Informativo da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral - CBPM | Ano 08 - nº 41 - outubro / novembro / dezembro de 2017

CBPM comemora 45 anos de conquistas para o setor mineral da Bahia

CBPM lança publicação que é referência em geofísica na Bahia

O evento de comemoração dos 45 anos da CBPM, realizado em 18 de dezembro de 2017, foi marcado pela apresentação dos avanços registrados nos últimos anos no setor mineral do estado, a partir da implantação de empreendimentos relevantes para a economia baiana, entre os anos de 2007 e 2017,

além de novos empreendimentos, que já estão em fase avançada de implantação.(Pág. 3)

O presidente da CBPM recebeu das mãos dos autores Raymundo Wilson Santos e Edson Emanoel Starteri, o primeiro exemplar do livro Geofísica na Bahia (Estudos Geológicos e Exploração Mineral), a mais nova edição da Série Publicações Especiais da empresa, lançada em dezembro de 2017.

(Pág. 2)

2

Publicação lançada pela CBPM é a principal referência em geofísica na Bahia

O presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Alexandre Brust, recebeu das mãos dos autores Raymundo Wilson Santos e Edson Emanoel Starteri, o primeiro exemplar do livro Geofísica na Bahia (Estudos Geológicos e Exploração Mineral), a mais nova edição da Série Publicações Especiais da empresa, lançada em dezembro de 2017 durante evento realizado na CBPM. A publicação promete ser a principal referência para estudantes, pesquisadores e acadêmicos em estudos geofísicos sobre o território baiano.

“O livro é um dos marcos comemorativos dos 45 anos de atividades da CBPM, comemorados no dia 18 de Dezembro de 2017, em evento realizado na sede de nossa empresa, por isso reiteramos nossa

SOBRE OS AUTORESGraduado em geologia pela Escola de Geologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 1969, Raymundo Wilson Santos Silva é um dos autores do livro. Tornou-se mestre em Geofísica de Exploração Mineral em 1974. Em 1976 interrompeu o doutorado para ingressar na iniciativa privada, quando desenvolveu atividades de coordenação, planejamento, execução e processamento de dados, que resultaram em grandes projetos de exploração mineral, predominantemente no norte do país. Após passagem pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), ingressou na CBPM, em 1981, onde também desenvolveu atividades

satisfação em disponibilizar esta obra, que sem sombra de dúvidas, passa a ser uma referência na historiografi a técnico-científi ca de nosso estado”, ressaltou o presidente Alexandre Brust.

Produzida em papel couchê e capa dura, a publicação tem 648 páginas que reúnem todo o volume de atividades (teórica, experimental e aplicada) geradas pelos autores nas últimas cinco décadas. Para consolidar este acervo de informações técnico-científi cas, os autores assumiram o compromisso de elaborar a publicação para a CBPM, que, em contrapartida, disponibilizou todos os dados acumulados ao longo de suas atividades operacionais, além do apoio necessário para efetivação.

de coordenação, planejamento e execução em geologia, geofísica, geoquímica, petrografi a e topografi a.

A obra foi elaborada em conjunto com o professor titular e pesquisador do Centro de Pesquisa em Geofísica e Geologia do Instituto de Geociências da UFBA, Edson Emanoel Starteri Sampaio, considerado um dos principais especialistas brasileiros em geofísica aplicada à exploração mineral. Emanoel Iniciou a sua carreira científi ca em meados da década de 1960 como geólogo da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e fez pós-graduação em geofísica em 1969, quando foi um dos pioneiros na implantação do Programa de Pós-graduação em Geologia da UFBA.

3

Projeto “Minerais Portadores de Futuro” ganha destaque em revista especializada

CBPM comemora 45 anos de conquistaspara o setor mineral da Bahia

A última edição da revista In The Mine publicou uma síntese do Projeto Minerais Portadores de Futuro, desenvolvido pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), e elaborado pelo geólogo Samuel Leal, coordenador do projeto, em conjunto com o Diretor Técnico Rafael Avena Neto.

O texto mostra um resumo do trabalho desenvolvido pela empresa de fomento mineral da Bahia no segmento de novos materiais.

O evento de comemoração dos 45 anos da CBPM, realizado em 18 de dezembro de 2017, foi marcado pela apresentação dos avanços registrados nos últimos anos no setor mineral do estado, a partir da implantação de empreendimentos relevantes para a economia baiana, entre os anos de 2007 e 2017, além de novos empreendimentos, que já estão em fase avançada de implantação, e deverão dar início às suas atividades nos próximos anos.

Ao longo de sua história, a CBPM atraiu investimentos privados para a Bahia que ultrapassam a casa de 1,5

O objetivo inicial do projeto é identificar e selecionar os ambientes considerados como possíveis hospedeiros de mineralizações de Lítio, Terras Raras (ETRs), Cobalto, Tântalo, Tálio, Nióbio, Potássio, Fosfato e Grafita para Grafeno. Trabalhos realizados pela CBPM, até o momento, individualizaram diversos ambientes geológicos no Estado possíveis de conterem mineralizações de alguns desses elementos químicos.

bilhão de dólares, conforme destacou o Superintendente de Promoção do Investimento da SDE, Paulo Guimarães, representante do secretário Jaques Wagner e do Governador Rui Costa no evento “A CBPM é fundamental para atração de investimentos, e tem se mostrado extremamente rentável, basta observarmos que os valores investidos na empresa nos últimos anos são infinitamente inferiores ao que ela trouxe de investimentos privados para a Bahia”, declarou o superintendente, que também ressaltou a necessidade de realizar um trabalho voltado ao beneficiamento dos minerais aqui

na Bahia, economicamente mais interessante que a exportação de comodities.

A importância econômica da CBPM e o trabalho social desenvolvido pela empresa também foram destacados pelo presidente Alexandre Brust “conseguimos colocar em produção grandes minas, a exemplo do Fosfato de Irecê (Galvani Indústria Comércio e Serviços Ltda); a Bentonita de Vitória da Conquista (Companhia Brasileira de Betonita); o Vanádio de Maracás (Vanádio Maracás S/A); o níquel de Itagibá, (Mirabela Mineração) e o ouro de Santa Luz (Mineração Fazenda Brasileiro S/A), além de quatro projetos em implantação: dois na Areia Silicosa de Belmonte (Vitro e Jundú), um em Itarantim (Nefelina) e um em Curaçá (Cobre). Através do Programa de Inclusão Social da Mineração (PRISMA), desenvolvemos um importante trabalho de inclusão social. Entre os anos de 2007 a 2017 realizamos mais de 80 convênios com prefeituras, associações e cooperativas, beneficiando diretamente mais de 5 mil pessoas, e indiretamente mais de 20 mil” declarou o presidente.

4

Informativo da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral - CBPM

Diretoria da CBPMDiretor Presidente - Hari Alexandre BrustDiretor Técnico - Rafael Avena NetoDiretor Adm/Finaceiro - Wesley Faustino

Gerência de Informação e Divulgação (Gerid) - Ivanaldo VieiraMarketing (Semae) - Rodrigo Castro / Valdenir FerreiraRedação/Edição - Amarildo Barbosa / Rodrigo CastroDiagramação - Mateus Orrico

Av. Quarta 460 - CAB - CEP 41.745-002 - Salvador/BATel.: 71 3115-7420 | cbpm.ba.gov.br | diretoria@cbpm.ba.gov.br

EXPEDIENTE

Sugestões, comentários, reclamações e elogios, fale conosco: semae@cbpm.ba.gov.br

Esfriamento Global: a verdade inconveniente

“O planeta terra deve passar por um novo ciclo de esfriamento global, que pode ter como principal consequência a escassez na produção de alimentos.” A afirmação foi feita pelo doutor em geofísica Almério França durante palestra realizada na Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM).

Durante o evento, o especialista apresentou fotos, gráficos e vídeos, para fazer uma viagem no tempo sob o ponto de vista histórico e geológico, com o objetivo de defender a tese de que as grandes mudanças climáticas no nosso planeta são determinadas por ciclos que ocorrem a cada 206 anos e uma nova fase de resfriamento global estaria próxima.

Ele rechaça a ideia de que o aquecimento global registrado nas últimas décadas esteja unicamente associado à degradação do meio ambiente provocada pela ação humana. Segundo Almério França, o CO², tido como o grande vilão e principal causador do efeito estufa, tem influência muito menor que outros gases como o vapor d’água e o metano “A emissão de gases poluentes e o desmatamento, por exemplo, tem impactos mais localizados do que sobre o clima global. Explosões ocorridas no Sol, considerada a fonte primária para o clima da Terra, afetam bem mais o nosso planeta do que a ação localizada do homem”, afirma o geofísico.

O palestrante é autor do livro “Planeta terra - Um lugar perigoso para se viver”, que trata dos desastres naturais ocorridos no passado remoto e recente, apontando cenários que a natureza pode nos reservar para o futuro próximo e distante, em nosso continente e no planeta Terra.

Por Ernesto Fernando Alves da Silva

Definia-se como um botafoguense apaixonado. Tudo sabia sobre os dias de glória do time da estrela solitária de Marechal Severiano. Passava horas e horas quase delirando, a falar dos dribles estonteantes de Mané; das clássicas jogadas do mestre Nilton, a enciclopédia; dos golaços de Quarentinha e, das arrancadas fulminantes de Jairzinho, o furacão.A outra metade do tempo dedicava-se a rememorar seus episódios de conquista e aventuras amorosas vividas.Sua passagem pela galeria dos colaboradores da CBPM é rica de causos e estórias hilariantes e inesquecíveis. Ambrósio Leitoa Branca, como carinhosamente era conhecido, caracterizava-se, também, pelo seu temor aterrorizante por falecidos ou por suas “almas” (expressão que usava).Um dos seus casos mais marcantes aconteceu na Vila de Caetanos, no município de Poções, quando a equipe de campo da CBPM trabalhava na região. Em razão da extrema precariedade para a hospedagem disponível na localidade, como era de praxe na época, foi alugada uma modesta casa, que servia ao mesmo tempo de escritório, depósito de amostras e dormitório.Finda a primeira etapa de campo, um dos veículos foi designado pelo chefe da equipe para transportar para Salvador as amostras coletadas (sedimento de corrente, concentrado de minerais pesados, rocha e solo). Para tanto, um dos motoristas teria que ser escalado com vistas a organizar, catalogar, arrumar e transportar essas amostras para a sede da empresa em Salvador. Foram estimados dois dias para tal tarefa, recaindo em Leitoa Branca a responsabilidade da missão.A decisão o atingiu como uma bomba. Como iria dormir sozinho naquela casa velha, e certamente, mal assombrada?Ficou a pensar por alguns instantes e de repente teve um lampejo. Iria contratar Miguelzinho, um garotão de 17 anos, filho de um dos prestadores de serviços de campo, encarregado da abertura de picadas e coleta de amostras de solo.A notícia logo se espalhou na comunidade e serviu para debochar que na equipe da CBPM tinha um integrante que pagava aos garotos para dormir com ele.

* O autor é geólogo e colaborador da CBPM

O abalo na reputação de um botafoguense conquistador

• CAUSOS GEOLÓGICOS •