editorial · informar que voltei com as duas medalhas, conforme o prometido! ficamos com o ouro no...

12

Upload: others

Post on 10-Aug-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: EDITORIAL · informar que voltei com as duas medalhas, conforme o prometido! Ficamos com o ouro no basquete e bronze no futsal! E ainda teve um gosto especial para mim, pois na quinta-feira
Page 2: EDITORIAL · informar que voltei com as duas medalhas, conforme o prometido! Ficamos com o ouro no basquete e bronze no futsal! E ainda teve um gosto especial para mim, pois na quinta-feira

2 JULHO DE 2009

EDITORIAL

esta edição do João de Barro, os leitores poderão conferir umamatéria sobre assédio moral, também conhecida por violênciaorganizacional. O JB lança um olhar crítico sobre este aspecto cruel

das organizações e sobre as relações comos empregados, em especial, nasinstituições financeiras. O que ocorreatualmente, tanto nas estruturas verticaiscomo horizontais, é que existe um nívelexcessivo de competitividade e cobrança.Competitividade entre iguais e cobrançapor parte das hierarquias superiores parao cumprimento de metas e de pro-dutividade geralmente inalcançáveis.

A tese desenvolvida pelo bancário ediretor do SindBancários, Sandro Artur Ferreira Rodrigues, em seu mestradona PUCRS, intitulada �Trabalhando no limite: violência organizacional eassédio moral na categoria bancária�, expõe o drama vivido nas agências.Na mesma reportagem temos o caso típico de uma bancária e a análise dosindicalista Antonio Pirotti, da direção do SindBancários, que possui largaexperiência no ramo.

Violência institucionalizada

N

AGRADECIMENTOEstou escrevendo para dizer que

adorei que o meu depoimento foipublicado no João de Barro e parainformar que voltei com as duasmedalhas, conforme o prometido!Ficamos com o ouro no basquete ebronze no futsal! E ainda teve umgosto especial para mim, pois naquinta-feira à noite, em plenos jogos,o meu filho foi internado compneumonia. Fiquei enlouquecida,com o coração na mão, e antecipei omeu retorno para sexta-feira, apóscumprir a minha agenda de jogos dodia! No fim das contas, eu não pudeficar para a cerimônia de encer-ramento e a premiação, mas conseguiparticipar dos jogos, ajudei naconquista das duas medalhas e o meufilho agora está bem melhor! Gostariade registrar o meu agradecimentoespecial ao Gilmar e ao Severo, queme deram todo o apoio nesse

momento tão delicado para mim!Sabrina Muniz � SUMAC/PO

DOAÇÃO DE ÓRGÃOSSou defensora ferrenha da doação

de órgãos e me considero uma doadora.Minha família está ciente disso e semprefalo sobre esse meu desejo. Tenho umcaso de doação na família e outro deamigos muito próximos. No primeiro, aesposa de um primo morreu de câncere a família doou as suas córneas. Odesejo dela e da família era doar tudo oque fosse possível, porém em função dadoença não conseguiram. O segundocaso, e mais comovente, minha afilhadae filha de uma colega da Caixa nasceucom um problema no fígado enecessitou de transplante. Seu pai foi odoador. O transplante foi feito em SãoPaulo, em janeiro deste ano. Ela temapenas um ano.

Luciana Bohrer Pereira/AgênciaCamobi � Santa Maria

CARTAS

Não concordo com tal decisão.Acho até que uma decisão desse naipesó vem a denegrir ainda mais aimagem do STF, já tão abalada pordecisões estapafúrdias, que devem serbaseadas nos favores e nas gra-tificações pagas aos ministros pelogoverno sem noção do SupremoAnalfabeto Lula. Quanto mais burrofor o povo, mais fácil será de serdominado e manipulado.Júlio Cesar ArcariAposentado

Acredito que para ser jornalista,assim com em qualquer profissão, énecessário, além do estudo, muitoempenho e acima de tudo talento evocação para tal. Vejo nos dias de hojemuitos �profissionais formados� quesão verdadeiras enganações e outrossem a dita formação acadêmica que sesaem muito bem em relação aosdemais. Acho importante, sim, que osprofissionais de qualquer área tenhamuma graduação, mas não acho que issoseja suficiente. Acho que deveria haver

Você concorda com a decisão do Supremo Tribunal Federal de que não énecessário diploma na área para exercer a função de jornalista?

provas, tais como da OAB, para saberquem realmente é qualificado para tal,pois ser simplesmente formado, ou nãoser, não é resposta, visto que muitas�faculdades� de hoje são verdadeirasfábricas, e o ensino superior está sendobanalizado. Concordo com o STFdesde que haja uma prova finalelaborada por órgão competente parasaber se o profissional é apto.Fernando Camboim do Prado Lima �Agência AzenhaPorto Alegre

Acredito que essa medida nãotirará o prestígio, o espaço e aimportância do profissional dejornalismo. A concorrência vaimelhorar os cursos de graduação e,principalmente, os cursos de pós-graduação, os quais receberão alunosoriundos de outras áreas deconhecimento. Assim, o mercadocontinuará com os jornalistas competen-tes e perderá os jornalistas com diploma.Carlos Viegas NetoRERET Metropolitana

CONSELHO EDITORIAL: Célia Zingler, Marcos Todt, Sérgio Simon e Paulo Belotto •Coordenação: Fernando Waschburger – D3 Comunicação • Edição: César Fraga •Redação: Grazieli Gotardo e César Fraga • Edição de Arte: Luciano Lobelcho/D3 •Diagramação: Rodrigo Vizzotto/D3 • Arte: Claudete Sieber/D3 • Charge: Santiago •Revisão: Gabriela Koza • Impressão: Gazeta do Sul • Tiragem: 9.300 exemplares •

Periodicidade: mensal • Fechamento desta edição: 14/07/2009 • Distribuição gratuitapara associados da APCEF. Os artigos assinados publicados no João de Barro não

refletem necessariamente o pensamento da Diretoria da APCEF.

Avenida Coronel Marcos, 851 Ipanema Porto Alegre / RS � CEP 91760-000Telefone: (51) 3268.1611 Fax: (51) 3268.2700 � [email protected]

Page 3: EDITORIAL · informar que voltei com as duas medalhas, conforme o prometido! Ficamos com o ouro no basquete e bronze no futsal! E ainda teve um gosto especial para mim, pois na quinta-feira

ANTENA

Homens ganham seismeses de licença-adoção

mpregados solteiros e casadoscom relação homoafetiva daCaixa Econômica Federal

conquistaram, na última sexta-feira, dia19, o direito a 180 diasde licença-adoção. Obenefício já havia sidoinstituído pelo banco paraas mulheres em abrildeste ano. No caso doshomens solteiros ouunidos a companheirosdo mesmo sexo, a licençaestava limitada a 30 dias.A partir de agora, aampliação do benefíciogarante direitos iguaispara homens e mulheresque trabalham na instituição.

De acordo com lei que amplia alicença-maternidade de quatro para seismeses, as empresas podem, facul-tativamente, estender o direito à licença

por mais dois meses para suasfuncionárias. A ampliação dessebenefício para os homens solteiros ecasais homoafetivos é uma conquista daComissão Executiva dos Empregados

(CEE/Caixa), que reivindicouessa equiparaçãonas reuniões denegociação.

A licença-adoção para ohomem solteiro ouem união homo-

afetiva terá início nadata estabelecida para a

guarda com fins de adoção, eterá prazos diferenciados de

acordo com a idade da criança. Oprazo de 180 dias vale para a adoçãode criança com até um ano de idade.No caso de crianças até quatro anos, alicença será de 120 dias, e de 75 diaspara a idade de quatro a oito anos.

Santiago

JULHO DE 2009 3

E

Rua Pedro Adams Filho, 5573, cj.1206Novo Hamburgo

Em 13 de julho, ocorreu audiênciapública na Assembleia Legislativa, quedebateu o fim do Fator Previdenciário,projeto de autoria do Senador PauloPaim e com alterações do relator damatéria, deputado federal Pepe Vargas(PT-RS). Paim disse que junto comamedida deve vir a fixação de reajusteaos aposentados e pensionistas com omesmo índice do aumento do saláriomínimo. Segundo ele, o presidente Lulaestá empenhado em construir umconsenso para que seja viável aconquista dos dois objetivos.

As principais centrais sindicais eentidades representativas dos aposenta-dos e pensionistas se manifestaramfavoráveis ao PL 3.299/2008. Paimadiantou que está disposto a negociarcom o governo até o início do mês deagosto. Caso não haja um entendimen-to até lá, o petista disse que fará de tudopara aprovar seu projeto na Câmara.

CAIXA

Fator PrevidenciárioAgenda· 18/07 � Assembleias GeraisExtraordinárias· 21/07 � Encontro com SR NorteGaúcho· 22 e 23/07 � Eleição dosRepresentantes da Apcef/RS· 26/07 � 2o Costelão comDomingueira· 27/07 � Encontro com SR LesteGaúcho· 15/08 � Baile de Queijos e Vinhos

Apcef realizará a última etapade seu processo eleitoral no mês deagosto, com a escolha, por meiode assembleias nas 14 regionais,dos coordenadores e tesoureiros decada região. A partir do calendáriode cada Regional, serão publicadoscom 15 dias de antecedência no siteda Associação editais de convocaçãopara as eleições (www.apcefrs.org.br) em cada uma das localida-des, informando dia, local e horário.

�A eleição nas Regionais é umprocesso da maior importância domodelo descentralizado de fun-cionamento da Associação. O papeldos coordenadores e tesoureiros éadministrar os recursos repassadosreferentes a 50% das mensalidadesnas sedes, em atividades deconfraternização, esportivas e dedefesa de direitos. A diretoriaexecutiva estará à disposição paraajudar a planejar as atividadesque as Regionais queremdesenvolver�, explica a diretorapresidenta da Apcef/RS, CéliaZingler.

Eleição detesoureiros ecoordenadores

A reunião de negociação daConfederação Nacional dosTrabalhadores do Ramo Financeiro(Contraf/CUT) e da Comissão Executivados Empregados (CEE/Caixa) com aCaixa Federal marcada para 16 de julhofoi suspensa por solicitação do própriobanco. Nesta reunião, seria apresentadaa segunda parte da proposta daempresa, já que, na última reunião, aCaixa apresentou os diagnósticos epremissas parciais para o novo Plano deCargos Comissionados (PCC), chamadode Plano de Funções Gratificadas (PFG).

Na primeira etapa da negociação,em 8 de julho, a Caixa propôs: jornadade 6 horas para os cargos sem fidúcia e8 horas para os cargos com fidúcia; nãoalterar a CVTA; transformar as trêstabelas do PCC/PFG em uma; reduziros tipos de função.

Até o fechamento desta edição,ainda não havia definição de data paraa próxima reunião, que será divulgadaassim que for definida a data, e seguirácom a apresentação final da propostapara o novo modelo de PCC.

PCC/PFGCaixa apresentaproposta, massuspende reunião

No dia 26 de julho, domingo, serárealizado o 2º Costelão com Domin-gueira, no Galpão Crioulo da APCEF/RS (Av. Coronel Marcos, 851 �Ipanema), em Porto Alegre. Estão sendopreparadas atividades esportivas e delazer para as crianças, como oficinas detênis e futebol, e partidas de tênis demesa, damas e xadrez.

Costelão dia 26

Page 4: EDITORIAL · informar que voltei com as duas medalhas, conforme o prometido! Ficamos com o ouro no basquete e bronze no futsal! E ainda teve um gosto especial para mim, pois na quinta-feira

4 JULHO DE 2009

Antes tarde do que nunca

ENTREVISTA

aul Pont cursou História naUFRGS nos anos 60, quandoiniciou na política como

militante estudantil e foi presidente doDCE (Diretório Central Acadêmico) em1968. Atividade que o colocou na mirada ditadura militar. Nos anos de 1970e 1980, foi professor universitário naUFRGS e Unisinos. No início dos anos80, envolveu-se com as mobilizaçõessindicais que culminariam com osurgimento do PT. Em 1986 foi ocandidato mais votado do PT no RS eelegeu-se deputado estadualconstituinte. Em 1990 foi eleitodeputado federal. Em 1996 foi eleitoprefeito da Capital. Em 2002 foi eleitodeputado estadual e retornou para aAssembleia Legislativa do RS.Atualmente é secretário-geral do PT eocupa uma cadeira na AssembleiaLegislativa gaúcha, para aqual se reelegeu em2006. Pont fala comexclusividade ao JBsobre a aberturatardia dos arqui-vos da ditadura esobre a neces-sidade de puniros que come-teram crimesdurante aque-le período.

João de Barro � Qual o significadoda abertura dos arquivos do períododa ditadura?

Raul Pont � Eu entendo que écorreta esta campanha histórica paraque aquilo que ainda não foi divulgadoou conhecido o seja. Essas coisas fazemparte da história do país; emboratragam lembranças trágicas para

muitos, não podem sersoterradas e esqueci-

das. A preserva-ção dessa me-mória é umaforma de nãodeixar reviveresse tipo deexperiência. Amelhor ma-neira de nãonos tornarmosnovamente ví-

timas de umregime ditatorial é

conhecer plenamen-te aquele período.Nós tivemos expe-riências na 2ª GuerraMundial e outrasvindas de vários

países que man-têm monumen-tos e farta docu-mentação sobre

períodos trau-máticos para

alertar as

RAUL PONT

novas gerações sobre o perigo querepresentam determinadas experiên-cias políticas à democracia e aos direitosdo homem. Manter a memória dasatrocidades e dos erros que foramcometidos serve de lição permanentepara que não sejam praticadosnovamente.

JB � O Brasil não está um poucoatrasado em relação a outros paísesda América Latina? E que interessesestão por trás de tanta demora, tantona liberação dos documentos como naresponsabilização de pessoas?

Pont � Existe uma históricatrajetória na política brasileira de astransições de determinados períodoshistóricos serem mais de conciliação doque de rupturas. E foi assim com oregime militar. Tivemos um processode transição muito lento acompa-nhado de um processo de conciliaçãoe de grandes acordos no CongressoNacional. De certa forma houve umanegociação de transição lenta e segurado regime. Foi assim com a eleiçãodireta, com a constituinte, enfim. Tudoisso durou vários anos. Esses acordosestabeleceram também compromissos,e por isso parte da classe dominantebrasileira que foi cúmplice da ditadura,ou na melhor da hipóteses, omissa,negociou no Congresso e nasinstituições brasileiras. Inclui-se aí aprópria Justiça, que se calou diante dasatrocidades que foram cometidas. Foiassim também no início da Repúblicae depois nos anos 30 do séculopassado. Tem sido uma marca dasociedade brasileira fazer acordos ecompromissos no intuito de protegere não punir os envolvidos. A tese quefoi construída de que a anistia é paraos dois lados, como se fossem coisassemelhantes, é absurda. Se osmovimentos contestatórios comete-ram algum excesso, deveriam serpunidos pela lei comum. Já aqueles quedetinham o poder de estado eutilizaram a violência para se manterno poder e reprimir os que pensavamao contrário, usando a Justiça e aspróprias leis, não podem ficar impunes.

JB � E essas pessoas não seconstituíram no poder contra alegalidade para subvertê-la em seufavor?

Pont � Exatamente. Não hánenhuma razão que justifique que

esses autores de torturas, assassinatose crimes contra a humanidadepermaneçam impunes. Agora,recentemente, tivemos conhe-cimento das execuções no Araguaia,sem julgamento, de forma arbitrária,conforme os relatos do coronel Curióe de outros que testemunharam eque servem para ilustrar isso queestamos falando. As pessoas foramfuziladas sem direito a qualquer tipode defesa por homens armados epagos pelo Estado. Isso mostra quenão se pode de forma algumacomparar militares e militantes, etodos serem absolvidos pela anistia.Eu entendo a importância dessetrabalho que está sendo feito pelaSecretaria Nacional de DireitosHumanos e pelo Ministério da Justiça,mas acho que o atual governo aindadeve muito neste campo. É precisouma ação mais enérgica em relação aeste tema para a sociedade brasileira.

JB � O episódio do golpe emHonduras não é um sinalizador danecessidade de manter essamemória viva e de que a impunidadeleva à repetição de ciclos históricos?

Pont � Sempre é um risco.Felizmente, no caso de Honduras, aOEA (Organização dos EstadosAmericanos) e vários paísesprontamente repudiaram o golpe eestabeleceram sanções exigindo oreconhecimento da legalidade. Issojá demonstra um novo momentomundial. Agora, aqui no Brasil, aComissão de Anistia vem cumprindosua agenda bem lentamente, masprincipalmente neste último períodohouve uma rapidez maior pelomenos no reconhecimento dasvítimas da ditadura para que oestado assuma a responsabilidadedos atos condenáveis que foramcometidos em seu nome. Mas issonão é o suficinte. Os criminosostambém devem ser respon-sabilizados.

�Manter a memória dasatrocidades e dos erros queforam cometidos serve delição permanente para que

não sejam cometidosnovamente�

R

�... acho que o atualgoverno ainda deve muito

neste campo. É precisouma ação mais enérgicaem relação a este tema

para a sociedadebrasileira�

Foto

: Ana

Pau

la A

prat

o/di

vulg

ação

Page 5: EDITORIAL · informar que voltei com as duas medalhas, conforme o prometido! Ficamos com o ouro no basquete e bronze no futsal! E ainda teve um gosto especial para mim, pois na quinta-feira

JULHO DE 2009 5

DEBATE

Duas Propostas de EmendaConstitucional (PEC) pararestituição da exigência de diplomasuperior para a profissão dejornalista tramitam no Senado. Aprimeira foi apresentada pelosenador Antônio Carlos Valadares(PSB-SE), com o apoio de 50 dos81 senadores. Outra, do deputadoPaulo Pimenta (PT-RS), recebeu

191 assinaturas, 20 além do necessário para tramitar na Câmarados Deputados. Uma audiência pública da Comissão deDesenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmarasobre o diploma está agendada para o dia 19 de agosto.

Em vigor desde 1979, a obrigatoriedade do curso deComunicação Social para o exercício do jornalismo foiderrubada em 17 de junho pelo Supremo Tribunal Federal(STF), que considerou a norma incompatível com a liberdadede expressão prevista na Constituição.

Protestos contra a decisão do STF acontecem por todoo país. Estudantes, sindicatos e associações emitem notascontra a decisão do Supremo, e audiências públicas sãoorganizadas nas assembleias legislativas de vários estados.O apoio à luta dos jornalistas e da sociedade cresce, também,entre entidades nacionais e internacionais.

A Associação Riograndense de Imprensa (ARI)manifestou sua inconformidade com a medida adotada peloSTF. �O Conselho Deliberativo e a Diretoria Executiva daARI lamentam que uma conquista de 40 anos, alcançadaem plena ditadura militar, seja derrubada com tanta

DEMOCRATIZAÇÃO DA MÍDIA

Congresso discute PECs dos diplomas

A Central Única dos Tra-balhadores enviou carta aoministro do Planejamento, PauloBernardo, em defesa daConferência Nacional deComunicação (Confecom). Odocumento é assinado pelopresidente Artur Henrique e pelasecretária de Comunicação,Rosane Bertotti, titular daComissão Organizadora daConferência. �A decisão desteMinistério de cortar 80% dosrecursos previstos para a realizaçãoda Conferência Nacional deComunicação (Confecom) re-presenta um duro golpe e vai nacontramão do compromissoassumido pelo presidente Lula derealizar um amplo debate nacionalsobre o tema. Se mantida a posiçãoministerial de reduzir de R$ 8,2milhões para R$ 1,6 milhão adotação orçamentária, vai haveresva-ziamento da discussão sobrea urgente e necessária democrati-zação das comunicações�, argu-menta o documento.

CUT cobrarecursos paraa Confecom

facilidade e com argumentos tão débeis nesta fase vividapelo país que se diz democrática�, registrou a nota.

Os professores e pesquisadores das listas do FórumNacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) e daAssociação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo(SBPJor) desenvolvem um esforço coletivo de buscar apublicação de artigos, nos veículos locais e regionais, comoforma de mobilização e fomento ao debate na sociedade,além de pressão por uma solução. A Confederação Nacionaldos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT)também expressou seu posicionamento a favor do diplomaem nota pública. Representantes da Federação Nacionaldos Jornalistas (Fenaj) circulam no Congresso Nacionaldesenvolvendo articulações em defesa do diploma. Sãonecessárias 198 assinaturas de parlamentares para aconstituição de uma Frente Parlamentar.

População da Capital decidirá em agostoOs pontos de votação sobre oPontal do Estaleiro em PortoAlegre foram definidos no dia 22de junho, após análise do TribunalRegional Eleitoral (TRE). Escolaspúblicas municipais e estaduais irãoabrigar cerca de 330 urnas. A listacompleta dos locais de votação estáno site (www.portoalegre.rs.gov.br).

A consulta popular ocorre no dia 23 de agosto, das 9hàs 17h, e, na oportunidade, a população da Capital vaidefinir se concorda ou não com a construção de prédiosresidenciais na área conhecida como Estaleiro Só, na zonasul da Capital. Somente poderão participar os cidadãosem dia com o TRE e com domicílio na Capital. No diada consulta haverá passe livre no transporte coletivo.

Desde o início, a construção do Pontal tem geradoum grande debate entre ambientalistas e empresários.Se por um lado os empresários defendem odesenvolvimento econômico da região, os ecologistasalegam que a Orla do Guaíba é uma das mais valiosase importantes áreas em termos paisagísticos e naecologia urbana de Porto Alegre. Para a AssociaçãoGaúcha de Proteção ao Ambiente Natural � Agapan,

dizer NÃO ao projeto na consulta popular é defundamental importância para que outros projetosnão privatizem a Orla. �A contínua tendência deocupação dos espaços públicos urbanos nos colocana contramão da história�, analisa o conselheiro daAgapan, Celso Marques, ao antecipar que �o projetoabre um precedente legal que ameaça o que aindaresta da Orla do Guaíba como patrimônio público�.A Associação também tem um abaixo-assinado on-line: www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/1571.

CAMPANHA �NÃO AO PROJETO PONTAL DOESTALEIRO� � Integram a campanha �Não ao projetoPontal do Estaleiro� dezenas de entidades ambientaise a maior parte das associações de bairro de PortoAlegre. A Agapan, em sua página na internet, relatapor que a sociedade deve se posicionar contra oprojeto �Pontal do Estaleiro�1 � Questão Ambiental � Se aprovado, causará grandeimpacto ao ambiente natural da região: se formaráuma barreira artificial impedindo a passagem dosventos para a cidade e da luz do sol para a vizinhança;aumento da produção de esgoto cloacal que naregião é ligado ao pluvial.

AMBIENTE/PONTAL DO ESTALEIRO

Foto: Luiz Alves/C

âmara dos D

eputados/divulgação

2 � Questão Urbanística � Problemas de trânsito pelaAv. Padre Cacique, que já teve aumento de fluxo deautomóveis pela inauguração do BarraShoppingSul.3 � Vocação da Orla � Lazer e recreação é a vocaçãode qualquer orla no mundo. A construção doempreendimento inviabilizaria a implantação de umgrande parque, que é um anseio da população,independentemente de classe social. A Orla doGuaíba pertence a toda população da cidade.4 � Questão Ética e Legal � O empreendedor, quandoadquiriu o terreno em leilão, pagou um valor maisbaixo por estar impedida por lei municipal aconstrução de prédios residenciais na área. Agora querque se mude a lei para auferir maiores lucros. Caso alei seja alterada, o município estará sendo irresponsávelcom as pessoas que irão residir ali! Em seu blog, ainstituição ainda reforça: �Em nosso entender, comoa Sociedade está jogada para ser confundida, temosque alertá-la de cuidar de seus interesses de cidadania evotar, no dia 23 de agosto, conscientemente de dizerNÃO, e salvar sua paisagem gratuita para todos quesonham em ter ali um PARQUE. A Prefeitura que pare deser usuária e de dar benesses aos poderosos e exigir delesobrigações difíceis de cumprir, quando não esquecidas�.

Page 6: EDITORIAL · informar que voltei com as duas medalhas, conforme o prometido! Ficamos com o ouro no basquete e bronze no futsal! E ainda teve um gosto especial para mim, pois na quinta-feira
Page 7: EDITORIAL · informar que voltei com as duas medalhas, conforme o prometido! Ficamos com o ouro no basquete e bronze no futsal! E ainda teve um gosto especial para mim, pois na quinta-feira
Page 8: EDITORIAL · informar que voltei com as duas medalhas, conforme o prometido! Ficamos com o ouro no basquete e bronze no futsal! E ainda teve um gosto especial para mim, pois na quinta-feira

8 JULHO DE 2009

SAÚDE

bancária Patrícia*, hoje com 34 anos,há 19 atua na área financeira. De 2000a 2003, por ocasião da venda da

instituição em que trabalhava para um bancoprivado, foi transferida para uma agência emPorto Alegre. Com a mudança, ela sofreuaumento de carga horária, ampliação dasfunções e pressão, muita pressão. �Alicomeçou meu inferno. Pressão, ganância,tudo de ruim que se possa imaginar. Era acultura da produção e do lucro. Tínhamosque atender e vender ao mesmo tempo. Nãodava sequer para ir ao banheiro, e semprecom a ameaça do desemprego caso nãocumpríssemos as metas�, relata.

Apesar de estar sempre bem colocadanas vendas, os excessos se refletiram na suasaúde. Em 2003 ela entrou com pedido delicença, pois quase rompeu o tendão doombro direito. De tanto digitar, adquiriuinúmeras tendinites, síndrome do túnel docarpo (no pulso), dores na lombar, entre

Quando o trabalhoadoece o trabalhador

outros problemas físicos. Somou-se a isso oesgotamento psicológico.

Patrícia recorda, chorando, de umaocasião em que sofreu abordagem direta deuma colega que tinha o mesmo cargo, masque estava a mais tempo na casa. �Ela mepegou numa sala e disse: �Ou tu para devender ou vou acabar contigo��, lembra. Aameaça vinha porque Patrícia estava sedestacando nas vendas dos produtos daagência.

Atualmente, ela está sem receberqualquer benefício desde janeiro deste ano,quando o INSS julgou que ela poderia voltara trabalhar, mesmo não sendo o que dizemseus médicos e a psiquiatra.

O pedido de restabelecimento debenefício, feito via Justiça, está na mesa deuma juíza, aguardando uma decisão. ParaPatrícia, é difícil até mesmo passar em frenteda agência em que trabalhava, tamanho éseu esgotamento psicológico.

Segundo dados da organização nãogovernamental Assédio Moral (www.assediomoral.org), os bancários aparecem hoje emterceiro lugar quando o assunto é assédio moralno trabalho, perdendo apenas para o setores desaúde e educação. Tese desenvolvida pelo bancárioe diretor do SindBancários, Sandro Artur FerreiraRodrigues, em seu mestrado na PUCRS, intitulada�Trabalhando no limite: violência organizacional eassédio moral na categoria bancária�, apresentouas relações entre violência organizacional e assédiomoral na gestão de uma organização bancáriaprivada de Porto Alegre no período de 2005 a

Bancários estão entre os que mais sofrem assédio

A

ASSÉDIO MORAL

2007. Foram entrevistados bancáriosque procuraram os serviços deatendimento oferecidos pelo Sin-dicato dos Bancários de Porto Alegree Região.

O primeiro desafio foi com-preender os conceitos. SegundoSandro, existem equívocos conceituaisentre o discurso do assédio moral quetambém é violência organizacional. �Adisseminação de situações de assédioencobre a violência organizacionalcomo estratégia de gestão da

produção. Pessoas sãoapontadas como responsáveispela situação; dificilmente, osistema organizacional éresponsabilizado�, explica ele.

Identificar que se estásendo vítima de assédiotambém é um desafio, já que,o que pode ser ofensivo parauma pessoa, para outra podenão ser. A pesquisa de Sandromostrou que a estruturafamiliar, organização financeira, perspectivade carreira, idade e suporte social sãoelementos que influenciam a forma de otrabalhador se colocar diante da violênciaorganizacional.

Apesar de não haver uma pesquisaque compare bancos públicos e privados,foi possível observar que os ambientes detrabalho bancário, de uma maneira geral,

O que a vítima deve fazer?

· Resistir: anotar com detalhes toda as humilhaçõessofridas.· Dar visibilidade, procurando a ajuda dos colegas,principalmente daqueles que testemunharam o fato ouque já sofreram humilhações do agressor.· Organizar. O apoio é fundamental dentro e fora daempresa.· Evitar conversar com o agressor sem testemunhas.· Exigir, por escrito, explicações do ato agressor epermanecer com cópia da carta enviada ao D.P. ou R.H.e da eventual resposta do agressor.· Procurar seu sindicato e relatar o acontecido paradiretores e outras instâncias.· Recorrer ao Centro de Referência em Saúde dosTrabalhadores e contar a humilhação sofrida ao médico,assistente social ou psicólogo.· Buscar apoio junto a familiares, amigos e colegas.Fonte:www.assediomoral.org.br

Sintomas do assédio moral na saúde

Entrevistas realizadas com 870 homens e mulheres vítimasde opressão no ambiente profissional revelam como cada sexoreage diante dessa situação (em porcentagem):

Sintomas Mulheres HomensCrises de choro 100% 0%Dores generalizadas 80% 80%Palpitações, tremores 80% 40%Sentimento de inutilidade 72% 40%Insônia ou sonolência excessiva 69,6% 63,6%Depressão 60% 70%Diminuição da libido 60% 15%Sede de vingança 50% 100%Aumento da pressão arterial 40% 51,6%Dor de cabeça 40% 33,2%Distúrbios digestivos 40% 15%Tonturas 22,3% 3,2%Ideia de suicídio 16,2% 100%Falta de apetite 13,6% 2,1%Falta de ar 10% 30%Passa a beber 5% 63%Tentativa de suicídio 0% 18,3%Fonte: BARRETO, M. Uma jornada de humilhações. São Paulo: Fapesp; PUC, 2000.

estão marcados pela ansiedade, medo, pressão,violência, assédio e competitividade. �A ideologiaarbitrár ia dentro dos bancos impregnou oambiente organizacional e tem legitimado atitudese ações gerenciais como se fossem os únicos modosde agir sobre o trabalhador. Nesse sentido, nãoacredito que haja diferença em termos de pressãoestabelecida entre bancos públicos e privados�,constatou Sandro.

* Nome fictício, pois ela não quer se identificar.

Arte: Rodrigo V

izzotto/D3 C

omunicação

Page 9: EDITORIAL · informar que voltei com as duas medalhas, conforme o prometido! Ficamos com o ouro no basquete e bronze no futsal! E ainda teve um gosto especial para mim, pois na quinta-feira

Violência institucionalizadacontra os trabalhadores

JULHO DE 2009 9

SAÚDE

JB � Nas negociações deste ano, aquestão da violência organizacionalestará na mesa de negociação entretrabalhadores e bancos. Como se dáesse problema nas instituições?

Antônio Pirotti � A questão doassédio moral, ou da violênciaorganizacional, faz parte de umamesma moeda, embora alguns teóricosconceituem esses termos, algumasvezes, de forma diferenciada. Omovimento sindical tem discutido otema dentro das políticas maispermanentes, como campanhascontra o sistema de metas, porexemplo. Há um foco excessivo navenda de produtos. Essa realidadetambém inclui os bancos públicos apartir de situações de mercado,abertura de capital, venda de ações,etc. O movimento sindical, inclusive,tem uma avaliação de que nestecenário se agudizam os problemasinternos de relacionamento tanto entreos colegas de mesmo nível hierárquicoquanto entre trabalhadores com aschefias pela pressão desumana pelocumprimento de metas e obtenção deresultados. Os bancos, hoje, em suamaioria esmagadora, trabalham comprogramas próprios de resultados quesão baseados na mensuração daatividade individual de cada tra-balhador e de cada trabalhadora, ouseja, quantas contas abriu, quantosseguros vendeu, cartões de crédito,CDCs, leasing. De acordo com arealidade e com a carteira de cadabanco, há um tipo de pressão, mas quesempre é muito grande. Os projetosinternos de resultados acabam re-munerando em cima destes resultados.Porém, em nenhuma instância omovimento sindical e os trabalhadoresparticipam da elaboração, da quan-tificação e da elaboração das metas.Essas metas caem no colo de cadacolega bancário nas agências.

JB � Nessa relação de bancospúblicos com esse tipo de problema, aCaixa está inclusa?

Pirotti � Sim, pelo relato de colegas

Antonio Pirotti, diretor do SindBancários, secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf/CUT e ex-diretor de Saúde do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre por dois mandatos, falaao João de Barro sobre a questão da violência organizacional praticada nas instituições financeiras

ASSÉDIO

bancários que atuam na Caixa, essetipo de situação é bastante comumneste banco. Até porque o irmãoBanco do Brasil tem trabalhado dessamaneira. De outro lado, como a Caixatem operado com as políticas dogoverno, o nível de exigência com osfuncionários também tem aumentadobastante para que os resultadosapareçam, principalmente na lu-cratividade, que é um aspecto sempredestacado pela imprensa. Asinstituições financeiras, seja qual foremsuas composições acionárias, comparticipação ou não de governos, têmexigido cada vez mais um retornosobre seu patrimônio líquido e uma

lucratividade cada vez maior. Isso temlevado a categoria a tecer políticaspermanentes de combate ao assédiomoral e à violência organizacional.

JB � Como se dá na prática essaviolência organizacional?

Pirotti � Por exemplo, há uma sériede reuniões onde vários superin-tendentes e gestores participam. A áreacomercial de cada banco fica moni-torando o andamento das metas e

apresentando os resultados. Quando osgestores voltam para suas agências,passam a cobrar os resultados que nãoforam alcançados.

JB � Dá para dizer que se cria umasituação institucionalizada e permanentede constrangimento aos trabalhadores?

Pirotti � Certíssimo. Esta é uma boadefinição. Há situações formais onde osgestores cobram isso diretamente. Agente sabe, que, embora seja ilegalqualquer tipo de avaliação dedesempenho e de promoção em cimade rendimento individual, os bancosmantêm planilhas de controle que sãodivulgadas nas agências. Então aqueles

que não conseguem atingir o resultadoesperado ficam expostos. Essa prática éuma espécie de ranking público dosfuncionários da agência. Um dado cruelé que muitos bancos trabalham com alógica de que a renda de um colegadepende do desempenho do outro.Assim, o trabalhador tem uma notamontada por uma avaliação individual,da agência, ou de uma equipe. Quandoalguém, por um motivo qualquer, ficaabaixo da média, diminui a pontuação e

o resultado geral. Isso acabarepercutindo negativamente nosrendimentos variáveis ou naquilo queele receberá a título de resultados nofuturo. Então há certa perversidadenesta rede em que se pode prescindirinclusive de controles hierárquicos efísicos, porque de forma horizontal jáse dá este controle. Além disso, há atecnologia. Hoje se sabe ao final dodia quanto cada um vendeu ouquantas autenticações foram feitas emcada caixa.

JB � A experiência do SindBan-cários tem mostrado que essassituações têm afetado a saúde dosprofissionais?

Pirotti � No departamento desaúde do sindicato e pelo que a gentetem visto no âmbito nacional dosencontros que tratam das questõesligadas à saúde, os aspectos ligados àsdoenças psicossomáticas ou de saúdemental tiveram um crescimento muitomaior do que as ortomusculares, comoas LER. Os bancos, no aspectoergonômico, acabam tendo mobiliárioadequado, mas não é isso que resolveo problema. A questão está na formacomo o trabalho se organiza e geraessa tensão diária, adoecendo ostrabalhadores. Alguns manuais debancos, entre eles o Banrisul, pedemque o bancário em suas situaçõessociais de lazer, de churrascosfamiliares, no clube, aproveite essesmomentos para prospectar clientes evender produtos. São linhas deatuação como esta, que é adotada porvárias instituições, que levam otrabalhador a estar sempre focado navenda, na competitividade. Issocertamente leva ao adoecimento, àdesestruturação psíquica e familiar, aouso de medicamentos.

JB � Existe também a questão donão reconhecimento dos trabalha-dores vítimas de situações de violênciareal nos bancos?

Pirotti � Sim, esse é outro aspecto.Num assalto a banco, há invaria-velmente um comportamentoequivocado da instituição, pois senega a emitir comunicação dessefato como acidente de trabalho edif iculta o reconhecimento dequalquer doença proveniente doassalto. Ou seja, a pessoa sofre umaviolência e depois é constrangidapelo seu empregador a trabalharcomo se nada tivesse acontecido. Eesta é uma prática de assédio muitogrande.

�A gente sabe, queembora seja ilegal

qualquer tipo de avaliaçãode desempenho e de

promoção em cima derendimento individual, osbancos mantêm planilhas

de controle que sãodivulgadas nas agências.Então aqueles que nãoconseguem atingir o

resultado esperado ficamexpostos. Essa prática éuma espécie de rankingpúblico dos funcionários

da agência�

Page 10: EDITORIAL · informar que voltei com as duas medalhas, conforme o prometido! Ficamos com o ouro no basquete e bronze no futsal! E ainda teve um gosto especial para mim, pois na quinta-feira

10 JULHO DE 2009

João de Barro começa neste mês dejulho uma nova seção em que a cadamês será divulgado e explicado em

detalhes os serviços oferecidos pela Apcef/RS.O objetivo é aproximar o associado e mostrarque cada vez mais ele pode contar com a Apcef/RS nas mais diferentes áreas de sua vidaprofissional e pessoal, além de ouvir os usuáriose planejar melhorias.

Neste mês estamos apresentando oConvênio Apcef Saúde, que visa basicamenteproporcionar assistência de saúde suplementar.�Isso significa que muitos profissionais ouserviços que não são cobertos pelo Saúde Caixasão contemplados pelo Saúde Apcef a um custobem acessível�, explica Célia Margit Zingler,

A segurança que você esua família merecem

SERVIÇOS

presidenta da Apcef/RS. Ela lembra ainda queé possível incluir no plano, a um custo bemacessível, filhos com mais de 24 anos, quenão são mais atendidos pelo PAMS/CAIXA ouSaúde Caixa.

Para a constante ampliação e melhoriana cobertura do plano, a presidenta alertatambém para a importância dos associadosdo interior do Estado indicarem profissionaisou clínicas para credenciamento. As in-formações devem ser enviadas diretamenteno formulário na página da Apcef/RS nainternet, em www.apcefrs.org.br/convenios/saude.html. A lista de clínicas e médicosconveniados também se encontra nestapágina.

O

O Convênio Apcef Saúde não exigecarência para util ização dos serviçosdisponibil izados e pode ser util izadoimediatamente após a inscrição e forne-cimento da carteira. O convênio ofereceserviços médicos, ambulatoriais, hospitalares,de urgência, laboratoriais, odontológicos(incluindo prótese), consultas psicológicas,psicopedagógicas, fonoaudiológicas, examesradiológicos, ultrassonográficos, fisioterapiae serviços complementares.

O associado da Apcef/RS poderá solicitarsua adesão e colocar seus dependentes(qualquer pessoa: filhos, amigos, parentes,etc.) sem limite máximo de pessoas, mediante

O que o Apcef Saúde oferece

APCEF SÁUDE

declaração de aceitação integral desteregulamento geral e autorizando o débitoem conta corrente, correspondente a R$6,50 para cada associado, mensalmente.

O associado titular que incluir um oumais dependentes fica isento do pagamentoda sua mensalidade, pagando somente paracada um dos seus dependentes. Opagamento das consultas é feito di-retamente ao profissional ou clínicacredenciados de acordo com as tabelasadotadas para consultas e exames: AMB/96, ou conforme contrato com clínicas elaboratórios, que também se encontra nosite da Apcef/RS.

OUTROS SERVIÇOS OFERECI-DOS � Uma das grandesvantagens do Apcef Saúde estána odontologia, que utiliza aTabela Saúde Caixa, e nautil ização de aparelhosortodônticos, que util iza aTabela CNCC � ComissãoNacional de Convênios eCredenciamentos.

Quem utiliza o Apcef Saúde

Vanessa Fábrica Galarraga, de Pelotas, é filha de umaaposentada da Caixa e desde 2004 usa o Apcef Saúde, jáque não tem mais a cobertura do Saúde Caixa.

�Gosto dos médicos com que tenho consultado. Sãotodos muito bons, mas poderia haver mais especialidadesem Pelotas, como: dermatologista, neurologista eortopedista�, fala Vanessa.

Art

e: R

odrig

o Vi

zzot

to/D

3 C

omun

icaç

ão .

Page 11: EDITORIAL · informar que voltei com as duas medalhas, conforme o prometido! Ficamos com o ouro no basquete e bronze no futsal! E ainda teve um gosto especial para mim, pois na quinta-feira

JULHO DE 2009 11

CULTURA

Alunos descobrem o prazer de escreverabuloso!, assim define Fabrício Carpinejar, professor da Oficina Literáriada Apcef/RS, o resultado que os alunos vêm apresentando desde março,quando iniciou o trabalho. Ele destaca que muitos estão aprendendo a

organizar seus textos e sua criatividade, o que colabora para a emancipaçãoautoral. Sobre o formato a distância, adotado pela primeira vez, ele fala quetem sido muito produtivo. �A interação virtual é interessante, pois cada umse torna responsável pelos seus hábitos. Não há professor cobrando. E asdúvidas são sanadas em nossos encontros mensais. A qualidade do materialpoderá ser conferida no blog�, convida. A Oficina encerra em novembro. Ostextos dos alunos podem ser conferidos no blog: www.apcefrs.org.br/oficinaliteraria/blog.

F

Alunos da Oficina ensaiam para apresentação em novembroDesde abril deste ano, dez alunos participam da

Oficina de Iniciação à Dança �É sempre tempo paradançar!�, com a bailarina, coreógrafa e atriz, VivianeBassols. Divididos em duas equipes, uma com alunosde 17 a 22 anos e outra com mulheres de mais de45 anos, o trabalho tem como objetivo desenvolvera musicalidade, a expressão corporal, o equilíbrio, a

América Café faz reestreia de sucessoA reestreia da peça América Café,

do grupo teatral Caixa de Pandora,da Apcef/RS, que ficou em cartaz de19 de junho a 12 de julho, na sala

Álvaro Moreyra, emPorto

força e a elasticidade, com bases teóricas e práticasde Ballet Clássico, Ballet Contemporâneo, Jazz e EstiloLivre. �Todos se mostram interessados e dispostos arealizar os trabalhos oferecidos, e o desenvolvimento,dentro de cada limite, vem surpreendendo, não sóa mim, mas aos próprios alunos�, conta Viviane. Aturma já começou a ensaiar para a apresentação final

que será em novembro. Serão oito coreografiasdivididas em grupo, conjunto, duos e pas-de-deuxque apresentarão os estilos Jazz, DançaContemporânea e Estilo Livre. Para a professoraViviane, os maiores ganhos dos participantes na práticada dança são a liberdade de expressão, a desinibição,o convívio social com um grupo afim e a diversão.

LITERATURA

DANÇA

TEATRO

Turma da Oficina em encontro presencial na sede da Apcef/RS

Foto: Apcef/RS

Alegre, foi um grande sucesso. Noprimeiro fim de semana, dezenas depessoas compareceram à sala ecomprovaram que o espetáculo deArtur José Pinto é uma atraçãoimperdível para os amantes das artescênicas.

Para Paulo Casa Nova, diretorcultural da Apcef/RS, o espetáculoé esse grande sucesso porqueconquis ta a empat ia da p late ia .

�Percebi que as pessoas interagemmuito com a peça, e isso deixa osespectadores encantados docomeço ao fim�, avalia o diretor.

Amér ica Café fo i montadapela primeira vez em 2006, com ointuito de contemplar a vocaçãoestét ica do grupo Caixa dePandora, cujos integrantes são,todos, atores, cantores e dança-rinos.

Foto: Apcef/RS

Vôlei máster feminino vence na Copa Beto CarreroA equipe máster de voleibol feminino da Apcef/RS

jogou no dia 11 de julho pela Copa Beto CarreroInterclubes 2009 contra a equipe do Clube Lindóia evenceu por dois sets a zero. A partida ocorreu no Ginásiode Esportes da Apcef/RS, em Porto Alegre. Ocampeonato, que começou em abril, vai até o começode dezembro e conta com seis equipes da RegiãoMetropolitana de Porto Alegre.

A próxima partida da equipe será no dia 1.º deagosto (sábado), contra o Paladino TC, na sede da AABB(Av. Coronel Marcos, 1000 � Ipanema � Porto Alegre). Odiretor de esportes da Apcef, Gilmar Aguirre, convoca osassociados a fazer parte da torcida nesta data. �A torcidaé importante para a equipe buscar seus objetivos.Contamos com o maior número possível de fãs do esportelá. Nossa equipe já foi campeã dos Jogos Sul/Sudesteneste ano e pode conquistar mais um título�, completa.

Parceria que deu certo entre aApcef/RS e a escola de tênis Rato deQuadra completa dois anos em agosto.As aulas ocorrem em dias de semana,das 8h às 20h, e podem ser agendadasdiretamente com o professore Émerson� através do telefone (51) 8416-6408� ou do professor Gustavo: (51) 9999-9372. Poderão participar todos/as os/as associados/as, independentementeda sua experiência no esporte,havendo também possibilidade deaulas em duplas.

As aulas ocorrem na Colônia B daApcef/RS (Av. Coronel Marcos, 851 �Bairro Ipanema � Porto Alegre), ondeestão localizadas as quadras de tênis.

TÊNISParceria entre Ratode Quadra e Apcef

Voleibol máster campeã dos Jogos do Sul/Sudeste

ESPORTE

Page 12: EDITORIAL · informar que voltei com as duas medalhas, conforme o prometido! Ficamos com o ouro no basquete e bronze no futsal! E ainda teve um gosto especial para mim, pois na quinta-feira

Apcef/RS celebrou 56 anosais de 200 pessoas compareceram à festa deaniversário de 56 anos da Apcef/RS, dia 20 de junho,em Porto Alegre. Associados, familiares e amigos da

Associação prestigiaram o jantar-baile. �Uma entidadeassociativa atuante, com o passar do tempo, fortalece cadavez mais os laços com seus associados. Assim é a nossaA s s o c i a ç ã o ,comprometidacom os anseiosdos homens e

M

Foto: Divulgação A

PCEF

Um torneio de futsal e umjantar-baile comemoraram no dia 27de julho, em Pelotas, os 56 anos daApcef/RS, na Sociedade Libanesa dePelotas. Durante o dia, seis timesdisputaram o torneio. Pela noite, obaile ficou por conta da banda DiTalentus e houve o sorteio de brindesentre os convidados. A organizadorado evento, conselheira Lúcia HelenaLeal da Silva, destacou a importânciado evento para melhorar as relaçõesentre os cefianos. �Nossa festa foilinda. O que mais me impressionoufoi o calor humano. As pessoasirradiavam alegria e carinho entre si�,contou. Marcos Todt, vice-presidenteda Apcef, prestigiou o evento.

Regional Sultambém festejou

www.12 JULHO DE 2009

das mulheres de todas as idades e de seus familiares,oferecendo serviços, espaços de esporte, lazer e atuando nadefesa de seus direitos�, comemora a presidenta Célia Zingler. A Apcef/RS brindou os seus convidados sorteandoki ts doados pe las empresas parce i ras da ApcefConvênios e também kits do espetáculo América Café.

Ainda foram oferecidosprêmios como: viagempara qualquer lugar doBrasil; diária no Hotel

Serrano, em Gra-mado; e uma b ic i -cleta. A diretora Social ede Laze r, Mar i saZancan Godoy, ava-l iou o evento comoum grande sucesso.�O social faz uma dasa t iv idades f ins daApcef, e a festa fo imu i to a legre e bo-n i ta . Pe rceb i a v i -bração das pessoas. Eisso é um sinalizadorde como deverão seros eventos daqu ipara f rente�, prevêela.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o A

PCEF

Mais de 200 pessoas compareceram à festa de aniversário, dia 20 de junho