(inicial) obrigação de fazer - plano de saúde - manutenção - empregada dispensada imotivada.pdf

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Av. Dos Ipês, 754, Neópolis 59080-115 NATAL RN Tel. 84 88011520 E-mail: [email protected] p.1 EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE NATAL/RN [URGENTE] REJANE MENEZES DA SILVA, brasileira, solteira, auxiliar administrativa, inscrita no RG sob o nº: xxxxx SSP/RN e CPF sob o nº: xxxxxx, residente e domiciliada na Rua xxxxxx, xxx, xxxxx, CEP: xxxxx xxxxxx/RN, por seu advogado, infra-assinado, constituído mediante instrumento procuratório em anexo, com escritório profissional na Av. Dos Ipês, 754, Neópolis, CEP: 59.080-115 Natal/RN, onde receberá intimações, vem à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 30 da Lei 9.656/98 e art. 273 do Código de Processo Civil, PROPOR AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C DANOS MORAIS (COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA) Em face de HAPVIDA ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº: 63.554.067/0001-98, com sede na Av. Heráclito Graça, 406, Centro, CEP: 60.140-061 Fortaleza/CE, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas;

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Page 1: (Inicial) Obrigação de Fazer - Plano de Saúde - Manutenção - Empregada Dispensada Imotivada.pdf

Av. Dos Ipês, 754, Neópolis 59080-115 NATAL RN Tel. 84 88011520 E-mail: [email protected] p.1

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE NATAL/RN

[URGENTE]

REJANE MENEZES DA SILVA, brasileira, solteira, auxiliar

administrativa, inscrita no RG sob o nº: xxxxx SSP/RN e CPF sob o nº: xxxxxx,

residente e domiciliada na Rua xxxxxx, xxx, xxxxx, CEP: xxxxx – xxxxxx/RN,

por seu advogado, infra-assinado, constituído mediante instrumento

procuratório em anexo, com escritório profissional na Av. Dos Ipês, 754,

Neópolis, CEP: 59.080-115 – Natal/RN, onde receberá intimações, vem à

presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 30 da Lei 9.656/98 e art.

273 do Código de Processo Civil, PROPOR

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C DANOS MORAIS

(COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA)

Em face de HAPVIDA ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA., pessoa jurídica de

direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº: 63.554.067/0001-98, com sede na

Av. Heráclito Graça, 406, Centro, CEP: 60.140-061 – Fortaleza/CE, pelas

razões de fato e de direito a seguir expostas;

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I – PRELIMINAR DE MÉRITO

1. DA JUSTIÇA GRATUITA A autora pleiteia os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA,

assegurada nos termos do artigo 5º da Constituição Federal e das leis 1.060/50

e 7.510/86, em razão de se tratar de pessoa hipossuficiente, não tendo meios

de custear as despesas processuais e de arcar com um preparo de um

eventual Recurso Inominado sem prejuízo do sustento próprio ou de sua

família.

II – DA RESENHA FÁTICA

A autora foi funcionária do colégio Instituto Sagrada Família por

17 anos, quando foi dispensada imotivadamente em 13/04/13 (doc.2), não

recebendo nenhuma verba rescisória, portanto, encontrasse litigando na 8ª

Vara da Justiça do Trabalho desta capital as devidas verbas, através do

processo nº: 67700-08.2013.5.21.0008.

Ocorre que, entre os benefícios que a autora tinha era o plano

de saúde coletivo da segurada HAPVIDA e requereu juntamente a esta a

continuidade do serviço nas mesmas condições em que gozava a empresa.

Entretanto, o réu solicitou para dar prosseguimento ao serviço, que a autora

apresentasse o termo de rescisão contratual, o qual não foi possível, tendo em

vista que a empresa em que laborou não entregou, até porque não foi paga

nenhuma verba rescisória.

Cumpre esclarecer, que a autora contribuía para o pagamento

integral do premio na quantia de R$ 79,98 (setenta e nove reais e noventa e

oito centavos), que eram descontados mensalmente em seu contracheque

(doc.3).

Dispõe o art. 30 da Lei n. 9.656/98 que: "ao consumidor que

contribuir para produtos de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º desta Lei,

em decorrência de vínculo empregatício, no caso de rescisão ou exoneração

do contrato de trabalho sem justa causa, é assegurado o direito de manter sua

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condição de beneficiário, nas mesmas condições de cobertura assistencial de

que gozava quando da vigência do contrato de trabalho, desde que assuma o

seu pagamento integral", pelo período de um terço do tempo de permanência,

com um mínimo assegurado de seis meses e um máximo de vinte e quatro

meses.

A controvérsia se instalar na exigência do réu para que a

autora apresente o termo de rescisão contratual, desta forma poderia

continuar com o plano de saúde.

Ressalto, ainda, que a autora logo após o seu desligamento se

dirigiu até empresa ré e comunicou administrativamente a pretensão em dar

continuidade ao serviço, apresentando sua carteira de trabalho, sendo que não

foi aceita pelo réu, mediante a exigência TRC.

Além disso, a lei não faz referencia a apresentação do

documento exigido, podendo ser solicitado mediante simples requerimento, já

que é muito comum que obreiros sejam demitidos injustamente sem receber

qualquer verba rescisória, quanto menos o termo de rescisão contratual.

Como se bastasse à autora esteve doente no mês de julho do

corrente ano e não pôde utilizar o plano de saúde devido ao seu cancelamento

unilateral pela ré, o que vem lhe causando enorme angustia por estar

descoberta do referido plano.

Portanto, a autora não ver outra escolha há não ser buscar

socorro ao judiciário e ter a sua pretensão acolhida.

III – DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA

1. DA MANUTENÇÃO DO PLANO DE SAÚDE A relação estabelecida entre as partes é a toda evidência de

consumo, sendo certo que a ré é prestadora de serviços, e a autora, sua

destinatária. Incidem, pois, os artigos 2º e 3º da Lei n. 8.078/90. A controvérsia

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deve ser apreciada sob o prisma consumerista, sem prejuízo do diálogo das

fontes.

O ponto controvertido da demanda cinge-se à análise da

legalidade acerca da possibilidade da exigência do termo de rescisão

contratual, levando ao cancelamento do plano de modo unilateral, bem como a

ocorrência de danos extrapatrimoniais a autora.

Vejamos brilhantes decisões semelhantes ao caso:

SEGURO. PLANO DE SAÚDE. CONTRATO COLETIVO.

RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO.

PRETENDIDA MANUTENÇÃO DO PLANO DE

ASSISTÊNCIA MÉDICA. ADMISSIBILIDADE.

APLICAÇÃO DO ART. 30 DA LEI N. 9.656/98.

MANUTENÇÃO, ENTRETANTO, CONDICIONADA À

ASSUNÇÃO DA RESPONSABILIDADE DO DEMITIDO

PELO PAGAMENTO INTEGRAL DO PRÊMIO OU DE

OUTRA EVENTUAL FORMA DE CUSTEIO DOS

BENEFÍCIOS. RECURSO DO AUTOR PROVIDO.

RECURSO DA RÉ IMPROVIDO. (TJ-SP - APL:

402946620108260577 SP 0040294-66.2010.8.26.0577,

Relator: Vito Guglielmi, Data de Julgamento: 21/06/2012, 6ª

Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:

26/06/2012)

TUTELA ANTECIPADA. PLANO DE SAÚDE COLETIVO.

EMPREGADO DEMITIDO SEM JUSTA CAUSA. DIREITO

DE MANUTENÇÃO NO PLANO. ART. 30 DA LEI

9.656/98. Nos termos do art. 30 da Lei 9.656/98 é

assegurado ao consumidor o direito de manter sua

qualidade de beneficiário do plano de saúde, nas mesmas

condições anteriores à dispensa imotivada, por certo

tempo, desde que assuma a responsabilidade pelo

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pagamento da totalidade do valor do prêmio mensal. (TJ-

MG 100240812268960011 MG 1.0024.08.122689-6/001(1),

Relator: DUARTE DE PAULA, Data de Julgamento:

05/11/2008, Data de Publicação: 14/11/2008)

CIVIL E CONSUMIDOR. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO

INDENIZATÓRIA POR ABALO MATERIAL E MORAL.

PLANO DE SAÚDE COLETIVO. RESCISÃO

UNILATERAL DO CONTRATO. AUSÊNCIA DE PRÉVIA

NOTIFICAÇÃO. BENEFICIÁRIO APOSENTADO.

OFENSA ÀS DISPOSIÇÕES CONTIDAS NA LEI Nº

9.656/98. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA

CONSERVAÇÃO DOS CONTRATOS. PRECEDENTES

DESTA CORTE. CONDUTA ILÍCITA DA SEGURADORA.

LESÃO MORAL SUSCETÍVEL DE INDENIZAÇÃO.

CONHECIMENTO E DESPROVIMENTO DO APELO. (TJ-

RN - AC: 73846 RN 2010.007384-6, Relator: Des. Cláudio

Santos, Data de Julgamento: 09/11/2010, 2ª Câmara Cível)

O contrato de seguro ou plano de saúde tem por objeto a

cobertura do risco contratado, ou seja, o evento futuro e incerto que poderá

gerar o dever de indenizar por parte da seguradora. Outro elemento essencial

desta espécie contratual é a boa-fé, na forma do art. 422 do Código Civil,

caracterizada pela lealdade e clareza das informações prestadas pelas partes.

A norma inserta no artigo 30, caput, da Lei n. 9656/98 é

autoaplicável, bastando, pois, que o ex-empregado postule o exercício do

direito de permanecer vinculado ao plano ou seguro privado coletivo de

assistência à saúde.

Portanto, requer a autora o direito de permanecer com plano de

saúde, nas mesmas condições assistenciais e financeiras em que gozava a

empresa, pelo período de 24 meses.

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2. DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

Primeiramente, cumpre observar que o fato do seguro ter sido

firmado entre pessoas jurídicas não afasta a aplicação do Código de Defesa do

Consumidor, pois ainda que essa relação contratual apresente peculiaridades,

não se permite a desvinculação dos consumidores nessa modalidade de

contratação coletiva.

Assim, mister que a análise do presente caso seja feita à luz da

referida legislação.

Não se trata, aqui, de obrigar a ré a manter-se vinculada ao

contrato ad perpetuam, mas sim de impedir o cometimento de abusos, não

podendo de uma hora para outra os beneficiados ficarem totalmente

desamparados, sem alternativa para dar continuidade a eventuais tratamentos

disponibilizados pela seguradora para a qual contribuem mensalmente.

Além disso, a Resolução 19 do Consu, em seu artigo 1º,

dispõe que:

“As operadoras de planos ou seguros de assistência à saúde,

que administram ou operam planos coletivos empresariais ou por adesão para

empresas que concedem esse beneficio a seus empregados, ou ex-

empregados, deverão disponibilizar plano ou seguro de assistência à

saúde na modalidade individual ou familiar ao universo de beneficiários,

no caso de cancelamento desse beneficio, sem necessidade de

cumprimento de novos prazos de carência” (grifei), hipótese não verificada.

Assim é que deveria a seguradora, antes ou

concomitantemente com a formalização do intuito de rescindir o contrato,

disponibilizar aos beneficiários planos individuais ou familiares equivalentes

àquele contratado.

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Assim é que diante de tal situação, se mostra justa a

condenação por danos morais, cabendo, agora, analisar o quantum arbitrado.

Sabe-se que a estipulação do montante deve ser

proporcional a dor causada. No caso, a incerteza da beneficiária, que

repentinamente se viu descoberta de seguro saúde ao qual contribuiu

regularmente.

Assim, analisada a situação e à míngua de critérios

estabelecidos em lei para a fixação do quantum debeatur (a liquidação do dano

moral no direito pátrio não é tarifada), no caso concreto, entendendo como

razoável e proporcional à lesão moral, a quantia de R$ 7.000,00 (sete mil

reais).

3. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

A autora apesar de acostar nos autos provas que acreditem

serem suficientes para a demonstração da verdade dos fatos ora narrados,

para a condução deste exímio Juízo para a formação de seu livre

convencimento, protesta pela Inversão do Ônus da Prova, pois considera ser a

medida da boa administração da justiça e do exercício de seus direitos,

conforme disposição no Código de Defesa do Consumidor:

Art. 6º. (...)

VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com

a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo

civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou

quando for ele hipossuficiente, segundo as regras

ordinárias de experiências; (g. n.)

No presente caso, conforme os documentos carreados, tanto é

verossímil a alegação da autora, bem como resta demonstrada a sua

hipossuficiência, não cabendo, assim, a aplicação do inciso I do artigo 333 do

Código de Processo Civil, por prestígio ao Principio da Especialidade das Leis.

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Desta maneira, por serem verossímeis as alegações da autora,

conforme as provas conduzidas aos autos, e pela condição de hipossuficiência

em relação à Empresa, é a presente para que se inverta o ônus da prova, em

benefício da autora.

IV – DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA

Para fins de preservar a manutenção da cobertura assistencial,

estão presentes os requisitos legais da verossimilhança da alegação e do

fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, diante do risco da

suspensão da cobertura assistencial.

Destarte, sendo já esta medida de profusa utilização dentro da

sistemática jurídica pátria, admitida pelos mais renomados juristas nacionais,

em entendimento expressado em único som e acertadamente, impende que

este juízo, mediante antecipação da tutela jurisdicional pretendida nos autos,

determinando que o réu restabeleça o plano de saúde da autora nas

mesmas condições assistenciais e financeiras em que gozava a empresa,

(art. 30 da Lei nº 9.656/98) e com a limitação ao prazo de 24 meses ou

enquanto perdurar a situação de desemprego daquela (art. 30, §§ 1º e 5º,

da Lei de Plano de Saúde).

1. DA OBRIGAÇÃO DE FAZER (MULTA PENAL) Em sendo deferido o pedido de antecipação de tutela, requer

que seja assinalado prazo para que o réu faça o cumprimento da ordem

judicial.

Ainda, na mesma decisão, ainda que provisória ou definitiva,

requer a autora, que seja fixado valor de multa penal por dia de atraso ao

cumprimento da ordem, com base no art. 644, cc. art. 461, ambos do CPC,

com as introduções havidas pela Lei nº 10.444, de 07.05.2002.

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V – DO PEDIDO

Diante de todo o exposto, requer à autora que Vossa

Excelência se digne de:

a) Conceder os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA,

assegurada nos termos do artigo 5º da Constituição Federal e

das leis 1.060/50 e 7.510/86, em razão da autora se tratar de

pessoa hipossuficiente, não tendo meios de custear as

despesas processuais e de arcar com o preparo de um

eventual Recurso sem prejuízo do sustento próprio ou de sua

família;

b) Que Vossa Excelência se digne a determinar a CITAÇÃO

DO RÉU à audiência conciliatória, nos termos do art. 18, § 1º,

da Lei 9.099/95, para, querendo, contestarem a ação no prazo

legal, se assim entenderem conveniente, sob pena de revelia

ou confissão ficta prevista no art. 20 da Lei 9.099/95 e 319 do

CPC em caso do não comparecimento, concedendo ao final, a

procedência integral do pedido;

c) Conceder, nos termos do art. 6º, inc. VIII do CDC, a

inversão do ônus da prova em favor da autora, por ser a

parte mais frágil, sobretudo pelas alegações e provas

carreadas aos autos, acolhendo as razões acima explicitadas

com o deferimento do comando liminar da antecipação da

tutela, determinando que o réu restabeleça o plano de

saúde da autora nas mesmas condições assistenciais e

financeiras em que gozava a empresa, (art. 30 da Lei nº

9.656/98) e com a limitação ao prazo de 24 meses ou

enquanto perdurar a situação de desemprego daquela (art.

30, §§ 1º e 5º, da Lei de Plano de Saúde), ainda, que seja

fixado valor de multa penal por dia de atraso ao

cumprimento da ordem;

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d) Ao final, Julgar a presente ação PROCEDENTE in totum,

confirmando os efeitos da tutela antecipada;

e) Por fim, a condenação ao pagamento da indenização a

título de Danos Morais no valor de R$ 7.000,00 (sete mil

reais), dentro da teoria do valor de desestímulo, ou seja,

“quantum” que faça o RÉU refletir e tomar todas as

precauções possíveis, antes de repetir novos ilícitos, como

o comprovado nos presentes autos, para que não exponha

outros consumidores à mesma situação de humilhação,

sofrimento e angustia que se submeteu a AUTORA.

Por último, requer a condenação do réu em custas judiciais e

honorários advocatícios, com fundamento no art. 133 da CF, art. 20 do CPC e

art. 22 da lei 8.906/1994, no percentual de 20% incidente sobre o valor da

condenação.

Pretende provar o alegado por todos os meios de prova em

direito admitidos, em especial prova documental, testemunhal e depoimento

pessoal das partes.

Dá-se à causa o valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais).

Termos em que,

Pede deferimento.

Natal/RN, 05 de agosto de 2013.

MICHAEL ANDREWS DE SOUZA SILVA

OAB/RN 10.916