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Informática Básica Conceitos e fundamentos Habilidades a serem desenvolvidas: 1 – Compreender o processo evolutivo tecnológico; 2 – Caracterizar as diferentes gerações de computadores; 3 – Conceituar, caracterizar e exemplificar os elementos de um sistema computacional; 4 – Reconhecer a arquitetura básica de um computador; 5 – Identificar os riscos de segurança na Internet e aplicar formas preventivas contra o ataque de piratas e vírus virtuais; 6 Compreender estratégias de TI Verde quanto à responsabilidade ambiental frente ao uso dos recursos de TI; 7 – Formar uma consciência ético-social a cerca dos pontos negativos originados do mal uso das TICs, como cyberbulling e outros crimes virtuais. Profª Amélia Acácia M. Batista TERESINA/2014

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Informática Básica

Conceitos e fundamentos

Habilidades a serem desenvolvidas:

1 – Compreender o processo evolutivo tecnológico; 2 – Caracterizar as diferentes gerações de computadores; 3 – Conceituar, caracterizar e exemplificar os elementos de um sistema computacional; 4 – Reconhecer a arquitetura básica de um computador; 5 – Identificar os riscos de segurança na Internet e aplicar formas preventivas contra o ataque de piratas e vírus virtuais; 6 – Compreender estratégias de TI Verde quanto à responsabilidade ambiental frente ao uso dos recursos de TI; 7 – Formar uma consciência ético-social a cerca dos pontos negativos originados do mal uso das TICs, como cyberbulling e outros crimes virtuais. Profª Amélia Acácia M. Batista

TERESINA/2014

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INTRODUÇÃO A INFORMÁTICA

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1. O QUE É INFORMÁTICA?

Informática significa “informação automática”, ou seja, a utilização de métodos e técnicas no tratamento automático da informação. Para tal, é preciso uma ferramenta adequada: o computador eletrônico . 2. O COMPUTADOR 2.1. O Que é?

O computador é uma máquina que processa dados, orientada por um

conjunto de instruções e destinada a produzir resultados completos, com um mínimo de intervenção humana. Entre vários benefícios, podemos citar:

� Grande velocidade no processamento e disponibilização de informações; � Precisão no fornecimento das informações; � Execução de tarefas repetitivas; � Propicia a redução de custos em várias atividades; � Compartilhamento de dados.

2.2. O Computador apresenta alguma limitação? Qual o resultado da operação 2+2? Para o computador, depende das instruções que lhes foram dadas pelo programador, ou seja, ele executa aquilo que lhe é “ordenado”. Se dissermos a ele que 2+2=5, assim ele realizará a operação e em nenhum momento durante o processamento desta irá contestá-la. O computador é uma máquina programável o que nos tranqüiliza diante da capacidade de processamento e manipulação dos dados que apresenta. O que seria do homem se não dominasse essa tecnologia?

2.3. Breve Histórico Falar sobre a evolução da informática é nos remeter aos primórdios da Grécia e Roma antiga, aos tempos em que os filósofos discursavam em praça publica. Aí, está o berço das ciências em todos os seus contextos, desde as ciências humanas ás exatas e a informática como fundamenta-se em princípios matemáticos não poderia ser diferente. Mas como o subtítulo sugere, seremos breves e apresentaremos um resumo dos principais acontecimentos das quatro gerações dentro das quais foi

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INTRODUÇÃO A INFORMÁTICA

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delimitada essa evolução pelos historiadores. No entanto, antes relacionamos três descobertas relevantes a essa evolução:

� O Ábaco , um instrumento para auxiliar nos cálculos, foi inventado por volta do ano 2000 A.C. Conhecido em chinês como Suan-pan e em japonês como Soroban, ainda é muito utilizado nos países asiáticos e em alguns centros de ensino pelo mundo.

� Blaise Pascal , matemático francês, inventou a primeira máquina de

somar (máquina Pascalina) em 1642; construída com rodas dentadas, seu intuito era simplificar o ofício do pai, que era contador.

� Gottfried Wilhelm Von Leibnitz , matemático alemão, aperfeiçoou a

máquina Pascalina em torno de 1670, introduzindo um mecanismo capaz de multiplicar e dividir.

� Primeira geração (1945-1955): Computadores constituídos a partir de válvulas eletrônicas que quando superaqueciam, queimavam e dificultavam a manutenção. Definidos hoje como “jurássicos”, eram enormes, pesavam toneladas e funcionavam com aproximadamente 18000 válvulas. Não existia dispositivo de armazenamento, logo se o resultado de algum processamento fosse perdido os dados deveriam ser inseridos novamente para nova manipulação e geração de resultados. O primeiro computador digital foi desenvolvido na Universidade da Pensilvânia, nos EUA, com o objetivo de atender a exigências do Governo Americano que temiam perder a comunicação com suas bases aliadas em caso de bombardeio nuclear durante a Segunda Guerra Mundial; foi então que os pesquisadores da Universidade desenvolveram a tecnologia de comunicação a longa distância e paralela a esta uma plataforma física capaz de suportá-la – O computador digital. Exemplos: ENIAC, UNIVAC I, IBM 701.

� Charles P. Babbage , matemático inglês, projetou a Máquina das

Diferenças em 1822, e a Máquina Analítica, em 1833. É considerado o

Antigo Ábaco Romano Máquina Pascalina

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precursor do computador eletrônico digital, pois sua máquina analítica possuía três estágios fundamentais (como os computadores atuais): (a) entrada (com cartões perfurados), (b) processamento utilizando memória (de engrenagens), abrigando o programa em execução e (c) saída. Percebendo que seria necessário um software para sua máquina analítica funcionar contratou um jovem chamada Ada Lovelace, filha de um lord Inglês para implementar o software e esta tornou-se a primeira programadora do mundo1.

� ENIAC (Electronic Numerical Integrator And Calculator) foi o primeiro

computador eletrônico, inventado pelos professores John Eckert e John Mauchly da Universidade da Pensilvânia (EUA), em 1946. Tinha cerca de 18000 válvulas, ocupava três andares e queimava uma válvula a cada dois minutos.

� Segunda geração (1956-1965) . Fins dos anos 50, inicio dos anos 60 engloba computadores equipados com transistores organizados em circuitos impressos. Surgiram os primeiros dispositivos de armazenamento – fitas e discos magnéticos e as primeiras linguagens de programação de alto nível - Fortran (1957), Cobol (1960), Basic (1964). Os computadores ainda eram grandes, mas bem menores se comparados aos da geração anterior. Exemplo: IBM 1401.

1 A linguagem de programação Ada foi assim denominada em sua homenagem.

Máquina de Diferenças de Babagge

ENIAC

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Válvulas Transistores

� Terceira geração (1966-1979) . Meados da década de 70, inicio da década

de 80 compreende computadores constituídos de circuitos integrados. Escalas de integração:

� SSI - Small Scale of Integration � MSI - Middle Scale of Integration.

Exemplos: IBM /360 e IBM /370. Surgiram as primeiras LAN’s (Local Area Network) e os computadores passaram a ser utilizados em âmbito comercial e empresarial. A IBM lançou a primeira série de PCs (Personal Computer), a série 360; os computadores a partir de então passaram a apresentar o formato que conhecemos hoje – teclado, monitor e gabinete.

� Quarta geração (1980-1989) . Primórdios da década de 80; são os

computadores constituídos de circuitos altamente integrados nas seguintes escalas:

� LSI - Large Scale of Integration � VLSI - Very Large Scale of Integration.

Exemplos: Os computadores atuais, incluindo os microcomputadores. O avanço na telecomunicação (celular), nas pesquisas em torno do desenvolvimento de uma inteligência artificial, de tecnologias como a nanotecnologia e a biometria representam o que hoje podemos esperar do avanço tecnológico. O dinamismo com que essa evolução ocorre nos traz a certeza de que os filmes de ficção cientifica podem não mais se limitar às telas do cinema. Podemos citar ainda as redes wi-fi, a fibra óptica, a computação gráfica, a tv digital...

� Quinta geração (1990 – aos dias atuais). Basicamente são os computadores modernos. Ampliou-se drasticamente a capacidade de processamento de dados, armazenamento e taxas de transferência. Também é nessa época que os processos de miniaturização

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são iniciados, diminuindo o tamanho e aumentando a velocidade dos agora "populares" PC´s. O conceito de processamento está partindo para os processadores paralelos, ou seja, a execução de muitas operações simultaneamente pelas máquinas. Surge o primeiro processador Pentium em 1993, dotado de memórias de 108 pinos, ou DIMM. Depois vem o Pentium II, o Pentium III e mais recentemente o Pentium 4 (sem contar os modelos similares da concorrente AMD). Nesse meio tempo iam surgindo o slot AGP de 64 bits, memórias com mais pinos e maior velocidade, HD´s cada vez mais rápidos e com maior capacidade, etc. Na realidade, as maiores novidades dessa época são os novos processadores, cada vez mais velozes.

3. ORGANIZAÇÃO DOS COMPUTADORES 3.1 PRINCIPIOS DO FUNCIONAMENTO

Um sistema baseado em computador é, na verdade, composto por três

elementos hardware, software, Peopleware. Hardware é o nome que se dá para a parte física do computador. É tudo que você pode tocar (mouse, teclado, caixas de som, placas, fios, componentes em geral). Software é o nome que se dá a toda parte lógica do computador. Ou seja, são os programas que você vê funcionar na tela do micro e que dão "vida" ao computador. Sem um software adequado à suas necessidades, o computador, por mais bem equipado e avançado que seja, é completamente inútil. Peopleware são todos os usuários que interagem com a máquina através do software; vão desde os usuários comuns, ditos também domésticos, aos usuários especialistas, conhecedores do funcionamento interno das maquinas (programadores, analistas de sistema, gerenciadores de redes, etc.).

O computador não é uma máquina com inteligência. Na verdade, é uma

máquina com uma grande capacidade para processamento de informações, tanto em volume de dados quanto na velocidade das operações que realiza sobre

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esses dados. Basicamente, funcionamento de um computador se resume em três grandes funções: entrada de dados, processamento de dados e saída das informações.

� Entrada de Dados

Para o computador processar nossos dados, precisamos ter meios para fornecê-los a ele. Para isso, o computador dispõe de recursos como o teclado (para digitação, por exemplo, do texto que define um programa de computador), e o mouse (para selecionar opções e executar algumas operações em um software qualquer), para entrada de dados, mesas digitalizadoras (muito utilizadas por programas CAD4 e aplicativos gráficos em geral) e outros. Dependendo do tipo de dado temos dispositivos de entrada específicos para sua captura.

� Processamento de Dados

O processamento ou manipulação dos dados inseridos através dos dispositivos de entrada é feito na CPU – Central Process Unit - unidade de processamento central (ou simplesmente processador, como o Pentium), onde a informação é tratada; mas esse tratamento não ocorre apenas a nível de processador; há uma participação direta e ativa da memória principal (da qual trataremos a seguir). Não há um programa (conjunto de instruções) que antes de ser executado não seja previamente “lido”, alocado em memória; apenas desta forma as instruções serão executadas de acordo com os objetivos que se desejam atingir com o processamento destas. Todos os programas escritos em uma determinada linguagem de programação são “traduzidos” por um programa chamado compilador que é um tradutor que converte todas as instruções em linguagem de máquina ou binária (0 e 1).

� Saída de Dados

As informações resultantes do processamento dos dados pelo computador podem ser apresentadas de inúmeras formas, e por meio de diversos dispositivos. O monitor de vídeo é um dos principais meios para se obter dados de saída do computador: tanto texto normal ou formatado (como em tabelas ou formulários) e gráficos podem ser apresentados ao usuário através desse dispositivo. Se quisermos que os resultados sejam

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apresentados em papel, podemos fazer uso de (para "plotagem" de desenhoa saída ocorre através das caixas de som ou fones de ouvido.

Organização e estrutura básica do funcionamento de um sistema c

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apresentados em papel, podemos fazer uso de impressoras (para "plotagem" de desenhos); quando tratamos dados do tipo áudio (som) a saída ocorre através das caixas de som ou fones de ouvido.

Organização e estrutura básica do funcionamento de um sistema c

Arquitetura básica de um computador

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impressoras e/ou plotters s); quando tratamos dados do tipo áudio (som)

a saída ocorre através das caixas de som ou fones de ouvido.

Organização e estrutura básica do funcionamento de um sistema computacional

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4. ELEMENTOS DE UM SISTEMA COMPUTACIONAL 4.1 HARDWARE

4.1.1. Unidades de Entrada São dispositivos físicos que capturam os dados a serem processados pelo computador (dados tipo texto, vídeo ou áudio). Logicamente para cada tipo de dado temos um dispositivo de entrada especifico para sua captura. Exemplos: Mouse, teclado, microfone, scanner, etc..

4.1.2. Unidades de Saída Apresentam os resultados finais do processamento dos dados. Exemplos: monitores de vídeo, impressoras, caixa de som, e etc..

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4.1.3. Dispositivos de Entrada e Saída São capazes de executar as funções de entrada e saída de dados. Exemplos: Drives2, Tela de toque, modem, portas USB. 4.1.4. Dispositivos físicos de armazenamento (Memór ia) � Como Funciona Os dados fornecidos ao computador podem ser armazenados para processamento imediato ou posterior.

Esse armazenamento de dados é feito na memória do computador, que pode ser volátil (isto é, desaparece quando o computador é desligado), referenciada como memória RAM (Random Access Memory - memória de acesso aleatório), ou pode ser permanente (enquanto não é "apagada" por alguém) através do armazenamento dos dados em unidades como as de disco magnético (HD) que são meios físicos localizadas no interior do gabinete do computador. Há também os disquetes, que são discos “removíveis”, CDs e mais recentemente os DVDs graváveis e o Pendrive. A memória do computador é similar a memória contida no cérebro humano. A menor unidade utilizável para representação de informações em um computador é o Bit, que assume os valores 0 ou 1. Como um único bit é insuficiente para representar informações mais complexas, eles são agrupados e combinados. Num primeiro agrupamento, eles são reunidos em conjuntos de oito, recebendo a denominação de Byte (8 bits). Tendo em vista que a unidade byte (unidade de medida de armazenamento) é consideravelmente pequena quando indicamos valores mais extensos, utilizamos múltiplos do byte: kilobyte, megabyte, gigabyte, terabyte, etc.. O byte é a unidade de medida padrão de memória ou armazenamento do computador.

1 KiloByte = 1 Kb = 1024 bytes 1 MegaByte = 1 Mb = 1024 Kb 1 GigaByte = 1 Gb = 1024 Mb 1 Terabyte = 1 Tb = 1024 Gb

2 Muitos confundem drive com driver – este último, um dispositivo lógico, um programa que permite o reconhecimento do drive pelo S.O. Para cada drive existe um driver especifico.

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� Tipos de Memória

� RAM Para efetuar os cálculos, comparações, rascunhos e outras

operações necessárias ao seu funcionamento, os computadores possuem uma memória de trabalho chamada de RAM (Random Access Memory , ou memória de acesso aleatório). A informação armazenada nessa memória é apenas temporária. Se você quiser preservar essa informação, que pode representar horas de trabalho, você deve movê-la da memória do computador para um disco de armazenamento (disco rígido ou winchester, disquete ou CD gravável), operação essa conhecida como salvamento (opção salvar na maior parte dos programas): as informações são salvas em um arquivo. Quando você desliga o Computador, a informação que não foi “salva” em um desses discos é perdida, por isso essa memória também é dita volátil.

� ROM

Um outro tipo de memória existente nos microcomputadores permite apenas a leitura das informações nela contida. É a ROM (Read Only Memory ). Essa memória não perde as informações ao ser desligado o equipamento, sendo, portanto, utilizada para guardar os códigos básicos de operação do equipamento, suas rotinas de inicialização e auto-teste. Tais informações não podem ser alteradas, apenas lidas. Este conjunto de códigos de operação/funcionamento forma o sistema básico de entrada e saída (BIOS) da máquina.

� Memória Auxiliar (os discos e fitas magnéticas)

Os Discos são usados para armazenar as informações, como as memórias. Podem ser lidos, gravados e regravados, como uma fita de áudio ou vídeo. São considerados a memória de massa do equipamento, devido ao alto volume de informações que podem armazenar.

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4.2 SOFTWARE - PROGRAMAS DE COMPUTADOR

Um programa de computador pode ser definido como uma série de instruções ou declarações, em forma aceitável pelo computador, preparada de modo a obter certos resultados. Também chamado de software, esse termo é utilizado para indicar a parte funcional de um computador. Podemos classificar os softwares ou programas em alguns tipos. A seguir é apresentada uma classificação genérica, que não é exaustiva.

4.2.1. Sistemas Operacionais (Software básico) Como o próprio nome sugere, são softwares destinados à operação do computador. Tem como função principal controlar os diversos dispositivos do computador e servir de comunicação intermediária entre o computador, os outros programas e o usuário que o opera. O Windows95/98/2000/NT/XP/VISTA, LINUX, DOS, MAC, ANDROID são exemplos de sistemas operacionais. Um computador, qualquer que seja o seu porte ou fabricante, não funciona sem um sistema operacional.

4.2.2. Software Utilitário

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São programas destinados a facilitar e agilizar a execução de certas tarefas, dando suporte ao sistema operacional. Existem utilitários, por exemplo, para diagnosticar a situação do computador e seus diversos dispositivos quanto a ameaça de contaminação por vírus (como o Norton Utilities), para compactar arquivos (como o WinZip), para realização de cópias de segurança ("backups"), etc.

4.2.3. Software Aplicativo São os programas destinados a nos oferecer certos tipos de serviços, e podemos incluir nesta categoria os processadores de texto, as planilhas eletrônicas, os programas gráficos e os sistemas gerenciadores de banco de dados. Especificamente apenas executam suas funções sem dar qualquer suporte operacional ao S.O (Sistema Operacional).

� Processadores de Texto: dentre os vários editores disponíveis no

mercado, destacamos os seguintes: Word (Microsoft) e WordPerfect (Corel), OpenEdit.

� Planilhas Eletrônicas ou Planilhas de Cálculo: dentre as mais comuns, destacamos o MS-Excel, o Lotus 1-2-3 e o Quatro Pro, OpenCalc.

� Programas Gráficos: permitem a criação de figuras e desenhos, sendo que alguns possuem recursos extras para animação. Podem ser conjugados com programas que adicionam sons juntos às imagens. Dentre os mais sofisticados destacam-se o Corel Draw , o Adobe PhotoShop e o 3D Studio, para uso artístico, e os programas CAD (como o AutoCad), utilizado para projetos mecânicos, arquitetônicos, etc.

� Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados: trata-se de uma coleção de programas que se prestam ao controle de grandes volumes de informações.

4.3 PEOPLEWARE � Usuário Comum: também conhecido como usuário doméstico; sua

interação com o computador não interfere no gerenciamento dos dispositivos internos. Sua tarefa é apenas operacionalizar a máquina.

� Usuário Especialista: são os programadores, analistas de sistema ou suporte, gerenciadores de redes, ou seja, os profissionais da área de informática que de alguma forma interferem na configuração e administração do sistema computacional.

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5.0 VÍRUS ELETRÔNICO DE COMPUTADOR 5.1 Conceito e história

É comum as pessoas chamarem de vírus todo e qualquer programa com fins maliciosos. Mas há vários tipos de "pragas digitais", sendo os vírus apenas uma categoria delas. Atualmente, usa-se um termo mais adequado para generalizar esses programas: a denominação malware , uma combinação das palavras malicious e software que significa "programa malicioso". Portanto, malware nada mais é do que um nome criado para quando necessitamos fazer alusão a um software malicioso, seja ele um vírus, um worm, um spyware, etc.

Um vírus é um programa com fins maliciosos, capaz de causar transtornos com os mais diversos tipos de ações: há vírus que apagam ou alteram arquivos dos usuários, que prejudicam o funcionamento do sistema operacional danificando ou alterando suas funcionalidades, que causam excesso de tráfego em redes, entre outros.

Os vírus, tal como qualquer outro tipo de malware, podem ser criados de várias formas. Os primeiros foram desenvolvidos em linguagens de programação como C e Assembly. Hoje, é possível encontrar inclusive ferramentas que auxiliam na sua criação.

Podemos ainda ressaltar que esse tipo de malware é um programa ou fragmento de programa que se instala em uma máquina sem que o usuário perceba, e nela começa a se reproduzir (gerar cópias de si mesmo). A forma de "contágio" mais comum era, até pouco tempo, a execução de programas piratas (cópia não autorizada de um programa de computador), de origem desconhecida (especialmente os “joguinhos”). Entretanto, atualmente, existem os vírus transmitidos através das mensagens de e-mail, ou salas de bate papo. Embora existam alguns tipos de vírus que não destroem o conteúdo dos arquivos do sistema que infectam, esse é o objetivo primordial da maioria deles. Em geral, os vírus atuam apagando o conteúdo dos discos, formatando-os, misturando arquivos e trocando o valor dos símbolos (por exemplo, trocando os "a" por "s").

É muito importante que todo o computador tenha algum tipo de proteção contra as infecções por vírus. É o que será discutido no próximo item.

Em 1983, o pesquisador Fred Cohen (Dr. de Engª. Elétrica da Univ. do Sul

da Califórnia), entre suas pesquisas, chamou os programas de códigos nocivos

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como "Vírus de Computador". No mesmo ano, Len Eidelmen demonstrou em um seminário sobre segurança computacional, um programa auto-replicante em um sistema VAX11/750. Este conseguia instalar-se em vários locais do sistema. Desde a criação da web e popularização da Internet, a proliferação só vem crescendo. Em 1992, surgiu o primeiro vírus de mídia, o qual receber nome de Michelangelo. Ele foi programado para sobregravar partes das unidades de disco rígido criando pastas e arquivos com conteúdos falsos em 6 de março, dia do nascimento do artista da Renascença. Por conta disso, as vendas de software antivírus subiram rapidamente.

Em 1994, foi a vez de Pathogen. Criado na Inglaterra, o vírus foi rastreado pela Scotland Yard e o seu autor foi condenado a 18 meses de prisão. Era a primeira vez que o autor de um vírus sofria um processo por disseminar código destruidor.

Em 2000, o vírus LoveLetter foi liberado nas Filipinas e varreu a Europa e os Estados Unidos em seis horas; Infectou cerca de 2,5 milhões a 3 milhões de máquinas causando danos estimados em US$ 8,7 bilhões. Até 1995, cerca de 15.000 vírus tinham sido reconhecidos; em Janeiro de 2011 foram mais de 1.200.000.

5.2 Prevenção

O antivírus é a forma mais comum de prevenção. Existe uma variedade muito grande desses utilitários no mercado, mas independentemente do produto que usar devemos sempre atualizá-lo para que o mesmo possa ser capaz de detectar os diversos vírus que são “jogados” a todo o momento na internet. Outras precauções podem ser adotadas, como:

� Evite utilizar programas piratas; � Sempre que for utilizar um programa novo, pesquise antes a existência de

vírus; se encontrar algum, remova-o; � Faça sempre cópias de segurança (backup) de seus arquivos, pois assim

você terá como recuperá-los em caso de ataque de vírus ou de danos no disco;

� Controle seu sistema quanto ao seu uso por pessoas estranhas ou não autorizadas; elas podem cometer erros que comprometam a segurança do seu computador;

� Sempre verifique seu equipamento logo após terem sido efetuadas nele apresentações de novos programas/sistemas, ou após a intervenção do pessoal da assistência técnica;

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� Se for possível, deixe instalado um programa antivírus funcionando em “background”, ou seja, enquanto você utiliza o computador - ele irá intervir toda vez que algum vírus se manifestar ou for encontrado.

Exemplos de Antivírus:

� AVG – Grisoft – www.grisoft.com - possui versão paga e outra gratuita para uso não-comercial (possui menos funcionalidades);

� McAfee – McAfee – www.mcafee.com.br - possui versão de teste; � Norton Antivírus – symantec – www.symantec.com.br - possui versão de

teste. 5.3 Tipos de Vírus

Atualmente há 14 categorias de vírus. Abaixo relacionamos e caracterizamos algumas delas.

� Cavalo de Tróia ou Trojan - São programas aparentemente inofensivos que trazem embutidos um outro programa (o vírus) maligno;

� Macro - Tipo de vírus que infecta as macros (códigos executáveis utilizados em processadores de texto e planilhas de cálculo para automatizar tarefas) de documentos, desabilitando funções como Salvar, Fechar e Sair;

� Mutante - Vírus programado para dificultar a detecção por antivírus. Ele se altera a cada execução do arquivo contaminado

� Programa - Infectam somente arquivos executáveis, impedindo, muitas vezes, que o usuário ligue o micro.

� Hoax - Vírus boato. Mensagens que geralmente chegam por e-mail alertando o usuário sobre um vírus mirabolante, altamente destrutivo.

� Spywares - apesar de não serem necessariamente vírus, podem representar perigo para o computador. São programas que ficam “espionando” as atividades dos internautas ou capturam informações sobre eles. Podem vir embutidos em softwares desconhecidos ou serem baixados automaticamente quando o internauta visita sites de conteúdo duvidoso.

6.0 PIRATAS VIRTUAIS

Nos anos 90 eram aficionados em informática, conheciam muitas linguagens de programação e quase sempre jovens, que criavam seus vírus, para muitas vezes, saber o quanto eles poderiam se propagar. Atualmente é completamente diferente; são pessoas que atacam outras máquinas com fins

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criminosos com um objetivo traçado: capturar senhas bancárias, números de conta e informações privilegiadas que lhes despertem a atenção.

Há quem diga que cracker e hacker são a mesma coisa, mas tecnicamente há diferenças:

Hacker São os que quebram senhas, códigos e sistemas de segurança por puro

prazer em achar tais falhas. Preocupam-se em conhecer o funcionamento mais íntimo de um sistema computacional, ou seja, sem intenção de prejudicar ou invadir sistemas operacionais ou banco de dados.

Em geral um hacker não gosta de ser confundido com um cracker. Nesta polêmica, o termo hacker é recuperado por programadores de computador que argumentam que alguém que invade computadores é chamado de cracker.

Cracker

É o criminoso virtual que extorque pessoas usando seus conhecimentos, usando as mais variadas estratégias. Seu interesse é basicamente o vandalismo.

Porém, já se criou um verdadeiro mercado negro de vírus de computador, onde certos sites, principalmente russos, disponibilizam downloads de vírus e kits para qualquer um que puder pagar, virar um Cracker, o que é chamado de terceirização da "atividade".

7.0 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

MACHADO , Francis B. Arquitetura de Sistemas Operacionais. LTC, 3ª edição. Rio de Janeiro, 2004. KOZAK, Dalton V. Conceitos Básicos de Informática. Disponível em www.unicamp.br/~leonardo/CBI2002.PDF acesso em 19/02/2007. ALECRIN, Emerson. Vírus de Computador – como são e como agem. Disponível em <http://www.infowester.com/virus.php> acesso em 19/02/2007.