influÊncia da cinesioterapia no alÍvio dos...

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1 UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO CURSO DE FISIOTERAPIA NICOLE FERREIRA RIBEIRO: Pesquisadora REGINA APARECIDA GONÇALVES: Pesquisadora INFLUÊNCIA DA CINESIOTERAPIA NO ALÍVIO DOS SINTOMAS DA DOR PÉLVICA CRÔNICA: Relato de Casos BRAGANÇA PAULISTA 2012

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

CURSO DE FISIOTERAPIA

NICOLE FERREIRA RIBEIRO: Pesquisadora

REGINA APARECIDA GONÇALVES: Pesquisadora

INFLUÊNCIA DA CINESIOTERAPIA NO ALÍVIO DOS

SINTOMAS DA DOR PÉLVICA CRÔNICA: Relato de Casos

BRAGANÇA PAULISTA

2012

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

CURSO DE FISIOTERAPIA

NICOLE FERREIRA RIBEIRO RA:001200900075

REGINA APARECIDA GONÇALVES RA: 001200900038

INFLUÊNCIA DA CINESIOTERAPIA NO ALÍVIO DOS

SINTOMAS DA DOR PÉLVICA CRÔNICA: Relato de Casos

BRAGANÇA PAULISTA

2012

Monografia apresentada ao Curso de

Graduação em Fisioterapia da Universidade

São Francisco, como requisito para

obtenção do titulo de Barachel em

Fisioterapia sob orientação da Profª

Nathália Andreatti Aiello.

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Dedicamos a todos os professores que nos

acompanharam nessa grande Jornada da vida,

que sem os mesmos, hoje não conseguiríamos

ter obtido tanto conhecimento, e não

estaríamos realizando o nosso sonho.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me proporcionar apoio em todos os momentos de minha vida,

Aos meus pais Antonio Tadeu Ribeiro e Maria da Conceição Ferreira Ribeiro pela educação

que foi me dada, pela paciência, dedicação, carinho e força a todo o momento da minha vida;

a minha irmã Ingrid Ferreira Ribeiro pela ajuda em todas as horas difíceis, a minha querida

avó Gilda Rodrigues por estar sempre ao meu lado me dando carinho, se preocupando com o

meu desenvolvimento durante o curso inteiro, e principalmente por me dar coragem para

sempre seguir em frente; ao meu namorado Juliano Bruno Lopes por me compreender nas

horas boas e ruins, de stress, cansaço e por sempre pensar no melhor pra mim após o termino

da minha graduação. Aos meus amigos em geral pelo carinho e incentivo. Minha amiga e

principalmente super companheira de trabalho Valquiria de Fatima Ferreira Leme pela

compreensão e incentivo durante toda a minha graduação, as voluntárias que fizeram parte de

nossa pesquisa. A minha parceira de TCC Regina Aparecida Gonçalves. A todas as amizades

conquistadas durante esses quatros anos. Enfim a todos que direta e indiretamente me

apoiaram para que meu sonho se tornasse realidade.

Nicole Ferreira Ribeiro

Agradeço primeiramente a Deus, pois sem Ele nada seria possível e aos meus amigos

espirituais pelas vibrações de apoio infinito. A minha família, minha mãe Antonia, ao meu pai

e Companheiro Lauridez, minha irmã Rosa e ao meu filho João Vitor meu maior incentivo de

vida. Ao meu noivo, Alex pela paciência e compreensão e por sempre me dar força e coragem

me apoiando nos momentos de dificuldades. Aos amigos e colegas de curso pela

cumplicidade, ajuda e amizade que por mais que venhamos a traçar caminhos diferentes que

nossos elos de amizade jamais se desfaçam. As minhas colegas de trabalho pela compreensão,

incentivo e carinho. As voluntarias que participaram de nossa pesquisa. A minha parceira de

TCC Nicole Ferreira Ribeiro. A todos os professores que fizeram parte de minha formação. A

Instituição Universidade São Francisco por me proporcionar essa grande oportunidade de

minha vida.

Regina Aparecida Gonçalves

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Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que

colocarmos nela, corre por nossa conta."

Chico Xavier

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RIBEIRO, N.F.; GONÇALVES, R.A. Influencia da Cinesioterapia no alivio

dos sintomas da dor pélvica crônica 2012. Trabalho de Conclusão de Curso.

Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco, Bragança Paulista.

RESUMO

Dor pélvica crônica (DPC) é definida como uma dor localizada na pelve, contínua ou

intermitente, podendo ter a duração igual ou superior a seis meses. A etiologia é complexa e

pode influenciar na produtividade do trabalho, restringir as atividades de vida diária e gerar

alterações emocionais com prejuízo na qualidade de vida (QV). Por isso, ações que visem

redução das queixas podem contribuir no bem estar geral destas mulheres. Objetivo: Avaliar

a influência da aplicação de um protocolo de exercícios cinesioterapeuticos no alivio dos

sintomas da DPC. Método: Participaram do estudo duas (n=2) mulheres em idade

reprodutiva, com queixa de DPC (≥ 6 meses), submetidas à protocolo de intervenção

cinesioterapêutico por 3 meses. As voluntárias foram avaliadas por meio de questionário de

qualidade de vida- SF36, no inicio, após 4 sessões, após 8 sessões e ao término do tratamento.

Foram aplicadas também nos quatro momentos um questionário de dor pélvica crônica

elaborado para este estudo e escala visual analógica de dor EVA. Os exercícios terapêuticos

foram realizados uma vez por semana, durantes três meses com duração de 40 minutos cada

sessão. Resultado: Os domínios “Capacidade funcional” e “Dor” do questionário SF-36

apresentaram melhora para uma das voluntárias, representados em escore inicial 70 e 30,

respectivamente, seguidos de escore ao término do tratamento 85 e 100. Todos os domínios

avaliados para a outra voluntária mantiveram-se em valores semelhantes do início ao final do

estudo. Para a escala visual analógica de dor as voluntárias apresentaram média inicial de

3,55, 4,5 na segunda avaliação, 5 na terceira avaliação e no final do tratamento apresentaram

média de 2,5. Em relação questionário de avaliação de dor pélvica crônica as pacientes

apresentaram melhora dos sintomas no decorrer do tratamento cinesioterapeutico, como por

exemplo dores em região de FID e FIE, juntamente com dor em região lombar e após a

avaliação ultimo questionário a voluntária somente apresentou dor em região lombar,

apresentando melhora. Conclusão: Para as voluntárias avaliadas, conseguimos uma melhora

da escala visual analógica de dor EVA. A qualidade de vida apresentou valores diferentes

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para cada voluntária, não podendo ser generalizada a influencia que os exercícios

cinesioterapeuticos obtiveram. Sugerimos novos estudos com maior número de voluntárias

para avaliar a eficácia da cinesioterapia em mulheres com DPC.

Palavras chaves: dor pélvica; cinesioterapia; qualidade de vida

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ABSTRACT

Chronic pelvic pain (CPS) is defined as a localized pain in the pelvis, continuous or

intermittent, with durations less than six months. The etiology is complex and can

influence the productivity of labor, restrict daily activities and generate emotional

disorders with impairment in quality of life (QOL). Therefore, actions aimed at reducing

complaints may contribute to general well-being of these women. Objective: To evaluate

the influence of kinesiotherapy in relieving symptoms of DPC. Method: A total of two (n

= 2) women of reproductive age, complaining of DPC (≥ 6 months) underwent

intervention protocol kinesiotherapeutic for 3 months. The volunteers were assessed by

questionnaire of quality of life - Brazilian Version of the Quality of Life Questionnaire -

SF36, applied in four stages (early, after 4 sessions, 8 sessions and after the end of

treatment). Domains were assessed: functional capacity, limited by physical, bodily pain,

general health, vitality, social, emotional and mental health. We also applied a

questionnaire in four stages of chronic pelvic pain developed for this study and visual

analog scale pain VAS. The therapeutic exercises were performed once a week during

three months with duration of 40 minutes each session. Result: The fields "functional

capacity" and "Pain" of the SF-36 showed improvement to one of the volunteers,

represented in the initial score 70 and 30, respectively, followed by the score at the end of

treatment 85 and 100. All areas assessed for other voluntary remained at similar levels

from beginning to end of the study. For a visual analogue scale of pain the volunteers

showed an initial mean of 3.55, 4.5 in the second evaluation, 5 in the third assessment and

end of treatment had a mean of 2.5. Regarding evaluation questionnaire of chronic pelvic

pain patients showed symptom improvement during treatment kinesiotherapeutic, such as

pain in the region of FID and FIE, along with pain in the lumbar region and after the last

assessment questionnaire showed only volunteer in pain lumbar region, showing

improvement. Conclusion: To the volunteers evaluated, we can see an improvement in

visual analog scale pain VAS; quality of life had different values for each volunteer and

can not be generalized to influences that exercise cinesioterapeuticos obtained. We

suggest further studies with larger numbers of volunteers to evaluate the efficacy of

kinesio in women with CPP.

Key works: pelvic pain; cinesiotherapy; quality of life.

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LISTA DE FIGURA

FIGURA 1 - Músculos do Assoalho Pélvico. (vista inferior).................................15

FIGURA 2 - Músculos do Assoalho Pélvico (vista superior).....................................15

FIGURA 3 - Músculos extrínsecos....................................................................................16

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – Intensidade da dor segundo a Escala Visual Analógica.................................27

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LISTA DE ESQUEMA

ESQUEMA 1 – Localização da dor.....................................................................................25

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – Aspectos quantitativos da avaliação da qualidade de vida (SF-36) ..................28

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................14

1.1 Anatomia da pelve feminina...............................................................................................14

1.2 Dor .....................................................................................................................................17

1.3 Dor pélvica crônica ............................................................................................................19

1.4 Fisioterapia na dor pélvica crônica.....................................................................................20

2. OBJETIVOS .......................................................................................................................22

2.1 Objetivo geral .....................................................................................................................22

2.2 Objetivos específicos .........................................................................................................22

3. MÉTODOLOGIA...............................................................................................................23

3.1 Desenho do estudo .............................................................................................................23

3.2 Materiais .............................................................................................................................23

3.3 Procedimentos ....................................................................................................................23

3.4 Análise dos Dados ..............................................................................................................23

4. RESULTADOS ...................................................................................................................24

5. DISCUSSÃO........................................................................................................................30

6. CONCLUSÃO ....................................................................................................................33

REFERÊNCIAS .....................................................................................................................34

ANEXOS .................................................................................................................................40

Anexo I – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ........................................................41

Anexo II – Questionário de Avaliação de Dor Pélvica ............................................................43

Anexo III – Versão Brasileira do Questionário de Qualidade de Vida – SF 36 ......................45

Anexo IV- Exercicios cinesioterapeuticos usados durante as sessões de fisioterapia..............49

Anexo V – Exercícios cinesioterapeuticos usados para pacientes durante o período de féria..50

Anexo VI – Carta de Autorização do Comitê de Ética e Pesquisa...........................................52

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1. INTRODUÇÃO

Segundo Gannuny e Bernardes (2011), as intervenções físicas podem promover o

alivio da dor, possibilitar a redução do uso de analgésicos, além de apresentar baixo custo e

nenhum efeito colateral. A fisioterapia possui diversos recursos para o tratamento da dor,

entre eles a cinesioterapia, esta pode ser realizada tanto individualmente como em grupo,

minimizando o impacto na qualidade de vida do indivíduo (BATISTA, VASCONCELOS,

2011). De acordo com Modotte e Dias et al (2005) a cinesioterapia e a terapia manual

contribuem positivamente nas sintomatologias dolorosas, sendo favorável a intervenção em

mulheres com queixa de dor pélvica crônica (DPC).

1.1 Anatomia da Pelve Feminina

A pelve ocupa uma posição entre o tronco e os membros inferiores, sendo constituída

pelos ossos do cóccix, sacro e ossos ilíacos (ílio, ísquio e púbis) formando a cintura pélvica.

Anteriormente os ossos do púbis são articulados pela sínfise púbica (articulação semimóvel) e

posteriormente os ossos dos ílios são articulados com o sacro. Esses ossos por sua vez

formam duas cavidades: a superior ou falsa pelve que contém os órgãos abdominais e a

inferior, denominada pelve verdadeira, que abriga a bexiga, parte dos ureteres, sistema genital

e o final do tubo digestivo. Nas mulheres a pelve tem função de proteger os órgãos pélvicos e

ao mesmo tempo possibilitar a função da cópula e do parto (REIS, BARROTE, SOUZA

NETO, 2002).

Os órgãos pélvicos são sustentados e fixados pelos músculos do assoalho pélvico

(MAP) que ajudam a manter a continência urinária e fecal, e são estabilizadores da cintura

pélvica, coluna lombar e quadril em conjunto com outros músculos, entre eles, músculos

abdominais (MIRANDA, SCHOR, GIRÃO, 2009). O músculo quadrado lombar e o músculo

iliopsoas se tratam de musculaturas profundas e também estão envolvidos na estabilização

pélvica (GANNUNY, BERNARDES, 2011).

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FIGURA 1- Músculos do Assoalho Pélvico. (vista inferior)

*músculos puborretal

*músculos iliococcigeo

*músculo coccigeo

FIGURA 2- Músculos do Assoalho Pélvico (vista superior)

*músculo pubococcígeo

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*músculo ileococcígeo

*músculo coccígeo

FIGURA 3: músculos extrínsecos

www.afh.bio.br/sustenta/img/musculoesqueletico (05/11/2012 às 17:40)

Segundo RODRIGUES e FILHO (2005) os músculos da pelve podem ser classificados

como intrínsecos ou extrínsecos, sendo os extrínsecos responsáveis pelo equilíbrio da pelve e

atuando na correção postural da pelve, os músculos intrínsecos tem a função de controlar a

micção, defecação. (FIGURA 4).

Os movimentos exercitados pela pelve são realizados pelos músculos abdominais para

vertebrais e do quadril. No plano sagital a pelve tem a movimentação de anteroversão pélvica

ou inclinação pélvica anterior com a atuação dos músculos iliopsoas, reto femoral, sartório

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tensor da fascia lata, e músculos lombares. Ainda no plano sagital apresenta a movimentação

de retroversão pélvica ou inclinação pélvica posterior com a atuação dos músculos reto do

abdome, oblíquos externos e internos do abdome, glúteo máximo, glúteo médio,

semitendinoso, semimembranoso e adutor magno. No plano frontal a movimentação de

inclinação pélvica lateral apresenta atuação do músculo quadrado lombar. No plano horizontal

a movimentação de rotação pélvica tem a atuação do músculo iliopsoas.

1.2 Dor

Para a International Association for the Study of Pain (IASP) a dor é definida como

uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada com um dano tecidual real ou

potencial. Sendo assim, a dor não se trata somente de uma doença específica, mas de uma

experiência sensorial, influenciada por fatores psicológicos que modificam a maneira como o

estimulo doloroso é percebido e processado pelo sistema nervoso central (CAMPBELL;

COLLETT, 1994).

Andrade Filho (2001) relata que a dor também pode ser um comportamento aprendido

e reforçado pelo meio social. Dentro de um grupo étnico as atitudes e valores frente à dor são

transmitidos de pai para filho, este aprendizado permite que o indivíduo identifique-se com a

cultura e com o comportamento do demais.

Para Rigotti e Ferreira (2005), a dor pode ser classificada em aguda e crônica, sendo:

Dor aguda: relacionada a afecções traumáticas, infecciosas ou inflamatórias;

expectativa de desaparecimento após a cura da lesão; caracterizada por delimitação

têmporo-espacial precisa e respostas neurovegetativas associadas (elevação da pressão

arterial, taquicardia, taquipnéia, entre outras); função biológica de alertar o organismo

sobre a agressão.

Dor crônica: persiste após tempo razoável para cura de uma lesão ou está associada a

processos patológicos crônicos, que causam dor contínua ou recorrente; mal

delimitada no tempo e no espaço; geralmente não há respostas neurovegetativas

associadas ao sintoma; não apresenta função biológica de alerta; frequentemente

associada à ansiedade e depressão.

A dor crônica é considerada um problema de saúde pública que acarreta prejuízos

pessoais e sociais. No Brasil a dor crônica atinge 30 a 40 % da população, sendo a principal

causa de absenteísmo, afastamentos e incapacidades (KRELING e CRUZ et al., 2006).

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O processo de avaliação de dor é amplo e envolve a obtenção de informações como:

data de início, localização, intensidade, duração e periodicidade dos episódios dolorosos,

qualidades sensoriais e afetivas dos mesmos, fatores que iniciam, aumentam ou diminuem a

intensidade da dor, interferência nas atividades diárias, nos relacionamentos afetivos e no

trabalho, expectativas em relação à dor e ao tratamento, comportamento habitual em situações

de estresses, tipos e resultados de tratamentos, análise social e psíquica (ANDRADE et al.,

2006).

Para avaliação da dor existem instrumentos unidimensionais que são designados para

quantificar apenas a severidade ou a intensidade da dor, e instrumentos multidimensionais que

são empregados para avaliar e mensurar as diferentes dimensões da dor a partir de indicadores

de respostas e suas interações, sendo as principais dimensões avaliadas: a sensorial, a afetiva e

a avaliativa. Algumas escalas multidimensionais incluem indicadores fisiológicos,

comportamentais, contextuais e, também, os auto-registros por parte do paciente (SOUSA,

2002).

Um dos instrumentos unidimensionais para a avaliação da intensidade da dor é a

Escala Visual Analógica (EVA) que consiste em uma linha reta de 10 cm, que representa a

contínua dor, ancorada pelas palavras sem dor e dor. Mas também pode ser uma linha vertical

ou curva, de diferentes comprimentos. Solicita-se que o indivíduo marque na linha o lugar que

representa a intensidade da dor. Segundo Santos et. al., (2006) a EVA tem sido a mais

utilizada em trabalhos científicos devido ao seu baixo custo e a sua fácil aplicação.

Quando a presença e características da dor são avaliadas se torna necessário, também,

a avaliação da QV que, segundo vários autores, é afetada negativamente pela presença de dor,

principalmente tratando-se de um processo álgico crônico (BATISTA, VASCONCELOS,

2011; SOUSA, 2002; RIGOTTI, FERREIRA, 2005; GANNUNY, BERNARDES, 2011;

TRÍPOLI et al., 2009). Para esse fim, existe o Questionário Genérico de Avaliação de

Qualidade de Vida SF-36, que foi traduzido e validado para a língua portuguesa por Ciconelli

et. al. em 1999, e tem sua validade confirmada e demonstrada por meio do uso em pesquisas

de diversas nacionalidades e distintas patologias e permite comparações entre um grupo ou

entre diferentes enfermidades (LOPES, CICONELLI, REIS, 2007).

Trata-se de um questionário composto por oito domínios que correspondem a um valor

de 0 a 100, em que 0 corresponde ao pior estado de saúde e 100 ao melhor. Os oito domínios

abrangem: capacidade funcional que avalia se o estado de saúde causa a existência de

limitações em atividades físicas desde as mais simples até as mais complexas; aspectos físicos

verificando se as atividades de vida diária ou atividades laborais recebem influencia negativa

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por problemas físicos; estado geral de saúde que constata como o individuo se auto-avalia em

relação a sua saúde e prognóstico; saúde mental que avalia como este se sente em relação a

sentimentos como depressão, felicidade, nervosismo e paz; limitações provocam a dor;

vitalidade referindo-se ao grau de disposição e energia; e analisa se os problemas físicos e/ou

emocionais atingem os relacionamentos com família, amigos entre outros prejudicando os

aspectos sociais e econômicos (LOPES; CICONELLI; REIS, 2007).

1.3 Dor pélvica crônica

Dor pélvica crônica (DPC) é definida como uma dor localizada na pelve, contínua ou

intermitente, com duração igual ou superior a seis meses, não associada exclusivamente à

menstruação ou à relação sexual. A etiologia resulta de uma complexa interação entre os

sistemas gastrointestinal, urinário, ginecológico, musculoesquelético, neurológico,

psicológico e endócrino, podendo ainda estar relacionada com fatores socioculturais. As suas

causas são diversas, fazendo com que os profissionais acabem se confundindo no diagnostico

e tratem de forma ineficaz a DPC (NOGUEIRA, REIS, POLI NETO, 2006).

Devido à variabilidade de fatores causais e sobreposição de sintomas, o processo de

diagnóstico e tratamento da DPC é de difícil conclusão. Esses processos podem causar

alterações nos músculos principais, por exemplo, os músculos do assoalho pélvico, podem se

tornar hiperalgésicos com múltiplos pontos de gatilho desencadeantes. Outros órgãos também

podem se tornar sensíveis, por exemplo, o útero com dispareunia e dismenorreia, ou o

intestino com sintomas de cólon irritável. No entanto esta é uma condição comum entre

mulheres em idade reprodutiva e muitas vezes ocorrem de forma intensa, sendo necessário o

tratamento clínico ou cirúrgico. Sendo assim, a DPC pode estar associada à redução da

produtividade no trabalho, restrição da mobilidade, incapacidade funcional, alterações

emocionais e disfunções sexuais. (BARCELOS et al., 2010; NOGUEIRA, REIS, POLI

NETO, 2006).

Segundo Nogueira, Reis e Poli Neto (2006), a prevalência de DPC varia de 14 a 24%

em mulheres na idade reprodutiva, interferindo diretamente na vida conjugal, social e

profissional. Nos países em desenvolvimento, estima-se que os índices de prevalência sejam

superiores àqueles encontrados em países desenvolvidos. Cerca de 60% das mulheres que

apresentam esta queixa, nunca receberam o diagnóstico específico e 20% nunca realizaram

qualquer investigação para identificar a causa da dor (MIRANDA; SCHOR; GIRÃO, 2009).

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A ausência de uma confirmação diagnóstica associa-se ao receio e ansiedade destas

mulheres, podendo inclusive apresentar quadro de depressão. Sabe-se que estas alterações

contribuem para a redução da qualidade de vida, com prejuízos em várias dimensões

(BARCELOS et al., 2010). Além disso, com o tempo, a condição somática afetiva-

comportamental traz repercussões importantes, limitando a realização das atividades de vida

diária e relacionamento familiar e social (TRÍPOLI et al., 2009).

1.4 Fisioterapia na dor pélvica crônica

A abordagem fisioterapêutica deve ser indicada após investigação clinica criteriosa

segundo Gannuny e Bernardes (2011), promovem o grande impacto no tratamento da DPC e

alterando o mecanismo da dor pela reeducação motora e sensitiva, sendo os recursos mais

utilizados a eletroterapia, cinesioterapia, terapia manual e massagem perineal. A

eletroestimulação promoverá analgesia por ativação do sistema supressor da dor, produzindo

uma interferência na percepção da dor. A terapia manual consiste em um conjunto de técnicas

de manipulação, mobilização e massagem entre outros, também sendo utilizadas quando

existem alterações musculoesqueléticas acarretando compensações dolorosas, enquanto a

massagem perineal promove relaxamento da musculatura especifica quando há pontos

dolorosos por sua vez a cinesioterapia é muito utilizada para causas musculoesqueléticas

diante das alterações encontradas durante a avaliação.

A melhora dos sintomas costuma ser gradual e o processo pode ser doloroso, mais

para diminuição dos sintomas a mulher deve ser persistente ao tratamento (BATISTA;

TAKEYMA, 2011). É muito importante ressaltar que a fisioterapia não traz a cura da DPC,

mais ameniza os sintomas, melhorando então a QV dessas pacientes. O fisioterapeuta pode

atuar no alivio da dor e na reeducação muscular sensitiva. Para isso o fisioterapeuta faz uso de

massagens, liberação de pontos gatilho (trigger points), alongamentos, exercícios terapêuticos

e trabalho postural (RIGOTTI e FERREIRA, 2005).

A fisioterapia pode atuar de diversas maneiras para diminuir o quadro de DPC, como

exercícios cinesioterapeuticos, terapia manual, eletroterapia, tração em região cervical, lombar

e pélvica entre outros recursos fisioterapêuticos.

O método Isostretching, também conhecido como cinesioterapia do equilíbrio, tem o

objetivo de prover equilíbrio muscular por meio de exercícios em reações agonistas e

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antagonistas, alongamentos e contrações, autocrescimento da coluna e mobilização da pelve

realizada durante a expiração profunda e controlada (MORAES, 2002), agindo principalmente

sobre pontos debilitados e musculatura paravertebral profunda (REDONDO, 2006). O

Isostretching é uma técnica compreendida por exercícios que agem sobre a coluna vertebral e

na prevenção de alterações posturais, buscando uma harmonia da coluna que é o eixo de

sustentação do corpo, com o reequilíbrio das curvaturas fisiológicas, exigindo um esforço da

musculatura profunda, gerando flexibilidade, mobilidade articular, consciência corporal e

reeducação da respiração. A modalidade que se adapta a todas as idades e condições físicas do

individuo, respeitando suas limitações, uma vez que as forças da contração isométrica e do

alongamento serão controladas pelo individuo de acordo com a sua capacidade física.

(REDONDO, 2006).

Fisiologicamente o uso da técnica de tração de cervical e lombar, trazem os seguintes

benefícios: diminuição do estresse e a tensão, favorecendo o relaxamento muscular

aumentando o fluxo sanguíneo, diminuindo a dor e a irritabilidade muscular. (MENON,

2004).

De acordo com Miranda e Godeli ( 2003 ), a música constitui-se de um elemento

valioso, no contexto da atividade física e também, por afastar sensações desagradáveis

produzidos pelo exercício prolongado e repetitivo. Segundo Leão e Silva (2004), a

musicoterapia é considerada um recurso complementar no cuidado ao ser humano, em todas

as fases do ciclo vital, visando a restauração do equilíbrio e do bem estar, além de favorecer a

comunicação em muitos casos a ampliação da consciência individual no processo saúde

doença.

A fisioterapia possui diversos recursos que promovem analgesia e, portanto melhoram a

QV do paciente. A cinesioterapia está entre esses recursos, e devido ao seu baixo custo e

resultados eficazes pode ser considerada para o tratamento da DPC, porém, não existem

relatos suficientes na literatura para essa afirmação, o que justifica a realização de um estudo

em que ocorra a intervenção em pacientes com a queixa, para que se conheça o real beneficio

que os exercícios podem proporcionar.

A dor pélvica crônica (DPC) é um distúrbio individual quando mal compreendido. A

variedade de distúrbios possíveis - muitos frequentemente coexistentes - dificulta o

diagnóstico. Por isso, a abordagem da DPC deve ser multidisciplinar e a orientação / educação

do paciente deve fazer parte de todo o processo terapêutico.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Avaliar a influência da aplicação de um protocolo de exercícios cinesioterapeuticos no

alivio dos sintomas da DPC.

2.2 Objetivos Específicos

Verificar a influência De um protocolo de exercícios cinesioterapeuticos na

característica, intensidade e padrão da dor de mulheres com DPC.

Verificar a influência de um protocolo de exercícios cinesioterapeuticos na qualidade

de vida de mulheres com DPC.

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3 METODOLOGIA

3.1 Desenho do Estudo

Foi realizado um estudo de intervenção controlado não randomizado, com

funcionárias de uma instituição de ensino superior no município de Bragança Paulista, que

foram avaliadas em estudo realizado anteriormente para verificar a prevalência caracterização

DPC, tendo como critério de inclusão, ser do gênero feminino, estar em idade reprodutiva,

maiores de 18 anos, possuir queixa de dor crônica (duração igual ou superior a seis meses)

localizadas na região pélvica; que aceitaram participar do estudo assinando o termo de

consentimento livre e esclarecido (ANEXO I). Sendo excluídas mulheres com doenças

psiquiátricas, com doença ortopédica diagnosticadas; com queixa de dor associada

exclusivamente à menstruação e/ou à relação sexual.

3.2 Materiais

Termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo I)

Questionário de avaliação de dor pélvica (Anexo II)

Questionário MOS SF-36 (Anexo III)

Protocolo de exercícios cinesioterapêuticos (Anexo IV)

Música para relaxamento

3.3 Procedimento

Mulheres com queixa de dor pélvica, identificadas em estudo anterior (n=7), foram

abordadas, questionadas e esclarecidas individualmente sobre o tratamento conservador da

DPC, sendo convidadas a participar de um estudo de intervenção através de protocolo de

exercícios cinesioterapêuticos. Destas, duas mulheres (n=2) concordaram e aceitaram

participar do estudo, assinando o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (Anexo I).

Posteriormente, o protocolo cinesioterapêutico foi aplicado na Clínica Escola de

Fisioterapia da Universidade ao Francisco (CEF-USF) em um ambiente apropriado para a

atividade, sendo realizada uma vez por semana com duração de 1 hora cada sessão por um

período de 3 meses e aplicado em grupo. Foram também realizadas avaliações individuais

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periódicas para acompanhamento das voluntárias, sendo os questionários aplicados antes do

início do protocolo de tratamento cinesioterapêutico, 1 e 2 meses após o início e ao final do

tratamento.

3.4 Análise dos Dados

Os dados registrados nos roteiros de avaliação foram revisados manualmente pelas

pesquisadoras. A seguir, foram transcritos e armazenados nos moldes de arquivos para bancos

de dados do programa Excel e posteriormente analisados.

4. RESULTADOS

Este estudo partiu de um estudo anterior, realizado em 2011 sendo verificado a

prevalência de DPC em funcionárias de uma instituição de ensino superior no município de

Bragança Paulista. Das 176 funcionárias avaliadas somente 7 apresentavam DPC e foram

convidadas a participar do nosso estudo, 5 não puderam participar por motivos diversos e 2

voluntárias aceitaram participaram do nosso estudo de intervenção da cinesioterapia na DPC.

As voluntárias que recusaram a participar do estudo tiveram motivos diferenciados,

como falta de tempo, desinteresse, já estar fazendo o tratamento em outro local, entre outros.

Dentre as duas voluntárias com DPC avaliadas, as duas possuem antecedentes

obstétricos, apenas a 1ª voluntária apresentou antecedentes uroginecológico sendo este a

litíase. Foi realizado o cálculo de índice de massa corpórea (IMC) a partir da fórmula IMC =

peso/altura2, considerando-se a seguinte classificação: desnutrição: IMC = <18,5kg/m

2; peso

adequado: IMC = 18,5-24,9kg/m2; sobrepeso: IMC = 25-29,9kg/m

2; obesidade: IMC =

≥30,0kg/m. A voluntária nº1 apresentou peso adequado com IMC: 21,3kg/m, a voluntária nº2

apresentou obesidade com IMC: 35,71kg/m.

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ESQUEMA 1: Localização da dor, segundo a escala analógica de dor EVA.

1ª Voluntária – 1º questionário

1ª Voluntária- 4º questionário

Legenda: FID: flanco inferior direito; FIE: flanco inferior esquerdo.

2ª Voluntária – 1º questionário

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2ª Voluntária- 4º questionário

Legenda: FID: flanco inferior direito; FIE: flanco inferior esquerdo.

No inicio do tratamento e na segunda avaliação primeira voluntaria apresentou dor em

região de flanco inferior esquerdo, flanco inferior direto, e região supra púbico. Na terceira

avaliação e avaliação final a voluntaria apresentou dor somente na região lombar.

A segunda voluntaria apresentou no inicio do tratamento e na segunda avaliação dor

em região lombar, flanco inferior direito e flanco inferior esquerdo. Na terceira e quarta

avaliação a voluntaria apresentou dor em região supra púbica.

Observamos que uma das mulheres voluntárias a 2ª associa DPC por cirurgia, e a

outra voluntária a 1ª sem causa aparente. Em relação ao tempo de dor de DPC, a 1ª voluntária

apresenta dor de 1 a 5 anos, e a outra a 2ª voluntária > que 5 anos.

O gráfico 1 representa a intensidade da dor segundo a EVA, onde cada coluna

representa a EVA avaliada das voluntárias em casa momento. Cada funcionaria com DPC

poderia assinalar no questionário mais de um item de melhora ou piora.

O gráfico Intensidade da dor segundo a EVA, nos quatro momentos (inicio, após 1 mês,

após 2 meses e ao término do tratamento, da primeira e segunda voluntária.

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GRÁFICO 1

Desde a aplicação do primeiro questionário podemos observar a melhora da dor, da 1ª

voluntária no primeiro momento com 2,1, e aplicação do ultimo questionário com 1,8,

apresentando diminuição do padrão de dor. A 2ª voluntária apresentou primeiro questionário

3.8, aumentando a dor durante o tratamento com os exercícios cinesioterapeuticos e

diminuindo no final do tratamento com 2,8 de intensidade de dor.

Encontramos as voluntárias apresentando os fatores de melhora da DPC, a primeira

voluntárias apresentou melhora com uso de fármacos, a segunda voluntária apresentou

melhora da DPC realizando atividade física, os outros itens como repouso e outros não foram

citados.

Em relação aos fatores de piora da dor, os itens de estresse físico (n=1), estresse

emocional (n=1) e período menstrual (n=1), atividade sexual (n=1), nenhuma das funcionárias

assinalou os itens repouso e atividade física.

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A primeira voluntária apresentou alterações posturais, sendo vista a hiperlordose

lombar discreta, protrusão cervical, retroversão pélvica do inicio ao fim do tratamento, a

segunda voluntária apresentou hiperlordose lombar e hipercifose torácica discreta com

pequena melhora do inicio ao final do tratamento Em relação à dor como interferência na

produção do trabalho obtivemos resultados de que as duas voluntárias apresentam queixas na

produção de trabalho, sendo as mesma diminuindo gradativamente com as sessões de

exercícios cinesioterapeuticos que eram feitos toda semana.

Para análise da qualidade de vida das voluntárias apresentando a divisão em oito

domínios do questionário SF- 36, sendo eles capacidade funcional, limitação por aspecto

físico, dor, estado geral da saúde, vitalidade, aspectos sociais, limitação por aspectos

emocionais e saúde mental. O questionário em questão apresenta um escore de 0 a 100, no

qual 0 corresponde o pior e 100 o melhor escore de estado de saúde. (TABELA 3).

TABELA 1 – Aspectos quantitativos da avaliação da qualidade de vida (SF-36)

Tabela de dados L. B. S.

1º 2º 3º 4º

Qualidade de

vida total:

97,1 82,1 88,1 89,1

Limitação por

aspectos

físicos

98,25 98,75 98,5 98,25

Dor 19,4 19,3 19,4 19,4

Estado Geral

de Saúde

24,15 24,35 24,2 24,25

Vitalidade 19,3 19,5 19,55 19,25

Aspectos

Sociais

24,25 24,25 24 24,62

Aspectos 98,33 98,66 98,66 98

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emocionais

Saúde Mental 19,4 19,32 19,24 19,2

Segundo relato da voluntária: houve melhora da queixa após o tratamento nos

seguintes aspectos: “Ao sentir angustia em meu peito sufocava a garganta devido ao pico de

ansiedade, eu costumava tomar metade de 1 comprimido de Alprazolim 0,5mg mas com os

exercícios de respiração que foram passados durante as sessões o pico de ansiedade vem e

passa, logo e eu volto a me sentir bem; também com o exercício de bola entre as pernas

melhorou a minha prisão de ventre e os gases.” Palavras da paciente.

Tabela de dados R. M. R. G.

1º 2º 3º 4º

Qualidade de

vida total:

98 98 98 97

Limitação por

aspectos

físicos

100 80 75 100

Dor 30 50 50 100

Estado Geral

de Saúde

65 55 55 45

Vitalidade 50 50 50 50

Aspectos

Sociais

50 62,5 50 50

Aspectos

emocionais

100 66,6 100 100

Saúde Mental 60 60 60 60

Capacidade

funcional

70 80 75 85

Segundo relato da voluntária: houve melhora em relação a postura e diminuição das

dores nas costas. Os exercícios de respiração feitos em casa também ajudaram a manter mais

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calma e relaxada em momentos de tensão aliado aos exercícios, em especial e depois a

caminhada a paciente sente mais vigor e dorme melhor, quanto a dor em avaliação esta se

manifestou de forma mais leve por apenas duas vezes, não provocando tanto desconforto

como das outras vezes. Palavras da paciente.

5. DISCUSSÃO

Na fase inicial da participação do nosso estudo verificamos que em relação à idade

das voluntárias com queixa de dor pélvica crônica, o estudo de Nogueira, Reis e Neto (2006),

sobre a abordagem de dor pélvica crônica em mulheres, nos mostra que ocorre em mulheres

de 15 a 73 anos, apresentando também cerca de 14% em mulheres com idade reprodutiva,

interferindo diretamente na vida conjugal, social e profissional. As voluntárias avaliadas então

nessa relação, sendo a primeira voluntária com 50 anos de idade e a segunda voluntária com

49 anos de idade, não estão mais na vida produtiva, porem a DPC interfere na vida conjugal,

social.

Em relação aos fatores de melhora e piora do quadro da dor pélvica crônica,

observamos que antes do tratamento fisioterapêutico as voluntárias apresentavam a dor

pélvica crônica e o fator que fazia com que a dor reduzisse, era o uso de alopáticos ou

realização de atividades físicas, porém após as sessões de fisioterapia uma das voluntárias

relatou a diminuição do uso de alopáticos. Segundo NOGUEIRA, REIS, et al., (2006) a

utilização de analgésicos de primeira linha, anti-inflamatórios não hormonais e analgésicos

podem ser as drogas de primeira escolha, porém ainda temos outros alopáticos que são usados

com os antidepressivos tricíclicos que podem ser associados com analgésicos no tratamento

de dor pélvica crônica de qualquer etiologia, trazendo melhora a tolerância da dor. Em relação

a atividade física, de acordo com MANN, KLEINPAUL, et al., (2008), a inatividade física

pode estar diretamente ou indiretamente relacionada com a dor, o sedentarismo aliado a

deficiência do sistema musculo esquelético e sobrecargas, levando aos indivíduos

apresentarem dor pélvica. A realização de exercícios físicos esta diretamente ligada com a

duração da dor, incidência e episódios da mesma, então podemos considerar a atividade física

uma forma de prevenção da dor pélvica.

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Baker (1998), relatou no seu estudo alterações posturais em mulheres com DPC,

determinando um padrão postural típico presente nestes casos. Cerca de 75% das 132

mulheres que participaram do estudo, apresentaram hiperlorse lombar, anteriorização pélvica,

hiperextensão de joelhos, encurtamento dos músculos flexores e rotadores externos do quadril

e déficit de força dos músculos abdominais, estabilizadores da pelve e do quadril, sendo este o

referido padrão postural típico de dor pélvica. Em nosso estudo, de acordo a avaliação

postural a voluntária 1 apresentava uma discreta hiperlordose lombar e a voluntária 2

apresentava hiperlordose lombar, condizente com o padrão postural citado por Baker.

Segundo Lorençatto et al., (2007), a dor pélvica crônica pode causar prejuízos físicos,

psicológicos e sociais, assim como qualquer outra patologia crônica, pois ela irá restringir e

modificar o convívio diários das pacientes com sua rotinas estabelecidas. Um exemplo de

alteração na qualidade de vida pode ser a depressão pois ela representa um grupo heterogêneo

de sintomas, que são as seguintes: manifestações de humor deprimido, manifestação

acentuada de desinteresse, pelas atividades anteriormente satisfatórias, perda ou aumento

significativo de peso, insônia ou hiperinsonia, entre outros.

A utilização do questionário SF-36, aplicados antes do início do protocolo de

tratamento cinesioterapêutico, 1 e 2 meses após o início e ao final do tratamento. O

questionário foi utilizado com o objetivo de verificar ao longo do tratamento de forma ampla

e completa a qualidade de vida das voluntárias. O SF-36 foi ser um questionário genérico de

saúde de fácil administração e compreensão, não sendo tão extenso como apresenta- se,

fazendo com que ocorra muitas vezes, dificuldades de preenchimento, pela sua extensão.

Ware e Sherbourne,(1992). Segundo CICONELLI et al., (1999) o questionário SF-36

representa definições múltiplas da saúde,inclusive função e deficiência orgânica, desconforto

e bem estar, relatórios objetivos e reclamações subjetivas, de solenidade-avaliação favorável e

desfavorável da condição de saúde..O questionário citado tem grande importância para o

nosso estudo, pois nele conseguimos ver a progressão e o resultado das voluntárias durante o

tratamento com exercícios cinesioterapeuticos. Em vários estudos citados, conseguimos

observar o grande uso do questionário SF-36. No estudo de Barcelos, P.R; CONDE, D.L, at al

(2010), sobre QV em Mulheres com dor pélvica crônica, um estudo de corte transversal

analítico, a aplicação do questionário foi no inicio do tratamento e após 32 meses. Os autores

relataram que mulheres com DPC apresentaram menores escores nos domínios capacidade

funcional, dor, vitalidade, estado geral de saúde, aspectos sociais, saúde mental. Em outro

estudo conduzido nos Estados Unidos, entre mulheres de 18 a 50 anos de idade, demonstrou-

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se que o escore do estado geral de saúde de mulheres com DPC foi significativamente menor

que o da população geral de mulheres sem DPC (BARCELOS, et al., 2010). Batista e

Vasconcelos (2011) avaliaram 102 voluntários de ambos os sexos, questionando a presença de

dor em geral e buscando descobrir a intensidade e qualidade da dor nesse grupo, 65%

relataram a presença de dor constante o que resulta em prejuízo da qualidade de vida (QV), já

que a interferência negativa é importante nas atividades diárias, afetando a vida social,

emocional e profissional do individuo. Em nosso estudo verificamos com o questionário SF-

36 que: uma das voluntárias não apresentou melhora de nenhum dos domínios, porém a

mesma nos relatou melhora subjetiva em aspectos: qualidade de vida, emocional, mental,

funcional e dor. Para a segunda voluntária foi observado melhora nos aspectos de limitação

por aspectos físicos, dor, aspecto emocional e capacidade funcional, sendo confirmado

quando interrogada.

Para a utilização do questionário SF-36 as voluntárias relataram dificuldade em

preencher ou mesmo, dúvidas em relação à reposta apropriada e condizentes ao questionário,

causando resultados não fidedignos com o que realmente sentiam. De acordo com Giselle C.

L. Rosanova; Bruna S. et al (2010), a utilização do questionário SF-36 apresenta-se muito

complicada, para o preenchimento correto do questionário, em estudos realizados a versão

brasileira do questionário SF-36 que é SRS-22r, apresentou-se melhor em relação as sua

disposição de perguntas, sendo mais claro para obtermos resultados mais fidedignos em

relação aos tratamento realizados, sendo um questionário mais satisfatório para utilização.

A EVA foi utilizada no nosso estudo para obtermos o escore de dor entre as

voluntárias, o mesmo apresentou escore de média 3,5 inicialmente, média 2,5 no final da

aplicação do questionário. A escala é muito utilizada pela sua praticidade de utilização, fácil

entendimento das pacientes e rapidez da aplicação. De acordo com Nogueira, A.A; Reis,

F.J.C; et al (2006), a escala analógica de dor tem como vantagem a simplicidade e é

amplamente utilizada independente do idioma, e escolaridade sendo compreensível pela

maioria dos pacientes.

Durante o período de aplicação do exercícios cinesioterapeuticos por 3 meses

observamos, um bom andamento das pacientes durante as sessões, mudanças de hábitos

relatados por elas mesmas, como uma das voluntárias que nos relatou sobre a diminuição do

uso de fármacos, outra voluntária nos relatou sentir-se mais calma, e as duas concordaram que

com a aplicação dos exercícios cinesioterapeuticos a qualidade de vida melhorou, sendo isso

um relato das próprias voluntárias, porém podemos sugerir uma continuidade do tratamento

cinesioterapeutico, ajudando na melhora da qualidade de vida das voluntárias. Não podemos

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determinar previamente o número de sessões de fisioterapia que as pacientes devem realizar

isso vai de acordo com a resposta de cada um, ao tratamento proposto. Propomos então um

número de sessões maiores por semana, pois a presença de dor não é desprezível, sendo então

necessário o acompanhamento dessas mulheres para melhores tratamentos futuros. Sugerimos

também um grupo maior de voluntárias podendo melhor ser avaliada a eficácia dos exercícios

cinesioterapeuticos.

6. CONCLUSÃO

No presente estudo foi possível observar que as duas voluntárias obtiveram melhora

de acordo com os relatos de satisfação com o tratamento, apesar das pequenas alterações na

analise quantitativa feita com o questionário SF-36 e a EVA. A melhora das voluntárias teve

influencia tanto na vida pessoal, qualidade de vida, saúde mental, ansiedade. Em relação a

aplicação do questionário SF-36 conseguimos observar que as voluntárias apresentaram uma

pequena melhora, podendo ser influenciada pela confusão do preenchimento do questionário.

REFERÊNCIAS

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ANEXOS

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ANEXO I - TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO

TÍTULO DA PESQUISA: Investigação e caracterização da dor pélvica crônica em

funcionárias de uma instituição particular de ensino superior do município de Bragança

Paulista

Eu, _________________________________________________, RG_________________,

abaixo assinado, dou meu consentimento livre e esclarecido para participar como voluntário

do projeto de pesquisa supra-citado, sob a responsabilidade dos pesquisadores Profª. Ft.

Nathália A. Aiello e de Nicole Ferreira Ribeiro e Regina Aparecida Gonçalves do Curso de

Fisioterapia da Universidade São Francisco.

Assinando este Termo de Consentimento estou ciente de que:

1 - O objetivo da pesquisa é avaliar a influência da cinesioterapia no alívio dos sintomas da

DPC.

2 - Durante o estudo serei submetida à avaliação fisioterapêutica para caracterização da dor

pélvica crônica e responderei dois questionários por quatro vezes durante a realização de

sessões de fisioterapia, por três meses com exercícios cinesioterapeuticos elaborados para

este estudo.

3 - A participação neste estudo acarretará benefícios fisioterapêuticos.

4 - Obtive todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente sobre a

minha participação na referida pesquisa;

5- A resposta a este instrumento / procedimento não causa riscos conhecidos à minha

saúde física e mental, não sendo provável também que causem desconforto emocional;

6 - Estou livre para interromper a qualquer momento minha participação na pesquisa, o que

não me causará nenhum prejuízo;

7 - Meus dados pessoais serão mantidos em sigilo e os resultados gerais obtidos na

pesquisa serão utilizados apenas para alcançar os objetivos do trabalho, expostos acima,

incluída sua publicação na literatura científica especializada;

8 - Poderei contatar o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco para

apresentar recursos ou reclamações em relação à pesquisa pelo telefone: 11 - 24548981;

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9 - Poderei entrar em contato com o responsável pelo estudo, Profª. Ft. Nathália A. Aiello,

sempre que julgar necessário pelo telefone 11- 98356235;

10- Este Termo de Consentimento é feito em duas vias, sendo que uma permanecerá em

meu poder e outra com o pesquisador responsável.

Bragança Paulista, ______ de ____________ de 2012

____________________________________

ASSINATURA

Nicole Ferreira Ribeiro Regina Aparecida Gonçalves

Profª. Nathália A. Aiello

Orientadora Responsável

Tel. 11- 98356235

Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade São Francisco

tel: (0xx11) 2454-8981/ (0xx11) 2454-8028 e-mail [email protected].

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ANEXO II – QUESTIONÁRIO DE PESQUISA

PESQUISA Nº │__│__│ DATA ___/___/____

AVALIAÇÃO DE DOR PÉLVICA

Informações gerais

Nome:________________________________________________________________

Data de nascimento:____/____/____ Idade: │__│__│

Setor de trabalho: ________________________ Tempo: ________________________

Etnia: ( 1 ) Branca ( 2 ) Negra ( 3 ) Parda ( 4 ) Indígena ( 5 ) Asiática

Escolaridade: ( 1 ) Nenhuma ( 2 ) Ensino Fundamental

( 3 ) Ensino Médio ( 4 ) Ensino Superior

Estado Civil: ( 1 ) Solteira ( 2 ) Casada ( 3 ) Outro:______________________

Atividade física: ____________________________, ____ vezes por semana

Tabagista: ( 1 ) Não ( 2 ) Sim

Altura: │__,│__│__│ Peso (inicial): │__│__,│__│ IMC: │__│__,│__│

Antecedentes obstétricos: G____ PN____ PC____ A____

Antecedentes ginecológicos: _____________________________________________________

Antecedentes cirúrgicos: _________________________________________________________

Avaliação da dor

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Local da dor:

( 1 ) Lombar

( 2 ) FID

( 3 ) FIE

( 4 ) Supra púbico

Início: ( 1 ) 6 meses a 1 ano ( 2 ) 1 a 5 anos ( 3 ) mais de 5 anos

Causa: ( 1 ) Trauma ( 2 ) Cirurgia ( 3 ) sem causa aparente ( 4 ) outra ____________________

Intensidade (EVA):

Fator de melhora: ( 1 ) Repouso ( 2 ) Atividade física ( 3 ) Medicação ( 4 ) outro ___________

Fator de piora: ( 1 ) Estresse físico ( 2 ) Estresse emocional ( 3 ) Período menstrual

( 4 ) Repouso ( 5 ) Atividade física ( 6 ) Atividade sexual

Faz uso de medicamentos: ( 1 ) Não ( 2 ) Sim Qual(is): _______________________________

Avaliação postural: _____________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

Dor interfere na produção do trabalho realizado: ( 1 ) Não ( 2 ) Sim

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ANEXO III – SF-36

Versão Brasileira do Questionário de Qualidade de Vida - SF-36

Nome:______________________________________________________________

Idade: _______ Sexo: ________

Função exercida no trabalho:_____________________________________________

Há quanto tempo exerce essa função: ______________________________________

Instruções: Esta pesquisa questiona você sobre sua saúde. Estas informações nos manterão informados de como você se sente e quão bem você é capaz de fazer atividades de vida diária. Responda cada questão marcando a resposta como indicado. Caso você esteja inseguro em como responder, por favor, tente responder o melhor que puder.

1-Em geral você diria que sua saúde é:

2-Comparada há um ano atrás, como você se classificaria sua idade em geral, agora?

Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior

1 2 3 4 5

3-Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia comum.

Devido à sua saúde, você teria dificuldade para fazer estas atividades? Neste caso, quando?

Atividades Sim, dificulta muito

Sim. Dificulta um pouco

Não, não dificulta de

modo algum

a) Atividades Rigorosas, que exigem muito esforço, tais como correr, levantar objetos pesados, participar em esportes árduos

1 2 3

b) Atividades moderadas, tais como mover uma mesa, passar aspirador de pó, jogar bola, varrer a casa

1 2 3

c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3

d) Subir váirios lances de escada 1 2 3

e) Subir um lance de escada 1 2 3

f) Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3

g) Andar mais de 1 quilômetro 1 2 3

h) Andar vários quarteirões 1 2 3

i) Andar um quarteirão 1 2 3

j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

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4- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou

com alguma atividade regular, como conseqüência de sua saúde física?

Sim Não

a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a

outras atividades?

1 2

b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2

c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades. 1 2

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p. ex.

necessitou de um esforço extra).

1 2

5- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou

outra atividade regular diária, como conseqüência de algum problema emocional (como se sentir

deprimido ou ansioso)?

Sim Não

a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a

outras atividades?

1 2

b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2

c) Não realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como

geralmente faz.

1 2

6- Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais

interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à família, amigos ou em grupo?

7- Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas?

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave

1 2 3 4 5 6

8- Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o

trabalho dentro de casa)?

De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

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9- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante as

últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor dê uma resposta que mais se aproxime de maneira

como você se sente, em relação às últimas 4 semanas.

Todo

Tempo

A maior

parte do

tempo

Uma boa

parte do

tempo

Alguma

parte do

tempo

Uma

pequena

parte do

tempo

Nunca

a) Quanto tempo você tem se

sentindo cheio de vigor, de vontade,

de força?

1 2 3 4 5 6

b) Quanto tempo você tem se

sentido uma pessoa muito nervosa?

1 2 3 4 5 6

c) Quanto tempo você tem se

sentido tão deprimido que nada

pode anima-lo?

1 2 3 4 5 6

d) Quanto tempo você tem se

sentido calmo ou tranqüilo?

1 2 3 4 5 6

e) Quanto tempo você tem se

sentido com muita energia?

1 2 3 4 5 6

f) Quanto tempo você tem se

sentido desanimado ou abatido?

1 2 3 4 5 6

g) Quanto tempo você tem se

sentido esgotado?

1 2 3 4 5 6

h) Quanto tempo você tem se

sentido uma pessoa feliz?

1 2 3 4 5 6

i) Quanto tempo você tem se

sentido cansado?

1 2 3 4 5 6

10- Durante as últimas 4 semanas, quanto de seu tempo a sua saúde física ou problemas emocionais

interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes, etc)?

Todo Tempo A maior parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

Nenhuma parte do tempo

1 2 3 4 5

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11- O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?

Definitivamente

verdadeiro

A maioria

das vezes

verdadeiro

Não sei

A maioria

das vezes

falso

Definitivamente

falso

a) Eu costumo adoecer

um pouco mais

facilmente que as

outras pessoas

1 2 3 4 5

b) Eu sou tão saudável

quanto qualquer pessoa

que eu conheço

1 2 3 4 5

c) Eu acho que a minha

saúde vai piorar

1 2 3 4 5

d) Minha saúde é

excelente

1 2 3 4 5

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ANEXO IV-TABELA DE EXERCICIOS CINESIOTERAPEUTICOS

UTILIZADOS PARA AS PACIENTES DURANTE AS SESSÕES DE

FISIOTERAPIA.

1- Alongamento de adutores, com a paciente sentado com a coluna apoiada na parede e

com os quadris e joelhos flexionados e abduzidos, alongamento de glúteos e coluna

lombar na posição de prece maometana.

2- Semi-ajoelhada com os quadris e joelhos fletidos e tronco alinhado, levar os braços

para frente e abaixar a cabeça, permanecendo por 20 seg.

3- Sentada em posição de coluna ereta, com as pernas afastadas e as mãos apoiadas em

um bastão atrás das costas, alinhado com a coluna, associar com a respiração.

4- Paciente em D.D. no colchonete com uma bola entre os joelhos, eu peço para a

paciente contrair com MAP’s e apertar a bola ao mesmo tempo e ficar por 10 seg,

depois relaxa. ( 10 x 10seg)

5- Paciente em D.D. fazendo abdominal associado com padrão respiratório

(relaxa/inspira; contrai/expira lenta e profundamente).

6- Paciente em D.D. realizando contração de períneo por etapas (contrair/contrair mais

forte/ contrair mais forte ainda).

7- Paciente em bipedestação e com o step, peço para a paciente subir no step e contrair os

MAP’s por 10 seg e descer do step relaxando os m.m.

8- Paciente sentado em bola suíça, fazendo movimentos com a pelve de retroversão,

anteroversão e circundução lentamente associando a respiração com a contração dos

m.m. (3 vezes)

9- Paciente sentada na bola suiça, joelhos alinhados com os tornozelos, MMII paralelos e

abduzidos (2 palmos de distância): com os pés firmemente posicionados, direcionava

o cóccix para frente e deixava a bola rolar suavemente (retroversão) associando à

contração perineal mantendo por três segundos; direcionar o cóccix para trás;

10- Paciente em bipedestação realizando anteroversão e retroversão pélvica, associando à

contração perineal na retroversão pélvica ( 3 séries de 10 repetições).

11- Ao final da sessão a paciente realizava os mesmos alongamentos realizados no início.

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ANEXO V-TABELA DE EXERCICIOS CINESIOTERAPEUTICOS

UTILIZADOS PARA AS PACIENTES REALIZAREM EM CASA NO

PERIODO DE FÉRIAS

1. Sentada com a coluna apoiada na parede e com os

quadris e joelhos flexionados e afastados, na posição de

borboleta.

30seg

2. Deitada com uma bola ou travesseiro entre os joelhos,

contrair períneo e apertar a bola ao mesmo tempo

sustentando por 10 segundo, seguido de relaxamento.

Repetições: 10 x 10seg

3. Deitada, realizar abdominal associado com respiração

(soltar ar durante a contração).

Repetições: 3x8 repetições

4. Deitada realizar exercício de ponte, associando com

contração do períneo, sustentando posição por 10

segundos.

Repetições: 10 x 10seg

5. Sentada em posição de coluna ereta, com as pernas

afastadas e as mãos apoiadas em um bastão atrás das

costas, alinhado com a coluna, associar com a respiração.

TEMPO 30seg

6. Semi-ajoelhada com os quadris e joelhos fletidos e tronco alinhado, levar os braços para frente e

abaixar a cabeça, permanecendo por 20 seg.

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Instruções: - os exercícios devem ser realizados no mínimo 3 X por semana

- em caso de dúvida ou dificuldade na realização de algum exercício não

execute

- estamos à disposição para contato, aguardamos seu retorno em agosto

(entraremos em contato para informar a data), BOAS FÉRIAS!

Alunas: Nicole Ferreira Ribeiro e Regina Aparecida Gonçalves

Orientação: Prof Nathália Aiello Montoro

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ANEXO VI – CARTA DE AUTORIZAÇÃO COMITÊ DE ÉTICA E

PESQUISA