liberos ignis nicole f. weiss

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CAPÍTULO I

Santos, São Paulo – Janeiro de 2013.

Ela caminhava cautelosamente, qualquer ruído era motivo para aquelas criaturas

irem direto ao seu encontro. O dia já não os amedrontava mais, o céu nublado ficava

parcialmente enegrecido, fator que era favorável a eles. Essa situação já durava algumas

semanas. Com seu olhar aguçado, fitava atentamente pelas sombras. Não podia correr o

risco de ser surpreendida ou capturada por aqueles monstros sem cumprir sua missão.

— Merda! – sibilou ao escutar o estampido de um tiro.

E aquilo não parou, vários disparos indicavam uma guerrilha não muito longe

dali. E ela estava certa. Correu em disparate dois quarteirões acima e chegou em um dos

poucos locais que ainda continuavam intactos naquela cidade, um ginásio recreativo.

Estancou seus passos após esconder-se atrás de um poste e analisou a situação.

Os tiros vinham de locais estratégicos, todos de dentro do ginásio. Criaturas sombrias

avançavam sem medo para invadir o provável refúgio de muitos humanos.

— Imbecis! – murmurou por entre os dentes. – Será que terei que ensinar ao

mundo como se destrói esses palhaços? – indagou em alto tom de voz enquanto corria

com suas espadas empunhadas em direção àqueles monstros.

Ela estava acostumada a fitá-los, suas aparências não lhe causavam repulsa e

nem medo. Poderia até chamar um por um pelo nome, tamanha intimidade que tivera

com aqueles seres. No entanto, para qualquer humano comum, não passavam de

monstros repulsivos, demônios descomunais.

Tinham rostos adornados por olhos profundos e vermelhos, maiores que o

normal. As narinas formavam um todo em saliência com a boca, que era dotada de

dentes pontiagudos, avantajados, despontados para fora dos lábios repuxados. Os urros

guturais ecoavam no silêncio mórbido que se instalava em toda a cidade, talvez em todo

o país, em todo o mundo.

Seus corpos pareciam um monte de excremento marrom coberto de escamas

foscas. Chegavam a medir mais de dois metros de altura. Mesmo assim, não a

intimidavam, apenas atrasavam seu rumo.

Ainda correndo, ela tomou impulso com o pé direito em uma mureta lateral que

limitava o jardim que adornava toda a volta do ginásio. Dessa forma, avançou em salto

de encontro às costas de uma daquelas criaturas e, com golpe certeiro, arrancou-lhe a

cabeça. Ao pousar os pés no chão, só teve tempo de perceber o resto daquele corpo se

desfazendo em pó negro, o que causava uma esfumaçada nuvem de poeira maligna.

Essa primeira eliminação teve o efeito desejado. A atenção da maioria dos

monstros estava voltada para ela.

— Podem vir quente que estou fervendo – brincou diante do perigo, tal atitude

era quase que uma marca registrada de seus modos.

Sem perder o tempo precioso, avançou para outro que vinha ao seu encontro. As

espadas foram habilmente embainhadas; bem como as adagas de pontas longas,

pontiagudas e encurvadas, foram empunhadas do meio daquele arsenal louco que

consigo carregava. Sabia que teria uma luta corporal com eles, as primeiras lâminas

iriam atrapalhar seu desempenho.

Segurando firmemente o cabo daquele athame, com a lâmina voltada para seu

antebraço, ela desferiu um soco de direita na face do monstro, de baixo para cima,

aproveitando nitidamente sua desvantagem de tamanho diante da criatura. Outro golpe

com o punho esquerdo o fez recuar alguns passos. Aproveitando-se do torpor que seus

ataques causaram no monstro, ela saltou no ar, dando um giro de trezentos e sessenta

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graus e acertando novamente o deformado, o chutando com a ponta da botina que

calçava.

Estendeu os braços e os cruzou um por sobre o outro, cortando o pescoço do

deformado e o fazendo jorrar sangue negro e fétido. Aos poucos, a criatura morria e

também se desfazia em pó. Assim era o destino dos finados daquela raça maldita.

Com os sentidos aguçados, escutou quando o trajeto de um disparo vinha em sua

direção. Exímia, largou as adagas e parou o projétil com a lâmina de outra espada, a que

trazia nas costas, forjada com metal negro do próprio inferno.

Fitou o autor do disparo com as sobrancelhas arqueadas e o olhar inquisidor.

— Desculpe – respondeu o mesmo dando de ombros.

— Atrás de você! – alertou uma voz masculina no meio da batalha.

Rapidamente ela virou-se e, com um só golpe, arrancou a cabeça de dois que a

atacariam pelas costas.

— Recuem – ordenou aos humanos.

Quase todos obedeceram. Exceto o dono do alerta que a fez destruir os dois

últimos. Mesmo retornando à luta, ela o observava. Seus movimentos minuciosos e

precisos provavam que a guerreira não era a única ―diferente‖ por ali.

Enquanto atentava e terminava de exterminar mais um deformado, outros dois

vinham de lados opostos, um pela direita e outro pela esquerda. Sentiu que mais um

viria por trás. Tratou de matar logo o primeiro. Com chutes e socos, derrubou os mais

próximos, fincando as espadas em seus corpos antes que tivessem a chance de

levantarem-se. Rapidamente ela puxou a Sig Sauer do coldre, colocou-se de lado,

estendeu o braço e deu um disparo certeiro no crânio do que vinha atrás.

O estranho que a alertou do ataque também findava o extermínio de mais três

criaturas. Percebendo que outras avançavam e que ambos não seriam páreos para tantos

deformados, trocaram olhares cúmplices e correram para dentro do ginásio, trancando

as portas em seguida.

— Bom trabalho – ele falou ao ver que pareciam estar seguros.

— Ainda não acabou – respondeu tensa e caminhando para fazer o

reconhecimento do local.

— Vocês estão bem? – indagou ofegante um dos humanos que vinham em grupo

ao encontro de ambos os combatentes.

— Quem está bem nessa guerra? – ela rebateu a pergunta fitando o recém-

chegado com intensidade e seriedade.

Intimidado com aquele olhar penetrante, o humano nada respondeu.

— Sou Ivan – falou o companheiro da batalha com um sorriso maroto nos

lábios. – Tento proteger a todos daqui. O que está se borrando de medo de você é o

Lucas. Os outros são Marcos, João, Paulo e Tiago. – Apontou para cada um enquanto

relatava seus nomes. Percebendo o olhar estreito que ela fazia, adiantou-se em adivinhar

seus pensamentos: - Sim, os chamo de apóstolos. Uma brincadeira interna.

Um segundo grupo de humanos chegava para cercá-los e certificarem-se de que

estavam bem. Uma mulher a reconheceu e, furiosa, bradou:

— O que esse demônio faz aqui?

— Também é bom te ver, Eva – respondeu a visitante. – Como vai o Adam? Ah,

esqueci, faz tempo que ambos não se veem, não é? – provocou findando com um sorriso

debochado nos lábios.

— Vocês se conhecem? – indagou Ivan.

— Mais do que imaginas.

— Quero essa criatura longe da gente! – exclamou a primeira.

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— Tenha calma, Evanise – Lucas abordou a moça hostil. – Ela nos ajudou a

derrotar os deformados. Aliás – virou-se para a visitante -, qual o seu nome?

— Liliel – respondeu enquanto caminhava por dentro do ginásio, conferindo as

janelas fechadas e procurando algo no teto.

— Do que precisas? – perguntou Ivan, sempre solícito.

— De um alçapão para o forro. Precisamos chegar até às caixas d’água daqui.

Quero mangueiras, muitas mangueiras. Um crucifixo e um padre – rebateu Liliel com a

voz firme e voltou a fitá-lo, expressando um olhar autoritário.

— Um padre? – O rapaz mostrou-se confuso com o pedido.

— Já te explico. Precisamos manter essas criaturas bem longe deste local.

— Não sei qual é a tua, mas nos demos muito bem até agora – resmungou Lucas

aproximando-se de ambos.

Irritada, Liliel caminhou até ficar face a face com o humano. Com o rosto

ameaçador, falou por entre os dentes:

— Se eu não tivesse aparecido, estariam mortos agora. Essa não é mais uma luta

entre povos, vai além do que você possa imaginar. Então não me venha com esse papo

furado e faço o que digo.

— Não são experiências genéticas? – Lucas perguntou temeroso e engolindo a

própria saliva, um gesto que costumava fazer quando se via nervoso.

— Essa guerra não é entre humanos, isso não é um jogo, pare de pensar que é

um dos protagonistas de Resident Evil. Não percebeu que estamos vivendo o próprio

Apocalipse?

Com os olhos arregalados de pavor diante dessa revelação, a mente de Lucas se

encheu de perguntas. Sem poder evitar, uma delas escapou pelos seus lábios:

— São demônios? Por que o Diabo quer nos matar?

— Sim, são demônios. Mas nem sempre o inferno é quem os manda. – Satisfeita

com a expressão horrorizada que Lucas demonstrava, Liliel continuou com um sorriso

torto no rosto: - Tome cuidado, cowboy. Os anjos podem ser seus piores inimigos.

— Eu vou pegar as mangueiras – respondeu desconcertado.

Após a retirada de Lucas, Liliel voltou a procurar pelo alçapão que a levaria até

as benditas caixas d’água. Não demorou muito e encontrou o que buscava. Ivan a seguia

em cada passo que ela dava.

— Bem, não temos um padre. Serve uma freira? – ele perguntou por fim.

— Tanto faz. Qualquer porcaria de barro que seja santa e que tenha o poder de

benzer a água – Liliel respondeu com indiferença enquanto saltava e se pendurava em

um dos canos grossos que estavam no teto, ao lado do alçapão.

Ela balançou seu corpo e, com um impulso forte, chutou a tampa que separava

teto do sótão. Habilidosa, tomou outro impulso e se lançou por aquele buraco estreito.

Já na parte superior daquela estrutura, colocou-se de cócoras e voltou seu olhar para

baixo, fitando Ivan e dizendo:

— Traz o padre de saia e uma cruz qualquer. Aliás – esquadrinhou o ambiente

superior com os olhos e continuou: -, muitos crucifixos; uns cinco, no mínimo.

— Que eu saiba – resmungou Ivan com o dedo indicador levantado e o olhar

estreito, claramente confuso -, qualquer pessoa pode benzer a água. Por que precisas de

uma freira?

Liliel não respondeu, apenas sorriu com deboche e levantou-se para retirar as

tampas das caixas d’água, adiantando o trabalho.

— E se eles são demônios do céu – Ivan insistiu, dessa vez falando mais alto,

temendo que não fosse ouvido por ela -, água benta os manterá afastados?

Apenas a cabeça de Liliel apareceu por aquele buraco.

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— Em primeiro lugar, não sou surda. Não te contaram que o som não se propaga

no vácuo? Pois é, não estamos nessa situação, portanto, posso te escutar.

— Desculpe – Ivan rebateu envergonhado.

— Em segundo lugar – ela continuou -, eu disse que podem ter sido enviados

por anjos, e não que são demônios do céu. A água benta é eficiente para afastar toda

força maligna contra os humanos, seja de anjos ou de coisinhas lindas como as que

acabamos de matar.

— Melhor eu ir buscar a freira, certo?

— Aham. – Liliel mal acabou de resmungar e sumiu de vista.

Em poucos minutos, a religiosa – moça que beirava pouco mais de trinta e seis

anos – subia uma escada para chegar até onde Liliel estava. Após explicar para a freira o

que ela deveria fazer, a visitante apenas ficou em alerta, concentrada em não escutar a

oração que abençoaria a água e a estar bem longe dos objetos sagrados que seriam

usados naquele rápido ritual.

Ambas desceram e, ao ficar novamente próxima ao grupo de combatentes que

defendiam aquele território – que mais parecia um abrigo de refugiados de guerra -,

Liliel percebeu que alguns deformados ainda rondavam o ginásio. Sendo assim, ordenou

que posicionassem uma das mangueiras em cada janela, mantendo uma abertura

mínima. Depois não hesitou ao bradar a ordem:

— Molhem tudo!

*****

Dez minutos depois, já não havia mais deformado algum próximo ao perímetro

do ginásio.

Sob os protestos de Evanise, Liliel fez o verdadeiro reconhecimento do local. Na

verdade, fez uma busca detalhada, procurava criaturas para passar a importante

mensagem que recebera. Porém, não os encontrou entre os que ali estavam.

E Eva a seguia, sempre murmurando para que sumisse dali o mais rápido

possível. Tudo o que se ouvia dos lábios de Liliel era um sibilado de ―cala a boca,

cretina‖.

Tal como Eva, Ivan também sondava a visitante. Reparou na frustração

estampada em seu rosto e na rápida conversa hostil que trocou com Evanise:

— As crias do inferno não estão aqui. E, mesmo que aparecessem, mesmo que

ousassem colocar os pés neste lugar, eu mesma os destruiria.

Liliel a fitou com indiferença e apenas respondeu:

— Ainda hoje perderás mais um dos teus.

Foi naquele momento, mesmo sem nada entender do bate boca de ambas, que

Ivan decidiu interferir:

— Ok, já basta! Há uma guerra sangrenta lá fora, não precisamos de outra aqui

dentro.

— Você pode ser o mais forte, por isso todos te seguem e te obedecem, Ivan.

Entretanto, nós dois sabemos que Samuel é o verdadeiro líder desse grupo – Eva

respondeu antes de virar as costas e deixá-los a sós.

Frustrada e bufando, Liliel sentou-se em dos degraus da arquibancada do

ginásio, retirou suas lâminas e as limpou com um trapo. Também conferiu as munições

e as pistolas. Ivan acomodou-se ao seu lado e perguntou:

— Ela te incomoda tanto assim?

— No fundo, Eva está certa. Sou um problema sem fim e minha presença só

acarretará problemas – respondeu sem fitá-lo.

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— Discordo, porém, és livre. Só não posso deixar de admitir que foste o

elemento surpresa indispensável no ataque de hoje.

— Para ambos os lados – Liliel retrucou.

— O que você é afinal?

Ela parou tudo o que estava fazendo, levantou seu olhar e analisou Ivan

detalhadamente. Cabelos longos e loiros, olhos azuis e intensos, corpo revestido com

uma montanha de músculos e beirando os dois metros de altura. Com certeza, humano

ele não era.

— Digamos que... – Liliel decidiu responder por fim – Apesar de não pertencer a

tua raça, também não sou como as criaturas de barro.

— Sabes o que sou? – questionou Ivan com olhos arregalados.

— Desde o primeiro instante em que te vi lutando, nephilin. Mas não se

preocupe, guardarei teu segredo, assim como tenho certeza de que guardarás o meu.

Agora, me diga, qual dos safados é teu pai?

— Daniel.

Ela riu baixinho. Melhor que Ivan fosse filho daquele arcanjo. Caso contrário,

teria que matá-lo, e não se agradaria disso. Simpatizava-se com ele, o nephilin tinha

potencial.

— E você? – Ivan insistiu na pergunta.

Guardando suas armas, ela respondeu:

— Digamos que eu tenha encontrado o segundo pior dos filhos do teu

vovozinho. Digamos também que, com ele, coloquei quatro criaturas nesse mundo.

Uma delas é a própria besta apocalíptica.

Ivan inspirou o ar e preparou-se para retrucar algo, mas foi interrompido por

Liliel.

— Não se engane, o objetivo dessa coisinha linda que me ama não é destruir os

humanos. A morte deles é apenas mais uma das consequências dos seus atos insanos.

— E quem acabará com a raça dos bonecos de barro? – Ivan indagou em tom

jocoso.

— Eu – respondeu com um sorriso dotado de deboche. Dando de ombros,

concluiu: - Ao menos com os descendentes diretos de Eva. – Aproximando-se do

nephilin, sussurrou em seu ouvido: - Questão de honra. Sabe como é? Essa cretina tem a

estranha mania de lamber as babas que deixo nos machos criados pelo teu vovozinho.

Foi nesse momento que Ivan descobriu a verdadeira identidade da visitante. Sem

querer mais desperdiçar o precioso tempo, Liliel lhe deu as costas e falou em voz alta:

— Preciso ir. Tenho quatro diabinhos para encontrar.

— Voltarás?

Essa pergunta de Ivan foi o suficiente para fazê-la estancar os passos. O fitando

por cima dos ombros, Liliel lhe respondeu:

— Mantenha as mangueiras abertas sempre que perceber o perigo. Um dia, se

tudo der certo, eu voltarei.

— E se sairmos todos daqui?

— Saberei onde encontrá-los.

Dito isso, Liliel partiu em busca dos filhos de Lúcifer. Tudo o que carregava

consigo eram suas armas e um novo desejo: de ver Ivan novamente.

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CONHEÇA OS PERSONAGENS:

•LUCIANO BAIOCCHI

Empresário italiano multimilionário, respeitado e bem sucedido. Sarcástico, autoritário,

poderoso. Corre o mundo atrás dos filhos perdidos. No mundo sobrenatural, Luciano é

Lúcifer, o rei do inferno.

•LILIANE LUXEMBURGO

Advogada brasileira de renome. Forte, decidida, arrogante e fria. Esconde segredos e

sua verdadeira paixão. No mundo sobrenatural, Liliane é Lillith, a consorte de Lúcifer.

•BARTHOLOMEU TAVARES – BARTH

Melhor amigo de Liliane, dono de uma loja de artigos esportivos. Na verdade, é um

tremendo mercenário assassino. No mundo sobrenatural, Barth é o demônio Baphomet.

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•RAFAEL ALMEIDA

Dono de um bar que recebe desocupados bêbados em sua fachada principal. No

subterrâneo desse estabelecimento, Rafael esconde um cassino clandestino e seu

escritório onde resolve suas principais atividades como rei do crime. No mundo

sobrenatural, ele é o arcanjo Rafael.

•NATASHA ROMERO

Filha adotiva do senador Jonas Romero, é uma garota agressiva, sarcástica e que vive se

metendo em encrenca. Foge de casa aos quinze anos e descobre a verdade sobre a sua

existência. No mundo sobrenatural, Natasha é o demônio Arkell.

•LEONARDO BAIOCCHI

Playboy sedutor e conquistador, porém, discreto. É tranquilo, centrado e mantém um ar

de deboche em certas situações. Sofre por um amor proibido. No mundo sobrenatural,

Leonardo é o demônio Lion.

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•VICTOR LUXEMBURGO

Agressivo, ciumento, encrenqueiro e seguro de si. Aproveita a vida de milionário que os

pais lhe proporcionam da maneira mais fútil possível. No mundo sobrenatural, Victor é

um lobisomem que atende pelo nome de Velkan.

•ÚRSULA FERRAZ

Mimada, lasciva, atrevida e muito inteligente. Úrsula vive um amor secreto que a levará

a grandes problemas. No mundo sobrenatural, Úrsula é o demônio Ferre.

•IVAN DRAGON

Confuso, bem humorado e perdidamente apaixonado por quem menos deveria. Ivan é

doce e gentil. Um exímio lutador e defensor da raça humana. No mundo sobrenatural, é

um nephilin, filho de um anjo com uma humana, e recebe o nome de Draco.

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•SAMUEL PETRONI

Juiz de direito, adora desmoronar com a vida da advogada Liliane Luxemburgo. Usa seu

cargo para encobrir os podres de sua existência, controlando tudo e todos conforme a

sua vontade. No mundo sobrenatural, ele é o espírito alado que representa a ira divina,

Samael.

•EVANISE ROCHA

Promotora de justiça, inteligente e sensual. Mantém um relacionamento aberto com

Samuel e abomina a existência de Liliane com todas as suas forças. No mundo

sobrenatural, Evanise é a segunda moradora expulsa do Éden, Eva.

•ADAM ROCHA

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Ex-marido de Evanise, após ser traído e humilhado, deixou de acreditar no amor e

tornou-se frio e quase insensível. Acaba se relacionando com uma criatura proibida e

descobre que é capaz de amar novamente. No mundo sobrenatural, ele é o primeiro

humano a tornar-se imortal, Adão.

•MICHAEL SMITH

Influente político norte-americano. Rude, agressivo, ganancioso por poder. Nunca pensa

duas vezes quando o assunto é trair a esposa, entretanto, a ama e seria capaz de morrer

por ela. No mundo sobrenatural, Michael é o arcanjo Miguel.

•LOUISE SMITH

Esposa de Michael. É manipuladora, cruel, venenosa e dissimulada. Usa sua beleza para

conseguir tudo o que deseja. No mundo sobrenatural, Louise é uma nephilin poderosa,

Lulus.

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•TALIAH JESSICA SMITH

Filha de Michael e Louise, estudante de direito em Princeton, é uma garota doce, meiga

e divertida. Apaixona-se pelo filho do pior inimigo do seu pai. No mundo sobrenatural,

Taliah é o demônio Jezebeth.

•CAIO ANDIRÁ

Intenso, debochado, cruel. Não tem o mínimo respeito pelas mulheres e as usa somente

para suas perversões sexuais. Depois as descarta da pior maneira. No mundo

sobrenatural, Caio é um vampiro, Kaym.

•MARCUS TOURINI

Funcionário de Luciano, é um italiano enigmático, frio e de poucas palavras. Seu olhar é

congelante e sua expressão é sempre ameaçadora. No mundo sobrenatural, é o demônio

Manthus, guardião de uma das filhas de Lúcifer.

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•JONAS ROMERO

Senador brasileiro e pai adotivo de Natasha. Apesar de parecer poderoso e intimidar as

pessoas com suas palavras, Jonas acaba sendo apenas um peão nas mãos de um arcanjo.

Humano.

•JOÃO MUNIZ

Delegado brasileiro. Simpatiza-se com a força de Liliane e sua determinação. Aparece

pouco no início da trama, entretanto, sua participação terá grande impacto no desenrolar

do enredo. Humano.

•RENATO SILVEIRA

Estagiário em um escritório de advocacia. Simpático, firme, empolgante e sincero.

Renato tem suas peculiaridades e torna-se um grande enigma para os que o conhecem

melhor. Humano. Humano?...

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Conheça os 24 títulos:

Como já expliquei, colocar muitas informações de uma só vez em um único livro seria

cansativo e tedioso demais para o leitor. Dessa forma, toda a trama foi dividida em 24 volumes.

Vol. 1 – APÓCRIFOS – VERDADES OCULTAS.

Fase 1 – Gênesis, a origem.

Fase 2 – Êxodo, a fuga.

Fase 3 – Levítico, a lei.

Fase 4 – Números, o raciocínio.

Fase 5 – Deuteronômio, nova ordem.

Vol. 2 – APOTEOSE – UM PASSO À DIVINDADE

Fase 1 – Bryah, o saber.

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Fase 2 – Atziluth, o ser.

Fase 3 – Yetzirah, o sentir.

Fase 4 – Asiyah, o fazer.

Vol. 3 – MARSELHA – BARALHO MÍSTICO

Fase 1 – Ouros, as conquistas.

Fase 2 – Espadas, o poder.

Fase 3 – Copas, o sentimento.

Fase 4 – Paus, fogo e destruição.

Vol. 4 – ROSA DOURADA – ORDEM SECRETA

Fase 1 – Neophito, o novato.

Fase 2 – Theoricus, o aprendiz.

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Fase 3 – Philosophus, o pensador.

Fase 4 – Adeptus Exemptus, o mago.

Fase 5 – Impissimus, o supremo.

Vol. 5 – EGITO – SABEDORIA MÁGICA

Fase 1 – Toth, o conhecimento oculto.

Fase 2 – Ísis, a magia do amor.

Fase 3 – Hórus, a serpente dos vivos.

Fase 4 – Seshat, a sabedoria científica.

Vol. 6 – SANGUE REAL – MAGIA DRUIDA.

Fase 1 – Graal, o cálice.

Fase 2 – Arthur, a descendência.

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Fase 3 – Excalibur, o poder.

Fase 4 – Sahaim, o ritual.

Vol. 7 – TEMPLÁRIOS – SERPENTES DE FOGO.

Fase 1 – Salomão, sabedoria do templo.

Fase 2 – Pentagrama, espólio de guerra.

Fase 3 – Baphomet, o sábio.

Fase 4 – Ofanins, os vingadores.

Vol. 8 – MOSQUETEIROS – GUERREIROS DE UM REI.

Fase 1 – Athos, o intrépido.

Fase 2 – Porthus, o mulherengo.

Fase 3 – Aramis, o religioso.

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Fase 4 – D’Artagnan, o apaixonado.

Vol. 9 – CIGANOS – DESVENDAR SOMBRIO.

Fase 1 – Felicidade, a busca.

Fase 2 – Orgulho, a negação.

Fase 3 – Amor, a descoberta.

Fase 4 – Lealdade, a escolha.

Fase 5 – Riqueza, os valores.

Fase 6 – Nobreza, a realidade.

Fase 7 – Humildade, a lição.

Vol. 10 – VIAGEM ASTRAL – EXPERIÊNCIA EXTRA CORPÓREA.

Fase 1 – Astral, a comunicação.

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Fase 2 – Etéreo, outro plano.

Fase 3 – Níveis, a escada.

Fase 4 – Céu, a revelação.

Vol. 11 – HIERARQUIA – PODER ALADO.

Fase 1 – O poder supremo.

Fase 2 – Intermediário.

Fase 3 – Os serviçais.

Vol. 12 – ELEMENTAIS – NATURAL MAGIA.

Fase 1 – Fogo.

Fase 2 – Água.

Fase 3 – Terra.

Page 20: Liberos ignis   nicole f. weiss

Fase 4 – Ar.

Fase 5 – Espírito.

Vol. 13 – EPÍSTOLAS – MENSAGEM OCULTA.

Fase 1 – Desmascarando inimigos.

Fase 2 – Exaltando um rei.

Fase 3 – Avisando a prole.

Vol. 14 – SETE – NÚMERO DIVINO.

Fase 1 – Sete rolos.

Fase 2 – Sete pragas.

Fase 3 – Sete pecados.

Fase 4 – Sete igrejas.

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Vol. 15 – DEZOITO – NÚMERO DA FERA.

Fase 1 – Seiscentos e sessenta e seis.

Fase 2 – A Marca.

Fase 3 – os três anjos.

Vol. 16 – ÉDEN – JARDIM PERDIDO.

Fase 1 – Localização.

Fase 2 – expedição.

Fase 3 – Invasão.

Fase 4 – Prisão.

Fase 5 – Fuga.

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Vol. 17 – ARMAGEDON – GUERRA DOS ESCOLHIDOS.

Fase 1 – Israel.

Fase 2 – Planície de Jezreel.

Fase 3 – Jerusalém.

Fase 4 – Eufrates.

Vol. 18 – MAHAYUGAS – 4 MILHÕES DE ANOS.

Fase 1 – Brahma, o criador.

Fase 2 – Vishnu, o rei.

Fase 3 – Shiva, o destruidor.

Fase 4 – Kalki, a morte.

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Vol. 19 – SONHO – O LIVRO DE DANIEL

Fase 1 – Leão e águia.

Fase 2 – Urso.

Fase 3 – Leopardo.

Fase 4 – Dentes de Ferro.

Vol. 20 – SEDES DEI – TRONO DIVINO.

Fase 1 – 24 Anciãos.

Fase 2 – 7 Espíritos.

Fase 3 – 4 Criaturas: Leão, Cordeiro, Homem, Águia.

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Vol. 21 – ATLÂNTIDA – CIDADE PERDIDA

Fase 1 – Quintessência.

Fase 2 – Essênios.

Fase 3 – Manuscritos do Mar Morto.

Vol. 22 – APOCALIPSE – SEGREDO REVELADO.

Fase 1 – Filho do Trovão.

Fase 2 – As visões.

Fase 3 – A colheita.

Fase 4 – A Guerra.

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Vol. 23 – SOFRIMENTO - CINCO ESTÁGIOS.

Fase 1 – Choque.

Fase 2 – Negação.

Fase 3 – Raiva.

Fase 4 – Barganha.

Fase 5 – Aceitação.

Vol. 24 – NEO GENESIS – O NOVO MUNDO.

Fase 1 – Reconstrução.

Fase 2 – Mil anos.

Fase 3 – Punição.

Fase 4 – Recomeço.