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Fonte: Esporteemidia.com

B2 Campo Grande-MS | Sábado, 27 de junho de 2020 esportes

Presente incerto

Paradesporto

Inglaterra

Possível segunda onda de contágio preocupa fundação municipal

Eventos para o 26 de agosto da Capital já estão em ‘xeque’

Marco Antonio Teixeira MPIX CPB

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PMGC/Divulgação

Alison Silva

Com o calendário de ativi-dades temporariamente sus-penso, a Funesp (Fundação Municipal de Esportes), segue sem previsão para a retomada esportiva em Campo Grande. De acordo com o boletim epide-miológico divulgado pela SES (Secretaria de Estado e Saúde), até a noite de quinta-feira (25), a Capital registrou 1.565 casos do novo coronavírus – aumento de pelo menos 420% em um mês.

Os números colocam em “xeque” os eventos e festivi-dades previstos para o dia 26 de agosto, quando a cidade de pelo menos 800 mil habitantes completa 121 anos - como a tradicional Corrida do Facho, entre outros eventos. Nos úl-timos anos as comemorações contaram com a Copa de Fu-tebol Rádio Clube, abertura do Campeonato Brasileiro de Jiu-jitsu, estas em 2018, além da etapa inédita do Rally dos Sertões o ano passado fizeram parte do “pacote de presentes” para a Cidade Morena.

“Temos um calendário in-terno já programado, que não foi divulgado justamente para não termos que voltar atrás com a decisão. Pensamos os eventos à partir de agosto, avaliando o avanço da COVID-19 men-salmente; dá para executar? Faremos! Não dá? Adiamos ou cancelamos!”, pontua Rodrigo Terra, diretor-presidente da Funesp (Fundação Municipal de Esportes). Em entrevista ao jornal O Estado na terça-feira (23), o dirigente salientou que a retomada das atividades espor-tivas na capital, serão viáveis, caso o município não passe por uma segunda onda de contágio.

“Na ausência de uma segunda onda de contágio, à medida em que um evento for liberado, os seguintes devem ocorrer na-turalmente. Nesse caso, se pu-dermos realizar um evento em

Na contramão das outras modalidades, o presidente da FMSC (Federação MS de Ciclismo), Carlos César Gimenes, divulgou o calen-dário de provas para o se-gundo semestre deste ano. Anunciado no último dia 8, no site da entidade, o crono-grama mantém o calendário de provas, que se estendem até o fim do ano, estas distri-buídas em diversas cidades

do estado. A primeira com-petição está marcada para o dia 2 de agosto em Itaporã, a 234 km de Campo Grande. Com 22 eventos no calen-dário, o presidente acredita que entre 12 e 15 sejam re-alizados, destes, quatro con-duzidos pela FMSC.

Segundo Gimenes, em agosto, está previsto o Campeonato Estadual Con-trarrelógio. Para setembro

e outubro estão previstos eventos em Maracaju e em novembro, em Nova Alvorada do Sul. O dirigente ressalva que apesar da divulgação do calendário, a modalidade segue atenta as medidas sa-nitárias. “Elaboramos pro-tocolos para iniciarmos em agosto, mas o nível de con-tágio não é animador, pois não está na descendente”, coloca o diretor.

agosto, realizaremos os eventos dos meses seguintes. Com uma possível segunda onda de con-tágio, paralisamos tudo!”, frisou Terra. “Cancelamos os eventos de âmbito nacional e reorga-nizamos os possíveis eventos para o segundo semestre. É impossível informar nesse mo-mento se este calendário será cumprido ou não, visto que o planejamento é uma coisa que tem de vigente”, pontua.

Caso aconteça, inauguração do Guanandizão será sem ‘pompa’

Caso aconteça a entrega das

obras do Ginásio Avelino do Reis, o Guanandizão, prevista para 26 de agosto, o diretor da Funesp descarta qualquer tipo de aglomeração que possa ocorrer em virtude de possíveis finalizações de obras. “Seria um desrespeito promover eventos esportivos e aglomerações neste momento”, ressaltou Terra, para quem a situação tem de ser avaliada semanalmente.

Segundo Marcelo Moriyama, presidente da FAMS, (Federação de Atletismo de Mato Grosso do Sul), a entidade aguarda os posicionamentos tanto da Funesp, quanto da Fundes-

porte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), para retomar suas atividades. Moryama reforçou que a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) se reuniu esta se-mana para debater os meios de retorno da modalidade no país.

O órgão nacional da moda-lidade suspendeu e adiou suas atividades pelo menos até o fim de julho. “Aguardamos os decretos municipais para que possamos projetar os próximos eventos. Nesse momento se-guimos de mãos atadas”, acres-centou o dirigente à reportagem na terça-feira (23).

Na ‘contramão’, ciclismo local mantém datas

Lincoln ChavesTV Brasil

A pandemia do novo coro-navírus interrompeu treinos e competições pelo mundo. Estar longe dessa rotina, ainda mais em um ano que seria olímpico e que começou com medalhas internacionais, não é fácil para quem vive do esporte. Mas, para Lauro Chaman, a saudade de en-carar as pistas e estradas só não é maior que a das visitas frequentes a dona Elvira, de 89 anos, avó do medalhista paralímpico do ciclismo.

"Ela é minha vida, é a minha inspiração. Além de ser minha madrinha, cuidou de mim quando minha mãe tinha que trabalhar. Morávamos em uma casa simples. Ela e meu avô sempre fizeram o máximo por mim. Tudo que faço hoje, com certeza, é por toda minha família, mas, em especial, pela minha avó e meu filho, que se chama Antônio, mesmo nome do meu avô, que faleceu quando eu tinha 16 anos”, conta Lauro à Agência Brasil.

Atleta da classe C5 (ci-clistas de menor comprometi-mento físico-motor), Chaman nasceu com a perna esquerda mais fina que a direita, e vi-rada para fora. No decorrer dos anos, desenvolveu uma atrofia na panturrilha. "No

começo [da pandemia], era muita incerteza, então, a gente meio que se isolou. Dias atrás, pude ver minha avó com todos os cuidados, mas fiquei um bom tempo sem conseguir. Antes, as visitas eram diárias. Foi complicado. A gente pensa mais na família. O esporte ficava um pouco em segundo plano", admite.

Enquanto tenta retomar a rotina familiar, Lauro também volta gradualmente a treinar em Araraquara, cidade do in-terior paulista em que vive. O atleta vinha de bons resultados em 2020, antes da paralisação em decorrência da pandemia. Conquistou três medalhas no Mundial de Paraciclismo, em Milton (Canadá), em fevereiro: duas pratas e um bronze.

Treinos ao ar livre foram retomados há duas semanas

As atividades externas rei-niciaram há cerca de duas se-manas, após a flexibilização da quarentena decretada pelo governo estadual, que é re-vista a cada 14 dias. Ele é acompanhado remotamente pelo técnico Cláudio Diegues, que fica em Santos, no litoral de São Paulo, onde fica a base da equipe de Chaman, a Memorial.

"[Antes da pandemia] Ele tinha algumas lesãozinhas de

Caio CarrietiFolhapress

As restrições impostas pelo governo por conta da pandemia não impediram milhares de tor-cedores de tomarem as ruas de Liverpool na noite de quinta--feira (25), para comemorar o título do Campeonato Inglês.

Os arredores do estádio de Anfield receberam fãs comple-tamente emocionados com o fim da espera que durou três décadas. Foram 11.016 dias de espera para voltar a soltar o grito de campeão inglês. Pela primeira vez na era da Premier League, a taça mais cobiçada do país ficará por lá. O clube do noroeste da Inglaterra não fa-turava o troféu do campeonato nacional desde 1990. Ou seja, ainda não havia saboreado ser o melhor time no atual formato da competição, cuja primeira edição aconteceu na tempo-rada 1992/93.

O técnico alemão Jürgen Klopp e o elenco dos Reds as-sistiram pela TV à confirmação da conquista histórica. A der-rota do Manchester City para o Chelsea por 2 a 1, no Sta-mford Bridge, sacramentou o título a sete rodadas do fim da competição, um recorde. Na quarta (24), o Liverpool goleou o Crystal Palace por 4 a 0, em casa, e no dia seguinte contou com o tropeço do time de Pep Guardiola em Londres para dar fim à disputa. A diferença entre as equipes é de 23 pontos, 86 contra 63. Para alcançar o tão esperado feito, o Liverpool teve de aguardar também o

retorno do futebol na Inglaterra depois de uma pausa de pelo menos cem dias, entre março e junho, por causa da pandemia. Por conta disso, todos os jogos desde que a temporada foi reto-mada acontecem com portões fechados e com rigorosas me-didas de segurança.

"É um sentimento único, algo que eu nunca tinha vivido na vida e só tinha ouvido relatos do meu pai e do meu avô", disse à reportagem o estudante Connor Seddon, 19. "Não con-sigo encontrar palavras para realmente explicar o que eu sinto nesse momento. É claro que a questão da pandemia mudou um pouco o contexto, mas finalmente chegou o dia que o meu avô sempre falava, que iríamos voltar ao topo. A sensação de vencer a Premier League é diferente. O senti-mento é surreal."

Fogos de artifício iluminaram a noite de verão, embalada por muita cantoria e, claro, cerveja. O hino "You will never walk alone" ("você nunca caminhará sozinho", lema da torcida do Liverpool) ecoou, assim como músicas em homenagem aos jogadores. Dentre os brasileiros Alisson, Fabinho e Roberto Fir-mino, todos protagonistas do elenco, o atacante da seleção brasileira foi o mais lembrado.

Os tradicionais pubs loca-lizados ao redor do estádio permanecerão fechados até o próximo passo de abertura do comércio do país. Na aglome-ração nas ruas, porém, raros eram os torcedores que se pro-tegiam com máscaras faciais.

Veja na TV Às 14h, na RedeTV!, Trabzonspor x Ankaragucu, pelo Campeonato Turco

Trabzonspor/ Divulgação

Eufóricos, torcedores do Liverpool ignoram vírus e festejam título

Inspirado pela avó, ciclista retoma sonho após quarentena

tanto tempo em treinamento, em esforço, sem muito tempo [para cuidar delas] devido ao calendário. Então, a primeira coisa [após a paralisação] foi destreiná-lo e cuidar dessas lesões. Agora, ele alterna dia sim, dia não, saindo sozinho, com máscara. O trabalho de base é interno, ele tem rolo de treinamento e faz a parte de reforço muscular de casa", conta o técnico à Agência Brasil. "Ele tem um personal da parte física [em Arara-quara] e a gente faz contatos quinzenais [reuniões virtuais]

entre a equipe. À medida que as provas são confirmadas, vamos estruturando o calen-dário de treinamento", com-pleta. Segundo o calendário da CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo), há dois torneios de paraciclismo previstos no segundo semestre: o campe-onato nacional de estrada, entre 27 e 30 de agosto, em Leme (SP), e o Circuito Pan--Americano de pista e estrada, de 23 a 27 de setembro, em Maringá (PR). A realização depende de orientações das autoridades de saúde.