iniciação na umbanda

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DESCRIÇÃO DE COMO SE INICIA NA UMBANDA.

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  • INICIAO NA UMBANDA

    Esse incio acontece de forma parecida para a maioria das pessoas.

    Geralmente o mdium vai a uma sesso de umbanda e recebe a

    informao de que mdium e precisa colocar roupa. Os guias

    costumam usar o termo colocar roupa que significa passar a

    freqentar as sesses de umbanda usando a tradicional roupa branca.

    Ento, surge aquele dvida. Devo ou no colocar roupa?

    Essa dvida muitas vezes surge por temer algo que no se conhece, e

    tambm por experincias negativas de outras pessoas. Pois

    infelizmente h pessoas que se tornam umbandistas por algum

    interesse e quando no conseguem aquilo que almejavam, abandonam

    tudo e se tornam evanglicas, inventando mentiras em relao

    umbanda e criando mitos inexistentes na religio.

    Quando comecei na umbanda,aos 16 anos,sempre escutava os mais

    velhos dizendo: muita responsabilidade,se entrar no pode nunca mais

    sair,e assim as pessoas acabam at ficando amedrontadas,pois iniciar

    algo em que no se pode sair sob o risco de sofrer algum castigo com

    certeza um pouco amedrontador.Mas na verdade no assim, que

    ao criar um vnculo com as entidades,voc passar a ter um elo e eles

    estaro prximos voc,iro esperar pela sua presena e pela sua

    dedicao.Voc vai passar a fazer parte do culto,participar de

    preceitos,e se de uma hora para outra,abandonar tudo,os guias podem

    sim cobrar o seu comparecimento,ou s suas obrigaes.No se trata

    de castigo,nem de nunca mais poder sair,cada caso um caso e se voc

    ir ou no sofrer alguma cobrana vai depender dos motivos que te

    levaram a se afastar.

    As pessoas precisam em primeiro lugar saber que a umbanda uma

    religio de respeito e no uma baguna.Muitos incorrem no erro de

    colocar roupa para conseguir algo e quando no conseguem

    simplesmente abandonam,como se fosse uma roupa ou sapato que j no

    se quer usar.

  • O princpio da umbanda a caridade.Voc passar a ser um canal

    atravs do qual os seus guias passaro a fazer a caridade,ajudando

    todo aquele que for em busca de algum auxlio ou amparo.No pense

    que por ter uma pomba-gira ter os homens aos seus ps,ou por cuidar

    de um exu nunca mais ser enganado,roubado ou sofrer qualquer

    mal.Isso outro erro,pois voc s ter aquilo que estiver no seu

    caminho e tiver que ser seu.Os guias e orixs ajudam sim,no h

    dvida,mas preciso fazer por merecer e buscar aquilo que se

    deseja,com luta e determinao.Aquele que pensa que por ser

    umbandista ter algum poder extraordinrio est enganado

    No incio o mdium passa por um desenvolvimento,onde os guias muitas

    vezes no vm,apenas deixam o mdium tonto ou o fazem balanar,e

    noutras incorporam mas no falam,e nem do consultas.Pouco a pouco

    os guias passaro a vir de forma diferente,e tambm iro falar e

    conversar com as pessoas falando o seu nome e as suas

    preferncias.No acontece sempre assim.Muitas pessoas quando

    iniciam,ficam confusas pois pode ser pois que os guias deixem o mdium

    semi consciente,ou at consciente,mas isso no significa que ele no

    esteja incorporado.

    preciso sempre conversar com o pai ou me de santo e tirar todas as

    suas dvidas.

    Com certeza o que preciso ter o corao aberto,e amar a

    umbanda,pois para mim no h maior prazer do que poder colocar a

    minha cigana,meus caboclos exus e minha vov e as minhas entidades

    para trabalhar,pois os amo de paixo. muito gratificante poder ajudar

    ao prximo,e a umbanda para quem sabe am-la e respeita-la sem

    dvida,maravilhosa.

    Muita gente no sabe, mas curiosamente, a Umbanda, assim como o

    Catolicismo, possui Sacramentos bem definidos, e incusive apresentam

    3 Sacramentos em comum. So eles: o Batismo, o Casamento, e o

    Funeral. Uma diferena, porm, que o Casamento da Umbanda pode

  • ser realizado para qualquer casal, mesmo que no sejam adeptos da

    Umbanda.

    Outros Sacramentos da Umbanda compreendem os seguintes rituais:

    Amaci,Confirmao, Feitura ou iniciao, e demais rituais referentes

    ao grau de iniciao do adepto.

    O ritual de iniciao um passo muito importante e definitivo para as

    Crenas de matrizes africanas, das quais so adeptas muitas pessoas

    no Brasil. Para aquele que adepto da Umbanda, a iniciao

    traz inmeros benefcios em sua vida, e pode melhorar a vida de

    pessoas ao redor. No texto de hoje, entenda como funciona o ritual de

    iniciao nestas religies.

    Umbanda feitura de cabea:

    Este nome pode parecer estranho, no primeiro momento, mas chama-

    se feitura da cabea, ou fazer a cabea o ritual para preparar a

    mente do iniciante para a entrada do Orix/Inkice. Para a feitura de

    cabea o iniciado afastado por um perodo que pode variar entre trs

    e sete dias.

    Outra passagem importante para iniciar na Umbanda ou Candombl o

    abi. Chama-se abi a parte do ritual que o novato escolhe seus trajes

    para a passagem, tambm importante salientar o zimbo, dinheiro que

    dado para transmisso do ax.

    O ritual segue com vrios momentos de limpeza espiritual, um

    momento importante onde o ser livra-se desse mundo pecaminoso e

    profano, a vai em direo ao mundo prprio para iniciantes. Este ritual

    se chama bolan.

    Aps 21 dias, acontece uma festa muito importante e bonita, chamada

    Orunc, Nesta festa o novo membro apresentado a todos, l eles

    usam as melhores roupas e recebem ilustres visitas.

  • No dia seguinte, acontece outra festa, chamada quitanda de er, o

    indivduo possui conscincia infantil, brinca, ganha presentes. Esta

    parte importante para ele retomar suas atividades com o mundo

    normal, e no entrar em choque com seu Orix/Inkice

    Terminada a festa, o iniciado pode viver em paz com seu Orix e agora

    s precisa seguir preceitos. Os preceitos vo de roupas, usar apenas

    roupas brancas e caracterizao igual a seu Orix, at preceitos de

    comportamento fazem parte dessa fase do ritual, que extremamente

    importante.

    Com o passar do tempo, mais rituais comeam a aparecer e aquele

    membro comea a ter posies maiores, maiores energias e

    responsabilidades. Os dons que o iniciado possui comeam a se

    desenvolver, e por isso necessrio que seu comprometimento e

    envolvimento com a casa e com a comunidade seja cada vez maior.

    A Coroao um bom exemplo disto. um ritual realizado para aqueles

    que j passaram pelo ritual de iniciao e que desejam trabalhar como

    zeladores da casa. Este trabalho deve ser feito juntamente com o pai

    pequeno da casa.

    No Candombl, diferentemente do que vemos na Umbanda, todas as

    pessoas j possuem seu santos na cabea, porm no so obrigados a

    fazer o ritual de iniciao, caso tenham grande mediunidade.

    UMBANDA CRIST:

    Omolub, depois de muitos anos de pesquisa, visitar terreiros e

    estudar uma maneira de o mdium ter conhecimento dos passos no

    umbanda, criou sete passos iniciticos ( que hoje usado em vrios

    terreiros ) para a formao sacerdotal do mdium.

  • Sabemos que como dizia Zlio de Moraes o mdium no cabide de

    guias, ento cada guia nasce de uma obrigao.

    O mdium pode ter ainda uma guia de seu caboclo ou preto velho, mas

    todas vem de uma obrigao.

    Rito individual:

    O Rito do Mdium da Casa Branca de Oxal inicia-se no momento em

    que ele se decide a fazer parte da corrente; a vigilncia, o cuidado,

    com as entidades que com ele trabalham, o cuidado consigo mesmo

    observando sempre a higiene corporal, a ateno com sua sade fsica,

    mental e

    Espiritual. - Tomar sempre um banho de descarrego antes das reunies

    e principalmente ter a vontade interior de prestar algum AUXLIO ao

    prximo.

    O caminho inicitico: de livre e espontnea vontade que o mdium se

    inicia na Umbanda. No deve nunca haver presses, nem medos e

    supersties; muito menos promessas que possam despertar no mdium

    vaidades e anseios de poder ou de milagres.

    Iniciao, no nosso contexto, quer dizer caminhar para dentro, ou seja,

    conhecer-se melhor. O iniciando , portanto, aquele que decidiu

    caminhar para dentro de si mesmo, em busca da sua verdade.

    Existem 7 passos iniciticos.

    Quatro deles ns chamamos de iniciaes essenciais, ou seja, aquelas

    que so determinadas pelos Zeladores da Casa e que os mdiuns, para

    freqentar a Casa, tm que faz-las.

    1- Vinculao - Aps o mdium tomar conhecimento das Normas do

    Terreiro. a ligao oficial do Mdium a Casa e de suas entidades

  • Casa Branca de Oxal. As Entidades e o mdium passam a fazer parte

    da Egrgora da Casa Branca. O que no quer dizer que ele est preso

    casa, pois Religio antes de tudo liberdade de escolha, mas a partir

    do momento da Vinculao tem determinadas responsabilidades a

    cumprir. Essas responsabilidades continuam at o momento em que ele,

    o mdium,

    por deciso prpria no mais quiser freqentar a casa. Nesta iniciao

    o mdium ganha a Guia da casa, de lgrimas de Nossa Senhora,

    determinada pelo Guia chefe da Casa, Pai Joaquim de Angola.

    OBS: O mdium s ser vinculado com a autorizao de Pai Joaquim.

    2- Ex / Pomba Gira - a ligao oficial do Ex / Pomba Gira do

    Mdium corrente dos Exs Pombas Giras da Casa, tendo a

    responsabilidade de zelar e guardar os mdiuns. No caso do mdium

    no ter ainda seu Ex ou Pomba Gira manifestado ele far a iniciao e

    ter como padrinho(digamos assim) um Ex ou Pomba Gira que j est

    vinculado a Casa ou um dos Exs ou Pomba Gira dos Zeladores. Nesta

    iniciao o mdium ganha a guia de Ex ou Pomba Gira.

    OBS: O mdium s ser vinculado com a autorizao de Pai Joaquim.

    3- Amac - no espao de 7, 14 ou 21 dias aps a Iniciao de Ex. um

    banho de purificao destinado a Aura, ou corpo Astral e

    principalmente cabea do iniciando. As ervas so maceradas e ficam

    em repouso na gua. So molhadas as partes essenciais do Mdium, ou

    seja, a cabea para que ele tenha sempre bons pensamentos, as mos

    para que ele sempre saiba fazer o bem, e os ps, para que ele saiba

    onde caminhar e se conduzir com pureza e dignidade.

    4- Oxal - a harmonizao que cada mdium faz com a Energia deste

    Orix. Com isto ele recebe a guia de Oxal terminando assim as

    iniciaes compulsrias ou essnciais.

  • A partir da a escolha de continuar do mdium ou de seus Guias.

    OBS: O mdium far a iniciao com a autorizao de Pai Joaquim.

    5- Dois Orixs: a harmonizao de cada mdium com as energias dos

    seus dois Orixs ( Os que ele tem mais afinidade fludica , espiritual e

    energtica) Nesta iniciao o mdium ganha as guias de seus dois

    Orixs.

    6- Sacerdcio - a harmonizao do Mdium com os doze Orixs, seu

    compromisso de servir a Umbanda, ou numa necessidade substituir os

    Zeladores da Casa. Tem a permisso e o respeito do Campo Astral, das

    Almas, para dirigir coordenar e assumir de Fato e de Direito, um

    Templo Umbandista.Nesta Obrigao o Mdium ganha a guia

    Sacerdotal.

    OBS.: Para essa iniciao existem critrios que sero conhecidos

    posteriormente.

    7 Confirmao Sacerdotal Sete Anos aps o Sacerdcio.

    INICIAO NA UMBANDA

    Muito nos questionam sobre iniciao de Umbanda mas o que podemos

    revelar servir como guia para muitos.

    Poderiamos explanar bastante sobre o tema mas tornaria o texto

    pesado e cansativo com pouca absoro final e como o astral vela pela

    simplicidade queremos que gravem as seguintes diretrizes:

    1 - Somente as pessoas que nasceram destinadas a iniciao na

    Umbanda que podem alcanar essa meta pois a condio incial para a

    iniciao na Umbanda ter um mestre no astral sendo que seu grau

  • iniciativo relativamente proporcional ao alcance espiritual dessa

    entidade. ( criana, caboclo ou pai-velho )

    2 - Se a pessoa atender a condio inicial dever realizar o

    adestramento mediunico que via de regra dever ser efetuado por

    pessoa habilitada, ou seja, voc tem que ser filho de santo antes de

    ser pai, tem que frequentar um terreiro e aprender no minino como

    invocar o astral da forma correta e conhecer m profundidade o astral

    ou as entidades que lhe assistem no mediunismo.

    3 - Aps todas preparaes devidas e com o tempo seu mestre

    espiritual ( entidade ) lhe direcionar para os passos seguintes de sua

    iniciao que consiste inicialmente em se auto-conhecer e se auto-

    aperfeioar, ou seja, no basta decorar 20 livros que no ser iniciado,

    ser sim um bom terico.

    4 - Outra coisa muitos andam fazendo nome esoterico com formulas a

    partir da do nome de batismo e dados arqueometricos mas, no pensem

    que isso nome iniciatico. Nome iniciatico aquele que te vincula ao

    seu mestre superior do astral e s ele pode te revelar .

    Enfim, iniciao na Umbanda o reencontro com seu mestre espiritual

    e isso se reflete na prtica como virtudes que qualquer um pode notar

    que so a humildade, a simplicidade, a pureza. O amor e a sabedoria que

    so inerentes aos grandes espiritos por isso irmo, como j falei, se

    buscas a inciaio busca primeiro sua reforma interior porque a base

    de tudo !

    Existe muita mstica com relao a preparao medinica porque as

    diferentes escolas espiritualista ou esotricas de todas denominaes

    utilizam de metdos diversos de iniciao segundo suas afinidades

    filosficas por isso respeitamos aqueles que seguem ritos esotricos,

    Umbanda dita pura, aqueles que seguem Omoloko, etc... mas alertamos

  • aos irmos que pautem pela lgica e no se submetam a ritos esdrxulos

    frutos de mentes doentias.

    Precisamos sanear o meio espiritualista pois, assim como em diversas

    filosofias e religies, nosso meio est infestado de mercenrios e

    pessoas que no tem um compromisso com o astral superior. Fujam de

    pessoas que ofeream milagres:

    a verdadeira iniciao se d no plano astral e o verdadeiro iniciado j

    traz essa condio de modo que s ele que manifestar os dons

    relativos a sua misso espiritual. No temam pessoas que ameaam de

    amarrar seu 'anjo de guarda', santo ou guia.. se voc no se submeter

    a elas.

    No aceite erros por subordinao pois voc estar carregando seu

    karma, ningum, repito nenhum encarnado tem poder sobre as

    verdadeiras entidades espirituais, se apegue a elas que voc ter

    sucesso em sua empreitada espiritual, s elas podem lhe suprir de suas

    necessidades, s elas podem lhe conduzir a sua libertao de

    conscincia, elas so seus ancestrais e esto com voc apenas para

    auxilia-lo e para auxiliar as pessoas que vieram at voc.

    Portanto, no seja marionete do sub-mundo encarnado e desencarnado

    e tenha em base essas idias para escolher um templo ou um sacerdote

    para auxilia-lo em sua misso de encontro com seu mentor espiritual.

    Guardio de ogum

    Mdiuns rituais de iniciao

  • Mdiuns Coroados

    So aqueles que passaram por todos os rituais de Iniciao de nosso

    Templo, tornando-se um Ia, um conhecedor do segredo. Seus Orixs

    de cabea j foram plenamente estabelecidos e seu Guia-Mentor foi

    identificado. O Guia-Mentor a Entidade maior que acompanha um

    mdium, foi aquele que assumiu o compromisso de zelar por aquele filho

    e por sua caminhada espiritual. Todas as Entidades que trabalham

    atravs de um mdium, por exemplo, seguem as orientaes do Guia-

    Mentor. Sua relao com o mdium deve ser a mais estrita possvel e a

    entrega desse mdium em suas mos seria o clmax do desenvolvimento

    medinico. A partir desse momento, o mdium teria alcanado a

    maturidade e deveria caminhar com mais fora em suas prprias

    pernas. At a Coroao, o Guia-Mentor de todos os membros da

    corrente medinica ser o Caboclo do Sol e da Lua, ser ao qual o Guia

    de cada um entregou o preparo inicial do mdium que ser devolvido

    somente quando do ritual de Coroao.

    Lembramos que o mdium coroado no alcanou ainda o estgio de

    Babalorix ou Ialorix. Muitos no caminharo no sentido da

    independncia, continuando ligados nossa Casa e ao nosso Babalorix.

    Aquele que desejar ter seus prprios filhos dever passar por outros

    rituais. importante entender que a Coroao no santifica o mdium

    ou o torna plenamente realizado. Ela seria o primeiro passo na

    caminhada espiritual legtima de um buscador sincero. Todos os anos

    que o filho se prepara em direo Coroao sero os anos iniciais em

    sua vida espiritual, mesmo que a mesma j venha sendo vivida em

    inmeras vidas passadas. O mdium coroado como o adolescente. No

    deve pensar que possui um grau de sabedoria superior aos outros como

    o jovem que se considera lder em meio a crianas. Ainda dever trilhar

    outros caminhos para se aprofundar em sua caminhada.

    O ritual de Coroao, tambm chamado por ns de Deitada de Sete

    Anos, uma vez que seu tempo mdio de realizao ser sete anos aps

    a entrada do mdium na corrente medinica, a consagrao do

  • mdium que chega maturidade. Ritual regido pelo Orix Oxum,

    demonstra esse carter conforme j foi dito, comparvel chegada da

    criana a adolescncia partir do nascimento metafrico de seus

    Orixs de cabea. Ser seguido de outros rituais, outras Deitadas e

    Reimantaes que continuaro o preparo do mdium. Sete anos aps a

    Coroao, o mdium Iya passar por outro ritual ainda mais profundo

    a partir do qual ser considerado um Ebomi, estando pronto para ter

    sua prpria Casa e seus prprios filhos. Esse ritual seria regido pelo

    Orix Yans, smbolo da maturidade e entrada na vida adulta. Em

    contraste com o carter maternal de Oxum, Yans representa aquela

    energia que nos lana ao mundo em busca de novas conquistas munidos

    de nossa coragem e nossos conhecimentos adquiridos com o tempo.

    Seria a maioridade legal alcanada pelo mdium que agora chega vida

    espiritual adulta.

    Mediuns Feitos

    Feitos so os mdiuns que j passaram por todas as etapas ritualsticas

    preparatrias Coroao. Tero essa condio aqueles que

    participaram da chamada Deitada para Pai e Me, tambm chamado

    Bor de Pai e Me, ritual no qual sero firmados os Orixs que regem a

    citual seria regido pelo Orix Irtidamente, seus filhos.cizados, ou seja,

    carregados de muita emo forma a se europeizar o cultooroa do filho,

    preparando-o no sentido do nascimento dos Orixs. Dentro da analogia

    proposta no captulo dos Orixs, a deitada em questo seria o primeiro

    exame realizado pelo mdico no qual o beb se manifestaria. Aqui,

    verificam-se as qualidades e as condies em que se encontra aquele

    ser como em um ultra-som. Antes de deitar para Pai e Me, o mdium

    j ter realizado o ritual de Deitada para Exu, no qual ser feita a

    preparao do Exu Guardio (Bara) do mdium, aquela energia que nos

    protege os corpos durante nossa vida encarnados. Antes ainda o

    mdium ser batizado, ritual simblico de aceitao da Egrgora da

    Casa perante o filho que se apresenta.

  • Assim, o mdium feito j foi batizado, j tem seu Exu Guardio (Bara)

    devidamente assentado e j realizou o ritual de Imantao dos Orixs

    de sua coroa. Seu processo de Iniciao ser finalizado com a futura

    coroao devendo, at essa realizao, ficar o mdium aberto a todos

    os ensinamentos que ainda dever reter para se tornar um Ia. Deve

    livrar seu corao de qualquer sinal de prepotncia ou vaidade, grandes

    inimigos de qualquer um que caminhe na nossa Umbanda. Tendo chegado

    to longe no seu processo em nossa Casa, no deve agora ceder perante

    os desafios apresentados. Deve vencer todos os obstculos

    enfrentados, eliminar as dvidas e preparar as condies e a

    maturidade necessrias Coroao.

    Mdiuns Prontos

    Pronto ser todo mdium da corrente que concluiu seu processo de

    educao medinica. A partir desse momento, ele poder servir como

    instrumento aos trabalhos de forma mais harmnica e de acordo com

    as determinaes do Babalorix. Nem todo mdium ter papel de

    trabalhar incorporado, podendo o mdium pronto atuar em qualquer

    trabalho para o qual for designado. Um mdium cambono pronto

    certamente viabilizar o trabalho da Entidade de uma forma mais

    perfeita que aquele que ainda est, como dizemos, em desenvolvimento.

    No temos um ritual especfico que determina que o mdium est

    pronto, ficando esta determinao a cargo do Bab. Esse mdium no

    necessariamente concluiu este ou aquele ritual e pode, em certos

    casos, ser declarado pronto j na entrada na corrente. Alguns possuem

    um passado de prticas espirituais que j determinam um desempenho

    medinico perfeito no necessitando de educao nesse sentido. No

    se deve, no entanto, deixar que essa considerao afete a caminhada

    do mdium em direo Meta Final. No podemos nos esquecer que a

    religio no um substituto aos dramas sociais e no deve o mdium

    buscar glria ou fama com seu trabalho. Aquele que se deixa levar por

  • honrarias transitrias nunca alcanar a Realizao Plena. Nenhuma

    coroa ou declarao do Babalorix pode substituir o desejo sincero e

    a humildade que devem sempre habitar os coraes dos umbandistas

    verdadeiros.

    Mdiuns em desenvolvimento

    Estes mdiuns so aqueles que esto em estgio de aprendizado em

    relao manifestao de sua mediunidade. No podem ser vistos ou

    tratados com desdm por quem quer que seja, uma vez que o processo

    de todos deve comear aqui. Ningum nasce pronto e mesmo aquele que

    possui total controle e conhecimento de sua mediunidade deve saber

    nutrir a humildade que possibilita o verdadeiro aprendizado.

    Nossa Casa prima por um desenvolvimento aprofundado dos mdiuns da

    corrente. Assim, diferentemente de outras casas nas quais uma pessoa

    que apresente incorporao aparentemente perfeita poderia ser

    imediatamente designada para os trabalhos de consulta, ns buscamos,

    com pacincia, o ensino correto dos primeiros passos de qualquer

    pessoa dentro da nossa Umbanda. Algumas crianas andam antes que

    outras mas vital que o aprendizado no se transforme em corrida ou

    busca por mrito. Preferimos que uma criana demore mais a caminhar

    mas o faa de forma correta, possibilitando faz-lo com firmeza por

    toda a sua vida. De que nos valeria apressar os passos de quem quer

    que seja, deixando de formar a base firme sobre a qual aquela pessoa

    caminhar por toda a vida? Muitos, em nome da pressa, acabam gerando

    mdiuns que aparentemente caminham bem mas que podero

    desenvolver problemas nas pernas futuramente por vcios de postura

    ou condies similares. Sabemos o quo complexo caminhar. No o

    fazemos somente com as pernas mas sim com todo o corpo fsico.

    Caminhando que o ser humano se distingue de todos os outros de

    nosso planeta mas no deve se enganar aquele que move corretamente

    suas pernas. Se a pessoa no souber coordenar as pernas, os braos e

    talvez o mais importante, a coluna, no poder caminhar sem prejuzos

  • futuros para seu corpo. Essa metfora do aprendizado do caminhar nos

    serve para compreender o valor que damos educao medinica.

    Por isso no apressamos a educao de quem quer que seja e esperamos

    que o mdium tenha total confiana na orientao do Babalorix, como

    a criana que confia em seus pais, sem iluso de independncia ou

    prepotncia, compreendendo a importncia vital de um perfeito

    desenvolvimento e educao medinicos no futuro de toda a caminhada

    daquela pessoa.

    Os Ogs

    So os responsveis por interagir com os Atabaques durante os

    trabalhos. Sua atuao deve seguir a orientao da Entidade dirigente

    e ainda a hierarquia existente entre eles prprios. O trabalho de todos

    no ritual depende de sua atuao e para isso eles tambm passam por

    um longo processo de aprendizagem antes de assumirem a

    responsabilidade de lidar com esse vital elemento ritualstico. Muito

    acerca do papel do Og ser esclarecido quando falarmos sobre a

    funo dos Atabaques no ritual. Tambm o Og no deve permitir o

    surgimento em seu corao de qualquer sentimento de arrogncia ou

    prepotncia. Eles tambm trabalham, completamente entregues, com a

    finalidade comum de possibilitar ou facilitar toda manifestao mgica

    e medinica.

    Sendo membros da corrente, os Ogs tambm tem como objetivo final

    a plena realizao de sua espiritualidade e no devem se perder no

    caminho em busca de glrias passageiras ou protagonismos

    incoerentes. Ningum pode querer brilhar de forma destacada na

    nossa Umbanda. Nossos Ogs ainda devem lidar com esses desafios de

    forma mais viva uma vez que os Atabaques, por mais que sua funo

    seja vital e imprescindvel, no devem assumir nenhum destaque no

    ritual. No estamos assistindo a um concerto de percusso e a

    finalidade deles tambm de medianeiros, possibilitando a

    manifestao, em nosso plano, de condies muito maiores que nossa

  • compreenso limitada pode, por vezes, abarcar. Que os Ogs possam

    sempre manter sua dignidade e sua perfeita compreenso da misso

    que possuem em todos os rituais em nossa Casa. Que sua luz viabilize

    os trabalhos e que no haja desarmonia em sua atuao, funo to

    importante para todos mas tambm um caminho seguro de

    desenvolvimento espiritual para aquele que no se deixa vencer pelos

    desafios do condicionamento e da vaidade humanos.

    Os Cambonos

    Cambono o mdium designado para auxiliar uma Entidade em qualquer

    trabalho. um ponto de apoio material daquele ser que atua

    incorporado. O cambono tem funo vital no ritual umbandista e

    muitas Entidades se recusam a realizar qualquer tipo de trabalho sem

    a presena do cambono. Ele orienta os consulentes e viabiliza a consulta

    intermediando a Entidade quando ela necessitar. Algumas vezes a

    pessoa da assistncia no est familiarizada com a forma de falar da

    Entidade ou mesmo com alguma determinao dessa que pode no ter

    ficado clara. Cabe ao cambono esclarecer qualquer dvida tanto do

    consulente quanto da Entidade sem, no entanto, interferir nos

    trabalhos.

    Nunca dever, o cambono, assumir o papel de orientador ou conselheiro

    durante a consulta. Seria absurdo aquele que desempenha papel de

    ajuda e servio numa gira tomar a frente da Entidade em relao a um

    consulente. Situao hilria mas muitas vezes testemunhada, estando

    a prpria Entidade calada, possivelmente a entender com compaixo o

    impulso egico do mdium, enquanto o cambono se pe a tagarelar com

    o consulente. O papel do cambono sutil. Deve compreender seu

    carter imprescindvel na realizao de qualquer trabalho mas

    permanecer atuando nos bastidores, sem desejos de protagonizar

    qualquer feito e mantendo sempre a humildade acima de tudo.

    Nunca se deve ver o cambono como pessoa de hierarquia inferior ou

    menos preparada que outras. Ele deve ter um preparo completo uma

  • vez que permanece desincorporado durante os trabalhos. Recebem

    inmeros ensinamentos das Entidades tanto em relao ao ritual

    quanto em relao religio em sentido mais amplo. Ao cambonar, o

    mdium assume uma das funes mais nobres em nossa Umbanda,

    doando-se para que tudo ocorra segundo a Vontade Divina. J

    mencionamos que o trabalho desapegado (Karma Yoga) um dos

    caminhos para a Realizao Plena e que no pode nunca liderar aquele

    que no souber, antes, servir aos outros.

    Encorporao

    O assunto objeto desta matria com certeza trar para alguns

    bastante dissabor e repulsa, pois tocar na vaidade e no ego daqueles

    que no querem que venham baila determinadas verdades atinentes

    ao fenmeno da incorporao. No entanto, como o compromisso do

    Jornal Umbanda Hoje ver os adeptos da religio mais esclarecidos e

    livres de determinados mitos que tanto prejudicam os iniciantes no

    culto, resta-nos to somente esclarecermos um ponto nevrlgico sobre

    o presente tema.

    Sabemos que na Umbanda fala-se muito em mediunidade de

    incorporao semiconsciente e inconsciente, que, via de regra, ensejam

    verdadeiras dicusses doutrinrias a respeito. No vamos nos ater a

    explicarmos o processo de acoplamento de um esprito aos chakras e

    centros nervosos do mdium, sendo tema para o futuro.

    As incorporaes em que os espritos deixam completamente

    inconsciente o mdium, com tomada integral de todas as faculdades

    biopsicomotoras, fenmeno rarssimo nas religies medinicas. Em

    tempos imemoriais, foi a forma encontrada pelos espritos para

    cumprirem suas misses no plano fsico sem que o medianeiro pudesse

    interferir em suas tarefas, pois muitas pessoas no acreditavam na

    ao dos espritos sobre o corpo humano e, por isto, se tivessem alguma

    porcentagem de conscincia, acabariam por intervir, voluntria ou

  • involuntriamente, no labor dos amigos espirituais.

    O fato que, na mediunidade de incorporao semiconsciente, que,

    diga-se de passagem, tambm tem seus graus de variao, o esprito

    ao desprender-se do mdium com o qual trabalha, deixa neste quase

    que a totalidade das informaes recebidas ou transmitidas durante

    uma sesso. Caso haja alguma necessidade, o esprito, atuando no

    sistema nervoso central e tambm no crebro, pode fazer com que o

    mdium deixe de lembrar de alguma coisa, mas isto exceo. A regra

    o mdium lembrar-se de quase tudo que foi dito pelo esprito

    trabalhador.

    Neste sentido, muito importante o respeito e a obedincia que os

    mdiuns devem ter para com o segredo de sacerdcio, tpico que

    analisaremos oportunamente.

    Infelizmente alguns mdiuns que trabalham semiconscientemente

    insistem em dizer que no se lembram de nada depois que o esprito

    interventor se afasta. E o fazem por duas razes bsicas: primeiro,

    querem dar um maior valor a sua mediunidade, dizendo: "eu sou especial

    porque trabalho sem conscincia"; segundo, para se eximirem de

    responsabilidade, caso haja alguma comunicao equivocada, por

    influncia do prprio mdium, dizendo este depois: eu sou

    inconsciente, quem errou foi o esprito.

    Repito: a mediunidade de incorporao inconsciente ainda existe, mas

    rarssima, e quem a tem geralmente no fala, porque assunto

    pessoal, e tambm circunstncia difcil de ser provada.

    Na atualidade, no se concebe deixar os iniciantes com a falsa idia de

    que, incorporados por um esprito, sua mente se apagar

    temporariamente. Muitos mdiuns sob a ao dos espritos acham que

    no esto incorporados, visto terem ouvido de outros que, durante a

  • manifestao dos espritos, no h conscincia no mdium. Criam com

    isto uma srie de dvidas na mente dos iniciantes, fazendo com que

    muitos pensem at no serem mdiuns de incorporao.

    A Umbanda vai crescer. E crescer atravs de mdiuns mais

    preparados, mais esclarecidos em relao aos fenmenos medinicos.

    Desta forma, faro cair por terra falsas verdades que esto,

    infelizmente, ainda sendo difundidas irresponsavelmente por alguns.

    Mediunidade Hoje

    interessante notar que neste momento da humanidade em que se

    est mudando a forma de comunicao das entidades, natural que o

    ritual da Umbanda venha igualmente se modificando, na medida que o

    mdium no necessita mais do necessrio estmulo para entrar em

    transe medinico, como, por exemplo, o som dos atabaques, girar, etc.

    Isto porque j h o entendimento de que o mdium no est em nenhum

    tipo de transe (incorporao).

    Desta forma tambm no se pode esperar que o desenvolvimento

    medinico continue se dando como antigamente, quando o mdium

    ficava passivo, esperando que alguma coisa mgica acontecesse com a

    suposta incorporao. Esperando que algo "tomasse conta" de seu

    corpo e de sua mente. Isto provocava situaes constrangedoras pois

    muitos mdiuns se sentiam obrigados a incorporar, incentivados por

    dirigentes menos informados e no atualizados da evoluo da

    mediunidade. Por conseqncia muitos mdiuns em incio de carreira se

    manifestavam atravs de um processo anmico*, inconscientemente,

    pois se sentiam obrigados a se manifestar como os demais. Isto , o

    pensamento do mdium se fixava na obrigao de "imitar" o

    comportamento dos demais mdiuns. Por exemplo, naquela casa onde as

    entidades ao subir, se jogam para trs, ou batem no peito de uma

    determinada forma, os novos mdiuns, desinformados, ficam achando

    que tem que fazer a mesma coisa, at mesmo para dar credibilidade

    manifestao.

  • Os mdiuns precisam compreender que hoje em dia a manifestao

    das entidades se d, em sua maioria, por um processo de irradiao (do

    qual falaremos a seguir). O mdium no precisa nem mesmo sentir uma

    forte irradiao; com o tempo comea a compreender como captar o

    pensamento da entidade e como se concentrar no chakra relacionado

    quela linha de orix, para perceber melhor ento a irradiao e

    facilitar a comunicao.

    Processo anmico: animismo, popularmente falando, quando o mdium

    no est de fato manifestando a entidade desejada ou at mesmo no

    est manifestando nenhuma entidade. comum, no desespero do

    mdium para "incorporar" a entidade como lhe foi ordenado pelo

    dirigente, que ele comece a dar passagem para artificiais **, que se

    aproveitam do desequilbrio gerado pela situao.

    ** Artificiais: so formas pensamento criadas, geralmente, por magos

    negros, que terminam, com o tempo, ganhando vida prpria. Falaremos

    deles em captulo prprio.

    Obrigaes de cabea

    Observaes importantes

    Existem graus de iniciao de mdiuns (entre eles esto as obrigaes

    de cabea), assim como planos de desenvolvimento. Neste momento de

    nosso curso no entraremos em detalhes de cada um dos sete graus de

    iniciao, mas importante saber pequenas coisas, tais como:

  • -a iniciao pessoal, ntima e no necessariamente hierrquica. Isto

    significa que nem sempre o mdium mais adiantado nas iniciaes ocupa

    um cargo mais importante dentro da corrente.

    -o mdium s poderia de fato aspirar a ser babala, pai ou me

    pequenos ou dirigente depois de ter as quatro iniciaes inferiores

    (teria sua tela bdica fechada e no necessitaria passar mais pela

    mecnica da incorporao a partir da). E somente at a 3a. iniciao

    elas poderiam ser determinadas pela vontade do mdium.

    -somente aps a stima iniciao poderia se auto determinar

    babalorix ou mago branco da lei divina, pois teria comunicao direta

    com as entidades superiores, num contato mente a mente, alm de

    outros atributos.

    -so trs os planos de desenvolvimento e o mdium s poderia aspirar

    a ser babalorix quando estiver no terceiro plano, quando seus

    compromissos crmicos esto se esgotando. o plano do carma

    missionrio onde no passa mais pela mecnica da incorporao.

    -como se v, o mdium pode ter todas as obrigaes feitas e, por

    exemplo, se auto-intitular "babala" ou isto ou aquilo, mas no ter

    passado ainda do 3 grau das iniciaes inferiores e no ter chegado

    ainda no 3o. plano de desenvolvimento.

    - preciso sempre distinguir babala de babalorix, sendo estgios

    completamente diferentes de desenvolvimento do mdium. preciso

    que se saiba que s existem atualmente dois babalorixs vivos no

    Brasil, os quais no temos permisso para divulgar os nomes.