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Sintram | Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste | Avenida Getúlio Vargas, 21, Centro Divinópolis/MG - CEP 35500-024 | (37) 3216-8484 | www.sintramdiv.org | facebook.com/SintramCentroOeste INFORMATIVO SINTRAM 06 DE SETEMBRO DE 2017 Agentes de trânsito recebem capacitação em primeiros socorros Duas turmas, com 35 agentes de trânsito da Secretaria Mu- nicipal de Trânsito e Transportes (Settrans), passaram por uma capacitação em primeiros socorros. A instrução foi realizada pelo instrutor Sargento Xavier do Corpo de Bombeiros. De acordo com o instrutor, o objetivo da capacitação é auxi- liar no socorro às vítimas de trânsito, principalmente da área central, já que esses locais são os de maior atuação das equi- pes nos patrulhamentos, são eles que chegam primeiro em um local de acidente. Segundo o gerente de Operação e Fiscalização de Trânsito, Cleiton José Sousa, além de aprimorar conhecimentos, é possível atender ainda melhor a sociedade. “Com o aprimoramento dos conhecimentos e técnicas em pri- meiros socorros, podemos auxiliar e facilitar a comu- nicação entre bombeiros e Samu, passando a eles a situação da vítima. Com servidores bem preparados e treinados melhora a eficiência e quem ganha sempre é a sociedade”, disse. O coordenador de Operações de Trânsito, Victor Ro- drigo de Sousa Moreira informou que, para melhorar cada vez mais a capacitação dos agentes e atendimen- to à população, outras capacitações já estão sendo pla- nejadas. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Muni- cipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Luciana Santos, diz que capacitar o trabalhador municipal é dar-lhe o mínimo de condições de trabalho, para que ele de- sempenhe sua função com segurança. “Não apenas os agen- tes de trânsito precisam ser capacitados. Todos os servidores públicos, que trabalham com condições de trabalho já bastan- te reduzidas, precisam receber esse tipo de treinamento para assegurar que sua atividade seja desempenhada da melhor maneira possível, com segurança e garantindo o bem estar da sociedade”, analisou. | Matéria Sintram |

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Sintram | Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste | Avenida Getúlio Vargas, 21, CentroDivinópolis/MG - CEP 35500-024 | (37) 3216-8484 | www.sintramdiv.org | facebook.com/SintramCentroOeste

INFORMATIVO SINTRAM06 DE SETEMBRO DE 2017

Agentes de trânsito recebem capacitação em primeiros socorros Duas turmas, com 35 agentes de trânsito da Secretaria Mu-nicipal de Trânsito e Transportes (Settrans), passaram por uma capacitação em primeiros socorros. A instrução foi realizada pelo instrutor Sargento Xavier do Corpo de Bombeiros. De acordo com o instrutor, o objetivo da capacitação é auxi-liar no socorro às vítimas de trânsito, principalmente da área central, já que esses locais são os de maior atuação das equi-pes nos patrulhamentos, são eles que chegam primeiro em um local de acidente. Segundo o gerente de Operação e Fiscalização de Trânsito, Cleiton José Sousa, além de aprimorar conhecimentos, é possível atender ainda melhor a sociedade. “Com o aprimoramento dos conhecimentos e técnicas em pri-meiros socorros, podemos auxiliar e facilitar a comu-nicação entre bombeiros e Samu, passando a eles a situação da vítima. Com servidores bem preparados e treinados melhora a eficiência e quem ganha sempre é a sociedade”, disse. O coordenador de Operações de Trânsito, Victor Ro-drigo de Sousa Moreira informou que, para melhorar cada vez mais a capacitação dos agentes e atendimen-to à população, outras capacitações já estão sendo pla-nejadas. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Muni-cipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram),

Luciana Santos, diz que capacitar o trabalhador municipal é dar-lhe o mínimo de condições de trabalho, para que ele de-sempenhe sua função com segurança. “Não apenas os agen-tes de trânsito precisam ser capacitados. Todos os servidores públicos, que trabalham com condições de trabalho já bastan-te reduzidas, precisam receber esse tipo de treinamento para assegurar que sua atividade seja desempenhada da melhor maneira possível, com segurança e garantindo o bem estar da sociedade”, analisou. | Matéria Sintram |

Sintram | Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste | Avenida Getúlio Vargas, 21, CentroDivinópolis/MG - CEP 35500-024 | (37) 3216-8484 | www.sintramdiv.org | facebook.com/SintramCentroOeste

A reforma trabalhista não é resultado de uma “canetada” A análise correta, a mais próxima possível da realidade, é a ferramenta para ação política com menos erros possí-veis.

A Nova Lei da Reforma Trabalhista (17.467/17) — que entre outras mazelas, restringe o acesso à Justiça do Trabalho, retira poderes e atribuições dos sindicatos, amplia a negociação co-letiva sem o limite ou a proteção da lei e adota novos modelos de contratos de trabalho, em especial, o autônomo exclusivo e o intermitente — é resultado da captura do governo e do Congresso pelo capital, que contou com o acúmulo político e a força da bancada empresarial no Poder Legislativo. Portanto, a partir desta reflexão pode-se concluir que a “Re-forma” Trabalhista não é resultado de uma “canetada”, obra do acaso ou de uma improvisação de momento. A “reforma”, como escreveu o assessor do DIAP, André dos Santos é “uma tragédia anunciada”. Todo o conteúdo da Nova Lei faz parte do velho Consenso de Washington, da década de 1980, cujo propósito é “regulamentar restrições e restringir direitos”, como outrora disse o diretor técnico do DIAP, Ulisses Riedel de Rezende. Entender esta lógica inicial ajuda a compreender como e porque chegamos nesta conjuntura de destruição, sem as re-ações necessárias dos trabalhadores, a partir de suas organi-zações representativas. O movimento sindical não acreditou na força e no poder de o mercado impor sua visão de mundo no que diz respeito às relações de trabalho, aprovando uma legislação laboral que protege as empresas e que deixa os tra-balhadores à mercê da desproteção legal, pasmem, com am-paro legal. Trocando em miúdos: o mercado destruiu a CLT, que minima-mente protege os trabalhadores, até outubro, e criou uma lei que passa a proteger as empresas, a partir de novembro. Por outro lado, sem entender essa lógica ou simplesmente acreditar que tudo que está acontecendo foi “de repente” ou por meio de “canetada” inviabiliza ou no mínimo atrapalha a construção de saídas para a profunda crise que passa a classe trabalhadora. A “Reforma” Trabalhista é uma tragédia anun-ciada porque a Nova Lei é resultado do “sonho de consumo” há muito acalentado pelo mercado, que nunca perdeu a oportunidade de, no Con-gresso Nacional, tentar aprovar leis que preca-rizassem as condições de trabalho e renda dos assalariados. São centenas de proposições em tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, que o DIAP sistematicamente chamou e chama a atenção como “ameaças” aos direitos dos traba-lhadores. Essas proposições, é importante que se diga,

nada tem a ver com bondade ou maldade, são fruto dos inte-resses do mercado e do capital de aumentarem o lucro, mes-mo que seja em detrimento da precarização de vida dos tra-balhadores. É a boa e velha luta de classes. Que se imaginava ter acabado. Se repararem bem, a chamada Reforma Trabalhista nada mais é que a junção de várias proposições da bancada em-presarial, portanto de interesse do mercado, numa peça única. Por isso, é um grave erro de análise imaginar que esse grande e gravoso ataque aos direitos dos trabalhadores ocorreu “de repente” ou nasceu a partir de uma “canetada”.

Análise correta As coisas ou acontecimentos bons ou ruins, em geral, nunca ocorrem de repente. É resultado de um acúmulo, para o bem ou para o mal. Assim, um caminho ou outro que os aconteci-mentos percorrem é sempre fruto de um determinado acú-mulo do que se fez ou se deixou de fazer. Não há acasos no resultado do processo político que ora trilhamos e vivemos. A análise correta, a mais próxima possível da realidade, é a ferramenta para ação política, com menos erros possíveis. O contrário também é verdadeiro. Talvez, acredito, entre outras várias razões, a ausência de ações concretas e permanentes na base dos trabalhadores, como formação política e organização para luta tenham con-tribuído para o estado de inação que levou o movimento sin-dical a ficar falando sozinho quando havia a necessidade de forte e robusta mobilização nacional contra a destruição da CLT. Por isso, a Lei 13.467, que entrará em vigor em novembro, não é resultado de uma “canetada”. Muito pelo contrário! É produto de grande arranjo político e social, que envolveu vá-rios atores, dos poderes da República, passando pela mídia, até o mercado, autor original da proposta que foi sancionada em tempo recorde pelo presidente Michel Temer (PMDB). Marcos Verlaine: jornalista, analista político e assessor parlamentar do Diap

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Janot denuncia Lula, Dilma e ex-ministros ao Supremo

Dinheiro achado em imóvel que seria usado por aliado de Temer soma mais de R$ 51 milhões

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou no início da noite desta terça-feira (5) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a ex-presidenta Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci pelo crime de organização crimi-nosa. Também foram denunciados a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o ex-ministro Paulo Bernardo, marido da parlamentar, e os ex-tesoureiros do PT João Vaccari e Edinho Silva. Na denúncia, Janot sustenta que os acusados formaram uma organização criminosa no Partido dos Trabalhadores para re-ceber propina desviada da Petrobras durante as investigações da Operação Lava Jato. “Pelo menos desde meados de 2002 até 12 de maio de 2016, os denunciados, integraram e estruturaram uma organização criminosa com atuação durante o período em que Lula e Dil-ma Rousseff sucessivamente titularizaram a Presidência da República para cometimento de uma miríade [grande núme-

ro] de delitos, em especial contra a administração pública em geral”, sustenta Janot.

Defesa Em nota, a defesa do ex-presidente Lula classificou a denún-cia da PGR como uma ação política e “sem qualquer funda-mento”. A defesa de João Vaccari disse que a denúncia é “surpreen-dente” e “totalmente improcedente”. Segundo o advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, Vaccari cumpriu seu papel, como então tesoureiro do PT, de solicitar doações legais destinadas ao partido, as quais sempre foram depositadas na conta ban-cária partidária, com respectivo recibo e a prestação de contas às autoridades competentes, “tudo dentro da lei e com abso-luta transparência”. O advogado de Guido Mantega, Fábio Tofic, disse que causa estranheza que a PGR resolva oferecer denúncia baseada nas palavras de delatores, sem uma verificação mínima, no mes-

mo dia em que vem à tona a “desfaçatez dos delatores, pela própria PGR”. Em nota, o ex-coordenador financeiro da campanha de Dilma em 2014, Edinho Silva, afirma que sempre agiu de forma ética e legal e que não tem dúvidas que todos os fatos serão esclarecidos e que a Justiça vai prevalecer. A assessoria da ex-presidente Dilma Rousseff informou que ainda não tem um posicionamento sobre o assunto. A defesa de Palocci disse que só vai se manifestar nos autos do processo. A senadora Gleisi Hoffmann declarou que a denúncia busca criminalizar a política e o Partido dos Trabalhadores.Fonte: Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) concluiu no fim da noite dessa terça-fei-ra (5) a contagem do dinheiro apreendido em um apartamen-to na Rua Barão de Loreto, no bairro da Graça em Salvador, que, segundo a PF, “seria supostamente, utilizado por Geddel Vieira Lima [ex-ministro] como ‘bunker’ para armazenagem de dinheiro em espécie”. Foram contabilizados R$ 42.643,500 e US$ 2.688 milhões, totalizando, em reais, R$ 51.030.866,40. O dinheiro foi encontrado pelos policiais ao cumprir manda-do judicial de busca e apreensão, emitido pela 10ª Vara Fede-ral de Brasília, dentro da Operação Tesouro Perdido, desdobra-mento da Operação Cui Bono, cuja primeira fase foi deflagrada pela PF em 13 de janeiro deste ano. Os valores apreendidos serão depositados em conta judicial. O apartamento pertence, segundo a Justiça, a Silvio Silvei-ra, que teria cedido o imóvel ao ex-ministro, para que guar-dasse, “supostamente, pertences do pai, falecido em janeiro

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de 2016”. Uma denúncia anônima, feita por telefone, alertou a polícia de que Geddel estaria utilizando o apartamento no bairro da Graça para “guardar caixas com documentos”, o que foi constatado após consultas realizadas aos moradores do edifício. No documento autorizando a operação, o juiz Vallisney de Souza Oliveira considerou que as práticas precisam ser inves-tigadas “com urgência”, devido aos fatos relacionados a “vulto-sos valores, delitos de lavagem de dinheiro, corrupção, organi-zação criminosa e participação de agentes públicos influentes e poderosos”. A decisão do juiz, autorizando a operação, foi assinada na última quarta-feira (30).

Operação Cui Bono A Operação Cui Bono investigou esquema de fraude na li-beração de créditos da Caixa Econômica Federal no período

entre 2011 e 2013. De acordo com a investigação, entre março de 2011 e dezembro de 2013, a vice-presidência de Pessoa Ju-rídica da instituição era ocupada por Geddel Vieira Lima. A investigação da Cui Bono – expressão latina que em por-tuguês significa “a quem beneficia?” – é um desdobramento da Operação Catilinárias, deflagrada em dezembro de 2015, no âmbito da Operação Lava Jato, quando policiais federais encontraram um telefone celular na residência do então pre-sidente da Câmara dos Deputados, o ex-deputado federal Eduardo Cunha, que revelou intensa troca de mensagens ele-trônicas entre Cunha e Geddel. A operação tinha a finalidade de evitar que provas importantes fossem destruídas por inves-tigados da Lava Jato. Atualmente, o ex-ministro Geddel Vieira Lima cumpre prisão domiciliar em Salvador.Fonte: Agência Brasil

Cármem Lúcia diz que fatos relatados por Janot agridem dignidade do Supremo A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármem Lúcia, saiu em defesa da Corte nesta terça-feira (5) e divulgou um vídeo no qual diz que os fatos relatados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, agridem, “de maneira inédita na história do país, a dignidade institucional” da Corte e a honra “de seus integrantes. Na tarde de segunda-feira (4) Janot convocou coletiva de imprensa às pressas para anunciar que as delações da JBS po-derão ser anuladas. O procurador-geral afirmou que os dela-tores do grupo empresarial entregaram áudio com gravação de quatro horas com menções a ministros do Supremo, par-lamentares e um ex-procurador do Ministério Público Federal (MPF). Na ocasião, Janot classificou as conversas como “gravís-simas” e de conteúdo “exotérico”. Diante das alegações, a ministra pediu urgência e prioridade na apuração, “profunda e definitiva das alegações”, em respei-to aso cidadãos brasileiros e também à honra do Judiciário. Cámem Lúcia afirma ter enviado a, o diretor-geral da Polícia Federal e ao procurador-geral da República um ofício exigindo a investigação imediata, “com definição de datas para início e conclusão dos trabalhos a serem apresentados”. “Afim de que não fique qualquer sombra de dúvida sobre a dignidade deste Supremo”, alega a ministra.

Nesta terça-feira (5), o ministro Edson Fachin retirou o sigi-lo do áudio de conversa entre o empresário Joesley Batista e o diretor de relações institucionais da J&F, Ricardo Saud, que motivou a abertura do processo de revisão do acordo de cola-boração da JBS. Devido às menções feitas pelos delatores em diálogos com exposições intimas, Janot havia enviado o áudio ao STF sob segredo de Justiça.Fonte: Congresso em Foco

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Deputados aprovam texto-base de proposta que limita coligações e acesso ao Fundo Partidário O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (5) o texto principal da Proposta de Emenda à Constitui-ção (PEC) 282/16, do Senado, que veda coligações para elei-ções proporcionais e cria uma cláusula de desempenho para o acesso de partidos ao Fundo Partidário e ao tempo de pro-paganda em rádio e TV. A proposta, relatada pela deputada Shéridan (PSDB-RR), teve 384 votos favoráveis e 16 votos con-trários, em votação em primeiro turno. O presidente interino da Câmara, deputado André Fufuca, comemorou o avanço de parte da reforma política, depois de semanas de impasse. “Independentemente do resultado que nós iremos ver ao abrir as urnas, esta Casa é vencedora. Esta Casa não se furtou a ser pai da sua própria decisão, a ser pai do seu próprio destino”, disse. A votação foi realizada depois de um acordo de procedimen-to feito entre os líderes dos principais partidos. Pelo acordo, a análise da proposta só será retomada depois que os depu-tados decidirem sobre outra PEC da reforma política: a PEC 77/03, relatada pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP), que altera o sistema para eleição de deputados e vereadores e cria um fundo público para o financiamento das eleições. A decisão sobre o sistema eleitoral terá prioridade porque influencia diretamente as regras sobre coligações: por exem-plo, se for aprovado o chamado “distritão”, que seria a eleição pelo sistema majoritário de deputados e vereadores em 2018 e 2020, o sistema de coligações não afeta a distribuição das cadeiras. Por outro lado, se as mudanças forem rejeitadas e ficar mantido o sistema proporcional atual, as regras para as coligações são determinantes para o resultado.

Calendário de votação O líder do PP, deputado Arthur Lira (AL), explicou que a ideia é votar a PEC 77 (sistema eleitoral) em primeiro e segundo turnos na semana que vem e, depois, os destaques à PEC 282 (coligações e cláusula de desempenho). Já o líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), res-saltou que o acordo entre os partidos trata apenas do rito de votação. “O acordo foi feito preservando as posições políti-cas de cada partido. Não se fez acordo sobre o mérito, por exemplo, do sistema eleitoral: são posições bastante anta-gônicas que vão se apresentar na próxima terça-feira”, disse. Qualquer mudança – tanto sobre coligações e desempe-nho quanto sobre sistema eleitoral e financiamento de cam-panhas – depende do aval de 308 deputados em dois turnos, por se tratar de mudança constitucional. E para valer a partir do ano que vem, é necessário que a proposta seja aprovada pelos deputados e pelos senadores antes de 7 de outubro deste ano, já que a Constituição determina que mudanças no processo eleitoral só podem ser aplicadas depois de um

ano da sua publicação.

Texto aprovado Em termos gerais, a proposta aprovada hoje preserva as prer-rogativas dos partidos para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias (governa-dor, prefeito, senador e presidente da República), “vedada a sua celebração nas eleições proporcionais” (deputados e vere-adores). A regra vale a partir de 2018. Quanto à cláusula de desempenho, haverá uma transição até 2030 quanto ao índice mínimo de votos obtido nas eleições para a Câmara dos Deputados ou de deputados federais elei-tos. Esse índice será exigido para acesso ao Fundo Partidário e ao horário gratuito de rádio e televisão. Há, no entanto, destaques para tentar alterar o texto. O PPS, por exemplo, quer adiar a vedação das coligações para 2020, como previa o texto original da proposta. Já o PCdoB e o PR apresentaram pedidos para retirar do texto a expressão “veda-da a sua celebração nas eleições proporcionais”, mantendo o sistema atual. Também há destaques contra a janela para mu-dança de partidos, alterações no acesso ao Fundo Partidário, entre outros pontos. Relatora da proposta, a deputada Shéridan disse que as mu-danças não são a reforma política ideal, mas uma reforma que vai ajudar a corrigir distorções do sistema político atual.“É importante que a sociedade traduza os seus votos vendo seu candidato eleito e não essa conta absurda [do quociente eleitoral de coligações] que, muitas vezes, elege quem nem tem voto para estar onde está. E ninguém está sendo tolhido na cláusula de desempenho proposta. É apenas exigir um mí-nimo de representação nacional para distribuir esses recursos do Fundo Partidário e do tempo de rádio e de televisão. É ra-cionalizar”, defendeu.Matéria completa: http://www2.camara.leg.br/camarano-ticias/noticias/POLITICA/542377-CAMARA-APROVA-TEX-TO-BASE-DE-PEC-QUE-ALTERA-REGRAS-DE-COLIGACOES-

E-DE-ACESSO-AO-FUNDO-PARTIDARIO.html