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ESPECIAL SUSTENTABILIDADE 41 EDITORA B2B 40 EDITORA B2B Iniciativas sustentáveis que fazem a diferença Fórum Embalagem e Sustentabilidade apresentou práticas inovadoras para desenvolver embalagens sustentáveis e preservar o meio ambiente om o objetivo de fomentar o debate sobre o desenvolvimento de embalagens amigas do meio ambiente, a troca de infor- mações das boas práticas entre as indústrias, o Instituto de Embalagens realizou no último dia 01 de outubro, a segunda edição do “Fórum Embalagem & Sustentabilidade”, no Espaço Nobre da FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, que reuniu mais de 200 profissionais do setor. “É necessário destinar atenção à disposição das embalagens vazias para que não se transformem em resíduos ou contaminantes. A indústria de produtos de consumo precisa orientar os consumidores em relação ao descarte na embalagem, além de apoiar programas de educação am- biental e reciclagem, entre outros projetos de conscientização”, afirma Assunta Napolitano Camilo, diretora do Instituto de Embalagens. Segundo ela, todos os esforços neste sentido devem ser aplaudidos. “São passos pequenos, difíceis na medida em que envolvem custos e mudança de rotas, quebras de paradigmas. Porém, são fundamentais para seguir vivendo neste planeta que já está esgotado”. Pensando no longo prazo, a Klabin, maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, aderiu à agenda sustentável 2030, que envolve todos os níveis da companhia. “Nosso negócio é produzir papel para embalagem e, por isso, temos que desenvolver mecanismos de manejo sustentável das nossas florestas e processos industriais com menor impacto am- biental. Hoje, temos 216 mil hectares de matas nativas preservadas e 239 mil hectares de florestas plantadas”, afirma Júlio Nogueira, gerente de sustentabilidade e meio ambiente da empresa. O executivo enumerou vários projetos que estão sendo colocados em prática, como por exemplo, a implantação da nova plataforma francesa Ecovadis para avaliação de 473 fornecedores de materiais da Klabin em todo o país nos próximos três anos. Serão avaliadas 655 unidades. Outra iniciativa sustentável bem-sucedida da Klabin é a redução de 61% de emissão específica de CO 2 equivalente (2003 a 2018) com a troca de combustíveis fósseis nas caldeiras das fábricas por biomassa. PROMOVENDO A RECICLAGEM Lucia Moreira, coordenadora de sustentabilidade da Owens Illinois (O-I), apresentou cases de incentivo à reciclagem de embalagens de vidro no Brasil. Um deles é a iniciativa feita em Brasília em parceria com a Green Ambiental, que implantou 14 coletores seletivos abertos ao público. “Os equipamentos foram projetados especialmente para as embalagens de vidro, que são 100% naturais e recicláveis, permitindo que a cidade passasse a ter uma coleta adequada, o que até então não existia”, afirma. O programa teve ótimo impacto, contando com apoio das subprefeituras e até mesmo de condomínios da cidade que adquiriram coletivamente os coletores de vidro para facilitar o descarte doméstico. Hoje são recolhidas, aproximadamente, 400 toneladas de cacos por mês no Distrito Federal. Como reduzir a pegada de carbono da embalagem? Na opinião de Estevão Braga, diretor de sustentabilidade da Ball Beverage South C Foto: Patricia Maia ESPECIAL SUSTENTABILIDADE Assunta Napolitano Camilo, diretora do Instituto de Embalagens

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Page 1: Iniciativas sustentáveis que fazem a diferença...imaginado. temos que ter uma vi-são consciente de todo o processo e pensar juntos como ‘sustentabi-lizar’ a embalagem. a abordagem

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ESPECIAL SUSTENTABILIDADE

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Iniciativas sustentáveis que fazem a diferençaFórum Embalagem e Sustentabilidade apresentou práticas inovadoras para desenvolver embalagens sustentáveis e preservar o meio ambiente

om o objetivo de fomentar o debate sobre o desenvolvimento de embalagens amigas do meio ambiente, a troca de infor-mações das boas práticas entre as indústrias, o instituto de Embalagens realizou no último dia 01 de outubro, a segunda

edição do “Fórum Embalagem & Sustentabilidade”, no Espaço Nobre da FiESP - Federação das indústrias do Estado de São Paulo, que reuniu mais de 200 profissionais do setor.

“É necessário destinar atenção à disposição das embalagens vazias para que não se transformem em resíduos ou contaminantes. a indústria de produtos de consumo precisa orientar os consumidores em relação ao descarte na embalagem, além de apoiar programas de educação am-biental e reciclagem, entre outros projetos de conscientização”, afirma assunta Napolitano Camilo, diretora do instituto de Embalagens.

Segundo ela, todos os esforços neste sentido devem ser aplaudidos. “São passos pequenos, difíceis na medida em que envolvem custos e mudança de rotas, quebras de paradigmas. Porém, são fundamentais para seguir vivendo neste planeta que já está esgotado”.

Pensando no longo prazo, a Klabin, maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, aderiu à agenda sustentável 2030, que envolve todos os níveis da companhia. “Nosso negócio é produzir papel para embalagem e, por isso, temos que desenvolver mecanismos de manejo sustentável das nossas florestas e processos industriais com menor impacto am-biental. Hoje, temos 216 mil hectares de matas nativas preservadas e 239 mil hectares de florestas plantadas”, afirma Júlio Nogueira, gerente de sustentabilidade e meio ambiente da empresa.

o executivo enumerou vários projetos que estão sendo colocados em prática, como por exemplo, a implantação da nova plataforma francesa Ecovadis para avaliação de 473 fornecedores de materiais da Klabin em todo o país nos próximos três anos. Serão avaliadas 655 unidades.

outra iniciativa sustentável bem-sucedida da Klabin é a redução de 61% de emissão específica de Co2 equivalente (2003 a 2018) com a troca de combustíveis fósseis nas caldeiras das fábricas por biomassa.

Promovendo a reciclagemLucia Moreira, coordenadora de sustentabilidade da owens illinois (o-i), apresentou cases de incentivo à reciclagem de embalagens de vidro no Brasil. Um deles é a iniciativa feita em Brasília em parceria com a Green ambiental, que implantou 14 coletores seletivos abertos ao público. “os equipamentos foram projetados especialmente para as embalagens de vidro, que são 100% naturais e recicláveis, permitindo que a cidade passasse a ter uma coleta adequada, o que até então não existia”, afirma.

o programa teve ótimo impacto, contando com apoio das subprefeituras e até mesmo de condomínios da cidade que adquiriram coletivamente os coletores de vidro para facilitar o descarte doméstico. Hoje são recolhidas, aproximadamente, 400 toneladas de cacos por mês no distrito Federal.

Como reduzir a pegada de carbono da embalagem? Na opinião de Estevão Braga, diretor de sustentabilidade da Ball Beverage South

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Assunta Napolitano Camilo, diretora do Instituto de Embalagens

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america, é necessário migrarmos de uma economia linear para uma economia circular. “Ve-mos no segmento de alumínio um crescimento muito grande, porque é um material com alta taxa de reciclabilidade e alto valor econômico. Há um incentivo na-tural para a reciclagem. Enquanto alguns resíduos valem U$ 10 ou U$ 50 a tonelada, uma toneladareciclada de alumínio vale U$$ 1.300. Há uma econo-mia circular de lata para lata e para outros produtos de alto valor agregado – o chamado upcycling. Precisamos experimentar, prototipar e agir em conjunto para encontrar saídas similares para todas as embalagens”, afirma.

o alumínio da américa do Sul é o mais eficiente em energia e

emissões de carbono em todo mundo. “Com taxas de recicla-gem de 98% esse valor cai para cerca de 1,25 ton/Co2 por tone-lada de alumínio. atualmente, a lata de alumínio no Brasil tem, no mínimo, 70% de alumínio recicla-do na sua composição”, enfatiza.

ao tratar o resíduo como negócio e valorizar o trabalho do catador, roger Koeppl, diretor-presidente da cooperativa de reciclagem YouGreen, conseguiu aumentar a produtividade, a eficiência e o ganho do catador. “Hoje, estamos num galpão na Lapa, em São Paulo, e os resultados do negócio são bastante positivos, por meio da gestão integrada de resíduos, conseguimos reduzir, em mé-dia, 20% o custo operacional, aumentar em até 500% a taxa

de reciclagem e reduzir em mais de 50% do volume destinado ao aterro. além disso, melhoramos a renda do cooperado, que pode ganhar entre r$ 1.700 e r$ 1.900 por mês”, comemora o empreen-dedor. Esses números mostram o sucesso do modelo de negócio que foi replicado na gestão da cooperativa YouGreen.

a YouGreen também faz a gestão de resíduos de grandes empresas como a rede atacadista Makro. Foi a primeira varejista a contratar um Ponto de Entrega Voluntária (PEV) desenvolvido, gerido e operado por uma cooperativa de catadores.

Cada vez mais a indústria de produtos de consumo está tra-balhando para melhorar a re-ciclabilidade das embalagens e ajudar a criar a economia circular. Felipe Simone, responsável pelo desenvolvimento de embalagens flexíveis da Mondelez, revelou que a meta da empresa é tornar as embalagens dos seus produtos 100% recicláveis até 2025. “No caso das embalagens de papel o nosso compromisso é produzi-las de forma sustentável até 2020”.

as informações de reciclagem aos consumidores também serão apresentadas na embalagem até 2025. “Estamos trabalhando em colaboração com os fornecedo-res de filmes, convertedores e a cadeia de reciclagem para encon-trar soluções técnicas de recicla-gem em todo nosso portfólio de produtos”, revela Simone.

a economia circUlar do PlÁSTicoHá pouco mais de um ano no país, a indorama tem uma atua-ção global em 31 países. “Na área de plásticos, de cada quatro garrafas produzidas no mundo, uma é feita com o nosso PEt. E no Brasil, 55% do PEt vendido

é reciclável”, afirma theresa Moraes, gerente comercial da empresa, que vai investir U$ 1,5 bilhão em projetos de reciclagem no mundo até 2023.

Como parte da iniciativa de incluir a economia circular na reciclagem do plástico, a indora-ma se tornou a primeira empresa da américa do Sul a fazer a reci-clagem química do PEt. Hoje, a companhia produz resina com 5% de PEt reciclado pós-consumo (PCr), mas segundo ela, o obje-tivo é disponibilizar 25% de PEt PCr até 2021.

Na avaliação de José Bosco SilveiraJr., presidente da terphane, é ne-cessário ampliar o discurso sobre sustentabilidade. “o plástico está em evidência de uma forma que não condiz com a realidade; a questão dos plásticos vai muito além do que a mídia tem divul-gado e do que a sociedade tem imaginado. temos que ter uma vi-são consciente de todo o processoe pensar juntos como ‘sustentabi-lizar’ a embalagem. a abordagem sobre o assunto deve ser ampla e cada grama de material redu-zido faz uma grande diferença. Não existe embalagem melhor ou pior, o que existe é a melhor adequação dentro de um meca-nismo cada vez mais eficientee sustentável.”

Entre as iniciativas da terphaneneste sentido, o executivo des-tacou a linha Ecophane® de fil-mes PEt sustentáveis com dois produtos: um filme produzido com pelo menos 30% de garrafas PEt recicladas pós-consumo e um filme bPEt, com tecnologia de biodegradação para aterros sanitários.

a nova linha de filmes Ecophane é uma amostra da importância do uso de plástico reciclado na

agenda de sustentabilidade da terphane. Uma tonelada de filme Ecophane representa a reciclagem de 13800 garrafas PEt de 1 litro.

a economia circular abre muitas oportunidades que têm impacto social, melhorando a qualidade de vida das pessoas. tamires Silvestre, gerente de sustentabili-dade para o negócio de embala-gens e plásticos de especialidades da dow, destacou o projeto aulas Verdes, idealizado pela compa-nhia em parceria com a startup Conceptos Plásticos, que utiliza tijolos de resíduos plásticos reci-clados para a construção de salas de aula na Colômbia. Cada tijolo contém mais de 70% de plástico recuperado e, para construir uma escola, cerca de quatro toneladas

de materiais plásticos são apro-veitadas. atualmente o projeto já conta com três escolas construí-das, que também representam 12 toneladas de plástico retiradas do meio ambiente.

caSeS Com o compromisso de desen-volver produtos que expressem valores e práticas sustentáveis, a Bunge investiu em uma nova tecnologia de sopro para produ-ção da garrafa de óleo mais leve do mercado brasileiro, que passou de 18 gramas para 14 gramas. Segundo Heitor Cauneto, head em excelência de manufatura para américa do Sul da Bunge, a previsão é que a embalagem com 14 gramas chegue às gôndolas em novembro. o projeto abrange as marcas Soya, Primor e Salada.

os equipamentos foram projetados especialmente para as embalagens de vidro que são 100% naturais e recicláveis, permitindo que a cidade passasse a ter uma coleta adequada

com taxas de reciclagem de 98% esse valor cai para cerca de 1,25 ton/co2 por tonelada de alumínio. atualmente, a lata de alumínio no Brasil tem, no mínimo, 70% de alumínio reciclado na sua composiçãopassasse a ter uma coleta adequada 70% de alumínio reciclado na sua composição

Lucia Moreira, coordenadora de sustentabilidade da Owens Illinois Estevão Braga, diretor de sustentabilidade da Ball Beverage South America

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a nova embalagem utiliza menos plástico na produção da tampa (redu-ção de 34% de polietileno) e na pré-forma (redução de 21% de PEt) da garrafa, sem prejudicar a experiência do consumidor. “as novas tampas têm o peso reduzido em 1 grama. Parece pouco, mas a redução gera uma economia de mais de mil toneladas de plástico por ano”, revela o executivo. o impacto ambiental desta iniciativa da Bunge alimentos é muito positivo, já que o Brasil responde por 62% do óleo envasado no mundo pela companhia.

a previsão da companhia, segundo Cauneto, é que, até o primeiro semes-tre de 2020, 100% das embalagens de óleo da Bunge pesarão 14 gramas. o projeto será concluído, abrangendo a mudança das embalagens da linha de óleos especiais, na fábrica de Gaspar, em Santa Catarina.

Não precisa sujar o planeta para limpar a casa. É dessa crença que nasceu o nome da empresa criada por Marcelo Ebert. YVY (eevee), na língua tupi-guarani significa uma terra sem males. o empresário criou uma empresa inovadora na categoria de home care que traz um novo conceito de experiência de consumo através do produto, da embalagem e de compra. os produtos de limpeza naturais são comercializados por assinatura e venda online em embalagens ecológicas que utilizam menos plásticos e são reutilizáveis. “90% dos ingredientes dos produtos de limpeza líquidos é água. Por que colocar a água para passear em uma embalagem single use até chegar ao consumidor? Por isso, a gente entrega a cápsula

até o primeiro semestre de 2020, 100% das embalagens de óleo da Bunge pesarão 14 gramas14 gramas

com produto concentrado e o cliente acrescenta a água”, revela Ebert. No primeiro pedido, o consumidor recebe uma emba-lagem com o borrifador, que ele vai usar sempre, trocando apenas as cápsulas dos produtos.

as práticas sustentáveis não param por aí. o consumidor também pode juntar e devolver as cápsulas para a empresa na mesma caixa que recebeu os pro-dutos. a cada três meses, a YVY envia um voucher para o consumi-dor para devolução das cápsulas via correio e ela faz a destinação correta para reciclagem.

ornella Vilardo, gerente de sus-tentabilidade do Grupo Heineken no Brasil, destacou o programa drop the C criado pela compa-nhia para reduzir a emissão de carbono em toda a sua cadeia produtiva. isso inclui as embala-gens que representam uma parte significativa da pegada de carbo-no da Heineken. Por isso, a em-presa lançou um novo olhar para os 6 r´s da sustentabilidade para desenvolver suas embalagens. “o foco é priorizar o desenvolvimen-to de embalagens de fontes reno-váveis, embalagens retornáveis, embalagens com conteúdo reci-clado e embalagens com redução de material”, destaca.

o Grupo Heineken, segunda maior cervejaria do país, também tem programas de logística reversaem todo o Brasil, colocando os consumidores no centro das dis-cussões e práticas sustentáveis. Um deles é o projeto Volte Sem-pre, que faz parte do Movimento Mais com Menos criado pela companhia e busca promover o descarte correto de garrafas de vidro. “Nos desafiamos a reeditar um modelo diferente de logística reversa”, revela ornella. a empre-sa disponibilizou nove máquinas

que trituram garrafas de cerveja de vidro em unidades dos super-mercados da rede Pão de açúcar e Extra, na capital paulista.

através de uma parceria com a Méliuz, startup brasileira de cashback, a companhia quer incentivar a lo-gística reversa de garrafas de vidro. “a cada garrafa reciclável de vidro depositada na máquina de triturar, o consumidor recebe r$ 0,10 de cashback no aplicativo da Méliuz”.

Como repensar a embalagem sob a perspectiva da sustentabilida-de? Em 2018, o Carrefour Brasil criou um comitê de embalagens como parte de sua estratégia de

reduzir os resíduos gerados pela varejista. Para isso, a companhia está investindo em ecodesign. as embalagens da linha de marca própria do Carrefour Brasil se-rão desenvolvidas com base em três pilares: materiais recicláveis (sempre que possível, já que nem todos os materiais recicláveis são reciclados no Brasil), redução da quantidade de embalagens e melhorar a ecoeficiência logística.

Entre 2018 e 2019, a rede vare-jista lançou 740 novos SKUs de marca própria. Um deles são as hastes flexíveis com cabo de pa-pel e pontas de algodão que são

comercializadas em embalagens de papel, sem visor plástico. “Pro-duto e embalagens são feitos com o mesmo material”, explica Lúcio Vicente, diretor corporativo de negócios e sustentabilidade do Carrefour Brasil. “Simplifica-mos o design para reduzir o uso de materiais”.

as iniciativas sustentáveis são exemplos a serem seguidos e re-presentam um avanço na agenda de sustentabilidade do Brasil. Há desafios? Sim, mas também mui-tas oportunidades para incluir a economia circular na indústria de embalagens.

90% dos ingredientes dos produtos líquidos de limpeza é água. Por que colocar a água para passear em uma embalagem single use até chegar ao consumidor? Por isso, a gente entrega a cápsula com produto concentrado e o cliente acrescenta a águae o cliente acrescenta a água

Heitor Cauneto, head em excelência de manufatura para América do Sul da Bunge

Marcelo Ebert, co-fundador da YVY

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