inovação n.º 34

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www.vidaeconomica.pt NEWSLETTER N.º 34 | NOVEMBRO 2012 ÍNDICE Entrevista............................ 1 Editorial ............................... 2 Opinião................................ 3 Opinião................................ 4 Redes sociais ..................... 5 Notícias ............................... 8 Agenda de eventos......... 8 Financiar a inovação ....... 9 A propósito do mais recente livro da autoria de Praveen Gupta, The Innovation Solution (ainda não traduzido para português) publicamos uma entrevista da autoria de Vern Burkhardt, da IdeaConnection. Apesar de as ideias não se transformarem em produtos ou serviços, as pessoas têm a necessidade de criar. A per- sistência e a perseverança eventualmente conduzirão à inovação a pedido (on demand), in The Innovation So- lution, p.82. Vern Burkhardt - Disse ter escrito o livro The Innova- tion Solution com o objetivo de oferecer a todas as pessoas um processo simples para a inovação. Po- derá na realidade ser um processo simples? Praveen Gupta - Eu escrevi o livro The Innovation So- lution, para partilhar um quadro de inovação revolu- cionário acessível a todos. Foi escrito a pensar no leitor casual, pois a Inovação não pode ser limitada somente a especialistas. Existirá um único processo? Não. Poderão existir dife- rentes e variados processos, mas não encontrei ainda ninguém que tenha estudado sistematicamente o co- nhecimento, a ciência ou uma aproximação sistemática com o objetivo de transformar a inovação numa disci- plina que pode ser ensinada. Comecei a minha jornada na inovação desenvolvendo um quadro de referência com o objetivo de poder ser ensinado às pessoas. As pessoas continuam a acredi- tar que a inovação é uma coisa difusa ou talvez uma dádiva do outro mundo, mas todos os campos de es- Crescimento rentável ENTREVISTA PUB (Continua na página seguinte) NEWSLETTERS TEMÁTICAS SUBSCRIÇÃO GRATUITA http://mailings.vidaeconomica.pt CONHEÇA AINDA OUTRAS FONTES DE INFORMAÇÃO MAIS ALARGADA DO GRUPO VIDA ECONÓMICA. Aceda ao site www.vidaeconomica.pt, e entre em Subscrever Newsletter tudo começam com um conhecimento subjetivo an- tes de se tornarem repetidos e ou em conhecimento rotineiro. Presentemente, encontramo-nos num estado intermé- dio que ainda não está suficientemente percebido. O meu quadro engloba um nível de conhecimento para um patamar mais fácil de ser entendido por todos.

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Newsletter Inovação

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Page 1: Inovação n.º 34

www.vidaeconomica.ptnewsletter n.º 34 | nOvembrO 2012

Índice

Entrevista ............................ 1

Editorial ............................... 2

Opinião................................ 3

Opinião................................ 4

Redes sociais ..................... 5

Notícias ............................... 8

Agenda de eventos ......... 8

Financiar a inovação ....... 9

A propósito do mais recente livro da autoria de Praveen Gupta, The Innovation Solution (ainda não traduzido para português) publicamos uma entrevista da autoria de Vern Burkhardt, da IdeaConnection.“Apesar de as ideias não se transformarem em produtos ou serviços, as pessoas têm a necessidade de criar. A per-sistência e a perseverança eventualmente conduzirão à inovação a pedido (on demand), in The Innovation So-lution, p.82.

Vern Burkhardt - Disse ter escrito o livro The Innova-tion Solution com o objetivo de oferecer a todas as pessoas um processo simples para a inovação. Po-derá na realidade ser um processo simples?Praveen Gupta - Eu escrevi o livro The Innovation So-lution, para partilhar um quadro de inovação revolu-cionário acessível a todos. Foi escrito a pensar no leitor casual, pois a Inovação não pode ser limitada somente a especialistas.Existirá um único processo? Não. Poderão existir dife-rentes e variados processos, mas não encontrei ainda ninguém que tenha estudado sistematicamente o co-nhecimento, a ciência ou uma aproximação sistemática com o objetivo de transformar a inovação numa disci-plina que pode ser ensinada.Comecei a minha jornada na inovação desenvolvendo um quadro de referência com o objetivo de poder ser ensinado às pessoas. As pessoas continuam a acredi-tar que a inovação é uma coisa difusa ou talvez uma dádiva do outro mundo, mas todos os campos de es-

crescimento rentávelEntrEvista

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(Continua na página seguinte)

NEWSLETTERS TEMÁTICASSUBSCRIÇÃO GRATUITA http://mailings.vidaeconomica.pt

CONHEÇA AINDA OUTRAS FONTES DE INFORMAÇÃOMAIS ALARGADA DO GRUPO VIDA ECONÓMICA.

Aceda ao site www.vidaeconomica.pt, e entre em Subscrever Newsletter

tudo começam com um conhecimento subjetivo an-tes de se tornarem repetidos e ou em conhecimento rotineiro.Presentemente, encontramo-nos num estado intermé-dio que ainda não está suficientemente percebido. O meu quadro engloba um nível de conhecimento para um patamar mais fácil de ser entendido por todos.

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newsletter n.º 34 | novembro 2012

Que oferta temos como país para cativar o investimento es-trangeiro? Este tema levanta--me algumas dúvidas, porque existe muito boa gente que acredita que, reduzindo os salá-rios, poderemos ser mais com-petitivos, atraindo investidores para o nosso país.O peso dos custos do trabalho têm efetivamente uma impor-tância muito alta na constru-ção do preço, mas na Europa já não conseguimos competir por essa via face a países com cus-tos muito mais baixos quando comparados com os praticados na Europa e nomeadamente no nosso país.Em boa verdade, nas últimas dé-cadas, não nos deram a conhe-cer um projeto que fosse enca-rado como um desígnio nacio-nal, um projeto a longo prazo, fosse ele na educação, na saúde, na justiça ou relativamente ao investimento económico num ou em alguns setores de ativida-de que fossem encarados como prioritários. Veja-se por exemplo o relatório Porter, quais as van-tagens que daí tirámos, como foram aproveitadas essas con-clusões após terem sido iden-tificadas as nossas vantagens e desvantagens como país.Tratar-se-ia do maior ato inova-dor para o nosso país apresen-tar, a par das medidas de auste-ridade, um plano de desenvol-vimento a longo prazo e aqui todos têm de ser chamados à responsabilidade e esquecerem os calendários eleitorais.A presente situação económica não é das mais “amigas” para o desenvolvimento da inovação, pois os euros são escassos e ca-ros, e a capacidade empreende-dora estará fortemente limitada, pois está condicionada ao finan-ciamento, e, mesmo que existam os euros, acreditamos que ainda não mudámos o modelo de análise à capacidade empreen-dedora.Mas continuo a acreditar que te-mos de empreender.

Jorge oliveira [email protected]

editorial

(Continuação da página anterior)

crescimento rentável

EntrEvista

VB - Isto não é mais do que o acu-mular da sua experiência na área da inovação?PG - Bem, isto é o resultado da minha investigação e pesquisa na busca contínua de encontrar as respostas que as pessoas têm sobre a inova-ção. O que é a inovação? Como é que funciona? O que é que eu posso saber sobre inovação? O que é que é necessário fazer para ser mais inova-dor? Porque será que algumas pes-soas ou organizações mais inovado-ras do que outras? Quais as ineficiên-cias no processo de inovação? Estas são perguntas muito simples, porém as suas respostas não são necessariamente óbvias.O desenvolvimento de produtos e as oportunidades de crescimento são os processos menos eficientes e efica-zes numa organização. A inovação e a melhoria nestas áreas oferecem às organizações as maiores oportuni-dades para a melhoria nos lucros e no crescimento. No meu quadro de inovação e no presente livro pretendo contribuir para que estes processos se tornem mais fá-ceis de entender e possam assim contribuir para o su-cesso das organizações.

VB - Qual é a “Solução Inovadora”?PG - Muitas pessoas focalizaram-se numa estratégia e em políticas de inovação. Então, isto não é a solução para os inovadores. Pelo contrário, a solução para a inovação é fundamentalmente torná-la mais incisiva, previsível e uma forma mais rentável de explorar as capacidades intelectuais das pessoas combinadas com os recursos das organizações.

VB - Tem afirmado que o sentido mais básico da inovação é “ajudar as pessoas a viverem mais tem-po e com mais conforto”. Será que tudo se resume a este propósito básico?PG - Estas são as minhas observações sobre as razões pelas quais as pessoas querem inovar, e está relaciona-da desde a evolução da humanidade com o propósito sempre presente de tornar a vida do homem mais fa-cilitada, melhor e com mais conforto. Isto envolve sete categorias de necessidades humanas; segurança, ali-mentação, saúde, comunicação, entretenimento, pro-dutividade e conforto. Se nunca tivéssemos o desejo de nos tornarmos numa espécie melhor, não haveria necessidade de inovar. Sabemos que este desejo não desaparecerá, então o propósito da inovação continu-ará a ser tornar as nossas vidas melhores quer ao nível pessoal profissional quer no crescimento rentável.

VB - “Com a internet… a taxa de inovação está a alterar e as grandes organizações não conseguem

manter estes ritmos.” Será que significa a implementação de di-ferentes aproximações alternati-vas à inovação, tais como a ino-vação aberta, e o seu incremento será necessariamente para a so-brevivência no séc. XXI?PG - Sim, diferentes abordagens à inovação serão um dos segredos para a sobrevivência. A sua empre-sa é um bom exemplo, como utili-zar o capital intelectual ou na facili-tação do team working online para gerar soluções entre empresas. E um processo possível e viável e su-gere um processo muito importan-te na ocorrência da inovação em termos futuros.

A era da internet permitiu a clientes e produtores uma maior aproximação entre ambos, que estão somente a alguns segundos entre si. Fisicamente, poderá estar do outro lado do mundo mas nunca deixarão de estar a al-guns segundos na relação produtor, consumidor. Pode pedir e comunicar o que entender. Como resultado, as organizações terão de ser cada vez mais inovadoras, mais rápidas e com um nível de eficiência muito alto, caso contrário não conseguirão apresentar soluções ou ganhar dinheiro. Para permanecerem rentáveis, as organizações devem aprender e utilizar processos ino-vadores alternativos, para conseguirem serem mais rá-pidas, eficientes e alcançarem o sucesso.

VB - Disse “…com acesso à internet, uma network individual é o pilar da construção da inovação.” Tem algum conselho sobre a forma de como mobilizar esta network?PG - Desde que reconhecemos que o pilar da constru-ção da inovação é o indivíduo, não a grande empresa ou algum dos seus departamentos, podemos definir a criação de oportunidades para a formação de clusters virtuais, com o objetivo de alcançar uma vantagem económica através da inovação resultante do conhe-cimento disponível, e não só estará a contribuir para o desenvolvimento dos indivíduos, mas, permitir-lhes que colaborem entre si, inspira-os para o trabalho em conjunto, de modo a criarem riqueza em qualquer lugar do mundo. Não têm necessariamente de estar juntos. Este é o poder da internet, o de as “redes” in-dividuais serem os pilares da construção da inovação, podendo estar assim lado a lado com as organizações para a inovação.

VB - E poderão assim criar riqueza virtualmente?PG - Pode ser criada verdadeira riqueza apesar de esta-rem em localizações diferentes e continentes diferen-tes se for o caso estão simplesmente co-locados.

(Continua na próxima edição)

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newsletter n.º 34 | novembro 2012

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OiniãO

o capital intelectuale a inovação empreendedoraSegundo o Livro Verde para o Em-preendedorismo na Europa da Comissão das Comunidades Eu-ropeias, 2003, o empreendedoris-mo é, “acima de tudo, uma atitude mental que engloba a motivação e capacidade de um indivíduo, iso-lado ou integrado num organismo, para identificar uma oportunidade e para a concretizar com o objetivo de produzir um novo valor ou um resultado económico. A criativida-de ou a inovação são necessárias para entrar e competir num merca-do já existente, para mudar ou até criar um novo mercado.” As novas iniciativas empresariais aumentam a produtividade, na me-dida em que fazem subir a pressão competitiva, forçando as outras em-presas a reagir mediante o melhora-mento da eficácia ou a introdução da inovação. Uma maior eficácia e inovação do meio empresarial re-forçam a força competitiva de uma economia como um todo, o que traz vantagens para os consumidores, oferecendo-lhes maior escolha.

O espírito do empreendedoris-mo é a vontade de aproveitar oportunidades por meio dos re-cursos existentes. Vários autores propõem que o que caracteriza o empreendedor é uma visão dife-rente da realidade e as suas com-petências. Por outro lado, o que caracteriza o empreendedorismo é a “mudança”.O empreendedorismo é, assim, um processo dinâmico de criar riqueza incremental, criada por indivíduos com características peculiares que

assumem mais facilmente riscos de capital, tempo e carreira profis-sional. No entanto, para criar valor o empreendedor necessita de ga-rantir os recursos e competências que lhe permitam suster o fôlego empreendedor.Nesta lógica, podemos encontrar um elo de ligação entre o capital intelectual (ativos intangíveis es-tratégicos, diferenciados) e a capa-cidade inovadora da empresa em-preendedora.Não será descabido considerar que os ativos de conhecimento das em-presas empreendedoras serão dife-renciados e eminentemente inova-dores, dado o carácter e ação “pe-

culiar” do agente empreendedor.Vários estudos concluem nesta linha, sugerindo que o capital in-telectual das novas empresas está positivamente associado ao suces-so percebido pelo empreendedor. Por um lado, há evidências de que o capital humano e o capital rela-cional têm um papel fundamental na criação e desenvolvimento de novas empresas, enquanto o capi-tal estrutural é importante como sustentáculo do desenvolvimento das novas empresas desde o seu início.Nomeadamente, podemos assina-lar que a formação e a profissiona-lização são importantes para o de-senvolvimento do capital humano do empreendedor e da empresa empreendedora. Neste sentido, as instituições do ensino superior são agentes importantes na formação do empreendedor embrionário e são um elemento chave da poten-ciação dos projetos empreende-dores e da capacitação do capital humano e relacional.

Helena SanToSrodrigueS

Doutorada em Ciências Empresariais

[email protected]

“a criatividade ou a inovação são necessárias para entrar e competir num mercado já existente, para mudar ou até criar um novo mercado”

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newsletter n.º 34 | novembro 2012

OpiniãO

reinventar a confiançaA confiança é a chave central do funcionamento de uma socieda-de. Sem confiança, os cidadãos não se mobilizam para o futuro nem as instituições são capazes de protagonizar a sua própria mudança. Nunca tanto como agora a Confiança é vital e tam-bém na economia precisamos de uma “Agenda de Mudança” que mobilize os agentes empresariais e outros para as reestruturações que têm que ser levadas a cabo. Ou seja, os agentes empresariais, para utilizar a feliz expressão de Ram Charan recentemente entre nós , “têm que reinventar a sua missão, alterar a estrutura de fi-nanciamento e projetar novos produtos e serviços para o futu-ro”. Essa mudança é a chave para que a economia volte a crescer e sociedade se reencontre com a ambição estratégica do seu pró-prio futuro.Esse “Contrato de Confiança” en-

tre o sistema financeiro e o siste-ma empresarial não pode de for-ma alguma assentar unicamen-te numa definição formal por decreto avalizada pelas Autori-dades Centrais – tem que se ma-terializar na operacionalização efetiva de ações concretas no dia a dia da atividade económi-ca, centradas na ativação dos cir-cuitos em que assenta a cadeia de valor da criação de riqueza e que envolve todos aqueles que conseguem acrescentar uma componente de diferenciação qualitativa na conceção de no-vos produtos e serviços. As em-presas têm que dar provas con-cretas de que estão claramente apostadas num projeto estraté-gico de modernização qualitati-va, mas a banca tem que saber assumir de forma objetiva o seu papel de parceiro operacional ativo neste projeto coletivo de reinvenção da economia portu-

guesa e da sua capacidade de afirmação internacional.São sobretudo duas as áreas que exigem uma intervenção sistémica – profunda renovação organizativa e estrutural dos se-tores (sobretudo) industriais e aposta integrada na utilização da Inovação como fator de ala-vancagem de criação de valor de mercado. A mobilização ativa dos “atores económicos” numa lógica de pacto estratégico ope-

rativo permanente terá que ser uma condição central no sucesso desta nova abordagem, sob pena de intervenções isoladas não conseguirem produzir de facto os efeitos desejados. Este novo contrato de confiança terá que se basear numa lógica de focali-zação em prioridades claras. É de facto fundamental que os outros atores do sistema, com particular incidência para a ban-ca, assumam as suas responsabi-lidades. O que está verdadeira-mente em causa é a capacidade de o sistema voltar a ganhar ca-pacidade de autofuncionamen-to em rede. Isso exige confiança para o futuro. Impõe-se por isso um novo contrato estratégico na economia portuguesa. Uma nova agenda económica ganha assim sinais de prioridade. Será o passo fundamental para fazer reganhar a confiança para o fu-turo.

franciScoJaime queSado

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e de criação de novas oportunidades, em contexto de crise.

NOVIDADE

Page 5: Inovação n.º 34

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newsletter n.º 34 | novembro 2012

rEdEs sOciais

o comércio eletrónico móvel (m-commerce)O comercio eletrónico a partir de dispositivos móveis sofre um incremento notável nos últimos anos, devido fundamentalmente à popularização dos smartphones que incluem aplicações específicas para apoiar o utilizador nas suas compras, assim como o incremento das comunicações de banda larga a nível mundial.

Figura 1 – Dados de penetração dos Smartphones por países a junho de 2012-10-26

A evolução do comércio eletróni-co móvel ou m-commerce mostra uma clara tendência ascenden-te, adquirindo um peso cada vez maior dentro do comércio móvel, de tal forma como se pode consta-tar na figura seguinte com as previ-sões efetuadas pela Forrest Resear-ch para os EUA:

Figura 2 – Previsão do volume de negóciosdo m-commerce nos EUA

(fonte: Forrest Research)

Segundo os dados da comScore a dezembro de 2011, 38% dos con-sumidores americanos tinham utilizado os seus smartphones para comprar produtos ou servi-ços.Os produtos adquiridos em maior quantidade através dos dispositi-vos móveis são os conteúdos digi-tais, seguidos de roupa, acessórios e bilhetes para espetáculos, como se pode verificar pelo gráfico se-guinte:

Figura 3 – Tipos de produtos adquiridosatravés de smartphones

(fonte: comScore, agosto de 2012)

Dados recentes de um estudo da Nielsen confirmam que 60% dos proprietários de smartphones nos EUA já o utilizaram em algum tipo de compra. A IBM, por sua vez, cal-culou quase 20% de compras on--line de comércio B2C realizadas em finais de 2011 nos EUA foram iniciadas através de um dispositivo móvel (em 2010 esta percentagem era de 8,4%).No gráfico seguinte podemos confirmar como foi a evolução da percentagem das vendas através de comércio eletrónico que se realizaram a partir de um dispo-sitivo móvel nos EUA nos últimos anos:

Figura 4 – Percentagem de vendas de comércio eletrónico que se realizaram através de um

dispositivo móvel (samartphone ou tablet) nos EUA(fonte: comScore).

Importa destacar o impacto que teve com a introdução no mercado dos tablets e esta tendência deve--se à crescente utilização do iPad, já que muitos utilizadores utilizam--no como substituto dos computa-dores portáteis. Desta forma, pre-sentemente muitos estudos confir-mam que a maior parte das sessões de compra desde os dispositivos móveis ealizam-se desde um iPad, como se pode constatar no seguin-te gráfico:

Figura 5 – Percentagem de comprasrealizadas segundo o tipo de dispositivo

(fonte: Rich Relevance).

Atualmente, os dispositivos móveis converteram-se numa ferramenta decisiva no processo de aquisição de um produto ou serviço, supe-rando o potencial das páginas web, já que o utilizador pode utilizar es-tes dispositivos 24/24, e todos os dias da semana.Os utilizadores utilizam-nos para diferentes atividades de apoio ao processo de compra:- Scanner de códigos e produtos para poderem aceder a mais infor-mação na internet sobre os mes-mos e efetuarem comparativos de produtos.- Comparar preços do mesmo produto em lojas diferentes, para poder localizar a oferta mais ba-rata.- Pesquisar referências e opiniões de outros consumidores.- Comparar experiências de com-pra com os seus amigos e contatos, podendo solicitar conselhos e re-comendações em tempo real sobre qual o produto a adquirir.- Utilização de cupões digitais de desconto.- Confirmação da operação de compra e pagamento utilizando o mesmo dispositivo móvel.- Etc.

Figura 6 – Atividade nas lojaspor parte dos utilizadores de smartphones nos EUA.

Assim, entre estes tipos de utili-zação podemos destacar o êxito do sistema de cupões digitais da Groupon, que também desenvol-veram aplicações específicas para smartphones.

Figura 7 – A APP mais popular da Groupon para a utilização de cupões digitais de desconto e

promoções a partir de um smartphone.

Desenvolveram-se numerosas apli-cações que como o GroceryIQ, o SuperTruper, permitem definir e gerir a lista de compras, incorpo-rando informações atualizadas sobre os produtos que se pre-tendem adquirir, estabelecendo comparações, consultando ou-tras referências e recomenda-ções, etc.

Figura 8 – App “GroceryIQ” para facilitara gestão da lista de compras a partir

de um smartphone.

(Continua na página seguinte)

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newsletter n.º 34 | novembro 2012

rEdEs sOciais

o comércio eletrónico móvel (m-commerce)

tOrnE-sE mEmbrOdO nOssO grupO

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Carlos Otero Barros é Licenciado em Ciências Físi-

cas pela Universidade Autónoma de Madrid, Executive

Master in Business Adminsitration (MBA) pela Escuela

de Negocios Caixanova. Atualmente, está à frente da

Colímera Consultores SL, onde desenvolve uma in-

tensa atividade na área da consultoria estratégica e

tecnológica quer para empresas privadas quer para

a Administração Pública. Anteriormente, foi Business

Development Manager na Sun Microsystems Ibérica

SA e diretor da empresa de software Fractal Info In-

genieros SL.

Álvaro Gómez Vieites é Doutorado em Economia pela

UNED (Prémio de Mérito no Doutoramento), Licenciado

em Administração e Direção de Empresas pela UNED,

Engenheiro de Telecomunicações pela Universidade de

Vigo (Prémio extraordinário de fim de curso) e Engenhei-

ro de Informática de Gestão pela UNED. A sua formação

foi complementada com os programas de Pós-gradua-

ção Executive MBA e Curso em Business Administration

da Escuela de Negócios Caixanova. Atualmente, é pro-

fessor e colaborador desta entidade e de outras Escolas

de Negócios, actividade que exerce paralelamente a

projetos de consultoria e trabalhos de investigação na

área dos sistemas de informação, segurança informáti-

ca, e-administração e comércio eletrónico.

e-mail: [email protected]: http://es.linkedin.com/in/alvarogomezvieites/esFacebook:http://www.facebook.com/alvaro.gomez.vieitesTwitter: @agomezvieites

e-mail: [email protected] LinkedIn: http://es.linkedin.com/in/carlosoterobarrosFacebook: http://www.facebook.com/carlos.otero.barrosTwitter: @kenkeirades

AUTORES

Outro exemplo interessante são os compa-radores de preços e outras aplicações que congregam num único ponto uma grande quantidade de informação objetiva e sub-jetiva sobre produtos, assim como a relação atualizada de preços desde portais on-line. Na figura seguinte podemos ver o exemplo da PriceGrabber (www.pricegrabber.com), um dos comparadores de produtos mais popula-res que também criou a sua própria aplicação para smartphones.

Figura 9 – PriceGrabberum exemplo de uma aplicação

móvel que concentra informaçãoe oferta de diferentes produtos

num único ponto.

(Continuação da página anterior)

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Page 7: Inovação n.º 34

“Vender móveisem caixas planas?

Isso não faz sentido nenhum.

É caro e dámuito trabalho.”

- Anónimo

Uma excelente ideia de pouco vale se não for activada. E numa conjuntura empresarial cada vez mais feroz e competitiva, nenhuma organização se pode dar ao luxo de dispensar as boas ideias, muito menos de não as implementar. A ACCELPER disponibiliza-lhe as ferramentas, os processos e as metodologias que dão vida à sua vontade de inovar. E isso faz toda a diferença: a diferença entre ficar no anonimato ou fazer história.

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inovação em acção

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newsletter n.º 34 | novembro 2012

Nota: Se pretender divulgarum evento relacionado

com Inovação e empreendedorismo

aGENDa DE EVENToSnOtícias/artigOs

european Social innovation competition

Em cerimónia de lançamento realizada no passado dia 01 de outubro, o Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, apresentou a iniciativa European Social Innovation Competition, proposta pela Fundação Gul-

benkian e apoiada pela Comissão Euro-peia. Uma iniciativa que visa encontrar as melhores solu-ções de inovação social para ajudar as pessoas a enfren-tar a nova realidade laboral e ao mesmo tempo homenagear a memória e o tra-balho realizado por Diogo Vasconcelos.

Este concurso é dirigido aos indivíduos, organizações ou grupos que acreditam na força de uma ideia inova-dora, com o poder de criar mais e melhores condições de trabalho na Europa.

5Cross Industry

Technology Transfer and Innovation Conference and

Networking 2012(TTI 2012)

Praga, Republica Checa

6Tourism, Innovation

and TrainingOdivelas, Portugal

19ICERI2012 (5th

International Conference of

Education Research and Innovation)

Madrid, Espanha

13Water and Innovation

- Learning from Innovators:

addressing the Challenges by

Learning the LessonsLondres, Reino Unido

NoVEmBRo 2012

DEzEmBRo 2012

Ler mais

Ler mais

eStruture a Sua equipa global para a inovaçãoKEELEy WILSON E yVES L. DOz

Algumas empresas lutam pela exploração do potencial de inovação da sua rede global. Isto deve-se em parte à sua gestão global de projetos de uma forma tradicio-nal. Mas alguns projetos locais desenvolvidos à custa de um conhecimento tácito e local aportam a falta de confiança existente nos projetos globais. Para conse-guirem o máximo desta inovação dispersa, os gestores necessitam de um novo livro de gestão:1. Atribuir a responsabilidade de supervisão e apoio a um gerente sénior;2. Aplicar uma gestão de projeto rigorosa e líderes ex-perientes.

Contacte

para inovar, Seja diSruptivo na Sua rotina

Frank Barrett, autor de yes to the Mess, descreve a saída da nossa área de conforto pode ser estimulante para a nossa criatividade.

iif deSafia empreendedoreS a “prepararem-Se para gerir um novo negócio” franchiSe roadShow encerra em grande na cidade invicta

O sétimo e último encontro do Franchise Roadshow 2012 realiza-se dia 17 de novembro no Hotel Vila Galé do Porto, com a apresentação de mais uma série de oportunidades de negócios para os empreendedores ou pessoas interessadas em criar o próprio emprego. No Hotel Vila Galé da cidade Invicta, várias marcas de franchising apresentam os seus negócios a potenciais parceiros, numa iniciativa lançada pelo Instituto de In-formação em Franchising (IIF), em parceria com o Insti-tuto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Inicia-do em março, o Franchise Roadshow 2012 já percorreu seis capitais de distrito que representam 40% do poder de compra nacional e que pretende ser um impulsio-nador do empreendedorismo regional, em articulação com instituições nacionais e locais.

Ler mais

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newsletter n.º 34 | novembro 2012

inovação – concorrênciaA concorrência, tal como é definida pelos teóricos, é um jogo, em que o sucesso depende tanto das ações como das reações dos concorren-tes, clientes, parceiros e outros in-tervenientes.Hoje em dia, à medida que a con-corrência se intensifica, é cada vez mais difícil jogar, ou ganhar, os di-versos e diferentes jogos. A globa-lização e mudanças tecnológicas originaram novas fontes de com-petitividade, a desregulamentação alterou as regras da concorrência em muitos setores, os mercados são cada vez mais complexos e im-previsíveis e o fluxo de informação numa economia estreitamente in-terligada permite que as empresas sintam e reajam aos concorrentes a uma velocidade vez cada vez mais rápida, estonteante.A aceleração da concorrência sig-

nifica que deixou de ser possível esperar pelas iniciativas de um con-corrente antes de tomar a decisão sobre o modo de reagir, o que con-duz a que a palavra-chave seja ante-cipação e preparação para qualquer eventualidade. Uma iniciativa de

um qualquer concorrente deve ser logo enfrentada e rebatida por uma rápida contra iniciativa de modo a assegurar que qualquer vantagem seja apenas temporária, pois que nenhuma empresa, seja ela qual for, pode permitir que os seus rivais

detenham uma vantagem durante muito tempo. Esta situação decorre do fato dos clientes fazerem a sua escolha baseada na perceção do que as empresas têm para oferecer quando comparado com outras es-colhas disponíveis e similares. No seguimento do referido, as pala-vras-chave são: antecipação e pre-paração, palavras que constituem a base de sucesso presente e futuro. Porém, para que haja sucesso, é in-dispensável haver uma Estratégia de Inovação baseada mais na ação e menos na reação, e que:- Não vá ao encontro das expeta-tivas e necessidades do mercado, mas que as supere;- Que surpreenda o mercado, com algo efetivamente diferente e Ino-vador.

LuíS aRChER – [email protected]

Ficha técnica:coordenador: Jorge Oliveira Teixeiracolaboraram neste número: Álvaro Gomez Vieites, Carlos Barros, Dustin Mattison, Jaime Quesado e Luís Archer aconselhamento técnico: Praven Gupta, IIT, Center for Innovation Sciencetradução: Sofia Guedes Paginação: José Barbosacontacto: [email protected]

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