influÊncias da antiguidade clÁssica no trabalho da designer de jÓias carla amorim

5/11/2018 INFLUÊNCIAS DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA NO TRABALHO DA DESIGNER DE JÓIAS CARLA AMORIM. - slidepdf.com

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INFLUÊNCIAS DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA NO TRABALHO DA DESIGNER DE

JÓIAS CARLA AMORIM.

Andreza de Magalhães Schneider1

RESUMO

É comum vermos criações atuais que tem como referência épocas passada, afinal, de

maneira consciente ou inconsciente expressamos nossas idéias, conhecimentos, percepções

de mundo em tudo o que fazemos. Neste artigo será abordada a visível influência da

joalheria do período da história chamado de antiguidade clássica, época em que

prevaleceram a cultura grega e a cultura romana, estas tiveram grande influência dastécnicas de ourivesaria da civilização Etrusca que antecedeu os romanos na região da

Toscana na península itálica, assim como alguns temas muito usados na joalheria destas

duas civilizações, no trabalho da designer de jóias Carla Amorim. Inicialmente veremos o

significado que tem para o homem o fato de adornar-se, em seguida uma breve

apresentação de quem é a designer Carla Amorim, logo as técnicas desenvolvidas pela

civilização Etrusca e por último as criações da Grécia Antiga e do Império Romano,

comparando com os temas e as técnicas usadas pela designer brasiliense Carla Amorim.

PALAVRAS-CHAVE: Jóia. Antigüidade Clássica. Carla Amorim.

INTRODUÇÃO

Desde o princípio da história do homem o ato de adornar-se é comum, este é um

costume que vem desde a pré-história, quando confeccionavam seus amuletos com os ossos

dos animais que caçavam para trazer sorte nas próximas caçadas. Com a descoberta dos

metais e as maneiras de moldá-los houve um significativo desenvolvimento nas técnicas de

confecção de jóias. O uso de acessórios passou a ser o ponto mais marcante na

indumentária de diversas civilizações como Egípcios, Mesopotâmios, Gregos... Estas

1 Acadêmica do curso de Design de Moda e Tecnologia da Universidade Feevale



civilizações davam maior importância ao uso de muitos adornos, a roupa muitas vezes era

mínima, só para cobrir algumas partes do corpo. O uso de jóias, pelo alto valor dos metais e

pedras preciosas, é notoriamente uma maneira para distinguir as pessoas das diferentes

classes na pirâmide social. Dentre as civilizações do mundo antigo, os Etruscos foram os

maiores artesões alcançando técnicas jamais igualadas em qualquer outra época, estas

técnicas aparecem repetidamente na joalheria da Grécia Antiga e do Império Romano,

assim como nas peças da Designer Carla Amorim.

1. A JÓIA E SEUS SIGNIFICADOS, AMULETO, ADORNO OU MOEDA

Desde a pré-história o homem tem por necessidade espiritual o hábito de adornar-se

com amuletos por acreditar que o símbolo do objeto que carrega tem poder de proteção,como citado por Eliana Gola (2008, p.17) “Originalmente, o uso de adornos esteve ligado a

essa função de amuleto – comum desde épocas pré-históricas e de que se têm testemunhos

arqueológicos espalhados por toda parte”.

Mais tarde o homem aprendeu a trabalhar os metais, desenvolveu o processo de

fundição, passou a criar ornamentos com estes metais, jóias, que podem ter diferentes

funções e significados, com o uso de diferentes símbolos que podem designar proteção,

orientação religiosa, espiritualidade, sorte, ou apenas representar a natureza, trabalhar as

formas. Como Gola (2008, p. 19):

“...o homem desde os primórdios, produziu elementos artísticos associados a

ornamentos, revelando sua criatividade e, aliando-a às representações simbólicasde cada época, pôs em destaque a dimensão estética do mundo material, oumesmo das formas naturais”.

A jóia, assim como a roupa é uma maneira do homem deixar subentendido algumas

informações que ele quer passar, pode ser algum adorno que use sempre e que comunique

se é casado, se tem filhos, sua religião, ou simplesmente a vontade de enfeitar-se mais

naquele dia, seja por um compromisso diferente, ou encontro com alguém importante.

“Universalmente e em todos os tempos, a jóia, como adorno, tem um vínculoperene com os desejos do homem e com sua capacidade, ou mesmo intenção, deconstruir novas linguagens e, com elas, significados eficientes na elaboração deidentidades; e, assim, da idéia de ser único, apesar de todas as igualdades, e da



possibilidade de ser vário, ao experimentar todas as possíveis diferenças.” (GOLA, 2008, p.19)

De alguma maneira o ser humano sempre teve a necessidade de embelezar-se e em

épocas onde o corpo era exposto sem pudor uma das principais maneiras de evidenciar a

classe social e se sentir-se mais belo era pelo ato de adornar-se, pelo uso de jóias.

...é uma das primeiras características da jóia, ao servir-se de materiais preciosos,metais e pedrarias (ou tentar imitar-los). E essa característica faz com que elapossa ser um artefato portador de significativo valor estético, ou seja, de valoresconsiderados embelezadores na época em que foi realizada (GOLA, 2008,pág.16).

Os metais desde o princípio é matéria-prima com alto valor comercial, em especial

o ouro, unindo-o ao uso de pedras preciosas, têm-se jóias com muito valor agregado,

servindo também como moeda de troca. Eliana Gola (2008, p.15), menciona o valor

intrínseco das jóias “É moeda universal que não perde seu valor material, é documento que

resiste ao tempo, é patrimônio impregnado de sentimentos e de história”.

Podemos então concluir que seja somente pela vontade de adornar-se, para

expressar algum sentimento, crença, pelo valor cultural, financeiro, as jóias trazem em si

também grande valor histórico, ela nos ajuda entender como se organizavam em sociedade,

quais eram os valores estéticos das antigas civilizações.

“As jóias, sejam exclusivamente como adorno, sejam ainda para outra função,assim como a vestimenta, são suportes para insígnias específicas dos ocupantesde um território, são marcas de um momento histórico, sinais importantes norelacionamento de um indivíduo com determinado grupo”. (GOLA, 2008, p.15)

2. QUEM É CARLA AMORIM

“Nascida em Brasília, Carla Amorim descobriu muito cedo seu talento para as artes

e sua afinidade com as jóias. Começou a criar suas próprias peças como hobby...” (2011,http://www.carlaamorim.com.br). “... ela tinha apenas 16 anos, quando já desenhava e

mandava fabricar as próprias jóias. Tempos depois decidiu investir no mercado de jóias”

(2008, http://vilamulher.terra.com.br). Logo virou sucesso entre as amigas. A necessidade

de aprimorar suas técnicas fez com que esta brasiliense buscasse cursos de formação.

“Acreditando no dom da criação, fez cursos de ourivesaria e de desenho para aperfeiçoar os

http://www.carlaamorim.com.br/

http://vilamulher.terra.com.br/


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traços. (...) Em 1992 ela começou a criar comercialmente” (2011,

http://vejasp.abril.com.br).

Tornou-se uma designer de muito êxito, tendo muitos clientes famosos como

“Angélica, Gloria Kalil, Adriane Galisteu, Maria Fernanda Cândido, e Carla Camurati, que

a convidou para criar as jóias usadas por Marieta Severo no filme Carlota Joaquina” (2008,

http://vilamulher.terra.com.br). Suas joalherias estão nas principais cidades brasileiras

como: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife.

3. ETRUSCOS, OS MESTRES DA OURIVESARIA

A civilização Etrusca, que antecedeu o Império Romano, se formou na região da

Toscana alguns séculos antes, a partir da união de vários povos itálicos. “Graças ao

comércio de ferro e às relações com o Mediterrâneo oriental, as cidades da Etrúria

alcançaram riqueza e poder. Pouco faltou para que muito antes dos romanos, os etruscos

conseguissem unificar a península itálica” (GOLA, 2008, p. 49).

Em seu artigo Julieta Pedrosa refere-se à Antiguidade como sendo a época em que a

ourivesaria teve grande evolução técnica “Este rico e diversificado panorama começa na

Antiguidade, quando as técnicas básicas dos ourives tornaram-se mais sofisticadas”. Em

especial os Etruscos como alega Eliana Gola (2008, p. 49) “Essa civilização atingiu elevado

grau técnico e artístico na produção de jóias”. Os Etruscos foram os grandes mestres

artesões do mundo antigo, desenvolveram inovadoras técnicas de trabalhar o ouro.

As jóias em geral eram feitas em ouro e pedras preciosas, porém o ouro não passava

pelo processo de fundição o método empregado na ourivesaria era bem artesanal como

aponta Julieta Pedrosa (2011, www.joiabr.com.br) “O trabalho de um ourives era

predominantemente feito a partir de uma folha de ouro (obtida pelo contínuo martelar do

metal até tornar-se uma superfície plana, lisa e de espessura desejada), que era então

cortada com uma faca ou um cinzel na forma escolhida”. Isso porque para a confecção de

jóias em ouro na antiguidade o processo de fundição se tornaria demasiado oneroso como

Pedrosa (2011, www.joiabr.com.br) explica:

“A fundição do ouro era raramente empregada para confecção de jóias ou objetosvaliosos e somente começou a ser utilizada durante a idade do ferro, na Europa. A

http://vejasp.abril.com.br/

http://vilaglitter.vilamulher.com.br/materia/mundo-da-fama/90-celebridades-escritoras.html

http://vilaglitter.vilamulher.com.br/celebridade/atores/24-maria-fernanda-candido.html


http://www.joiabr.com.br/

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http://vilaglitter.vilamulher.com.br/celebridade/atores/24-maria-fernanda-candido.html

http://vilaglitter.vilamulher.com.br/materia/mundo-da-fama/90-celebridades-escritoras.html

http://vejasp.abril.com.br/



fundição de metais era certamente conhecida e utilizada no mundo antigo desde oinício da idade do bronze, mas raramente era feita com ouro. Uma das razões paraisso era a potencialidade de quebra: era quase impossível produzir um molde queutilizasse sempre uma mesma quantidade de ouro”.

O processo de confecção era simples, porém as técnicas empregadas de filigrana e

granulação usadas na decoração dos adornos e utensílios de ouro eram de grande

refinamento.

“Habilidosos e muito sofisticados, seus trabalhos – finamente cinzelados oudecorados com filigranas (técnica que consiste em utilizar fios bem finos e curvá-los formando desenhos) e granulação (método que consiste na utilização degrânulos pequenos de metal). (...) Nessas técnicas, eles atingiram um grau de perfeição nunca mais igualado” (GOLA, 2008, p.50).

Para visualizar estas duas técnicas muito bem desenvolvidas pela civilizaçãoEtrusca, que como veremos a seguir também serão usadas na Grécia Antiga e no Império

Romano. Analisaremos imagens de jóias Etruscas e as da designer Carla Amorim, que

freqüentemente faz uso destas duas técnicas em suas criações para usarmos de comparação.

Abaixo vemos dois anéis Etruscos de VII a.C. onde podemos ver claramente o

trabalho da filigrana, que são estes fios de ouro que passam por todo o anel dando forma e

formando estas pequenas curvas na parte superior.

Figura 1Fonte: (ST. CLAIRE, Temple, 2008, p.56)

Na imagem que segue, vemos um anel Carla Amorim em que a técnica da

filigrana é aplicada na parte superior para dar acabamento à pedra central.



Figura 2(http://www.carlaamorim.com.br/#acervo,acesso: 03 abril, 2011, 09h22min)

A próxima imagem é de um alfinete Etrusco encontrado na tumba de Littore di

Vetulonia, 630 a.C., este alfinete tem um trabalho de granulação de perfeição dificilmente

encontrada, as esferas usadas para ornamentar são extremamente pequenas formando

desenhos muito delicados.

Figura 3Fonte: (ST. CLAIRE, Temple, 2008, p.58)

A técnica da granulação é uma é uma das mais empregadas por pela designer, como

podemos ver no brinco abaixo, esta técnica foi usada de maneira mais moderna e atual,

porém sem a mesma maestria dos antigos Etruscos.

http://www.carlaamorim.com.br/#acervo




Figura 4(http://www.carlaamorim.com.br/#acervo,acessado: 19 junho, 2011, 08h30min)

4. GREGOS E ROMANOS, MUITAS SEMELHANÇAS E ALGUMAS DIFERENÇAS

TAMBÉM NA JOALHERIA.

Pela proximidade geográfica destas duas civilizações, a joalheria grega e a romana

também tem muito em comum. Os romanos tinham grande admiração pela arte grega e

sofreram grande influência desta civilização como explica Gola (2008, p.53) “... os

romanos importaram as criações, ou apenas as copiaram, como fundamento estético das

suas”. Nos dois casos o uso de jóias tornou-se muito comum como podemos comprovar

nestas duas citações, “As jóias também faziam parte dos adornos das gregas; braceletes ,

colares, brincos, anéis, alfinetes, broches e mesmo diademas complementavam suas

roupas”. (BRAGA, 2007, p.27) “Quanto à joalheria, pode-se deduzir, a partir do exame dos

exemplares ornamentais, que as jóias eram de uso comum...” (GOLA, 2008, p.54).

A cultura grega é dividida em três períodos, arcaico, clássico e helenístico, o mesmo

ocorre na joalheria. Na fase arcaica a produção era menor de formas mais elementares,

como explica Gola (2008, p.46) “... as jóias caracterizavam-se pela simplicidade, por causa

das severas leis gregas contra o luxo ostensivo”. E tinha como tema principal motivos

florais, substituíram a granulação pela filigrana e passaram a usar pedras e pasta de vidro e

pasta de vidro (GOLA, 2008, p.47). A fase clássica foi quando os gregos passaram a usar

guirlandas menos estilizadas, imitando as folhas naturais (GOLA, 2008, p.47). Na fase

helenística assim como na arte, a joalheria é mais rica, passaram a ter grande domínio sobre

a arte escultórica, que refletiu na criação de jóias que tinham como tema representação

figuras humanas.





Como percebemos por sua localização a civilização etrusca foi inteiramente

assimilada pelos romanos formando parte do Império Romano, “Por volta de 250 a.C., a

civilização etrusca foi definitivamente incorporada pelos romanos” (GOLA, 2008, p.53).

Assim como os gregos, os romanos se utilizavam muito de temas da natureza, como

flores e folhas. “A joalheria clássica romana era naturalista e figurativa, ora confeccionada

em linhas planas e simples, era em elaborados motivos florais” (PEDROSA, 2011,

www.joiabr.com.br).

Com a expansão de Roma foram surgindo novos-ricos, para onde imigraram artistas

de diferentes partes do Mediterrâneo, a introdução da cunhagem de metais preciosos no

século VI a.C., contribuiu para o comércio de jóias, tornando-as mais popular entre as

pessoas de menor poder aquisitivo (GOLA, 2008, p.54).

Os romanos admiravam complicados trabalhos decorativos, no século II a.C. atécnica de perfurar sólidas folhas de metal para criar um trabalho decorativo, menciona

Gola (2008, p.55) “Os trabalhos em ouro, bem complexos, eram particularmente

apreciados, especialmente o openwork , um perfurado em que resulta em desenhos com

treliças, arabescos, etc”.

A cultura grega tinha na filosofia a idéia de um ideal estético de beleza de perfeição

em seu apogeu, período helenístico, representava figuras humanas, Roma tinha como

crença o poder de seu império, tornando-se popular o uso de anéis e pingentes cunhados

com moedas que muitas vezes tinham a face de um governante ou patente do exército

adulada (PEDROSA, 2011, www.joiabr.com.br). “Diversamente dos gregos, que

individualistas, criaram divindades por meio das quais glorificavam e exaltavam as mais

desejáveis qualidades humanas, os romanos inauguraram o “culto ao Estado”...”. (GOLA,

2008, p.54)

Abaixo vemos duas imagens de openwork , a primeira de um bracelete romano do

século V d.C. e a segunda um anel com trabalho de treliça da designer Carla Amorim.



Figura 5(http://www.britishmuseum.org/explore/young_explorers/discover/museum_explorer/roman_britain/dress_an

d_ornament/the_juliana_bracelet.aspx,acessado: 19 junho, 2011, 17h24min)

Figura 6(http://www.carlaamorim.com.br/#acervo,acessado: 19 junho, 2011, 07h10min)

As próximas imagens são de jóias que tem como tema flores e folhas, bem comuns

nas civilizações grega e romana, muito usados nas jóias de Carla Amorim. A primeira

imagem é de um colar grego período helenístico, século III a.C..

Figura 7(http://www.metmuseum.org, acessado: 03 abril, 2011, 09h04min)

Esta segunda é de um broche de flor da designer Carla Amorim.

http://www.britishmuseum.org/explore/young_explorers/discover/museum_explorer/roman_britain/dress_and_ornament/the_juliana_bracelet.aspx



http://www.metmuseum.org/

http://www.metmuseum.org/






Figura 8(http://www.carlaamorim.com.br/#acervo,acessado: 03 abril, 2011, 09h13min)

A terceira imagem é também de autoria de Carla Amorim é um colar que tem um

pendente de folhas de louro, tema também comum nas duas civilizações.

Figura 9(http://www.carlaamorim.com.br/#acervo,acessado: 03 abril, 2011, 09h16min)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sabemos que o termo antiguidade clássica, como vimos, refere-se à civilização

grega e a romana e as culturas que as antecederam dando origem a estas, os cretenses e os

etruscos. Ao analisarmos as técnicas etruscas de filigrana e granulação que foram a base da

joalheria romana nos primeiros séculos de seu império, e, mas adiante no século II a.C. o

surgimento da técnica chamada de openwork . Vimos que a designer Carla Amorim usarepetidamente todas estas técnicas. Logo analisamos os temas comuns na civilização grega

e na romana notamos que, estes temas também são muito empregados pela designer. Sendo

assim podemos concluir que de maneira consciente ou inconsciente a joalheria da

antiguidade clássica exerce influência nas criações atuais da Designer Carla Amorim.







REFERÊNCIAS BRAGA, João. História da moda: uma narrativa. 6. ed., rev. atual. São Paulo, SP:

Anhembi Morumbi, 2007. 111 p. (Coleção moda & comunicação)

GOLA, Eliana. A Jóia: história e design. São Paulo, SP: SENAC São Paulo, 2008. 216 p.

ST. CLAIR, Temple. Alchemy – A passion for jewelrys. First Edition, Harper Collins

Publisher, New York, NY 2008


http://www.metmuseum.org/toah/hd/haht/hd_haht.htm

http://www.britishmuseum.org/explore/young_explorers/discover/museum_explorer/roman

_britain/dress_and_ornament/the_juliana_bracelet.aspx

http://www.joiabr.com.br/artigos/hist.html

http://www.joiabr.com.br/artigos/ouroant.html

http://vejasp.abril.com.br/noticias/carla-amorim

http://vilamulher.terra.com.br/carla-amorim-designer-de-joias-das-celebridades-14-1-32-

113.html











http://vilamulher.terra.com.br/carla-amorim-designer-de-joias-das-celebridades-14-1-32-113.html











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