influência das escolas americana e européia no jornalismo
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Influência das escolas americana e européia Disciplina: Técnicas de Reportagem e Entrevista
Origens
• Surgimento do jornalismo - século 17 – o paradigma do texto informativo era o discurso retórico, empregado desde os tempos remotos para exaltação do Estado ou da fé.
• As linguas nacionais européias estavam surgindo, cada qual com seus grandes autores: Camões, Portugal, Cervantes, na Espanha, Shakespeare e Milton, na Inglaterra, Moliére, na França. Era o padrão que se buscava imitar.
• Os primeiros jornais circularam a partir de 1609.
• Imagem do publicismo: jornalista publicista, de que se esperava orientação e interpretação política. Essa visão perdura até hoje.
The London Gazette - 1666
Gazette de France - século 17
Até ficção científica.....
Origens
• Linguagem dominante ficava entre a fala parlamentar, a análise erudita e o sermão religioso.
• O século 19 europeu muda as condições para se exercer o jornalismo. Com a Revolução Industrial, o público dos jornais aumenta radicalmente. Torna-se necessária a produção industrial do jornal.
• Modernização dos equipamentos incentiva a mudança no estilo de matérias. A retórica do jornalismo publicista era impenetrável para os novos leitores, herdeiros de uma tradição de cultura popular mais objetiva.
• Luta pelo mercado: anúncios, novelas e folhetins.
• Jornalismo dessa época é considerado educador e sensacionalista.
Origens
• Vertente educativa: o jornal ensinava às pessoas o que ler, como se vestir, como se portar.
• Vertente sensacionalista: para cumprir a função sociabilizadora, educativa, devia-se atingir o público pela emoção.
• Nasce o repórter
• Descobre-se a importância dos títulos, dos furos e das notícias em primeira mão.
Jornalismo como técnica
• EUA – fim dos século 19 e início do 20- o tempo de belle époque européia – o sensacionalismo atinge seu auge.
• Indústria dos jornais prosperou com a América. Criou os magnatas Joseph Pulitzer (1847-1911) e William Randolph Hearst (1863-1951).
• Primeiros cursos superiores de jornalismo.
• Informação jornalística deveria reproduzir os dados obtidos com as fontes. Lei das três fontes. Notícia ganha sua forma moderna. O lead.
• O conjunto de técnicas surgido na América terminou sendo o mais adequado para a situação gerada pela sociedade industrial.
O repórter como testemunha
• Os séculos 17 e 18 foram os do jornalismo publicista.
• O século 19, o do jornalismo educador e sensacionalista
• O século 20, o do jornalismo- testemunho
• Cada uma perdura até hoje e várias práticas jornalísticas se enquadram em cada uma dessas categorias.
O repórter como agente
• O repórter está onde o leitor, ouvinte ou espectador não pode estar. Tem uma delegação ou representação tácita que autoriza a ser os ouvidos e os olhos remotos do público, selecionar e lhe transmitir o que possa ser interessante. Essa função é definida como agente inteligente.
• Interação com outros agentes; convergência de mídias; novas tecnologias.
No Brasil, tudo começou com um pato... • Proprietário do Grupo Abril, um dos grandes impérios
editoriais do Brasil, Roberto Civita tem um papel chave na adoção do padrão americano no Brasil.
• Na realidade tudo começou com a história de um pato. Em 1942, a Abril obteve os direitos autorais exclusivos sobre as produções Walt Disney. E, oito anos depois chegava às bancas a revista Pato Donald.
• Roberto Civita viu nas terras tupiniquins um mercado promissor para implantar o que havia visto durante os cinco anos em que passou nos Estados Unidos. Assim, Veja nasceu como a Time brasileira e Exame, como cópia da Fortune.
• A primeira edição da Time foi publicada a 12 de Janeiro de 1923, com Joseph G. Cannon, da Câmara dos Deputados dos EUA na capa.
• 11 de setembro de 1968- Dia da Primeira Edição da Revista VEJA
No Brasil....
• Para alguns céticos do jornalismo essa americanização objetivou estimular o consumo e ampliar o capital da superpotência, houve profundas transformações no jornalismo brasileiro.
Referência para estudo
• LAGE, Nilson. A Reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. 6.ed. Rio de Janeiro: Record, 2006. Cap. Ser Repórter. p.9-28
• TONETTI, Márcio. Conluios em prol da imprensa. Disponível em: <http://www.canaldaimprensa.com.br/canalant/debate/quarent5/debate1.htm
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