das em ambiente de laboratoacuterio de informaacutetica com softwares Qgis sistemas CAD etc tendo duraccedilatildeo de quatro ou oito horasaula conforme o objetivo e a disponi-bilidade do evento Os relatos das oficinas apresentados neste capiacutetulo se referem agraves oficinas didaacuteticas ocorridas na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus de Erechim nos anos de 2016 2017 e 2018 expostos no XIV Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo das Escolas de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (ENEPEA) realizado em Santa Maria RS em 2018 e no X Seminaacuterio de Pesquisa em Planejamento e Gestatildeo Territorial (SPPGT) realizado na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) em Criciuacutema SC no ano de 2019 (Figura 6)

Figura 6 - Fotos das oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) Santa Maria (RS) e Criciuacutema (SC)

Legenda (I) e (II) Oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) nos anos de 2016 e 2017 (III) Oficina didaacutetica XIV ENEPEA em Santa Maria (RS) no ano de 2018 (IV) Oficina didaacutetica X SPPGTUNESC em Criciuacutema (SC) no ano de 2019Fonte Acervo das autoras (2019)

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Materiais de apoio foram disponibilizados aos participantes ante-riormente agrave execuccedilatildeo da oficina constituindo-se em uma apostila didaacutetica elaborada pelas autoras uma pasta com o aporte teoacuterico composto por trecircs artigos e uma pasta com banco de dados em formato vetorial e raster utiliza-dos na oficina

A apostila didaacutetica apresentou uma discussatildeo acerca do conceito de paisagem e introduziu os meacutetodos de leitura da paisagem noccedilotildees gerais de car-tografia SIG softwares e processos utilizados no desenvolvimento da oficina Por fim disponibilizou links de acesso a repositoacuterios de bancos de dados que seriam explorados pelos alunos durante a oficina e depois dela A leitura preacutevia familiarizou o aluno com o tema e com os processos que seriam desenvolvidos na parte praacutetica da oficina A leitura dos trecircs artigos indicados ndash Nogueacute e Sala (2006) Steinitz (2002) e Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash ampliou o repertoacuterio e aprofundou outras metodologias de anaacutelise e leitura da paisagem que tam-beacutem se beneficiam da utilizaccedilatildeo de ferramentas de geoprocessamento

Reconhecendo a importacircncia de o usuaacuterio conhecer previamente a paisagem de estudo as oficinas de curta duraccedilatildeo satildeo realizadas a partir de um banco de dados baacutesico do municiacutepio onde acontecem devendo ser comple-mentadas durante o desenvolvimento das atividades

O conteuacutedo da oficina foi organizado em estrutura e simbologia das camadas na aacuterea de controle importaccedilatildeo criaccedilatildeo e ediccedilatildeo de camadas corre-laccedilatildeo dos dados espaciais e alfanumeacutericos planejamento e montagem de ban-co de dados elaboraccedilatildeo cartograacutefica com vistas aos estudos de leitura anaacutelise e planejamento da paisagem Interfaces SIG CAD sistemas web Montagem de layout e apresentaccedilatildeo cartograacutefica

A plataforma utilizada para o desenvolvimento das atividades das oficinas foi QGIS (Quantum GIS) que eacute um software livre de coacutedigo-fonte aberto multiplataforma de SIG a qual permite a visualizaccedilatildeo a ediccedilatildeo e a anaacute-lise de dados e informaccedilotildees georreferenciados O programa bastante utilizado por estudantes pode funcionar com diversos plugins para expandir seu uso original de modo imediato e gratuito Por ser de faacutecil acesso e livre permite

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que o usuaacuterio continue utilizando o software e desenvolvendo suas habilidades no sistema apoacutes a oficina constituindo uma importante alternativa agravequelas que geralmente podem ser utilizadas a partir de laboratoacuterios nas universida-des instituiccedilotildees ou grande empresas

Para iniacutecio das atividades da oficina eacute disponibilizado um banco de dados base tomado como ponto de partida e a partir da interaccedilatildeo com outras plataformas como o Google Earth e pesquisa de dados satildeo feitas complemen-taccedilotildees no banco de dados o qual eacute compartilhado e de acesso a todos os parti-cipantes A estruturaccedilatildeo das oficinas pode ser acompanhada na Figura 7

Figura 7 - Etapas do desenvolvimento das oficinas

Fonte Elaboraccedilatildeo das autoras (2020)

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A primeira etapa da oficina apresenta os principais conceitos e meacute-todos de leitura da paisagem bem como a estruturaccedilatildeo dos SIG relacionando as linguagens em comum

Na etapa 2 os participantes tecircm uma primeira aproximaccedilatildeo com o software por meio do qual realizam atividades de elaboraccedilatildeo de mapas com as informaccedilotildees disponibilizadas no banco de dados As atividades se concentram em configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho e na elaboraccedilatildeo de layouts Em seguida os usuaacuterios satildeo organi-zados em equipes de trecircs a quatro integrantes fazem a pesquisa e acessam dados geoespaciais on-line atraveacutes de pesquisa em sites eou criam planos de informaccedilatildeo Editam banco de dados elaborando mapas com classificaccedilatildeo de dados por simbologias siacutembolo uacutenico categorizado ou graduado para dados geoespaciais nas geometrias de ponto linha e poliacutegono

Nessa etapa satildeo desenvolvidas atividades guiadas explorando as interfaces SIG e CAD e os sistemas web como o Google Earth No ambiente SIG eacute encaminhada uma sobreposiccedilatildeo de mapas de maneira que cada equipe possa produzir um mapa de siacutentese dos aspectos ecoloacutegicos e um dos aspectos culturais ou antroacutepicos da aacuterea estudada

Na etapa 3 os usuaacuterios devem aplicar as metodologias de identifica-ccedilatildeo das UPs Cada equipe elenca os criteacuterios estabelecidos para a identificaccedilatildeo das UPs Posteriormente a sobreposiccedilatildeo dos mapas de siacutentese gera a identifi-caccedilatildeo das Unidades de Paisagem

Na etapa 4 eacute realizado um seminaacuterio onde cada equipe apresenta suas unidades de paisagem e caracteriza brevemente cada uma delas Por meio de atividade guiada todas as equipes dialogam a respeito dos criteacuterios e dos resultados encontrados No final do seminaacuterio a turma obteacutem um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem que a partir de estudos especiacuteficos seraacute caracterizado

Na etapa 5 satildeo apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em

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diferentes escalas Por fim eacute encaminhada uma avaliaccedilatildeo das atividades de-senvolvidas na oficina

RESULTADOSAs atividades de elaboraccedilatildeo de mapas em ambientes SIG se mos-

traram fundamentais para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo proposto Nessa etapa os usuaacuterios aprenderam a inserir e a configurar dados geoespaciais da aacuterea de estudo configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho Por meio de exerciacutecios guiados (exerciacutecios 1 a 5) o usuaacuterio foi capaz de compreender a estrutura e a correlaccedilatildeo dos dados e a elaborar mapas base para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo

No exerciacutecio 1 foi realizada a configuraccedilatildeo da aacuterea de trabalho a inserccedilatildeo das camadas do banco de dados preacutevio a sobreposiccedilatildeo e a configura-ccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das camadas por meio da alteraccedilatildeo das propriedades de preenchimento borda transparecircncia roacutetulos etc

O banco de dados disponibilizado possuiacutea arquivos raster e vetoriais no formato shapefile (shp) para as geometrias ponto a linha e o poliacutegono As atividades se concentraram nos dados vetoriais pelo manuseio dos planos de informaccedilatildeo (camadas) As seleccedilotildees na aacuterea de trabalho e da tabela de atribu-tos permitiu aos usuaacuterios a compreensatildeo da correlaccedilatildeo espacial Ao final do exerciacutecio 1 o usuaacuterio foi capaz de manusear e configurar o projeto e a visuali-zaccedilatildeo das simbologias dos planos de informaccedilatildeo aplicar filtros de informaccedilatildeo espacial bem como estabelecer os princiacutepios de correlaccedilatildeo entre a feiccedilatildeo e seu respectivo atributo em uma tabela de atributos

O foco do exerciacutecio 2 foi a elaboraccedilatildeo de anaacutelises espaciais a partir de poliacutegonos utilizando-se as propriedades de siacutembolo uacutenico categorizado e graduado (Figura 8) Para esse exerciacutecio foram utilizadas malhas digitais correspondentes aos bairros ou municiacutepios da regiatildeo de estudo Cada feiccedilatildeo da camada deveria conter ao menos uma informaccedilatildeo da tabela de atributos preenchida do tipo texto

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Para a visualizaccedilatildeo dos planos de informaccedilatildeo na simbologia de siacutem-bolo uacutenico o usuaacuterio relacionou a visualizaccedilatildeo dos dados a uma informaccedilatildeo da tabela de atributos Para essa atividade foram selecionados como atributo a ser classificado o nome dos bairros ou municiacutepios gerando mapa no qual cada poliacutegono foi representado com uma simbologia proacutepria Nessa atividade o usuaacuterio tambeacutem inseriu roacutetulos e configurou a sua apresentaccedilatildeo de layout

Para a visualizaccedilatildeo do plano de informaccedilatildeo na simbologia catego-rizado os usuaacuterios iniciaram o processo de ediccedilatildeo do banco de dados que consistiu no preenchimento ou na alteraccedilatildeo de informaccedilotildees na tabela de atri-butos de uma camada Para isso precisaram identificar temas em comum aos poliacutegonos Ao abrir a ediccedilatildeo preencheram a coluna do banco de dados com a informaccedilatildeo correspondente a cada poliacutegono Na visualizaccedilatildeo dos dados a simbologia foi alterada de siacutembolo uacutenico para categorizado escolhendo a infor-maccedilatildeo a ser analisada correspondente agrave coluna editada anteriormente

Para a simbologia graduada o usuaacuterio deveria editar o banco de dados com a populaccedilatildeo (dado numeacuterico real) de cada municiacutepio ou bairro Assim poderia elaborar um mapa com os intervalos das faixas populacionais correspondentes aos grupos de municiacutepios ou bairros para identificar quais satildeo os mais populosos por exemplo

Por meio dessas atividades foram desenvolvidas outras habilidades de manuseio do banco de dados como o caacutelculo automaacutetico da aacuterea dos po-liacutegonos (dado numeacuterico decimal) e o caacutelculo automaacutetico da densidade po-pulacional por exemplo por meio das operaccedilotildees simples de divisatildeo entre os valores que preenchem as colunas do banco de dados (densidade populacional = populaccedilatildeoaacuterea por exemplo)

O exerciacutecio 3 focou-se na montagem de layout configuraccedilatildeo de es-cala legendas e grades de coordenadas principalmente

A Figura 8 mostra alguns resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3

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Figura 8 - Resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3 elaboraccedilatildeo de mapas siacutembolo uacutenico categorizado e de intervalos e montagem de layout

Legenda (I) Mapa siacutembolo uacutenico (II) Mapa de pontos categorizados (III) Mapa de siacutembolo graduado Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

O exerciacutecio 4 foi aplicado conforme o andamento dos exerciacutecios anteriores e principalmente nas oficinas de duraccedilatildeo de 8haula Por meio dele foi trabalhada a operaccedilatildeo das Interfaces SIG CAD sistemas web que consistiu na importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de arquivos para formatos CAD (dxf) e Google Earth (kml) Para isso foram manuseados os planos de informaccedilatildeo dos exerciacutecios 1 a 3 de maneira que pudessem ser visualizados em diversos aplicativos SIG CAD ou web Foram utilizados plugins web diretamente na aacuterea de trabalho Qgis conforme o interesse do usuaacuterio

Para a finalizaccedilatildeo do exerciacutecio o usuaacuterio deveria marcar pontos correspondentes aos equipamentos puacuteblicos de um bairro da aacuterea de estudo no Google Earth importar esse plano de informaccedilatildeo no QGis e a partir dele criar uma camada shapefile criar campos na tabela de atributos preenchecirc-los com as informaccedilotildees a respeito da tipologia (escola unidade de sauacutede etc) e do nome do equipamento O usuaacuterio aplicaria a simbologia categorizada para a tipologia do equipamento evidenciando uma figura siacutembolo para cada ca-tegoria Ao final deveria ser elaborado layout com ao menos dois planos de informaccedilatildeo ativos e legenda categorizada

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Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

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Page 9: INOVAÇÃO TECNOLOGIA E SUSTENTAILIDADE CAPÍTULO 1repositorio.unesc.net/bitstream/1/7760/1/Sistemas de...dades de ensino e pesquisa na área do Planejamento Urbano e Regional, es-senciais

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Figura 3 - Ambiente como sistema

Fonte Valentini (2020 p 120) baseado em Silva (2001)

Estrutura de dadosUma base de dados em SIG corresponde ao conjunto de ldquoplanos

de informaccedilatildeordquo que compotildeem a representaccedilatildeo de um determinado ambien-te Esses Planos de Informaccedilatildeo satildeo estruturados de forma que possam ser produzidos lidos eou editados em linguagem compatiacutevel com os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas ou Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees (SIG) Essas camadas satildeo organizadas a partir de temas como por exemplo limites territoriais vegetaccedilatildeo hidrografia malha urbana sistema viaacuterio quadras lo-tes entre outros

Os SIG permitem a integraccedilatildeo de diversos tipos de dados de fontes variadas (mapas dados tabulares fotos aeacutereas modelos de elevaccedilatildeo imagens de sateacutelite dados CAD mediccedilotildees lineares etc) em um ambiente integrado de armazenamento gerenciamento anaacutelise e exibiccedilatildeo Muitos desses tipos de dados natildeo satildeo facilmente representados em mapas em papel

A base de dados de um ambiente em SIG pode ser em dois formatos baacutesicos vetorial e raster O formato vetorial eacute conhecido e amplamente utili-

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zado nos sistemas de desenho assistido por computador O formato raster eacute o proacuteprio formato das imagens ndash fotografias e imagens de sateacutelite por exemplo ndash cuja resoluccedilatildeo varia de acordo com a relaccedilatildeo espacial do pixel e sua corres-pondente dimensional real (Figura 4)

Figura 4 - Exemplificaccedilatildeo das estruturas dos dados raster e vetorial em ambiente SIG

Fonte Valentini (2020 p 121)

Mas qual o diferencial de um sistema de desenho assistido por com-putador (CAD) e um SIG Aleacutem da grande capacidade de armazenamento e processamento de informaccedilotildees o diferencial elementar eacute a correlaccedilatildeo que se manifesta na capacidade de atribuir de forma inequiacutevoca uma ou mais infor-maccedilotildees a uma entidade espacial De forma simples pode-se afirmar que haacute uma correlaccedilatildeo direta e inequiacutevoca entre um design (desenho elemento de uma camada formato vetorial) ou uma ceacutelula (pixel de uma imagem formato raster) e uma informaccedilatildeo depositada em um banco de dados alfanumeacuterico A essa entidade ndash desenho informaccedilatildeo e localizaccedilatildeo indissociados ndash daacute-se o nome de feiccedilatildeo

Uma ou mais feiccedilotildees conformam uma camada ou plano de informa-ccedilatildeo As feiccedilotildees compartilham em cada plano de informaccedilatildeo uma estrutura de

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dados organizados em um banco de dados ou tabela de atributos Esse banco de dados estaacute organizado em colunas e linhas A coluna baacutesica eacute o ID (chave inequiacutevoca) as demais colunas poderatildeo ser criadas de acordo com os demais temas de interesse do pesquisador Cada linha da tabela de atributos eacute corre-lacionada a uma feiccedilatildeo Na Figura 5 eacute possiacutevel compreendermos a correlaccedilatildeo entre o design e a informaccedilatildeo correspondente na tabela de atributos a existecircn-cia do design estaacute atrelada agrave linha da tabela de atributos

Figura 5 - Correlaccedilatildeo do design agraves informaccedilotildees da tabela de atributos em ambiente SIG Qgis 218

Fonte Acervo das autoras (2018)

Do ponto de vista operacional outra diferenciaccedilatildeo entre CAD e SIG eacute que o plano de informaccedilatildeo possui uma estrutura que poderaacute ser elabora-da lida ou editada em linguagem compatiacutevel em diversas ferramentas SIG Diferentemente do sistema CAD a feiccedilatildeo natildeo eacute um conteuacutedo interno ao ar-quivo CAD O sistema SIG cria visualiza edita e produz informaccedilatildeo a partir de planos de informaccedilatildeo que ficam ldquoexternosrdquo ao projeto em ambiente SIG Isso permite que esses planos de informaccedilatildeo possam ser utilizados e atuali-

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zados a partir de um servidor comum otimizando e fortalecendo as accedilotildees de levantamento e anaacutelise de dados ambientais ou cadastrais por exemplo Para isso eacute preciso fornecer o ldquocaminhordquo o diretoacuterio onde o plano de informaccedilatildeo estaacute depositado

Um plano de informaccedilatildeo de formato vetorial que conforma um sha-pefile (shp) ESRI eacute formado por arquivos correlacionados em diferentes for-matos ndash correspondentes ao design localizaccedilatildeo banco de dados entre outros Um plano de informaccedilatildeo precisa ser inserido a um projeto em ambiente SIG para ser visualizado configurado ou editado

Do ponto de vista da ecologia das paisagens a Estrutura Morfoloacutegica da paisagem se fundamenta a partir do mosaico antropizado e heterogecircneo de elementos formais e processos que possibilitam a compreensatildeo da estruturaccedilatildeo do territoacuterio identificando matriz corredor mancha (ou fragmento) e borda em contiacutenua transformaccedilatildeo (FORMAN GODRON 1986 FORMAN 1995)

Nessa perspectiva a linguagem SIG se fundamenta nas geometrias ndash ponto linha e poliacutegono ndash correlacionadas aos atributos alfanumeacutericos ine-quiacutevocos pela chave de localizaccedilatildeo O domiacutenio das representaccedilotildees vetoriais nos SIG se fundamenta no ponto Apesar de ser adimensional eacute gerador das demais geometrias pois eacute a base da localizaccedilatildeo O ponto na paisagem estaacute intriacutenseco agrave localizaccedilatildeo agraves unidades e aos eventos mas conforma tambeacutem os noacutes que satildeo interseccedilotildees entre corredores e bordas por exemplo A linha que corresponde agrave estrutura de paisagem do tipo corredor estaacute relacionada ao sentido de acessibilidade de fluxo inferido pela conectividade estabelecendo relaccedilotildees de proximidade e a demarcaccedilatildeo de limites O poliacutegono estaacute relacio-nado agraves estruturas de transiccedilatildeo mais comuns da paisagem mancha (ou frag-mento) e matriz Ele daacute sentido de abrangecircncia espaccedilo-temporal jaacute que tem a melhor capacidade de responder espacialmente (resistir ou agir) agraves forccedilas de transformaccedilatildeo

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MATERIAIS E MEacuteTODOSAs oficinas de SIG Aplicados ao Planejamento da Paisagem satildeo ofereci-

das em ambiente de laboratoacuterio de informaacutetica com softwares Qgis sistemas CAD etc tendo duraccedilatildeo de quatro ou oito horasaula conforme o objetivo e a disponi-bilidade do evento Os relatos das oficinas apresentados neste capiacutetulo se referem agraves oficinas didaacuteticas ocorridas na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus de Erechim nos anos de 2016 2017 e 2018 expostos no XIV Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo das Escolas de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (ENEPEA) realizado em Santa Maria RS em 2018 e no X Seminaacuterio de Pesquisa em Planejamento e Gestatildeo Territorial (SPPGT) realizado na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) em Criciuacutema SC no ano de 2019 (Figura 6)

Figura 6 - Fotos das oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) Santa Maria (RS) e Criciuacutema (SC)

Legenda (I) e (II) Oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) nos anos de 2016 e 2017 (III) Oficina didaacutetica XIV ENEPEA em Santa Maria (RS) no ano de 2018 (IV) Oficina didaacutetica X SPPGTUNESC em Criciuacutema (SC) no ano de 2019Fonte Acervo das autoras (2019)

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Materiais de apoio foram disponibilizados aos participantes ante-riormente agrave execuccedilatildeo da oficina constituindo-se em uma apostila didaacutetica elaborada pelas autoras uma pasta com o aporte teoacuterico composto por trecircs artigos e uma pasta com banco de dados em formato vetorial e raster utiliza-dos na oficina

A apostila didaacutetica apresentou uma discussatildeo acerca do conceito de paisagem e introduziu os meacutetodos de leitura da paisagem noccedilotildees gerais de car-tografia SIG softwares e processos utilizados no desenvolvimento da oficina Por fim disponibilizou links de acesso a repositoacuterios de bancos de dados que seriam explorados pelos alunos durante a oficina e depois dela A leitura preacutevia familiarizou o aluno com o tema e com os processos que seriam desenvolvidos na parte praacutetica da oficina A leitura dos trecircs artigos indicados ndash Nogueacute e Sala (2006) Steinitz (2002) e Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash ampliou o repertoacuterio e aprofundou outras metodologias de anaacutelise e leitura da paisagem que tam-beacutem se beneficiam da utilizaccedilatildeo de ferramentas de geoprocessamento

Reconhecendo a importacircncia de o usuaacuterio conhecer previamente a paisagem de estudo as oficinas de curta duraccedilatildeo satildeo realizadas a partir de um banco de dados baacutesico do municiacutepio onde acontecem devendo ser comple-mentadas durante o desenvolvimento das atividades

O conteuacutedo da oficina foi organizado em estrutura e simbologia das camadas na aacuterea de controle importaccedilatildeo criaccedilatildeo e ediccedilatildeo de camadas corre-laccedilatildeo dos dados espaciais e alfanumeacutericos planejamento e montagem de ban-co de dados elaboraccedilatildeo cartograacutefica com vistas aos estudos de leitura anaacutelise e planejamento da paisagem Interfaces SIG CAD sistemas web Montagem de layout e apresentaccedilatildeo cartograacutefica

A plataforma utilizada para o desenvolvimento das atividades das oficinas foi QGIS (Quantum GIS) que eacute um software livre de coacutedigo-fonte aberto multiplataforma de SIG a qual permite a visualizaccedilatildeo a ediccedilatildeo e a anaacute-lise de dados e informaccedilotildees georreferenciados O programa bastante utilizado por estudantes pode funcionar com diversos plugins para expandir seu uso original de modo imediato e gratuito Por ser de faacutecil acesso e livre permite

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que o usuaacuterio continue utilizando o software e desenvolvendo suas habilidades no sistema apoacutes a oficina constituindo uma importante alternativa agravequelas que geralmente podem ser utilizadas a partir de laboratoacuterios nas universida-des instituiccedilotildees ou grande empresas

Para iniacutecio das atividades da oficina eacute disponibilizado um banco de dados base tomado como ponto de partida e a partir da interaccedilatildeo com outras plataformas como o Google Earth e pesquisa de dados satildeo feitas complemen-taccedilotildees no banco de dados o qual eacute compartilhado e de acesso a todos os parti-cipantes A estruturaccedilatildeo das oficinas pode ser acompanhada na Figura 7

Figura 7 - Etapas do desenvolvimento das oficinas

Fonte Elaboraccedilatildeo das autoras (2020)

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A primeira etapa da oficina apresenta os principais conceitos e meacute-todos de leitura da paisagem bem como a estruturaccedilatildeo dos SIG relacionando as linguagens em comum

Na etapa 2 os participantes tecircm uma primeira aproximaccedilatildeo com o software por meio do qual realizam atividades de elaboraccedilatildeo de mapas com as informaccedilotildees disponibilizadas no banco de dados As atividades se concentram em configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho e na elaboraccedilatildeo de layouts Em seguida os usuaacuterios satildeo organi-zados em equipes de trecircs a quatro integrantes fazem a pesquisa e acessam dados geoespaciais on-line atraveacutes de pesquisa em sites eou criam planos de informaccedilatildeo Editam banco de dados elaborando mapas com classificaccedilatildeo de dados por simbologias siacutembolo uacutenico categorizado ou graduado para dados geoespaciais nas geometrias de ponto linha e poliacutegono

Nessa etapa satildeo desenvolvidas atividades guiadas explorando as interfaces SIG e CAD e os sistemas web como o Google Earth No ambiente SIG eacute encaminhada uma sobreposiccedilatildeo de mapas de maneira que cada equipe possa produzir um mapa de siacutentese dos aspectos ecoloacutegicos e um dos aspectos culturais ou antroacutepicos da aacuterea estudada

Na etapa 3 os usuaacuterios devem aplicar as metodologias de identifica-ccedilatildeo das UPs Cada equipe elenca os criteacuterios estabelecidos para a identificaccedilatildeo das UPs Posteriormente a sobreposiccedilatildeo dos mapas de siacutentese gera a identifi-caccedilatildeo das Unidades de Paisagem

Na etapa 4 eacute realizado um seminaacuterio onde cada equipe apresenta suas unidades de paisagem e caracteriza brevemente cada uma delas Por meio de atividade guiada todas as equipes dialogam a respeito dos criteacuterios e dos resultados encontrados No final do seminaacuterio a turma obteacutem um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem que a partir de estudos especiacuteficos seraacute caracterizado

Na etapa 5 satildeo apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em

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diferentes escalas Por fim eacute encaminhada uma avaliaccedilatildeo das atividades de-senvolvidas na oficina

RESULTADOSAs atividades de elaboraccedilatildeo de mapas em ambientes SIG se mos-

traram fundamentais para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo proposto Nessa etapa os usuaacuterios aprenderam a inserir e a configurar dados geoespaciais da aacuterea de estudo configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho Por meio de exerciacutecios guiados (exerciacutecios 1 a 5) o usuaacuterio foi capaz de compreender a estrutura e a correlaccedilatildeo dos dados e a elaborar mapas base para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo

No exerciacutecio 1 foi realizada a configuraccedilatildeo da aacuterea de trabalho a inserccedilatildeo das camadas do banco de dados preacutevio a sobreposiccedilatildeo e a configura-ccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das camadas por meio da alteraccedilatildeo das propriedades de preenchimento borda transparecircncia roacutetulos etc

O banco de dados disponibilizado possuiacutea arquivos raster e vetoriais no formato shapefile (shp) para as geometrias ponto a linha e o poliacutegono As atividades se concentraram nos dados vetoriais pelo manuseio dos planos de informaccedilatildeo (camadas) As seleccedilotildees na aacuterea de trabalho e da tabela de atribu-tos permitiu aos usuaacuterios a compreensatildeo da correlaccedilatildeo espacial Ao final do exerciacutecio 1 o usuaacuterio foi capaz de manusear e configurar o projeto e a visuali-zaccedilatildeo das simbologias dos planos de informaccedilatildeo aplicar filtros de informaccedilatildeo espacial bem como estabelecer os princiacutepios de correlaccedilatildeo entre a feiccedilatildeo e seu respectivo atributo em uma tabela de atributos

O foco do exerciacutecio 2 foi a elaboraccedilatildeo de anaacutelises espaciais a partir de poliacutegonos utilizando-se as propriedades de siacutembolo uacutenico categorizado e graduado (Figura 8) Para esse exerciacutecio foram utilizadas malhas digitais correspondentes aos bairros ou municiacutepios da regiatildeo de estudo Cada feiccedilatildeo da camada deveria conter ao menos uma informaccedilatildeo da tabela de atributos preenchida do tipo texto

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Para a visualizaccedilatildeo dos planos de informaccedilatildeo na simbologia de siacutem-bolo uacutenico o usuaacuterio relacionou a visualizaccedilatildeo dos dados a uma informaccedilatildeo da tabela de atributos Para essa atividade foram selecionados como atributo a ser classificado o nome dos bairros ou municiacutepios gerando mapa no qual cada poliacutegono foi representado com uma simbologia proacutepria Nessa atividade o usuaacuterio tambeacutem inseriu roacutetulos e configurou a sua apresentaccedilatildeo de layout

Para a visualizaccedilatildeo do plano de informaccedilatildeo na simbologia catego-rizado os usuaacuterios iniciaram o processo de ediccedilatildeo do banco de dados que consistiu no preenchimento ou na alteraccedilatildeo de informaccedilotildees na tabela de atri-butos de uma camada Para isso precisaram identificar temas em comum aos poliacutegonos Ao abrir a ediccedilatildeo preencheram a coluna do banco de dados com a informaccedilatildeo correspondente a cada poliacutegono Na visualizaccedilatildeo dos dados a simbologia foi alterada de siacutembolo uacutenico para categorizado escolhendo a infor-maccedilatildeo a ser analisada correspondente agrave coluna editada anteriormente

Para a simbologia graduada o usuaacuterio deveria editar o banco de dados com a populaccedilatildeo (dado numeacuterico real) de cada municiacutepio ou bairro Assim poderia elaborar um mapa com os intervalos das faixas populacionais correspondentes aos grupos de municiacutepios ou bairros para identificar quais satildeo os mais populosos por exemplo

Por meio dessas atividades foram desenvolvidas outras habilidades de manuseio do banco de dados como o caacutelculo automaacutetico da aacuterea dos po-liacutegonos (dado numeacuterico decimal) e o caacutelculo automaacutetico da densidade po-pulacional por exemplo por meio das operaccedilotildees simples de divisatildeo entre os valores que preenchem as colunas do banco de dados (densidade populacional = populaccedilatildeoaacuterea por exemplo)

O exerciacutecio 3 focou-se na montagem de layout configuraccedilatildeo de es-cala legendas e grades de coordenadas principalmente

A Figura 8 mostra alguns resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3

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Figura 8 - Resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3 elaboraccedilatildeo de mapas siacutembolo uacutenico categorizado e de intervalos e montagem de layout

Legenda (I) Mapa siacutembolo uacutenico (II) Mapa de pontos categorizados (III) Mapa de siacutembolo graduado Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

O exerciacutecio 4 foi aplicado conforme o andamento dos exerciacutecios anteriores e principalmente nas oficinas de duraccedilatildeo de 8haula Por meio dele foi trabalhada a operaccedilatildeo das Interfaces SIG CAD sistemas web que consistiu na importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de arquivos para formatos CAD (dxf) e Google Earth (kml) Para isso foram manuseados os planos de informaccedilatildeo dos exerciacutecios 1 a 3 de maneira que pudessem ser visualizados em diversos aplicativos SIG CAD ou web Foram utilizados plugins web diretamente na aacuterea de trabalho Qgis conforme o interesse do usuaacuterio

Para a finalizaccedilatildeo do exerciacutecio o usuaacuterio deveria marcar pontos correspondentes aos equipamentos puacuteblicos de um bairro da aacuterea de estudo no Google Earth importar esse plano de informaccedilatildeo no QGis e a partir dele criar uma camada shapefile criar campos na tabela de atributos preenchecirc-los com as informaccedilotildees a respeito da tipologia (escola unidade de sauacutede etc) e do nome do equipamento O usuaacuterio aplicaria a simbologia categorizada para a tipologia do equipamento evidenciando uma figura siacutembolo para cada ca-tegoria Ao final deveria ser elaborado layout com ao menos dois planos de informaccedilatildeo ativos e legenda categorizada

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Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

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zado nos sistemas de desenho assistido por computador O formato raster eacute o proacuteprio formato das imagens ndash fotografias e imagens de sateacutelite por exemplo ndash cuja resoluccedilatildeo varia de acordo com a relaccedilatildeo espacial do pixel e sua corres-pondente dimensional real (Figura 4)

Figura 4 - Exemplificaccedilatildeo das estruturas dos dados raster e vetorial em ambiente SIG

Fonte Valentini (2020 p 121)

Mas qual o diferencial de um sistema de desenho assistido por com-putador (CAD) e um SIG Aleacutem da grande capacidade de armazenamento e processamento de informaccedilotildees o diferencial elementar eacute a correlaccedilatildeo que se manifesta na capacidade de atribuir de forma inequiacutevoca uma ou mais infor-maccedilotildees a uma entidade espacial De forma simples pode-se afirmar que haacute uma correlaccedilatildeo direta e inequiacutevoca entre um design (desenho elemento de uma camada formato vetorial) ou uma ceacutelula (pixel de uma imagem formato raster) e uma informaccedilatildeo depositada em um banco de dados alfanumeacuterico A essa entidade ndash desenho informaccedilatildeo e localizaccedilatildeo indissociados ndash daacute-se o nome de feiccedilatildeo

Uma ou mais feiccedilotildees conformam uma camada ou plano de informa-ccedilatildeo As feiccedilotildees compartilham em cada plano de informaccedilatildeo uma estrutura de

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dados organizados em um banco de dados ou tabela de atributos Esse banco de dados estaacute organizado em colunas e linhas A coluna baacutesica eacute o ID (chave inequiacutevoca) as demais colunas poderatildeo ser criadas de acordo com os demais temas de interesse do pesquisador Cada linha da tabela de atributos eacute corre-lacionada a uma feiccedilatildeo Na Figura 5 eacute possiacutevel compreendermos a correlaccedilatildeo entre o design e a informaccedilatildeo correspondente na tabela de atributos a existecircn-cia do design estaacute atrelada agrave linha da tabela de atributos

Figura 5 - Correlaccedilatildeo do design agraves informaccedilotildees da tabela de atributos em ambiente SIG Qgis 218

Fonte Acervo das autoras (2018)

Do ponto de vista operacional outra diferenciaccedilatildeo entre CAD e SIG eacute que o plano de informaccedilatildeo possui uma estrutura que poderaacute ser elabora-da lida ou editada em linguagem compatiacutevel em diversas ferramentas SIG Diferentemente do sistema CAD a feiccedilatildeo natildeo eacute um conteuacutedo interno ao ar-quivo CAD O sistema SIG cria visualiza edita e produz informaccedilatildeo a partir de planos de informaccedilatildeo que ficam ldquoexternosrdquo ao projeto em ambiente SIG Isso permite que esses planos de informaccedilatildeo possam ser utilizados e atuali-

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zados a partir de um servidor comum otimizando e fortalecendo as accedilotildees de levantamento e anaacutelise de dados ambientais ou cadastrais por exemplo Para isso eacute preciso fornecer o ldquocaminhordquo o diretoacuterio onde o plano de informaccedilatildeo estaacute depositado

Um plano de informaccedilatildeo de formato vetorial que conforma um sha-pefile (shp) ESRI eacute formado por arquivos correlacionados em diferentes for-matos ndash correspondentes ao design localizaccedilatildeo banco de dados entre outros Um plano de informaccedilatildeo precisa ser inserido a um projeto em ambiente SIG para ser visualizado configurado ou editado

Do ponto de vista da ecologia das paisagens a Estrutura Morfoloacutegica da paisagem se fundamenta a partir do mosaico antropizado e heterogecircneo de elementos formais e processos que possibilitam a compreensatildeo da estruturaccedilatildeo do territoacuterio identificando matriz corredor mancha (ou fragmento) e borda em contiacutenua transformaccedilatildeo (FORMAN GODRON 1986 FORMAN 1995)

Nessa perspectiva a linguagem SIG se fundamenta nas geometrias ndash ponto linha e poliacutegono ndash correlacionadas aos atributos alfanumeacutericos ine-quiacutevocos pela chave de localizaccedilatildeo O domiacutenio das representaccedilotildees vetoriais nos SIG se fundamenta no ponto Apesar de ser adimensional eacute gerador das demais geometrias pois eacute a base da localizaccedilatildeo O ponto na paisagem estaacute intriacutenseco agrave localizaccedilatildeo agraves unidades e aos eventos mas conforma tambeacutem os noacutes que satildeo interseccedilotildees entre corredores e bordas por exemplo A linha que corresponde agrave estrutura de paisagem do tipo corredor estaacute relacionada ao sentido de acessibilidade de fluxo inferido pela conectividade estabelecendo relaccedilotildees de proximidade e a demarcaccedilatildeo de limites O poliacutegono estaacute relacio-nado agraves estruturas de transiccedilatildeo mais comuns da paisagem mancha (ou frag-mento) e matriz Ele daacute sentido de abrangecircncia espaccedilo-temporal jaacute que tem a melhor capacidade de responder espacialmente (resistir ou agir) agraves forccedilas de transformaccedilatildeo

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MATERIAIS E MEacuteTODOSAs oficinas de SIG Aplicados ao Planejamento da Paisagem satildeo ofereci-

das em ambiente de laboratoacuterio de informaacutetica com softwares Qgis sistemas CAD etc tendo duraccedilatildeo de quatro ou oito horasaula conforme o objetivo e a disponi-bilidade do evento Os relatos das oficinas apresentados neste capiacutetulo se referem agraves oficinas didaacuteticas ocorridas na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus de Erechim nos anos de 2016 2017 e 2018 expostos no XIV Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo das Escolas de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (ENEPEA) realizado em Santa Maria RS em 2018 e no X Seminaacuterio de Pesquisa em Planejamento e Gestatildeo Territorial (SPPGT) realizado na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) em Criciuacutema SC no ano de 2019 (Figura 6)

Figura 6 - Fotos das oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) Santa Maria (RS) e Criciuacutema (SC)

Legenda (I) e (II) Oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) nos anos de 2016 e 2017 (III) Oficina didaacutetica XIV ENEPEA em Santa Maria (RS) no ano de 2018 (IV) Oficina didaacutetica X SPPGTUNESC em Criciuacutema (SC) no ano de 2019Fonte Acervo das autoras (2019)

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Materiais de apoio foram disponibilizados aos participantes ante-riormente agrave execuccedilatildeo da oficina constituindo-se em uma apostila didaacutetica elaborada pelas autoras uma pasta com o aporte teoacuterico composto por trecircs artigos e uma pasta com banco de dados em formato vetorial e raster utiliza-dos na oficina

A apostila didaacutetica apresentou uma discussatildeo acerca do conceito de paisagem e introduziu os meacutetodos de leitura da paisagem noccedilotildees gerais de car-tografia SIG softwares e processos utilizados no desenvolvimento da oficina Por fim disponibilizou links de acesso a repositoacuterios de bancos de dados que seriam explorados pelos alunos durante a oficina e depois dela A leitura preacutevia familiarizou o aluno com o tema e com os processos que seriam desenvolvidos na parte praacutetica da oficina A leitura dos trecircs artigos indicados ndash Nogueacute e Sala (2006) Steinitz (2002) e Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash ampliou o repertoacuterio e aprofundou outras metodologias de anaacutelise e leitura da paisagem que tam-beacutem se beneficiam da utilizaccedilatildeo de ferramentas de geoprocessamento

Reconhecendo a importacircncia de o usuaacuterio conhecer previamente a paisagem de estudo as oficinas de curta duraccedilatildeo satildeo realizadas a partir de um banco de dados baacutesico do municiacutepio onde acontecem devendo ser comple-mentadas durante o desenvolvimento das atividades

O conteuacutedo da oficina foi organizado em estrutura e simbologia das camadas na aacuterea de controle importaccedilatildeo criaccedilatildeo e ediccedilatildeo de camadas corre-laccedilatildeo dos dados espaciais e alfanumeacutericos planejamento e montagem de ban-co de dados elaboraccedilatildeo cartograacutefica com vistas aos estudos de leitura anaacutelise e planejamento da paisagem Interfaces SIG CAD sistemas web Montagem de layout e apresentaccedilatildeo cartograacutefica

A plataforma utilizada para o desenvolvimento das atividades das oficinas foi QGIS (Quantum GIS) que eacute um software livre de coacutedigo-fonte aberto multiplataforma de SIG a qual permite a visualizaccedilatildeo a ediccedilatildeo e a anaacute-lise de dados e informaccedilotildees georreferenciados O programa bastante utilizado por estudantes pode funcionar com diversos plugins para expandir seu uso original de modo imediato e gratuito Por ser de faacutecil acesso e livre permite

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que o usuaacuterio continue utilizando o software e desenvolvendo suas habilidades no sistema apoacutes a oficina constituindo uma importante alternativa agravequelas que geralmente podem ser utilizadas a partir de laboratoacuterios nas universida-des instituiccedilotildees ou grande empresas

Para iniacutecio das atividades da oficina eacute disponibilizado um banco de dados base tomado como ponto de partida e a partir da interaccedilatildeo com outras plataformas como o Google Earth e pesquisa de dados satildeo feitas complemen-taccedilotildees no banco de dados o qual eacute compartilhado e de acesso a todos os parti-cipantes A estruturaccedilatildeo das oficinas pode ser acompanhada na Figura 7

Figura 7 - Etapas do desenvolvimento das oficinas

Fonte Elaboraccedilatildeo das autoras (2020)

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A primeira etapa da oficina apresenta os principais conceitos e meacute-todos de leitura da paisagem bem como a estruturaccedilatildeo dos SIG relacionando as linguagens em comum

Na etapa 2 os participantes tecircm uma primeira aproximaccedilatildeo com o software por meio do qual realizam atividades de elaboraccedilatildeo de mapas com as informaccedilotildees disponibilizadas no banco de dados As atividades se concentram em configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho e na elaboraccedilatildeo de layouts Em seguida os usuaacuterios satildeo organi-zados em equipes de trecircs a quatro integrantes fazem a pesquisa e acessam dados geoespaciais on-line atraveacutes de pesquisa em sites eou criam planos de informaccedilatildeo Editam banco de dados elaborando mapas com classificaccedilatildeo de dados por simbologias siacutembolo uacutenico categorizado ou graduado para dados geoespaciais nas geometrias de ponto linha e poliacutegono

Nessa etapa satildeo desenvolvidas atividades guiadas explorando as interfaces SIG e CAD e os sistemas web como o Google Earth No ambiente SIG eacute encaminhada uma sobreposiccedilatildeo de mapas de maneira que cada equipe possa produzir um mapa de siacutentese dos aspectos ecoloacutegicos e um dos aspectos culturais ou antroacutepicos da aacuterea estudada

Na etapa 3 os usuaacuterios devem aplicar as metodologias de identifica-ccedilatildeo das UPs Cada equipe elenca os criteacuterios estabelecidos para a identificaccedilatildeo das UPs Posteriormente a sobreposiccedilatildeo dos mapas de siacutentese gera a identifi-caccedilatildeo das Unidades de Paisagem

Na etapa 4 eacute realizado um seminaacuterio onde cada equipe apresenta suas unidades de paisagem e caracteriza brevemente cada uma delas Por meio de atividade guiada todas as equipes dialogam a respeito dos criteacuterios e dos resultados encontrados No final do seminaacuterio a turma obteacutem um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem que a partir de estudos especiacuteficos seraacute caracterizado

Na etapa 5 satildeo apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em

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diferentes escalas Por fim eacute encaminhada uma avaliaccedilatildeo das atividades de-senvolvidas na oficina

RESULTADOSAs atividades de elaboraccedilatildeo de mapas em ambientes SIG se mos-

traram fundamentais para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo proposto Nessa etapa os usuaacuterios aprenderam a inserir e a configurar dados geoespaciais da aacuterea de estudo configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho Por meio de exerciacutecios guiados (exerciacutecios 1 a 5) o usuaacuterio foi capaz de compreender a estrutura e a correlaccedilatildeo dos dados e a elaborar mapas base para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo

No exerciacutecio 1 foi realizada a configuraccedilatildeo da aacuterea de trabalho a inserccedilatildeo das camadas do banco de dados preacutevio a sobreposiccedilatildeo e a configura-ccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das camadas por meio da alteraccedilatildeo das propriedades de preenchimento borda transparecircncia roacutetulos etc

O banco de dados disponibilizado possuiacutea arquivos raster e vetoriais no formato shapefile (shp) para as geometrias ponto a linha e o poliacutegono As atividades se concentraram nos dados vetoriais pelo manuseio dos planos de informaccedilatildeo (camadas) As seleccedilotildees na aacuterea de trabalho e da tabela de atribu-tos permitiu aos usuaacuterios a compreensatildeo da correlaccedilatildeo espacial Ao final do exerciacutecio 1 o usuaacuterio foi capaz de manusear e configurar o projeto e a visuali-zaccedilatildeo das simbologias dos planos de informaccedilatildeo aplicar filtros de informaccedilatildeo espacial bem como estabelecer os princiacutepios de correlaccedilatildeo entre a feiccedilatildeo e seu respectivo atributo em uma tabela de atributos

O foco do exerciacutecio 2 foi a elaboraccedilatildeo de anaacutelises espaciais a partir de poliacutegonos utilizando-se as propriedades de siacutembolo uacutenico categorizado e graduado (Figura 8) Para esse exerciacutecio foram utilizadas malhas digitais correspondentes aos bairros ou municiacutepios da regiatildeo de estudo Cada feiccedilatildeo da camada deveria conter ao menos uma informaccedilatildeo da tabela de atributos preenchida do tipo texto

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Para a visualizaccedilatildeo dos planos de informaccedilatildeo na simbologia de siacutem-bolo uacutenico o usuaacuterio relacionou a visualizaccedilatildeo dos dados a uma informaccedilatildeo da tabela de atributos Para essa atividade foram selecionados como atributo a ser classificado o nome dos bairros ou municiacutepios gerando mapa no qual cada poliacutegono foi representado com uma simbologia proacutepria Nessa atividade o usuaacuterio tambeacutem inseriu roacutetulos e configurou a sua apresentaccedilatildeo de layout

Para a visualizaccedilatildeo do plano de informaccedilatildeo na simbologia catego-rizado os usuaacuterios iniciaram o processo de ediccedilatildeo do banco de dados que consistiu no preenchimento ou na alteraccedilatildeo de informaccedilotildees na tabela de atri-butos de uma camada Para isso precisaram identificar temas em comum aos poliacutegonos Ao abrir a ediccedilatildeo preencheram a coluna do banco de dados com a informaccedilatildeo correspondente a cada poliacutegono Na visualizaccedilatildeo dos dados a simbologia foi alterada de siacutembolo uacutenico para categorizado escolhendo a infor-maccedilatildeo a ser analisada correspondente agrave coluna editada anteriormente

Para a simbologia graduada o usuaacuterio deveria editar o banco de dados com a populaccedilatildeo (dado numeacuterico real) de cada municiacutepio ou bairro Assim poderia elaborar um mapa com os intervalos das faixas populacionais correspondentes aos grupos de municiacutepios ou bairros para identificar quais satildeo os mais populosos por exemplo

Por meio dessas atividades foram desenvolvidas outras habilidades de manuseio do banco de dados como o caacutelculo automaacutetico da aacuterea dos po-liacutegonos (dado numeacuterico decimal) e o caacutelculo automaacutetico da densidade po-pulacional por exemplo por meio das operaccedilotildees simples de divisatildeo entre os valores que preenchem as colunas do banco de dados (densidade populacional = populaccedilatildeoaacuterea por exemplo)

O exerciacutecio 3 focou-se na montagem de layout configuraccedilatildeo de es-cala legendas e grades de coordenadas principalmente

A Figura 8 mostra alguns resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3

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Figura 8 - Resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3 elaboraccedilatildeo de mapas siacutembolo uacutenico categorizado e de intervalos e montagem de layout

Legenda (I) Mapa siacutembolo uacutenico (II) Mapa de pontos categorizados (III) Mapa de siacutembolo graduado Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

O exerciacutecio 4 foi aplicado conforme o andamento dos exerciacutecios anteriores e principalmente nas oficinas de duraccedilatildeo de 8haula Por meio dele foi trabalhada a operaccedilatildeo das Interfaces SIG CAD sistemas web que consistiu na importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de arquivos para formatos CAD (dxf) e Google Earth (kml) Para isso foram manuseados os planos de informaccedilatildeo dos exerciacutecios 1 a 3 de maneira que pudessem ser visualizados em diversos aplicativos SIG CAD ou web Foram utilizados plugins web diretamente na aacuterea de trabalho Qgis conforme o interesse do usuaacuterio

Para a finalizaccedilatildeo do exerciacutecio o usuaacuterio deveria marcar pontos correspondentes aos equipamentos puacuteblicos de um bairro da aacuterea de estudo no Google Earth importar esse plano de informaccedilatildeo no QGis e a partir dele criar uma camada shapefile criar campos na tabela de atributos preenchecirc-los com as informaccedilotildees a respeito da tipologia (escola unidade de sauacutede etc) e do nome do equipamento O usuaacuterio aplicaria a simbologia categorizada para a tipologia do equipamento evidenciando uma figura siacutembolo para cada ca-tegoria Ao final deveria ser elaborado layout com ao menos dois planos de informaccedilatildeo ativos e legenda categorizada

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Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

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dados organizados em um banco de dados ou tabela de atributos Esse banco de dados estaacute organizado em colunas e linhas A coluna baacutesica eacute o ID (chave inequiacutevoca) as demais colunas poderatildeo ser criadas de acordo com os demais temas de interesse do pesquisador Cada linha da tabela de atributos eacute corre-lacionada a uma feiccedilatildeo Na Figura 5 eacute possiacutevel compreendermos a correlaccedilatildeo entre o design e a informaccedilatildeo correspondente na tabela de atributos a existecircn-cia do design estaacute atrelada agrave linha da tabela de atributos

Figura 5 - Correlaccedilatildeo do design agraves informaccedilotildees da tabela de atributos em ambiente SIG Qgis 218

Fonte Acervo das autoras (2018)

Do ponto de vista operacional outra diferenciaccedilatildeo entre CAD e SIG eacute que o plano de informaccedilatildeo possui uma estrutura que poderaacute ser elabora-da lida ou editada em linguagem compatiacutevel em diversas ferramentas SIG Diferentemente do sistema CAD a feiccedilatildeo natildeo eacute um conteuacutedo interno ao ar-quivo CAD O sistema SIG cria visualiza edita e produz informaccedilatildeo a partir de planos de informaccedilatildeo que ficam ldquoexternosrdquo ao projeto em ambiente SIG Isso permite que esses planos de informaccedilatildeo possam ser utilizados e atuali-

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zados a partir de um servidor comum otimizando e fortalecendo as accedilotildees de levantamento e anaacutelise de dados ambientais ou cadastrais por exemplo Para isso eacute preciso fornecer o ldquocaminhordquo o diretoacuterio onde o plano de informaccedilatildeo estaacute depositado

Um plano de informaccedilatildeo de formato vetorial que conforma um sha-pefile (shp) ESRI eacute formado por arquivos correlacionados em diferentes for-matos ndash correspondentes ao design localizaccedilatildeo banco de dados entre outros Um plano de informaccedilatildeo precisa ser inserido a um projeto em ambiente SIG para ser visualizado configurado ou editado

Do ponto de vista da ecologia das paisagens a Estrutura Morfoloacutegica da paisagem se fundamenta a partir do mosaico antropizado e heterogecircneo de elementos formais e processos que possibilitam a compreensatildeo da estruturaccedilatildeo do territoacuterio identificando matriz corredor mancha (ou fragmento) e borda em contiacutenua transformaccedilatildeo (FORMAN GODRON 1986 FORMAN 1995)

Nessa perspectiva a linguagem SIG se fundamenta nas geometrias ndash ponto linha e poliacutegono ndash correlacionadas aos atributos alfanumeacutericos ine-quiacutevocos pela chave de localizaccedilatildeo O domiacutenio das representaccedilotildees vetoriais nos SIG se fundamenta no ponto Apesar de ser adimensional eacute gerador das demais geometrias pois eacute a base da localizaccedilatildeo O ponto na paisagem estaacute intriacutenseco agrave localizaccedilatildeo agraves unidades e aos eventos mas conforma tambeacutem os noacutes que satildeo interseccedilotildees entre corredores e bordas por exemplo A linha que corresponde agrave estrutura de paisagem do tipo corredor estaacute relacionada ao sentido de acessibilidade de fluxo inferido pela conectividade estabelecendo relaccedilotildees de proximidade e a demarcaccedilatildeo de limites O poliacutegono estaacute relacio-nado agraves estruturas de transiccedilatildeo mais comuns da paisagem mancha (ou frag-mento) e matriz Ele daacute sentido de abrangecircncia espaccedilo-temporal jaacute que tem a melhor capacidade de responder espacialmente (resistir ou agir) agraves forccedilas de transformaccedilatildeo

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MATERIAIS E MEacuteTODOSAs oficinas de SIG Aplicados ao Planejamento da Paisagem satildeo ofereci-

das em ambiente de laboratoacuterio de informaacutetica com softwares Qgis sistemas CAD etc tendo duraccedilatildeo de quatro ou oito horasaula conforme o objetivo e a disponi-bilidade do evento Os relatos das oficinas apresentados neste capiacutetulo se referem agraves oficinas didaacuteticas ocorridas na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus de Erechim nos anos de 2016 2017 e 2018 expostos no XIV Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo das Escolas de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (ENEPEA) realizado em Santa Maria RS em 2018 e no X Seminaacuterio de Pesquisa em Planejamento e Gestatildeo Territorial (SPPGT) realizado na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) em Criciuacutema SC no ano de 2019 (Figura 6)

Figura 6 - Fotos das oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) Santa Maria (RS) e Criciuacutema (SC)

Legenda (I) e (II) Oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) nos anos de 2016 e 2017 (III) Oficina didaacutetica XIV ENEPEA em Santa Maria (RS) no ano de 2018 (IV) Oficina didaacutetica X SPPGTUNESC em Criciuacutema (SC) no ano de 2019Fonte Acervo das autoras (2019)

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Materiais de apoio foram disponibilizados aos participantes ante-riormente agrave execuccedilatildeo da oficina constituindo-se em uma apostila didaacutetica elaborada pelas autoras uma pasta com o aporte teoacuterico composto por trecircs artigos e uma pasta com banco de dados em formato vetorial e raster utiliza-dos na oficina

A apostila didaacutetica apresentou uma discussatildeo acerca do conceito de paisagem e introduziu os meacutetodos de leitura da paisagem noccedilotildees gerais de car-tografia SIG softwares e processos utilizados no desenvolvimento da oficina Por fim disponibilizou links de acesso a repositoacuterios de bancos de dados que seriam explorados pelos alunos durante a oficina e depois dela A leitura preacutevia familiarizou o aluno com o tema e com os processos que seriam desenvolvidos na parte praacutetica da oficina A leitura dos trecircs artigos indicados ndash Nogueacute e Sala (2006) Steinitz (2002) e Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash ampliou o repertoacuterio e aprofundou outras metodologias de anaacutelise e leitura da paisagem que tam-beacutem se beneficiam da utilizaccedilatildeo de ferramentas de geoprocessamento

Reconhecendo a importacircncia de o usuaacuterio conhecer previamente a paisagem de estudo as oficinas de curta duraccedilatildeo satildeo realizadas a partir de um banco de dados baacutesico do municiacutepio onde acontecem devendo ser comple-mentadas durante o desenvolvimento das atividades

O conteuacutedo da oficina foi organizado em estrutura e simbologia das camadas na aacuterea de controle importaccedilatildeo criaccedilatildeo e ediccedilatildeo de camadas corre-laccedilatildeo dos dados espaciais e alfanumeacutericos planejamento e montagem de ban-co de dados elaboraccedilatildeo cartograacutefica com vistas aos estudos de leitura anaacutelise e planejamento da paisagem Interfaces SIG CAD sistemas web Montagem de layout e apresentaccedilatildeo cartograacutefica

A plataforma utilizada para o desenvolvimento das atividades das oficinas foi QGIS (Quantum GIS) que eacute um software livre de coacutedigo-fonte aberto multiplataforma de SIG a qual permite a visualizaccedilatildeo a ediccedilatildeo e a anaacute-lise de dados e informaccedilotildees georreferenciados O programa bastante utilizado por estudantes pode funcionar com diversos plugins para expandir seu uso original de modo imediato e gratuito Por ser de faacutecil acesso e livre permite

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que o usuaacuterio continue utilizando o software e desenvolvendo suas habilidades no sistema apoacutes a oficina constituindo uma importante alternativa agravequelas que geralmente podem ser utilizadas a partir de laboratoacuterios nas universida-des instituiccedilotildees ou grande empresas

Para iniacutecio das atividades da oficina eacute disponibilizado um banco de dados base tomado como ponto de partida e a partir da interaccedilatildeo com outras plataformas como o Google Earth e pesquisa de dados satildeo feitas complemen-taccedilotildees no banco de dados o qual eacute compartilhado e de acesso a todos os parti-cipantes A estruturaccedilatildeo das oficinas pode ser acompanhada na Figura 7

Figura 7 - Etapas do desenvolvimento das oficinas

Fonte Elaboraccedilatildeo das autoras (2020)

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A primeira etapa da oficina apresenta os principais conceitos e meacute-todos de leitura da paisagem bem como a estruturaccedilatildeo dos SIG relacionando as linguagens em comum

Na etapa 2 os participantes tecircm uma primeira aproximaccedilatildeo com o software por meio do qual realizam atividades de elaboraccedilatildeo de mapas com as informaccedilotildees disponibilizadas no banco de dados As atividades se concentram em configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho e na elaboraccedilatildeo de layouts Em seguida os usuaacuterios satildeo organi-zados em equipes de trecircs a quatro integrantes fazem a pesquisa e acessam dados geoespaciais on-line atraveacutes de pesquisa em sites eou criam planos de informaccedilatildeo Editam banco de dados elaborando mapas com classificaccedilatildeo de dados por simbologias siacutembolo uacutenico categorizado ou graduado para dados geoespaciais nas geometrias de ponto linha e poliacutegono

Nessa etapa satildeo desenvolvidas atividades guiadas explorando as interfaces SIG e CAD e os sistemas web como o Google Earth No ambiente SIG eacute encaminhada uma sobreposiccedilatildeo de mapas de maneira que cada equipe possa produzir um mapa de siacutentese dos aspectos ecoloacutegicos e um dos aspectos culturais ou antroacutepicos da aacuterea estudada

Na etapa 3 os usuaacuterios devem aplicar as metodologias de identifica-ccedilatildeo das UPs Cada equipe elenca os criteacuterios estabelecidos para a identificaccedilatildeo das UPs Posteriormente a sobreposiccedilatildeo dos mapas de siacutentese gera a identifi-caccedilatildeo das Unidades de Paisagem

Na etapa 4 eacute realizado um seminaacuterio onde cada equipe apresenta suas unidades de paisagem e caracteriza brevemente cada uma delas Por meio de atividade guiada todas as equipes dialogam a respeito dos criteacuterios e dos resultados encontrados No final do seminaacuterio a turma obteacutem um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem que a partir de estudos especiacuteficos seraacute caracterizado

Na etapa 5 satildeo apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em

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diferentes escalas Por fim eacute encaminhada uma avaliaccedilatildeo das atividades de-senvolvidas na oficina

RESULTADOSAs atividades de elaboraccedilatildeo de mapas em ambientes SIG se mos-

traram fundamentais para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo proposto Nessa etapa os usuaacuterios aprenderam a inserir e a configurar dados geoespaciais da aacuterea de estudo configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho Por meio de exerciacutecios guiados (exerciacutecios 1 a 5) o usuaacuterio foi capaz de compreender a estrutura e a correlaccedilatildeo dos dados e a elaborar mapas base para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo

No exerciacutecio 1 foi realizada a configuraccedilatildeo da aacuterea de trabalho a inserccedilatildeo das camadas do banco de dados preacutevio a sobreposiccedilatildeo e a configura-ccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das camadas por meio da alteraccedilatildeo das propriedades de preenchimento borda transparecircncia roacutetulos etc

O banco de dados disponibilizado possuiacutea arquivos raster e vetoriais no formato shapefile (shp) para as geometrias ponto a linha e o poliacutegono As atividades se concentraram nos dados vetoriais pelo manuseio dos planos de informaccedilatildeo (camadas) As seleccedilotildees na aacuterea de trabalho e da tabela de atribu-tos permitiu aos usuaacuterios a compreensatildeo da correlaccedilatildeo espacial Ao final do exerciacutecio 1 o usuaacuterio foi capaz de manusear e configurar o projeto e a visuali-zaccedilatildeo das simbologias dos planos de informaccedilatildeo aplicar filtros de informaccedilatildeo espacial bem como estabelecer os princiacutepios de correlaccedilatildeo entre a feiccedilatildeo e seu respectivo atributo em uma tabela de atributos

O foco do exerciacutecio 2 foi a elaboraccedilatildeo de anaacutelises espaciais a partir de poliacutegonos utilizando-se as propriedades de siacutembolo uacutenico categorizado e graduado (Figura 8) Para esse exerciacutecio foram utilizadas malhas digitais correspondentes aos bairros ou municiacutepios da regiatildeo de estudo Cada feiccedilatildeo da camada deveria conter ao menos uma informaccedilatildeo da tabela de atributos preenchida do tipo texto

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Para a visualizaccedilatildeo dos planos de informaccedilatildeo na simbologia de siacutem-bolo uacutenico o usuaacuterio relacionou a visualizaccedilatildeo dos dados a uma informaccedilatildeo da tabela de atributos Para essa atividade foram selecionados como atributo a ser classificado o nome dos bairros ou municiacutepios gerando mapa no qual cada poliacutegono foi representado com uma simbologia proacutepria Nessa atividade o usuaacuterio tambeacutem inseriu roacutetulos e configurou a sua apresentaccedilatildeo de layout

Para a visualizaccedilatildeo do plano de informaccedilatildeo na simbologia catego-rizado os usuaacuterios iniciaram o processo de ediccedilatildeo do banco de dados que consistiu no preenchimento ou na alteraccedilatildeo de informaccedilotildees na tabela de atri-butos de uma camada Para isso precisaram identificar temas em comum aos poliacutegonos Ao abrir a ediccedilatildeo preencheram a coluna do banco de dados com a informaccedilatildeo correspondente a cada poliacutegono Na visualizaccedilatildeo dos dados a simbologia foi alterada de siacutembolo uacutenico para categorizado escolhendo a infor-maccedilatildeo a ser analisada correspondente agrave coluna editada anteriormente

Para a simbologia graduada o usuaacuterio deveria editar o banco de dados com a populaccedilatildeo (dado numeacuterico real) de cada municiacutepio ou bairro Assim poderia elaborar um mapa com os intervalos das faixas populacionais correspondentes aos grupos de municiacutepios ou bairros para identificar quais satildeo os mais populosos por exemplo

Por meio dessas atividades foram desenvolvidas outras habilidades de manuseio do banco de dados como o caacutelculo automaacutetico da aacuterea dos po-liacutegonos (dado numeacuterico decimal) e o caacutelculo automaacutetico da densidade po-pulacional por exemplo por meio das operaccedilotildees simples de divisatildeo entre os valores que preenchem as colunas do banco de dados (densidade populacional = populaccedilatildeoaacuterea por exemplo)

O exerciacutecio 3 focou-se na montagem de layout configuraccedilatildeo de es-cala legendas e grades de coordenadas principalmente

A Figura 8 mostra alguns resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3

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Figura 8 - Resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3 elaboraccedilatildeo de mapas siacutembolo uacutenico categorizado e de intervalos e montagem de layout

Legenda (I) Mapa siacutembolo uacutenico (II) Mapa de pontos categorizados (III) Mapa de siacutembolo graduado Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

O exerciacutecio 4 foi aplicado conforme o andamento dos exerciacutecios anteriores e principalmente nas oficinas de duraccedilatildeo de 8haula Por meio dele foi trabalhada a operaccedilatildeo das Interfaces SIG CAD sistemas web que consistiu na importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de arquivos para formatos CAD (dxf) e Google Earth (kml) Para isso foram manuseados os planos de informaccedilatildeo dos exerciacutecios 1 a 3 de maneira que pudessem ser visualizados em diversos aplicativos SIG CAD ou web Foram utilizados plugins web diretamente na aacuterea de trabalho Qgis conforme o interesse do usuaacuterio

Para a finalizaccedilatildeo do exerciacutecio o usuaacuterio deveria marcar pontos correspondentes aos equipamentos puacuteblicos de um bairro da aacuterea de estudo no Google Earth importar esse plano de informaccedilatildeo no QGis e a partir dele criar uma camada shapefile criar campos na tabela de atributos preenchecirc-los com as informaccedilotildees a respeito da tipologia (escola unidade de sauacutede etc) e do nome do equipamento O usuaacuterio aplicaria a simbologia categorizada para a tipologia do equipamento evidenciando uma figura siacutembolo para cada ca-tegoria Ao final deveria ser elaborado layout com ao menos dois planos de informaccedilatildeo ativos e legenda categorizada

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Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

REFEREcircNCIAS BERQUE A Paisagem-marca paisagem-matriz elementos da problemaacutetica para uma geografia cultural In CORREcircA R L ROSENDAHL Z (orgs) Paisagem tempo e cultura Rio de Janeiro Editora da UERJ 1998 p 84-91

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente Ministeacuterio do Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo Projeto orla fundamentos para gestatildeo integrada Brasiacutelia MMA 2006 74p

CARAPINHA A 0809 Arte das paisagens e dos jardins Plano de ensino para a disciplina do Curso de Arquitectura Paisagista da Universidade de Eacutevora Portugal Eacutevora 2008

CONSELHO EUROPEU European Landscape Convention Florence Convention European Treaty Series Florence n 176 p 1-7 20 oct 2000 Disponiacutevel em httpsrmcoeintCoERMPublicCommonSearchServicesDisplayDCTMContentdocumentId=0900001680080621 Acesso em jun 2016

CORREIA T P DacuteABREU A C OLIVEIRA R M G Identificaccedilatildeo de Unidades de Paisagem metodologia aplicada a Portugal Continental Finisterra ano XXXVI n 72 p 195-206 2001

DEL RIO V OLIVEIRA L Percepccedilatildeo ambiental a experiecircncia brasileira Satildeo Paulo SP Studio Nobel 1999 265 p

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FAVARETTO A Valores paisagiacutesticos subsiacutedios para elaboraccedilatildeo do projeto de estradas 2017 482 f Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis 2016 Disponiacutevel em httpwwwbuufscbrtesesPARQ0259-Tpdf Acesso em 01 ago 2019

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NOGUEacute J SALA P Protoacutetipo de Cataacutelogo de Paisaje Bases conceptuales metodoloacutegicas y procedimentales para la elaboracioacuten de los Cataacutelogos de Paisaje de Cataluntildea Olot y Barcelona Observatorio del Paisaje de Cataluntildea 2006

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VALENTINI D R Transformaccedilatildeo e ressignificaccedilatildeo espaccedilo-temporal da paisagem territorial O Oeste catarinense na Poacutes-Modernidade 2020 380 f Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2020

VIEIRA M de S MACEDO S S Unidades de paisagem a criaccedilatildeo de um meacutetodo para a anaacutelise do territoacuterio de Suzano Paisagem e Ambiente v 32 p 167-228 2013 Disponiacutevel em httpwwwrevistasuspbrpaamarticleview88130 Acesso em 8 jul 2019

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zados a partir de um servidor comum otimizando e fortalecendo as accedilotildees de levantamento e anaacutelise de dados ambientais ou cadastrais por exemplo Para isso eacute preciso fornecer o ldquocaminhordquo o diretoacuterio onde o plano de informaccedilatildeo estaacute depositado

Um plano de informaccedilatildeo de formato vetorial que conforma um sha-pefile (shp) ESRI eacute formado por arquivos correlacionados em diferentes for-matos ndash correspondentes ao design localizaccedilatildeo banco de dados entre outros Um plano de informaccedilatildeo precisa ser inserido a um projeto em ambiente SIG para ser visualizado configurado ou editado

Do ponto de vista da ecologia das paisagens a Estrutura Morfoloacutegica da paisagem se fundamenta a partir do mosaico antropizado e heterogecircneo de elementos formais e processos que possibilitam a compreensatildeo da estruturaccedilatildeo do territoacuterio identificando matriz corredor mancha (ou fragmento) e borda em contiacutenua transformaccedilatildeo (FORMAN GODRON 1986 FORMAN 1995)

Nessa perspectiva a linguagem SIG se fundamenta nas geometrias ndash ponto linha e poliacutegono ndash correlacionadas aos atributos alfanumeacutericos ine-quiacutevocos pela chave de localizaccedilatildeo O domiacutenio das representaccedilotildees vetoriais nos SIG se fundamenta no ponto Apesar de ser adimensional eacute gerador das demais geometrias pois eacute a base da localizaccedilatildeo O ponto na paisagem estaacute intriacutenseco agrave localizaccedilatildeo agraves unidades e aos eventos mas conforma tambeacutem os noacutes que satildeo interseccedilotildees entre corredores e bordas por exemplo A linha que corresponde agrave estrutura de paisagem do tipo corredor estaacute relacionada ao sentido de acessibilidade de fluxo inferido pela conectividade estabelecendo relaccedilotildees de proximidade e a demarcaccedilatildeo de limites O poliacutegono estaacute relacio-nado agraves estruturas de transiccedilatildeo mais comuns da paisagem mancha (ou frag-mento) e matriz Ele daacute sentido de abrangecircncia espaccedilo-temporal jaacute que tem a melhor capacidade de responder espacialmente (resistir ou agir) agraves forccedilas de transformaccedilatildeo

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MATERIAIS E MEacuteTODOSAs oficinas de SIG Aplicados ao Planejamento da Paisagem satildeo ofereci-

das em ambiente de laboratoacuterio de informaacutetica com softwares Qgis sistemas CAD etc tendo duraccedilatildeo de quatro ou oito horasaula conforme o objetivo e a disponi-bilidade do evento Os relatos das oficinas apresentados neste capiacutetulo se referem agraves oficinas didaacuteticas ocorridas na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus de Erechim nos anos de 2016 2017 e 2018 expostos no XIV Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo das Escolas de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (ENEPEA) realizado em Santa Maria RS em 2018 e no X Seminaacuterio de Pesquisa em Planejamento e Gestatildeo Territorial (SPPGT) realizado na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) em Criciuacutema SC no ano de 2019 (Figura 6)

Figura 6 - Fotos das oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) Santa Maria (RS) e Criciuacutema (SC)

Legenda (I) e (II) Oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) nos anos de 2016 e 2017 (III) Oficina didaacutetica XIV ENEPEA em Santa Maria (RS) no ano de 2018 (IV) Oficina didaacutetica X SPPGTUNESC em Criciuacutema (SC) no ano de 2019Fonte Acervo das autoras (2019)

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Materiais de apoio foram disponibilizados aos participantes ante-riormente agrave execuccedilatildeo da oficina constituindo-se em uma apostila didaacutetica elaborada pelas autoras uma pasta com o aporte teoacuterico composto por trecircs artigos e uma pasta com banco de dados em formato vetorial e raster utiliza-dos na oficina

A apostila didaacutetica apresentou uma discussatildeo acerca do conceito de paisagem e introduziu os meacutetodos de leitura da paisagem noccedilotildees gerais de car-tografia SIG softwares e processos utilizados no desenvolvimento da oficina Por fim disponibilizou links de acesso a repositoacuterios de bancos de dados que seriam explorados pelos alunos durante a oficina e depois dela A leitura preacutevia familiarizou o aluno com o tema e com os processos que seriam desenvolvidos na parte praacutetica da oficina A leitura dos trecircs artigos indicados ndash Nogueacute e Sala (2006) Steinitz (2002) e Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash ampliou o repertoacuterio e aprofundou outras metodologias de anaacutelise e leitura da paisagem que tam-beacutem se beneficiam da utilizaccedilatildeo de ferramentas de geoprocessamento

Reconhecendo a importacircncia de o usuaacuterio conhecer previamente a paisagem de estudo as oficinas de curta duraccedilatildeo satildeo realizadas a partir de um banco de dados baacutesico do municiacutepio onde acontecem devendo ser comple-mentadas durante o desenvolvimento das atividades

O conteuacutedo da oficina foi organizado em estrutura e simbologia das camadas na aacuterea de controle importaccedilatildeo criaccedilatildeo e ediccedilatildeo de camadas corre-laccedilatildeo dos dados espaciais e alfanumeacutericos planejamento e montagem de ban-co de dados elaboraccedilatildeo cartograacutefica com vistas aos estudos de leitura anaacutelise e planejamento da paisagem Interfaces SIG CAD sistemas web Montagem de layout e apresentaccedilatildeo cartograacutefica

A plataforma utilizada para o desenvolvimento das atividades das oficinas foi QGIS (Quantum GIS) que eacute um software livre de coacutedigo-fonte aberto multiplataforma de SIG a qual permite a visualizaccedilatildeo a ediccedilatildeo e a anaacute-lise de dados e informaccedilotildees georreferenciados O programa bastante utilizado por estudantes pode funcionar com diversos plugins para expandir seu uso original de modo imediato e gratuito Por ser de faacutecil acesso e livre permite

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que o usuaacuterio continue utilizando o software e desenvolvendo suas habilidades no sistema apoacutes a oficina constituindo uma importante alternativa agravequelas que geralmente podem ser utilizadas a partir de laboratoacuterios nas universida-des instituiccedilotildees ou grande empresas

Para iniacutecio das atividades da oficina eacute disponibilizado um banco de dados base tomado como ponto de partida e a partir da interaccedilatildeo com outras plataformas como o Google Earth e pesquisa de dados satildeo feitas complemen-taccedilotildees no banco de dados o qual eacute compartilhado e de acesso a todos os parti-cipantes A estruturaccedilatildeo das oficinas pode ser acompanhada na Figura 7

Figura 7 - Etapas do desenvolvimento das oficinas

Fonte Elaboraccedilatildeo das autoras (2020)

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A primeira etapa da oficina apresenta os principais conceitos e meacute-todos de leitura da paisagem bem como a estruturaccedilatildeo dos SIG relacionando as linguagens em comum

Na etapa 2 os participantes tecircm uma primeira aproximaccedilatildeo com o software por meio do qual realizam atividades de elaboraccedilatildeo de mapas com as informaccedilotildees disponibilizadas no banco de dados As atividades se concentram em configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho e na elaboraccedilatildeo de layouts Em seguida os usuaacuterios satildeo organi-zados em equipes de trecircs a quatro integrantes fazem a pesquisa e acessam dados geoespaciais on-line atraveacutes de pesquisa em sites eou criam planos de informaccedilatildeo Editam banco de dados elaborando mapas com classificaccedilatildeo de dados por simbologias siacutembolo uacutenico categorizado ou graduado para dados geoespaciais nas geometrias de ponto linha e poliacutegono

Nessa etapa satildeo desenvolvidas atividades guiadas explorando as interfaces SIG e CAD e os sistemas web como o Google Earth No ambiente SIG eacute encaminhada uma sobreposiccedilatildeo de mapas de maneira que cada equipe possa produzir um mapa de siacutentese dos aspectos ecoloacutegicos e um dos aspectos culturais ou antroacutepicos da aacuterea estudada

Na etapa 3 os usuaacuterios devem aplicar as metodologias de identifica-ccedilatildeo das UPs Cada equipe elenca os criteacuterios estabelecidos para a identificaccedilatildeo das UPs Posteriormente a sobreposiccedilatildeo dos mapas de siacutentese gera a identifi-caccedilatildeo das Unidades de Paisagem

Na etapa 4 eacute realizado um seminaacuterio onde cada equipe apresenta suas unidades de paisagem e caracteriza brevemente cada uma delas Por meio de atividade guiada todas as equipes dialogam a respeito dos criteacuterios e dos resultados encontrados No final do seminaacuterio a turma obteacutem um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem que a partir de estudos especiacuteficos seraacute caracterizado

Na etapa 5 satildeo apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em

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diferentes escalas Por fim eacute encaminhada uma avaliaccedilatildeo das atividades de-senvolvidas na oficina

RESULTADOSAs atividades de elaboraccedilatildeo de mapas em ambientes SIG se mos-

traram fundamentais para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo proposto Nessa etapa os usuaacuterios aprenderam a inserir e a configurar dados geoespaciais da aacuterea de estudo configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho Por meio de exerciacutecios guiados (exerciacutecios 1 a 5) o usuaacuterio foi capaz de compreender a estrutura e a correlaccedilatildeo dos dados e a elaborar mapas base para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo

No exerciacutecio 1 foi realizada a configuraccedilatildeo da aacuterea de trabalho a inserccedilatildeo das camadas do banco de dados preacutevio a sobreposiccedilatildeo e a configura-ccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das camadas por meio da alteraccedilatildeo das propriedades de preenchimento borda transparecircncia roacutetulos etc

O banco de dados disponibilizado possuiacutea arquivos raster e vetoriais no formato shapefile (shp) para as geometrias ponto a linha e o poliacutegono As atividades se concentraram nos dados vetoriais pelo manuseio dos planos de informaccedilatildeo (camadas) As seleccedilotildees na aacuterea de trabalho e da tabela de atribu-tos permitiu aos usuaacuterios a compreensatildeo da correlaccedilatildeo espacial Ao final do exerciacutecio 1 o usuaacuterio foi capaz de manusear e configurar o projeto e a visuali-zaccedilatildeo das simbologias dos planos de informaccedilatildeo aplicar filtros de informaccedilatildeo espacial bem como estabelecer os princiacutepios de correlaccedilatildeo entre a feiccedilatildeo e seu respectivo atributo em uma tabela de atributos

O foco do exerciacutecio 2 foi a elaboraccedilatildeo de anaacutelises espaciais a partir de poliacutegonos utilizando-se as propriedades de siacutembolo uacutenico categorizado e graduado (Figura 8) Para esse exerciacutecio foram utilizadas malhas digitais correspondentes aos bairros ou municiacutepios da regiatildeo de estudo Cada feiccedilatildeo da camada deveria conter ao menos uma informaccedilatildeo da tabela de atributos preenchida do tipo texto

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Para a visualizaccedilatildeo dos planos de informaccedilatildeo na simbologia de siacutem-bolo uacutenico o usuaacuterio relacionou a visualizaccedilatildeo dos dados a uma informaccedilatildeo da tabela de atributos Para essa atividade foram selecionados como atributo a ser classificado o nome dos bairros ou municiacutepios gerando mapa no qual cada poliacutegono foi representado com uma simbologia proacutepria Nessa atividade o usuaacuterio tambeacutem inseriu roacutetulos e configurou a sua apresentaccedilatildeo de layout

Para a visualizaccedilatildeo do plano de informaccedilatildeo na simbologia catego-rizado os usuaacuterios iniciaram o processo de ediccedilatildeo do banco de dados que consistiu no preenchimento ou na alteraccedilatildeo de informaccedilotildees na tabela de atri-butos de uma camada Para isso precisaram identificar temas em comum aos poliacutegonos Ao abrir a ediccedilatildeo preencheram a coluna do banco de dados com a informaccedilatildeo correspondente a cada poliacutegono Na visualizaccedilatildeo dos dados a simbologia foi alterada de siacutembolo uacutenico para categorizado escolhendo a infor-maccedilatildeo a ser analisada correspondente agrave coluna editada anteriormente

Para a simbologia graduada o usuaacuterio deveria editar o banco de dados com a populaccedilatildeo (dado numeacuterico real) de cada municiacutepio ou bairro Assim poderia elaborar um mapa com os intervalos das faixas populacionais correspondentes aos grupos de municiacutepios ou bairros para identificar quais satildeo os mais populosos por exemplo

Por meio dessas atividades foram desenvolvidas outras habilidades de manuseio do banco de dados como o caacutelculo automaacutetico da aacuterea dos po-liacutegonos (dado numeacuterico decimal) e o caacutelculo automaacutetico da densidade po-pulacional por exemplo por meio das operaccedilotildees simples de divisatildeo entre os valores que preenchem as colunas do banco de dados (densidade populacional = populaccedilatildeoaacuterea por exemplo)

O exerciacutecio 3 focou-se na montagem de layout configuraccedilatildeo de es-cala legendas e grades de coordenadas principalmente

A Figura 8 mostra alguns resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3

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Figura 8 - Resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3 elaboraccedilatildeo de mapas siacutembolo uacutenico categorizado e de intervalos e montagem de layout

Legenda (I) Mapa siacutembolo uacutenico (II) Mapa de pontos categorizados (III) Mapa de siacutembolo graduado Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

O exerciacutecio 4 foi aplicado conforme o andamento dos exerciacutecios anteriores e principalmente nas oficinas de duraccedilatildeo de 8haula Por meio dele foi trabalhada a operaccedilatildeo das Interfaces SIG CAD sistemas web que consistiu na importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de arquivos para formatos CAD (dxf) e Google Earth (kml) Para isso foram manuseados os planos de informaccedilatildeo dos exerciacutecios 1 a 3 de maneira que pudessem ser visualizados em diversos aplicativos SIG CAD ou web Foram utilizados plugins web diretamente na aacuterea de trabalho Qgis conforme o interesse do usuaacuterio

Para a finalizaccedilatildeo do exerciacutecio o usuaacuterio deveria marcar pontos correspondentes aos equipamentos puacuteblicos de um bairro da aacuterea de estudo no Google Earth importar esse plano de informaccedilatildeo no QGis e a partir dele criar uma camada shapefile criar campos na tabela de atributos preenchecirc-los com as informaccedilotildees a respeito da tipologia (escola unidade de sauacutede etc) e do nome do equipamento O usuaacuterio aplicaria a simbologia categorizada para a tipologia do equipamento evidenciando uma figura siacutembolo para cada ca-tegoria Ao final deveria ser elaborado layout com ao menos dois planos de informaccedilatildeo ativos e legenda categorizada

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Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

REFEREcircNCIAS BERQUE A Paisagem-marca paisagem-matriz elementos da problemaacutetica para uma geografia cultural In CORREcircA R L ROSENDAHL Z (orgs) Paisagem tempo e cultura Rio de Janeiro Editora da UERJ 1998 p 84-91

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente Ministeacuterio do Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo Projeto orla fundamentos para gestatildeo integrada Brasiacutelia MMA 2006 74p

CARAPINHA A 0809 Arte das paisagens e dos jardins Plano de ensino para a disciplina do Curso de Arquitectura Paisagista da Universidade de Eacutevora Portugal Eacutevora 2008

CONSELHO EUROPEU European Landscape Convention Florence Convention European Treaty Series Florence n 176 p 1-7 20 oct 2000 Disponiacutevel em httpsrmcoeintCoERMPublicCommonSearchServicesDisplayDCTMContentdocumentId=0900001680080621 Acesso em jun 2016

CORREIA T P DacuteABREU A C OLIVEIRA R M G Identificaccedilatildeo de Unidades de Paisagem metodologia aplicada a Portugal Continental Finisterra ano XXXVI n 72 p 195-206 2001

DEL RIO V OLIVEIRA L Percepccedilatildeo ambiental a experiecircncia brasileira Satildeo Paulo SP Studio Nobel 1999 265 p

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FAVARETTO A A paisagem e a estrada Estudo do trecho norte da rodovia BR-101 em Santa Catarina 2012 249 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis 2012 Disponiacutevel em httprepositorioufscbrxmluihandle123456789100789 Acesso em 01 ago 2019

FAVARETTO A Valores paisagiacutesticos subsiacutedios para elaboraccedilatildeo do projeto de estradas 2017 482 f Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis 2016 Disponiacutevel em httpwwwbuufscbrtesesPARQ0259-Tpdf Acesso em 01 ago 2019

FORMAN R T T Land mosaics the ecology of landscapes and regions CambridgeNew York Cambridge University Press 1995

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FORMAN R T T GODRON M Landscape Ecology New York John Wiley amp Sons 1986

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NOGUEacute J SALA P Protoacutetipo de Cataacutelogo de Paisaje Bases conceptuales metodoloacutegicas y procedimentales para la elaboracioacuten de los Cataacutelogos de Paisaje de Cataluntildea Olot y Barcelona Observatorio del Paisaje de Cataluntildea 2006

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SILVA J M P LIMA F C MAGALHAtildeES N C T Abordagem Interescalar Unidade de Paisagem como meacutetodo In COLOacuteQUIO QUAPAgrave-SEL 9 2014 Vitoacuteria Anais do IX Coloacutequio QUAPAgrave-SEL Vol 1 Satildeo Paulo FAUUSP 2014 p 1- 20

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TELLES G R A paisagem global Eacutevora Universidade Eacutevora 1993

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VALENTINI D R Transformaccedilatildeo e ressignificaccedilatildeo espaccedilo-temporal da paisagem territorial O Oeste catarinense na Poacutes-Modernidade 2020 380 f Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2020

VIEIRA M de S MACEDO S S Unidades de paisagem a criaccedilatildeo de um meacutetodo para a anaacutelise do territoacuterio de Suzano Paisagem e Ambiente v 32 p 167-228 2013 Disponiacutevel em httpwwwrevistasuspbrpaamarticleview88130 Acesso em 8 jul 2019

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MATERIAIS E MEacuteTODOSAs oficinas de SIG Aplicados ao Planejamento da Paisagem satildeo ofereci-

das em ambiente de laboratoacuterio de informaacutetica com softwares Qgis sistemas CAD etc tendo duraccedilatildeo de quatro ou oito horasaula conforme o objetivo e a disponi-bilidade do evento Os relatos das oficinas apresentados neste capiacutetulo se referem agraves oficinas didaacuteticas ocorridas na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus de Erechim nos anos de 2016 2017 e 2018 expostos no XIV Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo das Escolas de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (ENEPEA) realizado em Santa Maria RS em 2018 e no X Seminaacuterio de Pesquisa em Planejamento e Gestatildeo Territorial (SPPGT) realizado na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) em Criciuacutema SC no ano de 2019 (Figura 6)

Figura 6 - Fotos das oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) Santa Maria (RS) e Criciuacutema (SC)

Legenda (I) e (II) Oficinas didaacuteticas em Erechim (RS) nos anos de 2016 e 2017 (III) Oficina didaacutetica XIV ENEPEA em Santa Maria (RS) no ano de 2018 (IV) Oficina didaacutetica X SPPGTUNESC em Criciuacutema (SC) no ano de 2019Fonte Acervo das autoras (2019)

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Materiais de apoio foram disponibilizados aos participantes ante-riormente agrave execuccedilatildeo da oficina constituindo-se em uma apostila didaacutetica elaborada pelas autoras uma pasta com o aporte teoacuterico composto por trecircs artigos e uma pasta com banco de dados em formato vetorial e raster utiliza-dos na oficina

A apostila didaacutetica apresentou uma discussatildeo acerca do conceito de paisagem e introduziu os meacutetodos de leitura da paisagem noccedilotildees gerais de car-tografia SIG softwares e processos utilizados no desenvolvimento da oficina Por fim disponibilizou links de acesso a repositoacuterios de bancos de dados que seriam explorados pelos alunos durante a oficina e depois dela A leitura preacutevia familiarizou o aluno com o tema e com os processos que seriam desenvolvidos na parte praacutetica da oficina A leitura dos trecircs artigos indicados ndash Nogueacute e Sala (2006) Steinitz (2002) e Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash ampliou o repertoacuterio e aprofundou outras metodologias de anaacutelise e leitura da paisagem que tam-beacutem se beneficiam da utilizaccedilatildeo de ferramentas de geoprocessamento

Reconhecendo a importacircncia de o usuaacuterio conhecer previamente a paisagem de estudo as oficinas de curta duraccedilatildeo satildeo realizadas a partir de um banco de dados baacutesico do municiacutepio onde acontecem devendo ser comple-mentadas durante o desenvolvimento das atividades

O conteuacutedo da oficina foi organizado em estrutura e simbologia das camadas na aacuterea de controle importaccedilatildeo criaccedilatildeo e ediccedilatildeo de camadas corre-laccedilatildeo dos dados espaciais e alfanumeacutericos planejamento e montagem de ban-co de dados elaboraccedilatildeo cartograacutefica com vistas aos estudos de leitura anaacutelise e planejamento da paisagem Interfaces SIG CAD sistemas web Montagem de layout e apresentaccedilatildeo cartograacutefica

A plataforma utilizada para o desenvolvimento das atividades das oficinas foi QGIS (Quantum GIS) que eacute um software livre de coacutedigo-fonte aberto multiplataforma de SIG a qual permite a visualizaccedilatildeo a ediccedilatildeo e a anaacute-lise de dados e informaccedilotildees georreferenciados O programa bastante utilizado por estudantes pode funcionar com diversos plugins para expandir seu uso original de modo imediato e gratuito Por ser de faacutecil acesso e livre permite

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que o usuaacuterio continue utilizando o software e desenvolvendo suas habilidades no sistema apoacutes a oficina constituindo uma importante alternativa agravequelas que geralmente podem ser utilizadas a partir de laboratoacuterios nas universida-des instituiccedilotildees ou grande empresas

Para iniacutecio das atividades da oficina eacute disponibilizado um banco de dados base tomado como ponto de partida e a partir da interaccedilatildeo com outras plataformas como o Google Earth e pesquisa de dados satildeo feitas complemen-taccedilotildees no banco de dados o qual eacute compartilhado e de acesso a todos os parti-cipantes A estruturaccedilatildeo das oficinas pode ser acompanhada na Figura 7

Figura 7 - Etapas do desenvolvimento das oficinas

Fonte Elaboraccedilatildeo das autoras (2020)

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A primeira etapa da oficina apresenta os principais conceitos e meacute-todos de leitura da paisagem bem como a estruturaccedilatildeo dos SIG relacionando as linguagens em comum

Na etapa 2 os participantes tecircm uma primeira aproximaccedilatildeo com o software por meio do qual realizam atividades de elaboraccedilatildeo de mapas com as informaccedilotildees disponibilizadas no banco de dados As atividades se concentram em configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho e na elaboraccedilatildeo de layouts Em seguida os usuaacuterios satildeo organi-zados em equipes de trecircs a quatro integrantes fazem a pesquisa e acessam dados geoespaciais on-line atraveacutes de pesquisa em sites eou criam planos de informaccedilatildeo Editam banco de dados elaborando mapas com classificaccedilatildeo de dados por simbologias siacutembolo uacutenico categorizado ou graduado para dados geoespaciais nas geometrias de ponto linha e poliacutegono

Nessa etapa satildeo desenvolvidas atividades guiadas explorando as interfaces SIG e CAD e os sistemas web como o Google Earth No ambiente SIG eacute encaminhada uma sobreposiccedilatildeo de mapas de maneira que cada equipe possa produzir um mapa de siacutentese dos aspectos ecoloacutegicos e um dos aspectos culturais ou antroacutepicos da aacuterea estudada

Na etapa 3 os usuaacuterios devem aplicar as metodologias de identifica-ccedilatildeo das UPs Cada equipe elenca os criteacuterios estabelecidos para a identificaccedilatildeo das UPs Posteriormente a sobreposiccedilatildeo dos mapas de siacutentese gera a identifi-caccedilatildeo das Unidades de Paisagem

Na etapa 4 eacute realizado um seminaacuterio onde cada equipe apresenta suas unidades de paisagem e caracteriza brevemente cada uma delas Por meio de atividade guiada todas as equipes dialogam a respeito dos criteacuterios e dos resultados encontrados No final do seminaacuterio a turma obteacutem um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem que a partir de estudos especiacuteficos seraacute caracterizado

Na etapa 5 satildeo apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em

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diferentes escalas Por fim eacute encaminhada uma avaliaccedilatildeo das atividades de-senvolvidas na oficina

RESULTADOSAs atividades de elaboraccedilatildeo de mapas em ambientes SIG se mos-

traram fundamentais para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo proposto Nessa etapa os usuaacuterios aprenderam a inserir e a configurar dados geoespaciais da aacuterea de estudo configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho Por meio de exerciacutecios guiados (exerciacutecios 1 a 5) o usuaacuterio foi capaz de compreender a estrutura e a correlaccedilatildeo dos dados e a elaborar mapas base para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo

No exerciacutecio 1 foi realizada a configuraccedilatildeo da aacuterea de trabalho a inserccedilatildeo das camadas do banco de dados preacutevio a sobreposiccedilatildeo e a configura-ccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das camadas por meio da alteraccedilatildeo das propriedades de preenchimento borda transparecircncia roacutetulos etc

O banco de dados disponibilizado possuiacutea arquivos raster e vetoriais no formato shapefile (shp) para as geometrias ponto a linha e o poliacutegono As atividades se concentraram nos dados vetoriais pelo manuseio dos planos de informaccedilatildeo (camadas) As seleccedilotildees na aacuterea de trabalho e da tabela de atribu-tos permitiu aos usuaacuterios a compreensatildeo da correlaccedilatildeo espacial Ao final do exerciacutecio 1 o usuaacuterio foi capaz de manusear e configurar o projeto e a visuali-zaccedilatildeo das simbologias dos planos de informaccedilatildeo aplicar filtros de informaccedilatildeo espacial bem como estabelecer os princiacutepios de correlaccedilatildeo entre a feiccedilatildeo e seu respectivo atributo em uma tabela de atributos

O foco do exerciacutecio 2 foi a elaboraccedilatildeo de anaacutelises espaciais a partir de poliacutegonos utilizando-se as propriedades de siacutembolo uacutenico categorizado e graduado (Figura 8) Para esse exerciacutecio foram utilizadas malhas digitais correspondentes aos bairros ou municiacutepios da regiatildeo de estudo Cada feiccedilatildeo da camada deveria conter ao menos uma informaccedilatildeo da tabela de atributos preenchida do tipo texto

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Para a visualizaccedilatildeo dos planos de informaccedilatildeo na simbologia de siacutem-bolo uacutenico o usuaacuterio relacionou a visualizaccedilatildeo dos dados a uma informaccedilatildeo da tabela de atributos Para essa atividade foram selecionados como atributo a ser classificado o nome dos bairros ou municiacutepios gerando mapa no qual cada poliacutegono foi representado com uma simbologia proacutepria Nessa atividade o usuaacuterio tambeacutem inseriu roacutetulos e configurou a sua apresentaccedilatildeo de layout

Para a visualizaccedilatildeo do plano de informaccedilatildeo na simbologia catego-rizado os usuaacuterios iniciaram o processo de ediccedilatildeo do banco de dados que consistiu no preenchimento ou na alteraccedilatildeo de informaccedilotildees na tabela de atri-butos de uma camada Para isso precisaram identificar temas em comum aos poliacutegonos Ao abrir a ediccedilatildeo preencheram a coluna do banco de dados com a informaccedilatildeo correspondente a cada poliacutegono Na visualizaccedilatildeo dos dados a simbologia foi alterada de siacutembolo uacutenico para categorizado escolhendo a infor-maccedilatildeo a ser analisada correspondente agrave coluna editada anteriormente

Para a simbologia graduada o usuaacuterio deveria editar o banco de dados com a populaccedilatildeo (dado numeacuterico real) de cada municiacutepio ou bairro Assim poderia elaborar um mapa com os intervalos das faixas populacionais correspondentes aos grupos de municiacutepios ou bairros para identificar quais satildeo os mais populosos por exemplo

Por meio dessas atividades foram desenvolvidas outras habilidades de manuseio do banco de dados como o caacutelculo automaacutetico da aacuterea dos po-liacutegonos (dado numeacuterico decimal) e o caacutelculo automaacutetico da densidade po-pulacional por exemplo por meio das operaccedilotildees simples de divisatildeo entre os valores que preenchem as colunas do banco de dados (densidade populacional = populaccedilatildeoaacuterea por exemplo)

O exerciacutecio 3 focou-se na montagem de layout configuraccedilatildeo de es-cala legendas e grades de coordenadas principalmente

A Figura 8 mostra alguns resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3

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Figura 8 - Resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3 elaboraccedilatildeo de mapas siacutembolo uacutenico categorizado e de intervalos e montagem de layout

Legenda (I) Mapa siacutembolo uacutenico (II) Mapa de pontos categorizados (III) Mapa de siacutembolo graduado Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

O exerciacutecio 4 foi aplicado conforme o andamento dos exerciacutecios anteriores e principalmente nas oficinas de duraccedilatildeo de 8haula Por meio dele foi trabalhada a operaccedilatildeo das Interfaces SIG CAD sistemas web que consistiu na importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de arquivos para formatos CAD (dxf) e Google Earth (kml) Para isso foram manuseados os planos de informaccedilatildeo dos exerciacutecios 1 a 3 de maneira que pudessem ser visualizados em diversos aplicativos SIG CAD ou web Foram utilizados plugins web diretamente na aacuterea de trabalho Qgis conforme o interesse do usuaacuterio

Para a finalizaccedilatildeo do exerciacutecio o usuaacuterio deveria marcar pontos correspondentes aos equipamentos puacuteblicos de um bairro da aacuterea de estudo no Google Earth importar esse plano de informaccedilatildeo no QGis e a partir dele criar uma camada shapefile criar campos na tabela de atributos preenchecirc-los com as informaccedilotildees a respeito da tipologia (escola unidade de sauacutede etc) e do nome do equipamento O usuaacuterio aplicaria a simbologia categorizada para a tipologia do equipamento evidenciando uma figura siacutembolo para cada ca-tegoria Ao final deveria ser elaborado layout com ao menos dois planos de informaccedilatildeo ativos e legenda categorizada

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Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

REFEREcircNCIAS BERQUE A Paisagem-marca paisagem-matriz elementos da problemaacutetica para uma geografia cultural In CORREcircA R L ROSENDAHL Z (orgs) Paisagem tempo e cultura Rio de Janeiro Editora da UERJ 1998 p 84-91

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente Ministeacuterio do Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo Projeto orla fundamentos para gestatildeo integrada Brasiacutelia MMA 2006 74p

CARAPINHA A 0809 Arte das paisagens e dos jardins Plano de ensino para a disciplina do Curso de Arquitectura Paisagista da Universidade de Eacutevora Portugal Eacutevora 2008

CONSELHO EUROPEU European Landscape Convention Florence Convention European Treaty Series Florence n 176 p 1-7 20 oct 2000 Disponiacutevel em httpsrmcoeintCoERMPublicCommonSearchServicesDisplayDCTMContentdocumentId=0900001680080621 Acesso em jun 2016

CORREIA T P DacuteABREU A C OLIVEIRA R M G Identificaccedilatildeo de Unidades de Paisagem metodologia aplicada a Portugal Continental Finisterra ano XXXVI n 72 p 195-206 2001

DEL RIO V OLIVEIRA L Percepccedilatildeo ambiental a experiecircncia brasileira Satildeo Paulo SP Studio Nobel 1999 265 p

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FAVARETTO A Valores paisagiacutesticos subsiacutedios para elaboraccedilatildeo do projeto de estradas 2017 482 f Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis 2016 Disponiacutevel em httpwwwbuufscbrtesesPARQ0259-Tpdf Acesso em 01 ago 2019

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FORMAN R T T GODRON M Landscape Ecology New York John Wiley amp Sons 1986

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NOGUEacute J SALA P Protoacutetipo de Cataacutelogo de Paisaje Bases conceptuales metodoloacutegicas y procedimentales para la elaboracioacuten de los Cataacutelogos de Paisaje de Cataluntildea Olot y Barcelona Observatorio del Paisaje de Cataluntildea 2006

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SILVA J M P LIMA F C MAGALHAtildeES N C T Abordagem Interescalar Unidade de Paisagem como meacutetodo In COLOacuteQUIO QUAPAgrave-SEL 9 2014 Vitoacuteria Anais do IX Coloacutequio QUAPAgrave-SEL Vol 1 Satildeo Paulo FAUUSP 2014 p 1- 20

SILVA J M P MANETTI C TAcircNGARI V Compartimentos e Unidades de Paisagem meacutetodo de leitura da paisagem aplicado agrave Linha feacuterrea Paisagem e Ambiente ensaios Satildeo Paulo n 31 p 61-80 2013

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TELLES G R A paisagem global Eacutevora Universidade Eacutevora 1993

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VALENTINI D R Transformaccedilatildeo e ressignificaccedilatildeo espaccedilo-temporal da paisagem territorial O Oeste catarinense na Poacutes-Modernidade 2020 380 f Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2020

VIEIRA M de S MACEDO S S Unidades de paisagem a criaccedilatildeo de um meacutetodo para a anaacutelise do territoacuterio de Suzano Paisagem e Ambiente v 32 p 167-228 2013 Disponiacutevel em httpwwwrevistasuspbrpaamarticleview88130 Acesso em 8 jul 2019

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Materiais de apoio foram disponibilizados aos participantes ante-riormente agrave execuccedilatildeo da oficina constituindo-se em uma apostila didaacutetica elaborada pelas autoras uma pasta com o aporte teoacuterico composto por trecircs artigos e uma pasta com banco de dados em formato vetorial e raster utiliza-dos na oficina

A apostila didaacutetica apresentou uma discussatildeo acerca do conceito de paisagem e introduziu os meacutetodos de leitura da paisagem noccedilotildees gerais de car-tografia SIG softwares e processos utilizados no desenvolvimento da oficina Por fim disponibilizou links de acesso a repositoacuterios de bancos de dados que seriam explorados pelos alunos durante a oficina e depois dela A leitura preacutevia familiarizou o aluno com o tema e com os processos que seriam desenvolvidos na parte praacutetica da oficina A leitura dos trecircs artigos indicados ndash Nogueacute e Sala (2006) Steinitz (2002) e Silva Lima e Magalhatildees (2014) ndash ampliou o repertoacuterio e aprofundou outras metodologias de anaacutelise e leitura da paisagem que tam-beacutem se beneficiam da utilizaccedilatildeo de ferramentas de geoprocessamento

Reconhecendo a importacircncia de o usuaacuterio conhecer previamente a paisagem de estudo as oficinas de curta duraccedilatildeo satildeo realizadas a partir de um banco de dados baacutesico do municiacutepio onde acontecem devendo ser comple-mentadas durante o desenvolvimento das atividades

O conteuacutedo da oficina foi organizado em estrutura e simbologia das camadas na aacuterea de controle importaccedilatildeo criaccedilatildeo e ediccedilatildeo de camadas corre-laccedilatildeo dos dados espaciais e alfanumeacutericos planejamento e montagem de ban-co de dados elaboraccedilatildeo cartograacutefica com vistas aos estudos de leitura anaacutelise e planejamento da paisagem Interfaces SIG CAD sistemas web Montagem de layout e apresentaccedilatildeo cartograacutefica

A plataforma utilizada para o desenvolvimento das atividades das oficinas foi QGIS (Quantum GIS) que eacute um software livre de coacutedigo-fonte aberto multiplataforma de SIG a qual permite a visualizaccedilatildeo a ediccedilatildeo e a anaacute-lise de dados e informaccedilotildees georreferenciados O programa bastante utilizado por estudantes pode funcionar com diversos plugins para expandir seu uso original de modo imediato e gratuito Por ser de faacutecil acesso e livre permite

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que o usuaacuterio continue utilizando o software e desenvolvendo suas habilidades no sistema apoacutes a oficina constituindo uma importante alternativa agravequelas que geralmente podem ser utilizadas a partir de laboratoacuterios nas universida-des instituiccedilotildees ou grande empresas

Para iniacutecio das atividades da oficina eacute disponibilizado um banco de dados base tomado como ponto de partida e a partir da interaccedilatildeo com outras plataformas como o Google Earth e pesquisa de dados satildeo feitas complemen-taccedilotildees no banco de dados o qual eacute compartilhado e de acesso a todos os parti-cipantes A estruturaccedilatildeo das oficinas pode ser acompanhada na Figura 7

Figura 7 - Etapas do desenvolvimento das oficinas

Fonte Elaboraccedilatildeo das autoras (2020)

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A primeira etapa da oficina apresenta os principais conceitos e meacute-todos de leitura da paisagem bem como a estruturaccedilatildeo dos SIG relacionando as linguagens em comum

Na etapa 2 os participantes tecircm uma primeira aproximaccedilatildeo com o software por meio do qual realizam atividades de elaboraccedilatildeo de mapas com as informaccedilotildees disponibilizadas no banco de dados As atividades se concentram em configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho e na elaboraccedilatildeo de layouts Em seguida os usuaacuterios satildeo organi-zados em equipes de trecircs a quatro integrantes fazem a pesquisa e acessam dados geoespaciais on-line atraveacutes de pesquisa em sites eou criam planos de informaccedilatildeo Editam banco de dados elaborando mapas com classificaccedilatildeo de dados por simbologias siacutembolo uacutenico categorizado ou graduado para dados geoespaciais nas geometrias de ponto linha e poliacutegono

Nessa etapa satildeo desenvolvidas atividades guiadas explorando as interfaces SIG e CAD e os sistemas web como o Google Earth No ambiente SIG eacute encaminhada uma sobreposiccedilatildeo de mapas de maneira que cada equipe possa produzir um mapa de siacutentese dos aspectos ecoloacutegicos e um dos aspectos culturais ou antroacutepicos da aacuterea estudada

Na etapa 3 os usuaacuterios devem aplicar as metodologias de identifica-ccedilatildeo das UPs Cada equipe elenca os criteacuterios estabelecidos para a identificaccedilatildeo das UPs Posteriormente a sobreposiccedilatildeo dos mapas de siacutentese gera a identifi-caccedilatildeo das Unidades de Paisagem

Na etapa 4 eacute realizado um seminaacuterio onde cada equipe apresenta suas unidades de paisagem e caracteriza brevemente cada uma delas Por meio de atividade guiada todas as equipes dialogam a respeito dos criteacuterios e dos resultados encontrados No final do seminaacuterio a turma obteacutem um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem que a partir de estudos especiacuteficos seraacute caracterizado

Na etapa 5 satildeo apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em

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diferentes escalas Por fim eacute encaminhada uma avaliaccedilatildeo das atividades de-senvolvidas na oficina

RESULTADOSAs atividades de elaboraccedilatildeo de mapas em ambientes SIG se mos-

traram fundamentais para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo proposto Nessa etapa os usuaacuterios aprenderam a inserir e a configurar dados geoespaciais da aacuterea de estudo configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho Por meio de exerciacutecios guiados (exerciacutecios 1 a 5) o usuaacuterio foi capaz de compreender a estrutura e a correlaccedilatildeo dos dados e a elaborar mapas base para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo

No exerciacutecio 1 foi realizada a configuraccedilatildeo da aacuterea de trabalho a inserccedilatildeo das camadas do banco de dados preacutevio a sobreposiccedilatildeo e a configura-ccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das camadas por meio da alteraccedilatildeo das propriedades de preenchimento borda transparecircncia roacutetulos etc

O banco de dados disponibilizado possuiacutea arquivos raster e vetoriais no formato shapefile (shp) para as geometrias ponto a linha e o poliacutegono As atividades se concentraram nos dados vetoriais pelo manuseio dos planos de informaccedilatildeo (camadas) As seleccedilotildees na aacuterea de trabalho e da tabela de atribu-tos permitiu aos usuaacuterios a compreensatildeo da correlaccedilatildeo espacial Ao final do exerciacutecio 1 o usuaacuterio foi capaz de manusear e configurar o projeto e a visuali-zaccedilatildeo das simbologias dos planos de informaccedilatildeo aplicar filtros de informaccedilatildeo espacial bem como estabelecer os princiacutepios de correlaccedilatildeo entre a feiccedilatildeo e seu respectivo atributo em uma tabela de atributos

O foco do exerciacutecio 2 foi a elaboraccedilatildeo de anaacutelises espaciais a partir de poliacutegonos utilizando-se as propriedades de siacutembolo uacutenico categorizado e graduado (Figura 8) Para esse exerciacutecio foram utilizadas malhas digitais correspondentes aos bairros ou municiacutepios da regiatildeo de estudo Cada feiccedilatildeo da camada deveria conter ao menos uma informaccedilatildeo da tabela de atributos preenchida do tipo texto

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Para a visualizaccedilatildeo dos planos de informaccedilatildeo na simbologia de siacutem-bolo uacutenico o usuaacuterio relacionou a visualizaccedilatildeo dos dados a uma informaccedilatildeo da tabela de atributos Para essa atividade foram selecionados como atributo a ser classificado o nome dos bairros ou municiacutepios gerando mapa no qual cada poliacutegono foi representado com uma simbologia proacutepria Nessa atividade o usuaacuterio tambeacutem inseriu roacutetulos e configurou a sua apresentaccedilatildeo de layout

Para a visualizaccedilatildeo do plano de informaccedilatildeo na simbologia catego-rizado os usuaacuterios iniciaram o processo de ediccedilatildeo do banco de dados que consistiu no preenchimento ou na alteraccedilatildeo de informaccedilotildees na tabela de atri-butos de uma camada Para isso precisaram identificar temas em comum aos poliacutegonos Ao abrir a ediccedilatildeo preencheram a coluna do banco de dados com a informaccedilatildeo correspondente a cada poliacutegono Na visualizaccedilatildeo dos dados a simbologia foi alterada de siacutembolo uacutenico para categorizado escolhendo a infor-maccedilatildeo a ser analisada correspondente agrave coluna editada anteriormente

Para a simbologia graduada o usuaacuterio deveria editar o banco de dados com a populaccedilatildeo (dado numeacuterico real) de cada municiacutepio ou bairro Assim poderia elaborar um mapa com os intervalos das faixas populacionais correspondentes aos grupos de municiacutepios ou bairros para identificar quais satildeo os mais populosos por exemplo

Por meio dessas atividades foram desenvolvidas outras habilidades de manuseio do banco de dados como o caacutelculo automaacutetico da aacuterea dos po-liacutegonos (dado numeacuterico decimal) e o caacutelculo automaacutetico da densidade po-pulacional por exemplo por meio das operaccedilotildees simples de divisatildeo entre os valores que preenchem as colunas do banco de dados (densidade populacional = populaccedilatildeoaacuterea por exemplo)

O exerciacutecio 3 focou-se na montagem de layout configuraccedilatildeo de es-cala legendas e grades de coordenadas principalmente

A Figura 8 mostra alguns resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3

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Figura 8 - Resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3 elaboraccedilatildeo de mapas siacutembolo uacutenico categorizado e de intervalos e montagem de layout

Legenda (I) Mapa siacutembolo uacutenico (II) Mapa de pontos categorizados (III) Mapa de siacutembolo graduado Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

O exerciacutecio 4 foi aplicado conforme o andamento dos exerciacutecios anteriores e principalmente nas oficinas de duraccedilatildeo de 8haula Por meio dele foi trabalhada a operaccedilatildeo das Interfaces SIG CAD sistemas web que consistiu na importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de arquivos para formatos CAD (dxf) e Google Earth (kml) Para isso foram manuseados os planos de informaccedilatildeo dos exerciacutecios 1 a 3 de maneira que pudessem ser visualizados em diversos aplicativos SIG CAD ou web Foram utilizados plugins web diretamente na aacuterea de trabalho Qgis conforme o interesse do usuaacuterio

Para a finalizaccedilatildeo do exerciacutecio o usuaacuterio deveria marcar pontos correspondentes aos equipamentos puacuteblicos de um bairro da aacuterea de estudo no Google Earth importar esse plano de informaccedilatildeo no QGis e a partir dele criar uma camada shapefile criar campos na tabela de atributos preenchecirc-los com as informaccedilotildees a respeito da tipologia (escola unidade de sauacutede etc) e do nome do equipamento O usuaacuterio aplicaria a simbologia categorizada para a tipologia do equipamento evidenciando uma figura siacutembolo para cada ca-tegoria Ao final deveria ser elaborado layout com ao menos dois planos de informaccedilatildeo ativos e legenda categorizada

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Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

REFEREcircNCIAS BERQUE A Paisagem-marca paisagem-matriz elementos da problemaacutetica para uma geografia cultural In CORREcircA R L ROSENDAHL Z (orgs) Paisagem tempo e cultura Rio de Janeiro Editora da UERJ 1998 p 84-91

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CARAPINHA A 0809 Arte das paisagens e dos jardins Plano de ensino para a disciplina do Curso de Arquitectura Paisagista da Universidade de Eacutevora Portugal Eacutevora 2008

CONSELHO EUROPEU European Landscape Convention Florence Convention European Treaty Series Florence n 176 p 1-7 20 oct 2000 Disponiacutevel em httpsrmcoeintCoERMPublicCommonSearchServicesDisplayDCTMContentdocumentId=0900001680080621 Acesso em jun 2016

CORREIA T P DacuteABREU A C OLIVEIRA R M G Identificaccedilatildeo de Unidades de Paisagem metodologia aplicada a Portugal Continental Finisterra ano XXXVI n 72 p 195-206 2001

DEL RIO V OLIVEIRA L Percepccedilatildeo ambiental a experiecircncia brasileira Satildeo Paulo SP Studio Nobel 1999 265 p

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FAVARETTO A Valores paisagiacutesticos subsiacutedios para elaboraccedilatildeo do projeto de estradas 2017 482 f Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis 2016 Disponiacutevel em httpwwwbuufscbrtesesPARQ0259-Tpdf Acesso em 01 ago 2019

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que o usuaacuterio continue utilizando o software e desenvolvendo suas habilidades no sistema apoacutes a oficina constituindo uma importante alternativa agravequelas que geralmente podem ser utilizadas a partir de laboratoacuterios nas universida-des instituiccedilotildees ou grande empresas

Para iniacutecio das atividades da oficina eacute disponibilizado um banco de dados base tomado como ponto de partida e a partir da interaccedilatildeo com outras plataformas como o Google Earth e pesquisa de dados satildeo feitas complemen-taccedilotildees no banco de dados o qual eacute compartilhado e de acesso a todos os parti-cipantes A estruturaccedilatildeo das oficinas pode ser acompanhada na Figura 7

Figura 7 - Etapas do desenvolvimento das oficinas

Fonte Elaboraccedilatildeo das autoras (2020)

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A primeira etapa da oficina apresenta os principais conceitos e meacute-todos de leitura da paisagem bem como a estruturaccedilatildeo dos SIG relacionando as linguagens em comum

Na etapa 2 os participantes tecircm uma primeira aproximaccedilatildeo com o software por meio do qual realizam atividades de elaboraccedilatildeo de mapas com as informaccedilotildees disponibilizadas no banco de dados As atividades se concentram em configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho e na elaboraccedilatildeo de layouts Em seguida os usuaacuterios satildeo organi-zados em equipes de trecircs a quatro integrantes fazem a pesquisa e acessam dados geoespaciais on-line atraveacutes de pesquisa em sites eou criam planos de informaccedilatildeo Editam banco de dados elaborando mapas com classificaccedilatildeo de dados por simbologias siacutembolo uacutenico categorizado ou graduado para dados geoespaciais nas geometrias de ponto linha e poliacutegono

Nessa etapa satildeo desenvolvidas atividades guiadas explorando as interfaces SIG e CAD e os sistemas web como o Google Earth No ambiente SIG eacute encaminhada uma sobreposiccedilatildeo de mapas de maneira que cada equipe possa produzir um mapa de siacutentese dos aspectos ecoloacutegicos e um dos aspectos culturais ou antroacutepicos da aacuterea estudada

Na etapa 3 os usuaacuterios devem aplicar as metodologias de identifica-ccedilatildeo das UPs Cada equipe elenca os criteacuterios estabelecidos para a identificaccedilatildeo das UPs Posteriormente a sobreposiccedilatildeo dos mapas de siacutentese gera a identifi-caccedilatildeo das Unidades de Paisagem

Na etapa 4 eacute realizado um seminaacuterio onde cada equipe apresenta suas unidades de paisagem e caracteriza brevemente cada uma delas Por meio de atividade guiada todas as equipes dialogam a respeito dos criteacuterios e dos resultados encontrados No final do seminaacuterio a turma obteacutem um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem que a partir de estudos especiacuteficos seraacute caracterizado

Na etapa 5 satildeo apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em

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diferentes escalas Por fim eacute encaminhada uma avaliaccedilatildeo das atividades de-senvolvidas na oficina

RESULTADOSAs atividades de elaboraccedilatildeo de mapas em ambientes SIG se mos-

traram fundamentais para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo proposto Nessa etapa os usuaacuterios aprenderam a inserir e a configurar dados geoespaciais da aacuterea de estudo configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho Por meio de exerciacutecios guiados (exerciacutecios 1 a 5) o usuaacuterio foi capaz de compreender a estrutura e a correlaccedilatildeo dos dados e a elaborar mapas base para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo

No exerciacutecio 1 foi realizada a configuraccedilatildeo da aacuterea de trabalho a inserccedilatildeo das camadas do banco de dados preacutevio a sobreposiccedilatildeo e a configura-ccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das camadas por meio da alteraccedilatildeo das propriedades de preenchimento borda transparecircncia roacutetulos etc

O banco de dados disponibilizado possuiacutea arquivos raster e vetoriais no formato shapefile (shp) para as geometrias ponto a linha e o poliacutegono As atividades se concentraram nos dados vetoriais pelo manuseio dos planos de informaccedilatildeo (camadas) As seleccedilotildees na aacuterea de trabalho e da tabela de atribu-tos permitiu aos usuaacuterios a compreensatildeo da correlaccedilatildeo espacial Ao final do exerciacutecio 1 o usuaacuterio foi capaz de manusear e configurar o projeto e a visuali-zaccedilatildeo das simbologias dos planos de informaccedilatildeo aplicar filtros de informaccedilatildeo espacial bem como estabelecer os princiacutepios de correlaccedilatildeo entre a feiccedilatildeo e seu respectivo atributo em uma tabela de atributos

O foco do exerciacutecio 2 foi a elaboraccedilatildeo de anaacutelises espaciais a partir de poliacutegonos utilizando-se as propriedades de siacutembolo uacutenico categorizado e graduado (Figura 8) Para esse exerciacutecio foram utilizadas malhas digitais correspondentes aos bairros ou municiacutepios da regiatildeo de estudo Cada feiccedilatildeo da camada deveria conter ao menos uma informaccedilatildeo da tabela de atributos preenchida do tipo texto

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Para a visualizaccedilatildeo dos planos de informaccedilatildeo na simbologia de siacutem-bolo uacutenico o usuaacuterio relacionou a visualizaccedilatildeo dos dados a uma informaccedilatildeo da tabela de atributos Para essa atividade foram selecionados como atributo a ser classificado o nome dos bairros ou municiacutepios gerando mapa no qual cada poliacutegono foi representado com uma simbologia proacutepria Nessa atividade o usuaacuterio tambeacutem inseriu roacutetulos e configurou a sua apresentaccedilatildeo de layout

Para a visualizaccedilatildeo do plano de informaccedilatildeo na simbologia catego-rizado os usuaacuterios iniciaram o processo de ediccedilatildeo do banco de dados que consistiu no preenchimento ou na alteraccedilatildeo de informaccedilotildees na tabela de atri-butos de uma camada Para isso precisaram identificar temas em comum aos poliacutegonos Ao abrir a ediccedilatildeo preencheram a coluna do banco de dados com a informaccedilatildeo correspondente a cada poliacutegono Na visualizaccedilatildeo dos dados a simbologia foi alterada de siacutembolo uacutenico para categorizado escolhendo a infor-maccedilatildeo a ser analisada correspondente agrave coluna editada anteriormente

Para a simbologia graduada o usuaacuterio deveria editar o banco de dados com a populaccedilatildeo (dado numeacuterico real) de cada municiacutepio ou bairro Assim poderia elaborar um mapa com os intervalos das faixas populacionais correspondentes aos grupos de municiacutepios ou bairros para identificar quais satildeo os mais populosos por exemplo

Por meio dessas atividades foram desenvolvidas outras habilidades de manuseio do banco de dados como o caacutelculo automaacutetico da aacuterea dos po-liacutegonos (dado numeacuterico decimal) e o caacutelculo automaacutetico da densidade po-pulacional por exemplo por meio das operaccedilotildees simples de divisatildeo entre os valores que preenchem as colunas do banco de dados (densidade populacional = populaccedilatildeoaacuterea por exemplo)

O exerciacutecio 3 focou-se na montagem de layout configuraccedilatildeo de es-cala legendas e grades de coordenadas principalmente

A Figura 8 mostra alguns resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3

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Figura 8 - Resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3 elaboraccedilatildeo de mapas siacutembolo uacutenico categorizado e de intervalos e montagem de layout

Legenda (I) Mapa siacutembolo uacutenico (II) Mapa de pontos categorizados (III) Mapa de siacutembolo graduado Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

O exerciacutecio 4 foi aplicado conforme o andamento dos exerciacutecios anteriores e principalmente nas oficinas de duraccedilatildeo de 8haula Por meio dele foi trabalhada a operaccedilatildeo das Interfaces SIG CAD sistemas web que consistiu na importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de arquivos para formatos CAD (dxf) e Google Earth (kml) Para isso foram manuseados os planos de informaccedilatildeo dos exerciacutecios 1 a 3 de maneira que pudessem ser visualizados em diversos aplicativos SIG CAD ou web Foram utilizados plugins web diretamente na aacuterea de trabalho Qgis conforme o interesse do usuaacuterio

Para a finalizaccedilatildeo do exerciacutecio o usuaacuterio deveria marcar pontos correspondentes aos equipamentos puacuteblicos de um bairro da aacuterea de estudo no Google Earth importar esse plano de informaccedilatildeo no QGis e a partir dele criar uma camada shapefile criar campos na tabela de atributos preenchecirc-los com as informaccedilotildees a respeito da tipologia (escola unidade de sauacutede etc) e do nome do equipamento O usuaacuterio aplicaria a simbologia categorizada para a tipologia do equipamento evidenciando uma figura siacutembolo para cada ca-tegoria Ao final deveria ser elaborado layout com ao menos dois planos de informaccedilatildeo ativos e legenda categorizada

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Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

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A primeira etapa da oficina apresenta os principais conceitos e meacute-todos de leitura da paisagem bem como a estruturaccedilatildeo dos SIG relacionando as linguagens em comum

Na etapa 2 os participantes tecircm uma primeira aproximaccedilatildeo com o software por meio do qual realizam atividades de elaboraccedilatildeo de mapas com as informaccedilotildees disponibilizadas no banco de dados As atividades se concentram em configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho e na elaboraccedilatildeo de layouts Em seguida os usuaacuterios satildeo organi-zados em equipes de trecircs a quatro integrantes fazem a pesquisa e acessam dados geoespaciais on-line atraveacutes de pesquisa em sites eou criam planos de informaccedilatildeo Editam banco de dados elaborando mapas com classificaccedilatildeo de dados por simbologias siacutembolo uacutenico categorizado ou graduado para dados geoespaciais nas geometrias de ponto linha e poliacutegono

Nessa etapa satildeo desenvolvidas atividades guiadas explorando as interfaces SIG e CAD e os sistemas web como o Google Earth No ambiente SIG eacute encaminhada uma sobreposiccedilatildeo de mapas de maneira que cada equipe possa produzir um mapa de siacutentese dos aspectos ecoloacutegicos e um dos aspectos culturais ou antroacutepicos da aacuterea estudada

Na etapa 3 os usuaacuterios devem aplicar as metodologias de identifica-ccedilatildeo das UPs Cada equipe elenca os criteacuterios estabelecidos para a identificaccedilatildeo das UPs Posteriormente a sobreposiccedilatildeo dos mapas de siacutentese gera a identifi-caccedilatildeo das Unidades de Paisagem

Na etapa 4 eacute realizado um seminaacuterio onde cada equipe apresenta suas unidades de paisagem e caracteriza brevemente cada uma delas Por meio de atividade guiada todas as equipes dialogam a respeito dos criteacuterios e dos resultados encontrados No final do seminaacuterio a turma obteacutem um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem que a partir de estudos especiacuteficos seraacute caracterizado

Na etapa 5 satildeo apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em

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diferentes escalas Por fim eacute encaminhada uma avaliaccedilatildeo das atividades de-senvolvidas na oficina

RESULTADOSAs atividades de elaboraccedilatildeo de mapas em ambientes SIG se mos-

traram fundamentais para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo proposto Nessa etapa os usuaacuterios aprenderam a inserir e a configurar dados geoespaciais da aacuterea de estudo configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho Por meio de exerciacutecios guiados (exerciacutecios 1 a 5) o usuaacuterio foi capaz de compreender a estrutura e a correlaccedilatildeo dos dados e a elaborar mapas base para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo

No exerciacutecio 1 foi realizada a configuraccedilatildeo da aacuterea de trabalho a inserccedilatildeo das camadas do banco de dados preacutevio a sobreposiccedilatildeo e a configura-ccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das camadas por meio da alteraccedilatildeo das propriedades de preenchimento borda transparecircncia roacutetulos etc

O banco de dados disponibilizado possuiacutea arquivos raster e vetoriais no formato shapefile (shp) para as geometrias ponto a linha e o poliacutegono As atividades se concentraram nos dados vetoriais pelo manuseio dos planos de informaccedilatildeo (camadas) As seleccedilotildees na aacuterea de trabalho e da tabela de atribu-tos permitiu aos usuaacuterios a compreensatildeo da correlaccedilatildeo espacial Ao final do exerciacutecio 1 o usuaacuterio foi capaz de manusear e configurar o projeto e a visuali-zaccedilatildeo das simbologias dos planos de informaccedilatildeo aplicar filtros de informaccedilatildeo espacial bem como estabelecer os princiacutepios de correlaccedilatildeo entre a feiccedilatildeo e seu respectivo atributo em uma tabela de atributos

O foco do exerciacutecio 2 foi a elaboraccedilatildeo de anaacutelises espaciais a partir de poliacutegonos utilizando-se as propriedades de siacutembolo uacutenico categorizado e graduado (Figura 8) Para esse exerciacutecio foram utilizadas malhas digitais correspondentes aos bairros ou municiacutepios da regiatildeo de estudo Cada feiccedilatildeo da camada deveria conter ao menos uma informaccedilatildeo da tabela de atributos preenchida do tipo texto

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Para a visualizaccedilatildeo dos planos de informaccedilatildeo na simbologia de siacutem-bolo uacutenico o usuaacuterio relacionou a visualizaccedilatildeo dos dados a uma informaccedilatildeo da tabela de atributos Para essa atividade foram selecionados como atributo a ser classificado o nome dos bairros ou municiacutepios gerando mapa no qual cada poliacutegono foi representado com uma simbologia proacutepria Nessa atividade o usuaacuterio tambeacutem inseriu roacutetulos e configurou a sua apresentaccedilatildeo de layout

Para a visualizaccedilatildeo do plano de informaccedilatildeo na simbologia catego-rizado os usuaacuterios iniciaram o processo de ediccedilatildeo do banco de dados que consistiu no preenchimento ou na alteraccedilatildeo de informaccedilotildees na tabela de atri-butos de uma camada Para isso precisaram identificar temas em comum aos poliacutegonos Ao abrir a ediccedilatildeo preencheram a coluna do banco de dados com a informaccedilatildeo correspondente a cada poliacutegono Na visualizaccedilatildeo dos dados a simbologia foi alterada de siacutembolo uacutenico para categorizado escolhendo a infor-maccedilatildeo a ser analisada correspondente agrave coluna editada anteriormente

Para a simbologia graduada o usuaacuterio deveria editar o banco de dados com a populaccedilatildeo (dado numeacuterico real) de cada municiacutepio ou bairro Assim poderia elaborar um mapa com os intervalos das faixas populacionais correspondentes aos grupos de municiacutepios ou bairros para identificar quais satildeo os mais populosos por exemplo

Por meio dessas atividades foram desenvolvidas outras habilidades de manuseio do banco de dados como o caacutelculo automaacutetico da aacuterea dos po-liacutegonos (dado numeacuterico decimal) e o caacutelculo automaacutetico da densidade po-pulacional por exemplo por meio das operaccedilotildees simples de divisatildeo entre os valores que preenchem as colunas do banco de dados (densidade populacional = populaccedilatildeoaacuterea por exemplo)

O exerciacutecio 3 focou-se na montagem de layout configuraccedilatildeo de es-cala legendas e grades de coordenadas principalmente

A Figura 8 mostra alguns resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3

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Figura 8 - Resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3 elaboraccedilatildeo de mapas siacutembolo uacutenico categorizado e de intervalos e montagem de layout

Legenda (I) Mapa siacutembolo uacutenico (II) Mapa de pontos categorizados (III) Mapa de siacutembolo graduado Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

O exerciacutecio 4 foi aplicado conforme o andamento dos exerciacutecios anteriores e principalmente nas oficinas de duraccedilatildeo de 8haula Por meio dele foi trabalhada a operaccedilatildeo das Interfaces SIG CAD sistemas web que consistiu na importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de arquivos para formatos CAD (dxf) e Google Earth (kml) Para isso foram manuseados os planos de informaccedilatildeo dos exerciacutecios 1 a 3 de maneira que pudessem ser visualizados em diversos aplicativos SIG CAD ou web Foram utilizados plugins web diretamente na aacuterea de trabalho Qgis conforme o interesse do usuaacuterio

Para a finalizaccedilatildeo do exerciacutecio o usuaacuterio deveria marcar pontos correspondentes aos equipamentos puacuteblicos de um bairro da aacuterea de estudo no Google Earth importar esse plano de informaccedilatildeo no QGis e a partir dele criar uma camada shapefile criar campos na tabela de atributos preenchecirc-los com as informaccedilotildees a respeito da tipologia (escola unidade de sauacutede etc) e do nome do equipamento O usuaacuterio aplicaria a simbologia categorizada para a tipologia do equipamento evidenciando uma figura siacutembolo para cada ca-tegoria Ao final deveria ser elaborado layout com ao menos dois planos de informaccedilatildeo ativos e legenda categorizada

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Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

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TEIXEIRA I F LONGHI S J Proposta de rotas cecircnicas para a FLONA de Satildeo Francisco de Paula (RS) Ambiecircncia Guarapuava v 6 n 3 p 437-449 dez 2010

TELLES G R A paisagem global Eacutevora Universidade Eacutevora 1993

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VALENTINI D R Transformaccedilatildeo e ressignificaccedilatildeo espaccedilo-temporal da paisagem territorial O Oeste catarinense na Poacutes-Modernidade 2020 380 f Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2020

VIEIRA M de S MACEDO S S Unidades de paisagem a criaccedilatildeo de um meacutetodo para a anaacutelise do territoacuterio de Suzano Paisagem e Ambiente v 32 p 167-228 2013 Disponiacutevel em httpwwwrevistasuspbrpaamarticleview88130 Acesso em 8 jul 2019

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diferentes escalas Por fim eacute encaminhada uma avaliaccedilatildeo das atividades de-senvolvidas na oficina

RESULTADOSAs atividades de elaboraccedilatildeo de mapas em ambientes SIG se mos-

traram fundamentais para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo proposto Nessa etapa os usuaacuterios aprenderam a inserir e a configurar dados geoespaciais da aacuterea de estudo configurar o projeto inserir manusear e configurar as camadas na aacuterea de trabalho Por meio de exerciacutecios guiados (exerciacutecios 1 a 5) o usuaacuterio foi capaz de compreender a estrutura e a correlaccedilatildeo dos dados e a elaborar mapas base para a aplicaccedilatildeo do meacutetodo

No exerciacutecio 1 foi realizada a configuraccedilatildeo da aacuterea de trabalho a inserccedilatildeo das camadas do banco de dados preacutevio a sobreposiccedilatildeo e a configura-ccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das camadas por meio da alteraccedilatildeo das propriedades de preenchimento borda transparecircncia roacutetulos etc

O banco de dados disponibilizado possuiacutea arquivos raster e vetoriais no formato shapefile (shp) para as geometrias ponto a linha e o poliacutegono As atividades se concentraram nos dados vetoriais pelo manuseio dos planos de informaccedilatildeo (camadas) As seleccedilotildees na aacuterea de trabalho e da tabela de atribu-tos permitiu aos usuaacuterios a compreensatildeo da correlaccedilatildeo espacial Ao final do exerciacutecio 1 o usuaacuterio foi capaz de manusear e configurar o projeto e a visuali-zaccedilatildeo das simbologias dos planos de informaccedilatildeo aplicar filtros de informaccedilatildeo espacial bem como estabelecer os princiacutepios de correlaccedilatildeo entre a feiccedilatildeo e seu respectivo atributo em uma tabela de atributos

O foco do exerciacutecio 2 foi a elaboraccedilatildeo de anaacutelises espaciais a partir de poliacutegonos utilizando-se as propriedades de siacutembolo uacutenico categorizado e graduado (Figura 8) Para esse exerciacutecio foram utilizadas malhas digitais correspondentes aos bairros ou municiacutepios da regiatildeo de estudo Cada feiccedilatildeo da camada deveria conter ao menos uma informaccedilatildeo da tabela de atributos preenchida do tipo texto

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Para a visualizaccedilatildeo dos planos de informaccedilatildeo na simbologia de siacutem-bolo uacutenico o usuaacuterio relacionou a visualizaccedilatildeo dos dados a uma informaccedilatildeo da tabela de atributos Para essa atividade foram selecionados como atributo a ser classificado o nome dos bairros ou municiacutepios gerando mapa no qual cada poliacutegono foi representado com uma simbologia proacutepria Nessa atividade o usuaacuterio tambeacutem inseriu roacutetulos e configurou a sua apresentaccedilatildeo de layout

Para a visualizaccedilatildeo do plano de informaccedilatildeo na simbologia catego-rizado os usuaacuterios iniciaram o processo de ediccedilatildeo do banco de dados que consistiu no preenchimento ou na alteraccedilatildeo de informaccedilotildees na tabela de atri-butos de uma camada Para isso precisaram identificar temas em comum aos poliacutegonos Ao abrir a ediccedilatildeo preencheram a coluna do banco de dados com a informaccedilatildeo correspondente a cada poliacutegono Na visualizaccedilatildeo dos dados a simbologia foi alterada de siacutembolo uacutenico para categorizado escolhendo a infor-maccedilatildeo a ser analisada correspondente agrave coluna editada anteriormente

Para a simbologia graduada o usuaacuterio deveria editar o banco de dados com a populaccedilatildeo (dado numeacuterico real) de cada municiacutepio ou bairro Assim poderia elaborar um mapa com os intervalos das faixas populacionais correspondentes aos grupos de municiacutepios ou bairros para identificar quais satildeo os mais populosos por exemplo

Por meio dessas atividades foram desenvolvidas outras habilidades de manuseio do banco de dados como o caacutelculo automaacutetico da aacuterea dos po-liacutegonos (dado numeacuterico decimal) e o caacutelculo automaacutetico da densidade po-pulacional por exemplo por meio das operaccedilotildees simples de divisatildeo entre os valores que preenchem as colunas do banco de dados (densidade populacional = populaccedilatildeoaacuterea por exemplo)

O exerciacutecio 3 focou-se na montagem de layout configuraccedilatildeo de es-cala legendas e grades de coordenadas principalmente

A Figura 8 mostra alguns resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3

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Figura 8 - Resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3 elaboraccedilatildeo de mapas siacutembolo uacutenico categorizado e de intervalos e montagem de layout

Legenda (I) Mapa siacutembolo uacutenico (II) Mapa de pontos categorizados (III) Mapa de siacutembolo graduado Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

O exerciacutecio 4 foi aplicado conforme o andamento dos exerciacutecios anteriores e principalmente nas oficinas de duraccedilatildeo de 8haula Por meio dele foi trabalhada a operaccedilatildeo das Interfaces SIG CAD sistemas web que consistiu na importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de arquivos para formatos CAD (dxf) e Google Earth (kml) Para isso foram manuseados os planos de informaccedilatildeo dos exerciacutecios 1 a 3 de maneira que pudessem ser visualizados em diversos aplicativos SIG CAD ou web Foram utilizados plugins web diretamente na aacuterea de trabalho Qgis conforme o interesse do usuaacuterio

Para a finalizaccedilatildeo do exerciacutecio o usuaacuterio deveria marcar pontos correspondentes aos equipamentos puacuteblicos de um bairro da aacuterea de estudo no Google Earth importar esse plano de informaccedilatildeo no QGis e a partir dele criar uma camada shapefile criar campos na tabela de atributos preenchecirc-los com as informaccedilotildees a respeito da tipologia (escola unidade de sauacutede etc) e do nome do equipamento O usuaacuterio aplicaria a simbologia categorizada para a tipologia do equipamento evidenciando uma figura siacutembolo para cada ca-tegoria Ao final deveria ser elaborado layout com ao menos dois planos de informaccedilatildeo ativos e legenda categorizada

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Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

REFEREcircNCIAS BERQUE A Paisagem-marca paisagem-matriz elementos da problemaacutetica para uma geografia cultural In CORREcircA R L ROSENDAHL Z (orgs) Paisagem tempo e cultura Rio de Janeiro Editora da UERJ 1998 p 84-91

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente Ministeacuterio do Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo Projeto orla fundamentos para gestatildeo integrada Brasiacutelia MMA 2006 74p

CARAPINHA A 0809 Arte das paisagens e dos jardins Plano de ensino para a disciplina do Curso de Arquitectura Paisagista da Universidade de Eacutevora Portugal Eacutevora 2008

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DEL RIO V OLIVEIRA L Percepccedilatildeo ambiental a experiecircncia brasileira Satildeo Paulo SP Studio Nobel 1999 265 p

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NOGUEacute J SALA P Protoacutetipo de Cataacutelogo de Paisaje Bases conceptuales metodoloacutegicas y procedimentales para la elaboracioacuten de los Cataacutelogos de Paisaje de Cataluntildea Olot y Barcelona Observatorio del Paisaje de Cataluntildea 2006

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Para a visualizaccedilatildeo dos planos de informaccedilatildeo na simbologia de siacutem-bolo uacutenico o usuaacuterio relacionou a visualizaccedilatildeo dos dados a uma informaccedilatildeo da tabela de atributos Para essa atividade foram selecionados como atributo a ser classificado o nome dos bairros ou municiacutepios gerando mapa no qual cada poliacutegono foi representado com uma simbologia proacutepria Nessa atividade o usuaacuterio tambeacutem inseriu roacutetulos e configurou a sua apresentaccedilatildeo de layout

Para a visualizaccedilatildeo do plano de informaccedilatildeo na simbologia catego-rizado os usuaacuterios iniciaram o processo de ediccedilatildeo do banco de dados que consistiu no preenchimento ou na alteraccedilatildeo de informaccedilotildees na tabela de atri-butos de uma camada Para isso precisaram identificar temas em comum aos poliacutegonos Ao abrir a ediccedilatildeo preencheram a coluna do banco de dados com a informaccedilatildeo correspondente a cada poliacutegono Na visualizaccedilatildeo dos dados a simbologia foi alterada de siacutembolo uacutenico para categorizado escolhendo a infor-maccedilatildeo a ser analisada correspondente agrave coluna editada anteriormente

Para a simbologia graduada o usuaacuterio deveria editar o banco de dados com a populaccedilatildeo (dado numeacuterico real) de cada municiacutepio ou bairro Assim poderia elaborar um mapa com os intervalos das faixas populacionais correspondentes aos grupos de municiacutepios ou bairros para identificar quais satildeo os mais populosos por exemplo

Por meio dessas atividades foram desenvolvidas outras habilidades de manuseio do banco de dados como o caacutelculo automaacutetico da aacuterea dos po-liacutegonos (dado numeacuterico decimal) e o caacutelculo automaacutetico da densidade po-pulacional por exemplo por meio das operaccedilotildees simples de divisatildeo entre os valores que preenchem as colunas do banco de dados (densidade populacional = populaccedilatildeoaacuterea por exemplo)

O exerciacutecio 3 focou-se na montagem de layout configuraccedilatildeo de es-cala legendas e grades de coordenadas principalmente

A Figura 8 mostra alguns resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3

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Figura 8 - Resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3 elaboraccedilatildeo de mapas siacutembolo uacutenico categorizado e de intervalos e montagem de layout

Legenda (I) Mapa siacutembolo uacutenico (II) Mapa de pontos categorizados (III) Mapa de siacutembolo graduado Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

O exerciacutecio 4 foi aplicado conforme o andamento dos exerciacutecios anteriores e principalmente nas oficinas de duraccedilatildeo de 8haula Por meio dele foi trabalhada a operaccedilatildeo das Interfaces SIG CAD sistemas web que consistiu na importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de arquivos para formatos CAD (dxf) e Google Earth (kml) Para isso foram manuseados os planos de informaccedilatildeo dos exerciacutecios 1 a 3 de maneira que pudessem ser visualizados em diversos aplicativos SIG CAD ou web Foram utilizados plugins web diretamente na aacuterea de trabalho Qgis conforme o interesse do usuaacuterio

Para a finalizaccedilatildeo do exerciacutecio o usuaacuterio deveria marcar pontos correspondentes aos equipamentos puacuteblicos de um bairro da aacuterea de estudo no Google Earth importar esse plano de informaccedilatildeo no QGis e a partir dele criar uma camada shapefile criar campos na tabela de atributos preenchecirc-los com as informaccedilotildees a respeito da tipologia (escola unidade de sauacutede etc) e do nome do equipamento O usuaacuterio aplicaria a simbologia categorizada para a tipologia do equipamento evidenciando uma figura siacutembolo para cada ca-tegoria Ao final deveria ser elaborado layout com ao menos dois planos de informaccedilatildeo ativos e legenda categorizada

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(Organizadores)

Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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(Organizadores)

Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

REFEREcircNCIAS BERQUE A Paisagem-marca paisagem-matriz elementos da problemaacutetica para uma geografia cultural In CORREcircA R L ROSENDAHL Z (orgs) Paisagem tempo e cultura Rio de Janeiro Editora da UERJ 1998 p 84-91

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CARAPINHA A 0809 Arte das paisagens e dos jardins Plano de ensino para a disciplina do Curso de Arquitectura Paisagista da Universidade de Eacutevora Portugal Eacutevora 2008

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TELLES G R A paisagem global Eacutevora Universidade Eacutevora 1993

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Figura 8 - Resultados dos exerciacutecios 1 2 e 3 elaboraccedilatildeo de mapas siacutembolo uacutenico categorizado e de intervalos e montagem de layout

Legenda (I) Mapa siacutembolo uacutenico (II) Mapa de pontos categorizados (III) Mapa de siacutembolo graduado Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

O exerciacutecio 4 foi aplicado conforme o andamento dos exerciacutecios anteriores e principalmente nas oficinas de duraccedilatildeo de 8haula Por meio dele foi trabalhada a operaccedilatildeo das Interfaces SIG CAD sistemas web que consistiu na importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de arquivos para formatos CAD (dxf) e Google Earth (kml) Para isso foram manuseados os planos de informaccedilatildeo dos exerciacutecios 1 a 3 de maneira que pudessem ser visualizados em diversos aplicativos SIG CAD ou web Foram utilizados plugins web diretamente na aacuterea de trabalho Qgis conforme o interesse do usuaacuterio

Para a finalizaccedilatildeo do exerciacutecio o usuaacuterio deveria marcar pontos correspondentes aos equipamentos puacuteblicos de um bairro da aacuterea de estudo no Google Earth importar esse plano de informaccedilatildeo no QGis e a partir dele criar uma camada shapefile criar campos na tabela de atributos preenchecirc-los com as informaccedilotildees a respeito da tipologia (escola unidade de sauacutede etc) e do nome do equipamento O usuaacuterio aplicaria a simbologia categorizada para a tipologia do equipamento evidenciando uma figura siacutembolo para cada ca-tegoria Ao final deveria ser elaborado layout com ao menos dois planos de informaccedilatildeo ativos e legenda categorizada

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Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

REFEREcircNCIAS BERQUE A Paisagem-marca paisagem-matriz elementos da problemaacutetica para uma geografia cultural In CORREcircA R L ROSENDAHL Z (orgs) Paisagem tempo e cultura Rio de Janeiro Editora da UERJ 1998 p 84-91

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente Ministeacuterio do Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo Projeto orla fundamentos para gestatildeo integrada Brasiacutelia MMA 2006 74p

CARAPINHA A 0809 Arte das paisagens e dos jardins Plano de ensino para a disciplina do Curso de Arquitectura Paisagista da Universidade de Eacutevora Portugal Eacutevora 2008

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QUEENSLAND GOVERNMENT Department of Main Roads Road Landscape Manual Queensland 2004 Disponiacutevel em httpswwwtmrqldgovaubusiness-industryTechnical-standards-publicationsRoad-landscape-manualaspx Acesso em set 2016

SANTIAGO A G As formas de uso no sistema de espaccedilos livres evento e cotidiano no espaccedilo central de Florianoacutepolis In TAcircNGARI V R ANDRADE R de SCHLEE M B Sistemas de espaccedilos livres o cotidiano apropriaccedilotildees e ausecircncias Coleccedilatildeo PROARQ Rio de Janeiro FAU-UFRJ 2009 p 228-239

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SILVA J M P MANETTI C TAcircNGARI V Compartimentos e Unidades de Paisagem meacutetodo de leitura da paisagem aplicado agrave Linha feacuterrea Paisagem e Ambiente ensaios Satildeo Paulo n 31 p 61-80 2013

SILVA J X da Geoprocessamento para anaacutelise ambiental Rio de Janeiro RJ Ediccedilatildeo do autor 2001

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TEIXEIRA I F LONGHI S J Proposta de rotas cecircnicas para a FLONA de Satildeo Francisco de Paula (RS) Ambiecircncia Guarapuava v 6 n 3 p 437-449 dez 2010

TELLES G R A paisagem global Eacutevora Universidade Eacutevora 1993

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VALENTINI D R Transformaccedilatildeo e ressignificaccedilatildeo espaccedilo-temporal da paisagem territorial O Oeste catarinense na Poacutes-Modernidade 2020 380 f Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2020

VIEIRA M de S MACEDO S S Unidades de paisagem a criaccedilatildeo de um meacutetodo para a anaacutelise do territoacuterio de Suzano Paisagem e Ambiente v 32 p 167-228 2013 Disponiacutevel em httpwwwrevistasuspbrpaamarticleview88130 Acesso em 8 jul 2019

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Finalizados os exerciacutecios que compuseram a segunda etapa da ofici-na na etapa 3 foram formadas as equipes de trabalho as quais desenvolveram dois mapas de siacutentese um referente aos aspectos ecoloacutegicos e outro aos aspec-tos culturais (ou antroacutepicos) da aacuterea estudada (Figura 9)

Figura 9 - Mapas de siacutentese dos valores ecoloacutegicos desenvolvidos na Oficina Didaacutetica em Erechim RS (2018)

Legenda (I) Erval Grande-RS (II) Erechim-RS Fonte Acervo das autoras Elaborados pelos participantes das Oficinas SIG em Erechim RS no ano de 2018

As equipes elaboraram criteacuterios para a valoraccedilatildeo dos aspectos ecoloacutegicos e culturais conformando uma siacutentese cartograacutefica que foi a pri-meira aproximaccedilatildeo da identificaccedilatildeo das UPs Para a representaccedilatildeo das UPs os usuaacuterios criaram uma camada nomeando-a ldquo1_UP_Municiacutepiordquo cujo nuacutemero correspondeu agrave equipe UP agrave atividade e Municiacutepio correspondeu ao nome do municiacutepio estudado Cada UP identificada correspondeu a um poliacutegono nomeado no banco de dados Outros aspectos relevantes para o

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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(Organizadores)

Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

REFEREcircNCIAS BERQUE A Paisagem-marca paisagem-matriz elementos da problemaacutetica para uma geografia cultural In CORREcircA R L ROSENDAHL Z (orgs) Paisagem tempo e cultura Rio de Janeiro Editora da UERJ 1998 p 84-91

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente Ministeacuterio do Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo Projeto orla fundamentos para gestatildeo integrada Brasiacutelia MMA 2006 74p

CARAPINHA A 0809 Arte das paisagens e dos jardins Plano de ensino para a disciplina do Curso de Arquitectura Paisagista da Universidade de Eacutevora Portugal Eacutevora 2008

CONSELHO EUROPEU European Landscape Convention Florence Convention European Treaty Series Florence n 176 p 1-7 20 oct 2000 Disponiacutevel em httpsrmcoeintCoERMPublicCommonSearchServicesDisplayDCTMContentdocumentId=0900001680080621 Acesso em jun 2016

CORREIA T P DacuteABREU A C OLIVEIRA R M G Identificaccedilatildeo de Unidades de Paisagem metodologia aplicada a Portugal Continental Finisterra ano XXXVI n 72 p 195-206 2001

DEL RIO V OLIVEIRA L Percepccedilatildeo ambiental a experiecircncia brasileira Satildeo Paulo SP Studio Nobel 1999 265 p

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FAVARETTO A A paisagem e a estrada Estudo do trecho norte da rodovia BR-101 em Santa Catarina 2012 249 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis 2012 Disponiacutevel em httprepositorioufscbrxmluihandle123456789100789 Acesso em 01 ago 2019

FAVARETTO A Valores paisagiacutesticos subsiacutedios para elaboraccedilatildeo do projeto de estradas 2017 482 f Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis 2016 Disponiacutevel em httpwwwbuufscbrtesesPARQ0259-Tpdf Acesso em 01 ago 2019

FORMAN R T T Land mosaics the ecology of landscapes and regions CambridgeNew York Cambridge University Press 1995

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FORMAN R T T GODRON M Landscape Ecology New York John Wiley amp Sons 1986

MACEDO S S (Ed) Litoral urbanizaccedilatildeo ambientes e seus ecossistemas fraacutegeis Revista Paisagem e ambiente ensaios Satildeo Paulo n 12 1997 ISSN 0104-6098

MACEDO S S Paisagem urbanizaccedilatildeo e litoral do eacuteden agrave cidade 1993 207 f Tese (Livre Docecircncia) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 1993

NOGUEacute J SALA P Protoacutetipo de Cataacutelogo de Paisaje Bases conceptuales metodoloacutegicas y procedimentales para la elaboracioacuten de los Cataacutelogos de Paisaje de Cataluntildea Olot y Barcelona Observatorio del Paisaje de Cataluntildea 2006

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SANTIAGO A G As formas de uso no sistema de espaccedilos livres evento e cotidiano no espaccedilo central de Florianoacutepolis In TAcircNGARI V R ANDRADE R de SCHLEE M B Sistemas de espaccedilos livres o cotidiano apropriaccedilotildees e ausecircncias Coleccedilatildeo PROARQ Rio de Janeiro FAU-UFRJ 2009 p 228-239

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VIEIRA M de S MACEDO S S Unidades de paisagem a criaccedilatildeo de um meacutetodo para a anaacutelise do territoacuterio de Suzano Paisagem e Ambiente v 32 p 167-228 2013 Disponiacutevel em httpwwwrevistasuspbrpaamarticleview88130 Acesso em 8 jul 2019

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reconhecimento de cada UP foram preenchidos na tabela de atributos da ca-mada permitindo novas representaccedilotildees de acordo com os criteacuterios de anaacutelise

Na etapa 4 cada equipe compartilhou com a turma o plano de in-formaccedilatildeo correspondente agraves UPs Os instrutores disponibilizaram um projeto que foi visualizado pela turma e mostrou sobrepostas as UPs classificadas pelas equipes individualmente Em seguida cada equipe apresentou seus criteacuterios e resultados Depois disso todas elas dialogaram a respeito dos resultados en-contrados e finalizaram a atividade com um uacutenico conjunto de Unidades de Paisagem (Figura 10)

Figura 10 - Processo de concepccedilatildeo das Unidades de Paisagem para Erval Grande -RS

Legenda (I) e (II) Propostas de UPs por equipes (III) mapa de siacutentese da turmaFonte Acervo das autoras referente agrave oficina em Erechim RS no ano de 2018

Essas UPs por meio de estudos especiacuteficos poderatildeo ser caracteri-zadas e estudadas posteriormente constituindo um importante produto da oficina pois poderatildeo gerar desdobramentos significativos para a continuidade de estudos diagnoacutesticos e o planejamento da paisagem da aacuterea de estudo

Finalizando a oficina foram apresentados os desdobramentos dos estudos e a exemplificaccedilatildeo da aplicabilidade do meacutetodo no Planejamento da Paisagem em diferentes escalas a partir dos estudos das UPs (Figura 11)

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

REFEREcircNCIAS BERQUE A Paisagem-marca paisagem-matriz elementos da problemaacutetica para uma geografia cultural In CORREcircA R L ROSENDAHL Z (orgs) Paisagem tempo e cultura Rio de Janeiro Editora da UERJ 1998 p 84-91

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente Ministeacuterio do Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo Projeto orla fundamentos para gestatildeo integrada Brasiacutelia MMA 2006 74p

CARAPINHA A 0809 Arte das paisagens e dos jardins Plano de ensino para a disciplina do Curso de Arquitectura Paisagista da Universidade de Eacutevora Portugal Eacutevora 2008

CONSELHO EUROPEU European Landscape Convention Florence Convention European Treaty Series Florence n 176 p 1-7 20 oct 2000 Disponiacutevel em httpsrmcoeintCoERMPublicCommonSearchServicesDisplayDCTMContentdocumentId=0900001680080621 Acesso em jun 2016

CORREIA T P DacuteABREU A C OLIVEIRA R M G Identificaccedilatildeo de Unidades de Paisagem metodologia aplicada a Portugal Continental Finisterra ano XXXVI n 72 p 195-206 2001

DEL RIO V OLIVEIRA L Percepccedilatildeo ambiental a experiecircncia brasileira Satildeo Paulo SP Studio Nobel 1999 265 p

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FAVARETTO A Valores paisagiacutesticos subsiacutedios para elaboraccedilatildeo do projeto de estradas 2017 482 f Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis 2016 Disponiacutevel em httpwwwbuufscbrtesesPARQ0259-Tpdf Acesso em 01 ago 2019

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E SUSTENTABILIDADE

Nilzo Ivo LadwigJuliano Bitencourt Campos

(Organizadores)

QUEENSLAND GOVERNMENT Department of Main Roads Road Landscape Manual Queensland 2004 Disponiacutevel em httpswwwtmrqldgovaubusiness-industryTechnical-standards-publicationsRoad-landscape-manualaspx Acesso em set 2016

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TELLES G R A paisagem global Eacutevora Universidade Eacutevora 1993

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VALENTINI D R Transformaccedilatildeo e ressignificaccedilatildeo espaccedilo-temporal da paisagem territorial O Oeste catarinense na Poacutes-Modernidade 2020 380 f Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2020

VIEIRA M de S MACEDO S S Unidades de paisagem a criaccedilatildeo de um meacutetodo para a anaacutelise do territoacuterio de Suzano Paisagem e Ambiente v 32 p 167-228 2013 Disponiacutevel em httpwwwrevistasuspbrpaamarticleview88130 Acesso em 8 jul 2019

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Figura 11- Desdobramentos de estudos de caracterizaccedilatildeo de UPs posteriores agrave oficina

Fonte Acervo das autoras Elaboraccedilatildeo de Danielli Hipper Larissa Acco e Gabriela Pedroso (2018)

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do relato e da discussatildeo a respeito da aplicaccedilatildeo das oficinas didaacuteticas conclui-se que a ferramenta SIG eacute relevante para meacutetodos de pes-quisa e leitura da paisagem com grande potencial para auxiliar o processo de planejamento e o desenvolvimento territorial

Os participantes das oficinas foram capazes de elaborar mapas sim-ples e mapas de siacutentese utilizando-se de camadas fornecidas e ampliando o banco de dados com camadas produzidas com base em seu conhecimento empiacuterico da aacuterea estudada De forma geral os alunosparticipantes demons-traram capacidade de operar o QGis mesmo que tenha sido necessaacuteria a mo-nitoria das atividades para sanar duacutevidas e ajudar nas dificuldades durante a execuccedilatildeo das tarefas

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

REFEREcircNCIAS BERQUE A Paisagem-marca paisagem-matriz elementos da problemaacutetica para uma geografia cultural In CORREcircA R L ROSENDAHL Z (orgs) Paisagem tempo e cultura Rio de Janeiro Editora da UERJ 1998 p 84-91

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente Ministeacuterio do Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo Projeto orla fundamentos para gestatildeo integrada Brasiacutelia MMA 2006 74p

CARAPINHA A 0809 Arte das paisagens e dos jardins Plano de ensino para a disciplina do Curso de Arquitectura Paisagista da Universidade de Eacutevora Portugal Eacutevora 2008

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Destaca-se que os exerciacutecios desenvolvidos podem ter melhores re-sultados se os usuaacuterios tiverem mais conhecimento ou vivecircncia quanto agraves aacutereas de estudo devido ao tempo disponiacutevel para a realizaccedilatildeo das atividades Outro ponto a salientar eacute que as atividades individuais podem ser desenvolvidas em exerciacutecios raacutepidos mesmo por usuaacuterios sem qualquer conhecimento preacutevio em SIG No entanto na aplicaccedilatildeo das metodologias de planejamento da pai-sagem as atividades poderatildeo ser melhor exploradas por aqueles que jaacute tecircm algum conhecimento preacutevio da ferramenta

Foi possiacutevel identificar que as informaccedilotildees consideradas pelos gru-pos para a produccedilatildeo dos mapas de siacutentese se relacionam intimamente com a aacuterea de estudo dos integrantes do grupo ou seja aqueles ligados agrave aacuterea de geografia tiveram um tipo de abordagem diferente daqueles ligados agrave aacuterea de arquitetura e urbanismo Isso evidenciou e valorizou a abordagem multidis-ciplinar para estudos da paisagem jaacute que ao final dos seminaacuterios foi possiacutevel sobrepor os levantamentos das equipes e produzir coletivamente uma siacutentese que considerou dados distintos embora complementares

A utilizaccedilatildeo do software Qgis permitiu uma melhor interface com o usuaacuterio que natildeo dispunha de acesso a laboratoacuterios com softwares licenciados Referido uso possibilita a utilizaccedilatildeo ampliada de procedimentos e anaacutelises es-paciais em ambientes SIG em estudos acadecircmicos diversos

Outro diferencial do meacutetodo de aplicaccedilatildeo das oficinas foi o acesso e o estudo do material didaacutetico e do referencial teoacuterico no periacuteodo que antece-deu a oficina visto que contribuiacuteram significativamente para a qualidade das discussotildees e os resultados dos seminaacuterios

Sobre o processo de avaliaccedilatildeo foram aplicados questionaacuterios poacutes--oficinas A avaliaccedilatildeo das atividades nelas desenvolvidas mostrou aspectos positivos no tocante agrave aproximaccedilatildeo de meacutetodos aplicados para os sistemas SIG Para muitos usuaacuterios a oficina foi o primeiro contato com os SIG eou meacutetodos do planejamento da paisagem o que evidencia a importacircncia dessa atividade para instigar a pesquisa a extensatildeo e o ensino bem como ampliar as

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

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CARAPINHA A 0809 Arte das paisagens e dos jardins Plano de ensino para a disciplina do Curso de Arquitectura Paisagista da Universidade de Eacutevora Portugal Eacutevora 2008

CONSELHO EUROPEU European Landscape Convention Florence Convention European Treaty Series Florence n 176 p 1-7 20 oct 2000 Disponiacutevel em httpsrmcoeintCoERMPublicCommonSearchServicesDisplayDCTMContentdocumentId=0900001680080621 Acesso em jun 2016

CORREIA T P DacuteABREU A C OLIVEIRA R M G Identificaccedilatildeo de Unidades de Paisagem metodologia aplicada a Portugal Continental Finisterra ano XXXVI n 72 p 195-206 2001

DEL RIO V OLIVEIRA L Percepccedilatildeo ambiental a experiecircncia brasileira Satildeo Paulo SP Studio Nobel 1999 265 p

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FAVARETTO A Valores paisagiacutesticos subsiacutedios para elaboraccedilatildeo do projeto de estradas 2017 482 f Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis 2016 Disponiacutevel em httpwwwbuufscbrtesesPARQ0259-Tpdf Acesso em 01 ago 2019

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NOGUEacute J SALA P Protoacutetipo de Cataacutelogo de Paisaje Bases conceptuales metodoloacutegicas y procedimentales para la elaboracioacuten de los Cataacutelogos de Paisaje de Cataluntildea Olot y Barcelona Observatorio del Paisaje de Cataluntildea 2006

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SILVA J M P MANETTI C TAcircNGARI V Compartimentos e Unidades de Paisagem meacutetodo de leitura da paisagem aplicado agrave Linha feacuterrea Paisagem e Ambiente ensaios Satildeo Paulo n 31 p 61-80 2013

SILVA J X da Geoprocessamento para anaacutelise ambiental Rio de Janeiro RJ Ediccedilatildeo do autor 2001

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abordagens sobre as ferramentas utilizadas nas atividades ligadas ao planeja-mento e ao desenvolvimento territorial

Nas manifestaccedilotildees dos usuaacuterios ficou evidente a relevacircncia do tema bem como a necessidade de aprofundamento das temaacuteticas e dos referenciais teoacutericos para a implementaccedilatildeo completa das metodologias

A ampliaccedilatildeo da carga horaacuteria das oficinas para cursos de curta dura-ccedilatildeo tambeacutem foi uma sugestatildeo a ser estudada englobando atividades de campo para o reconhecimento e a caracterizaccedilatildeo das Unidades de Paisagem

REFEREcircNCIAS BERQUE A Paisagem-marca paisagem-matriz elementos da problemaacutetica para uma geografia cultural In CORREcircA R L ROSENDAHL Z (orgs) Paisagem tempo e cultura Rio de Janeiro Editora da UERJ 1998 p 84-91

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente Ministeacuterio do Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo Projeto orla fundamentos para gestatildeo integrada Brasiacutelia MMA 2006 74p

CARAPINHA A 0809 Arte das paisagens e dos jardins Plano de ensino para a disciplina do Curso de Arquitectura Paisagista da Universidade de Eacutevora Portugal Eacutevora 2008

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VIEIRA M de S MACEDO S S Unidades de paisagem a criaccedilatildeo de um meacutetodo para a anaacutelise do territoacuterio de Suzano Paisagem e Ambiente v 32 p 167-228 2013 Disponiacutevel em httpwwwrevistasuspbrpaamarticleview88130 Acesso em 8 jul 2019

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