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Informativo 930-STF (20/02/2019) – Márcio André Lopes Cavalcante | 1 Informativo comentado: Informativo 930-STF Márcio André Lopes Cavalcante Processos não comentados pelo fato de o julgamento ainda não ter sido concluído: ADO 26/DF; MS 29998/DF; Rcl 29303 AgR/RJ. Serão comentados assim que chegarem ao fim. ÍNDICE DIREITO CONSTITUCIONAL PODER JUDICIÁRIO É inconstitucional o provimento de pessoas para exercerem a função de titular de serventias judiciais, com caráter privado (serventias judicias privatizadas / não estatizadas) após a CF/88. DIREITO CONSTITUCIONAL PODER JUDICIÁRIO É inconstitucional o provimento de pessoas para exercerem a função de titular de serventias judiciais, com caráter privado (serventias judicias privatizadas / não estatizadas), após a CF/88 É válido ato do CNJ que, ao dar plena aplicabilidade ao art. 31 do ADCT, decide pela invalidade dos atos administrativos de nomeação de todos os titulares de cartórios privatizados que tenham ingressado no cargo após 5 de outubro de 1988, data de promulgação da CF em vigor. As pessoas que assumiram as serventias judiciais depois da CF/1988, em caráter privado, não têm direito líquido e certo de nelas permanecerem, qualquer que seja a forma de provimento. Há flagrante inconstitucionalidade a partir do momento em que assumem cargo em serventia que deveria ser estatizada. Isso porque é inconstitucional o provimento de pessoas para exercerem a função de titular de serventias judiciais, com caráter privado (serventias judicias privatizadas / não estatizadas), após a CF/88. O art. 31 do ADCT é autoaplicável, de modo que é obrigatória a estatização das serventias judiciais à medida que elas fiquem vagas. O prazo decadencial do art. 54 da Lei nº 9.784/99 não se aplica quando o ato a ser anulado afronta diretamente a Constituição Federal. STF. 1ª Turma. MS 29323/DF, MS 29970/DF, MS 30267/DF e MS 30268/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgados em 12/2/2019 (Info 930). Serventias judiciais A Justiça só consegue funcionar se, além do juiz, houver um grupo de pessoas trabalhando nas questões administrativas e operacionais necessárias à prática dos atos processuais e ao cumprimento das decisões judiciais. Em outras palavras, o juiz decide e despacha e, a partir daí, será indispensável o trabalho de servidores que irão juntar aos autos a decisão, intimar as partes, permitir a carga do processo etc.

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Informativo 930-STF (20/02/2019) – Márcio André Lopes Cavalcante | 1

Informativo comentado: Informativo 930-STF

Márcio André Lopes Cavalcante Processos não comentados pelo fato de o julgamento ainda não ter sido concluído: ADO 26/DF; MS 29998/DF; Rcl 29303 AgR/RJ. Serão comentados assim que chegarem ao fim.

ÍNDICE DIREITO CONSTITUCIONAL

PODER JUDICIÁRIO É inconstitucional o provimento de pessoas para exercerem a função de titular de serventias judiciais, com caráter

privado (serventias judicias privatizadas / não estatizadas) após a CF/88.

DIREITO CONSTITUCIONAL

PODER JUDICIÁRIO É inconstitucional o provimento de pessoas para exercerem a função de titular de serventias

judiciais, com caráter privado (serventias judicias privatizadas / não estatizadas), após a CF/88

É válido ato do CNJ que, ao dar plena aplicabilidade ao art. 31 do ADCT, decide pela invalidade dos atos administrativos de nomeação de todos os titulares de cartórios privatizados que tenham ingressado no cargo após 5 de outubro de 1988, data de promulgação da CF em vigor.

As pessoas que assumiram as serventias judiciais depois da CF/1988, em caráter privado, não têm direito líquido e certo de nelas permanecerem, qualquer que seja a forma de provimento. Há flagrante inconstitucionalidade a partir do momento em que assumem cargo em serventia que deveria ser estatizada.

Isso porque é inconstitucional o provimento de pessoas para exercerem a função de titular de serventias judiciais, com caráter privado (serventias judicias privatizadas / não estatizadas), após a CF/88.

O art. 31 do ADCT é autoaplicável, de modo que é obrigatória a estatização das serventias judiciais à medida que elas fiquem vagas.

O prazo decadencial do art. 54 da Lei nº 9.784/99 não se aplica quando o ato a ser anulado afronta diretamente a Constituição Federal.

STF. 1ª Turma. MS 29323/DF, MS 29970/DF, MS 30267/DF e MS 30268/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgados em 12/2/2019 (Info 930).

Serventias judiciais A Justiça só consegue funcionar se, além do juiz, houver um grupo de pessoas trabalhando nas questões administrativas e operacionais necessárias à prática dos atos processuais e ao cumprimento das decisões judiciais. Em outras palavras, o juiz decide e despacha e, a partir daí, será indispensável o trabalho de servidores que irão juntar aos autos a decisão, intimar as partes, permitir a carga do processo etc.

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Estas atividades são realizadas em um setor chamado comumente de “cartório” da Vara. Obs: na Justiça Federal não se utiliza a expressão “cartório”, mas sim secretaria da Vara. Este “cartório” da Vara é classificado juridicamente como serventia judicial. Os cartórios ou serventias judiciais praticam, portanto, serviços auxiliares à função jurisdicional, realizando atos cartorários relacionados com processos judiciais (protoloco, autuação e tramitação). Titular da serventia judicial A serventia judicial possui um dirigente, um “chefe”, que coordena e supervisiona o trabalho dos demais. Na Justiça Federal este papel é desempenhado por um servidor público, titular de cargo, chamado diretor de secretaria. Na Justiça Estadual, o dirigente do cartório judicial é, em geral, denominado de escrivão. Pode-se dizer que o escrivão é o titular da serventia judicial. Os titulares de serventias judiciais são servidores públicos? Ocupam cargos públicos? Depende. Atualmente, existem três espécies de titulares de serventias judiciais: a) os titulares de serventias oficializadas, que ocupam cargo ou função pública e são remunerados exclusivamente pelos cofres públicos; b) os titulares de serventias não estatizadas (como se fossem “privadas”), remunerados exclusivamente por custas e emolumentos; e c) os titulares de serventias não estatizadas (como se fossem “privadas”), mas que são remunerados em parte pelos cofres públicos e em parte por custas e emolumentos. O cenário acima existe porque antigamente todas as serventias judiciais eram “não estatizadas” (“particulares”). Isso significa que o titular da serventia judicial era um particular (que não era servidor nem ocupante de cargo) e que mantinha os custos do cartório com recursos próprios. Em contrapartida, ele era remunerado com uma parte das custas e dos emolumentos que o Estado arrecadava. Apenas para você entender melhor, era como se fossem os atuais titulares de cartórios extrajudiciais, porém atuando no âmbito de cartórios judiciais. Em 1977, foi editada uma emenda à Constituição Federal de 1967 obrigando que todas as serventias judiciais passassem a ser estatizadas, respeitado o direito dos titulares de serventias “privadas”. Em outras palavras, a EC 7/1977 determinou que os titulares de serventias não estatizadas poderiam continuar, mas que, ocorrendo a vacância, tais serventias deveriam ser estatizadas, com a presença de servidores públicos, remunerados pelos cofres públicos. A Constituição Federal de 1988 também seguiu o mesmo caminho e previu no art. 31 do ADCT:

Art. 31. Serão estatizadas as serventias do foro judicial, assim definidas em lei, respeitados os direitos dos atuais titulares.

Desse modo, a grande maioria das atuais serventias judiciais são oficializadas. No entanto, existem ainda alguns titulares de serventias não estatizadas que permanecem trabalhando. Os titulares dessas serventias não estatizadas podem ser remunerados de duas formas: 1) exclusivamente por custas e emolumentos; 2) em parte pelos cofres públicos e em parte por custas e emolumentos. Vale ressaltar que a vontade do constituinte (desde a EC 7/1977) é a de que as serventias judiciais sejam estatizadas. Somente se admitiu a permanência das serventias nas mãos da iniciativa privada por uma questão transitória, a fim de não prejudicar os direitos dos então titulares. No entanto, trata-se de situação anômala e que deverá acabar.

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Comandos constitucionais A CF/88 trouxe, portanto, duas ordens claras a serem aplicadas às serventias: 1) SERVENTIA EXTRAJUDICIAL: deveria ser delegada (art. 236 da CF/88), salvo se, antes do texto constitucional, já fosse oficializada, quando então poderia assim permanecer (e, nesse caso, seriam respeitados os direitos dos servidores dela ocupantes – art. 32, do ADCT); e 2) SERVENTIA JUDICIAL: deveria ser oficializada e, no caso de antes da CF/88 ter sido ela delegada a particular, seriam respeitados os direitos de seu eventual titular (art. 31, do ADCT). STF. 2ª Turma. MS 28419, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 07/08/2018. Serventias judiciais do Estado do Paraná O CNJ instaurou um procedimento de controle administrativo (PCA) para apurar a regularidade das serventias judiciais existentes no Paraná. O objetivo do CNJ era verificar quais serventias judiciais no Paraná ainda eram privadas, a fim de que todas elas se adequassem ao que determina o art. 31 do ADCT da CF/88. O caso analisado envolve o tema acima e a deliberação do CNJ. Imagine a seguinte situação adaptada: O TJ/PR, em 1989, realizou concurso público para escrivão judicial. João, um dos aprovados, foi nomeado, em 1990, para exercer a função de escrivão da serventia judicial de “Dois Vizinhos”, comarca do interior do Estado do Paraná. O CNJ, no PCA, concluiu que este ato de nomeação foi inválido, considerando que, por força do art. 31 do ADCT, depois da CF/88, passou a ser proibido que qualquer TJ nomeasse pessoas para assumir cartórios judiciais privatizados. Depois da CF/88, todos os cartórios judiciais que ainda fossem privatizados deveriam ir sendo estatizados, respeitado apenas os direitos daquelas pessoas que, quando a CF/88 foi promulgada, já estavam nos cartórios privatizados. Em outras palavras, quem já estava, podia permanecer, mas novas investiduras não seriam permitidas. Além do caso de João, havia centenas de outras pessoas em idêntica situação no TJ/PR. O CNJ decidiu então: a) declarar que todas as serventias judiciais paranaenses que foram providas a partir de 05/10/1988 como serventias privadas o foram indevidamente. Como consequência, esses atos de nomeação são inválidos. Tais serventias deverão ser estatizadas, conforme determina o art. 31 do ADCT; b) fixar um prazo de doze meses para a efetivação das providências necessárias ao funcionamento delas; c) autorizar a permanência das pessoas indevidamente nomeadas, no exercício das atividades, nessas serventias, até que haja a estatização e o preenchimento dos cargos de acordo com cronograma aprovado pelo CNJ, a fim de evitar a descontinuidade dos serviços. Mandado de segurança no STF João (e os demais prejudicados) impetraram mandado de segurança no STF contra a decisão do CNJ. Os impetrantes alegaram, dentre outros argumentos, que: 1) a nomeação ocorreu em 1990 e a decisão do CNJ foi em 2010. Logo, o CNJ não poderia ter anulado o ato em virtude do prazo decadencial de 5 anos previsto no art. 54 da Lei nº 9.784/99 (Lei do Processo Administrativo):

Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

2) o art. 31 do ADCT não seria autoaplicável e precisaria de uma lei para regulamentar a forma como seria essa estatização.

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3) estavam de boa-fé, tendo, inclusive, se submetido a concurso público. O STF manteve a decisão do CNJ? SIM. A 1ª Turma do STF denegou (indeferiu) os diversos mandados de segurança e reafirmou que:

É inconstitucional o provimento de pessoas para exercerem a função de titular de serventias judiciais, com caráter privado (serventias judicias privatizadas / não estatizadas), após a CF/88. STF. 1ª Turma. MS 29323/DF, MS 29970/DF, MS 30267/DF e MS 30268/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgados em 12/2/2019 (Info 930).

O prazo decadencial não se aplica quando o ato a ser anulado afronta diretamente a Constituição O STF possui o entendimento consolidado no sentido de que: O prazo decadencial do art. 54 da Lei nº 9.784/99 não se aplica quando o ato a ser anulado afronta diretamente a Constituição Federal. Nesse sentido: STF. Plenário. MS 26860/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 2/4/2014 (Info 741). Art. 31 do ADCT é autoaplicável O STF já decidiu, na ADI 1498, que o art. 31 do ADCT é autoaplicável e que a CF/1988 estabeleceu a obrigatoriedade da estatização das serventias judiciais à medida que vagassem. Como os cargos exercidos pelos impetrantes são posteriores à CF/88, não era permitido que fossem em serventias judiciais não estatizadas. Prolongamento artificial do art. 31 do ADCT Para o STF, o Estado do Paraná promoveu concursos de permuta e de remoção depois da CF/88 envolvendo serventias judiciais privatizadas apenas para prolongar artificialmente a regra temporária do art. 31 do ADCT. Houve conflito entre o formal e o real, porque o real não quis se adequar ao que a Constituição determinou. Aliás, em vários estados-membros, chegou a ocorrer verdadeira fraude: criava-se nova serventia judicial, fazia-se a remoção e extinguia-se a anterior. Ato do CNJ foi legítimo Não houve ilegalidade por parte do CNJ, que executou o preceito integralmente. As pessoas que assumiram as atuais serventias judiciais depois da CF/1988, em caráter privado, não têm direito líquido e certo de nelas permanecerem, qualquer que seja a forma de provimento. Há flagrante inconstitucionalidade a partir do momento em que assumem cargo em serventia que deveria ser estatizada, e esse foi o entendimento do CNJ. É inválido qualquer concurso que provia serventia judicial, com caráter privado, após a CF/88. Os ministros Roberto Barroso e Rosa Weber reafirmaram posicionamento segundo o qual, entre as competências constitucionalmente atribuídas ao CNJ, insere-se a possibilidade de afastar, por inconstitucionalidade, a aplicação de lei aproveitada como base de ato administrativo objeto de controle. Boa-fé O eventual reconhecimento de que os impetrantes estavam de boa-fé não serve para mantê-los na função. Serve apenas para garantir que os atos por ele praticados sejam aproveitados e para que não sejam condenados a devolver os valores recebidos. A boa-fé protege contra a retroatividade de pronunciamento, não contra a inconstitucionalidade patente praticada pelo estado.

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Estado vem descumprindo o comando constitucional desde 1977 Conforme já vimos, a determinação para o fim das serventias privatizadas existe desde a EC 7/1977. Assim, o Estado do Paraná deixou de cumprir comando constitucional, que vem desde 1977, de estatização das serventias judicias. Em suma:

É válido ato do CNJ que, ao dar plena aplicabilidade ao art. 31 do ADCT, decide pela invalidade dos atos administrativos de nomeação de todos os titulares de cartórios privatizados que tenham ingressado no cargo após 5 de outubro de 1988, data de promulgação da CF em vigor. As pessoas que assumiram as serventias judiciais depois da CF/1988, em caráter privado, não têm direito líquido e certo de nelas permanecerem, qualquer que seja a forma de provimento. Há flagrante inconstitucionalidade a partir do momento em que assumem cargo em serventia que deveria ser estatizada. Isso porque é inconstitucional o provimento de pessoas para exercerem a função de titular de serventias judiciais, com caráter privado (serventias judicias privatizadas / não estatizadas), após a CF/88. O art. 31 do ADCT é autoaplicável, de modo que é obrigatória a estatização das serventias judiciais à medida que elas fiquem vagas. O prazo decadencial do art. 54 da Lei nº 9.784/99 não se aplica quando o ato a ser anulado afronta diretamente a Constituição Federal. STF. 1ª Turma. MS 29323/DF, MS 29970/DF, MS 30267/DF e MS 30268/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgados em 12/2/2019 (Info 930).

EXERCÍCIOS Julgue os itens a seguir: 1) É válido ato do CNJ que, ao dar plena aplicabilidade ao art. 31 do ADCT, decide pela invalidade dos atos

administrativos de nomeação de todos os titulares de cartórios privatizados que tenham ingressado no cargo após 5 de outubro de 1988, data de promulgação da CF em vigor. ( )

2) O art. 31 do ADCT determina que “serão estatizadas as serventias do foro judicial, assim definidas em lei, respeitados os direitos dos atuais titulares.” Este dispositivo é autoaplicável, de modo que é obrigatória a estatização das serventias judiciais à medida que elas fiquem vagas. ( )

3) O prazo decadencial do art. 54 da Lei nº 9.784/99 não se aplica quando o ato a ser anulado afronta diretamente a Constituição Federal. ( )

Gabarito

1. C 2. C 3. C

OUTRAS INFORMAÇÕES

Sessões Ordinárias Extraordinárias Julgamentos Julgamentos por meio

eletrônico*

Em curso Finalizados

Pleno 13.2.2019 14.2.2019 2 1 76

1ª Turma 12.2.2019 — 1 111 79

2ª Turma 12.2.2019 — 2 3 59

* Emenda Regimental 51/2016-STF. Sessão virtual de 08 a 14 de fevereiro de 2018.

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CLIPPING DA R E P E R C U S S Ã O G E R A L DJe de 11 a 15 de fevereiro de 2018

REPERCUSSÃO GERAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.167.509 – SP

RELATOR: MIN. MARCO AURÉLIO

Ementa: ISS – CONTRIBUINTE – ESPECIAL – ISONOMIA – CADASTRO – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – REPERCUSSÃO GERAL

– CONFIGURADA. Possui repercussão geral a controvérsia alusiva à constitucionalidade de lei municipal a determinar retenção do Imposto sobre

Serviços de Qualquer Natureza – ISS – pelo tomador de serviço, em razão da ausência de cadastro, na Secretaria de Finanças de São Paulo, do prestador não estabelecido no território do referido Município.

REPERCUSSÃO GERAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO – RO

RELATOR: MINISTRO PRESIDENTE

Ementa: SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA. AUXÍLIO TRANSPORTE. TERMO INICIAL PARA PERCEPÇÃO DO

BENEFÍCIO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

Decisões Publicadas: 2

OUTRAS INFORMAÇÕES

11 A 15 DE FEVEREIRO DE 2018

Decreto nº 9.706, de 8. 2.2019 - Concede indulto humanitário e dá outras providências. Publicado no DOU em

11.02.2019, Seção 1, Edição nº 29, p. 4.

Supremo Tribunal Federal - STF

Secretaria de Documentação – SDO