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MEMÓRIAS DO CONGRESSO MIQUEIAS BRASIL
POR JORGE HENRIQUE BARRO
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INTRODUÇÃO Na cidade de Vitória (Espírito Santo), nos dias 26 a 28 de junho de 2017, na sede da Igreja Batista da Praia do Canto, foi realizado o primeiro Congresso Miqueias Brasil, um momento histórico para refletir sobre o tema: “CAMINHOS DA MISSÃO: A IGREJA E SEU TEMPO”.
Igreja Batista da Praia do Canto
O PRIMEIRO DIA – 27/06/2017 – SEGUNDA-‐FEIRA Palavra de abertura – “A missão de Deus” C. René Padilla, membro-‐fundador da Fraternidade Teológica Latino-‐Americana e diretor de Ediciones Kairos, editora ligada à Fundação Kairós e ex-‐presidente internacional da Tearfund, fundador da Rede Miqueias. A fala inaugural foi trazida pelo teólogo Equatoriano, radicado em Buenos Aires, um dos patriarcas incentivadores da missão integral na América Latina e no mundo. Padilla enfatizou a totalidade da vida humana e a totalidade da criação e que cada aspecto da vida humana e da criação tem que estar relacionado com Deus. Demarcou três dimensões da missão de Deus: (1) a reconciliação do ser humano com Deus, (2) a reconciliação do ser humano com seu próximo e (3) a reconciliação do ser humano com a criação (natureza). A fala inaugural foi, portanto, um estabelecimento de marcos referenciais da missão de Deus para seu cumprimento e desenvolvimento de modo integral.
O SEGUNDO DIA – 27/06/2017 – TERÇA-‐FEIRA O EIXO TEMÁTICO desse dia foi EQUIDADE nos caminhos da missão e a instrumentalidade da igreja em seu tempo. Caminho bíblico Lyndon Araújo, pastor da Igreja Congregacional e professor na Universidade Federal de São Luís (Maranhão), com sua aguçada veia de Historiador, falou sobre a Equidade, em seus aspectos jurídicos, econômicos e teológicos. “Essas dimensões não se separam, estão fundidas no mundo”.
Desafiou os presentes a pensarem sobre a “equidade como centro da missão da igreja” e a abandonarem a lógica da conquista como centro da missão. Ao falar sobre os sentidos e as dimensões da equidade, Lyndon indagou: “Como igreja, qual o nosso lugar diante dessa coisificação do humano e da natureza?”.
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Ele encerrou sua fala com uma agenda da missão que deve abordar os seguintes aspectos:
• Construir as possibilidades de uma ética da solidariedade; • Dizer que a concentração de poder religioso equivale à concentração de renda,
à iniquidade; • Denunciar a falácia da equidade desde a lógica do capital; • Anunciar a equidade como vontade de Deus; • Praticar a equidade na dinâmica social das igrejas e comunidades; • Agregar-‐se a movimentos sociais que se propõem à construção da equidade em
todas as dimensões.
Desafios do tempo Ronilso Pacheco, interlocutor social na ONG Viva Rio e estudante de teologia, falou dos “desafios do tempo” e trouxe uma reflexão sobre a “violência e racismo”. Enfatizou a violência do corpo, a ausência de equidade, e que Deus se fez carne no corpo, assumindo a natureza humana em Cristo. A equidade não chega onde a violência impera, especialmente entre os negros do Brasil, carentes de justiça e equidade racial. E ressaltou: “a violência impede e interdita a equidade”. Momento de Ressonância
• Morgana Boostel, assessora da ABUB e participante do Comitê de Diretos Humanos mencionou os 650.000 homens que integram a população carcerária no Brasil e a necessidade de uma ética solidária junto aos presídios e encarcerados, tema da missão de Jesus.
• André Ras, de tradição Metodista, em sua reação destacou uma poesia, “todos os dias”. A poesia diz “temos o nosso próprio tempo”. Não há mais tempo para ficarmos perdidos, desafiando a pensar e olhar os desafios do nosso tempo. Pensando a Reforma, quais são as perspectivas da Reforma para o nosso tempo. O saudosismo é confortável. É necessário olhar para trás para andar para frente.
Na tarde do segundo dia do Congresso foram oferecidas as seguintes oficinas:
1. Meio ambiente & mudanças climáticas – professora Maria do Socorro Chaves -‐
Universidade Federal do Amazonas; 2. Igreja local & Missão Integral – pastor Lindon Carlos ( Ação Evangélica -‐ACEV); 3. Violência Doméstica– Kezzia Cristina -‐ ONG Diaconia; 4. Incidência Política – Por Rolando Perez, Diretor de Adovacy do Instituto Paz y
Esperanza; 5. Iniciação à Missão Integral -‐ Por Jorge Henrique Barro; 6. Refugiados e o envolvimento com a Igreja – Pela Associação Vale da Benção(
Débora Fahur, Tercio Freire), pastor Roberto Lugon , Sheryl Hall 7. Missão Integral -‐ Sexualidade Marginal – Por Andréa Vargas, da Missão
Avalanche;
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8. Uma Prática Cristã Contra o Tráfico de Pessoas – Vania Quintão & Soledad Sanchez ( Exército de Salvação;
9. A Igreja que Enxerga os Vulneráveis – pastor Usiel Souza (Fundação Beneficente Praia do Canto).
A noite começou com a presença da equipe de música da Igreja Batista da Praia do Canto e também do Roberto Diamanso, com sua nordestinidade e alma poética, ambos nos conduzindo por meio da arte & missão. Relembrando a Reforma Protestante Jorge H. Barro falou de um dos cinco “solas” da Reforma: Só a graça. Ao falar da relação graça-‐lei, disse:
• A lei de Deus é “o que” -‐ a graça de Deus é o “como”. • A lei de Deus revela o pecado -‐ a graça de Deus perdoa o pecador. • A lei de Deus indica o problema do ser humano -‐ a graça de Deus providencia
sua redenção. • A lei de Deus exige desempenho -‐ a graça de Deus oferece provisão. • A lei de Deus é a regra e padrão – a graça de Deus é o meio. • A lei de Deus é a vara de medição espiritual que avalia vidas -‐ a graça de Deus é
o recurso nutritivo que produz a vida espiritual. • A lei de Deus nos fala do caráter de Deus – a graça de Deus reproduz tal
caráter em nós. • A lei de Deus é o efeito que Deus quer ver – mas a graça de Deus causa tal
efeito em nós. Plenária Adriane Maia apresentou o projeto Casa Semente – Desenvolvimento Comunitário na cidade de Duque de Caxias/RJ. Essas plenárias têm por desafio: “A teoria é bonita, mas como faço isso na prática?” Assim a plenária mostra algumas expressões de prática missional transformadora. Uma frase de Adriana Maia: “Dar voz é entregar o microfone”. Missão em Foco Missão em foco, na dinâmica do congresso, visou discernir possíveis agendas missionais. Andréa Vargas, da missão Avalanche, que lida com problemáticas urbanas, compartilhou que a partir da dor de um amigo começou a atuar na questão complexa da sexualidade humana. Conforme o eixo temático Equidade, falou sobre os desafios do caminho na missão no Brasil, como a igualdade, abordando três grupos: mulher, mulher negra, a comunidade gay (mas tantos outros como refugiados, presidiários, sem religião, suicidas, transtornos mentais, pobres, idosos, indígenas, etc). Para implantar equilíbrio e igualdade na busca da equidade, destacou alguns desafios:
• Legalismo – Rm 6:14 • Graça barata – Rm 6:22
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• Evangelho completo o Enterrar e não melhorar o indivíduo o Render-‐se e não esforçar-‐se o Lastrear pela filiação (identidade) e não pelo comportamento o Focar a partir do espiritual e não do sensorial (sinto logo isso me define)
“O desafio missional da igreja é focar em gerar vida e não em pecado/lucro/desempenho, o modus operandi será outro”.
O TERCEIRO DIA – 28/06/2017 – QUARTA-‐FEIRA O EIXO TEMÁTICO deste dia foi a RECONCILIAÇÃO nos caminhos da missão e a instrumentalidade da igreja em seu tempo. Caminho bíblico Kezzia Cristina, Pedagoga, Teóloga, Educadora Popular, defensora de direitos humanos, trabalha atualmente como Assessora Política Pedagógica na ONG Diaconia, afirmou que “a palavra reconciliação traz consigo a ideia de rompimento, de algo que foi quebrado”. O caminho da missão é o caminho da reconciliação, do Deus em Cristo que deseja que o mundo seja reconciliado. Desafios do tempo Clemir Fernandes, do Rio de Janeiro, destacou um Brasil das desigualdades em vários setores da sociedade, como por exemplo a mobilidade urbana, a renda familiar distanciada entre ricos e pobres, falta de moradias, falta de água (mencionou que todos os dias um Maracanã de fezes humanas entra na Baia da Guanabara), marcas de vida indigna, com a face majoritária dos negros, crianças abandonadas e jovens envolvidos em drogadição. Clemir foi provocativo ao falar que o lema da Reforma que “a Bíblia é a única regra de fé e prática” é uma hipocrisia porque a interpretação dela é marcada pela influência evangélica do Sul dos EUA onde um diácono metodista funda a Ku Klux Klan. “De noite se matava os negros e de dia ministravam a ceia na igreja”, denunciou. Clemir disse ainda que a nossa prática não está afinada com a prática de Jesus, que andava por todas as partes fazendo o bem. Nossa leitura da Bíblia é seletiva. Como Lutero disse, “é necessário ler a Bíblia contra nós mesmos”. E enfatizou que a ideia do brasileiro é que se está na lei, está de acordo com a vontade de Deus. Assim, a igreja apoiou a escravatura porque estava na lei e teve outra postura quando a lei a aboliu. Reconciliação é reconciliar com o único e maior mandamento: João 13:34-‐35, 1 João 3:16, Gálatas 5:14 -‐ amar a Deus e amar e dar a nossa vida ao próximo! Momento de Ressonância
• Lyndon Araújo destacou quatro pontos: (1) toda a criação, humanidade e história está sendo reconciliada, mas denunciar as falácias do nosso tempo que
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se traduzem nas forças da não reconciliação (lógica do mercado, lucro, desigualdade, etc.); (2) prestar atenção na leitura das Escrituras contra nós (reforma radical); (3) a dimensão da igreja que muitas vezes desenvolve mais não reconciliação do que a reconciliação. Como igreja reconciliada precisa ser reconciliadora; (4) a questão da história precisa estar reconciliada com Deus. Contrapontos: a necessidade de um olhar dialético da História e perceber que, mesmo em situações mais extremas de desumanização, como num lixão, Deus é senhor da História. Ainda que certas coisas prevaleçam hoje, não triunfarão diante da glória de Deus. Não está tudo perdido, a História está sendo redimida!
• Maria Dorothéa Luz destacou que a nossa casa deve ser um ambiente de reconciliação. Também destacou que Deus, ao nos fazer do barro, sujou suas mãos e que nós devemos sujar as nossas para promover a reconciliação das pessoas. A caminhada é feita de pequenos passos e o nosso olhar na direção do outro é feito no pequeno, no minúsculo, no dia-‐a-‐dia. Precisamos refletir sobre os rastros que temos deixado na caminhada da missão.
Na tarde do terceiro dia foram oferecidas as seguintes oficinas:
1. Sonegação & Sigilo Fiscal – Marcelo Oliveira (Instituto Justiça Fiscal ) Ame a Verdade
2. Economia Criativa no Coração da Cidade -‐ Pastor Daniel Junior 3. Escola de Fé e Política -‐ Evandro Alves (Instituto Solidare) 4. Experiência da Rede de Missão Urbana -‐ Leandro Silva Virginio & pastor
Rogério Souza 5. Refugiados e o Envolvimento com a -‐ Pela Associação Vale da Benção( Débora
Fahur, Tercio Freire), pastor Roberto Lugon , Sheryl Hall 6. Iniciação à Missão Integral -‐ Jorge Henrique Barro ( FTSA) 7. Incidência Política -‐ Direitos da Criança – Jailma Rodrigues (Renas/Fortaleza) 8. Juventude Diversas: Espiritualidade e Participação hoje -‐ Jovens de Miqueias 9. Amazônia -‐ Desafios e aprendizados no Projeto Água Limpa para os Curumins -‐
Mara Dantas Costa (Asas do Socorro) Painel A conjuntura atual e os direitos Alberto França dias, Professor na Aldeia Buriti, MS; Coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil -‐ APIB e pastor. Expôs a luta enfrentada pelos povos indígenas do Brasil, especificamente os terenas, para conseguirem a demarcação de suas terras. Embora tenham o direito à demarcação assegurado pela Constituição de 1988, os povos originários do Brasil vivem um cotidiano de lutas e injustiças perpetradas por fazendeiros e latifundiários que possuem grande poder de articulação junto ao Congresso Nacional.
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Clemir Fernandes, doutor em Ciências Sociais e pesquisador do Instituto de Estudos da Religião (ISER), coordenador do núcleo do Rio de Janeiro da Fraternidade Teológica Latino Americana-‐Brasil, editor-‐adjunto da Revista Novos Diálogos. Falou como a Declaração dos Direitos Universais da ONU de 1948 está toda fundamentada nos princípios bíblicos. Plenária Jader Oliveira, pastor presidente da Missão Indígena UNIEDAS, secretário do Instituto Intercultural do Povo Terena e aluno da Faculdade Teológica Sul Americana, falou da situação indígena hoje e das lutas desiguais pela sobrevivência das comunidades indígenas. Mencionou a existência de 283 tribos indígenas no Brasil, 176 diferentes idiomas, com cerca de uma população de 900 mil índios. Destacou ainda a dificuldade encontrada pelos pastores Terenas de terem seu ministério reconhecido pelas agências missionárias. Jader concluiu dizendo que os Terenas sonham em ser “protagonistas de sua própria História” assim como muitos foram no passado e têm sido no presente. Palavra de apresentação Sheryl Haw, nascida no Zimbábue (África), é a atual Diretora Internacional de Micah Global. Por mais de 20 anos trabalhou em emergência e desenvolvimento ao redor do Mundo. Ensinou no All Nation College. Fez uma apresentação da Miqueias Global como sendo uma comunidade global de cristãos que inclui organizações e indivíduos comprometidos com a missão integral. Fundada em setembro de 1999, a Miquéias associa organizações e indivíduos cristãos, que muitas vezes trabalham isolados, para lhes aumentar, de forma significante, a capacidade e o impacto e também desenvolver a sua habilidade de agir coletivamente em áreas de interesse essenciais. O seguinte versículo inspirador de Miquéias 6:8 reforça tudo o que persegue Miqueias Global:
“O que é bom e o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus?”
Respostas à Caminho Valdir Steuernagel, pastor na Comunidade do Redentor em Curitiba/PR faz parte da Aliança Cristã Evangélica do Brasil, da Aliança Cristã Evangélica Mundial e da Visão Mundial. Utilizou o Salmo 146 como âncora para fazer a ressonância desse dia de trabalho. Enfatizou que o Salmo começa e termina com a mesma palavra: “Aleluia”. O caminho da missão acontece em meio a adoração e a missão de Deus:
Que faz justiça aos oprimidos e dá pão aos que têm fome. O SENHOR liberta os encarcerados. O SENHOR abre os olhos aos cegos, o SENHOR levanta os abatidos, o SENHOR ama os justos. O SENHOR
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guarda o peregrino, ampara o órfão e a viúva, porém transtorna o caminho dos ímpios (Sl 146:7-‐9).
Sim “Aleluia” porque “o SENHOR reina para sempre; o teu Deus, ó Sião, reina de geração em geração” (Sl 146:10).
O QUARTO DIA – 29/06/2017 – QUINTA-‐FEIRA O EIXO TEMÁTICO desse dia foi a TRANSFORMAÇÃO nos caminhos da missão e a instrumentalidade da igreja em seu tempo. Após louvar e adorar a Deus, chega o tempo de meditar na Palavra de Deus. Caminho bíblico C. René Padilla, com base em Romanos 12:1-‐2, fez uma exposição bíblica reforçando dois aspectos do texto: um negativo, outro positivo:
• Aspecto negativo: renunciar aos valores deste mundo (“não vos conformeis com este século”)
• Aspecto positivo: renovação da mente pelo Espírito e Palavra (“transformai-‐vos pela renovação da vossa mente”)
Renúncia e renovação têm por finalidade “experimentar” -‐ para que experimenteis a vontade de Deus (que é boa, agradável e perfeita). Discipulado é ter a mente de Cristo, sendo esse um permanente alvo da missão integral, a imagem de Cristo em nós. Desafios do tempo Davi Mesquiati, pastor da Assembleia de Deus e presidente da FTL-‐Brasil, enfatizou a necessidade de a igreja transformar a si mesma para que nos caminhos da missão tenha autoridade para transformar a sociedade, caso contrário, a igreja, não terá voz e credibilidade em seu tempo. “O Espírito Santo está tendo mais trabalho para transformar a igreja do que o mundo”. Momento de Ressonância
• Laurence é pastor, reside na cidade de Manaus, da Igreja Quadrangular, e atua também na área ambiental, enfatizou a presença do Espírito Santo no processo da transformação.
• Tarcísio é pastor e da Missão Emanuel. À luz de Romanos 12:1-‐2, mencionou que a tarefa da transformação ainda não foi terminada em nós. A transformação e renovação da mente é um processo contínuo e dinâmico para que não sejamos moldados e acomodados por este século.
Primeira Assembleia da Miqueias Brasil Na parte da tarde, às 14h00, teve início a primeira assembleia Miqueias Brasil. Um comitê provisório veio trabalhando por um longo período para que finalmente culminasse no Congresso em Vitória/ES. Esse comitê apresentou propostas para a
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formalização da Miqueas Brasil para os participantes do Congresso que tornaram (os inscritos) automaticamente membros da assembleia. Ficou decidido que os membros individuais participariam com R$ 50,00 e as organizações e instituições com R$ 200,00 (ambas anuais). Foram eleitos 11 membros para o Colegiado, sendo 5 provenientes do Comitê Provisório, que ficou assim constituído: Andre Guimarães, Kezzia Cristina Silva, Nadiedja Matias, Maria do Perpetuo Socorro Rodrigues Chaves, Jader Jorge de Oliveira, , Morgana Bootel, Christian Gillis, Usiel Souza, Serguem J Machado da Silva, José Marcos Silva, Ma. Dorothéa S Luz de Arújo, Plenária Maria do Socorro, doutora em Política Científica e Tecnológica, docente e Pró-‐Reitora de Inovação Tecnológica da Universidade Federal do Amazonas fez uma breve explicação sobre o que significa o conceito de sustentabilidade, tão mal interpretado nos dias atuais: “Sustentabilidade não é apenas instrumento, é uma práxis, é uma ética que se implementa sob o direcionamento da Palavra de Deus. Não é um fim, é uma jornada. Portanto, para praticar a sustentabilidade precisamos todos os dias renovar o nosso compromisso. Incentivar os que estão conosco nesta empreitada porque muitas vezes diante das dificuldades nós fraquejamos.”
Missão em foco Nilza Valéria, Jornalista, nos exortou e nos encorajou a revermos nossa linguagem na missão como instrumento de transformação. Uma linguagem menos técnica, rebusca e acadêmica para uma linguagem mais próxima do povo de Deus.
CONCLUSÃO Encerramento José Marcos, pastor Batista e presidente do Instituto Solidare de Recife, encerrou o congresso com a palestra: “A igreja do seu tempo”. Com base no texto – “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (Jo 1:14) – enfatizou que a igreja só é agente de transformação quando encarna a Palavra (verbo) no mundo real e essa Palavra é Cristo, o verbo encarnado. Enfaticamente afirmou que Deus está solto, livre e liberto ao relembrar que o Verbo “habitou entre nós”, um tabernáculo móvel, a caminho, usando quem Ele bem entende como seu instrumento, como fez com o rei Ciro, para cumprir sua missão no
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mundo. Deus está solto e não corre atrás da igreja, pelo contrário, a igreja é que tem que correr atrás dEle e para as coisas que Ele está fazendo! “Ou a igreja se parece como Jesus ou ela não causa transformação alguma.”
Terminou seu momento com o cântico de Frederico J. Pagura e Homero R. Perera:
Confiança no Futuro Porque ele entrou no mundo e em nossa história,
Porque quebrou o silêncio e a agonia, Porque mostrou na terra a sua glória, Porque foi luz em nossa noite fria, Porque nasceu em pobre estrebaria, Porque viveu semeando amor e vida, Porque partiu os corações mais duros,
E levantou os tristes e abatidos.
Por isso é que hoje temos esperança, Por isso é que lutamos destemidos, Por isso olhamos hoje com confiança Para o porvir dos povos oprimidos. Por isso é que hoje temos esperança Por isso é que lutamos destemidos, Por isso olhamos hoje com confiança
Para o porvir.
Porque atacou corruptos mercadores, E denunciou maldade e hipocrisia, Porque exaltou crianças e mulheres,
E condenou aos que de orgulho ardiam; Porque levou a cruz de nossas penas, E saboreou o fel de nossos males,
Porque aceitou sofrer a nossa culpa, E assim morrer por todos os humanos.
Porque uma aurora viu sua vitória
Sobre as mentiras, sobre a morte e o medo, Já nada pode interromper sua história Nem a chegada de seu Reino eterno.
A Ceia do Senhor foi celebrada. Um vídeo da Renew our World foi apresentado, pode ser ASSISTIDO AQUI. Músicas nordestinas foram tocadas e cantadas. Ficou acertado que o próximo Congresso Miqueias Brasil será em 2019, na cidade de Salvador, na Igreja Batista da Graça. Também foi comunicado que o Congresso da Micah Global, que acontece de 3 em 3, anos será na Ásia, de 10 a 14 de setembro de 2018. Até lá, com a graça de Deus!
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