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Projeto Diocesano de Formação do Laicato Ano 53 . Nº 397 . Abril 2019 Informativo da Diocese de Tubarão 60 anos de Consagração Religiosa No dia 01 de Abril, Irmã Johanna Niemann, que trabalha na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, completou 60 anos de vida consagrada. Exemplo de vida missionária, a Irmã pertence ao Instituto do Coração de Jesus e ser- ve com alegria a Paróquia, em especial aos mais pobres e necessitados. Lindo exemplo de vida cristã. Parabéns Irmã Johanna! Irmã Johanna Niemann Aula Magna sobre a Sinodalidade da Igreja Local abre o ano letivo Página 06 Dom Sérgio da Rocha falou na Catedral e rezou com a juventude Página 04 Albertina e a Vida Nova da Páscoa Página 02 No ritmo das Santas Missões Populares Página 13 Página 16

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Page 1: Informativo da Diocese de Tubarão Ano 53 . Nº 397 . Abril 2019 Projeto Diocesano de ... · 2019-07-30 · Os tempos, as circunstân - cias, a cultura em que Alberti - na viveu eram

Projeto Diocesano de Formação do Laicato

Ano 53 . Nº 397 . Abril 2019Informativo da Diocese de Tubarão

60 anos deConsagração Religiosa

No dia 01 de Abril, Irmã Johanna Niemann, que trabalha na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, completou 60 anos de vida consagrada. Exemplo de vida missionária, a Irmã pertence ao Instituto do Coração de Jesus e ser-ve com alegria a Paróquia, em especial aos mais pobres e necessitados. Lindo exemplo de vida cristã. Parabéns Irmã Johanna!

Irmã Johanna Niemann

Aula Magna sobre a Sinodalidade da Igreja Local abre o ano letivoPágina 06

Dom Sérgio da Rocha falou naCatedral e rezou com a juventude

Página 04

Albertina e a Vida Nova da PáscoaPágina 02

No ritmo das SantasMissões Populares

Página 13

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Albertina e a VidaNova da Páscoa

“A santidade é viver em união com Cristo os mistérios da sua

vida; consiste em associar-se de uma maneira única e pessoal à

morte e ressurreição do Senhor” (GE, n. 20)

Neste mês de abril, no dia 11, completam-se cem anos do nascimento de Albertina Berkenbrock. Um pouco de-pois, no dia 21, será o Domingo da Páscoa da Ressurreição do Senhor. A vida e o martírio da nossa Beata tornam-se brilhan-tes quando contemplados sob a luz intensa do evento central da fé cristã: a vitória de Jesus so-bre a morte.

Os breves doze anos vividos por Albertina têm o valor da Eternidade. Ela teve tempo para conhecer Jesus Cristo, cami-nhou com Ele, escutou sua Pa-lavra, experimentou ser amada por Ele; também o contemplou, adorou, nele confiou e com Ele permaneceu para sempre. Nas-cida e educada numa família

cristã, em sua comunidade de fé viveu o amor com um coração puro e sincero. Tudo isso im-pregnou seus atos e seu dia a dia da santidade de Deus. Aos olhos meramente humanos, sua mor-te prematura e violenta foi um aniquilamento; aos olhos da fé, associada ao mistério de Cris-to, vivenciou a Páscoa: “Onde está tua vitória, ó morte?” (1Cor 15,55).

Os tempos, as circunstân-cias, a cultura em que Alberti-na viveu eram muito diferentes e, até mesmo, pouco ou nada comparáveis com a realidade de hoje. Estamos em “mudança de época” e o mundo se descris-tianizou. Às vezes se pergunta: seria Albertina, ainda hoje, um modelo ou um estímulo de vida cristã e de santidade sobretudo para os jovens?

A santidade não está nas cir-cunstâncias ou na transitorieda-de das coisas, mas na intensida-de com que se vive o Amor Fiel: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua força e com todo o teu entendimen-to; e a teu próximo como a ti mesmo!” (cf. Lc 10,27). Pe. Mi-chel Quoist dizia num de seus poemas: “O mais importante não é a posição do jogador em campo; o que importa é o estilo com que realiza suas jogadas”.

A Igreja nos ensina que “to-

dos os fiéis, seja qual for a sua condição ou estado, são chama-dos pelo Senhor à perfeição do Pai, cada um por seu caminho” (LG, n. 11). Todos! Cada um por seu caminho: caminho único e específico, que Deus indica. O importante é que cada um de nós precisa entender o seu pró-prio caminho, dentro da sua re-alidade, e trazer à luz o melhor de si mesmo, no melhor estilo. Todo santo é único. “Não deve-mos imitar o que não foi pensa-do para nós”, diz o Papa Francis-co.

“Cada santo é uma mensa-gem que o Espírito Santo ex-trai da riqueza de Jesus Cristo e dá ao seu povo” (cf. GE, n. 21). “Oxalá consigas identificar a pa-lavra, a mensagem de Jesus que Deus quer dizer ao mundo com a tua vida. Deixa-te transfor-mar, deixa-te renovar pelo Espí-rito para que isso seja possível, e assim a tua preciosa missão não fracassará” (Cf. GE, n. 24).

A conversão do coração – grande apelo da Quaresma – se dá mediante a volta para Deus e para o próximo. Que bom se-ria se os grandes objetivos da Campanha da Fraternidade e, no caso do tema deste ano, o apelo à participação em políti-cas públicas fossem entendidos à luz da Ressurreição de Jesus e como expressão do Mandamen-to do Amor.

Dom João Francisco SalmBispo Diocesano

Jornal Diocese em Foco . Tiragem 13.500Rua Senador Gustavo Richard nº 90Cx. Postal 341 . 88701-220 . Tubarão . SCFone/Fax.: (48) 3622-1504pastoral@diocesetb.org.brwww.diocesetb.org.brwww.facebook.com/ DioceseTubarao

Conselho EditorialPe. Lino Brunel

AdministraçãoPe. Pedro Debiasi

CorreçãoPe. Lino Brunel

JornalistaVera Lúcia M. Garcia

SC 01097 JP

ComercialMarcos Giraldi

(48) 9129-2500

Projeto Gráficomddois.com.br

As quatro áreas do Movi-mento de Irmãos realizaram encontros de formação com os casais líderes de Grupos. No dia 09 de março fez sua forma-ção a Área 1, no Morrotes e em 10 de março houve formação na Área 2, em Braço Do Norte. As Àreas 3 e 4 fizeram a prepa-ração de suas lideranças já no

M O V I M E N T O D E I R M Ã O S

Capacitação para Líderes dos Grupos

Encontro de Líderes, em Braço do Norte

Dia 09 de março, o Movimento de Irmãos do Morrotes fez visita e levou palavras de esperança, conforto e animação aos Velhinhos do Abrigo de Tubarão e o Movimento de Irmãos de Braço do Norte, aos doentes e funcionários do Hospital Sta Te-rezinha. SHALOM!

Visita ao Hospital Sta Terezinha

Edison De PieriColaborador

mês de fevereiro. Nestes en-contros, além das orientações repassadas aos líderes, hove palestras sobre Motivação, Liderança e Fé e Oração. O Movimento de Irmãos traba-lha com o intuito de construir a fraternidade e fortalecer a família, que é um bem maior. Família é sal da terra, luz do mundo, é fermento para toda sociedade. Deus não escolhe os preparados, Ele prepara os escolhidos.

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Infância eAdolescênciaMissionária

Para além das Santas Missões Populares

Pe. Rodrigo José da SilvaAssessor

A dimensão missionária é in-trínseca ao ser cristão. O gran-de desafio é que nem todos os cristãos têm esta consciência. A partir deste desafio, um dos objetivos das Santas Missões Po-pulares é o de despertar a cons-ciência missionária nos cristãos. Há muitos cristãos, mas há pou-cos missionários. Como pode-mos despertar esta consciência? Por onde podemos iniciar este trabalho?

Se queremos formar discípu-los missionários, ou seja, cristãos conscientes do seu protagonis-mo na ação evangelizadora, cris-tãos amadurecidos na fé, deve-mos ir além das Santas Missões Populares. Uma das propostas de ação é o trabalho com a IAM (Infância e Adolescência Missio-nária).

Qual a finalidade da IAM? A IAM tem como finalidade suscitar o espírito missionário universal nas crianças, desper-tando-lhes o protagonismo na solidariedade e na evangeliza-ção e, por meio delas, em todo

o Povo de Deus: “Crianças aju-dam e evangelizam crianças”. São crianças em favor de outras crianças.

Tomando como exemplo a vida de Jesus e de seus discípu-los, a Infância e Adolescência Missionária tem em Maria, a mãe de Jesus, uma fiel testemunha da autêntica ação evangelizadora. Inspira-se também em São Fran-cisco Xavier e Santa Teresinha do Menino Jesus, Padroeiros das Missões. Ambos viveram arden-temente o carisma missionário universal, doando suas vidas pelo anúncio do Evangelho.

Neste ano de 2019, o COMIRE (Conselho Missionário Regional) está oferecendo uma Escola de Formação para Assessores da IAM, em quatro etapas, em Lages. No mês de fevereiro tive-mos a primeira etapa. Em abril, nos dias 26 a 28, teremos a segunda etapa. Interessados em participar da Escola, entrem em contato com o COMIDI (Comissão Missionária Diocesana)

que tem como coordenador o Pe. Rodrigo J. da Silva (99633-9797).

A Sinodalidade naIgreja Local I

A palavra sinodalidade tem ganhado forte acento no atual pontificado. O Papa Francisco tem sido enfático ao indicar o caminho da si-nodalidade para uma autên-tica interação entre o ser e a missão da Igreja.

A Igreja de Jesus Cristo, diz o Papa, “encontra na pa-lavra sínodo, da qual deriva a palavra sinodalidade, tudo o que o Senhor pede de nós”. Como se pode perce-ber em grande parte de seus pronunciamentos, o bispo de Roma quer uma Igreja sinodal. No discurso de co-memoração dos cinquenta anos da instituição do síno-do dos bispos, declarou o pontífice: “O mundo em que vivemos e que somos cha-mados a amar e servir, mes-mo nas suas contradições, exige da Igreja o reforço das sinergias em todas as áreas da sua missão. O caminho da sinodalidade é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milê-nio”. [...]

A sinodalidade, ao mes-mo tempo que é constituti-va da Igreja, ela se apresenta como a única saída compa-tível para operacionalizar a missão eclesial sem incorrer na infidelidade ao manda-to de Jesus. Na exortação apostólica Evangelii Gau-dium, retomando o ensina-mento conciliar do Vaticano II, Francisco enfatiza que “o povo de Deus é santo em virtude da unção, que o torna infalível “in credendo” (acreditando com).

Na perspectiva da ecle-siologia do povo de Deus, cada um dos batizados, in-dependentemente do minis-tério que exerce na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é sujeito ativo da evan-gelização. Neste sentido, não se pode compreender a sinodalidade na Igreja local, onde reside a Igreja toda de Jesus Cristo em uma co-munhão de Igrejas, sem um esforço continuado para superar certos esquemas de evangelização, onde somen-te “agentes qualificados” atuam e os demais, legíti-mos membros do povo fiel, seriam apenas receptores.

R E F L E X Ã O

Pe. Pedro Paulo das NevesDoutor em Teologia

A Novidadeantiga e o Impulso do Papa Francisco

(Os elementos teológicos e de cunho pastoral implicados na realidade da sinodalidade na Igreja Local, desde as pequenas comunidades até as instân-cias mais amplas de articulação, serão explicitados nas próximas edições.

Esta quis ser uma introdução para indicar a necessidade de algumas mudan-ças em nossas estruturas eclesiais e em nosso agir pastoral)

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Dom Sérgio da Rocha falou na Catedral e rezou com a juventude

Cardeal Dom Sérgio da Ro-cha, Arcebispo de Brasília e pre-sidente da Conferência Nacio-nal dos Bispos do Brasil (CNBB), esteve em Tubarão nos dias 13 e 14 de março. Dia 13, à noite, falou na Catedral e dia 14, de manhã, participou do Conselho Regional de Pastoral, na Casa de Encontros Dom Anselmo. Em ambos os encontros, Dom Sérgio falou do Sínodo da Ju-ventude, no qual foi relator ge-ral, a convite do Papa Francisco.

Acolhida

Representantes do Setor Juventude, conduzindo a ima-gem peregrina de Nossa Senho-ra Aparecida, acompanharam Dom Sérgio pelo corredor cen-tral da Catedral. Tendo chegado ao presbitério, foi proclamado o Evangelho de Mateus 5, 14-16, jovens fizeram suas preces a Deus e foi acolhida a chama missionária. O cristão que se-gue Jesus Cristo é tocha que, com o exemplo de sua vida, faz resplandecer a luz de Cristo. Leva a luz da verdade a todos os lugares. Desfaz as trevas que prejudicam o caminho. Anuncia Jesus. Foi, então, o cardeal Dom Sérgio saudado pelo bispo Dom João Francisco e pelo jovem Matheus Mathias.

Dom Sérgio falou doSínodo da Juventude

Dom Sérgio da Rocha, que

participou do Sínodo da Ju-ventude, em outubro passado, como relator geral, falou sobre o Sínodo. Sínodo é uma reunião universal, periódica e consulti-va de bispos da Igreja Católica convocada pelo Papa, com o objetivo de refletir, discutir e aconselhar o Papa sobre diver-sos assuntos. Os últimos Síno-dos trataram da Nova Evangeli-zação (2012), da Família (2015) e da Juventude (2018). O Síno-do da Juventude teve por tema “Os jovens, a Fé e o Discerni-mento Vocacional”. O próximo Sínodo será extraordinário e tratará da Amazônia.

Falando do Sínodo da Ju-ventude, o cardeal afirmou que ‘Sinodalidade Missionária’ foi a expressão presente em todo o processo sinodal e a passagem bíblica dos discípulos de Emaús foi o texto inspirador. Presidin-do o Sínodo, e tendo antes ou-vido os jovens do mundo inteiro e estando estes representados por 34 jovens, o papa quis di-zer “nós temos que valorizar a juventude; temos que dar- lhes espaços”. Precisamos evangeli-zar a juventude, mas contando com a própria juventude. É com os jovens que a igreja aprende-rá a chegar aos jovens. O jovem não pode estar na “sala de es-pera”. “Os jovens conhecem as linguagens de sua geração, e é através delas que se chega até eles. Espera a Igreja que os jo-vens evangelizem pela internet, pela arte, pelo esporte ...com

ajuda de acompanhantes. O Sínodo insiste para que não se reduza os jovens aos seus pro-blemas. É preciso valorizar os jovens. Neles estão o desejo sensível de engajamento nas questões sociais e culturais”, re-latou dom Sérgio.

O documento final

Segundo dom Sérgio, con-forme costuma ocorrer nos processos sinodais, o Sínodo da Juventude também teve três grandes momentos. O pré-si-nodal, onde, depois de ouvidos jovens do mundo inteiro, foi elaborado e publicado o instru-mento de trabalho. O período sinodal, que durou três sema-nas, com a presença do papa, de jovens, especialistas e dos padres sinodais, na cidade do Vaticano, em outubro de 2019 e resultou no documento final. O tempo pós-sinodal, que a Igreja vive na atualidade, com os di-recionamentos do documento final e com a Exortação Apos-tólica que o papa assinaria (assi-nou) sobre o altar do Santuário de Nossa Senhora de Loreto, dia 25 de março passado.

O documento final do Síno-do, cujo relator geral foi Dom Sérgio, está estruturado em três grandes partes, a partir da passagem do Evangelho que narra o episódio dos discípulos de Emaús. Na primeira parte - “Caminhava com eles” (Ver) - é apresentado o contexto no qual

os jovens estão inseridos. A se-gunda parte - “Eles abriram os olhos” (Julgar) - reforça o pa-pel renovador da juventude na Igreja e aborda o dom da juven-tude, o mistério da vocação, a missão do acompanhamento e a arte de discernir. Na terceira parte - “Partiram sem demora” (Agir) - são pontuados a sino-dalidade missionária da Igreja, o caminhar juntos no cotidiano, o renovado ímpeto missionário e a formação integral.

Sínodo da Amazônia

O cardeal ainda convidou o povo e a juventude que o ouviam a viver intensamen-

te a quaresma e a Campanha da Fraternidade que trata de “Políticas Públicas”. Igualmen-te convidou a acompanhar o Sínodo Extraordinário que o papa convocou para tratar da Amazônia, em outubro des-te ano. Neste Sínodo deseja o papa reunir-se com os bispos que atendem a região da Pan--Amazônia com abrangência em nove países, para identificar novos caminhos para a evan-gelização daquela porção do Povo de Deus, especialmente dos indígenas, frequentemente esquecidos e sem perspectivas de um futuro sereno, também por causa da crise da Floresta Amazônica, pulmão de capital importância para todo o plane-ta. “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecolo-gia integral” será o tema deste Sínodo.

Abraços

Encerrada a sua fala, os jo-vens lhe manifestaram seu apreço entregando um peque-no presente de gratidão. E, após ter invocado a bênção de Deus sobre todos, dom Sérgio foi abraçado pelos jovens presen-tes na Catedral.

Dom Sérgio da Rocha em oração com a juventude

Dom Sérgio foi relator geral do Sínodo da Juventude

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Caminharna Quaresma à Páscoa de Jesus

A salvação é para toda a criação

De Páscoa em Páscoa, pode-mos caminhar para a realização da salvação que já recebemos, graças ao mistério pascal de Cristo: “De fato, foi na esperan-ça que fomos salvos” (Rm 8, 24). Este mistério de salvação, já operante em nós durante a vida terrena, é um processo dinâmi-co que abrange também a his-tória e toda a criação. São Paulo chega a dizer: “Até a criação se encontra em expectativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus” (Rm 8, 19). Se o homem vive como filho de Deus, se vive como pessoa redimida, e sabe reconhecer e praticar a lei de Deus, a começar pela lei grava-da no seu coração e na natureza, beneficia também a criação, co-operando para a sua redenção.

A nefasta presença do pecado na humanidade

Neste mundo, porém, a har-monia gerada pela redenção continua ainda – e sempre esta-rá ameaçada pela força negativa do pecado e da morte, quando adotamos comportamentos destruidores do próximo e das outras criaturas considerando,

de forma mais ou menos cons-ciente, que podemos usá-los como bem nos apraz. (...) Trata--se daquele pecado que leva o homem a considerar-se como deus da criação, a sentir-se o seu senhor absoluto e a usá-la, não para o fim querido pelo Criador, mas para interesse próprio em detrimento das criaturas e dos outros.

No reino do pecado impera a lei do mais forte

Quando se abandona a lei de Deus, a lei do amor, acaba por se afirmar a lei do mais forte sobre o mais fraco. O pecado – que ha-bita no coração do homem (cf. Mc 7, 20-23), manifestando-se como avidez, ambição desme-dida de bem-estar, desinteresse pelo bem dos outros e muitas vezes também do próprio – leva à exploração da criação (pessoas e meio ambiente), movidos por aquela ganância insaciável que considera todo o desejo um di-reito e que, mais cedo ou mais tarde, acabará por destruir inclu-sive quem está dominado por ela.

A criação anseia pela conversão dos homens

Por isso, a criação tem impe-lente necessidade que se reve-lem os filhos de Deus. (...) Esta “impaciência”, esta expectativa da criação ver-se-á satisfeita quando se manifestarem os filhos de Deus, isto é, quando os cris-tãos e todos os homens entrarem decididamente neste “parto” que é a conversão. (...) A Quaresma é sinal sacramental desta conver-são. Ela chama os cristãos a en-

carnarem, de forma mais intensa e concreta, o mistério pascal na sua vida pessoal, familiar e social, particularmente através do je-jum, da oração e da esmola.

Jejuar, orar, dar esmola: caminhos de santificação

Jejuar, isto é, aprender a mo-dificar a nossa atitude para com os outros e as criaturas: passar da tentação de “devorar” tudo para satisfazer a nossa voraci-dade, à capacidade de sofrer por amor, que pode preencher o vazio do nosso coração. Orar, para saber renunciar à idolatria e à autossuficiência do nosso eu, e nos declararmos necessitados do Senhor e da sua misericórdia. Dar esmola, para sair da insen-satez de viver e acumular tudo para nós mesmos, com a ilusão de assegurarmos um futuro que não nos pertence.

Caminhar da Quaresma à Páscoa

A “quaresma” do Filho de Deus consistiu em entrar no deserto da criação para fazê-la voltar a ser aquele jardim da co-munhão com Deus que era antes do pecado das origens. Que a nossa Quaresma seja percorrer o mesmo caminho, para levar a esperança de Cristo também à criação. (...) Não deixemos que passe em vão este tempo favo-rável! Abandonemos o egoísmo, o olhar fixo em nós mesmos, e voltemo-nos para a Páscoa de Jesus; façamo-nos próximo dos irmãos e irmãs em dificuldade, partilhando com eles os nossos bens espirituais e materiais.

Padre Nilo BussEdição do Texto

Para marcar o Dia Mundial da Água, dia 22 de março, a pa-róquia de Magalhães Laguna saiu às ruas. A água que não deve ser maltratada e poluída e que, para ser consumida, deve ser trata-da, estar pura, sem veneno ou

outra impureza, foi evidenciada durante a caminhada. Ao mesmo tempo em que o povo caminhava pela água, rezava a Via Sacra que está no livro “Fraternidade e Polí-ticas Públicas – Encontros para a Quaresma e Tempo Pascal 2019”. Um gesto de amor ao elemento da natureza que tem tudo de vida e de fé no Deus da Vida que tudo criou por amor e aceitou o sacri-

fício do Filho para que o mundo fosse redimido. E como disse o papa Francisco “se o homem vive como filho de Deus, se vive como pessoa redimida, e sabe re-conhecer e praticar a lei de Deus, a começar pela lei gravada no seu coração e na natureza, beneficia também a criação, cooperando para a sua redenção” (cf. Palavra do Papa, nesta edição).

Fiéis sairam as ruas para celebrar o dia Mundial da Água

Dia Mundial da ÁguaMAGALHÃES

Carla e Arnaldo LimasColaboração

Uma Equipe de pregadores e animadores da Renovação Carismática Católica de Braço do Norte estará em Grão--Pará numa sucessão de dez segundas-feiras. Chamado de Seminário de Vida no Espírito, o evento é realizado na Igreja Matriz São João Batista, sob a coordenação do Sr. Jackson Keller. Constitui-se de pregações sobre diversos temas à luz da Palavra de Deus.

G R Ã O P A R Á Enio BagioPASCOM

Seminário devida no espírito

Equipe está reunida numa sucessão de dez segundas-feiras

Iniciando o ano catequético, no dia 13 de março, hou-ve importante encontro com os pais dos catequisandos, na Igreja Matriz. Foi coordenado por Melita Kulkamp Margotti e teve também a presença da/os catequistas. Os pais foram incentivados a participarem, com seus filhos, do processo ca-tequético; a apoiá-los nas tarefas e acompanhá-los nas santas missas, pois catequese e liturgia se alimentam mutuamente. Toda a catequese conduz à celebração da fé e toda a prática autêntica dos mistérios celebrados supõe aprofundamento catequético. Catequese e Liturgia são dois aspectos da vida cristã que se completam.

Catequese com os pais

Pais foram incentivados a participar com os filhos do processo catequético

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Escolas Diocesanas

O Ano Letivo para todas as Escolas Diocesanas de Formação do Laicato teve início no dia 12 de março. Exceção para a Escola Querigma, voltada para a juventu-de, que realizou a primeira etapa do Cur-so, nos dias 09 de 10 de março. Já estão em andamento, portanto, a Escola Bíbli-ca, Escola de Teologia, Escola Fé e Políti-ca, Escola de Comunicação e a Escola de Evangelização da Juventude Querigma.

Para abrir o ano letivo de 2019, foi

convidado o padre Pedro Paulo das Ne-ves, para proferir a aula magna com o tema “A Sinodalidade da Igreja Local”, tema de sua tese de doutorado.

Pe. Pedro Paulo foi enfático na abor-dagem teológica da Sinodalidade na Igreja Local no âmbito da eclesiologia do “Povo de Deus”, resgatada pelo Concílio Vaticano II, com sua criativa recepção no Continente Latino Americano e Ca-ribenho. Pontuou que a Igreja Local de Tubarão viveu uma etapa de buscas e ajustes de suas estruturas com as pers-pectivas do Vaticano II, realizando um Sínodo Diocesano, na década de 1980, e que este foi uma verdadeira expressão

Escola Bíblica

Antônio Carlos da S. GolçalvesLuziana Magagnin de Pieri

Escola de Teologia Escola de Comunicação

Escola de Fé e PolíticaEscola Querigna

Aula Magna

de sinodalidade eclesial na Igre-ja Local.

O professor iniciou a aula magna contextualizando a sino-dalidade eclesial na atualidade. Fez uma abordagem histórica da sinodalidade no itinerário da Igreja. Abordou a teologia da si-nodalidade em relação à Igreja Local. E finalizou exemplifican-do como a sinodalidade eclesial

se expressa numa diocese ou paróquia.

Pe. Pedro Paulo das Neves defendeu a ideia de que só uma Igreja toda ela sinodal é que se identifica como verdadeira Igreja de Jesus Cristo – Povo de Deus; não clerical, centra-lizada e autorreferencial para o que muitos tendem nos dias atuais.

Projeto de Formação do Laicato Escolas Diocesanas 2019

Escola Fé e Política - 24 alunosEscola de Comunicação - 30 alunosEscola de Teologia - 71 alunos Escola

Querigma - 32 alunosEscola Bíblica - 70 alunos

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O Reino de Deus no Antigoe no Novo Testamento

R E I N O - I G R E J A - M U N D O - I I

Pe. Agenor BrighentiOpinião

Na abordagem do tripé da concepção de Igreja na perspec-tiva da renovação do Vaticano II – Reino-Igreja-Mundo - co-mecemos pelo Reino de Deus. Neste primeiro momento, va-mos nos limitar ao que se enten-de por Reino de Deus na Bíblia. O Reino está bem presente no Antigo Testamento, desde o tempo da monarquia. Mas, é no Novo Testamento que o Reino de Deus é apresentado de modo mais claro e consequente para a Igreja. Nos evangelhos sinóticos, a evocação do Reino de Deus é onipresente. Aparece quase cem vezes na boca de Jesus, enquan-to que a Igreja só é mencionada duas vezes e apenas em Mateus (cf. Mt 16,18; 18,17), o que mostra sua preponderância em relação à Igreja. Jesus não pregou Deus, mas o Reino de Deus. O Deus de Jesus é o Deus do Reino.

O Reino de Deus no Antigo Testamento

No antigo Oriente, a desig-nação de um deus como “rei” estava muito propagada. A divin-dade exerce sua soberania sobre seu povo e seu território. Deus é dono do país, outorga prosperi-dade e bem-estar, corrige e cas-

tiga. A queda do reino terreno era a prova de que aquele deus não existia. O reino terrestre é a epifania ou manifestação do deus daquele reino.

No povo de Israel, que vivia neste contexto cultural, é so-mente a partir do período da monarquia que se começa a cha-mar Javé de “Rei”. Com a ele-vação de Jerusalém como sede régia, o titulo “rei” irá substituir títulos mais antigos como “Deus Pai”. Por influência da concepção cananeia, se-gundo a qual é com a cons-trução de um templo que se demonstra a dignidade ré-gia de Deus, no seio do povo de Israel logo os Salmos irão cantar a realeza de Javé (cf. Sl 47; 93; 96;99), cuja ação cria-dora é expressão de sua sobera-nia sobre o mundo (cf. Sl 24, 1ss; 96, 5-10).

Com os profetas, o Reino de Deus passa a ser compreendido como menos terreno e mais es-catológico. Em lugar de templo e território, os profetas anun-ciam o Reino como salvação universal. Isaías alimenta a espe-rança do povo em um reinado de paz, de um novo Davi sobre Sião. Jeremias fala do Reino como uma nova aliança, pela qual se-rão transformados os corações (Jr 31,31ss). Outros descrevem o novo reinado de Javé como fe-licidade consumada, que através

de Israel será oferecida a todos os povos (Ez 34, Miq 4; Is 9, 25). Por fim, do Reino de Javé faz parte a supressão da morte (Is 25, 6ss), pois se trata de um Rei-no escatológico.

No judaísmo tardio, a espe-rança no reinado de Deus adqui-re três configurações distintas: a) uma escatologia nacional, em que o Messias esperado aparece como o libertador e fundador

político de um Israel novo e jus-to, como acreditavam os zelo-tes; b) uma realeza recebida por Israel e oferecida aos gentios, conforme a tradição rabínica; c) o reino como o universo transla-dado ao céu, tal como apregoava a apocalíptica, em que se calcu-lam as semanas dos anos até o “dia de Javé” (Dn 2,37-45).

O Reino de Deus no Novo Testamento

No Novo Testamento, o Rei-no de Deus, que “está próximo” (Mc 1,15; Mt 4,17) ou que está “no meio de nós” com a pre-sença de Jesus, é a realização da promessa do Antigo Testamen-to. Na pregação de Jesus, a so-

berania de Deus não é o domínio do Criador, mas o reinado esca-tológico de Deus que, no seio da história, sem transformação cósmica e sem nova constituição política de Israel, já começou. Ele se destina a todos – publica-nos e meretrizes, aos enfermos, crianças e pobres (cf. Mc 2,15; 10, 15-16). O Reino de Deus é sal-vação e não juízo, pois a alegria de Deus é perdoar os pecadores

arrependidos (cf. Lc 15). A s e p a r a ç ã o entre bons e maus, só terá lugar no juízo final (cf. Mt 13,24ss).

As obras de Jesus mos-tram que o Reino de Deus está presente, no meio de

nós. As curas e os exorcismos são sinais da presença histórica do Reino – “Ide dizer a João: os cegos veem, os coxos andam...” (Mt 11,4; Lc 14,18). Consequen-temente, Jesus não só anuncia o Reino de Deus como o torna presente. Os discípulos são cha-mados bem-aventurados, por-que ouvem e veem o que muitos profetas e reis desejaram ver e não viram (Mt 13,16). Jesus con-vida a acolher este Reino que, entretanto, não lhe pertence, mas ao Pai (Lc 12,32; 22,29ss). Só o Pai conhece a hora (Mt 24,36). O Reino tem um caráter consumador da história, definiti-vo e, como tal, as realidades his-tóricas só podem ser dele sinais imperfeitos, ainda que dele este-

jam impregnadas. Nem mesmo o grupo dos discípulos e o círculo dos Doze se identificam com a grande família de Deus no Rei-no dos Céus, pois será integrada por gente vinda “do Oriente e do Ocidente” e que “se senta-rão à mesa com Abraão, Isaac e Jacó” (Mt 8,11).

Na pregação de Jesus, três são as características principais do Reino de Deus. Primeiro, ele é Boa Nova de luz e vida, é uma semente, um tesouro, uma pérola, em resumo, ele é plenitude para o ser humano, felicidade, o desabrochar total prometido àqueles que viverem segundo as bem-aventuranças (cf. Mt 5), aqui e agora. Segun-do, ainda que devamos traba-lhar para construí-lo (Cl 4,11), não podemos edificá-lo com nossas próprias mãos, pois ele é sempre dom, do qual Deus tem sempre a iniciativa. Ainda que o Reino esteja no meio de nós, sua plenitude é uma reali-dade escatológica, que começa aqui e se consuma na outra vida. Terceiro, o Reino de Deus é uma realidade coletiva. Ainda que a conversão pessoal seja a porta de entrada, ele tem uma dimen-são comunitária. Ele é “paz de Deus”, justiça e amor oferecidos a todos. É comunhão sem fron-teiras – “amai vossos inimigos” (Mt 5,44). Consequentemente, nenhum grupo em particular, nem a comunidade dos discípu-los, são destinatários únicos das promessas do Reino. Ele é ofe-recido a todos, tanto que os que o integram – “virão do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul...” (Lc 13,29).

Ilustração de Sieger Köder

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Diocese teráNovo Plano de Pastoral

Na reunião do Conselho Diocesano de Pastoral, dia 16 de março, novos encaminhamentos foram dados quanto à elabora-ção do novo Plano Diocesano de Pastoral. O novo Plano de Pasto-ral levará em conta as Novas Di-retrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil a ser definida e aprovada na Assembleia dos Bispos, em maio, e das novas Di-retrizes da Ação Evangelizadora no Regional Sul 4, em elabora-ção. Levará em conta também o clamor que as Santas Missões Populares ouvirão na diocese. O Conselho Diocesano de Pastoral estabeleceu possíveis datas para as etapas de elaboração do novo

Plano de Pastoral, como suges-tão a ser apresentada à Equipe de Redação. De acordo com o CDP, ainda neste ano seja apli-cado um instrumento de avalia-ção do atual Plano de Pastoral e seja apresentado à Assembleia de Outubro o projeto para o Novo Plano. O trabalho maior de elaboração do Novo Plano seja feito no ano que vem com possível aprovação na Assem-bleia Diocesana.

Comissão Diocesana do Lai-cato e Iniciação à vida cristã, dentre outros, foram assuntos sobre os quais também se ocu-pou o Conselho Diocesano de Pastoral.

O CDP estabeleceu possíveis datas para as etapas da elaboração do novo Plano de Pastoral

Conselhos de Pastorale a Sinodalidade

A sequência de reuniões do Conselho Comarcal de Pasto-ral, no mês de março, iniciou-se com uma Santa Missa, no dia de São José, 19 de março, na igreja matriz de Treze de Maio, presi-dida pelo bispo Dom João Fran-cisco Salm.

Um dos assuntos relevantes tratados nos Conselhos Pasto-rais das quatro Comarcas, em março, foi sobre os Organismos de Participação e, mais propria-mente, sobre os Conselhos de Pastoral.

Na verdade, em cada comu-nidade, paróquia e nos outros níveis eclesiais florescem as “pastorais”. Pastoral ou Pasto-rais? Embora define-se como pastoral o conjunto de ativida-des pelas quais a Igreja realiza

a sua missão, como continu-ação da ação de Jesus Cristo em todos os tempos e lugares, a expressão foi pluralizada para definir a ação da Igreja volta-da a diferentes realidades ou públicos distintos. Então, “as pastorais” realizam “a pastoral” em atenção a uma determinada realidade que clama a presença do evangelho. E a pastoral ga-nha colegialidade ou sinodali-dade ou comunhão quando “as pastorais” participam dos espa-ços colegiados que, conforme lembra Aparecida “precisam estar animados por uma espiri-tualidade de comunhão missio-nária” (DAp 203). Daí os Bispos do Brasil afirmarem que uma “conversão pastoral” também supõe considerar a importân-

Santa Missa presidida por Dom João Francisco Salm

cia dos Conselhos de Pastoral e estimular o seu funcionamento” (Doc 100 n.290).

A reflexão sobre os Conse-lhos de Pastoral também per-mitiu clarear o entendimento sobre o importante serviço da Equipe Administrativa, a partir do novo formato que a compre-ende como parte integrante do Conselho de Pastoral.

Outro assunto de relevân-cia, tratado nos Conselhos Comarcais, foi sobre as Santas Missões Populares. Pelo que se viu na partilha das paróquias, é certo que as Santas Missões não serão apenas um grande e bonito evento, mas um grande despertar para um novo jeito de evangelizar e de ser Igreja nos tempos atuais.

Conferênciade Saúde

O país realizará, de 4 a 7 de agosto, a 16ª Conferência Nacional de Saúde. Antes são realizadas as etapas prepara-tórias que são as Conferên-cias Municipais de Saúde (até 15 de abril) e as Conferências Estaduais de Saúde (de 16 de abril a 15 de junho).

Este é o tempo para a realização das Conferências Municiais. A participação da comunidade é fundamental para ampliar as discussões sobre a saúde pública e para se estabelecer as prioridades e demandas de cada muni-cípio e eleger propostas e delegados para a Conferên-cia Estadual. “Democracia e Saúde” é o tema e Saúde como direito e consolidação e financiamento do SUS é um dos eixos temáticos.

A CNBB enviou carta aos

Fórum de participação popular para deliberação de políticas públicas

sobre saúde

bispos pedindo que o povo seja estimulado a participar das Conferências Municipais. E afirma: “O Sistema Único de Saúde (SUS), mesmo mui-to fragilizado e em crise, é a única opção de acesso à as-sistência à saúde para mais de 75% da população brasilei-ra”. Contudo “a aprovação da Emendas Constitucionais (EC 86 e EC 95) deflagrou uma brutal ofensiva e um estran-gulamento da sustentabilida-de orçamentária-financeira do sistema público de saúde, agravando, ainda mais, o ca-ótico cenário da manutenção dos direitos sociais do país”.

Interesse-se pela saúde em seu município. Informe--se sobre a Conferência e participe. Lute pelo fortale-cimento do SUS.

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A Comissão das Santas Missões da Paróquia São José tem se dedicado muito para deixar tudo pronto para as Santas Missões. A comissão realizou reunião nas 17 comunidades e o povo correspondeu com a grande presença.

As visitas resultaram na organização da paróquia em Sete Setores Missionários : 1. Evangelizar é Preciso (Setor formado pelas Comunidades São Gabriel, Dom Orione, Rio Perdoná e Auxiliadora); 2. Unidos em Cristo (Setor que cor-responde à Comunidade da Matriz); 3. Guerreiros de Cristo (Setor formado pelas Comunidades Vila Maria e Linha Frag-nani); 4. Vem e Segue-me (Setor formado pelas Comunida-des Rio Vargedo e São João da Urussanga Baixa); 5. Unidos pela Fé (Setor formado pelas Comunidades São Sebastião, Monte Alegra e Lage); 6. Ai de mim se não Evangelizar (Setor formado pelas Comunidades Santa Cruz, São João de Pedras Grandes e São Roque); 7. Andarilhos de Cristo (Setor for-mado pelas Comunidades da Boa Vista e Morro das Pedras).

Continua o motivado trabalho da Comissão através dos encontros de formação dos Missionários e da divulgação das Santas Missões em toda a Paróquia.

T R E Z E D E M A I O

Maristélia Brasil AlanoPASCOM

Paróquia organizada em Sete Setores

Missionários

A Paróquia de Treze de Maio, por ocasião das comemo-rações do centenário de nascimento da Bem Aventurada Albertina, realizou Romaria ao Santuário, dia 24 de março. Indo em cinco ônibus e carros particulares mais de 250 pes-soas de Treze de Maio viveram, no Santuário de Albertina, verdadeiro Retiro Espiritual. Integraram a Romaria os jovens crismandos da paróquia.

Comissão das Santas Missões na paróquia

Mais de 250 pessoas estiveram reunidas no Santuário de Albertina

Santa Albertinaacolheu Treze de Maio

Reconhecimento à Cáritas e Escolade Fé e Política

A Campanha da Fraternida-de, realizada pela Igreja Católica desde 1964, é sempre importan-te instrumento de evangeliza-ção libertadora. Convoca-nos a refletirmos, à Luz do projeto de Deus, um problema específico de nossa sociedade. Deste modo, e com toda a Igreja, a Campanha da Fraternidade quer ser um sinal de motivação e de fortalecimen-to da consciência na vivência do evangelho no dia a dia. Dada a sua relevância, no dia 11 de Março

de 2019, o Poder Legislativo Ca-tarinense (ALESC), por propo-sição do deputado padre Pedro Baldissera, homenageou a Cam-panha da Fraternidade 2019, cujo tema é: Fraternidade e Políticas Públicas”, e o lema: ‘Serás liber-tado pelo direito e pela justiça’ (Is 1, 27).

Receberam homenagem várias entidades, organizações e pessoas que em sua vida, são envolvidas nas lutas pelo povo e que transpassam pela temática da Campanha da Fraternidade.

Da diocese de Tubarão fo-ram homenageados o Padre Ângelo Bussolo e a Senhora

Daiszi Volpato por “defenderem o direito das pessoas mais vulne-ráveis, atuando na área da eco-nomia solidária popular, realizan-do trabalhos de acolhimento aos imigrantes nas Pastorais Sociais e Caritas Diocesana de Tubarão” e a Escola Diocesana de Fé e Polí-tica por “contribuir com a forma-ção cidadã e política dos leigos e leigas de nossa diocese”.

O Regional Sul 4 da (CNBB), na pessoa do seu presidente, o Bispo dom João Francisco Salm, recebeu a homenagem, pela “importância da Campanha da Fraternidade no fortalecimento da cidadania e do bem comum”.

Homenagem ao Padre Ângelo Bussolo e a Sra. Daiszi Volpato

O Regional Sul 4 da (CNBB). recebeu a homenagem, pela “importância da CF no fortalecimento da cidadania e do bem comum”

Antônio Carlos da S. GonçalvesColaboração

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Catequese quer ter junto os paisP A S S A G E M

Após a bênção de envio para o trabalho catequético de 2019, a catequese se esforça para en-volver os pais dos catequizan-dos no processo catequético. Uma das inciativas foi chamar os pais das crianças que inicia-ram a catequese neste ano, para encontros de formação e espi-ritualidade. Outra prática ado-tada são as reuniões periódicas com os pais, A primeira deste ano teve a presença do padre Edison e do Professor Matiola.

Já os catequistas se esfor-çam para levar os catequizan-dos a assumir a autenticidade da vida cristã. Os catequizandos da crisma, inclusive, foram moti-vados a serem evangelizadores pelas redes sociais. Uma espé-cie de oficina fê-los perceber que uma simples foto postada no Facebook ou publicada num jornal escrito pode transmitir uma mensagem importante.

Retiro Espiritual

Lideranças da Paróquia par-ticiparam de Retiro Espiritual, dia 24 de Março. As pregações ficaram sob a responsabilidade das Irmãs Adoradoras da Mise-ricórdia. O retiro também teve

A PASCOM quer ajudarA Equipe da Pastoral da

Comunicação da Paróquia reuniu-se com o pároco para ouvir do padre quais auxílios a Pascom pode dar no trabalho da evangeliza-ção. A conversa facilitou o planejamento das ativida-des que serão desenvolvi-das ao longo do ano.

a presença do bispo Dom João Francisco Salm como presidente da Santa Missa.

Já é tradição na paróquia e faz parte da espiritualidade quares-mal, a Caminhada Penitencial, a

Oração da Via Sacra pelas ruas e as Missas às Sextas-Feiras. Nes-tes momentos os fiéis refletem sobre o mistério da salvação, os passos redentores de Jesus e a campanha da Fraternidade.

Faz parte da espiritualidade da quaresma, a Caminhada Penitencial, Oração da Via sacra pelas ruas e as Missas às Sextas-Feiras

Jovens foram motivados a serem evangelizadores pelas redes sociais

A catequese se esforça para envolver os pais dos catequizandos no processo

25ª Romaria da Terra e das Águas já está

visível

Cartaz e ilustração de José Valmeci de Souza (Atta)

R O M A R I A

CNBB Regional Sul 4cnbbsul4.org.br

Por ocasião da Reunião do Conselho Regional de Pastoral, dias 14 e 15 de mar-ço, em Tubarão, o bispo de Lages. dom Guilherme An-tônio Werlang. apresentou o cartaz oficial da 25ª Roma-ria da Terra e das Águas. O evento, que será realizado na cidade de São José do Cerri-to (SC), no dia 15 de setem-bro deste ano, terá como tema: ‘Semeando Vida no Campo e na Cidade’; e lema, “Toda a criação está gemen-do como em dores de parto” (Rm 8,22).

“Neste cartaz procura-mos apresentar o rosto do nosso povo catarinense”, disse Dom Guilherme. O bispo explicou ainda, que, o cartaz traz a imagem da ca-tedral de Lages, lembrando a celebração do aniversário

de noventa anos da Dioce-se, a indicação de incentivo e atenção com a seguran-ça alimentar e as sementes crioulas, a cruz de cedro que se tornou uma das marcas das Romarias e a diversida-de existente no campo e na cidade.

Dom Guilherme também explicou que a maior parte do evento acontecerá em frente à matriz São Pedro, em São José do Cerrito, onde estará o palco principal e a praça de alimentação. A tradicional caminhada será no início da programação, começando na rótula de en-trada da cidade, na BR 282, até a igreja matriz.

Os materiais, já em fase de finalização, logo serão encaminhados para as dez dioceses catarinenses.

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Lembra-te quehaverás de morrer!

Pe. Auricélio CostaOpinião

No litoral da África Ociden-tal sub-saariana, no interior da Guiné-Bissau, encontra-se um pequeno vilarejo, que é um ver-dadeiro oásis: Mansôa. O povo mansuanca que habita aquelas plagas arenosas constrói histó-rias de amor, de superação, de sobrevivência e de profunda re-ligiosidade.

No centro da vila se encontra a pequena igreja e, logo adiante, a Missão Católica onde vivem os padres missionários. Quem adentra a pobre e acolhedora residência logo se depara com uma plaqueta de madeira pen-durada na parede onde escreve-ram em italiano: “Lembra-te que haverás de morrer!” (“ricordate che devi morire”). É coisa do Pe. Davide Sciocco, que não a dei-xa passar despercebida: “todos os dias, quando me levanto, leio esta frase; e ela me faz muito bem”!

A morte faz parte da vida, tanto quanto o viver. Sim, a gen-te tem consciência de que nossa peregrinação por esta existência é passageira e é única, por mais intensa e instigante que seja a aventura de viver. O tempo de vida também é relativo. Bom seria vivermos como Matusa-lém, o personagem bíblico com maior longevidade: 969 anos (cf. Gn 5,27). Mas não é Kronos (o deus grego do Tempo) quem nos governa e, sim, Javé, o nos-so Verdadeiro, Único e Eterno Deus. Fundados na fé, podemos afirmar que fomos feitos para a eternidade. E é com esta certe-za que devemos caminhar nes-tes dias de finitude aqui na Terra.

“Lembra-te que haverás de morrer!” é uma frase do filme italiano de comédia “Só nos res-ta chorar”, de 1984. É proferi-da por um religioso ao abordar as pessoas. Porém, a frase não termina aí; há uma segunda sen-tença: “... mas não te esqueças de viver” (“... ma nom scordati di vivere”).

O cristão, por graça batis-mal, é chamado a viver não ape-

nas para não morrer; mas para viver pra sempre. O mergulho na água do Batismo nos marcou indelevelmente para a Vida. São Paulo explica: “se com Cristo morremos, com Ele ressuscita-remos” (Rm 6,8). Portanto, pelo Batismo fomos gerados novas criaturas: “... se alguém está em Cristo, nova criatura é. As coisas antigas já passaram; eis que sur-giram coisas novas!” (2Cor 5,17).

Todos os anos, na noite do Sábado Santo, a escuridão é rompida pela luz do Círio Pascal. O rito belíssimo põe o fiel de en-contro com sua realidade mais profunda, tanto natural quanto sobrenatural. De fato, a morte é uma realidade inquestionável, mas a vida nova é o nosso futuro mais seguro.

Por isso, com a velinha acesa na mão, junto ao tanque (ou ou-tro recipiente) com água benta, o crente renova o seu compro-misso batismal. Agora, como discípulo-missionário, ele deve-rá testemunhar sua mais nobre vocação: anunciar Jesus Ressus-citado e presente entre nós!

A morte está no nosso horizonte, mas é para a vida

que nós fomos cria-dos amorosamente.

É preciso viver! E viver não apenas

“gastando os dias”, nem se ocupando

com atividades vãs quaisquer.

Viver é “dar sentido” a tudo o que se faz e a tudo o que se vivencia. Então, trabalhar e se divertir, lutar e descansar, per-der e encontrar... isso é viver! Também conviver e partilhar, doar-se e amar, sofrer e mor-rer... tudo será “viver”!... viver com um sentido!

Assim como o salmista pode-mos rezar sempre: “Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabe-doria” (Sl 90,12). Viver para es-tar em comunhão com Deus, a suprema Sabedoria, é um belo sentido de vida. Mas é no teste-munho de São Paulo que encon-

tramos uma razão para nossa existência: “Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fil 1,21).

No dia a dia o cristão se depara a todo instante com a fragilidade de sua existência. A possibilidade de morrer sempre parece tão óbvia e cristalina, que muitos vivem sempre em uma espécie de paranoia. De fato, a vida é muito frágil e a morte fica sempre a nos rondar.

Esta consciência deveria nos levar a querermos aproveitar melhor cada instante de vida. Assim, poderíamos viver mais intensamente nossos afetos e afeições, nossos projetos e ex-pectativas, nossas verdades e buscas.

Talvez possa nos ajudar o fa-moso poema “Desiderata” (“as coisas desejadas”), do filósofo e advogado norte-americano Max Ehrmann (1927). “Siga tranqui-lamente entre a inquietude e a pressa, lembrando-se que há sempre paz no silêncio. Tanto quanto possível, sem humilhar--se, viva em harmonia com to-dos os que o cercam. Fale a sua verdade mansa e calmamente e ouça a dos outros, mesmo a dos insensatos e ignorantes – eles também têm sua própria história. Se você se comparar com os outros, você se torna-rá presunçoso e magoado, pois haverá sempre alguém inferior e alguém superior a você. Viva in-tensamente o que já pode reali-zar. Você é filho do Universo, ir-mão das estrelas e árvores. Você merece estar aqui e mesmo que você não possa perceber a terra e o universo vão cumprindo o seu destino.”

Chamados a viver cada dia a experiência pascal, não pode-mos deixar de pensar sobre nos-sa finitude; porém, sem nos es-quecermos de viver o momento presente, já vislumbrando tudo o que Deus preparou para nós em Sua Casa.

“Lembra-te que haverás de morrer!... mas não te esqueças de viver!” E Jesus nos ajuda a vivermos bem através da “regra de ouro”: “façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam” (Mt 7,12).

Bem, eu já nem sei se aquela plaquinha ainda continua exor-tando as pessoas lá em Mansôa. O que sei é que ela sempre nos ajuda a aproveitarmos bem cada instante de nossa existência!

A Escola de Lideranças da Paróquia de Oficinas reiniciou suas aulas de formação no dia 19 de março. A agenda deste ano contempla uma formação sobre a CF 2019 e uma forma-ção Bíblico Mariana e Missionária. Em torno de 50 pessoas frequentam regularmente os momentos formativos.

O F I C I N A S

Pe. Sérgio JeremiasPároco de Oficinas

Escola de Lideranças

Dia 16 de março, a Legião de Maria da paróquia de Ofici-nas e alguns legionários de Treze de Maio reuniram-se para renovar sua fidelidade a Maria e dela receber a força para o Ano Missionário. A festa, que tem o nome de Ácies, é a sole-nidade mais importante da Legião de Maria, dia em que cada legionário/a renova os votos e o compromisso com os tra-balhos de evangelização pelas mãos de Maria. “Visitação no período das Santas Missões Populares” foi o tema refletido.

Dividida em dois setores, a paróquia realizou, na Casa de Encontros Dom Anselmo, seu primeiro Retiro Espiritual das Santas Missões Populares para o Setor 1 , no dia 23 de março e para o Setor 2, no dia 30 do mesmo mês. Outros dois reti-ros estão previstos até o mês de junho.

Em torno de 50 pessoas frequentam os momentos formativos

Legionários reuniram-se para renovar sua fidelidade a Maria

Outros retiros estão previstos até o mês de junho

Legião de Maria

Retiro Espiritual

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Um encontropara favorecer o

chamado de Deus

No dia 23 de março passado, realizou-se o En-contro Vocacional Diocesano Masculino e Femi-nino, no Colégio São José. Um total de 147 crian-ças e adolescentes de várias paróquias da diocese viveram um dia de festa com orações, reflexão e

brincadeiras e de convivência com padres e semi-naristas, religiosas e noviças e integrantes da Pas-toral Vocacional. “Jovem na busca de sua opção vocacional” foi o tema refletido. O carinho das Irmãs que acolheram o encontro e das Equipes Vocacionais de Sangão e Monte Castelo que pre-pararam e serviram o almoço foram sinal vivo de apoio ao serviço de animação vocacional que vem sendo feito na diocese.

Ir. Vanilda ShuelterColaboração

Crianças viveram um dia de festa com oração

Crianças tiveram experiências através da convivência com os padres e seminaristas

Cursilhistas são chamadosa levar Jesus como fez Maria

Pe. Sérgio em sua homilia, refletiu sobre a importância das SMPs

O Movimento de Cursilhos, área de Tu-barão, realizou Ultréia no dia da Anunciação do Senhor, 25 de março, na Igreja Matriz São José Operário, em Oficinas. Na homi-lia, Padre Sérgio refletiu sobre a importân-cia de, nas Santas Missões Populares, serem pessoas que levam Jesus como fez Maria Santíssima. Ultréia é uma palavra de ori-gem espanhola, utilizada pelo Movimento de Cursilhos, com o significado de “ir mais além, avançar com entusiasmo”. É com este espírito que a Igreja quer contar também com os Cursilhistas, adultos e Jovens, nas Santas Missões Populares.

Pe. Sérgio Jeremias Pároco de Oficinas

Campanha daFraternidade no contexto da Educação

P A S T O R A L D A E D U C A Ç Ã O

Fernando Fabichaki PereiraProfessor

Aconteceu no último dia 10 de março de 2019, no CEI Santo Afonso, Tubarão, o 10º Encontro Diocesano da Pastoral da Educação. O Tema abordado foi a Cam-panha da Fraternidade no contexto da Educação e seus desafios. A fim de con-duzir uma reflexão sobre o assunto, o coordenador diocesano da Pastoral da Educação, Prof. Fernando, conduziu o encontro, moti-vando para a discussão so-bre a temática abordada na Campanha da Fraternidade, à luz do contexto educacio-nal, seus desafios e pers-pectivas.

O encontro contou com a presença de 34 educado-res de nossa diocese, asses-sor da Pastoral da Educação na Diocese Pe. Willian, além do idealizador da Aproet – do qual o CEI Santo Afonso faz parte - Pe. Raimundo Guizoni.

O Encontro teve iní-cio com a Palavra do Bispo Diocesano, Dom João Fran-cisco Salm, que destacou

a importância do período quaresmal e da vivência ple-na deste tempo propício de conversão e reconciliação. Destacou ainda a salutar re-levância de, na quaresma, a CNBB trazer para a discus-são o tema Políticas Públi-cas em mais uma edição da Campanha da Fraternidade.

A Pastoral da Educação tem como objetivo pro-mover a superação de uma educação marcada pelo re-ducionismo antropológico em função da produção, da competitividade e do mercado, promovendo, nos processos educativos, valo-res de solidariedade, éticos e morais, na busca de uma Cultura de Paz e de Justiça. Por isso, você professor é nosso convidado a se juntar a esse grupo a fim de pro-movermos uma verdadeira Educação humanizadora.

Nosso próximo encon-tro será no dia 26 de outu-bro no Lar da Menina. Venha conosco, junte-se a nós e faça a diferença na Educa-ção em nossa diocese.

O encontro contou com a presença de 34 educadores de nossa diocese

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No ritmo das Santas Missões Populares

A diocese de Tubarão está em ritmo acelerado estudando o Manual do Missionário, realizan-do os Retiros Espirituais e Cele-brações Missionárias em todas as

paróquias. O terreno está sendo bem preparado para a semeadu-ra que ocorrerá de julho a outu-bro deste ano. Trabalho bonito, motivado e alegre. À frente dos trabalhos estão as Comissões Missionárias Paroquiais integra-das por muitos leigos e leigas, religiosas, padres e diáconos. “É

um novo desafio que assumimos. É gratificante aprendermos mais sobre Jesus Cristo, dele fazer-mo-nos discípulos e recebermos o mandado de levarmos a Pala-vra de Deus a todas as famílias” testemunhou Edmar Kemper, um dos integrantes do Comipa de Grão-Pará.

Formação em Grão-Pará, dia 26/03 Missa com os Missionários/as em Braço do Norte, dia 23/03

Formação em Imbituba, dia 28/03 Formação em Treze de Maio, dia 21/03

Conselho Particular de Tubarão apoia Vicentinos de Jaguaruna

O Conselho Particular de Tu-barão da Sociedade São Vicente de Paulo, Vicentinos, realizou, no dia 13 de março, uma visita à Conferência de Nossa Senhora das Dores, em Jaguaruna. A reu-nião contou com a participação do Presidente e Vice do Conse-lho Particular e dos confrades e consócias da Conferência. Na ocasião, foi dada a posse ao vice-presidente como presiden-te interino da Conferência, em virtude da ausência da presi-dente por problemas de saúde. Seguiu-se reunião ordinária da

Conferência, cuja pauta ateve--se a busca de alternativas para a superação das dificuldades que a mesma vem enfrentando. Disse o novo presidente de seu intuito em organizar a fluência

das reuniões para atender às ne-cessidades do regulamento da Sociedade São Vicente de Pau-lo e dinamizar o melhor atendi-mento às famílias mais pobres da região de Jaguaruna.

Enio BagioColaboração

A Paróquia de Humaitá está promovendo aulas de violão gratuitas na comunidade da Santa Clara, todos os sábados, a partir das 09 horas. Com o intuito de formar novos músicos para os ministérios de músicas da comunidade paroquial, o se-nhor Vianei Jasper administrará as aulas. Se você deseja apren-der a tocar violão e contribuir na animação litúrgica, compare-ça, aos sábados, às 09 horas, no salão da Igreja da Santa Clara.

H U M A I T Á Jonas BorgesPASCOM

Novos Violonistas

As aulas são aos sábados, a partir das 9 horas

Organizada em seis Setores Missionários, a paróquia reali-zou, no mês de março e parte de abril, formação dos Missio-nários e Missionárias das Santas Missões Populares, sempre às quartas-feiras à noite.

Formação para as SMPs

Missionários das Santas Missões Populares

O Movimento de Cursilhos do Setor Tubarão (Paróquias de Catedral, Humaitá, Oficinas e Monte Castelo) iniciou suas atividades com a Escola Vivencial, dia 11 de março. A Escola Vivencial é um encontro periódico da comunidade cursilhista no intuito de vivenciar integralmente o tripé cristão - Oração – Estudo – Ação -, tendo como objetivo principal a formação dos participantes. Desta forma, a Escola contribui com o forta-lecimento do carisma do MCC em sua Missão Evangelizadora. Na primeira escola, foi estudado o texto base da Campanha da Fraternidade 2019, Fraternidade e Políticas Públicas, com Maria Della Giustina (Stela).

Escola Vivencialabriu Ano do Cursilho

em Tubarão

Escola tem o intuito de vivenciar integralmente o tripé cristão

Pedro da Silva JúniorColaboração

Pauta ateve-se a busca de alternativas para a superação das dificuldades

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Encontro Diocesano:A Família como vai?

P A S T O R A L F A M I L I A R

Reuniram-se no dia 9 de março de 2019, na Paróquia

São Marcos de Rio Fortuna - Comarca de Braço do Norte – agentes da Pastoral Familiar e Movimentos Familiares. O en-contro, com o tema “A Família como vai?” foi assessorado pelo

Volnei e Marivone O. ExterkoetterPastoral Familiar

Coordenador da Pastoral Fa-miliar do Regional Sul 4, Cleu-ton Farias Gomes. Inicialmente falou sobre o que é a Pastoral Familiar, sua Missão e organi-zação. Enfatizou, a seguir, que

seus objetivos são de promo-ver, fortalecer e evangelizar a família. Já sua principais ações são de formar agentes qualifi-cados; oferecer, com qualida-de, formação aos noivos; aco-lher toda e qualquer realidade familiar; unir esforços para que a família seja verdadeiramente um santuário da vida; fortalecer os laços familiares pelos ensina-mentos evangélicos; incentivar o crescimento da espiritualida-de familiar; despertar a família para seu papel educador com sentido missionário; oferecer apoio aos casais e famílias das comunidades e reaproximar as famílias afastadas da Igreja; promover a participação des-tas, nos tempos litúrgicos mais importantes, programando encontros para reflexão, ce-lebração e oração; articular e buscar apoio dos membros dos Movimentos, Serviços e Institu-tos Familiares para promoção e defesa da vida e da família. Cleuton também lembrou a im-portância das Santas Missões Populares como meio de se chegar às famílias, ouvi-las e e,

finalmente fortalecer um traba-lho de evangelização que tenha a família como foco.

O encontro também serviu para repassar as datas dos prin-cipais compromissos deste ano: Formação e Reunião do Conse-lho Regional de Pastoral Fami-liar em Rio do Sul, dias 22 a 24 de março; Reunião da Comissão Diocesana da Pastoral Familiar e Comarca de Jaguaruna, em treze de Maio, dia 29 deabril; Simpósio e Peregrinação Nacio-nal da Família, dias 25 e 26 de maio; Formação e Reunião do Conselho Regional de Pastoral Familiar, em Tubarão – CEDA, dias 7 a 9 de junho; Reunião da Comissão Diocesana da Pasto-ral Familiar e Comarca de Tu-barão, em Oficinas, dia 29 de junho; Encontro Diocesano de Formação para Equipes Paro-quiais de Encontros de Noivos, na CEDA, dia 13 de julho; Sema-na Nacional da Família – Tema: “ A Família como vai?” de 11 a 17 de agosto; Reunião da Comis-são Diocesana de Pastoral Fa-miliar e Comarca de Laguna, em Imaruí, dia 9 de novembro.

Implantação da Escola Diocesana Vida e Família sendo preparada

Deverá inciar no ano que vem a Escola Dio-cesana Vida e Família. Antes, algumas pessoas receberão a certificação da Comissão Nacional da Pastoral Familiar. Para tanto, iniciaram estudo dos assuntos que fazem parte do Curso promovi-do pelo Instituto Nacional da Família e da Pastoral Familiar – INAPAF. O Casal Volnei e Marivone Ex-terkoetter, responsáveis pelo Núcleo de Formação

e Espiritualidade da Pastoral Familiar no Regional Sul 4 e Coordenadores Diocesanos da Pastoral Fa-miliar, está acompanhando os estudos. Já foram es-tudados os módulos Dignidade da Pessoa,Premissa da Igreja; Estabelecer proximidade, requisito para comunhão; União Conjugal e Sacramento do Ma-trimônio; Família no Plano de Deus. O próximo en-contro de estudos será dia 12 de abril.

O encontro foi assessorado pelo Coordenador da Pastoral Familiar do Regional Sul 4, Cleuton Farias Gomes

O próximo encontro de estudos será dia 12 de abril

Encontro Regionalem Rio do Sul

O Encontro Regional da Pastoral Familiar Sul 4, em Rio do Oeste – Diocese de Rio do Sul, nos dias 22 a 24 de março, tratou dos temas A Familia Como Vai? (tema da Semana Nacional da Família), Os Jovens, a

Tubarão participou com sete integrantes da Pastoral Familiar

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Fé e o Discernimento Vo-cacional (Tema do Sínodo da Juventude) e Pastoral Familiar e a Pastoral Judici-ária. A diocese de tubarão participou com sete inte-grantes da Pastoral Fami-liar.

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Pastoral FamiliarArticuladora e Insubstituível

A implantação da Pastoral Familiar nas Paróquias teve seu início a partir da publicação da Exortação Apostólica “Fami-liaris Consortio” de São João Paulo II, em 1981. Com con-teúdo riquíssimo e contendo todas as etapas e informações necessárias para a formação de uma Pastoral Familiar “intensa e vigorosa”, mais que um do-cumento importante da nossa Igreja, podemos considerar uma “Carta de Amor” pelas fa-mílias, escrita pelo nosso queri-do e saudoso Papa João Paulo II.

Após trinta e sete anos de sua publicação, podemos afir-mar que o zelo e atenção de São

João Paulo II com as famílias foram inspirados no plano de Deus com a humanidade. É na família que a vida humana tem sua origem, é nutrida, educada e desenvolvida. Na sociedade secularizada, a família enfrenta inúmeros desafios; contestam--se ou negam-se sua natureza, sua constituição e seus fins, tal como foi concebida no projeto de Deus. A mentalidade laicis-ta e os meios de comunicação social dificultam a aceitação e a vivência dos valores evangéli-cos na comunidade familiar.

A família, portanto, pre-cisa de socorro urgente, de ajuda planejada e de uma ação vasta, profunda e sistemática, visando salvá-la, fortalecê-la e devolver-lhes as condições para que possa reassumir sua identidade e cumprir suas ta-refas específicas. Esta ação em favor da família é atribuição primordial da Pastoral Familiar. Para desenvolvê-la, necessita de pessoas que amem a famí-lia, conheçam seus problemas, seus valores e possibilidades e

se empenhem em promovê-la pelo testemunho e pela ação. Necessita de pessoas que acre-ditem no “valor único e insubs-tituível” da família para o futu-ro da sociedade e da igreja.

A Comissão Diocesana da Pastoral Familiar já promoveu vários encontros de orientação e formação, visando contribuir para que a Pastoral Familiar esteja presente em todas as paróquias. Muitos párocos e lideranças paroquiais acredi-tam não ser necessária a sua implantação, tendo em vista a existência de outras pastorais e movimentos que podem subs-tituí-la. Reafirmamos, contudo, a origem articuladora que a Pastoral Familiar tem, traba-lhando como pastoral orgânica e de centro, contribuindo e in-tegrando as pastorais afins na luta em defesa e valorização da família. Importante ressaltar o seu papel articulador e sua mis-são com metodologia própria e agentes específicos, sem con-flitar com as atribuições das outras pastorais.

Tarcísio e Rosângela BitencourtPastoral Familiar

Sacramento do Matrimônio

A diocese de Tubarão realizará uma série de quatro encontros para grupos e profissionais que atuam nos casamentos. O primeiro encon-tro será em Tubarão, dia 26 de junho, na Casa de Encontros Dom Anselmo. Dia 10 de julho, o en-contro será em Braço do Norte. Dia 31 de julho, em Jaguaruna. E dia 15 de agosto, em Cabeçuda, Laguna. Todos os encontros iniciarão às 19h30 e se estenderão até às 22 horas. Profissionais de decoração, fotografia, filmagem, cerimonial, grupos de cantos e músicas, atendentes paro-quiais, pessoas que cuidam das igrejas, padres e diáconos são convidados a participarem.

Nestes encontros, os participantes rece-berão orientações para a digna celebração do matrimônio. Serão orientações litúrgicas sobre o matrimônio e orientações práticas aos profis-sionais de decoração, de fotografia e filmagem, aos grupos de cantos e música, aos cerimonia-listas. Também os noivos, assistentes qualifica-dos e funcionários das igrejas receberão orien-tações.

Você que atua em casamentos participe de um destes encontros.

Orientações aos profissionais e gruposque atuam nos casamentos

Estamos num período de dis-cussão sobre a Reforma Previ-denciária. O que significa isto?

O sistema da política previ-denciária, no Brasil, é solidário: cada geração de trabalhadores mantém a geração anterior. Este processo de manutenção de uma geração pela outra tem de sofrer ajustes de tempos em tempos, principalmente considerando--se a expectativa de vida. O que assistimos, neste momento, po-rém, não é só a discussão que visa ajustar itens da previdência, mas é a tentativa de uma elite em criar verdadeiros mecanismos de opressão para manter seus privi-légios.

Os altos salários serão pou-pados. Os militares, os altos fun-cionários do Legislativo e o Judi-ciário ficam fora da Reforma. E é nestas faixas que estão as práticas que garantem os melhores salá-rios e a reserva de oportunidades.

Uma coisa que causa estra-nheza é que o governo que pro-põe esta reforma não fala em aumento de arrecadação; não fala em aumento de postos de trabalho nem em inclusão social e também não parece disposto a exigir o pagamento das grandes dívidas com a Previdência. Há no Brasil, atualmente, cerca de 13 milhões de desempregados, cuja existência pesa no orçamento da previdência social. A inclusão deste potencial no mundo do trabalho geraria aumento desse orçamento. Se ao invés de pena-lizar a população trabalhadora se pensasse em ativar os empregos

O P I N I Ã O P O L Í T I C A

A ReformaPrevidenciária

no campo da construção civil, da construção naval, do petróleo e de tantos outros setores, a reali-dade passaria a ser outra.

A inclusão social levada à prá-tica pelos governos populares mostrou que a roda da economia é ativada por este processo e to-dos os setores da economia ga-nham com isto, inclusive o previ-denciário. As distorções deveriam ser corrigidas para maior efeito na economia. Mas simplesmente abandonar o que deu resultados positivos, ou é uma sandice, ou é evidência de intenção de impor um retrocesso para dificultar o acesso da população a melhores níveis de vida, o que é visto pelos privilegiados como uma ameaça.

O recebimento de valores menores do INSS, a não con-tribuição do empresário com a FGTS, o ajuste menor do salá-rio mínimo, o desemprego, bem como o aumento de preços e a permissão para cobrança de taxas etc, etc são formas de empobre-cer a população, criar dificulda-des para seu acesso a melhores patamares sociais e de impedir a concorrência que venha a ame-açar os privilégios de uma elite histórica e perversa que existe no Brasil, mas que agora está sendo obrigada a mostrar a cara.

A CNBB lançou a Campanha da Fraternidade, cujo tema é: Fra-ternidade e políticas públicas. To-mara que a prática nas paróquias supere a linguagem abstrata e te-órica com que a Igreja, no Brasil, costuma referir-se a problemas concretos do nosso povo.

Valdemar MazuranaProfessor

Sobre a Reforma da Previdência apresentada pelo Governo para debate e aprovação no Congresso Nacional, a CNBB assim se pronunciou:

Reconhecemos que o sistema da Previdência precisa ser avaliado e, se necessário, adequado à Seguridade Social. Aler-tamos, no entanto, que as mudanças contidas na PEC 06/2019 sacrificam os mais pobres, penalizam as mulheres e os traba-lhadores rurais, punem as pessoas com deficiência e geram desânimo quanto à seguridade social, sobretudo, nos desem-pregados e nas gerações mais jovens. O discurso de que a reforma corta privilégios precisa deixar claro quais são esses privilégios, quem os possui e qual é a quota de sacrifício dos privilegiados, bem como a forma de combater a sonegação e de cobrar os devedores da Previdência Social. A conta da tran-sição do atual regime para o regime de capitalização, proposto pela reforma, não pode ser paga pelos pobres. Consideramos grave o fato de a PEC 06/2019 transferir da Constituição para leis complementares regras previdenciárias como idades de concessão, carências, formas de cálculo de valores e reajustes, promovendo desconstruções da Constituição Cidadã (1988).

(Leia a nota da CNBB na íntegra em seu portal oficial ou no portal da diocese)

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