informe pasa 63

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Agosto / Setembro / Outubro | Ano 15 n° 63 PASA AMPLIA SUA BASE DE ASSOCIADOS O esforço de divulgação das equipes do Plano deve gerar dez mil novas adesões até o fim do ano. Pág. 3 SOCIEDADE DISCUTE CRITéRIOS PARA EXAMES Pág. 7 Plano de Assistência à Saúde do Aposentado da Vale Av. Calógeras, 30, loja H - Centro - Rio de Janeiro - CEP 20030-070

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PASA amplia sua base de associados

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Page 1: Informe PASA 63

Agosto / Setembro / Outubro | Ano 15 n° 63

PASA AmPliA SuA bASe de ASSociAdoSo esforço de divulgação das equipes do Plano deve gerar dez mil novas adesões até o fim do ano.Pág. 3

SociedAde diScute critérioS PArA exAmeSPág. 7

Plano de Assistência à Saúde do Aposentado da ValeAv. calógeras, 30, loja H - centro - rio de Janeiro - ceP 20030-070

Page 2: Informe PASA 63

Editorial

Administração da PASA define reajusteOs planos médicos da PASA terão um reajuste

total de 10,55%, dividido em duas parcelas: a pri-meira, que vigora a partir de 1º de outubro, será de 8%; a segunda, aplicada a partir de 1º de janeiro de 2013, será de 2,55%. Este ano, como sempre vem ocorrendo, os custos relacionados à saúde subiram acima da inflação média. Há uma forte pressão por aumentos por parte da classe médica – que reivin-dica um valor mais alto para seus honorários – e também pelas instituições hospitalares – que bus-cam reajustes nas tabelas contratadas em índices bem superiores aos do custo de vida geral.

A isso se soma uma maior utilização dos servi-ços e recursos oferecidos pelos planos e a constan-te incorporação de tecnologia. Em alguns casos, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou, em 2012, reajustes de até 19,8% para operadoras. Nesse quadro, reduzir a utilização abusiva, como a repetição de consultas e exames desnecessários, se tornou imperativo para os pla-nos de saúde e seus usuários, que, afinal, custeiam os serviços. É fundamental guardar os exames re-alizados e entrar em contato com a PASA sempre que houver dúvida sobre a marcação de uma nova

consulta ou a prescrição de um determinado exa-me ou procedimento. Temos canais prontos para esclarecer essas questões, como a Ouvidoria PASA e o Ligue PASA, sempre à disposição.

Outra postura básica é dar prioridade à pre-venção. A PASA, como não poderia deixar de ser, procura oferecer o melhor tratamento possível aos usuários em caso de doença. Mas acreditamos que o melhor é evitar que as pessoas adoeçam, e trabalhamos para isso. Entre nossas ações nes-se sentido está manter os associados informados sobre o quanto é fundamental incorporar hábitos saudáveis. Atividade física regular e com acompa-nhamento profissional, alimentação rica em fru-tas, legumes, verduras e carnes magras, busca de uma vida com baixo estresse e de harmonia em família estão entre as medidas que nos permitem viver mais – e com mais qualidade.

A administração da PASA fez este ano, mais uma vez, um grande esforço para adotar um reajuste que trouxesse o menor impacto possível para o as-sociado. Mas estamos, todos, numa cruzada pela redução das despesas, na qual a parceria de cada usuário é determinante.

Parabéns pelo Dia do Idoso

exPedieNtecoNSelHo editoriAl: Paulo Jóca, Esdras Domingos de Abreu, Adriana Campos, Dr. José Sávio Barros, Jorge Luiz Moraes, Pedro Paulo Berardinelli e Roberto Rovigatti / JorNAliStA reSPoNSÁVel: Veronica Pinheiro / ANAliStA

de comuNicAÇÃo: Suely Tavares / redAÇÃo: Tempero Comunicação / reViSÃo e ediÇÃo: Kohav Comunicação / ProJeto GrÁFico e diAGrAmAÇÃo: Kohav Comunicação / coNtAto: (21) 2139-5700 (r.5724/ 5719) /

Fax: (21) 2240-5625 / Carrier: 821-4979 / 4373

Em 1º de outubro foi comemorado o Dia Na-cional e Internacional do Idoso. Hoje, segundo o Censo de 2010, o Brasil tem mais de 20 milhões de pessoas acima dos 60 anos, número que só vai aumentar aqui e em todo o mundo. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que em 10 anos haverá um bilhão de idosos no planeta.

O bem-vindo crescimento da expectativa de vida, hoje em 73 anos no país, veio aliado a uma independência cada vez maior dessa população. Muitos continuam a trabalhar – em 20 anos, o nú-mero de idosos no mercado de trabalho dobrou e as pessoas nessa faixa etária contribuem decisi-vamente para a renda de 64,5% dos lares brasi-leiros – e outros aproveitam a aposentadoria para usufruir de prazeres que antes, com a atividade profissional, eram impossíveis. Viajar, aprender coisas novas, fazer atividade comunitária, praticar esportes, ler, são muitas as formas de ocupar com sabedoria o tempo livre.

Mas conquistar a independência e mantê-la exi-ge cuidados com a saúde durante toda a vida. A re-ceita a maior parte das pessoas conhece, apesar de nem sempre segui-la. Exercícios físicos frequentes e acompanhados por profissionais, alimentação baseada em produtos saudáveis, como frutas, le-gumes, verduras e carnes magras, manutenção de um bom peso, estímulo à atividade intelectual – de tudo isso depende uma Terceira Idade plena.

Aos associados que já ultrapassaram os 60 anos, nossos parabéns. Àqueles que ainda não desfrutam dessa ótima fase da vida, cuidem-se para usufrui-la da melhor maneira.

Diretoria PASA (Paulo Jóca, Adriana Campos, Roberto Rovigatti e Esdras Abreu)

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Page 3: Informe PASA 63

Fique AtentoNúmeros acumulados até junho de 2012Estes são os resultados da PASA de janeiro a junho deste ano.

PlANoS odoNtolÓGicoS dent PASA dent PASA Plus totAlReceita R$ 143.800,00 R$ 577.700,00 R$ 721.500,00

Despesas (R$ 134.634,17) (R$ 458.059,83) (R$ 592.694,00)

Custo assistencial (R$ 82.200,00) (R$ 321.200,00) (R$ 403.400,00)

Despesas adm./operacionais (R$ 52.434,17) (R$ 136.859,83) (R$ 189.294,00)

Resultado R$ 9.165,83 R$ 119.640,17 R$ 128.806,00

PlANoS médicoS FAmiliAreS PASA PASA Plus totAlReceita R$ 27.988.400,00 R$ 38.887.200,00 R$ 66.875.600,00 Despesas (R$ 33.201.537,76) (R$ 49.907.276,39) (R$ 83.108.814,16)

Custo assistencial (R$ 30.614.800,00) (R$ 46.740.800,00) (R$ 77.355.600,00)

Despesas adm./operacionais (R$ 2.586.737,76) (R$ 3.166.476,39) (R$ 5.753.214,16)

Resultado (R$ 5.213.137,76) (R$ 11.020.076,39) (R$ 16.233.214,16)

PlANoS médicoS iNdiViduAiS PASA brasil PASA carioca PASA mineiro PASA capixaba PASA brasileirinho totAlReceita R$ 1.510.700,00 R$ 356.100,00 R$ 1.020.600,00 R$ 499.400,00 R$ 1.285.700,00 R$ 4.672.500,00

Despesas (R$ 998.336,91) (R$ 150.336,48) (R$ 914.189,27) (R$ 519.524,89) (R$ 1.827.804,29) (R$ 4.410.191,84)

Custo assistencial (R$ 890.900,00) (R$ 132.700,00) (R$ 821.800,00) (R$ 476.000,00) (R$ 1.721.500,00) (R$ 4.042.900,00)

Despesas adm./operacionais (R$ 107.436,91) (R$ 17.636,48) (R$ 92.389,27) (R$ 43.524,89) (R$ 106.304,29) (R$ 367.291,84)

Resultado R$ 512.363,09 R$ 205.763,52 R$ 106.410,73 (R$ 20.124,89) (R$ 542.104,29) R$ 262.308,16

deSemPeNHo doS PlANoS PASA

reSultAdo oPerAcioNAl

Receita de contribuição R$ 72.269.600,00

Despesas médico- hospitalares/odontológicas

(R$ 81.801.900,00)

Resultado parcial (R$ 9.532.300,00)

Receita administração AMS R$ 16.197.900,00

Despesas adm./operacionais (R$ 20.643.300,00)

Resultado apurado 2º trimestre de 2012

(R$ 13.977.700,00)

reSumo • PlANoS médicoS e odoNtolÓGicoS

Receita R$ 72.269.600,00

Despesas (R$ 88.111.700,00)

Custo assistencial (R$ 81.801.900,00)

Despesas adm./operacionais (R$ 6.309.800,00)

Resultado (R$ 15.842.100,00)

Em seus editoriais no jornal, os diretores da PASA sempre destacam a importância de o Pla-no aumentar sua base de associados, como forma de continuar prestando atendimento de qualidade aos atuais e futuros usuários. Por isso este ano está sendo feito um esforço especial em busca de no-vas adesões, que envolve toda a equipe e resultou, até o dia 21 de setembro, em 6.967 mil novos as-sociados. Até dezembro, a previsão é de que esse número chegue a dez mil.

Há muitos motivos para entrar na PASA e quem utiliza o Plano conhece melhor do que ninguém seus benefícios. Em Vitória, Edmar Tononi, de 46 anos, técnico especializado em manutenção no Porto de Tubarão, faz parte de uma família que tem a Vale em sua história. Ele se associou à PASA seguindo os passos do pai, aposentado na empresa e usuário do Plano, e tem um filho na companhia, a terceira geração marcando presença.

PASA aumenta sua base de associadosMais jovem que Edmar, a assistente administrativa Maisa Lopes, de 30

anos, se associou à PASA logo que entrou na Vale, em 2005. Uma de suas pre-ocupações era garantir a assistência médica de sua mãe, então sem plano de saúde. Hoje, além do atendimento médico, a mãe usa também o DentPASA. “Ela faz um tratamento dentário neste momento e está muito satisfeita tanto com o atendimento médico quanto com o odontológico”, afirma Maisa.

Marcos Guimarães é gerente de área e está há 8 anos na Vale. Ele se associou à PASA em dezembro de 2003, orientado pelo seu gestor na época sobre a importância de pensar no fu-turo. “No ano passado, coloquei a minha mãe como agregada e isso foi a salvação, pois nenhum pla-no queria incluí-la, devido à preexistência de doenças cardíacas. Quando aceitavam, cobravam muito caro e havia um grande período de carência”, explica.

São muitas as histórias a contar e é preciso que as novas gerações da Vale as conheçam, para fazer a PASA mais forte. Seja você também um divulgador do Plano!

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Page 4: Informe PASA 63

Viva MelhorDetecção precoce aumenta chance de cura do câncer de próstata

Governos, entidades médicas e a imprensa têm tratado com frequência do câncer de próstata, para alertar sobre a gravidade da doença – segun-do o Instituto Nacional do Câncer (INCA), trata--se do segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não me-lanoma. Nesta entrevista, o urologista Christiano de Almeida, que trabalha na Clínica PASA Saúde de Itabira (MG), fala sobre o assunto e aborda, inclusive, a questão do superdiagnóstico, bastante noticiada pela mídia este ano.

» Quando um homem precisa começar a visitar um urologista sobre a questão do câncer de próstata?

Este talvez seja um dos temas mais polêmicos em relação ao câncer de próstata: a validade ou não do emprego de rastreamentos populacionais para sua detecção precoce. Embora seja uma doença muito prevalente e que, com as campanhas, possa ser diagnosticada precocemente, a comprovação de aumento de sobrevida e vantagem econômi-ca com rastreamento permanecem em aberto. A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que todo homem procure um urologista regularmente a partir dos 45 anos de idade para o rastreamento do câncer de próstata. Homens que possuem pa-rentes de primeiro grau (pai, irmãos) que tiveram câncer de próstata e afrodescendentes possuem um risco aumentado e, portanto, deveriam iniciar esse acompanhamento a partir dos 40 anos. Cân-cer de próstata é o tumor sólido mais frequente nos homens e um dos principais em mortalidade.

» Com que periodicidade se deve fazer essa visita preventiva?

Não existem, na literatura médica, trabalhos científicos bem conduzidos que definam exata-mente esse período de acompanhamento. Na prá-tica, o consenso é que as visitas ocorram com re-gularidade e periodicidade, a cada 12 meses.

» Existe algum sintoma que torne necessário antecipar a consulta?

O câncer de próstata raramente causa sintomas em seu estágio inicial, ou seja, na fase em que é pas-sível de cura. Quando apresenta sintomas, na maio-ria das vezes a doença já se encontra avançada. É uma doença silenciosa, progressiva e insidiosa. Por-tanto, os homens não devem esperar o surgimento dos sintomas para motivar sua visita ao urologista.

» Quais exames são solicitados com mais frequência para avaliação médica?

Em homens assintomáticos, a avaliação médica é composta da entrevista (anamnese), do exame físico geral – incluindo o exame digital da prósta-ta (popularmente conhecido como toque retal) –, e da dosagem do sangue para o antígeno prostá-tico específico (PSA), uma substância produzida pela próstata. Anteriormente ao emprego do PSA, 70% a 80% dos diagnósticos de câncer de próstata se davam por sintomatologia, já em estágios avan-çados. Em homens sintomáticos, além dos exames anteriormente descritos, outros exames poderão ser solicitados, na dependência do quadro clínico.

» Ainda existe preconceito em relação ao exame de toque retal?

Sim, ainda existe. Mas esse preconceito tem di-minuído bastante à medida que as pessoas se infor-mam sobre o assunto. As mídias escrita e audiovi-sual têm contribuído muito para a conscientização das pessoas. Recentemente, uma telenovela abor-dou o assunto com muita propriedade. As campa-nhas da Sociedade Brasileira de Urologia também ajudam nessa conscientização. O assunto já passa a ser tratado com mais naturalidade, com menos preconceito. Mas ainda é comum ver homens que procuram atendimento apenas porque foram in-centivados pela esposa (quando não forçados), ou

então porque tiveram um amigo ou parente que padeceu ou até mesmo faleceu pela doença.

» Qual a importância de detectar cedo o problema? Existe um dado estatístico que diga qual a porcentagem maior de cura para o câncer detectado no início?

A importância do diagnóstico precoce é permitir a cura da doença. Quando diagnosticada em estágio avançado, muitas vezes a cura fica comprometida, e o máximo que podemos oferecer é um controle da doença. Se a doença é diagnosticada no início, ou seja, o câncer é localizado na próstata, a chance de cura é muito boa, acima de 80%. Trata-se de uma doença heterogênea, para a qual vários fatores deve-rão ser considerados na hora de se propor um trata-mento – que também não é isento de complicações e morbidades. A detecção precoce, além de aumen-tar as chances de cura, favorece também o emprego de monoterapias, tratamentos menos invasivos ou mesmo seguimento ativo e vigiado em casos sele-cionados. O rastreamento promove a antecipação de cerca de 10 a 12 anos no diagnóstico da doença significativa. Mas permanece intensa controvérsia. Embora o rastreamento salve vidas, está associado ao superdiagnóstico e ao supertratamento, a riscos de biópsias desnecessárias e à ansiedade. Portanto, o paciente deve se informar e decidir em conjunto com o seu médico o que fazer.

Vesícula seminal

RetoTumor

Próstata

Bexiga

Crescimento da massa tumoral

Massa tumoral hipertrofiada

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Page 5: Informe PASA 63

Cerca de quatro mil pessoas compareceram, no dia 8 de agosto, ao Encontro de Aposentados e Pensionistas de Vitória, um recorde de partici-pação. Em função desse sucesso de público, foi preciso abrir espaço em uma sala lateral para aco-modar todos os presentes. A PASA exibiu, em sua palestra, o vídeo comemorativo dos 20 anos do Plano, um momento de especial emoção, e o en-cerramento do evento ficou por conta do sambista Jair Rodrigues, que colocou a plateia para dançar com sua animação.

Encontro de Vitória tem recorde de comparecimento

A insônia quase sempre é associada à dificuldade de dormir, mas tam-bém ocorre quando a pessoa acorda várias vezes à noite, sendo chama-da, nesta situação, de insônia de manutenção. E isso é um problema, tanto em um caso como no outro, pois a falta crônica de sono pode causar fadiga, engordar, acelerar o envelhecimento e predispor o organismo a doenças.

Para evitar a insônia, alguns cuidados são muito úteis e im-portantes. Entre eles estão: deitar-se no mesmo horário todos os dias, estabelecendo uma rotina; não ingerir be-bidas estimulantes à noite; fazer refeições leves antes de dormir; não fazer exercícios físicos antes de dei-tar; buscar atividades relaxantes à noite; e

evitar cochilos ao longo do dia.

O jornal britânico Daily Mail publicou os re-sultados de uma pesquisa feita na Finlândia sobre hábitos de pessoas solitárias e com relacionamen-tos sociais e afetivos mais desenvolvidos. Segundo esse trabalho, quem vive sozinho está 80% mais propenso a sofrer de depressão do que quem vive acompanhado. Os cientistas fizeram a pesquisa com 1.695 homens e 1.776 mulheres entre 30 e 65 anos, ao longo de sete anos.

O estudo sugere que pessoas que moram sozi-nhas busquem formas de interação social, cultivan-do amizades, mantendo firmes os relacionamentos familiares e frequentando lugares como academias de ginástica. Apesar das evidentes diferenças cul-turais e de clima entre Finlândia e Brasil, o alerta vale para o mundo todo.

Bons hábitos ajudam a dormir Vida entre amigos e familiares faz bem à saúde

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Page 6: Informe PASA 63

Você AquiHistória de superação em Itabira

A história do associado itabirano Sebastião Nati-vidade, de 57 anos, mostra como é possível vencer as adversidades e, ao mesmo tempo, como é preci-so ser cuidadoso com o diabetes. Há três anos, ele, que além de diabetes sofre de hipertensão arterial, acabou perdendo a visão em função da doença e teve que mudar sua vida.

No começo, foi muito difícil para Sebastião, que contou com a ajuda da família e da equipe do PASA Saúde para se adaptar a sua nova condição. “Fiquei deprimido, tive os piores pensamentos, tinha medo de andar e cair. Mas com apoio fui re-adquirindo confiança e me acostumando. Hoje, es-tou aprendendo Braile e a usar o Dosvox (software que permite a indicação das letras com o uso do som), e voltei a trabalhar”, conta o associado, que quando estava na Vale era supervisor eletroeletrô-nico e, depois de sair da empresa, passou a traba-lhar com caminhão.

Atualmente, das 7h às 16h, Sebastião é telefo-nista da Unifei, a Universidade Federal de Itajubá, onde está bem adaptado. “Já circulo por alguns setores da universidade e até ouço os professores dando aula”, diz. Sua esposa, Creuza Natividade, o leva e o busca na instituição, pois o serviço de transporte público não é o ideal. Ele também frequentou a AOADI (Associação Ocupacional e Assistencial de Itabira), uma entidade que reúne portadores de necessidades especiais e oferece a eles apoio. “Parei de ir porque o prédio onde as reuniões aconteciam está com problemas, mas voltarei a frequentar quando tudo estiver conser-

tado. É bom ouvir experiências de outras pessoas e falar da sua”, explica.

Pai de três filhos e avô de três netos, o associado destaca o suporte da PASA nessa nova caminhada: “Eles estiveram comigo e contribuíram muito para que eu me cuidasse melhor”. Mayara Sperandio, enfermeira do PASA Saúde, lembra que com o en-volvimento da equipe multidisciplinar, composta por enfermeira, assistente social, fisioterapeuta, nutricionista e terapeuta ocupacional, o paciente foi aos poucos aceitando suas patologias e o fato de não mais enxergar. “Apoiado pela terapeuta ocupacional em seu domicílio, ele aprendeu a usar a bengala para cegos e a ter mais independência, principalmente dentro de casa. Com o incentivo do fisioterapeuta, a esposa passou a levá-lo para realizar caminhadas na avenida, o que também é um momento para socialização. Vencer cada uma dessas etapas e continuar encontrando motivação para viver melhor, ao lado de sua família, é com certeza um exemplo de superação”, conta empol-gada a enfermeira.

Outro ponto importante é não perder o bom humor. Na AOADI, Sebastião, que gosta de con-versar, contou uma piada que mostra bem o seu atual estado de espírito: um cego estava na beira de uma rua movimentada quando sentiu alguém pegar em sua mão. Aí, começou a atravessar a rua com a pessoa e só escutava as freadas dos carros chegando cada vez mais perto. Quando chegaram do outro lado, um disse para o outro: quanto ma-luco nessa cidade, obrigado por ajudar o ceguinho!

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Em SintoniaCritério na solicitação de exames preocupa a sociedade

Uma matéria publicada pelo jornal O Globo, no início de setembro, alertou para o risco de prescrições médicas desnecessárias, que podem trazer riscos em vez de beneficiar as pessoas. O Instituto do Coração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), usando como base dados fornecidos pelo Datasus em 2011 – referentes a exames e procedimentos cardíacos –, descobriu que em dez anos houve um aumento nacional de 500% das coronariografias (exames das artérias coronárias). No Rio de Janeiro a situação foi mais grave: o acréscimo foi de 800% em apenas sete anos. E as cirurgias de desobstrução das artérias (angioplastias) cresceram em ritmo menor, mas ainda relevante: 55% em cinco anos.

Entrevistado, o diretor do Instituto de Cardio-logia, Nelson Souza Silva, disse que os exames e procedimentos estão sendo prescritos em excesso por falta de uma consulta mais cuidadosa e por-que estão mais disponíveis, mas que o uso abusivo é prejudicial. Ele afirma que exercícios físicos e dietas ainda são as melhores prescrições e cita o exemplo dos stents (endopróteses expansíveis, em

formato de tubo) para ilustrar sua posição: nos Es-tados Unidos, apesar de não ter havido redução da mortalidade estatística dos pacientes, mais de um milhão de stents cardíacos foram implantados.

Como se trata de uma questão global, o jornal mostrou algumas iniciativas em outros países para lidar com a situação. Em julho, a Universidade Bond, na Austrália, convocou especialistas de todo o mundo para uma conferência sobre o problema, a se realizar em 2013. Também, um grupo de so-ciedades médicas norte-americanas questionou, em abril, a prescrição excessiva de alguns exa-mes, como tomografia computadorizada cerebral, raio-X e ressonância magnética, em que o pacien-te é exposto à radiação. Além das tomografias e das cirurgias cardíacas, a matéria d’O Globo lista ainda exames de imagens realizados em pacien-tes saudáveis durante check-ups e a colonoscopia como exemplos de pedidos que têm sido feitos de forma exagerada.

Duas outras questões tratadas na reportagem di-zem respeito à formação dos médicos e à pressão da indústria farmacêutica. O Ministério da Edu-

cação diminuiu em 1.100 o número de vagas nos cursos de Medicina de 31 instituições, desde 2007, pois as graduações não preenchiam os requisitos mínimos exigidos. Também entrevistado, Luiz Ro-berto Londres, diretor da Clínica São Vicente, do Rio, avalia que uma simples conversa de um mé-dico bem preparado leva a 90% dos diagnósticos. “Depois, há alguns exames, mas que são comple-mentares”, segundo ele. E o médico Nelson Souza e Silva lembra que a tecnologia amplia a qualidade de vida, porém muitos produtos fabricados pelas indústrias farmacêuticas vêm sem embasamento e há estudos manipulados.

Além dos pontos abordados no jornal, existe ainda a questão do custo. Quando são solicitados exames e procedimentos desnecessários, a socie-dade é penalizada. Em relação ao atendimento público, impostos são aumentados para custear a prática e, no atendimento privado, quem paga di-retamente é o usuário dos serviços, pelo repasse às mensalidades de seus planos. A PASA vem buscan-do monitorar as solicitações de exames e proce-dimentos, e conta com os associados nesta tarefa.

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Quadrinhos

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Corte esta tira na linha pontilhada e envie para Av. Calógeras, 30/9º andar, Centro, Rio de Janeiro, CEP:20030-070, aos cuidados do setor de Comunicação

da PASA, ou entregue pessoalmente em um dos escritórios PASA. Caso a sua resposta esteja certa, você participará de um sorteio para ganhar um

processador de alimentos e terá seu nome divulgado na próxima edição do Informe.

PerGuNtA

reSPoStA

Nome

mAtrÍculA PASA cidAde /eStAdo

teleFoNe e-mAil

luiz Antônio de matos, usuário da PASA em Aracaju – Se,

foi o sorteado da última edição e ganhou um grill.

SorteAdo

m A N t e N H A S e u e N d e r e Ç o S e m P r e A t u A l i Z A d o

Por que a PASA precisa aumentar sua base de

associados

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