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INFORME CBDB – NOVEMBRO 2010 NOTÍCIA DO NÚCLEO REGIONAL DO RIO DE JANEIRO Curso sobre: B B A A R R R R A A G G E E N N S S D D E E T T E E R R R R A A , , T T E E R R R R A A - - E E N N R R O O C C A A M M E E N N T T O O E E E E N N R R O O C C A A M M E E N N T T O O C C O O M M F F A A C C E E D D E E C C O O N N C C R R E E T T O O Este Curso, que foi promovido entre Maio e Julho/2010 pelo Núcleo Regional do Rio de Janeiro - NRRJ do CBDB - Comitê Brasileiro de Barragens, em conjunto com o IME – Instituto Militar de Engenharia, visou, além de atualização técnica, ajudar engenheiros civis e geólogos de engenharia a lidarem com uma nova fase da engenharia brasileira de barragens. A realização do Curso teve como motivação o aspecto de que as barragens brasileiras durante muitos anos pertenciam a empresas estatais que contratavam o projeto e a construção, mas a fiscalização era exercida pela própria Estatal com adequados recursos de pessoal e de laboratórios. Tais projetos contavam ainda com a presença de Consultores nacionais e internacionais independentes contratados pela Estatal para acompanhar o projeto e a construção das barragens. Este cenário permitia que tais obras se tornassem as melhores escolas de engenharia de barragens. Engenheiros e geólogos principiantes encontravam nos projetos e nos canteiros de obras a prática que completava as suas formações acadêmicas. Muitas teses de Mestrado e de Doutorado se originavam de problemas vividos e aprendidos no campo. Aquela época dourada da engenharia brasileira de barragens se encerrou com o fim das obras de grandes barragens pela década de oitenta, início dos anos noventa. Como conseqüência, por um período de 10 ou 15 anos foram poucas as construções de barragens no Brasil, até que um novo formato foi delineado, com a introdução de investidores privados, do apoio do BNDES, e das pequenas e médias empresas de projeto e de construção. UHE’s e PCH’s se tornariam um negócio rentável, desde que sujeitos a duas condicionantes: o menor custo e o menor prazo de construção. Nesta nova fase, os canteiros de obra se tornaram pouco mais que acampamentos temporários de apoio ao projeto, construção e fiscalização. Estas três etapas da obra em geral passaram a ser exercidas por uma única entidade – o Consórcio. Neste contexto o Curso foi organizado e ministrado. O Curso foi estruturado em Módulos como descrito a seguir: • No Módulo 0 aos participantes foi permitido aprofundar e tirar dúvidas sobre conceitos básicos de Mecânica de Solos e Geotecnia e sobre os exercícios pré- estabelecidos;

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INFORME CBDB – NOVEMBRO 2010

NOTÍCIA DO NÚCLEO REGIONAL DO RIO DE JANEIRO

Curso sobre:

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Este Curso, que foi promovido entre Maio e Julho/2010 pelo Núcleo Regional do Rio de Janeiro - NRRJ do CBDB - Comitê Brasileiro de Barragens, em conjunto com o IME – Instituto Militar de Engenharia, visou, além de atualização técnica, ajudar engenheiros civis e geólogos de engenharia a lidarem com uma nova fase da engenharia brasileira de barragens. A realização do Curso teve como motivação o aspecto de que as barragens brasileiras durante muitos anos pertenciam a empresas estatais que contratavam o projeto e a construção, mas a fiscalização era exercida pela própria Estatal com adequados recursos de pessoal e de laboratórios. Tais projetos contavam ainda com a presença de Consultores nacionais e internacionais independentes contratados pela Estatal para acompanhar o projeto e a construção das barragens. Este cenário permitia que tais obras se tornassem as melhores escolas de engenharia de barragens. Engenheiros e geólogos principiantes encontravam nos projetos e nos canteiros de obras a prática que completava as suas formações acadêmicas. Muitas teses de Mestrado e de Doutorado se originavam de problemas vividos e aprendidos no campo. Aquela época dourada da engenharia brasileira de barragens se encerrou com o fim das obras de grandes barragens pela década de oitenta, início dos anos noventa. Como conseqüência, por um período de 10 ou 15 anos foram poucas as construções de barragens no Brasil, até que um novo formato foi delineado, com a introdução de investidores privados, do apoio do BNDES, e das pequenas e médias empresas de projeto e de construção. UHE’s e PCH’s se tornariam um negócio rentável, desde que sujeitos a duas condicionantes: o menor custo e o menor prazo de construção. Nesta nova fase, os canteiros de obra se tornaram pouco mais que acampamentos temporários de apoio ao projeto, construção e fiscalização. Estas três etapas da obra em geral passaram a ser exercidas por uma única entidade – o Consórcio. Neste contexto o Curso foi organizado e ministrado. O Curso foi estruturado em Módulos como descrito a seguir: • No Módulo 0 aos participantes foi permitido aprofundar e tirar dúvidas sobre conceitos básicos de Mecânica de Solos e Geotecnia e sobre os exercícios pré-estabelecidos;

• No Módulo 1 foram revisadas as propriedades geotécnicas de solos e enrocamentos usualmente utilizados no projeto e na construção das barragens. Ênfase especial foi dada ao problema do fluxo pela barragem e pela fundação/ombreiras. Foram ainda discutidos os conceitos e princípios gerais de projeto e os sistemas de vedação e de drenagem; • No Módulo 2 foram abordados os ensaios básicos e especiais dos solos em laboratório; • No Módulo 3 foram propostos para discussão e solução, problemas observados em obras recentes, bem como análise de rupturas e de incidentes e acidentes de barragens. O Curso foi ministrado, inclusive as aulas práticas de laboratório, nas dependências do IME - Instituto Militar de Engenharia, situado em local privilegiado, na Praia Vermelha, ao pé do Pão de Açúcar, na cidade do Rio de Janeiro – RJ. A programação básica do Curso foi a seguinte: • Dia 27 de Maio de 2010. Módulo 0 - Aulas de nivelamento e exercícios de mecânica dos solos e geotecnia, pelos Prof. Esther Marques e José Renato de Oliveira. • Dias 08 a 11 de Junho de 2010. Módulo 1 – Aulas sobre teoria, inclusive de exercícios, pelo Prof. Paulo T. da Cruz. • Dias 22 a 24 de Junho de 2010. Módulo 2 - Aulas práticas e exercícios de ensaios de mecânica dos solos em laboratório, pelos Prof. Esther Marques, José Renato de Oliveira, Álvaro Vieira e Antônio Guimarães. • Dias 13 a 16 de Julho de 2010. Módulo 3 - Aulas sobre a prática em projetos e construções de barragens, inclusive exercícios, pelo Prof. Paulo T. da Cruz. Complementarmente foram apresentadas 2 palestras especiais: Desvio de Rios, pelo Eng. Manoel S. Freitas Jr.; e Barragens de Rejeitos, pelo Geol. Paulo C. Abrão. Na noite de 14/07/2010 ocorreu um animado Jantar de Confraternização entre os alunos, professores e organizadores no Restaurante Zozô / Praia Vermelha. Foi fornecido previamente aos inscritos o material didático constituído por: • Apostila de Exercícios; • Livros-texto: “100 Barragens Brasileiras”, autor: Paulo Teixeira da Cruz e “Curso Básico de Mecânica dos Solos”, autor: Carlos de Sousa Pinto; • CD do Módulo de Laboratório. O Curso, com ênfase em engenharia geotécnica, foi a nível de extensão, com formato e exigências semelhantes a pós-graduação, e contou com 33 participantes. Os escritos, de nível superior, foram engenheiros civis e geólogos de engenharia, com interesse em estudos, projetos e obras de barragens. O perfil dos participantes pode ser sintetizado como a seguir:

• 40% foram do estado do Rio de Janeiro; 49% de cidades da região sul/sudeste; 11% de cidade da região norte; • 40% eram filiados a empresas de gerenciamento e fiscalização; 30% a projetistas e consultoria; 10% a empresas de construção; 20% a proprietários e empreendedores; • 20 % constaram como sócios do CBDB e 80% como não sócios. Aos participantes foi solicitada uma avaliação geral do curso, através de uma ficha sistematizada. Obteve-se resposta de 90% dos inscritos, os quais, além de assinalar diversos aspectos e atribuir graus, apresentaram comentários e sugestões que servirão como contribuições para o aprimoramento de cursos semelhantes a serem promovidos futuramente. De um modo geral a maioria dos participantes concordou com o conteúdo técnico e didático, sendo que muitos indicaram que o curso superou às suas expectativas. Os tópicos referentes às instalações e à organização foram predominantemente avaliados como de bons a muito bons. Um Certificado, chancelado pelo CBDB e pelo IME, foi fornecido aos participantes que comparecerem às aulas e entregarem resolvidos os problemas propostos. No apêndice a seguir encontram-se algumas fotos com o registro fotográfico do evento. O conjunto de fotos do Curso, além das mostradas no apêndice, podem ser baixadas no link (73Mb): http://www.cbdb.org.br/nucleos/rj/images/FOTOS_CursoBarragens_Site.rar O NRRJ do CBDB, pela realização do Curso, expressa seus agradecimentos: ao Eng. Sérgio Pimenta, Diretor Regional do NRSC, o qual liderou o 1º Curso semelhante ao que aqui esta sendo relatado, e colaborou com sugestões; aos Professores Paulo Teixeira da Cruz, Esther Marques, José Renato Oliveira, Álvaro Vieira e Antônio Guimarães e aos Palestrantes Manoel S. Freitas Junior e Paulo C. Abrão, que se emprenharam transmitindo os seus valiosos conhecimentos; ao Comandante do IME – Gen. Bda. Amir E. A. Kurban – que deu todo apoio e recursos para as aulas; à Diretoria e ao quadro administrativo do CBDB, em especial ao Sr. Marcos Paulo, que deram competentemente suporte ao Curso. _______________________ Manuel de Almeida Martins CBDB-NRRJ Rio, 08/11/2010

Registro Fotográfico – Curso de Barragens CBDB-IME – Rio de Janeiro

Grupo do Curso na entrada principal do IME.

Abertura do Curso.

Aula inaugural, Prof. Paulo T. da Cruz.

Aula, Prof. Paulo T. da Cruz.

Palestra do Eng. Manoel de Souza Freitas Junior.

Palestra do Geol. Paulo Cesar Abrão.

Aula de teoria.

Aula de laboratório, Profa. Esther Marques.

Aula de laboratório, Prof. Álvaro Vieira.

Aula de laboratório.

Encerramento do Curso; Representantes do IME.

Coffee-break.

Coquetel de confraternização.

Sorteio de brindes do CBDB.

Jantar de confraternização.

Jantar de confraternização.