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Informativo da Associação de Base dos Funcionários e Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo Ano 2 • Edição 4 • 2007 SPPREV : uma arma apontada para o servidor Servidores LUTAM por melhores salários Servidores LUTAM por melhores salários Novo sistema previdenciário, proposto pelo governo tucano, acabará com direitos históricos conquistados pelos servidores, além de permitir a transferência dos “Lei 500” para o INSS. Páginas 4,5 e 6 Assojubs firma novos convênios com instituições de ensino - Página 15 Uma multidão de trabalhadores protestaram em frente ao Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, unidos por uma única causa - Página 3 Página 3 Desembargadores e Magistrados de São Paulo continuam com supersalários assojub02 valendo.p65 21/5/2007, 13:06 1

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Informativo da Associação de Base dos Funcionários e Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo • Ano 2 • Edição 4 • 2007

SPPREV : umaarma apontadapara o servidor

Servidores LUTAMpor melhores salários

Servidores LUTAMpor melhores salários

Novo sistema previdenciário, proposto pelo governo tucano, acabará com direitos históricos conquistados pelos servidores, além de permitir a transferência dos “Lei 500” para o INSS. Páginas 4,5 e 6

Assojubs firma novos convênios com instituições de ensino - Página 15

Uma multidão de trabalhadores protestaram em frente ao Palácio dos Bandeirantes,em São Paulo, unidos por uma única causa - Página 3

Página 3

Desembargadores eMagistrados de São Paulo

continuam com supersalários

assojub02 valendo.p65 21/5/2007, 13:061

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Edição 4 - 2007 Página 2 Editorial / Editais

EDITORIAL

Nenhum direito a menosN

o final da década de 80, houve comoção e comemoração mundial coma queda do muro de Berlim.

O muro simbolizava a divisão entre a Eu-ropa ocidental e a oriental, entre o sistemacapitalista e o sistema socialista.

Houve uma euforia amplamente divulga-da pela mídia sobre a liberdade que os paísesdo bloco socialista alcançavam com a quedado Muro de Berlim, que foi o histórico esto-pim para meses depois acabarem praticamen-te todos os regimes socialistas da Europa ori-ental.

Realmente os regimes eram ditatoriais e osocialismo praticado era na verdade um capi-talismo de estado, recheado de regalias paraas cúpulas dos partidos comunistas dessespaíses.

A Liberdade obtida, entretanto, estavamais relacionada à liberdade de consumir den-tro do capitalismo, que voltava a se instalarnesses países, do que de fato a liberdade como

principio filosófico e individual.Afinal de contas no capitalismo a liberda-

de só é garantida também para quem podepagar por ela ou consumi-la. A liberdade de ire vir, por exemplo, restringi-se a ida e volta aotrabalho, ou resume-se ao próprio bairro, quan-do o cidadão não possui recuros financeirospara passear ou viajar, ou seja, para pagar seudireito de ir e vir.

A liberdade de expressão depende doquanto sua expressão consegue atingir asoutras pessoas, enfrentando mega-conglome-rados de mídia ou a repressão policial, quan-do suas manifestações incomodam as autori-dades.

Esta reflexão se encaminha para chegar-mos a um ponto que vivenciamos hoje.

Apesar das controvérsias e debates a cer-ca do significado da queda do muro de Berlim,um dado é concreto: com o capitalismo tornan-do-se o único sistema mundial de produção ecirculação de mercadorias, acabou definitiva-

mente o chamado estado de bem estar social,ou seja, o conjunto de direitos trabalhistas epráticas econômicas e sociais que vigoravamnos países capitalistas, como o Brasil, e queserviam de contraponto para impedir a disse-minação dos ideais socialistas e conter as açõesreivindicativas dos trabalhadores.

Sem a ameaça comunista o capitalismo es-cancarou de vez sua ganância desumana pelolucro, e para aumentar os lucros é preciso di-minuir salários e cortar direitos.

É isso que vivemos hoje em dia, e enfimeste texto chega o ponto de relacionar esseconjunto de causas e efeitos com um que vaidiretamente atingir você servidor do judiciá-rio: A mudança do sistema previdenciário paraa SPPREV.

A mudança definida na constituição visaacima de tudo diminuir ou retirar direitos, sejaatravés dos aumentos dos descontos, sejaatravés da exclusão de parte do funcionalis-mo do seu atendimento.

Some-se a isso o não cumprimento da leida database por parte do TJ, ignorando a lei, ena prática retirando um direito que pertenceaos trabalhadores da justiça.

Contra tudo isso só nos resta nos mobilizar,apoiado pela esperança do significado do atoconjunto do funcionalismo em 28 de janeiro desteano que reuniu mais de 2 mil pessoas na frentedo Palácio dos Bandeirantes. Ou pelo significa-do dos 6 mil trabalhadores que se reuniram noEncontro Nacional, realizado em São Paulo, nodia 18 de março, organizado pela Conlutas e pelaIntersindical, movimentos que buscam se unifi-car para lutar contra a reforma trabalhista e anova reforma previdenciária do governo Lula.

Portanto precisamos nos mobilizar, orga-nizar nossa luta, para garantir nosso direitostrabalhistas e sociais, e avaçar nas conquis-tas.

Conclamos todos os companheiros a uni-rem-se nessa luta e somar vozes nesse coro:“Nenhum direito a menos”

ASSOCIAÇÃO DE BASE DOS FUNCIONÁRIOS E SERVIDORESDO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE SÃO PAULO

- ASSOJUBS -

EDITAL

O Presidente da ASSOCIAÇÃO DE BASE DOS FUNCIONÁRIOS E SERVI-

DORES DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE SÃO PAULO - ASSOJUBS,

Hugo Rogério Nicodemos Coviello no uso de suas atribuições estatutárias,

faz saber a todos quantos o presente Edital virem ou dele conhecimento tiverem,

que DESIGNA O DIA 07 DE MAIO DE 2007 PARA REALIZAÇÃO DA ASSEM-

BLÉIA GERAL ORDINÁRIA, na Cantina da Entidade, sito à Av. São Francisco

nº 278, às 19:00 horas, em 1º convocação, para deliberar sobre a ordem do dia

abaixo descrita, sendo necessário o quorum mínimo de 1/5 dos associados para

abertura da Assembléia. No caso de não haver quorum mínimo dos associados

em 1ª convocação, será feita a 2ª convocação às 19:30 horas, onde então será

declarada aberta a Assembléia com no mínimo 1% dos associados, bastando à

maioria simples dos votos dos associados presentes para as aprovações da

pauta abaixo:

- PRESTAÇÃO DE CONTAS – PERÍODO 2006 Santos, 02 de abril de 2007.

HUGO ROGÉRIO NICODEMOS COVIELLOPRESIDENTE

EDITAL O Presidente da ASSOCIAÇÃO DE BASE DOS FUNCIONÁRIOS

E SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE SÃOPAULO - ASSOJUBS, Hugo Rogério Nicodemos Coviello no uso desuas atribuições estatutárias, faz saber a todos quantos o presente Edi-tal virem ou dele conhecimento tiverem, que DESIGNA O DIA 07 DEMAIO DE 2007 PARA REALIZAÇÃO DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRA-ORDINÁRIA, na Cantina da Entidade, sito à Av. São Francisco nº 278,às 20h 00, em 1º convocação, para deliberar sobre a ordem do dia abai-xo descrita, sendo necessário o quorum mínimo de 1/5 dos associadospara abertura da Assembléia. No caso de não haver quorum mínimo dosassociados em 1ª convocação, será feita a 2ª convocação às 20h 15,onde então será declarada aberta a Assembléia com no mínimo 1% dosassociados, bastando à maioria simples dos votos dos associados pre-sentes para as aprovações da pauta abaixo:

- ELEIÇÃO DE DELEGADOS PARA REPRESENTAR A ASSO-JUBS NO CONGRESSO DO 1º CONGRESSO DA COORDENAÇÃONACIONAL DOS TRABALHADORES DA JUSTIÇA, EM BRASÍLIA.

Santos, 02 de abril de 2007.

HUGO ROGÉRIO NICODEMOS COVIELLOPRESIDENTE

ASSOCIAÇÃO DE BASE DOS FUNCIONÁRIOS E SERVIDORESDO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE SÃO PAULO

- ASSOJUBS -

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Página 3 Edição 4 - 2007

EXPEDIENTE

JUDICIÁRIO

DiretoriaHugo Coviello - presidentePaulo Pompeu - vice-presidenteAdelson Gaspar - secretárioMaria Kill Castro- tesoureiraMarcio Paiva - atividades sociais e culturaisLaércio Armesto - atividades esportivasPaulo Sampaio - patrimônioAlexandre dos Santos - convênios

ASSOJUBS – Associação de Base dos Funcionários e Servidores do Poder Judiciário do Estado de São PauloEndereço: Av. São Francisco, 276 / 278 – Centro – Santos – S. P. Cep: 11013-202

telefone: 3223-2377 • e-mail: [email protected] • internet: www.assojubs.com.br

Conselho Deliberativo

Mário Rosa - comarca de Santos

Reginaldo Ramos - comarca de Santos

Ana Lucia Grijó - comarca de Santos

Marcus Thomaz - comarca de Santos

Eduardo Requejo - comarca de São Vicente

Riberto Cacheiro - comarca de Praia Grande

Diretor Responsável:

Paulo Rogério Pompeu (vice-presidente,

acumulando a Diretoria de Comunicações)

Redação e Edição: Hugo Coviello

Diagramação: www.cassiobueno.com.br

Tiragem: 2000 exemplares

Impresso: Gráfica Diário do Litoral

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) liberou o pagamento de salários acima do

teto do funcionalismo público paradesembargadores de quatro Tribu-nais de Justiça (TJs) do País. O limitedo funcionalismo é de R$ 24.500, cor-respondente ao salário de um minis-tro do Supremo Tribunal Federal(STJ). Além de São Paulo, os super-salários foram liberados em MinasGerais, Rio Grande do Sul e DistritoFederal.

O CNJ também derrubou o subte-to da justiça estadual que era de R$22.111 e equiparou com o teto do STF.Em São Paulo, foram beneficiados cer-ca de 750 magistrados. Os desembar-gadores paulistas poderão continuarrecebendo duas verbas extrateto: umachamada sexta parte, obtida com o au-mento de um sexto após 20 anos deserviço, e o adicional por tempo de ser-viço até 35% (5% a cada cinco anos).

Os supersalários foram expostosna mídia depois de um levantamentodo CNJ sobre a situação salarial doJudiciário, que mostrou a existênciade 2.978 servidores ganhando acimado teto, em 19 TJs.

Logo após a decisão do STF der-rubar o subteto da justiça estadual, o

jornal Folha de S. Paulo já noticiavaque integrantes do Ministério Públi-co Estadual já se preparavam paradeflagrar um movimento em busca domesmo benefício.

Na opinião de especialistas, adecisão do Supremo de elevar o tetoda Justiça estadual decreta o fim doteto do funcionalismo público. Mi-nistros e advogados afirmaram àAgência Estado que a decisão doSTF abriu as portas para que outrascategorias reivindiquem o recebimen-to de gratificações com o objetivo deaumentar os salários e ultrapassar oteto nacional.

O presidente da Ordem dos Ad-vogados do Brasil (OAB), Cezar Britto,afirmou que a decisão do STJ foi um

"gol contra no sistema de orientaçãopara a sociedade". Na mesma repor-tagem publicada no início de março,o presidente da OAB disse que a fi-xação do teto salarial do funcionalis-mo público e a esperada diminuiçãodos supersalários teriam um efeitomoralizador. "Era uma orientação sa-neadora, moralizante e correta".

O procurador-geral da Repúbli-ca, Antônio Fernando de Souza,anunciou, logo após as decisões doCNJ e STF, que "algumas coisas pa-recem equivocadas" e que irá anali-sar a decisão de equiparar o teto eliberar a continuidade do recebimen-to de benefícios que elevam o saláriode alguns servidores para mais doteto do funcionalismo.

Mais uma vez acabou em pizza a tentativa de barrar os supersalári-os nos Tribunais de Justiça. No início de março o Conselho Nacionalde Justiça (CNJ) permitiu que juízes e desembargadores estaduais con-tinuem recebendo mais que o salário de um ministro do Supremo Tribu-nal Federal (STJ) - R$ 24.500.

O CNJ liberou o pagamento de gratificações que elevam os venci-mentos dos magistrados. Esse entendimento foi tomado pelo CNJ aoanalisar os casos de salários superiores ao teto pagos pelos TJs deSão Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

Enquanto nós, servidores do Judiciário, passamos por verdadeirasbatalhas para conseguirmos aumentos pífios, os marajás do TJ nãotiveram suas regalias cortadas.

E é aqui, em São Paulo, onde há o maior número de vencimentossuperiores ao teto do STF. Em novembro do ano passado, o CNJ fez umlevantamento que mostrava que 19 tribunais pagavam salários acimado teto. De acordo com o estudo, os magistrados ganhavam em médiaR$ 3.491,93 acima do teto.

Especialistas acreditam que a decisão de manter os supersaláriosrepresenta o fim do teto salarial do funcionalismo público, abrindo aporta para que outras categorias reivindiquem abonos e gratificaçõesacima do normal. Mas, como sempre, não serão os servidores da base,com os menores salários, que serão beneficiados.

Apesar da discussão sobre os salários fora da realidade nacionaldos magistrados ter sido um avanço para a democracia e o debateaberto, as organizações que deveriam orientar o Estado em um cami-nho de evolução e igualdade mais uma vez mostraram que não sãocapazes de garantir a justiça e impedir as farras feitas com o dinheiropúblico.

Presidente do Tribunal com o maior número de supersalários, odesembargador Celso Luiz Limongi, afirmou, em fevereiro, que nãoexistem marajás no TJ-SP, mesmo tendo na folha de pagamento 1.208servidores ganhando acima do teto.

Limongi também considerou que manter os benefícios dos magis-trados é uma questão de justiça. Nós não chamamos a manutenção deregalias como justiça, mas sim de falta de ética e de vergonha.

Supremo e CNJautorizamsupersalários

ACIMA DO TETOOPINIÃO

Tudo acabaem pizza

Limongi defendeu com todas as forças os salários dos magistrados

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Edição 4 - 2007 Página 4 SERVIDOR

SPPREV: o no^PREVIDENCIA

Quando pensamos que tudoo que poderia ser feito pelos governos - federal e

estadual - para prejudicar trabalha-dores do serviço público foi reali-zado, chega uma hora em que per-cebemos que o fundo do poço emque estamos sendo jogados é ain-da mais profundo.

A nova e poderosa arma do Go-verno Serra (PSDB/ PFL/ PPS)contra os servidores tem nome: SP-PREV.

Repetimos: SPPREV, ou SãoPaulo Previdência. Guarde estenome porque ele ainda vai lhe tra-zer muita dor de cabeça. Casovocê seja servidor público pela Lei500 ou temporário - ACT, OFA - aSPPREV poderá não só lhe dar mui-ta dor de cabeça, como, a médioprazo, custar seu emprego.

Se você for servidor efetivo, edo tipo individualista, não fiquealiviado porque apenas seu cole-ga Lei 500 é que está arriscado.Você servidor efetivo solidário, ounão, participante ou não das lutasda categoria, também vai pagar opato. E vai pagar mais caro.

Ficou assustado? Fique mes-mo. Infelizmente esta deve ser amais dramática luta dos servido-res públicos nos últimos tempos.Pode também ser a última paramuitos deles.

Efeito das reformasExplica-se: A lei federal 9717/

98 que regulamentou o regime pre-videnciário a nível nacional, du-rante o primeiro mandato de Fer-nando Henrique Cardoso (PSDB),a qual ficou conhecida como a pri-

meira reforma da previdência, obri-gou os estados a criarem o Regi-me Próprio de Previdência dos Ser-vidores Públicos (RPPSP ou RPPcomo ficou mais conhecido).

Estes regimes próprios devemsubstituir os atuais Institutos dePrevidência e Caixas de Pecúlio ePensão, nos Estados e municípiosonde eles existem, unificando os

sistemas. Acabam, por exemplo, aseparação de sistemas de previ-dência entre servidores civis e mi-litares (PM) e passam a funcionarcom uma regulamentação que se-gue os parâmetros dispostos naReforma da Previdência.

Resumidamente, e a grossomodo, poderíamos dizer que a re-gulamentação dos Regimes Própri-os de Previdência procura deso-

brigar os Estados de arcar com oscustos da previdência de seus ser-vidores - o mesmo Estado que du-rante anos causou rombo na pre-vidência dos servidores - facilitan-do a criação dos fundos de apo-sentadoria complementar. Aindapor cima, abrindo caminho para afutura privatização dos regimesprevidenciários, o grande objeti-

vo dos governos liberais e neo-liberais.

Esta tática não é nova. Chama-se “comer pelas beiradas”, o queevita fortes resistências e enfra-quece as categorias atingidas pau-latinamente. Assim, ao invés de di-retamente confrontar-se com ostrabalhadores do serviço públicoou do setor privado, os governos,tanto federal como estadual, tanto

do PT como do PSDB, optam porrealizar ataques alternados e gra-dativos que vão acostumando opúblico em geral, através da mani-pulação da mídia, e enfraquecen-do os setores atingidos.

Não é a toa que Fernando Hen-rique, do PSDB, começou o servi-ço sujo da reforma da previdência,alterando o sistema de tempo de

serviço para tempo de contribui-ção e outras regulamentações ge-rais que afetaram mais os celetis-tas. Enquanto Lula, do PT, deu maisum passo - ou seria uma porrada -regulamentando tetos para o se-tor público e idade, além do au-mento das contribuições.

O modelo tucanoA lei 9717/98 que regulamenta a cri-

ação dos regimes próprios de pre-vidência dos servidores públicosafirma que esses novos sistemassão destinados apenas para osservidores "titulares de cargos efe-tivos".

São Paulo terá que organizar oRegime Próprio de Previdência doServidor Público. Entretanto, oprojeto para regulamentar o regi-me, apresentado pelo governo doestado — Projeto de Lei Comple-mentar nº 30 — combinado comos PLCs 31 e 32, que cria uma novaautarquia neste sentido, a São Pau-lo Previdência (SPPREV), basea-do na lei federal 9717/98, não citaem nenhum momento a questãodos Lei 500 ou temporários, e suasregulamentações serão realizadasaté 180 dias após a aprovação doPLC na Assembléia Legislativa.

Ou seja, após a aprovação oEstado, que vai indicar seis, dosoito componentes do conselhoadministrativo da SPPREV, recebeum cheque em branco para definiro novo sistema de previdênica dosservidores paulistas.

O modelo de administração daSPPREV definido no PLC 30 é to-talmente anti-democrático e cen-tralizador, na medida que a partici-pação dos representantes dos tra-balhadores em atividade e dosaposentados é insignificante. En-tre oito administradores apenasdois representarão os trabalhado-res do serviço público, ativos eaposentados.

O modelo dos governos Alck-min-Serra fere inclusive a Consti-tuição Federal, que no capítulo so-bre Seguridade Social, onde se en-

contra os servid

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Página 5 Edição 4 - 2007Página 5out / nov / dez - 2006SERVIDOR

novo ataquevidores públicos

contra a Previdência Social, e, por-tanto, os sistemas de previdência,aponta para a necessidade da ges-tão democrática desses sistemasprevidenciários, contando com aparticipação de representantes dogoverno, dos aposentados, dosservidores em atividade e da soci-edade civil.

Destino dos Lei 500 e tempo-rários: INSS e CLT

Devemos deixar claro: caso aSPPREV seja aprovada na formaem que se encontra hoje (PLC 30),"os servidores lei 500, no dia se-guinte à essa aprovação, passama fazer parte do INSS".

Para aqueles servidores incré-dulos, que equivocadamente con-fiam mais no patrão, no emprega-dor, do que nos seus companhei-ros de categoria, avisamos que afrase acima foi dita pelo juiz asses-sor da presidência do TJ, RonnieHerbert, em mesa de reunião (23/02) no Palácio da Justiça, em SãoPaulo.

Recentemente no final de mar-ço, nós da ASSOJUBS, obtive-mos a informação de um membroda cúpula do TJ, o qual resguar-daremos o nome, que confirmouque a aprovação do SPPREV daforma que está hoje na Assem-bléia Legislativa, combinada coma manutenção do regime jurídicode contratação dos Lei 500, le-vam a uma separação em que fa-rão parte da SPPREV apenas osservidores efetivos, enquanto osservidores lei 500 obrigatoria-mente passam a fazer parte doINSS, seguindo toda a regula-mentação do INSS, seja para apo-

sentadorias, licença-saúde, etc.Isso significa que um servidor

do TJSP, por exemplo, um escre-vente, cujo salário inicial de car-reira, sem benefícios de tempo, épor volta de R$ 2.528,00, ao se apo-sentar ficaria limitado ao teto doINSS, que é de R$ 2.668,15..

Enquanto seguisse na ativa,também perderia o direito à licen-ça-prêmio, qüinqüênio, e sexta par-te. Isso porque não existem servi-dores Lei 500 ou temporários noINSS. Você não entendeu?

É simples. Ao passar para oINSS o servidor deixaria de ter oseu regime de contratação regidopela Lei 500/74 e seu regime jurídi-co de contratação obrigatoriamen-te passaria a ser a CLT (Consoli-dação das Leis Trabalhistas).

Mais claramente, assuste-se,se você é servidor lei 500, da noitepro dia deixaria de ser e se tornariaum servidor público celetista, semnenhum depósito acumulado deFGTS.

Refletimos: você já imaginou,se tornar um celetista, da noite pro

dia, perder uma série de direitosque possui enquanto Lei 500, terseu teto de aposentadoria rebai-xado e após anos de trabalho, serum celetista sem um tostão de de-pósito para o FGTS, o fundo quegarante o tempo de serviço de umtrabalhador, em outras palavras, ofundo que inibe o empregador dedemitir um funcionário sem quetenha que pagar por isso.

Pois é nesse futuro, não tãodistante, mas com possibilidadesbastante catastróficas, isso pode-

ria acontecer. Os servidores Lei500 ficariam na marca do penalty,regidos pela CLT e sem fundo degarantia anterior.

Pra aqueles que não acreditam,esse raciocínio nos foi passadodurante uma conversa informaldentro do Palácio da Justiça, pelomesmo componente da cúpula doTJ, que citamos anteriormente.

Quando indagado se nesse ce-nário o TJ, que alega não ter di-nheiro nem pra pagar a reposiçãosalarial, teria para pagar os encar-gos trabalhistas da CLT para mais

de 20 mil funcionários, a respostafoi lacônica e perturbadora: "Poisé, isso seria um problema, não que-remos que chegue a isso...", acom-panhado de um gesto de cabeçapra lá de negativo.

De fato, dentro do TJSP, existeuma forte resistência a aprovaçãoda SPPREV.

O próprio Desembargador Cel-so Limongi, falou abertamente nareunião do dia 23/02 ser contrárioao projeto da SPPREV.

O problema para nós é que tal

resistência é motivada por ques-tões que desagradam aos magis-trados, como o controle das suasaposentadorias, que hoje é feitopelo próprio TJ, passar para umaautarquia, a SPPREV, e por essa au-tarquia, não contar em sua regula-mentação com dispositivos em queo Estado assegure a sua viabilida-de financeira.

"Da forma que se encontra oprojeto hoje o Estado não dá res-paldo financeiro para a autarquia",segundo a mesma fonte.

Mas esses problemas que atin-

gem desembargadores e magistra-dos podem ser resolvidos politi-camente entre a cúpula do TJ e ogovernador Serra. Nesse caso o TJteria que brigar apenas pelos fun-cionários e servidores.

Alguém acredita em tanta de-dicação aos servidores do TJ, porparte dos desembargadores e ma-gistrados?

Servidores efetivosOs servidores efetivos, tam-

pouco podem ficar tranqüilos. Ainstituição da SPPREV significaráaumento dos descontos previden-ciários mensais.

Nos bastidores da AssembléiaLegislativa já é dado como certoque com instituição e a regulamen-tação da autarquia o descontopassará a ser de 14%.

A longo prazo o desconto po-deria chegar a até 22% segundo al-gumas informações. Tudo vai de-pender de como será regulamenta-da a SPPREV, e como foi destacadoneste texto, a regulamentação seráum verdadeiro “cheque em branco”para o governo do estado, que terámaioria no conselho administrati-vo da SPPREV (seis indicaçõescontra duas dos servidores).

Assim aqueles servidores efe-tivos, mais individualistas, que nãopossuem espírito de solidariedadee poderiam dizer que não se preo-cupam com a SPPREV, pois não sãoLei 500, devem se preocupar comseu próprio salário pois a institui-ção da nova autarquia previdenci-ária do Estado de São Paulo, signi-ficará a redução dos seus efetivosvencimentos.

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Edição 4 - 2007 Página 6 ASSOCIAÇÃO

A questão financeira^PREVIDENCIA 2

O problema da criação do Regime Próprio de Previdência dos ServidoresPúblicos de São Paulo, através da

autarquia chamada SPPREV, apresenta ou-tro problema: como resolver a questão fi-nanceira do atual Instituto de Previdência,o IPESP.

O governo do Estado ainda não reco-nheceu e não apresentou definição sobreo que será feito com o passivo atuarial deR$ 160 bilhões, conforme cálculos realiza-dos por grupos técnicos organizados porentidades de representação dos servido-res.

Passivo atuarial é o total de valores re-ferentes a todos os recolhimentos feitospelo servidor público, mensalmente e deforma compulsória, durante todos estesanos e que são encaminhados ao IPESP.

Esses valores acumulados compõem umpatrimônio do servidor público, pois o des-conto nos salários são os recursos desti-nados aos aposentados e pensionistas.

O sistema chamado tecnicamente de re-partição, visa que esse patrimônio consti-tuído ao longo dos anos seja repartido en-tre os aposentados, de acordo com os di-reitos e benefícios inerentes a cada cargoe carreira, através do que é chamado depacto de gerações.

Pacto de gerações significa que os atu-ais servidores da ativa contribuem para pa-gar os que estão hoje aposentados, assimcomo os servidores vindouros contribui-rão para pagar as aposentadorias dos queatualmente estão na ativa.

O problema é que o Estado que deveriacontribuir com sua cota parte, - estipuladano dobro do que é descontado dos servi-dores, portanto 22% - destinando então ototal de recursos a uma conta exclusiva defundo previdenciário, não o faz há muitosanos, optando por complementar os valo-res que faltam para as aposentadorias deacordo com as ocorrências, ou seja, men-salmente.

Além disso, desde a instituição da cha-mada contribuição previdenciária, em 2002promulgada por Alckmin, antes mesmo daReforma da Previdência de Lula, aumen-tando em 5% os descontos sobre saláriosdos servidores, os recursos ficam direta-

mente à disposição da Secretaria da Fa-zenda do Estado de São Paulo.

Falta transparência na contabilização eutilização desses recursos por parte do go-verno do Estado.

Recentemente, o Secretário da Fazen-da, no governo Serra, Mauro Ricardo Cos-ta divulgou através de entrevista no jornalEstadão (O Estado de São Paulo - "Assem-bléia atrasa nova Previdência paulista", 25/03/2007, página A-18), de forma equivoca-da, porém conveniente para o governo, ainformação que o déficit atuarial do esta-do é de R$ 154 bilhões.

O secretário da fazenda esquece de co-mentar que o passivo atuarial é de 160 bi-lhões, portanto deveríamos contar com umsuperávit de 6 bilhões.

Podemos resumir a questão da seguin-te forma: O governo do Estado publicamen-te tenta "queimar" os servidores públicos,falando o quanto saiu, mas se defende "es-quecendo" de quanto entrou. O que o go-verno paga sai do bolso do servidor. A cota-parte dele - do Governo - nunca foi paga. Eos recursos são apenas do salário do ser-vidor.

Do mesmo modo para o governo a pre-vidência dos servidores públicos de SãoPaulo é deficitária, consumindo anualmen-te cerca de 10 bilhões, mas os servidorescontribuem com 2,5 bilhões por ano dessetotal, e o governo como descrito acima nãocontribui com sua cota parte.

Para completar o quadro desfavorávelaos Servidores Públicos o PLC 30 define apretensão do governo do Estado em que omontante dos recursos recebidos dos ser-vidores públicos, através da SPPREV, se-jam aplicados no mercado de capitais.

Assim além de estimular o mercado fi-nanceiro, leia-se lucros privados de ban-queiros e especuladores, o governo tuca-no, apoiado por PFL e PPS, impõe aos ser-vidores os riscos dos mercados de capi-tais, nessa modalidade de sistema previ-denciário que é chamada de capitalização.

Ao analisarmos em conjunto todas asmedidas até agora apresentadas pelo go-verno do Estado, ou as declarações de seussecretários na mídia, podemos concluir queum dos objetivos de aprovar a SPPREV tal

qual apresentada através do PLC 30 é abrircaminho para as empresas de previdênciaprivada constituírem os fundos de aposen-tadoria complementar e a longo prazo per-mitir que grupos financeiros gerenciem -

privatização - o sistema de previdência dosservidores públicos paulistas.

O futuro é agora. Quem não lutar ago-ra, talvez não tenha mais nenhum momen-to pra lutar.

Arqu

ivo

DL

O INSS poderá ser o futuro dos Lei 500

assojub02 valendo.p65 21/5/2007, 13:066

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Página 7 Edição 4 - 2007BRASIL

PAC

O Programa de Aceleraçãodo Crescimento

(da concentração de riquezas e retirada de direitos dos trabalhadores).N

o final de janeiro de 2007,o presidente Lula lançoucom grande alarde o Pro-

grama de Aceleração do Cresci-mento. Trata-se de um conjunto demedidas na área econômica atra-vés das quais o governo estabele-ce metas para o crescimento de 5%ao ano, sendo que para ser atingi-da tal meta o governo propõe umconjunto de medidas que visacombater os elementos que, se-gundo sua opinião, são responsá-veis por estrangular o crescimen-to, ou seja, a insuficiência da in-fra-estrutura, focada na questão daenergia e transportes, além de as-pectos ficais, regulatórios e tribu-tários, buscando a remoção dosobstáculos "burocráticos, norma-tivos e jurídicos". Entenda-se leisque "protegem" os trabalhadores,meio ambiente, etc.

A bem da verdade o PAC nãoavançou mais do que outros pro-jetos que tentaram ser implemen-tados, ao menos formalmente, nopaís, seja no governo de Fernan-do Henrique Cardoso ou mesmono primeiro mandato de Lula. Oprojeto "Avança Brasil" do gover-no FHC resumia em linhas gerais omesmo conteúdo e forma do PAC,prometendo R$ 317 bilhões em in-vestimentos para o período 2000-2003, para serem aplicados em al-gumas obras, principalmente de in-fra-estrutura, como a duplicação erecuperação de rodovias. No PACa soma de gastos sobe para pou-co mais de R$ 500 bilhões, mais alista de obras elencadas pelo pro-jeto copia as obras do Avança Bra-sil, como a duplicação de um tre-cho da BR- 381 em Minas Gerais,da BR- 153 na divisa de Mato Gros-so com Goiás, a conclusão da du-plicação da BR-101 entre SantaCatarina e Rio Grande do Sul, etc.

Setores do empresariado, as-sim que o PAC foi anunciado, po-sicionaram-se criticando aspectosdo programa.. Pensam estes em-presários que o governo deixou de

aproveitar a oportunidade paraavançar nas reformas tributária,previdenciária e na questão regu-latória, leia-se acabar com deter-minadas leis que prejudiquem osinteresses capitalistas, como a le-gislação ambiental.

As medidas que determinam acontenção de gastos públicos, re-caindo esta contenção sobre ostrabalhadores, foram consideradastímidas pela burguesia. Uma delas,altera aspectos da Lei de Respon-sabilidade Fiscal, lei esta que de-termina limites para o pagamentode funcionários públicos. Segun-do esta medida, o reajuste ao fun-cionalismo público poderá ser nomáximo igual ao índice da inflaçãomedido pelo IPCA, índice questi-onável por si mesmo, mais um rea-juste de 1,5% ao ano para os fun-cionários dos 3 poderes. Note-seque este reajuste de 1,5% ao anoalém da inflação não significa queeste será o índice para todos osfuncionários públicos, mas que elepoderá ser utilizado como parâme-tro do aumento global da folha depagamento, significando que de-terminadas categorias poderão teraumentos maiores do que 1,5%mesmo que ainda sejam aumen-tos pífios, enquanto outras pode-rão nem receber aumentos.

Esta medida vai encontrar resis-tência por parte dos funcionáriosdos 3 poderes. Para os funcionári-os do poder executivo, que incluiserviços de educação, saúde, etc.,este aumento de 1,5% acima da in-flação pode significar aumento ne-nhum, já que a folha de pagamentoglobal destes funcionários já pos-sui um aumento anual vegetativocom índices até mesmos superio-res a 1,5%, decorrentes de evolu-ção funcional, qüinqüênios, etc.

Vale ressaltar que em 1995 os

gastos do governo com pessoalequivaliam a 56,2% da Receita Cor-rente Liquida do Governo Federale em 2005 esta percentagem caiupara 30,9%.

Outro ponto questionado pe-los capitalistas e que já começa aser atendido pelo governo, embo-ra não com a rapidez que estes es-peravam do governo, é a questãoprevidenciária. Os argumentos afavor de uma nova etapa na refor-ma da previdência se sucedem. APrevidência seria deficitária, navisão dos capitalistas e do gover-no, apenas em 2006 teria acumula-do um déficit de mais de R$ 42 bi-lhões. A população estaria enve-lhecendo e a expectativa de vidaaumentando e a contribuição dostrabalhadores que estão na ativanão estaria dando para sustentaros "benefícios" dos trabalhadoresaposentados.

Um dos grandes geradores des-te déficit seria o excesso de "bene-fícios" por incapacidade, no Brasil14% dos "benefícios" pagos seri-am por incapacidade, enquanto osparâmetros. Quem sabe se o Brasilpossuísse melhores condições detrabalho, maior salários, uma redede proteção aos direitos do traba-lhador consolidada estes auxílios-doença não seriam menores. Umprofessor numa sala de aula com50 alunos trabalhando em 3 perío-dos graças aos seus parcos venci-mentos, um médico também tendoque se desdobrar em vários servi-ços, recebendo ameaças constan-tes e não tendo condições dignasde trabalho, um operário da cons-trução civil que trabalha sem asmínimas condições de segurança,a violência generalizada presente nasociedade brasileira, motivada pelaforma de organização social em quevivemos, são elementos que propi-

ciam contrair doenças, ficar inca-pacitado para o trabalho e até mes-mo, um elemento proporcionalmen-te não muito relevante, mas quesempre é utilizado pelos burgueses,a existência de fraudadores do sis-tema de previdência, que existemfundamentalmente nas altas esfe-ras do poder.

Em relação ao pagamento dos"benefícios" por incapacidade ogoverno já começa a tomar medi-das para impedir o recebimento doauxílio doença e mudar o cálculodo pagamento do mesmo, comodissemos, sendo realizado em al-guns lugares medidas que vão nes-te sentido como a questão da "altaprogramada" que obriga os traba-lhadores a voltar ao trabalho mes-mo sem condições de trabalhar. Emrelação ao valor dos "benefícios",estes quase sempre são irrisóriospara os trabalhadores que já rece-bem muito mal e passam, na maio-ria das vezes a receber menosquando estão "parados".

Mas, a grande questão é queeste déficit da previdência inexis-te, pois a arrecadação da previdên-cia social não se dá somente atra-vés das contribuições sobre a fo-lha de pagamento, como afirmamos economistas capitalistas e go-vernamentais, a Constituição de1988, que definiu a fontes de fi-nanciamento para a SeguridadeSocial , o que inclui áreas da pre-vidência, assistência e saúde, de-fine que também alguns impostosseriam utilizados para este fim, oque hoje inclui a Cofins, a CPMF ea CSLL. Assim, quando computa-das todas as formas de financia-mento verifica-se que a Segurida-de Social é superavitária, e muito.

Mas, o que não fica claro é quequando os capitalistas criticam aprevidência e a seguridade social,

eles não realizam a mesma análiseem relação ao pagamento da dívi-da pública brasileira, seja ela in-terna ou externa que consumiu em1995 18,75% do Orçamento daUnião, passando para 42,45% em2005 depois dos mandatos de FHCe do primeiro de Lula. Por outrolado, os gastos com a Previdênciae Assistência Social que corres-pondiam a 34, 05% caiu para 31,06% no mesmo período e os ou-tros gastos do Orçamento, inclu-indo educação, saúde, habitação,saneamento, etc, caíram de 47, 20%para 26,49% no mesmo período.Enquanto o nosso dinheiro escor-re para pagar os serviços da dívi-da, há o sucateamento geral dosserviços públicos no Brasil e ain-da querem acabar com as mínimasgarantias da previdência social.

Estas questões do pagamentodo funcionalismo público, da for-ma estabelecida para o aumento dosalário mínimo e sobre a questãoda previdência social encontram-se na proposta do ex-inimigo eagora amicíssimo de Lula, DelfimNetto, que defende o "Déficit No-minal Zero" que consistiria no au-mento do superávit primário parao pagamento de todos os juros dadívida pública e como o já aperta-do superávit hoje equivale a me-tade dos juros Delfim propõe ocorte nos gastos sociais por umperíodo de 10 anos como forma deviabilizar o pagamento dos encar-gos da dívida, ou seja, para os ban-queiros tudo, para o povo...

Enfim, o Programa de Acelera-ção do Crescimento favorece ape-nas os grandes capitalistas, esfo-lando um pouco mais os trabalha-dores para que os benefícios fiquemcom o capital "nacional", ou comos exploradores gringos e sejamaumentados. Novamente quem arcacom o ônus das reivindicações bur-guesas são os trabalhadores.

Este texto foi eleborado pelo ColetivoParticipação e Luta, oposição na

APEOESP da Baixada Santista

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Edição 4 - 2007 Página 8 SINDICAL

LUTA

Dois milservidoresparticipam doAto UnificadoC

erca de 2 mil servidores públicos estaduais participaram do terceiro ato da Cam-

panha Salarial Unificada. Represen-tantes de várias categorias reuni-ram-se em frente ao estádio do Mo-rumbi, na tarde da última quarta-fei-ra, dia 28, em São Paulo, de ondepartiram em marcha para o Paláciodos Bandeirantes (sede do gover-no do Estado). Mas a manifestaçãofoi marcada, mais uma vez, pelo des-respeito e o autoritarismo caracte-

rísticos do governo Serra com o ser-vidor público.

A concentração das entidadesrepresentantes dos trabalhadoresaconteceu na Praça Roberto GomesPedrosa, bem em frente ao estádiodo São Paulo Futebol Clube. Em cimade um carro de som, dirigentes dasorganizações sindicais e associa-ções expuseram durante alguns mi-nutos as carências de cada catego-ria e, por volta das 14 horas, decidi-ram partir, com os servidores, para o

No final de março, representantes da Assojubs participaram do En-contro Nacional Contra as Reformas. O evento reuniu cerca de 6 mil pes-soas, entre trabalhadores, estudantes e sindicalistas, no ginásio do Par-que Ibirapuera. O encontro teve como objetivo organizar a luta contra asreformas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre elas aUniversitária, a Previdenciária e a Sindical.

Neste encontro foi formado o Fórum Nacional Contra as Reformas, quereúne um amplo coletivo de trabalhadores de todos os setores da economiaque serão afetados com as famigeradas reformas que estão por vir.

Os participantes também definiram o calendário de atuação do Fórum.No dia 1º de Maio acontecerá o primeiro ato. As classes trabalhadoras semanifestaram por todas as partes do Brasil demonstrando a sua indigna-ção pela perca de direitos históricos conquistados com muito esforço.

Entre os dias 21 e 25 de maio acontecerá a semana de luta contra asreformas, tendo o dia 24 como a data Nacional de Luta e MobilizaçãoContra as Reformas. Para finalizar, em agosto, será realizado um ato emBrasília. O Fórum já pensa em outras manifestações que ainda serão defi-nidas no decorrer do ano, mas, desde já, o Fórum incorporou como bandei-ras de luta a campanha salarial dos servidores federais e estaduais, o AbrilVermelho do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e o DiaNacional dos Aposentados.

O encontro não contou apenas com a presença de trabalhadores bra-sileiros. Como a luta contra o capitalismo que há anos está sugando edeixando em frangalhos a economia e a força de trabalho dos países daAmérica Latina, representantes de entidades internacionais também seuniram à luta brasileira. A Central Obrera Boliviana (COB), a organizaçãoBatalha Operária, do Haiti e a Federação dos Trabalhadores Camponesesde La Paz, representaram outros trabalhadores da América na batalha con-tra a perca de direitos e os abusos ao trabalhador.

Palácio dos Bandeirantes. Porém, aPolícia Militar impediu que o cami-nhão de som acompanhasse a pas-seata.

Os organizadores da manifesta-ção argumentaram com os policiaissobre a necessidade do caminhãopara garantir a ordem da passeata,mas receberam como resposta quea ordem para barrar o caminhão foidada diretamente pela Secretaria deSegurança Pública.

Revoltados com a atitude dogoverno, os servidores fecharampor cerca de duas horas as vias nasproximidades do Morumbi, causan-do congestionamento e confusão notrânsito. Mesmo após muita nego-ciação foi mantida a inflexibilidadedo governo Serra, e a passeata ru-mou, sem o caminhão de som, paraa sede do Governo.

No Palácio dos Bandeirantes,os representantes sindicais foramrecebidos pelo secretário de Ges-tão Pública, Sidney Beraldo. Alémdos servidores públicos, integran-tes do Movimento dos Trabalha-dores Sem Teto (MTST) tambémrealizaram uma manifestação emprol de moradias dignas.

Contudo, o governador JoséSerra escapou do constrangimentode encarar os servidores e os semteto. Serra estava em Brasília parti-cipando, com outros governadoresda Região Sudeste, das discussõessobre violência e criminalidade, quepor sinal aumentaram muito nosgovernos tucanos em São Paulo.

Assojubs integra oFórum NacionalContra as Reformas

Seis mil pessoas participaram do Encontro contra as reformas

A manifestação ocorreu em frente ao Palácio dos Bandeirantes

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Edição 4 - 2007 Página 10 ESPORTES

NA PRAIA

Calor, suor e muito esporte noFestival de Vôlei da Assojubs

Classificação Feminino

1º Lugar - Yeda (esposa do associado Manoel, do Fórum de Bertioga)

Priscila ( funcionária da Vara Acidentes do Trabalho)

2º Lugar - Regina (funcionária da Vara do Júri de Santos)

Claudinéia (funcionária do Fórum de Cubatão)

3º Lugar - Ana (estagiária do 6º Criminal de Santos)

Patrícia (funcionária do 6º Criminal de Santos)

4º Lugar - Isali (funcionária da Dicom/Santos)

Alina (funcionária da 4ª Vara Criminal de Santos)

5º Lugar - Selma (Funcionária do 9º Cível de Santos)

Rita (esposa do Associado Gilberto, da 11ª Cível de Santos)

Classificação Masculino

1º Lugar - Edvaldo (Fórum de Santos) e Manoel (Fórum de Bertioga)

2º Lugar - Rogério e Maurício (Fórum de Santos)

3º Lugar - Anderson e Diogo (Speedy Officer)

4º Lugar - Laércio e Zé Carlos (Fórum de Santos)

5º Lugar - Reinaldo e Robson (Fórum de Santos)

6º Lugar - Gilberto e Lucas (Fórum de Santos - pai e filho)

Onze duplas disputaram o IFestival de Vôlei da Assojubs. Foram dois fins de

semana de muito calor e disputasemocionantes. As disputas ocorre-ram no início de fevereiro.

As mulheres foram as primeiras aentrarem na quadra montada em fren-te à barraca da Associação, em umdia de muito sol, no José Menino.

A equipe 'As Bigs', formada porYeda e Priscila, levou a melhor e ficoucom a taça de campeã do Festival.

Após a primeira fase em que to-das as equipes se enfrentaram, asduplas 'Antonias.com' (Isali e Ali-na) e 'As PC6ºC' disputaram o ter-

ceiro lugar. A grande final foi dis-putada entre 'As Bigs' e 'As Ofici-aletes LTDA' (Regina e Claudinéia).

Na disputa do 3º lugar, apósuma primeira fase irregular, a dupla'As PC6ºC' se recuperou e bateu'Antonias.com' por dois sets a zero,com parciais de 15/13 e 15/13.

Na grande final 'As Bigs' e 'AsOficialetes LTDA' fizeram um jogoemocionante, mas a dupla formadapor Yeda e Priscila levou a melhorpor dois sets a um, com as parciais15/11, 07/15 e 15/11.

MasculinoUma semana depois da etapa

feminina, foi a vez dos homensmostrarem todas as suas habilida-des com a bola de vôlei. Seis du-plas lutaram pelo título do Festival,que ficou com Eduardo (Fórum deSantos) e Manoel (Fórum de Berti-oga), que levantaram a taça semperder uma partida sequer.

Apesar de não terem subido aopódio, a dupla Gilberto (Fórum deSantos) e seu filho Lucas, de 12anos, foi o destaque da competição.Mesmo perdendo todas as partidas,eles mostraram que o esporte é paratodas as idades e confirmaram queas atividades esportivas promovi-das pela a Assojubs são destinadaspara todos, sem exceção.

Na primeira fase as seis duplasse enfrentaram em partidas de umset de 21 pontos, as quatro melho-res passaram para semifinal, que fo-ram disputadas em três sets.

Na semi, Eduardo e Manoel der-rotaram a dupla convidada Ander-son e Diogo (Speedy Officer) pordois sets a zero. Na outra disputa,Rogério e Maurício (ambos do Fó-rum de São Vicente) venceram La-ércio e Zé Carlos (Fórum de San-tos) por dois sets a um, e tambémforam para a final.

Anderson e Diogo disputaramo terceiro lugar com Laércio, dire-tor de esportes da Assojubs, e ZéCarlos, e acabaram levando a me-lhor por dois sets a zero.

No final do Festival a diretoriadeixou uma mensagem para os as-sociados: "Agradecemos a todosos associados que participaram doFestival de Vôlei. Deixamos claroque o intuito desta diretoria é pro-mover eventos sociais e esportivosque agreguem os funcionários etorne a nossa categoria mais fortepara as lutas salariais e por melho-res condições de trabalho".

Pai e filho deram lição de espírito esportivo

Debaixo de muito sol as meninas fizeram um belo campeonato

Os homens mostraram que também entendem de volêi

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Página 11 Edição 4 - 2007FESTAS

HAWAÍ

Festa doHawaíreúnemais de200pessoas

Somos servidores, passamostodo o dia em meio a montanhas de processos. Nossas

condições de trabalho não são asmelhores possíveis. Então, por quenão promover uma maior interaçãoentre nós, companheiros do Judici-ário? É pensando nisso que a Asso-jubs realiza suas festas e eventos.Muito mais do que algumas horasde descontração a Festa do Hawaí,promovida em fevereiro, possibili-tou o convívio social e descontraí-do entre os servidores, fora do ex-pediente de trabalho.

Foram mais de 200 pessoas, en-tre associados, familiares e convi-dados divertindo-se pacificamenteem um ambiente de festa e amizade.Embalados pelo ótimo repertório de'Lobão e Trio', o público que presti-giou a Festa dançou durante todanoite na sede da Associação, acom-panhados de boa bebida e comida.

Objetivo dos organizadores dafesta foi alcançado. "Nossa idéia foia de unir mais as pessoas. Hoje, opessoal sai do trabalho e se divide.Precisamos voltar com o contatoentre os servidores do judiciário",ressalta Marcio Paiva, diretor deAtividades Sociais e Cultura da As-sojubs.

O clima de festa dos servidores

surpreendeu até quem já consideracomum participar de grandes festas.O músico Lobão se animou com aenergia do público e a alegria dosservidores que, ele classificou comode criança. "Parecia uma grande fa-mília. Não são em todos os lugaresque vemos esta animação. Aindamais para esses trabalhadores que

lidam na maioria do dia com proble-mas. Estamos felizes de entrarmospara esta família", afirmou Lobão.

Outros eventos devem aconte-cer ainda neste semestre. Por en-quanto, os diretores já anunciarama continuidade do 'Projeto Fim deMês' e a possível realização de maisuma grande festa. Aguardem.

A decoraçãoe o Lobão e Trio

foram os destaquesda grande festa

O Público se divertiu a noite toda

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Edição 4 - 2007 Página 12 MAIS FESTA / CULTURA

LATINOS

Servidor mostraa sua latinidade

DVD

Segunda-feira ao solA partir da década de 1980,

com o inicio da rápida globaliza-ção do capital ocorrem mudançasprofundas nas relações do traba-lho.

Uma nova divisão internacio-nal do trabalho acarreta impactosignificativos em alguns setoresindustriais nos países capitalistasdo Primeiro Mundo, como, porexemplo, Espanha e Reino Unido,e também nos países subdesen-volvidos como o Brasil e a Argen-tina.

Precarização dotrabalho,perda de direitos traba-lhistas, terceirizações, desempre-go em massa e desemprego dura-douro para grandes contingentesde trabalhadores, são as demons-trações aparentes dessa novafase do capitalismo, marcada peladiminuição do trabalho humanonas industrias e pela reconversãoda produção.

O trabalho, e seu principal mo-tor, o trabalhador, sofrem uma des-

valorização brutal, forçando mas-sas de ex-operários a buscar a so-brevivência no setor de serviços,ou aceitar a precarização de suacondição no mercado de trabalho.

Essas modificações criam umgrande exército de reserva, termoutilizado para definir a massa de tra-balhadores em idade economica-mente ativa que esta fora do mer-cado, o que ocasiona diminuiçãodos níveis salariais, pois sempre hágrandes quantidades de trabalha-dores desempregados dispostos aassumir um determinado trabalhopor um salário ainda menor do queo antigo ocupante da vaga. Portan-to a regra econômica de que quan-to maior o desemprego, menor se-rão os salários.

Na atual etapa do capitalismoglobal, os mercados financeirosganharam importância exacerbadae a tecnologia criou uma sociedadeonde o trabalho humano é substi-tuível em grande escala, e onde aspessoas e serviços se conectam em

rede. Nesse cenário o trabalho in-dustrial produtivo perdeu valor.

É nessa nova dinâmica da soci-edade capitalista, com grandes mas-sas de excluídos sociais, beirandoa barbárie - a dessocialização vio-lenta de massas numerosas da po-pulação - que transcorre o filmeSegunda-feira ao Sol, do diretorespanhol Fernando Aranoa.

Em uma cidade costeira do nor-te da Espanha, um grupo de traba-lhadores busca saídas para enfren-tar a crise econômica, e suas con-seqüências nas vidas pessoais,depois que o estaleiro em que tra-balhavam fechou - e será vendidopara a construção de um shoppingcenter - e seus operários ficaram de-sempregados.

Entre conversas e discussõesno bar e pequenas ocupações tem-porárias vão passando os dias etentando recuperar a auto-estima.

Santa (Javier Bardem) se tornauma espécie de líder do grupo, porseu temperamento rebelde e auto-

suficiente, e reluta em admitir o fra-casso. No entanto, seus compa-nheiros já estão mergulhados noalcoolismo e nos dramas familiares.

Repare no trecho em que Santaconta a parábola da formiga e dacigarra, ao menino que esta cuidan-

Uma amostra de nossa latinidade foi dada na últimasexta-feira de março. Mais

de 200 pessoas dançaram ao somde ritmos caribenhos na sede daAssojubs, durante a primeira Festada Latinidade.

Mais uma vez, a diretoria da As-sociação mostrou que é possívelreunir os servidores em um ambien-te descontraído e de paz. Em menosde dois meses foram duas grandes

festas com grande público.Se na Festa do Hawaí o desta-

que ficou por conta da decoraçãoe da música do Lobão e Trio, naFesta da Latinidade as marcas fo-ram a boa qualidade do repertóriodo DJ Don César que em balou afesta e o professor de dança Elias- Academia AéroDança - à dispo-sição para ensinar aos festeirosos passos dos mais variados rit-mos que compões a vasta e di-

versificada cultura latina.Quem pensou que só as mulhe-

res aproveitariam as aulas se enga-nou, muitos marmanjos tiraram umacasquinha do professor e ensaia-ram alguns passos de tango.

A Festa da Latinidade foi maisuma demonstração de que, apesarde todos os problemas enfrentadosno dia-a-dia, o servidor ainda é ca-paz de ser feliz e se divertir. Outrasfestas ainda melhores virão.

do durante seu "bico" noturno: éimpagável.

Segunda-feira ao Sol é um co-movente relato sobre o desempre-go e o descarte do trabalho hu-mano em meio à essas políticasneoliberais.

^Título Original: Las lunes al sol

Genero: Drama

Direçăo: Fernando Leon de Aranoa

Ano: 2002

Duraçăo: 113 min.

Em clima latino os servidores caíram na dança

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Página 13 Edição 4 - 2007CULTURA

Composição: P. Miklos, T. Bellotto, C.GavinEstão nas mangas dos Senhores MinistrosNas capas dos Senhores MagistradosNas golas dos Senhores DeputadosNos fundilhos dos Senhores VereadoresNas perucas dos Senhores SenadoresSenhores!Senhores!Senhores!Minha Senhora!Senhores!Senhores!Filha da Puta!Bandido!Corrupto!Ladrão!Sorrindo para a câmeraSem saber que estamos vendoChorando que dá penaQuando sabem que estão em cenaSorrindo para as câmerasSem saber que são filmadosUm dia o sol ainda vai nascerQuadradoIsso não prova nada!Sob pressão da opinião públicaÉ que não haveremos de tomar nenhuma decisão!Vamos esperar que tudo caia no esquecimentoAí então...Faça-se a justiça!Vamos arrumar vossas acomodações, Excelência.Filha da Puta! Senhores! Corrupto!Senhores! Bandido! Senhores! Ladrão!

O título da obra de George Orwell se referia ao futuro, quandofoi escrito em 1948.

Após a Segunda Guerra Mundial, avisão que Orwell - autor de "Revoluçãodos Bichos" - fazia da humanidade nes-te futuro próximo era pouco animadora.

Um mundo dividido em três superblocos de países: a Oceania, que abran-geria o que conhecemos hoje como ocontinente americano, a porção sul daÁfrica, a Austrália e a Inglaterra; A Eu-rásia, que seria o bloco do continenteEuropeu, mais a Rússia e parte da ex-URSS; e a Lestásia, o bloco formadopor países que hoje são a China, Japão,Paquistão e parte da Índia.

Nesse mundo os três superblocosmantém uma guerra constante pelos ter-ritórios em disputa - partes da África eda Ásia - na qual as alianças e os ad-versários mudam também constante-mente.

Inspirado na opressão dos regimestotalitários das décadas de 30 e 40 doséculo passado, o livro não se resumea apenas criticar o stalinismo, o nazis-mo, e o capitalismo, mas toda a nivela-ção da sociedade, que transforma o in-díviduo em peça para servir ao estadoou ao mercado através do controle to-tal, incluindo o pensamento e a redu-ção do idioma.

A partir desse cenário bélico e som-brio, Orwell, narra, através do persona-gem principal, Winston Smith, a ansie-dade, melancolia e as esperanças, de umhomem que vive na Pista de Pouso nº 1(nome da Inglaterra no romance), por-tanto na Oceania, que vive sob a égidede um totalitarismo, liderado pelo Ing-Soc (O partido), disfarçado de demo-cracia, através da permanente recons-

MÚSICA

VossaExcelenciaTitãs

^

LIVRO

1984:O verdadeiroBig Brother

trução da história e do passado.Orwell descreve com brilhantismo

a transformação da realidade, e a acei-tação das massas, através da mani-pulação do pensamento individual co-mandada pela onipresença do BigBrother, o Grande Irmão, o líder ab-soluto do Partido, base e controle detoda a mídia.

Smith é membro do partido externo efuncionário do Ministério da Verdade.Sua função diária é reescrever e alterardados da história, incluindo a históriarecente, de acordo com o interesse doPartido. Ele passa então a questionar aopressão que o Partido exerce sobre apopulação.

No mundo de 1984 quem pensa dife-rente comete a crimidéia (crime de idéia)de acordo com a novilíngua - nova lín-

gua. A implementação do plano de redu-ção do vocabulário, que, sob argumen-tos de logística e economia, pretende defato limitar a capacidade de comunica-ção entre os cidadãos e assim extinguiras possibilidades de questionamento aoPartido.

Quem comete a crimidéia é captura-do pela Polícia do Pensamento e vapo-rizado.

Através de um complexo e gigantes-co sistema de monitoramento por câme-ras e retransmissores, todo e qualquercidadão pode estar sendo vigiado e con-trolado 24 horas por dia em qualquer lu-gar, tanto nas ruas, nos edifícios comoem suas próprias casas.

Desenvolve-se então uma trama in-trincada e surpreendente, em que Wins-ton em sua sede de conhecer a verdade,amar e se libertar do controle, percorreráum caminho que o levará a se arrependerde ter questionado sua vazia existência.

Baseado no cosntante monitora-mento surge então a inspiração para oatual "Big Brother" televisivo, realityshow, duvidoso e alienante, que decerta forma cumpre o mesmo papel emque se baseou como entretenimento:controla a mente dos espectadores, se-duzidos a assistir o programa, que porsua vez têm a falsa sensação de esta-rem controlando a vida dos participan-tes do programa.

A maior emissora brasileira de televi-são dos últimos trinta anos, por exem-plo, têm vasta experiência na área, con-seguindo manipular e alterar inclusive osrumos econômicos e políticos do paísdurante esse período.

Se George Orwell não acertou emtudo, sua obra futurista também não er-rou tanto assim. Plim, Plim.

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Edição 4 - 2007 Página 14 CONVENIOS^

Pensando no desenvolvimento educacional deseus associados, a Asso-

jubs vem buscando parcerias comuniversidades e escolas particula-res a fim de conseguir benefíciospara os servidores do judiciário.

Neste ano, a Associação fir-mou mais cinco convênios: trêscom universidades e dois com es-colas do ensino Infantil, Médio eFundamental.

Na universidade Santa Cecília

Ticket CarA Assojubs comunica a todos os associados usuários do convê-

nio Ticket Car que a partir do dia 21 de abril as compras de combustí-vel serão acrescidas da taxa de 5% sobre o valor da compra do com-bustível. Esta cobrança é referente aos encargos cobrados pela em-presa Ticket, mais os custos administrativos da Associação.

Atualmente a Assojubs absorve a taxa cobrada pela a empresaque é de 4,72% sobre o valor da compra do combustível. Os outros0,27%, que completam o total de 5%, são referentes aos custos que aAssociação tem em taxas administrativas, Imposto Sobre Serviço (ISS)e Imposto de Renda.

EDUCAÇÃO

Assojubs firmaconvenios cominstituiçoeseducacionais

o associado da Assojubs têm des-contos que vão de 18% a 33%, noscursos superiores de longa e curtaduração. Na Unimonte, os associa-dos têm 15% nas mensalidades. Jána Universidade Metropolitana deSantos (Unimes) o desconto é de5%, em todos os cursos.

Com objetivo de proporcionaro bem-estar dos filhos dos associ-ados, a Assojubs também firmouparcerias com o Colégio Privilégio,de São Vicente, e o Liceu Santista.

Na escola vicentina o associadotem à disposição berçário, educa-ção Infantil e ensino Fundamentalcom descontos de 20%. No LiceuSantista, uma das melhores esco-las de Santos, o desconto tambémé de 20%.

Os associados que estudam naUnimonte e ainda não usufruem dobenefício devem informar o nomena secretaria da Assojubs para quepossa gozar do desconto no pró-ximo semestre.

A V I S O S

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10 KM A TribunaOs associados interessados em participar da corrida 10 KM A

Tribuna devem efetuar a inscrição como Equipe Assojubs. É neces-sário informar a Associação o mais rápido possível para posteriorreembolso e recebimento da camiseta da equipe. Informamos tambémque a equipe será formada por, no máximo, 80 atletas.

Ambulatório DentárioA Assojubs informa que o Ambulatório Dentário da Associação

realizará gratuitamente, entre os dias 20 de março e 21 de junho, limpe-za dentária e aplicação de flúor infantil, para os associados. Os inte-ressados devem agendar previamente o horário na sede da Assojubsou pelo telefone 3223-2377.

Os convênios abrangem desde o ensino infântil até o superior

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Página 15 Edição 4 - 2007CONVENIOS^

Em janeiro deste ano, a Lei12.534/07 autorizou aosaposentados que solicita-

ram o cancelamento da sua inscri-ção junto ao Instituto de Assistên-cia Médica ao Servidor Público Es-tadual (Iamspe) a se inscreveremnovamente. O prazo para a inscri-ção dos interessados vai somenteaté 16/06/2007, e a efetivação deveser feita junto ao próprio Instituto(os servidores inativos residentesno Interior poderão se dirigir ao CE-AMA mais próximo). São necessá-rias cópias simples do holerite e do

APOSENTADOS

Aposentados podem voltar acontribuir com o IAMSPE

RG. Bom ressaltar que após o retor-no, a condição de contribuinte é ir-reversível. Com o deferimento dopedido, há uma carência de 90 diaspara que se possa gozar da assis-tência médica e demais serviçosprestados pelo Instituto.

Bom lembrar que o IAMSPEpossui um posto de serviço na nos-sa cidade, na Rua Vahia de Abreu,n.º 86. O telefone é (13) 3231 6569.

Os associados interessadospodem procurar a assessoria jurí-dica da Assojubs, localizado nasede da Associação.

LEI Nº 12.534,DE 17 DE JANEIRO DE 2007

(Projeto de lei nº 88/2005, do Deputado Palmiro Mennucci - PPS)Concede prazo para que servidores aposentados e pensionistas retornem à condição de

contribuintes do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual - IAMSPE,nas condições que especifica

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: Faço saber que a Assembléia Legis-lativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Os servidores públicos estaduais aposentados e os pensionistas que solici-taram o cancelamento de sua inscrição junto ao Instituto de Assistência Médica ao ServidorPúblico Estadual - IAMSPE, poderão, até 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data dapublicação desta lei, requerer o seu retorno à condição de contribuinte daquele órgão.

Artigo 2º - Uma vez deferida a solicitação, e após o cumprimento de um período decarência de 90 (noventa) dias, contados a partir da data do deferimento, os servidores epensionistas de que trata esta lei passarão a ter direito à assistência médica e demais servi-ços prestados pelo IAMSPE.

Artigo 3º - O retorno à condição de contribuinte do IAMSPE, depois de deferido opedido, será irreversível.

Artigo 4º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão à conta das dotaçõesorçamentárias próprias, consignadas no orçamento vigente e suplementadas se necessário.

Artigo 5º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

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Edição 4 - 2007 Página 16 INFORMES

A V I S O S

++A Assojubs prorrogou opagamento do convênio com a

Osan para o próximo mês desetembro.

Informamos que o reajusteanual do plano de saúde

Unimed Seguradora D e Aocorrerá no próximo mês de

junho.

A ASSOJUBS comunica queconseguiu junto a UNIMED-Santostransferir o reajuste anual do plano

UNILIVRE, que ocorreria em fevereiro,para o mês de setembro.

Informamos que os associados têmdescontos especiais no atendimento

médico com profissionaisconveniados da Osan. A relação dosmédicos pode ser retirada na sede da

Assojubs.

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