(inicial) luciana nery x rn comercio varejista

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Av. Dos Ipês, 754, Neópolis 59080-115 NATAL RN Tel. 84 88011520 E-mail: [email protected] p.1 EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE PARNAMIRIM/RN [URGENTE] LUCIANA NERY PINHEIRO DE LIMA, brasileira, casada, assistente administrativo, inscrita no RG sob o n°. 1628082 ITEP/RN e CPF sob o n° 032.100.894-42, residente e domiciliada na Av. Maria Lacerda Montenegro, nº 339 (Apto 106 Conj. Guaira, bloco 06), Nova Parnamirim, CEP: 59.152-900 Parnamirim/RN, por seu advogado, infra-assinado, constituído mediante instrumento procuratório em anexo, com escritório profissional na Av. Dos Ipês, 754, Neópolis, CEP: 59.080-115 Natal/RN, onde receberá intimações, vem à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 42 da Lei 8.078/90, art. 927 do Código Civil e art. 273 do Código de Processo Civil, PROPOR AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS (COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA) Em face de RN COMERCIO VAREJISTA S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº. 13.481.309/0195-35, localizada na Rua Um, nº. 60 (Galpão anexo: Av. Geraldo rocha; parte nº 1400; Chacara Cotia), Arvoredo II, CEP: 32.113-500 Contagem/MG, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas;

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Av. Dos Ipês, 754, Neópolis 59080-115 NATAL RN Tel. 84 88011520 E-mail: [email protected] p.1

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE PARNAMIRIM/RN

[URGENTE]

LUCIANA NERY PINHEIRO DE LIMA, brasileira, casada,

assistente administrativo, inscrita no RG sob o n°. 1628082 ITEP/RN e CPF

sob o n° 032.100.894-42, residente e domiciliada na Av. Maria Lacerda

Montenegro, nº 339 (Apto 106 Conj. Guaira, bloco 06), Nova Parnamirim, CEP:

59.152-900 – Parnamirim/RN, por seu advogado, infra-assinado, constituído

mediante instrumento procuratório em anexo, com escritório profissional na Av.

Dos Ipês, 754, Neópolis, CEP: 59.080-115 – Natal/RN, onde receberá

intimações, vem à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 42 da

Lei 8.078/90, art. 927 do Código Civil e art. 273 do Código de Processo Civil,

PROPOR

AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

(COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA)

Em face de RN COMERCIO VAREJISTA S.A., pessoa jurídica de direito

privado, inscrita no CNPJ sob o nº. 13.481.309/0195-35, localizada na Rua Um,

nº. 60 (Galpão anexo: Av. Geraldo rocha; parte nº 1400; Chacara Cotia),

Arvoredo II, CEP: 32.113-500 – Contagem/MG, pelas razões de fato e de

direito a seguir expostas;

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I – PRELIMINAR DE MÉRITO

1. DA JUSTIÇA GRATUITA

A demandante pleiteia os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA,

assegurada nos termos do artigo 5º da Constituição Federal e das leis 1.060/50

e 7.510/86, em razão de se tratar de pessoa hipossuficiente, não tendo meios

de custear as despesas processuais e de arcar com um preparo de um

eventual Recurso Inominado sem prejuízo do sustento próprio ou de sua

família.

II – DA RESENHA FÁTICA

A priori, insta esclarecer que a demandante é pessoa idônea,

habituada a sempre honrar os compromissos por ela assumidos, sendo

conhecida, em todos os ambientes que frequenta por sua credibilidade e

confiabilidade.

No dia 09 de agosto de 2012, a demandante efetuou uma

compra no site de vendas online da demandada LOJAS INSINUANTE LTDA

(www.insinuante.com.br), sob o nº de pedido 8197048, o produto foi um

aparelho de DVD Player Automotivo de marca Philco (doc. 02), totalizando a

quantia de R$ 368,91 (trezentos e sessenta e oito reais e noventa e um

centavos), compra efetuada através do cartão de crédito HIPERCARD, sendo

dividido em 09 (nove) parcelas de R$ 40,99 (quarenta reais e noventa e nove

centavos).

O prazo estipulado unilateralmente pela demandada para

entrega do produto foi de 15 (quinze) dias úteis. Assim, a obrigação era de

entregar o aparelho até o dia 28 de agosto de 2012.

Após o prazo previsto para entrega do produto, a demandada

não realizou a entrega. Insatisfeita, a demandante entrou em contato com a

Empresa por inúmeras vezes, cobrando uma posição quanto ao produto

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comprado, tendo em vista que o pagamento já havia sido efetuado e que já

tinha se passado 3 (três) meses sem a entrega do produto.

Desse modo, a demandante pediu o cancelamento da compra

e o estorno dos valores já pagos, com também o cancelando dos descontos na

fatura com relação às prestações vincendas do aparelho.

Até a presente data não houve a devolução dos valores pagos

e, ainda, continua sendo descontado no cartão da demandante as prestações

(doc. 03), mostrando claramente o desrespeito da Empresa com a sua cliente,

somando até o momento 07 (sete) meses de angústia e espera.

Por fim, não resta alternativa se não o ajuizamento da presente

ação junto buscando socorro ao Judiciário, visto ter sido prejudicada

moralmente e financeiramente pela atitude ardilosa da demandada.

III – DA REPETIÇÃO DO INDÉBITO

Confere a Lei 8.078/90, diante do acontecido narrado acima,

que a demandante possui direito de receber não só a quantia paga, mas o

dobro de seu valor, conforme artigo 42, parágrafo único, no qual diz, in verbis:

“O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à

repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou

em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais,

salvo hipótese de engano justificável." (grifo próprio)

Eis que, a demandante foi lesada até a presente data em R$

286,93 (duzentos e oitenta e seis reais e noventa e três centavos), valor esse a

ser reconhecido e devolvido em dobro, totalizando a quantia de R$ 573,86

(quinhentos e setenta e três reais e oitenta e seis centavos).

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Ato contínuo, faz-se necessário demonstrar como o valor acima

foi trazido:

MÊS DE REFERÊNCIA: SETEMBRO/2012

Valor Devido: R$ 40,99 – 1ª Parcela

Valor em Dobro: R$ 81,98

MÊS DE REFERÊNCIA: OUTUBRO/2012

Valor Devido: R$ 40,99 – 2ª Parcela

Valor em Dobro: R$ 81,98

MÊS DE REFERÊNCIA: NOVEMBRO/2012

Valor Devido: R$ 40,99 – 3ª Parcela

Valor em Dobro: R$ 81,98

MÊS DE REFERÊNCIA: DEZEMBRO/2012

Valor Devido: R$ 40,99 – 4ª Parcela

Valor em Dobro: R$ 81,98

MÊS DE REFERÊNCIA: JANEIRO/2013

Valor Devido: R$ 40,99 – 5ª Parcela

Valor em Dobro: R$ 81,98

MÊS DE REFERÊNCIA: FEVEREIRO/2013

Valor Devido: R$ 40,99 – 6ª Parcela

Valor em Dobro: R$ 81,98

MÊS DE REFERÊNCIA: MARÇO/2013

Valor Devido: R$ 40,99 – 7ª Parcela

Valor em Dobro: R$ 81,98

VALOR TOTAL (REPETIÇÃO DE INDÉBITO) = R$ 573,86

Posto isso, postula coerentemente a demandante pela

procedência do pedido de Repetição do Indébito no valor de R$ 573,86

(quinhentos e setenta e três reais e oitenta e seis centavos), caracterizados

pelos fatos narrados.

IV – DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA

Em assim sendo, constante dos autos prova por demais

robusta a deflagrar a verossimilhança então inafastável da possibilidade

de dano, consistente na cobrança dos valores relativos ao produto, que

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por si só representa o periculum in mora exigido pela lei pátria, quer

solicitar deste benemérito juízo o deferimento da tutela antecipatória, até

que conheça esta lide sua sentença meritória.

A permitir o pleito ora intentado, dispõe o art. 273, da

Legislação Instrumental Civil, que:

Caput. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar,

total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no

pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se

convença da verossimilhança da alegação e:

I – haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil

reparação;

II – fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o

manifesto propósito protelatório do réu.

Como bem obtemperam NELSON NERY JUNIOR E ROSA

MARIA ANDRADE NERY, “embora a expressão ‘poderá’, constante do art.

273 do CPC, caput, possa indicar faculdade e discricionariedade do juiz,

na verdade constitui obrigação, sendo dever do magistrado conceder a

tutela antecipatória, desde que preenchidos os pressupostos legais para

tanto, não sendo lícito concedê-la ou negá-la pura e simplesmente. Para

isto tem o juiz o livre convencimento motivado (CPC 131): a)

convencendo-se da presença dos requisitos legais, deve o juiz conceder

a antecipação de tutela; b) caso as provas não o convençam dessa

circunstância, deve negar a medida. O que o sistema não admite é o fato

de o juiz, convencendo-se de que é necessária a medida e do

preenchimento dos pressupostos legais ainda assim negue-a”.

A tutela antecipatória, que não se confunde com as medidas de

natureza assecuratórias e de índole cautelar - pode ser concedida sem que se

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faça mister proceder a uma cognição exauriente, pois que, de acordo com o

novo regramento processual, estará o juiz autorizado a antecipar os efeitos da

tutela pretendida no pedido inicial, de forma satisfativa, quando o direito é

evidenciável prima facie, prescindido da realização de uma instrução probatória

tradicional. "Na prática, a decisão com que o juiz concede a tutela

antecipada terá, no máximo, o mesmo conteúdo do dispositivo de

sentença que concede a definitiva e a sua concessão equivale, mutatis

mutandis, à procedência da demanda inicial – com a diferença

fundamental representada pela provisoriedade."

Destarte, sendo já esta medida de profusa utilização dentro da

sistemática jurídica pátria, admitida pelos mais renomados juristas nacionais,

em entendimento expressado em único som e acertadamente, impende que

este juízo, mediante antecipação da tutela jurisdicional pretendida nos autos,

determine que a demandada realize o cancelamento das parcelas

vincendas relativos ao pedido nº. 8197048, bem como, restituir

imediatamente a demandante o valor de R$ 286,93 (duzentos e oitenta e

seis reais e noventa e três centavos), em dobro (repetição do indébito),

totalizando a quantia de R$ 573,86 (quinhentos e setenta e três reais e

oitenta e seis centavos), acrescida de correção monetária desde 09/08/2012

e juros de mora à razão de 1% (um por cento) ao mês, nos moldes do artigo

405 do CC.

1. DA OBRIGAÇÃO DE FAZER (MULTA PENAL)

Em sendo deferido o pedido de antecipação de tutela, requer

que seja assinalado prazo para que a demandada faça o cumprimento da

ordem judicial.

Ainda, na mesma decisão, ainda que provisória ou definitiva,

requer a demandante, que seja fixado o valor de multa penal por dia de

atraso ao cumprimento da ordem, com base no art. 644, cc. art. 461, ambos

do CPC, com as introduções havidas pela Lei nº 10.444, de 07.05.2002.

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V – DOS DANOS MORAIS

Por definição, o artigo 927 do Código Civil impõe que “todo

aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-

lo”.

Por seu turno, o Código de Defesa do Consumidor, dispõe que

“o fornecedor de serviço responde, independentemente da culpa, pela

reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à

prestação dos serviços”.

Sobre esse tema, Antônio Herman de Vasconcelos e Benjamin,

afirmou que “como é próprio do dano moral, o valor da indenização há que

ser substancial, pois do contrário não cumpre o seu papel preventivo de

dissuadir o infrator a praticar condutas futuras similares. A

exemplaridade norteia o regramento do dano moral, em mais razão em

situações onde o violador é poderoso e a vítima é considerada parte

vulnerável, bem como quando as condutas infrativas são reiteradas,

afetando há um só tempo milhares de vítimas, como somente uma

centelha destas buscando remédio judicial.”

Já Araken de Assis, em julgamento de Apelação já decidiu que:

“O magistrado em nenhuma hipótese, deverá se mostrar complacente

com o ofensor contumaz, que amiúde reitera ilícitos análogos. E a

severidade despontará da necessidade de desestimular a reiteração do

ilícito”.

A caracterização do Dano Moral começou diante do descaso

promovido pela empresa demandada, quando recebeu a quantia total que é

repassada pela financeira do cartão de crédito e não enviou o produto

requerido; já que a demandante SEMPRE demonstrou ser amistosa e paciente

com a demandada. Porém, a recíproca não é verdadeira!

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Ora Douto(a) Julgador(a), o fato é que a empresa demandada

se eximiu da sua responsabilidade que era de entregar o DVD Player

automotivo. Tal conduta se mostra revestida de flagrante abusividade,

apresentando-se como desleal, motivo pelo qual deve ser repelida por

intermédio da condenação em danos morais.

Corroborando com tudo o que foi exposto, o entendimento do

aresto seguinte demonstra a caracterização, senão vejamos:

“EMENTA: DANO MORAL PURO. CARACTERIZAÇÃO.

Sobrevindo em razão de ato ilícito, perturbação nas

relações psíquicas, na tranquilidade, nos sentimentos e

nos afetos de uma pessoa, configura-se o dano moral,

passível de indenização. Recurso Especial conhecido e

provido”. (REsp n° 8.768 - SP – J. 18/02/1992 - Relator: Min.

Barros Monteiro) (g. n.)

Cabe colecionar outro entendimento que segue a mesma linha

do antecessor:

“EMENTA: Danos morais. Os danos puramente morais são

indenizáveis”. (Ap. 31.239 - 2ª C. - J. 14.8.90 – Relator: Des.

Eduardo Luz) (g. n.)

Por fim, a reparação do dano moral já se tornou pacífica,

independentemente de qualquer repercussão econômica que ele tenha

produzido, admitindo-se até a acumulação de ambos se este último também

ocorrer (Súmula nº 37 do STJ). DESSA FORMA, OCORREU A ATITUDE

ILÍCITA DO SITE RN COMERCIO VAREJISTA (INSINUANTE). A

REPARAÇÃO DOS DANOS CAUSADOS É CABÍVEL NESTE CASO EM

COMENTO, POIS, CONFORME MENCIONADO, A DEMANDANTE SEMPRE

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ADIMPLIU COM SUAS OBRIGAÇÕES. REQUER ASSIM A PROCEDÊNCIA

IN TOTUM DOS PEDIDOS ARGUIDOS NA INICIAL.

Vi – DA INVERSÃO DOS ÔNUS DA PROVA

A demandante apesar de acostar nos autos provas que

acreditem serem suficientes para a demonstração da verdade dos fatos ora

narrados, para a condução deste exímio Juízo para a formação de seu livre

convencimento, protesta pela Inversão do Ônus da Prova, pois considera ser a

medida da boa administração da justiça e do exercício de seus direitos,

conforme disposição no Código de Defesa do Consumidor:

Art. 6º. (...)

VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com

a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo

civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou

quando for ele hipossuficiente, segundo as regras

ordinárias de experiências; (g. n.)

No presente caso, conforme os documentos carreados, tanto é

verossímil a alegação da demandante, bem como resta demonstrada a sua

hipossuficiência, não cabendo, assim, a aplicação do inciso I do artigo 333 do

Código de Processo Civil, por prestígio ao Principio da Especialidade das Leis.

Desta maneira, por serem verossímeis as alegações da

demandante, conforme as provas conduzidas aos autos, e pela condição de

hipossuficiência em relação à Empresa, é a presente para que se inverta o

ônus da prova, em benefício da demandante.

VII – DO PEDIDO

Diante de todo o exposto, requer a demandante que Vossa

Excelência se digne de:

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a) Conceder os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA,

assegurada nos termos do artigo 5º da Constituição Federal e das leis 1.060/50

e 7.510/86, em razão da demandante se tratar de pessoa hipossuficiente, não

tendo meios de custear as despesas processuais e de arcar com o preparo de

um eventual Recurso sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família;

b) Que Vossa Excelência se digne a determinar a CITAÇÃO

DA DEMANDADA à audiência conciliatória, nos termos do art. 18, § 1º, da Lei

9.099/95, para, querendo, contestarem a ação no prazo legal, se assim

entenderem conveniente, sob pena de revelia ou confissão ficta prevista no art.

20 da Lei 9.099/95 e 319 do CPC em caso do não comparecimento,

concedendo ao final, a procedência integral do pedido;

c) Conceder, nos termos do art. 6º, inc. VIII do CDC, a

inversão do ônus da prova em favor da demandante, por ser a parte mais

frágil, sobretudo pelas alegações e provas carreadas aos autos, acolhendo as

razões acima explicitadas com o deferimento do comando liminar da

antecipação da tutela, para que a demandada realize o cancelamento das

parcelas vincendas relativos ao pedido nº. 8197048, bem como, restituir

imediatamente a demandante o valor de R$ 286,93 (duzentos e oitenta e

seis reais e noventa e três centavos), em dobro (repetição do indébito),

totalizando a quantia de R$ 573,86 (quinhentos e setenta e três reais e

oitenta e seis centavos), acrescida de correção monetária desde 09/08/2012

e juros de mora à razão de 1% (um por cento) ao mês, nos moldes do artigo

405 do CC, ainda, que seja fixado o valor de multa penal por dia de atraso

ao cumprimento da ordem;

d) Ao final, Julgar a presente ação PROCEDENTE in totum,

confirmando os efeitos da tutela antecipada;

e) Por fim, a condenação ao pagamento da indenização a

título de Danos Morais no valor de R$10.000,00 (dez mil reais), dentro da

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teoria do valor de desestímulo, ou seja, “quantum” que faça a

DEMANDADA refletir e tomar todas as precauções possíveis, antes de

repetir novos ilícitos, como o comprovado nos presentes autos, para que não

exponha outras pessoas à mesma situação vexatória e humilhante que se

submeteu a DEMANDANTE.

Por último, requer a condenação da demandada em custas

judiciais e honorários advocatícios, com fundamento no art. 133 da CF, art. 20

do CPC e art. 22 da lei 8.906/1994, no percentual de 20% incidente sobre o

valor da condenação.

Pretende provar o alegado por todos os meios de prova em

direito admitidos, em especial prova documental, testemunhal e depoimento

pessoal das partes.

Dá-se à causa o valor de R$ 10.573,86 (dez mil quinhentos

e setenta e três reais e oitenta e seis centavos).

Termos em que,

Pede deferimento.

Natal/RN, 16 de março de 2013.

MICHAEL ANDREWS DE SOUZA SILVA

OAB/RN 10.916