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Informativo do Movimento Diretas Já | 51º Congresso da União Nacional dos Estudantes - UNE | De 15 a 19 julho de 2009 - Brasília-DF

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Informativo do Movimento Diretas Já | 51º Congresso da União Nacional dos Estudantes - UNE | De 15 a 19 julho de 2009 - Brasília-DF

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JORNAL DIRETAS JÁ

Mais um ano de congressos

estudantis e nossas honrosas

entidades representativas nova-

mente conclamam os estudantes

de todo país a se engajarem a fim

de debater as propostas e os rumos

de suas organizações pelos anos

seguintes.

As eleições diretas para

diretoria da UNE contribuem na

construção de uma nova prática

estudantil. Os líderes e candidatos

à direção da UNE seriam forçados

a encarar o debate olho no olho

com os estudantes brasileiros para

apresentar suas opiniões, o que na

nossa visão provocaria uma nova

forma de atuação, transparente e

democrática, diferente do modelo

atual das conversas de bastidores,

composições e aversões, onde

eles se apresentam como novas

lideranças, mas são os mesmos

velhos “capas”. É um verdadeiro

caldeirão, tornando o Movimento

Estudantil em um laboratório.

Talvez esta seja a forma mais

simplória de definir o Movimento

Estudantil.

Durante décadas este foi

o principal movimento de

aglutinação e reivindicação da

sociedade brasileira. As lutas, como

exemplo às do sindicalismo, eram

extremamente representativas,

suas bandeiras de lutas

notoriamente bem formuladas, as

greves exemplos de organização,

que apontavam a necessidade

da implementação das causas

defendidas. Conquistas como

FGTS, férias remuneradas, salário

mínimo, seguro desemprego hoje

são bem vistas pelos trabalhadores

de todo país, que pouco sabem do

histórico de lutas travadas pelos

trabalhadores e pela vanguarda

do movimento estudantil daquela

época que colocava milhões

de pessoas nas ruas em prol de

melhorias para sociedade.

A União Nacional dos Estudantes

sempre cumpriu papel de destaque

neste contexto, embora a UNE

estivesse ausente nos últimos anos

dos debates em suas bases que

em sua maioria eram ocupadas

por estudantes não no âmbito da

instituição de ensino, mas também

em espaços culturais, esportivos

e sociais que assumem papel

protagonista na vida da juventude

brasileira e que hoje aglutinam

mais jovens estudantes do que

nos próprios fóruns do movimento

estudantil.

São inúmeros os exemplos: A

campanha “O Petróleo é Nosso”,

o “Fora Collor” e as “Diretas Já”,

sendo esta última, com certeza o

maior movimento de massas da

história do nosso país. Contudo, a

luta pelas Eleições Diretas parece

não ter dado muito resultado na

política interna das entidades

estudantis.

Com o crescimento político da

participação juvenil e as novas

formas de acesso e interlocução

de que estes agentes tem se

apropriado para fazer política, tem

dinamizado o diálogo na gestão

política das entidades estudantis,

mas infelizmente, a disputa interna

continua a mesma.

O “pseudo” esvaziamento destes

fóruns congressuais de debate se

deve muito a estes fatores, haja

vista que outros mecanismos

de participação implementados

na gestão do presidente Lula,

surtiram grande aceitação por

parte do coletivo dos militantes

dos movimentos sociais, exemplo

disso é a Conferencia Nacional

de Juventude, estabelecendo

assim, uma verdadeira ordem de

prioridades nas lutas propostas.

Além disso, há um desempenho

significativo na discussão de

temas e trocas de experiências

na construção da militância da

juventude.

Fazemos este relato, pois

entendemos que é necessário

radicalizar ainda mais a

democracia e as formas de debater

as bandeiras de lutas em nossas

entidades. É necessário fazer ecoar

o sentimento de cada estudante

brasileiro, da mesma forma que

ecoou o grito de cada operário,

estudante, engraxate ou dona

de casa pela redemocratização

do país. Grito este que assustou

os militares e unificou a classe

política, inverso da atualidade,

que não se assusta ninguém,

tomando posições somente na

pauta governamental.

A União Nacional dos Estudantes

precisa acabar com essa política

engessada, pois todos juntos

somos mais fortes e devemos estar

alinhados contra o inimigo que

é forte e poderoso, porém não

comparece a congressos estudantis.

Adversário este, que ataca sem dó

nem piedade os mais necessitados

e exclui cotidianamente do

debate os movimentos do campo

popular.

A Luta apenas se inicia.

Por Mais Democracia.

Diretas já!!!

Sem Medo da Democracia, Diretas Já

A geração de conhecimento

científico e tecnológico é condição

indispensável para a redução

de problemas econômicos e

sociais e para o conseqüente

desenvolvimento do nosso país.

O espaço acadêmico é

componente essencial desse

processo uma vez que nele estão

presentes diversos protagonistas

na construção do conhecimento

como os professores, estudantes,

cientistas. Nesse sentido, a

universidade brasileira precisa

fundamentalmente investir na

produção de ciência e tecnologia.

A comunicação entre as IES

e as comunidades locais, se

faz necessária para garantir

que a produção se utilizará

de conhecimentos específicos

contribuindo, desta forma, para o

desenvolvimento de determinadas

regiões. Um bom exemplo do

emprego de ciência e tecnologia

a serviço da comunidade é a lei

Capiberibe, que determina a

prestação de contas dos órgãos

públicos na internet.

Os investimentos em ciência e

tecnologia não podem se limitar

às universidades. Precisamos

fomentar no estudante brasileiro a

cultura de pesquisa desde o ensino

básico. Por isso defendemos a

criação de laboratórios em todas

as escolas.

Apesar da proliferação, por

exemplo, das lan houses por todo

país, a maioria da população ainda

se encontra excluída da chamada

era digital. A inclusão digital deve

ser fruto de uma política pública

com destinação orçamentária para

ações que promovam a inclusão

e equiparação de oportunidades

a todos os cidadãos. Neste

contexto, é preciso levar em conta

indivíduos com baixa escolaridade

e baixa renda. A democratização

do acesso às tecnologias deve

vir acompanhada de melhorias

educacionais e sociais para toda a

população.

Ciência e Tecnologia

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JORNAL DIRETAS JÁ

EUA, Cuba e Venezuela lado

a lado! Situação impossível de

acontecer? Honduras conseguiu

este feito inédito! Sabemos o

quanto o Brasil sofreu em 1964,

e hoje o povo Hondurenho está

sofrendo com o mesmo tipo de

golpe. O movimento DIRETAS JÁ

é ferrenhamente contra qualquer

tipo de atitude que possa afetar,

ou até mesmo acabar, com a

democracia dos países. Todas as

autoridades mundiais devem se

opor a esta atitude antidemocrática

imposta pelas forças armadas

Hondurenhas. A UNE não pode

ser diferente!!! Tem que levantar

a bandeira de apoio ao povo

Hondurenho e exigir do governo

brasileiro uma postura firme e

contrária a esta atitude.

Vendo a situação de Honduras,

temos que dar mais valor à

democracia da qual outrora nós

fomos privados!

Falando nisso, a próxima gestão

da UNE vai encarar o maior desafio

desde 1989, que é lutar para

manter a esquerda no poder indo

de encontro à patota neoliberal

de FHC e Serra. Grande desafio

também por ser a primeira eleição

democrática após a ditadura sem

o presidente Lula, fato este que

traz muita insegurança para todo o

campo progressista do país. Por isso

a UNE deve estar na vanguarda da

luta da esquerda do Brasil, levando

a todos o ideal de uma sociedade

mais justa. Temos exemplos reais

na América latina de governos

de esquerda. Venezuela, Bolívia,

Chile, Argentina, Paraguai,

entre muitos outros, elegeram e

reelegeram governos populares do

campo progressista.

Conscientizar o povo é nosso

dever, e estas eleições devem

servir não só para mantermos

a esquerda no executivo, mas

também reformular o legislativo,

pois mais uma vez o Brasil passa

por um escândalo na política.

Depois de tantos escândalos,

agora vem a crise dos atos secretos

e gastos exorbitantes daqueles

que nos representam. O Senado

Federal sempre tido como uma

instituição idônea atravessa seu

maior escândalo. Sabemos que

estes erros não vêm apenas dessa

gestão no Senado, mas a prática é

a mesma. Como poderia dar certo,

esta casa ter como presidente um

homem oriundo dos resquícios

oligarcas da ditadura que assolou

o país por décadas e passou sua

gestão ”empacotando o Brasil?

Tinha tudo para dar errado.

E deu! Por isso o Movimento

estudantil deve gritar FORA

SARNEY!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

É papel dos movimentos sociais

mostrar ao povo brasileiro que as

casas legislativas do nosso país

tem que sofrer uma reformulação

de pelo menos 80 % de seus

membros, para exterminar as

praticas fraudulentas e desonestas

dos nossos vereadores, deputados

e senadores.

Já a respeito da crise

internacional, vimos nos últimos

períodos o mundo passando por

uma crise causada pelas praticas

neoliberais lideradas pelos EUA.

Nós do movimento DIRETAS JÁ,

acreditamos que a via real para

a transformação da sociedade é

o socialismo. Portanto devemos

aproveitar este momento para

reafirmar nosso desejo de

mudança, por uma sociedade mais

justa e igualitária. Por isso neste

momento devemos levar a todos os

estudantes os conceitos socialistas

para lutar contra este capitalismo

selvagem, que acarreta todas as

diferenças sociais e a degradação

predatória do nosso planeta.

No Brasil, a crise não foi uma

marola, mas também não foi um

tsunami. Vimos o inicio da crise

sem afetar o Brasil, porém em

dado momento tivemos demissões

em larga escala. Com ações

afirmativas, o governo federal sem

duvida conseguiu amenizar os

efeitos, como por exemplo, através

da redução do IPI e de diversas

outras políticas econômicas. Mas

temos que ter claro que a política

econômica brasileira está longe do

ideal. Com o Meirelles no banco

Central, o governo Lula mantém

as altas taxas de juros e a forma

FHC de tocar a economia.

Por isso, mesmo sabendo que o

governo Lula é o mais avançado

entre todos os que já tivemos, ele

tem muitos problemas ainda. Por

isso a UNE deve se colocar como

uma instituição independente,

conclamando-o à responsabilidade

de efetuar as mudanças prometidas

ao povo brasileiro, inclusive

mobilizando a massa estudantil e

indo para as ruas.

Na Luta a vida inteira!

Nossa análise da Conjuntura

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JORNAL DIRETAS JÁ

Nós, estudantes brasileiros,

não temos acesso a um modelo

educacional eficaz. A constituição

garante que a educação é um direito

universal, porém, o serviço a que

temos acesso acaba por comprometer

o futuro dos indivíduos que deveriam

contribuir com a sociedade.

As escolas particulares, que surgem

com a finalidade de preencher a

lacuna que o Estado não consegue

preencher, não constroem cidadãos,

mas, se preocupam, meramente,

em preparar estudantes para os

vestibulares – concentrando, assim,

os seus esforços na reprodução

ideológica de mercado. Contudo,

entrar numa universidade pública

se tornou uma maratona, vencida

por poucos, em geral pelos que

tiveram aquela orientação voltada

unicamente para o vestibular. Ou

seja, ao estudante que passou a

vida inteira ralando em escolas

públicas, enfrentando uma série de

dificuldades, resta apenas freqüentar

faculdades particulares, com o

ensino precarizado, e sem condições

de sequer pagar a mensalidade.

Neste sentido, o PROUNI reduz as

dificuldades do estudante brasileiro

possibilitando sua entrada nas

instituições.

A sociedade brasileira não participa

do processo de construção do modelo

educacional que utilizamos em nossas

instituições de ensino. Estas, por sua

vez, não cumprem os seus papéis na

sociedade. O tripé – ensino, pesquisa

e extensão – que deveria ser central

na formação dos universitários não

existe em grande parte das IES. Os

elos entre instituições e sociedade

não são criados e não há o incentivo

aos projetos que visam estabelecer

esses canais. Projetos de extensão ou

de pesquisa não possuem atenção e

investimento adequado - em muitos

casos, são financiados por instituições

privadas. Por vivermos entre tantos

problemas, devemos lutar por

mudanças na política educacional

brasileira.

SINAES

O Sistema Nacional de Avaliação

do Ensino Superior (SINAES) precisa

ser implementado em sua totalidade.

Apenas o ENADE é executado

e funciona basicamente para o

ranqueamento das universidades

pagas. A prova não leva em conta as

regionalidades de cada canto do país,

além de ser obrigatória e punitiva

– o não comparecimento acarreta em

retenção do diploma e a nota baixa

em perda do FIES.

É preciso construir um amplo

debate com estudantes, mostrando a

importância de se exigir uma avaliação

de verdade, democraticamente

construída e não punitiva, que de

fato apresente resultados concretos,

na formação dos acadêmicos.Então,

desta forma, devemos dar nota ZERO

para o ENADE em cada IES desse país

chegando a um novo caminho para a

avaliação do ensino superior.

DEMOCRACIA NA

UNIVERSIDADE!

Os estudantes são absoluta minoria

na composição dos conselhos

superiores, perante os representantes

do corpo docente. O principal

argumento usado contra uma

participação maior dos estudantes

é a sua transitoriedade, explicada,

numa referência ao fato de a maioria

dos estudantes permanecer na

universidade por um período de suas

vidas relativamente curto, quando

comparado aos professores.

Nossa bandeira histórica é a

composição igualitária dos conselhos.

Desse modo, as três categorias da

comunidade universitária (estudantes,

funcionários e professores) estariam

igualmente representadas nos

colegiados.

Para o Movimento Diretas Já! as

eleições diretas para Reitor devem

ocorrer com base na mesma lógica.

Elas seriam paritárias, ou seja,

todos os membros da comunidade

poderiam participar das eleições,

mas seus votos seriam computados

na categoria à qual pertencem de

modo que cada uma, ao final, tivesse

o mesmo peso.

As mudanças no processo de

escolha do Reitor devem ser

acompanhadas por um novo estatuto

das Universidades, a ser elaborado

por uma assembléia estatuinte

também paritária. Além disso, temos

interesse em que ela seja composta

por membros da sociedade, por

movimentos sociais, por todos

aqueles que sentem a necessidade

e para os quais a educação deveria

estar voltada, o que não é caso

das Universidades hoje. Por

isso incentivamos, apoiamos e

participamos de movimentos nesse

sentido, assim como vem ocorrendo

na UnB e na UERN, e em algumas

outras universidades, graças à luta

dos seus estudantes.

PROPOSTAS:

- Revogação imediata do Artigo 56

parágrafo único da LDB, que limita

a participação dos estudantes nas

decisões das Universidades;

- Paridade nos Conselhos Superiores

e nas Eleições;

- Fim da Lista Tríplice;

- Estatuinte Já com composição

paritária.

FINANCIAMENTO

A Universidade, para que possa

seguir seus caminhos, sempre

centrada no tripé ensino, pesquisa

e extensão, deve receber pesados

investimentos do Poder Público. Essa

realidade tem sido observada nos

últimos anos, quando o Governo

Federal voltou a investir em educação,

revertendo o terrível estado na

qual a Universidade Brasileira se

encontrava nos fins do Governo FHC.

Esse massivo investimento garantiu

a ampliação do quadro docente e

técnico administrativo, criação de

novas IFES e novos campi, o Reuni,

que mesmo sem ampla discussão em

determinadas universidades, garante

as IFES a ampliação do número

de vagas, melhorias nas estruturas

físicas, maior número de professores

e redução da evasão escolar.

Anualmente a Desvinculação das

Receitas da União (DRU) retira do

orçamento da Educação cerca de 7

bilhões reais. Sobre este assunto os

estudantes conseguiram uma grande

vitória: a aprovação da Proposta de

Emenda à Constitucional (PEC96/03)

que reduz gradualmente, a partir

de 2009 até 2010 os percentuais

de DRU sobre as verbas para o

desenvolvimento e a manutenção da

educação previstos na Constituição

e em 2011 haverá a extinção da

DRU para a Educação. De 1994 a

2002, o Plano Nacional de Educação

(PNE) recebeu vetos que impedem

que 7% do PIB sejam investidos em

Educação. Precisamos lutar para

que os vetos sejam derrubados e

que gradativamente esse percentual

chegue aos 10%.

ASSISTENCIA ESTUDANTIL

Defendemos uma universidade

voltada para a transformação

social, para setores oprimidos e/

ou explorados, e que produza

conhecimento em conjunto com

a sociedade, servindo de fato à

população. Em que o ensino, pesquisa

e extensão sejam de fato indissociáveis,

ou seja, que sejam construídos em

conjunto, concomitantemente. Uma

universidade onde caibam todos e

todas que queiram nela estudar.

Não podemos esquecer que ao

falar em acesso, temos que falar

em permanência. Afinal, estudando

nessas instituições, estão desde ricos

a pobres. Sendo assim, pouco adianta

a inclusão dos estudantes de baixa

renda na Universidade se não for

assegurada a sua permanência ativa

na vida acadêmica.

Há equivocados, que dizem que

este é um assunto secundário ou

sem importância, por acreditar

que não há relação com o ensino

propriamente dito. Podemos observar

que existe uma parcela de estudantes

privilegiados que tem condições de se

dedicar exclusivamente aos estudos

e uma grande parcela que enfrenta

dupla jornada: a de trabalhador

assalariado, e a de estudante, que

muita das vezes fica comprometida

devida à sobrecarga de tarefas.

É considerável o aumento nos

investimentos do governo Lula em

educação superior. A ampliação de

vagas, contudo, deve estar associada

a uma consistente política de

assistência estudantil, para garantir a

permanência e a conclusão do curso.

Mas, infelizmente, como já citado, os

dirigentes das instituições de ensino

não vem dando muita importância a

essa questão.

PROPOSTA:

- Rubrica específica para Assistência

Estudantil, que leve em conta: Bolsa

Permanência, Bibliotecas, Bolsas de

Pesquisa, Residência Universitária,

Restaurantes Universitários,

Transporte (meia-passagem).

Ensino Privado

As poderosas instituições privadas

pouco respeitam a legislação

brasileira sobre educação e

tampouco oferecem uma educação

de qualidade aos seus alunos. Não

possuem o mínimo de docentes no

regime de dedicação exclusiva, nem

o mínimo de mestres e doutores. O

ensino-pesquisa-extensão não é uma

prioridade e a produção científica

é limitada. Qualidades importantes

para uma instituição que cuida do

futuro intelectual do país.

Algumas instituições chegam

a impedir a livre organização de

estudantes, funcionários e professores,

e quando o fazem, exercem

controle total sobre as entidades.

E não podemos deixar de lado o

aumento abusivo de mensalidades,

a cobrança de taxas e mais taxas e

a mercantilização das IES Privadas,

chegando ao ponto de terem ações

nas Bolsas de Valores, além da entrada

de capital estrangeiro sem controle.

Muitas discussões já foram travadas

sobre essa questão que resultaram na

formulação do PL7200/06, que trata

da Regulamentação do Ensino Privado

e todas essas discussões precisam

sair do papel, urgentemente, para

que os estudantes da rede particular

de ensino sejam mais respeitados e

tenham seus direitos assegurados.

NOVO ENEM

Vemos com muita simpatia as

possibilidades de mudança do atual

sistema de ingresso na Universidade

Brasileira. O Novo Enem rompe

as amarras do Ensino Médio no

país, que, atualmente, tem apenas

a finalidade de preparar estudantes

para o vestibular, deixando relegados

à segundo plano diversos conteúdos

fundamentais para a formação do

jovem. Defendemos a ampliação

dos debates por parte do MEC e a

participação da sociedade nestes.

A nacionalização do sistema é,

sem dúvida, um grande avanço no

processo de seleção de estudantes,

mas destacamos a importância de

valorizarmos as peculiaridades

regionais, que precisam ser

inseridas nos currículos escolares.

Somos favoráveis a manutenção

de alternativas ao ingresso na

Universidade como a proposta de

vestibular seriado e as políticas

afirmativas de reserva de vagas.

REUNI

Um importante avanço para a

universidade brasileira no último

período foi o projeto do REUNI.

Após longos anos de sucateamento

das universidades públicas, surge

como uma medida permanente

para a reestruturação, expansão e

fortalecimento do ensino público.

Além disto, o projeto versa sobre

diversas bandeiras históricas do

Movimento estudantil, como a

obrigatoriedade da abertura de cursos

noturnos, a criação de novos cursos,

a contratação de mais professores e

técnicos, a construção de novas salas

e o fortalecimento de mecanismos

de assistência estudantil em cada

universidade. Outra bandeira

histórica contemplada pelo projeto

é a autonomia universitária, que

garante que a própria instituição

defina suas prioridades.

No entanto, é sobre isso que

devemos ter maior atenção. É

justamente aí que deve ocorrer a

intervenção dos estudantes brasileiros

no sentido de garantir que os projetos

de suas universidades contemplem

suas principais reivindicações.

No primeiro momento muitas IES

aprovaram os seus projetos do

REUNI de maneira autoritária. Agora

devemos nos manter mobilizados

para que o debate continue a ser

alimentado nas instituições e para

que as demandas estudantis sejam

expressas.

ACESSO A UNIVERSIDADE –

COTAS E PROUNI

Durante toda a formação do nosso

país, vimos a segregação de classes,

de etnias, de gêneros, dentre outras

diversas camadas sociais. Isto se

reflete de forma direta na educação

de nosso país. Atualmente procuram-

se construir diversas políticas

compensatórias e de inclusão do

cidadão na universidade, dentre elas

as cotas e o ProUni.

Dentro da discussão sobre acesso

da juventude à universidade, não

podemos perder de vista o debate

sobre as políticas de cotas. O papel

dessas políticas é conter as distorções

históricas que estabeleceram o

processo de exclusão da população

mais humilde desse país.

As cotas nas universidades não

anulam a luta pelo ensino básico

público, gratuito e de boa qualidade,

e com aumento de vagas. Mas é

totalmente ilógico afirmar que a

luta pelo ensino básico anula a

luta pela ascensão das camadas

mais excluídas do processo de

desenvolvimento, como negros e

índios nas universidades, através de

medidas compensatórias, neste caso,

as cotas.

Ressalte-se que as cotas devem ser

temporárias, até que se consiga que

toda a sociedade possa disputar as

vagas da universidade em igualdade

de condições, sem se levar em

consideração quaisquer tipos de

diferenças porventura existentes.

Para o Movimento DIRETAS JÁ!

o debate das cotas deve ser casado

diretamente com o modelo de acesso

à universidade. Vimos o MEC este ano

implementar mudanças no processo

do vestibular. Todavia, o modelo

que estabelece simplesmente uma

prova para selecionar os ingressos é

defasado e desigual, pois não leva em

conta um processo de avaliação mais

contundente, considerando diversos

aspectos, como a formação do

estudante no ensino básico, seu perfil

social e suas habilidades específicas.

Acreditamos que o estudo de diversos

pontos do histórico escolar e de vida

do candidato pode surtir muito mais

efeito na pluralidade da universidade

do que uma simples prova.

O ProUni, implementado em 2005

pelo governo Lula, sempre foi objeto

de dúvidas do Movimento Estudantil.

Não se sabia como seria criticar ou

elogiar algo que não se viu na prática

e o tempo foi passando e esse tema

nunca foi debatido profundamente.

Hoje, o ProUni é uma realidade!

O programa tem como fim ampliar

os canais de acesso ao ensino

superior privado para estudantes de

baixa renda. Estes, que antes, não

possuíam a capacidade de entrar

nessas instituições. Como medida

temporária, o programa é um sucesso,

pois garante o acesso de mais de 400

mil jovens que não teriam condições

de entrar nas universidades. Porém,

muitos passos precisam ser dados.

o primeiro passo é ampliar o

ProUni para estudantes de escolas

particulares de baixo valor de

mensalidade, pois está se criando

uma nova parcela de excluídos,

àqueles que os pais se esforçaram

para dar um ensino melhor para o

filho, mas não tem como pagar uma

universidade privada ou concorrer

em igualdade de condições a uma

vaga na universidade pública.

A equação “política de acesso sem

política de permanência” tem apenas

um resultado: evasão!!! Propomos

que as universidades subsidiem as

cópias do estudante “prounista”, pois

este tem comprovadamente uma

situação financeira muito delicada e as

universidades recebem uma isenção

fiscal privilegiada e podem arcar

com este custo sem prejuízo algum.

Acreditamos também que deva existir

um programa de financiamento de

livros semelhante ao FIES, sendo estes

livros com preços populares e não

com o valor recheado de impostos e

atravessadores.

É público que as universidades

superfaturam o valor de mensalidades

com o objetivo de abrigar um menor

número de estudantes do ProUni.

Dada a isenção fiscal recebida pelas

universidades, é justo que se tenha

mais estudantes do ProUni nas

salas de aula. Por isso defendemos

o aumento das vagas de 8,5% da

receita da instituição para 10% da

mesma. Isto será um grande passo

no caminho da universalização do

ensino.

Apesar das nossas críticas, tanto

Cotas quanto ProUni são importantes

ações afirmativas no sentido de

transformar o perfil sócio-economico

da Universidade. Porém, devem

perdurar enquanto não conseguirmos

implementar a questão do acesso mais

democrático e plural e a melhoria do

ensino básico nas escolas públicas

do nosso país.

EDUCAÇÃO - Pensar o novo modelo

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JORNAL DIRETAS JÁ

Nós, estudantes brasileiros,

não temos acesso a um modelo

educacional eficaz. A constituição

garante que a educação é um direito

universal, porém, o serviço a que

temos acesso acaba por comprometer

o futuro dos indivíduos que deveriam

contribuir com a sociedade.

As escolas particulares, que surgem

com a finalidade de preencher a

lacuna que o Estado não consegue

preencher, não constroem cidadãos,

mas, se preocupam, meramente,

em preparar estudantes para os

vestibulares – concentrando, assim,

os seus esforços na reprodução

ideológica de mercado. Contudo,

entrar numa universidade pública

se tornou uma maratona, vencida

por poucos, em geral pelos que

tiveram aquela orientação voltada

unicamente para o vestibular. Ou

seja, ao estudante que passou a

vida inteira ralando em escolas

públicas, enfrentando uma série de

dificuldades, resta apenas freqüentar

faculdades particulares, com o

ensino precarizado, e sem condições

de sequer pagar a mensalidade.

Neste sentido, o PROUNI reduz as

dificuldades do estudante brasileiro

possibilitando sua entrada nas

instituições.

A sociedade brasileira não participa

do processo de construção do modelo

educacional que utilizamos em nossas

instituições de ensino. Estas, por sua

vez, não cumprem os seus papéis na

sociedade. O tripé – ensino, pesquisa

e extensão – que deveria ser central

na formação dos universitários não

existe em grande parte das IES. Os

elos entre instituições e sociedade

não são criados e não há o incentivo

aos projetos que visam estabelecer

esses canais. Projetos de extensão ou

de pesquisa não possuem atenção e

investimento adequado - em muitos

casos, são financiados por instituições

privadas. Por vivermos entre tantos

problemas, devemos lutar por

mudanças na política educacional

brasileira.

SINAES

O Sistema Nacional de Avaliação

do Ensino Superior (SINAES) precisa

ser implementado em sua totalidade.

Apenas o ENADE é executado

e funciona basicamente para o

ranqueamento das universidades

pagas. A prova não leva em conta as

regionalidades de cada canto do país,

além de ser obrigatória e punitiva

– o não comparecimento acarreta em

retenção do diploma e a nota baixa

em perda do FIES.

É preciso construir um amplo

debate com estudantes, mostrando a

importância de se exigir uma avaliação

de verdade, democraticamente

construída e não punitiva, que de

fato apresente resultados concretos,

na formação dos acadêmicos.Então,

desta forma, devemos dar nota ZERO

para o ENADE em cada IES desse país

chegando a um novo caminho para a

avaliação do ensino superior.

DEMOCRACIA NA

UNIVERSIDADE!

Os estudantes são absoluta minoria

na composição dos conselhos

superiores, perante os representantes

do corpo docente. O principal

argumento usado contra uma

participação maior dos estudantes

é a sua transitoriedade, explicada,

numa referência ao fato de a maioria

dos estudantes permanecer na

universidade por um período de suas

vidas relativamente curto, quando

comparado aos professores.

Nossa bandeira histórica é a

composição igualitária dos conselhos.

Desse modo, as três categorias da

comunidade universitária (estudantes,

funcionários e professores) estariam

igualmente representadas nos

colegiados.

Para o Movimento Diretas Já! as

eleições diretas para Reitor devem

ocorrer com base na mesma lógica.

Elas seriam paritárias, ou seja,

todos os membros da comunidade

poderiam participar das eleições,

mas seus votos seriam computados

na categoria à qual pertencem de

modo que cada uma, ao final, tivesse

o mesmo peso.

As mudanças no processo de

escolha do Reitor devem ser

acompanhadas por um novo estatuto

das Universidades, a ser elaborado

por uma assembléia estatuinte

também paritária. Além disso, temos

interesse em que ela seja composta

por membros da sociedade, por

movimentos sociais, por todos

aqueles que sentem a necessidade

e para os quais a educação deveria

estar voltada, o que não é caso

das Universidades hoje. Por

isso incentivamos, apoiamos e

participamos de movimentos nesse

sentido, assim como vem ocorrendo

na UnB e na UERN, e em algumas

outras universidades, graças à luta

dos seus estudantes.

PROPOSTAS:

- Revogação imediata do Artigo 56

parágrafo único da LDB, que limita

a participação dos estudantes nas

decisões das Universidades;

- Paridade nos Conselhos Superiores

e nas Eleições;

- Fim da Lista Tríplice;

- Estatuinte Já com composição

paritária.

FINANCIAMENTO

A Universidade, para que possa

seguir seus caminhos, sempre

centrada no tripé ensino, pesquisa

e extensão, deve receber pesados

investimentos do Poder Público. Essa

realidade tem sido observada nos

últimos anos, quando o Governo

Federal voltou a investir em educação,

revertendo o terrível estado na

qual a Universidade Brasileira se

encontrava nos fins do Governo FHC.

Esse massivo investimento garantiu

a ampliação do quadro docente e

técnico administrativo, criação de

novas IFES e novos campi, o Reuni,

que mesmo sem ampla discussão em

determinadas universidades, garante

as IFES a ampliação do número

de vagas, melhorias nas estruturas

físicas, maior número de professores

e redução da evasão escolar.

Anualmente a Desvinculação das

Receitas da União (DRU) retira do

orçamento da Educação cerca de 7

bilhões reais. Sobre este assunto os

estudantes conseguiram uma grande

vitória: a aprovação da Proposta de

Emenda à Constitucional (PEC96/03)

que reduz gradualmente, a partir

de 2009 até 2010 os percentuais

de DRU sobre as verbas para o

desenvolvimento e a manutenção da

educação previstos na Constituição

e em 2011 haverá a extinção da

DRU para a Educação. De 1994 a

2002, o Plano Nacional de Educação

(PNE) recebeu vetos que impedem

que 7% do PIB sejam investidos em

Educação. Precisamos lutar para

que os vetos sejam derrubados e

que gradativamente esse percentual

chegue aos 10%.

ASSISTENCIA ESTUDANTIL

Defendemos uma universidade

voltada para a transformação

social, para setores oprimidos e/

ou explorados, e que produza

conhecimento em conjunto com

a sociedade, servindo de fato à

população. Em que o ensino, pesquisa

e extensão sejam de fato indissociáveis,

ou seja, que sejam construídos em

conjunto, concomitantemente. Uma

universidade onde caibam todos e

todas que queiram nela estudar.

Não podemos esquecer que ao

falar em acesso, temos que falar

em permanência. Afinal, estudando

nessas instituições, estão desde ricos

a pobres. Sendo assim, pouco adianta

a inclusão dos estudantes de baixa

renda na Universidade se não for

assegurada a sua permanência ativa

na vida acadêmica.

Há equivocados, que dizem que

este é um assunto secundário ou

sem importância, por acreditar

que não há relação com o ensino

propriamente dito. Podemos observar

que existe uma parcela de estudantes

privilegiados que tem condições de se

dedicar exclusivamente aos estudos

e uma grande parcela que enfrenta

dupla jornada: a de trabalhador

assalariado, e a de estudante, que

muita das vezes fica comprometida

devida à sobrecarga de tarefas.

É considerável o aumento nos

investimentos do governo Lula em

educação superior. A ampliação de

vagas, contudo, deve estar associada

a uma consistente política de

assistência estudantil, para garantir a

permanência e a conclusão do curso.

Mas, infelizmente, como já citado, os

dirigentes das instituições de ensino

não vem dando muita importância a

essa questão.

PROPOSTA:

- Rubrica específica para Assistência

Estudantil, que leve em conta: Bolsa

Permanência, Bibliotecas, Bolsas de

Pesquisa, Residência Universitária,

Restaurantes Universitários,

Transporte (meia-passagem).

Ensino Privado

As poderosas instituições privadas

pouco respeitam a legislação

brasileira sobre educação e

tampouco oferecem uma educação

de qualidade aos seus alunos. Não

possuem o mínimo de docentes no

regime de dedicação exclusiva, nem

o mínimo de mestres e doutores. O

ensino-pesquisa-extensão não é uma

prioridade e a produção científica

é limitada. Qualidades importantes

para uma instituição que cuida do

futuro intelectual do país.

Algumas instituições chegam

a impedir a livre organização de

estudantes, funcionários e professores,

e quando o fazem, exercem

controle total sobre as entidades.

E não podemos deixar de lado o

aumento abusivo de mensalidades,

a cobrança de taxas e mais taxas e

a mercantilização das IES Privadas,

chegando ao ponto de terem ações

nas Bolsas de Valores, além da entrada

de capital estrangeiro sem controle.

Muitas discussões já foram travadas

sobre essa questão que resultaram na

formulação do PL7200/06, que trata

da Regulamentação do Ensino Privado

e todas essas discussões precisam

sair do papel, urgentemente, para

que os estudantes da rede particular

de ensino sejam mais respeitados e

tenham seus direitos assegurados.

NOVO ENEM

Vemos com muita simpatia as

possibilidades de mudança do atual

sistema de ingresso na Universidade

Brasileira. O Novo Enem rompe

as amarras do Ensino Médio no

país, que, atualmente, tem apenas

a finalidade de preparar estudantes

para o vestibular, deixando relegados

à segundo plano diversos conteúdos

fundamentais para a formação do

jovem. Defendemos a ampliação

dos debates por parte do MEC e a

participação da sociedade nestes.

A nacionalização do sistema é,

sem dúvida, um grande avanço no

processo de seleção de estudantes,

mas destacamos a importância de

valorizarmos as peculiaridades

regionais, que precisam ser

inseridas nos currículos escolares.

Somos favoráveis a manutenção

de alternativas ao ingresso na

Universidade como a proposta de

vestibular seriado e as políticas

afirmativas de reserva de vagas.

REUNI

Um importante avanço para a

universidade brasileira no último

período foi o projeto do REUNI.

Após longos anos de sucateamento

das universidades públicas, surge

como uma medida permanente

para a reestruturação, expansão e

fortalecimento do ensino público.

Além disto, o projeto versa sobre

diversas bandeiras históricas do

Movimento estudantil, como a

obrigatoriedade da abertura de cursos

noturnos, a criação de novos cursos,

a contratação de mais professores e

técnicos, a construção de novas salas

e o fortalecimento de mecanismos

de assistência estudantil em cada

universidade. Outra bandeira

histórica contemplada pelo projeto

é a autonomia universitária, que

garante que a própria instituição

defina suas prioridades.

No entanto, é sobre isso que

devemos ter maior atenção. É

justamente aí que deve ocorrer a

intervenção dos estudantes brasileiros

no sentido de garantir que os projetos

de suas universidades contemplem

suas principais reivindicações.

No primeiro momento muitas IES

aprovaram os seus projetos do

REUNI de maneira autoritária. Agora

devemos nos manter mobilizados

para que o debate continue a ser

alimentado nas instituições e para

que as demandas estudantis sejam

expressas.

ACESSO A UNIVERSIDADE –

COTAS E PROUNI

Durante toda a formação do nosso

país, vimos a segregação de classes,

de etnias, de gêneros, dentre outras

diversas camadas sociais. Isto se

reflete de forma direta na educação

de nosso país. Atualmente procuram-

se construir diversas políticas

compensatórias e de inclusão do

cidadão na universidade, dentre elas

as cotas e o ProUni.

Dentro da discussão sobre acesso

da juventude à universidade, não

podemos perder de vista o debate

sobre as políticas de cotas. O papel

dessas políticas é conter as distorções

históricas que estabeleceram o

processo de exclusão da população

mais humilde desse país.

As cotas nas universidades não

anulam a luta pelo ensino básico

público, gratuito e de boa qualidade,

e com aumento de vagas. Mas é

totalmente ilógico afirmar que a

luta pelo ensino básico anula a

luta pela ascensão das camadas

mais excluídas do processo de

desenvolvimento, como negros e

índios nas universidades, através de

medidas compensatórias, neste caso,

as cotas.

Ressalte-se que as cotas devem ser

temporárias, até que se consiga que

toda a sociedade possa disputar as

vagas da universidade em igualdade

de condições, sem se levar em

consideração quaisquer tipos de

diferenças porventura existentes.

Para o Movimento DIRETAS JÁ!

o debate das cotas deve ser casado

diretamente com o modelo de acesso

à universidade. Vimos o MEC este ano

implementar mudanças no processo

do vestibular. Todavia, o modelo

que estabelece simplesmente uma

prova para selecionar os ingressos é

defasado e desigual, pois não leva em

conta um processo de avaliação mais

contundente, considerando diversos

aspectos, como a formação do

estudante no ensino básico, seu perfil

social e suas habilidades específicas.

Acreditamos que o estudo de diversos

pontos do histórico escolar e de vida

do candidato pode surtir muito mais

efeito na pluralidade da universidade

do que uma simples prova.

O ProUni, implementado em 2005

pelo governo Lula, sempre foi objeto

de dúvidas do Movimento Estudantil.

Não se sabia como seria criticar ou

elogiar algo que não se viu na prática

e o tempo foi passando e esse tema

nunca foi debatido profundamente.

Hoje, o ProUni é uma realidade!

O programa tem como fim ampliar

os canais de acesso ao ensino

superior privado para estudantes de

baixa renda. Estes, que antes, não

possuíam a capacidade de entrar

nessas instituições. Como medida

temporária, o programa é um sucesso,

pois garante o acesso de mais de 400

mil jovens que não teriam condições

de entrar nas universidades. Porém,

muitos passos precisam ser dados.

o primeiro passo é ampliar o

ProUni para estudantes de escolas

particulares de baixo valor de

mensalidade, pois está se criando

uma nova parcela de excluídos,

àqueles que os pais se esforçaram

para dar um ensino melhor para o

filho, mas não tem como pagar uma

universidade privada ou concorrer

em igualdade de condições a uma

vaga na universidade pública.

A equação “política de acesso sem

política de permanência” tem apenas

um resultado: evasão!!! Propomos

que as universidades subsidiem as

cópias do estudante “prounista”, pois

este tem comprovadamente uma

situação financeira muito delicada e as

universidades recebem uma isenção

fiscal privilegiada e podem arcar

com este custo sem prejuízo algum.

Acreditamos também que deva existir

um programa de financiamento de

livros semelhante ao FIES, sendo estes

livros com preços populares e não

com o valor recheado de impostos e

atravessadores.

É público que as universidades

superfaturam o valor de mensalidades

com o objetivo de abrigar um menor

número de estudantes do ProUni.

Dada a isenção fiscal recebida pelas

universidades, é justo que se tenha

mais estudantes do ProUni nas

salas de aula. Por isso defendemos

o aumento das vagas de 8,5% da

receita da instituição para 10% da

mesma. Isto será um grande passo

no caminho da universalização do

ensino.

Apesar das nossas críticas, tanto

Cotas quanto ProUni são importantes

ações afirmativas no sentido de

transformar o perfil sócio-economico

da Universidade. Porém, devem

perdurar enquanto não conseguirmos

implementar a questão do acesso mais

democrático e plural e a melhoria do

ensino básico nas escolas públicas

do nosso país.

EDUCAÇÃO - Pensar o novo modelo

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JORNAL DIRETAS JÁ

A diversidade cultural está

presente nas diversas faculdades

e universidades espalhadas

pelo Brasil. Não é muito difícil

perceber a atuação de grupos

culturais dentro dessas instituições.

Jogadores de RPG, grafiteiros,

skatistas, roqueiros e outras tribos

ditam o ritmo da produção cultural

da juventude.

Na atual conjuntura é notada

a importância da cultura como

uma das eficazes linguagens

de comunicação e expressão

da sociedade, sobretudo da

juventude. A cultura urbana,

por exemplo, com todo seu

híbrido dinamismo e as intensas

manifestações das suas “tribos”

tornou-se, indiscutivelmente,

poderosa nesta lógica.

Deste modo, torna-se

fundamental que a atuação

do Movimento Estudantil

– efetivamente do Movimento

Universitário – perceba a

importância desses grupos e tribos

que se formam no ambiente das

universidades por esse país afora.

Levando em conta, toda a influência

que essas “micro-organizações”

exercem na construção do perfil

dos estudantes e as especificidades

que marcam sua atuação...

O Movimento Diretas Já!

defende que as manifestações

dessas tribos estejam contidas nas

pautas do Movimento Estudantil.

Pois, não é admissível que a Bienal

da UNE priorize a produção

cultural acadêmica, dificultando

desta forma, a participação dessas

produções, e desmobilizando as

iniciativas protagonistas desses

grupos.

PROPOSTAS

Fortalecimento da Diretoria de

Cultura da UNE;

Democratizar o acesso à

produção independente dos

estudantes na Bienal da UNE;

Reconhecer e incentivar as

manifestações culturais alternativas

produzidas nas universidades

brasileiras;

Criação de espaços direcionados

para produção cultural dos

estudantes nas universidades;

Realização de Festivais Estudantis

de Cultura com o objetivo de

estimular a produção artística dos

estudantes;

Criação do Circuito Cultural

Universitário com o objetivo de

intersetorializar as produções

culturais dos estudantes

universitários.

Diversidade Cultural“A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte...” (Titãs)

Por muito tempo o Movimento

Estudantil era o único canal de

diálogo da juventude brasileira

para obtenção das transformações

sociais. A redemocratização

do país pós golpe militar

de 1964 proporcionou um

maior amadurecimento das

pautas políticas, anteriormente

dispensadas e foi dada à população

no cerne da Carta Magma de 1988,

o eixo da Democracia Participativa

e Compartilhada, possibilitando

assim maior engajamento e

visibilidade nas causas inerentes

as minorias.

Mesmo com alguns atrasos,

muitos movimentos passaram a

se reorganizarem e estimularem

diversas outras lutas, entre

estas, temas que não foram

essencialmente contemplados na

nossa constituição, “Juventude é

um destes”. Porém pelos motivos

que apontamos anteriormente,

identificava-se o Movimento

Estudantil como o interlocutor

desta luta, porém, com as

novas opções participativas e

possibilidades de engajamento,

muitos optaram por estarem

mais próximos das lutas que

interferiam diretamente em suas

comunidades. Assim, ampliou-se

qualitativamente a participação

da juventude em diversos

movimentos: ambientalista,

desportivo, cultural, comunitário,

religioso, educacional, em especial

o movimento partidário.

Dentro desta ótica, se fez

necessário uma nova avaliação

e perspectiva do papel que estes

jovens ocupavam. Pauta-se assim

na sociedade a necessidade efetiva

de implantação de programas que

pudessem atender demandas mais

abrangentes dentro dos temas

importantes para a juventude.

Somente no governo do

presidente Lula, pressionado pela

mobilização dos movimentos de

juventude é que foram constituídos

o Conselho e a Secretaria Nacional

de Juventude, organismos estes

que ainda buscam a consolidação

do seu espaço governamental e

a efetivação de um diagnóstico

mais aprofundado sobre os

diversos temas juvenis, pautados

em especial pelo Pacto pela

Juventude sabe-se, porém que isso

não é suficiente ainda existe muito

a ser feito.

Seguindo esta linha, convocou-

se a 1ª Conferência Nacional de

Juventude, onde se apontou a

grandiosidade de temas debatidos

pela juventude e que não obtinham

a atenção devida dos agentes

políticos, porém ainda é pouco

se avaliarmos que a maioria das

propostas encontram-se no campo

institucional e sua efetivação ainda

depende da aprovação e vontades

destes mesmos agentes.

A União Nacional dos Estudantes

tem papel fundamental nesta

luta, porém ela própria precisa se

readaptar para isso. O “Diálogo

das Organizações Juvenis” foi um

avanço do protagonismo da UNE

frente às PPJ’s, apesar do modelo

simplista para o tamanho da UNE

e o número de jovens que ela

representa.

Diversas outras pautas que

envolvem a juventude também

têm ações da UNE. Como por

exemplo, no Movimento Cultural:

A UNE dá a linha política no

Centro Universitário de Cultura

e Arte. Entretanto o CUCA

ainda não é amplo ao ponto

de conseguir efetivamente se

tornar uma alternativa a cultura

“global” colocada todos os

dias na mesa dos estudantes

brasileiros. Urge a necessidade

do “desencastelamento”

destes instrumentos e torna-los

verdadeiros instrumentos da

cultura popular.

A união dos movimentos sociais

e instituições políticas apresentam

elementos de força que vem da

representatividade e da capacidade

de mobilização de organizações e

podemos juntos em um mesmo

bloco de debate constituir diversas

alternativas políticas, e que muitas

lutas já travadas juntas foram

vencidas.

Façamos uma reflexão! A

mobilização social é fundamental

para a construção de um projeto

alternativo. E têm o papel de elencar

demandas, encontrar caminhos e

soluções através da expressão de

críticas às políticas governamentais

que não contemplam a sociedade

em especial a juventude.

PROPOMOS:

• Participação de entidades do

M.E em conselhos municipais e

estaduais de juventude;

• Maior protagonismo da UNE

nos espaços internacionais de

Políticas Públicas de Juventude;

• Por um Estatuto e um Plano

Nacional de juventude que

contemple a grandiosidade do

Brasil.

As políticas públicas de juventude e omovimento estudantil

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JORNAL DIRETAS JÁ

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Todos os direitos humanos são universais, interdependentes, indivisíveis e inter-relacionados. Alguns aspectos já foram conseguidos no sentido de assegurar que as mulheres possam viver com a mesma dignidade e respeito que os homens. A lei Maria da Penha é um exemplo de avanço nas conquistas femininas.

Não obstante o crescimento da atuação feminina nas diversas áreas da sociedade, quando levamos em consideração o fato de sermos maioria populacional e acadêmica, lembramos que somos as responsáveis pelas eleições, afinal o voto das mulheres é determinante em qualquer resultado eleitoral, e percebemos a necessidade de fortalecermos as políticas de igualdade de gênero em nosso país. Políticas essas que não são respeitadas por aqueles que elegemos.

As lutas femininas devem ser travadas não apenas em nível institucional, mas na vida cotidiana, a partir das relações interpessoais, na transformação da consciência historicamente machista da população, combatendo as opressões cotidianas que tanto nos oprimem e nos fragilizam.

Nosso objetivo é romper com a intolerância e forma machista de condução que ainda predomina em nossas discussões enquanto entidade, legitimando nossas lideranças femininas e exaltando nossas diferenças. Por isso, jovens mulheres, urge o chamado para continuarmos as lutas iniciadas no passado pela garantia ao direito constitucional de igualdade e

liberdade.Estudantes, somos construtoras

de opinião, transformadoras da realidade, precisamos estar inseridas nas tomadas de decisão, precisamos ser agentes atuantes na luta por uma sociedade de mulheres e homens, por uma sociedade verdadeiramente igual.

ASSIM PROPOMOS:Aplicação eficaz das políticas

promovidas pela secretaria especial de políticas para mulheres do governo federal;

Construção de novas políticas de igualdade de gênero.

Campanha de divulgação da lei Maria da Penha, bem como torná-la obrigatória nos currículos acadêmicos dos cursos de Direito e sociologia;

Crescimento da representação feminina no movimento estudantil e nas lideranças das entidades estudantis.

Fortalecimento dos núcleos de igualdade de gênero dentro das Universidades;

Apóio para criação de pastas, secretarias ou núcleos de promoção à igualdade de gênero nas entidades de base;

Apóio a ampliação de projetos de extensão com os movimentos sociais da causa do gênero;

DIVERSIDADE SEXUAL E JUVENTUDE: Movimento Estudantil Socialista para um mundo melhor e possível!

“Olhei tudo, aprendi e um belo dia eu vi que: ser um homem-feminino, não fere o meu lado masculino; se Deus é menina e menino, sou masculino-feminino”.

O movimento de direitos

humanos que se inicia a partir da segunda guerra mundial, mostrou ao mundo o poder de mobilização das pessoas oprimidas e que tinham direitos negados por sua cor, gênero, raça, orientação sexual. A história dos direitos humanos pode ser avaliada como uma sucessão de ondas evolutivas que nos leva ao avanço da percepção do nosso contexto sociocultural e revela, cada vez mais, nossos potenciais coletivos e individuais.

“Cada um sabe a dor e delícia de ser o que é”.

No que se refere ao Brasil, a luta pela livre expressão da orientação sexual e identidade de gênero, esbarra nos altos índices de morte e/ou violência praticada contra homossexuais. Luiz Mott afirma em dos seus livros que (MOTT, 2000, p. 11): “O assassinato de gays, travestis e lésbicas, é uma tragédia mundial, ocorrendo tanto nos países mais civilizados, mais, sobretudo nos países de terceiro mundo. É a expressão mais grave e cruel da homofobia.

A sexualidade humana se manifesta por meio de padrões culturais historicamente determinados. Instituições religiosas com grande influência política e social no país, além da severidade implícita em seus dogmas, vêm impondo modelos de normalidade que influenciam diretamente na atuação dos poderes legislativo, executivo e judiciário, que regem a nação brasileira, reforçando o preconceito e a violência pela orientação sexual não heterossexual e identidade de gênero diferente do sexo biológico.

Assim sendo, o movimento DIRETAS JÁ, tem como bandeira de luta as pautas do movimento social LGBT. Através das entidades de base e da União Nacional dos Estudantes, é possível pautar direitos para a população LGBT brasileira, tendo nas Universidades, espaço de pesquisa e intervenção social, essencial para a conquista de direitos. Na defesa de uma sociedade melhor e possível, sem homofobia, propomos:

Fortalecimento da Diretoria LGBT da UNE;

Campanha nacional de combate à homofobia, com movimentos que apóie o Projeto de lei 122/2006 que busca criminalizar a homofobia no Brasil;

Fortalecimento dos núcleos de cidadania LGBT ,criados pelo Programa Brasil sem Homofobia , nas Universidades públicas de todo o país;

Apóio e difusão do Programa Brasil sem Homofobia, da Secretaria especial de direitos humanos - Governo Federal;

Ampliação dos debates e rodas de diálogo sobre a temática LGBT, nas diversas áreas do conhecimento;

Apóio para criação de pastas, secretarias ou núcleos de combate à homofobia nas entidades de base;

Apóio a ampliação de projetos de extensão com os movimentos sociais da causa do gênero e orientação sexual.

Apoio ao projeto 4914, que autoriza a União Civil entre pessoas do mesmo sexo

Apoio a adoção por casais homossexuais

Respeito à igualdade de gênero “...Minha força não é bruta, não sou freira, nem sou puta...” (Rita Lee)

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JORNAL DIRETAS JÁ

Márcia Rebeca (AM) – Vice Presidente da UNEPedro Paulo Cavalcante (RJ) – 1º Diretor PPJ da UNEBruno da Mata (BA)– Diretor de C&T da UNEFabrício Machado (TO) – Diretor de Meio Ambiente da UNE

E mais:

AmapáArleson Moraes - UNIFAPBruno Cavalcanti - UNIFAPRubens Paulo - SEAMAAlagoasMaria Vânia de Souza - COORD. DCE UNEALFlávia Silva Damasceno - DCE UNEALOtávio de Oliveira Bezerra - C.A DE DIREITO FALRafael da Silva Gomes - CA DE SERVIÇO SOCIAL UFALTiago Rodrigo dos Santos Chaves - CESMACLucas Marcelo Tenório de Lima Moraes - CESMACJackson de Douglas Alves Feitosa - FAAJosé Alison de Santana - FAADiego Bernardes da SilvaHeberton Fonseca de AraújoDilma Alessandre dos Santos - UFALCaroline Lins dos Santos - UFALIzrael Gomes de Amorim Santos - UNEALPedro Henrique Farias de Barros Bergson Lima Tenório - CESMACNaciel da Silva Campos - UNEALClécia da Silva Tojal - UNEALEwelton Santos do Nascimento – UFALBahiaVitor Viana - UCSALVitor Gantois -UCSALToni Frank - UCSALRio de JaneiroThiago Lyra – Vice-Presidente UEE-RJVinicius Siqueira – 1º tesoureiro UEE-RJDouglas Moreira – Dir. Pol. Educacionais UEE-RJMarcia Rodrigues – Dir. Acadêmica UEE-RJ e Presidente DCE UniverCidadeHugo – Dir. Inc. Dig. Software livre UEE-RJClaudio Pereira – Dir. Cultura UEE-RJ, Mauricio – Vice Norte/noroeste UEE-RJ, Andre – Vice Serrana UEE-RJPaulo – Dir. esportes UEE-RJDaniel Santos – Dir. Ciência e Tecnologia UEE-RJHenrique Souza – Pres. União Estudantil de ItaboraíDavid Lira – Pres. Associação Gonçalense de EstudantesFelipe Vieira – Pres. DCE Unigranrio, Leandro – DA Santa Luzia,André Oliveira – DA Santa LuziaFabio Panizzutti – Pres. DCE Estácio ResendeIgo Menezes – Unigranrio,Juan – Unigranrio, Wandré – UERJ,Raphael – UERJ,Thania Andréa – UFRJ, Antonio Magalhães – UFRJVictor Magalhães – UFRJÂngelo Luz – DCE UniverCidadeAlan Xavier – DCE UniverCidadeRaquel Barros – DCE UniverCidadeAline Sampaio – DCE UniverCidade

Eveline Santos – DCE UniverCidade,Josiane Freitas – DCE UniverCidadeEduardo Barbosa – DCE UniverCidadeWendel Almeida – DCE UniverCidadeGustavo Cidade – DCE UniverCidadePedro Henrique – DCE UniverCidadeIsabela Cristina – DCE UniverCidadeRamires Menezes – EstácioMaria Aparecida – EstácioRafael Titonelli – Estácio Danielle Trega – EstácioHelio Adriano – EstácioAila Barbosa – EstácioCaio Vaz – EstácioLouise Barcellos– EstácioEverton Sodré – EstácioHermes Gomes – EstácioBruno Henrique – EstácioCarlos Furtado – EstácioAmazonas Rodrigo Marques - vice-presidente da UEE-AMMarja Geneviève - presidente do CA de Fisioterapia da Uni Nilton LinsPaulo Roberto - dir. de Comunicação do DCE-UFAMJoyce Evelin - dir. de Interiorização do DCE-UFAMAlyson Souza - dir. de Eventos do DCE-UFAMCatarina Ágata - dir. de Meio AMbiente do DCE-UFAMFelipe Dionísio - dir. de Políticas Educacionais do DCE-UFAMDanielle Gomes - dir. da UEE-AMLucas Thiago - DCE-CIESALeandro Athayde - DCE-CIESARio Grande do NorteAdalberto Frank - Presidente da ANENestor Gomes - Presidente do DCE/UERNFlávio Luiz (cavera) - Presidente do DCE/UFERSAGladier Linhares - DCE - UnPAilton Torres - Direito UERN - NatalErison Natecio - Presidente JSB - Mossoró/RNVanicleudo Batista - Vice Presidente da JSB/RNPetrônio Andrade - UERN – MossoróDaniel - Presidente do DCE UnPDistrito FederalGabriel Dias - Universidade do Distrito Federal (UDF)Gabriel Villarim - Universidade do Distrito Federal (UDF)Fábio Almeida - Pres. do DA de Ciência Política/REL Internacionais da UDFAndré Kerber - Tesoureiro do DCE UniCEUBAmanda Lavor - Unicesp Havilá da Nobrega - UNBCassiana Umetsu - UNBMayara Youing - UNICESPLaiz Marine - UNICESPLuciane Guazelli - UNICESPPernambucoIsrael Ubaldo - DA de Filosofia da UFPETiago Ladislau - UFPEAlexandre Elias - Coordenador Geral do DCE UFRPEPedro Justino - Secretário Geral do DCE UFRPEVicente Moraes - Dir. da UEPIgor Belchior - Dir. da UEPAlexandre Burque - UFPEMayck Falcão - FAUPE

Rogério - DA de Física da UFRPEFlávio Campos - UFPERafael - MAurício de NassauFernando Mariano - FFPGClaudeci Juvino - FACIGAndréa - DA de Pedagogia da UFRPEDouglas - DA de Biologia da UFRPEFelipe - FaestCarina - DA de Pedagogia da UFRPEAmanda - DA de Pedagogia da UFRPERaphael - DA de Biologia da UFRPESergipeNiully Nayara Campos - Pres. DCE UNITGustavo Costa - CA de Direito UNITEric Luiz - UNITAlessandro Costa - CA de Geografia UNITThieryson Santos CA de Direito UNITAcreJanaína Sanchez Marzalek- UNINORTE Eliane Lopes da Silva Lima – Vice-Presidente DCE FAAO Jomara Katrini Vitoriano de Souza-UNOPAR Raphael Batista da Silva-UFAC Nelson Sá de Carvalho-UNINORTEFrancisco das Chagas C. da Silva-Tesoureiro DCE FAAO Luana Melo Lima-UFACPedro Gomes de França-FACINTERMadson Willander Melo de Sá-COCThiago Higino Xavier Mendonça-UNINORTESão PauloAitam Camilo – FESP-SPDalmo Viana – FESP-SPDanilo Otto – UNISANTOSTatiana Rodrigues – UNICSULTalita Meng – UNISANTOSAlexandre Peres – UNINOVEDayane Pereira – UNINOVELeiticia Ribeiro - FATEC - CarapicuibaAngela Santos – Anhaguera – OsascoUyran Carlos - Anhaguera – OsascoJuliane Monteiro - Anhaguera – OsascoRaiane – UNIFEO Lucas Duarte – UNISANTOSRafael de Oliveira – UNISANTOSTatiane Mendonça – UNICSULAlessandra Maciel – UNICSULMarcelo Cavalcante - UNICSULSegio de Souza – UNICSULFernanda Ribeiro - Anhaguera – OsascoLuzeane Souza - Anhaguera – OsascoParaíbaRômulo Halysson Santos de Oliveira - UVAPhablo Daniel Carneiro da Gama - UNIPÊGabriel Honorato de Carvalho - UNIPÊGregory Michel Matias Gentle - UNIPÊPriscilla Gomes de Araújo - UEPBTocantinsLázaro de Souza UEE/TONathaly de Sousa UEE/TOJosé Ribamar N. Júnior UEE/TOYVES Bekeran UEE/TOMoacir Laureano Marques Presidente do DCE/FACPriscila Pires Católica do TocantinsDomingos Rodrigues Presidente do DCE/UNIRGEnderson Alves Nunes Presidente do CA de Biologia CEULP/ULBRAEduardo Sirqueira UNITINS/EADCOM

Valorizam essas propostas

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