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LEIA NO PANORAMA GERAL Mostra de Máquinas e Inventos para Agricultura Familiar em Pelotas LEIA NESTA EDIÇÃO Grãos de verão: Avançam as colheitas de milho e feijão 2ª safra N.º 1.292 8 de maio de 2014 Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações, Analise e Planejamento – NIP Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. PANORAMA GERAL Mostra de Máquinas e Inventos para Agricultura Familiar em Pelotas Neste mundo de informação, tecnologia e conhecimento cada vez mais disponíveis, bem como de políticas públicas que estimulam a modernização tecnológica da produção agropecuária somada à necessidade de elevar a eficiência e produtividade, especialmente dos agricultores familiares, a 3ª Mostra de Máquina e Inventos para a Agricultura Familiar, é a oportunidade ideal de apresentar e disponibilizar os equipamentos adequados a esse público específico. A feira - promovida pela Embrapa Clima Temperado, Emater/RS- Ascar e Universidade Federal de Pelotas - começa nesta quinta-feira (08/05) e vai até sábado (10/05), no Centro de Eventos da Fenadoce, em Pelotas. Nela serão apresentadas diversas opções de máquinas, equipamentos e implementos que contemplam as principais operações agrícolas e da agroindústria familiar. Também serão mostradas inovações tecnológicas nas áreas de produção, embalagem, processamento e armazenagem de alimentos, bem como na geração de energias alternativas adequadas à agricultura familiar, visando a maximização dos recursos internos e do trabalho com menor esforço físico e da penosidade na produção agropecuária. Durante os três dias da feira, agricultores convidados farão a exposição de suas máquinas, inventos e adaptações que proporcionam conforto e segurança com redução na penosidade do trabalho à família. Somente a Emater/RS-Ascar mobilizou para o evento 1.541 participantes, entre agricultores e extensionistas da entidade, de todo o Estado. Serão 850 no primeiro dia; 511, no segundo e; 180, no terceiro. Parte desse público participará ainda de seminários técnicos que possibilitam o debate, o diálogo e o intercâmbio de informações entre agricultores, técnicos, pesquisadores e representantes de entidades públicas e privadas. Além da Feira da Agroindústria Familiar e Artesanato Rural, com 38 expositores de pequenas associações, cooperativas e grupos familiares. No total, estão inscritos 145 equipamentos/inventos, sendo 115 máquinas e inventos de agricultores (65 expositores) e 30 máquinas de cinco unidades de pesquisa da Embrapa,da UFPel, do Irga, da Emater/RS-Ascar e do INTA da Argentina. Entre os principais objetivos do evento está o resgate e valorização dos inventos e adaptações criados ou modificados pelos próprios agricultores, além da proposta de qualificar o setor de produção de máquinas equipamentos, visando atender as agroindústrias artesanais no processamento de carne, vegetais, bebidas, entre outros, de interesse da agricultura familiar. Lino De David Presidente da Emater/RS-Ascar

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Page 1: Informativo Conjuntural 1292 de 08 05 14 - tche.brArtesanato Rural, com 38 expositores de pequenas associações, cooperativas e grupos familiares. No total, estão inscritos 145 equipamentos/inventos,

LEIA NO PANORAM A GERAL • Mostra de Máquinas e Inventos para

Agricultura Familiar em Pelotas LEIA NESTA EDIÇÃO

• Grãos de verão: Avançam as colheitas de milho e feijão 2ª safra

N.º 1.292 8 de maio de 2014

Aqui você encontra:

� Panorama Geral

� Condições Meteorológicas

� Grãos

� Hortigranjeiros

� Criações

� Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações, Analise e Planejamento – NIP Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões.

PANORAM A GERAL

Mostra de Máquinas e Inventos para Agricultura Fami liar em Pelotas

Neste mundo de informação, tecnologia e conhecimento cada vez mais disponíveis, bem como de políticas públicas que estimulam a modernização tecnológica da produção agropecuária somada à necessidade de elevar a eficiência e produtividade, especialmente dos agricultores familiares, a 3ª Mostra de Máquina e Inventos para a Agricultura Familiar, é a oportunidade ideal de apresentar e disponibilizar os equipamentos adequados a esse público específico. A feira - promovida pela Embrapa Clima Temperado, Emater/RS-Ascar e Universidade Federal de Pelotas - começa nesta quinta-feira (08/05) e vai até sábado (10/05), no Centro de Eventos da Fenadoce, em Pelotas. Nela serão apresentadas diversas opções de máquinas, equipamentos e implementos que contemplam as principais operações agrícolas e da agroindústria familiar. Também serão mostradas inovações tecnológicas nas áreas de produção, embalagem, processamento e armazenagem de alimentos, bem como na geração de energias alternativas adequadas à agricultura familiar, visando a maximização dos recursos internos e do trabalho com menor esforço físico e da penosidade na produção agropecuária. Durante os três dias da feira, agricultores convidados farão a exposição de suas máquinas, inventos e adaptações que proporcionam conforto e segurança com redução na penosidade do trabalho à família. Somente a Emater/RS-Ascar mobilizou para o evento 1.541 participantes, entre agricultores e extensionistas da entidade, de todo o Estado. Serão 850 no primeiro dia; 511, no segundo e; 180, no terceiro. Parte desse público participará ainda de seminários técnicos que possibilitam o debate, o diálogo e o intercâmbio de informações entre agricultores, técnicos, pesquisadores e representantes de entidades públicas e privadas. Além da Feira da Agroindústria Familiar e Artesanato Rural, com 38 expositores de pequenas associações, cooperativas e grupos familiares. No total, estão inscritos 145 equipamentos/inventos, sendo 115 máquinas e inventos de agricultores (65 expositores) e 30 máquinas de cinco unidades de pesquisa da Embrapa,da UFPel, do Irga, da Emater/RS-Ascar e do INTA da Argentina. Entre os principais objetivos do evento está o resgate e valorização dos inventos e adaptações criados ou modificados pelos próprios agricultores, além da proposta de qualificar o setor de produção de máquinas equipamentos, visando atender as agroindústrias artesanais no processamento de carne, vegetais, bebidas, entre outros, de interesse da agricultura familiar.

Lino De David Presidente da Emater/RS-Ascar

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CONSELHO DA EMATER REAFIRMA

COMPROMISSO DE CONTINUIDADE DE AÇÕES E EMPOSSA NOVO DIRETOR

O secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Elton Scapini, foi eleito o novo presidente do Conselho Administrativo da Emater/RS, nesta terça-feira (6), na sede da entidade em Porto Alegre (RS), em reunião envolvendo os conselhos deliberativos da Emater/RS-Ascar - Conselho Técnico Administrativo da Emater (CTA) e Conselho Administrativo da Ascar (Conad). De acordo com o Scapini, a continuidade das ações no eixo do desenvolvimento rural, com assistência técnica e inclusão social, será o foco de trabalho na nova gestão. “O desafio, como presidente, é dar continuidade às ações de governo em parceria com a Emater, seguindo as políticas públicas desenvolvidas na gestão do ex-secretário Ivar Pavan, para mantermos esta entidade como um braço forte das ações do Estado”, frisou. O governo estadual, por meio da SDR – criada em 2011, investiu fortemente na reestruturação da Assistência Técnica e Extensão Rural no Estado, atividade executada pela Emater/RS. Para tanto, ampliou o orçamento em 101% para ações neste âmbito, de R$ 98 milhões, em 2010, para R$ 197,5 milhões, neste ano. Os investimentos dividem-se em: Regionalização: criação de dois novos escritórios regionais, totalizando 12 regiões administrativas no Estado, fazendo coincidir estas com as áreas dos Coredes; Recursos humanos: ampliação e qualificação da capacidade operacional da Emater/RS-Ascar, por meio de novos empregados (539 novas vagas e 525 reposições, totalizando 1.065 novos empregados em três anos); Capacitação: 286 eventos de capacitação, entre eles capacitação inicial, especialização, extensão, cursos, oficinas, entre outros, totalizando 1.499 empregados capacitados; Infraestrutura: aquisição de 1,7 mil computadores e 600 novos equipamentos (máquinas fotográficas e GPS), totalizando um investimento de R$ 5,2 milhões. Além da recuperação física e mobiliária dos escritórios municipais, num total de R$ 863 mil; Veículos: 676 veículos adquiridos e entregues; investimento total de R$ R$ 12,97 milhões; Pagamento de passivos de gestões anteriores – R$ 32 milhões em valores nominais à época (sendo R$ 4 milhões de juros);

Cooperativismo: criação de sete núcleos especializados no apoio em gestão e planejamento a 200 cooperativas; Irrigação: criação de 20 núcleos especializados em irrigação; PAJ: elaboração do Programa de Apoio ao Jubilamento (PAJ), que possibilita oferecer, ao empregado, incentivos para uma aposentadoria programada (beneficiando 132 trabalhadores que aderiram ao programa), e, à instituição, renovar as equipes de trabalho, mantendo o conhecimento acumulado, individual e coletivo, eliminando os traumas de demissões em massa (400 empregados), como ocorrido em 2007. FAS: reestruturação no Fundo Assistencial de Saúde (FAS), permitindo a manutenção dessa política de recursos humanos, com investimento anual de R$ 4 milhões; Fapers: reestruturação dos planos de previdência, gerando economia de R$ 33 milhões nos déficits atuariais; Gratificação Técnica: um problema administrativo da Instituição que se arrastava há anos foi solucionado; o pagamento do adicional de insalubridade foi substituído, sem nenhum prejuízo econômico aos trabalhadores, pela gratificação técnica, a qual passou a ser paga a todos os extensionistas rurais, agropecuários e sociais, de nível médio e superior. Novo diretor - O Conselho Deliberativo da Emater/RS também anunciou, na reunião, a indicação do então chefe de Gabinete da Presidência da instituição, Jaime Weber, para o cargo de diretor administrativo da Emater/RS e superintendente administrativo da Ascar. Weber já exercia o cargo interinamente desde o final de fevereiro. O novo diretor afirma que assumir este cargo é dar sequência a uma proposta da atual gestão da Emater/RS-Ascar. “Além de acompanhar, estar envolvido diretamente a tudo relativo à instituição, esse cargo tem a responsabilidade de dar um foco na questão financeira, a qual teve avanços significativos se comparada a gestões anteriores e mesmo na sequência dos anos dessa gestão”, afirmou. Para o presidente da Emater/RS, Lino De David, o conselho referendou o trabalho que vinha sendo executado interinamente por Weber. “E com isso dá uma continuidade sem traumas e perdas na qualidade do trabalho. É um reconhecimento do trabalho dele na área da gestão”. Fonte: Site SDR

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BRASIL SE TORNA REFERÊNCIA MUNDIAL NO COMBATE AO AQUECIMENTO GLOBAL

Apesar de ser considerado um fenômeno natural, o efeito estufa tem sofrido alterações que se tornaram as causadoras do aquecimento global. As mudanças decorrem do aumento descontrolado das emissões de gases de efeito estufa, entre eles o dióxido de carbono e o metano. A liberação dessas substâncias na atmosfera ocorre por conta de diversas atividades humanas e econômicas, entre elas o transporte, o desmatamento, a agricultura e a pecuária. O Brasil se tornou um dos países mais preparados no combate aos avanços e impactos desse problema. O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) divulgado em Yokohama, no Japão, revelou que todas as nações estão sujeitas aos efeitos do possível aumento da temperatura global. As medidas e políticas adotadas ao longo dos anos em território nacional, no entanto, colocam o Brasil em papel de destaque diante dessa comunidade internacional. A queda na sua emissão de gases de efeito estufa (GEE) demonstra essa liderança entre os países desenvolvidos, agrupados no Anexo 1 do Protocolo de Kyoto, acordo internacional que estabelece metas de corte na liberação de gases na atmosfera. Além disso, a redução de GEE gerada pelo controle do desmatamento em apenas um ano equivale às emissões totais anuais de locais como a Espanha e o Reino Unido. Batizado de Sumário para os Formuladores de Políticas, o relatório do IPCC enfatiza que as mudanças climáticas poderão trazer prejuízos para o mundo todo. A pesquisa feita por representantes de diversas nacionalidades, inclusive brasileiros, atenta para os impactos tanto ambientais quanto humanos. Mesmo os países que estão bastante preparados vão sofrer as consequências. O relatório do IPCC destaca, entre outros aspectos, medidas de adaptação como os acordos de cooperação e as ações voltadas para a agropecuária desenvolvidas na América do Sul. No Brasil, as iniciativas incluem investimentos como os do Fundo Amazônia e do Fundo Clima e a adoção de nove planos setoriais de mitigação e adaptação em setores variados, entre eles indústria, transportes e controle de desmatamento na Amazônia e no Cerrado. Deve ser concluído, até o final do ano, o Plano Nacional de Adaptação, compilado de ações em 10 áreas. Saúde pública e prevenção de desastres naturais são alguns dos temas que integram esse plano e já se encontram em execução. Está sendo feito um mapeamento de

vulnerabilidade e de quais os custos e projeções econômicas para essas questões. Depois de submetido e aprovado pelo Grupo Executivo (GEx) do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), a primeira versão do Plano Nacional de Adaptação passará por consulta pública. Fonte: Site Ministério do Meio Ambiente

CONAB APRESENTA AÇÕES PARA O MERCADO HORTIGRANJEIRO

Entre os dias 8 a 10 de maio, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) participa do 2° Hortifruti Brasil Show, em Curitiba/PR. O evento reunirá expositores de todas as regiões do país na feira de negócios onde irão debater assuntos relacionados à cadeia produtiva do setor hortigranjeiro. A Conab irá discutir o Projeto de Informação de Mercado, realizado em parceria com Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen) e Ministério da Fazenda, bem como apresentar as alterações na portaria do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) e a proposta do acordo de cooperação técnica com a Espanha para qualificação da cadeia produtiva do setor. A apresentação da Conab acontecerá no dia 8 de maio, quinta-feira, das 13h às 17h. Confira a programação completa do evento em: www.hortifrutibrasilshow.com.br Projeto de Informação de Mercado A partir da criação do Prohort, em 2005, a Conab e a Abracen desenvolveram e integraram um banco de dados sobre as Centrais de Abastecimento (Ceasas). Agora, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Ministério da Fazenda pretendem usar esses dados como subsídio para políticas agrícolas e econômicas. As entidades estão em fase de conclusão de um sistema para a utilização e avaliação destes dados. As Ceasas são responsáveis por aproximadamente 50% do comércio de hortigranjeiros no Brasil, o equivalente a 20 milhões de toneladas de produtos – revelando a importância do segmento. Parceria com a Espanha Por meio da embaixada da Espanha no Brasil, a Conab e a estatal espanhola Tragsa estão discutindo um acordo de cooperação técnica para a capacitação dos agentes envolvidos na cadeia produtiva e qualificação dos produtos hortigranjeiros. O acordo visa à transferência de know how técnico e à troca de experiências em associativismo e cooperativismo. Também será possível criar um canal para programas de

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intercâmbio tanto para técnicos das empresas quanto para produtores. A Tragsa está presente em diversos países, dando suporte técnico e realizando projetos voltados para o desenvolvimento social e econômico. A estatal espanhola tem um campo de atuação bastante diversificado, incluindo consultoria técnica, projetos de reflorestamento, infraestrutura, saúde pública, pesca marinha, desenvolvimento rural e gestão da água. Novidades no Prohort A fim de contemplar o avanço do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou uma nova portaria (nº 339, de 11/4/2014) que aumenta o escopo do programa e estabelece objetivos específicos para a atuação. Entre as novas funções do Prohort estão o estímulo à inserção dos micro e pequenos agricultores e ao uso de técnicas agroecológicas, além da análise dos processos, a capacitação dos agentes da cadeia produtiva de hortigranjeiros e outras formas de fomento à produção e distribuição de alimentos. A nova portaria também determina que os recursos do programa deverão estar previstos no orçamento anual do Mapa e Plano Plurianual do Governo Federal. Fonte: Conab/Agrolink

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 01/05/2014 A 08/05/2014

No período compreendido de 1º a 8 de maio de 2014, novamente ocorreram chuvas significativas em grande parte do RS e foram registrados fenômenos extremos em algumas localidades. Entre os dias 1º e 2, a passagem de uma frente fria provocou chuvas fracas e de baixo volume na maior parte do Estado. Apenas em áreas isoladas do extremo sul e na faixa norte foram observados valores superiores a 30 mm em algumas localidades. Já nos dias 4 e 5, o deslocamento de uma área de baixa pressão provocou chuva intensa em curto intervalo de tempo, principalmente, entre a Campanha e as Missões. Nas áreas próximas a Alegrete, os valores superaram os 150 mm em apenas 24h, valor superior à média histórica do mês de maio, que oscila entre 120 mm e 140 mm na região. No restante do período, a circulação atmosférica proveniente de Norte e Oeste, favoreceu o predomínio da umidade e nebulosidade, o que provocou chuva isolada e manteve as

temperaturas amenas em todo RS. Os volumes acumulados oscilaram entre 30 e 70 mm na maioria das regiões, porém ocorreram valores inferiores a 20 mm, especialmente no Litoral Norte. Os totais mais significativos, registrados nas estações do Inmet e do CemetRS, ocorreram em Iraí (80 mm), Santa Vitória do Palmar (82 mm), Erechim (89 mm), Uruguaiana (100 mm) e Alegrete (159 mm). As temperaturas novamente apresentaram um comportamento típico do outono, com valores de temperatura mais baixos no período noturno e atingindo patamares mais elevados ao longo do dia. No dia 2 de maio (sexta-feira), ocorreu a mínima de 6,7°C em Lagoa Vermelha, e a máxima foi registrada no dia 7 de maio, em São Luiz Gonzaga (29,8°C). PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA SEMANA DE A

09/05/2014 A 15/05/2014 A previsão meteorológica para o período de 9 a 15 de maio indica a ocorrência de volumes de chuva significativos, principalmente na Metade Norte. No dia 09/05 (sexta-feira), áreas de instabilidade, associadas a uma frente fria em Santa Catarina, ainda provocam chuva na Serra do Nordeste, Alto Vale do Uruguai e Litoral Norte. Após a passagem da frente fria, a atuação de uma massa de ar seco e frio deve manter o tempo firme em todo o Estado. Nas áreas Litorâneas haverá uma maior variação de nuvens e possibilidade de chuvisco/garoa no final do dia, devido à umidade que vem do mar pela circulação de vento, associada ao centro de alta pressão no oceano. Entre os dias 12/05 e 13/05, a atuação de uma nova área de instabilidade provoca chuva em praticamente todo o RS. Na Metade Norte, os

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totais acumulados durante o período deverão oscilar entre 35 e 65 mm na maioria das áreas. Na faixa central, os volumes acumulados deverão variar entre 10 e 35 mm. Entre a Campanha e a Zona Sul, os totais são mais baixos e oscilarão entre 5 e 10 mm. As temperaturas permanecerão amenas em todas as regiões, com grande amplitude térmica típica do outono. Nos dias 10/05 (sexta-feira) e 11/05 (sábado), ocorrerão as menores temperaturas, as mínimas oscilarão em torno dos 10°C no Estado. O ar frio perderá intensidade a partir do domingo (11/05), o que favorecerá a elevação das temperaturas em todas as regiões. Fonte: CEMETRS - FEPAGRO

GRÃOS Milho – Assim como o feijão da segunda safra, o milho é a cultura que ainda se encontra em pleno processo de colheita. Nesse sentido, o percentual alcança 86% sobre o total semeado este ano. Dos 14% restantes, praticamente a totalidade se encontra em fase final de maturação, o que permitirá sua colheita em breve, desde que as condições meteorológicas assim a permitam. De maneira geral, essas áreas ainda por colher apresentam bom aspecto e potencial produtivo bastante satisfatório, os quais têm possibilitado a manutenção da produtividade média, em nível estadual, acima do esperado, apesar dos problemas enfrentados pelos produtores no que tange às condições climáticas ocorridas em alguns momentos críticos para a cultura (floração/formação de grãos). O milho destinado à silagem também se encaminha para seu final de ciclo, com os produtores ceifando cerca de 90% do total plantado. Neste segmento, a exemplo do que

ocorre nas áreas destinadas à produção de grão, a produtividade média das lavouras pode ser considerada satisfatória, com os produtores obtendo produtividades que variam entre 30 e 40 toneladas de massa verde por hectare. Quanto à comercialização, a semana não registrou alterações significativas quanto à oferta e procura pelo produto e, também, em relação aos preços praticados pelo mercado, com os produtores recebendo, em média, R$ 25,60 pela saca de 60 kg. Esse preço é praticamente igual à média dos últimos cinco anos, que é de R$ 25,53 (corrigidos pelo IGPD-I). Feijão 2ª Safra - A lavoura se apresenta com boa evolução até o momento, mas com os produtores preocupados com os primeiros dias de baixas temperaturas que ocorreram em algumas áreas de produção, principalmente no período noturno. Isso poderá trazer problemas em áreas onde a lavoura se encontrava em floração, fase esta sensível ao frio, podendo haver abortamento de flores e redução do potencial produtivo. Sem o desenrolar futuro dessa ação, a produtividade esperada inicialmente se mantém em 1.506 kg/ha, na média do Estado. A fase predominante da cultura no momento é a de enchimento dos grãos. Nessa semana, a colheita da safrinha já se aproxima dos 45% da área implantada (cerca de 23 mil hectares). Em razão da maior disponibilidade de produto decorrente da colheita em andamento, estabilizaram-se os volumes de negócios e determinou-se redução no valor médio negociado da saca de 60 kg do feijão preto. Segundo o Acompanhamento Semanal de Preços da Emater/RS-Ascar, houve queda de 1,62 pontos percentuais em relação à semana anterior, ficando o preço em R$ 137,64/sc, mesmo assim, ainda 36,6% acima da média histórica para o mesmo período (mês de maio).

HORTIGRANJEIROS

Fruticultura Banana - Período com clima favorável ao desenvolvimento da cultura. Os produtores estão fazendo a manutenção dos pomares, já no final dos tratamentos para o controle da Sigatoka Amarela. Período de declínio da produção da banana caturra. Os produtores do Litoral Norte estão implantando a cultivar Platina, resistente ao Mal do Panamá e à Sigatoka Amarela,

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consideradas as principais doenças que atacam a cultura. Os preços no mercado local do Litoral Norte: Banana Prata: R$ 30,00 a caixa com 20 kg - banana de primeira qualidade, e de R$ 15,00 a caixa para a banana de segunda qualidade. Banana Caturra: R$ 20,00 a caixa com 20 kg – banana de primeira qualidade, e R$ 10,00 a caixa

para banana de segunda. Caqui - Segue firme a colheita da safra, já atingindo dois terços da produção da cultivar Kyoto, variedade de polpa doce e coloração castanha, e atingindo o auge da apanha da cultivar Fuyu, variedade de polpa doce e branca, que normalmente é colhida mais tarde. Diversos pomares da cultivar Kyoto apresentam perdas severas devido à incidência da Antracnose, fitopatia que deprecia muito a qualidade comercial da fruta. Diversos produtores, com disponibilidade de conservação da produção, estão estocando as frutas de categoria 01 em continentes de 18 quilogramas, embaladas a vácuo e com absorvedores de etileno. As frutas estão demonstrando pouca resistência de polpa, tornando o caqui com vida de prateleira menor. Mercado bastante lento e complicado, refletindo-se em poucos negócios e cotação em queda. Preços junto aos pomares entre R$ 0,50 e R$0,80/kg. Citros - Os pomares, em geral, estão em fase de desenvolvimento dos frutos, sendo que o clima continua muito bom para o desenvolvimento e qualidade das frutas cítricas, com chuvas regulares, dias ensolarados e noites frias. No Planalto Médio, está iniciando a colheita das cultivares das laranjas Rubi e Baia, que estão sendo comercializadas a R$8,00/cx de 25 kg, e a R$10,00/cx de 25 kg, respectivamente. A bergamota Ponkan está sendo comercializada a R$10,00/cx de 22 kg. Já se encerrou a colheita da cultivar de bergamota Satsuma, que foi vendida a um preço médio de R$12,00/cx de 22 kg. Enquanto o raleio das bergamoteiras se encaminha para o final na região do Vale do Caí, a colheita de frutas cítricas (lima ácida Tahiti, laranjas e bergamotas) aumenta seu volume e em número de variedades. Além do raleio e colheita, os citricultores estão empenhados nos tratamentos para o controle da mosca-das-frutas, que ataca intensamente as frutas maduras ou amadurecendo. Em relação ao raleio das bergamoteiras, já está concluído nas variedades Caí e Pareci, e se encaminha para o final na Montenegrina, restando apenas 10 % das frutas para serem raleadas. O preço pago pelas

indústrias pela bergamotinha verde continua satisfatório, em média R$ 0,20 por quilograma. A colheita da bergamota Satsuma, também conhecida como Japonesa, a mais precoce das frutas cítricas cultivadas na região, encaminha-se para o final, com 90% das frutas já colhidas, com o preço médio recebido pelos citricultores em R$ 15,00 a caixa de 25 kg, estabilizado em relação ao final do mês de abril. Mesmo com as frutas ainda não completamente maduras, já iniciou a colheita da variedade Caí, do grupo das comuns, com o preço inicial médio recebido pelos citricultores considerado excelente, ficando em R$ 27,00 a caixa de 25 kg. Quanto à colheita das laranjas, a primeira variedade que está sendo comercializada é a Céu Precoce, fruta com pouca acidez, o que permite que seja consumida quando ainda não completamente madura. O preço médio recebido pelos citricultores por estas primeiras vendas é de R$ 18,00 a caixa de 25 kg. Em relação à lima ácida Tahiti, também conhecida como limãozinho da caipirinha, a carga de frutas está excelente e o volume ofertado continua crescendo. O preço médio recebido pelos citricultores é de R$ 14,00, com leve redução em relação à última quinzena do mês de abril, quando foi vendido a R$ 15,00. A tendência é que os preços continuem em queda devido à entrada de maior volume de frutas no mercado. Como esta fruta perde o valor comercial quando fica madura, ou seja, quando começa a ficar amarelada, os citricultores não têm condição de manter as frutas por mais tempo nas plantas, mesmo não tendo iniciado a queda natural, forçando a venda. Figo - Está praticamente encerrada a colheita de figo na região do Vale do Caí. Os preços médios recebidos pelos ficicultores, nesta safra, foram superiores à safra passada, tanto para o figo verde destinado à indústria de compotas, como para os figos maduros para indústria de doces e para o consumo ao natural. As condições climáticas foram adequadas para o desenvolvimento das frutas, com chuvas regulares e bem distribuídas na primavera e verão, com situações isoladas de déficit hídrico em alguns municípios, o que determinou menor produtividade. A safra encerrou com os seguintes preços médios recebidos pelos produtores: R$$ 2,90/kg para o figo verde; R$ 1,25/kg para o figo maduro para indústria; e R$ 2,80/kg para o figo maduro para o consumo ao natural. Os preços desta safra foram considerados muito bons, e devem-se à maior demanda das

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indústrias, principalmente das indústrias de fabricação de doces, tipo schmier. Quivi - A colheita se encaminha para o final, confirmando a queda na produtividade em praticamente todos os pomares, ficando em 25% da média tradicional. Uniformidade e tamanho dos frutos são fatos que merecem destaque, frutos graúdos com excelente formação diminuíram o índice de frutos fora do padrão de comercialização, fato esse que contribuiu para evitar uma quebra ainda maior. Continua grande a preocupação dos quivicultores e de representantes de entidades de pesquisa e de assistência técnica quanto à perda de considerável número de quivizeiros afetados por uma nova fitopatia, tendo por agente causal o fungo Ceratocystis fimbriata. Preços se mantêm em alta, frutos comercializados para atacadistas com preço variando de R$ 1,50 a R$ 1,80. Não há dificuldade de comercialização, alguns produtores se arriscaram a comercializar a fruta de forma consignada, apostando em alta dos preços no futuro.

Olericultura O clima ameno, com ocorrência de chuvas esparsas durante a semana e aumento de temperatura no final do período, proporciona bom desenvolvimento das olerícolas, ajudando no controle de pragas e doenças. Melhorou consideravelmente a oferta de hortaliças no mercado, e os consumidores estão podendo adquirir as mesmas por preços mais acessíveis. Na região da Campanha, as hortaliças estão com alguma ocorrência de doenças fúngicas isoladas e pequenas ocorrências de viroses transmitidas por insetos, como trips e pulgões. Alho - Os produtores continuam com o planejamento para próxima safra, fazendo a frigorificação das sementes para a vernalização, e acelerando a compra de adubos químicos e orgânicos. A previsão de início de plantio é para meados de junho. A comercialização da safra anterior já atinge 73% da produção. O mercado está retraído, não mostrando tendência de melhora. Houve redução de preços do produto, para as categorias 7 e indústria.

• categoria 7 a R$ 5,50/kg, • categoria 6 R$ 5,50/kg, • categoria 5 R$ 4,50/kg, • categoria 4 R$ 3,50/kg, • categoria 3 R$ 2,50/kg • categoria indústria R$ 1,00/kg.

As últimas negociações fecharam, na média, de R$ 4,50/kg a R$ 4,80/kg para produto sem classificação. Batata - No geral do Estado, a cultura da safrinha continua em fase de desenvolvimento vegetativo e formação dos tubérculos, favorecido pelas boas condições climáticas. Na Serra gaúcha, estima-se que 95% da área já foram colhidos, com boa sanidade e produtividade média de 22t/ha. A comercialização durante a semana variou de R$ 60,00/saco de 60 kg a R$85,00/saco de 60 kg. Cebola - Há expectativas de redução de área de cultivo da cebola e, dentre as causas, podem-se citar os maus resultados da safra anterior, gerando estoque de cebola que ainda está nas propriedades para ser comercializado, e também a descapitalização dos pequenos produtores pelas perdas por adversidades climáticas. Continua a operação de preparo do solo para as sementeiras. Aquelas que já foram implantadas estão com bom desenvolvimento e sanidade. O preço de venda é de R$ 0,70/kg. Tomate - Na Serra gaúcha, a safra do tomate está praticamente encerrada. Na comercialização, os preços variam de R$ 50,00 a R$ 70,00/cx. dependendo da variedade.

Comercialização de hortigranjeiros comparativo semanal

Na Ceasa/RS de Porto Alegre, dos 35 principais produtos analisados em relação a preços pela Gerência Técnica, no período entre os dias 29/04/2014 e 06/05/2014, 21 mantiveram-se estáveis, 08 com majoração e 06 em baixa: PRODUTO EM ALTA

29/04 (R$)

06/05 (R$)

Aumento (%)

Limão Taiti- kg 1,25 1,35 8,00 Alface - pé 0,58 0,67 15,52 Brócolis-un. 2,50 2,92 16,80 Couve-Flor-cab.

2,08 2,92 40,38

Milho Verde-Scl. 3 un

1,00 1,20 20,00

Moranga Cabotiá-kg

1,00 1,10 10,00

Tomate Caqui L.Vida- kg

3,25 5,00 53,85

Alho Importado- kg 7,50 8,00 6,67

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PRODUTO EM BAIXA

29/04 (R$)

06/05 (R$) Baixa (%)

Maçã Red Delicius- kg

4,00 3,77 5,75

Pimentão Verde- kg

3,50 3,00 14,29

Vagem - kg 4,00 3,50 12,50 Beterraba-kg 1,94 1,76 9,28 Mandioca- kg 1,00 0,89 11,00 Ovo Branco – dz. 3,33 3,00 9,91

CRIAÇÕES Forrageiras – As pastagens nativas e cultivadas de verão estão em final de ciclo. Todas estas espécies forrageiras, tanto anuais como perenes, estão ficando mais fibrosas, perdendo qualidade e reduzindo sua capacidade nutricional. No entanto, a disponibilidade de água no solo, decorrente das chuvas regulares e bem distribuídas no período, favoreceram o desenvolvimento destas pastagens, alongando seu ciclo vegetativo normal, mesmo durante o período do ano conhecido por vazio forrageiro outonal. Os produtores, de maneira geral, ainda estão utilizando e manejando os campos naturais, que apresentam boa disponibilidade de oferta de forragens para os rebanhos, até a chegada das primeiras geadas. As pastagens cultivadas de verão com milheto, capim Sudão e sorgo forrageiro, na maioria das propriedades, já chegam ao final de ciclo, mas as forrageiras perenes, especialmente o Tifton, ainda oferecem condições para o pastoreio direto dos animais. Neste momento, os produtores continuam realizando a implantação das pastagens cultivadas de inverno, principalmente das gramíneas anuais como aveia e azevém, e das leguminosas perenes, especialmente trevos e cornichão. Em algumas regiões do Estado, as áreas de pastagens de inverno ainda estão em fase de germinação e desenvolvimento inicial; em outros locais onde os produtores realizam a integração lavoura-pecuária, ocorre a implantação de pastagens cultivadas de inverno nas áreas de resteva da lavoura de soja, colhidas recentemente. As pastagens perenes de inverno, como trevos e cornichão, estão iniciando a fase de desenvolvimento vegetativo. Quanto a disponibilidade de alimentos processados e armazenados nas propriedades, existe volume suficiente de silagem de milho, feno, concentrados e grãos, especialmente naquelas propriedades onde os agricultores planejaram e adotaram um plano de manejo alimentar para as criações.

Bovinocultura de corte - O outono transcorre com boa oferta de pastagens nativas, mas com qualidade reduzida devido ao final do ciclo destas espécies forrageiras, o que ainda assegura a manutenção da condição corporal dos animais. Em algumas regiões onde predomina os cultivos de lavouras anuais, os bovinos de corte permanecem ocupando as áreas recentemente colhidas, especialmente nas de soja. Segue, até meados de maio, o plantio das pastagens anuais de verão, principalmente aveia e azevém. As chuvas regulares e a insolação da última semana têm permitido boas condições para a germinação das áreas recentemente semeadas, assim como o desenvolvimento vegetativo das pastagens cultivadas mais no cedo. Em relação ao aspecto sanitário dos rebanhos, continua a vacinação das terneiras entre três e oito meses contra a Brucelose e a Campanha Estadual de Vacinação Contra a Febre Aftosa, que deverá se prolongar até o final do mês de maio. A comercialização continua com preços estabilizados na região de Caxias do Sul e Campos de Cima da Serra. Os terneiros estão sendo comercializados em torno de R$ 5,00, e as terneiras, entre R$ 4,70 e R$ 4,80/kg/vivo. O preço do boi gordo mantém-se em torno R$ 4,20, e da vaca para abate, entre R$ 3,60 e R$ 3,70/kg/vivo. Segue em ritmo intenso o desmame dos terneiros, prática que deverá estar concluída até o final do mês de maio. Preços recebidos pelos pecuaristas da zona sul do Estado no período:

� Boi gordo - R$ 3,80 a R$ 4,20 por kg vivo. � Vaca gorda - R$ 3,40 a R$ 3,80 por kg

vivo. � Terneiro - R$ 4,00 a R$ 5,00 por kg vivo

Bovinocultura de leite – A produção de leite nas últimas semanas, nas diferentes bacias leiteiras do Estado, tem acompanhado o período de entressafra, característico do outono, denominado período de vazio forrageiro. Neste período, além de ser uma época em que há deficiência de pastagens, também há um aumento do número de vacas secas. A diminuição da produção leiteira no Estado, em março, segundo o Centro de Estados Avançados de Economia Aplicada – CEPEA, foi de 7,66%, e a projeção é que em abril a queda será um pouco maior, pois nas últimas semanas de abril, as pastagens nativas e cultivadas tiveram pouco desenvolvimento por falta de chuvas. A expectativa de preços para os produtores do Estado é muito boa, pois no sudeste do país a

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produção está prejudicada pela estiagem e os preços estão bem aquecidos. Grande parte das áreas destinadas ao cultivo de pastagens anuais de inverno, especialmente a aveia, já se encontra semeada nas principais regiões produtoras de leite do Estado. As condições climáticas têm sido favoráveis para a germinação e desenvolvimento das áreas semeadas com estas plantas forrageiras e, se as condições climáticas continuarem favoráveis, as áreas plantadas no cedo deverão estar prontas para o pastoreio nas próximas duas semanas. Até que a utilização das pastagens anuais de inverno se intensifique, a alimentação dos rebanhos seguirá baseada no uso de silagem de milho e concentrados protéicos, fato que aumenta os custos de produção. O valor de comercialização do leite está cotado entre R$ 1,01 e R$ 1,03/litro na região da Serra gaúcha, dependendo da empresa, valor que já inclui as bonificações acordadas em virtude a quantidade e qualidade do produto. Ovinocultura – Estamos em plena fase de gestação e início do nascimento dos cordeiros, especialmente dos rebanhos de cria que foram encarneirados mais precocemente. Os animais, de maneira geral, apresentam boas condições nutricionais, pois existe disponibilidade de forrageiras nativas e cultivadas de verão que, apesar de estarem em final de ciclo, ainda apresentam razoável capacidade nutricional. No entanto, com o aumento da umidade e das temperaturas no último período, os ovinocultores estão atentos para as condições sanitárias dos rebanhos, intensificando o uso de produtos químicos para controle e prevenção dos parasitas, pois as condições climáticas estão favorecendo o ataque de verminoses, manqueiras e piolhos em algumas propriedades. Neste aspecto, permanece a realização de desvermifugações estratégicas em todo o rebanho, com o uso de anti-helmínticos com princípios ativos variados, inclusive com uso de produtos mais antigos que estão sendo novamente utilizados, devido ao desenvolvimento de resistência dos vermes aos produtos mais modernos. Nesta época do ano, são realizados os banhos anuais nos rebanhos para prevenção de piolho e sarna. Em alguns locais, os produtores estão realizando trabalhos de manejo nos rebanhos, com a realização de práticas relacionadas com o pré-parto, tais como a retirada da lã da cabeça para melhorar a visão, da região do úbere e entre pernas para facilitar o acesso do(s) cordeiro(s) para seu aleitamento. O

movimento de venda de cordeiros para abate, borregas e ovelhas de cria e de descarte diminui neste período, na maioria das regiões produtoras de carne ovina. Na região de Santa Maria, o preço pago no mercado regional, no período, foi considerado bom, variando entre R$ 4,20 e R$ 5,00/kg/vivo. Preços recebidos pelos ovinocultores da zona sul do Estado no período:

• Ovelha - R$ 2,90 a R$ 3,60/kg/vivo. • Cordeiro - R$ 3,50 a R$ 4,00/kg/vivo. • Capão - R$ 3,00 a R$ 3,80/kg/vivo.

→ Lã Merina - R$ 11,00/kg de velo → Ideal (Prima A) - R$ 9,00/kg de velo → Lã Corriedale (Cruza 1) - R$ 6,00/kg de

velo → Lã Corriedale (Cruza 2) - R$ 5,50/kg de

velo. . Apicultura - A colheita de mel, já finalizada no Estado, proporcionou grandes quantidades de mel por colmeia na maioria dos municípios do Estado, devido às boas condições de clima que ocorreram durante o período. Nesta estação do ano, ocorre a avaliação dos enxames, pois é época crítica de pouca oferta de néctar e pólen devido ao menor número de espécies no estágio de floração. Com redução das temperaturas médias e diminuição das horas de luz, a atividade nas colmeias é pequena, e a suplementação alimentar para fortalecer os enxames torna-se uma ferramenta de apoio para a sustentabilidade da atividade. Os apicultores prosseguem realizando alguns trabalhos de limpeza das colmeias que estão vazias, com a colocação de cera laminada para a captura de novos enxames quando entrar a primavera e reduzindo os alvados para aumentar o aquecimento das caixas. Na região de Pelotas, em alguns municípios, a safra se apresenta muito boa, como em Santana da Boa Vista, que registra a melhor safra dos últimos cinco anos, e em Rio Grande, que registra uma produtividade de 25 kg/colmeia. Os preços estão estáveis. O mel embalado está variando na região de R$ 8,00 em Arroio do Padre a R$ 14,00/kg em Santa Vitória do Palmar. Já o preço do mel vendido “a granel” foi de R$ 4,50/kg no município de Arroio do Padre a R$ 6,50/kg em Rio Grande. Pesca Artesanal - Na Lagoa dos Patos, devido à baixa salinização da água, a produção de camarão

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está bastante baixa, o que preocupa os pescadores. A safra do camarão, nesta safra, foi muito reduzida em todos os municípios da região. O preço do camarão com casca está em torno de R$ 8,00/kg em Rio Grande, e R$ 10,00/kg em Tavares. O preço do camarão descascado está com o preço em torno de R$ 30,00/kg. Abaixo os principais preços médios dos pescados praticados na região de Pelotas:

� Jundiá - R$ 1,50 / kg; � Peixe-Rei - R$ 1,50 a 3,20 / kg; � Traíra - R$ 1,50 a 3,50 / kg; � Pintado - R$ 1,20 / kg; � Tainha - R$ 3,20 / kg; � Linguado - R$ 4,50 /kg � Corvina - R$ 2,80 / kg

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ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTO RES

PRODUTOS

UNIDADE

SEMANA ATUAL

08.MAI.14

SEMANA ANTERIOR 01.MAI.14

MÊS ANTERIOR 10.ABR.14

ANO ANTERIOR 09.MAI.13

MÉDIAS DOS VALORES DA SÉRIE HISTÓRICA 2009-2013

GERALGERALGERALGERAL MAIOMAIOMAIOMAIO

ARROZ 50 kg 34,85 34,61 33,69 34,86 33,02 31,38 FEIJÃO 60 kg 137,64 139,91 139,45 144,04 104,29 101,00 MILHO 60 kg 25,60 25,74 25,10 26,28 25,53 24,23 SOJA 60 kg 62,38 63,34 63,28 58,69 56,00 53,43 SORGO 60 kg 20,43 20,43 20,63 21,59 20,91 20,91 TRIGO 60 kg 35,65 36,23 34,58 33,76 29,54 29,23 BOI kg v 4,09 4,07 4,07 3,59 3,46 3,39 VACA kg v 3,67 3,67 3,62 3,18 3,10 3,02 SUÍNO kg v 2,94 2,94 2,93 2,56 2,67 2,55 CORDEIRO kg v 3,96 4,06 3,93 4,00 3,89 3,68 LEITE litro 0,88 0,88 0,87 0,83 0,76 0,76 P e r í o d o 05/05-09/05 28/04-02/05 07/04-11/04 06/05-10/05 - -

Fonte dos dados/elaboração : Emater/RS-Ascar, Gerência de Planejamento, Núcleo de Informações, Análises e Planejamento - NIP. Índice de correção: IGP-DI (FGV). NOTA: Semana atual, Semana anterior e Mês anterior são preços correntes. Ano anterior e Médias dos valores da série histórica são valores corrigidos. Média geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2009-2013 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais corrigidos, da série histórica 2009-2013. OBS.: 1) Bovinos e ovinos com prazo de pagamento de 20 e 30 dias. 2) Leite: preço bruto. 3) SI indica sem informação. ST indica sem transação.