infinitos laços (venturas e desventuras do amor...

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Infinitos Laços (venturas e desventuras do amor apaixonado) Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira

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Infinitos Laços

(venturas e desventuras do amor apaixonado)

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira

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Edição independente

Distribuição gratuita

Capa, composição, paginação e revisão: Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira

Permitida a reprodução desde que mantida a fonte e a autoria

Publicado em julho de 2015

Contato: [email protected]

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Dedicatória

A todas as almas que já foram alvejadas pelas ardentes flechas de Eros ou que foram,

para sempre, encantadas por causa de um filtro de amor e morte. Esse livro fala do amor

apaixonado em todas as suas fases, em todas as suas nuances. Tem por inspiração os romances

mais belos da Literatura e da Mitologia: Ísis e Osíris, Eros e Psiquê, Tristão e Isolda entre outras

fascinantes narrativas.

É um livro para ser lido “com a alma”, pois ele “fala ao coração” sobre as venturas e

desventuras de um amor arrebatador. Apaixonar-se é perder-se de si por alguns instantes e ser

capaz de enfrentar qualquer obstáculo em nome desse sentimento fulminante que é o amor

apaixonado.

Nas venturas, o amor encanta e embeleza a alma por meio de versos de felicidade, volúpia

e paixão. Nas desventuras, o amor definha em versos minguantes, que trazem a morte e o

desespero à alma. Seja na angústia ou na alegria, o amor se apresenta em cada poesia.

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Sobre a autora

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira, natural de Belém do Pará, é professora,

instrutora, escritora e especialista em Gestão de Pessoas. Participa do Movimiento Poetas del

Mundo e do Portal Cá Estamos Nós – a maior ponte literária entre Brasil e Portugal. Publica

suas obras nos sites: Recanto da Letras, Luso poemas, Autores.com.br, Mar de Poesia, Site de

Poesia, Escrita-Biblioteca Virtual, O Melhor da Web entre outros.

MCSCP, como também é conhecida, desenvolveu um projeto de incentivo à leitura e à

escrita que inclui a publicação independente de livros. Sua estratégia é lançar livros gratuitos e

de boa qualidade no sentido de cativar um público leitor e influenciar esse público a escrever

também.

A autora publicou diversas poesias nas antologias da Câmara Brasileira de Jovens

Escritores, recebeu menção honrosa em vários concursos literários dos quais participou e foi

contemplada no Concurso Nacional Novos Poetas em 2013, com os prêmios Sarau Brasil e Rima

Rara.

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Inabalável

Ainda que os lábios não se toquem,

Ainda que a esperança vire cinzas,

Os desejos sempre movem

Cada alma à sua sina.

Ainda que nos esqueçamos

Dos sonhos dourados de outrora,

A alvorada está anunciando

Que é chegada a nossa hora.

Nas asas da sublime inspiração,

Nos encontraremos novamente.

Cantemos juntos, então,

Celebrando alegremente.

Nos raios de sol, vejo o reflexo do teu olhar.

Contemplando as estrelas, consigo te alcançar.

Sigo o curso do rio de águas cristalinas

E elas refletem o que o futuro nos destina.

A Fênix ressurge das cinzas,

Um novo templo surge das ruínas.

Somos o mistério que domina o tempo,

Somos o universo que habita cada elemento.

Nossas almas estão em constate sintonia,

Nosso amor é uma eterna e sublime sinfonia.

Muito além desse mundo material,

Nosso amor segue inabalável, imortal.

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Doce Amor

Força que emana

Da paixão que proclama

E que consegue transformar

Tudo em que tocar.

Sinfonia de sentimentos

Que atravessa o espaço e o tempo,

Levando consigo a felicidade

E ecoando pela eternidade.

Sentimento que brota no peito

E torna tudo belo e perfeito.

Sentimento que não se pode conter ou negar

E que nada, nem ninguém, pode abalar.

Luz refletida no olhar,

Calor envolvente do tocar.

Som que vibra no coração,

Mar de desejo e de fascinação.

Quatro letras bem juntinhas

Em duas sílabas de emoção.

Uma palavra pequenina

Que traz em si a imensidão.

Doce amor que embeleza a vida

E embala os sonhos dos enamorados...

A esperança nunca está perdida

Para os corações apaixonados!

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Sinfonia do Adeus

Quando morre a esperança,

Nada mais faz sentido.

Só há tristeza na lembrança

E um choro reprimido.

O desespero arrebata a alma

E cria raízes no coração.

O sofrimento destrói a calma,

A alegria é mera ilusão.

Sem luz, sem paz, sem ânimo...

A esperança parte e deixa o corpo vazio.

Talvez a morte traga o descanso

E faça com que o coração se torne frio.

Os últimos passos são vacilantes...

A dor executa a fúnebre sinfonia.

O veneno deixa a alma delirante,

O amor morre em lenta agonia...

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Eclipse

Eclipse que tirou o brilho dos meu olhos,

Que levou a inspiração embora.

Eclipse: a causa por que choro,

Que traz a escuridão que me apavora.

Brilho ofuscado,

Amor que se deixou de lado...

Lenta agonia:

Sangra e morre toda poesia.

Coração a ressoar o sofrimento,

Corpo que fica a vagar...

Alma prisioneira de muitos tormentos,

Eclipse que cega e que faz chorar...

Morre a esperança,

Morre todo encantamento.

Eclipse das lembranças

De um antigo contentamento.

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Estrela Distante

Estrela distante,

A brilhar no firmamento,

Queria, nesse instante,

Receber o teu alento.

Ando tão triste,

Sinto vazio meu coração.

Parece que nada mais existe,

A não ser a aflição.

Oh, estrela cintilante,

Como quero te alcançar!

Por que pareces tão distante?

Por que teu brilho não toca o mar?

Estrela, de inefável encanto, escute meu pedido:

Brilhe para mim nessa escuridão...

Sinto que o meu sonho foi perdido,

Sinto doer o meu coração.

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Ausente e indiferente...

Sinto-te distante

E uma dor me sufoca.

Solitária e errante,

Sinto minha alma morta.

A Solidão fica a valsar com o Vazio

E meu coração pulsa em triste sinfonia...

Um tenebroso e gélido arrepio

Transforma a sublime esperança em cinzas...

Vejo-te em cada detalhe que me cerca

E não consigo dominar a cruel saudade.

Como dói a felicidade incerta!

Para nós não há possibilidades.

Uma parede de vidro nos aprisiona:

Podemos nos ver, mas não podemos nos tocar...

A cada noite, experimento a agonizante insônia:

Nem nos sonhos consigo te alcançar!

O vento impetuoso apaga o brilho do meu olhar,

O frio da indiferença congela o meu coração;

O desamor me faz sucumbir, me faz chorar...

A alegria torna-se fúnebre canção.

Sem ti, meu amado, nada faz sentido.

Ainda me lembro dos tempos em que ouvia tua doce voz...

Sonhava que o nosso amor se perpetuava no paraíso,

Mas logo surgiu a realidade tão amarga, tão atroz!

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Vago: assim é o meu viver...

A fonte secou e só ficou a melancolia.

Já não aguento tanto sofrer...

Tua ausência levou minha alma e minha poesia.

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Partida

Lágrimas de sangue,

Vida que se esvai...

Por onde quer que eu ande,

O caminho se desfaz...

Angústia que desespera,

Solidão que destrói,

Dor que dilacera

E que cala a minha voz...

Partirei sem dizer adeus,

Não quero olhar para trás.

Guarde o puro amor meu,

Deixo-te entre tristes ais...

Ai de mim, que agora sofro...

Longe, triste e melancólica...

Minha vida, um último sopro,

Uma sombra sem memória...

Mas, em uma triste sinfonia,

Gravei o meu amor no universo.

Nossa mágica sintonia

Se eternizou em cada verso.

Seguirei te amando

Cada vez mais.

Partirei cantando

O amor que não morrerá jamais.

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Rumo aos Campos Elíseos

Olho para as estrelas

Desejando te encontrar.

Elas me trazem a certeza

De que nosso elo permanecerá.

A brisa carrega o teu perfume

E me acaricia com doçura.

Nada apagará o lume

Concebido pelo amor e pela ternura.

Os raios solares

Têm o brilho do teu olhar.

Em todos os lugares,

Eu consigo te contemplar.

A neblina ofusca minha visão,

Minha alma sente medo, eu sinto frio.

Mas a luz dos astros afasta a solidão

E a Música das Esferas preenche o meu vazio.

Sigo os meus dias como quem sonha

E não deseja despertar,

Mas o dia a dia é a insônia

Que não me permite te encontrar.

Cansada da lida,

Imersa em prazos, metas e objetivos,

Estou limitando a minha vida

Aos passageiros compromissos.

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Mas, quando a morte me libertar

Desse mundo de desenganos,

Aos Campos Elíseos, vou caminhar,

Pois a poesia está me esperando.

Thánatos virá em sua nuvem prateada

E me conduzirá ao barqueiro Caronte.

Partirei para sempre, terminou a jornada;

Contemplarei, nos doces campos, um novo horizonte.

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Chuva, saudade e neblina

A chuva melancólica

Molha meu rosto entristecido.

Fico a pensar em nossa história,

Desejando ter você comigo.

A noite de frio e de neblina

Reduz nossas possibilidades.

Na cama vazia,

Eu choro de saudade.

Não contemplo teu olhar,

Não consigo ouvir tua voz.

Oh, como desejo te amar!

Ai de mim, que dor atroz!

Amor, quero ser tua completamente...

Vem, liberta esse desejo latente!

Quero arder entre tuas carícias

E te afogar em meu Mar de Delícias.

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Manancial

Fonte cristalina

De onde brota o meu amor.

Desejo que me fascina

E envolve meu corpo com ardor.

Voz que acalenta a minha saudade

E que me faz delirar.

Olhar que emana a liberdade

Que eu desejo vivenciar.

Versos que entrelaçam meus sentidos

E que mandam embora a triste solidão.

Amor que é sublime e desmedido,

Que está escrito em cada constelação

Manancial de minha inspiração,

Sentido de cada verso meu,

Nosso amor é a mais linda canção

Que o universo nos ofereceu.

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Funeral

Grito contido,

Peito ferido.

Alma dilacerada,

Poesia inacabada.

Olhar perdido,

Pálido sorriso.

Lágrima cristalina,

Saudade assassina.

Amor distante,

Desejo sufocante.

Inspiração sombria,

Mente vazia.

Solidão constante,

Vazio delirante.

Sentimento fugaz,

Angústia voraz.

Silêncio mortal,

Majestoso funeral.

Triste sina...

Brilhantes cinzas...

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Errante

Pálida

Lágrima

Cálida

Sombrio

Arrepio

Vazio

Coração

Perdição

Solidão

Cinzas

Ruínas

Sina

Errante

Delirante

Amante

Predita

Desdita

Suicida

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Permanente

Aconteça o que acontecer,

O que sinto permanecerá.

Nada nem ninguém fará perecer

O puro amor de meu versejar.

Por mais que o destino

Leve-me a outros caminhos,

Por mais que o tempo insista em passar...

Viverás dentro de mim, nada irá nos afastar.

Na alegria, serás meu sorriso;

Na tristeza, serás meu suspiro.

Na solidão, serás minha poesia;

No vazio, serás o que me mantém viva.

Na estrada desconhecida,

Seguirei minha jornada...

Oh, como eu queria

Entregar a ti minha alma enamorada!

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Desejando

Ao longe, fico a te buscar na amplidão.

Em cada amanhecer, o sol me lembra o teu olhar.

As madrugadas são de silêncio e solidão,

Nessa ânsia delirante por te amar...

A cada dia minha alma desfalece...

Como dói a terrível distância!

Teu ardor é o que me aquece,

Tua voz não sai da minha lembrança.

Lacunas, medos, silêncios...

Compreensão, liberdade, segredos...

Não usamos máscaras no baile da vida,

As nossas almas vivem em perfeita sintonia.

Sonho acordada com nosso entrelaçamento...

Desejo, contigo, eternizar cada momento.

Meu querer e meu amor são oferendas...

És o único a fazer com que eu me renda.

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É para ti...

Cada palavra,

Cada suspiro,

Cada emoção velada,

Cada verso escrito.

Cada olhar apaixonado,

Cada pensamento,

Cada momento eternizado,

Cada nobre sentimento.

Cada precioso instante,

Cada respiração,

Cada sorriso cativante,

Cada inspiração.

Cada riso divertido,

Cada música cantada,

Cada prazer sentido,

Cada doce madrugada.

Cada parte de mim,

Cada desejo meu,

Cada saudade sem fim,

Cada semente que floresceu.

Oh, amado Eros, tudo é para ti!

Receba, nesses versos, o meu coração.

Cada poesia, que de meu peito surgir,

Dedicarei a ti, minha eterna e pura paixão.

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Sonhei que te amava...

Sonhei que acordava ao teu lado

E que te despertava com um doce beijo.

Meu coração pulsava acelerado,

Meu corpo ardia de desejo.

Estávamos em nosso leito,

Cobertos por pétalas e por véus.

Acordei sobre o teu peito,

Como numa visão do céu...

Toquei teu corpo com meus carinhos,

Beijei tua boca suavemente.

Percorri teus íntimos caminhos

E dancei sobre ti lascivamente...

Nossos corpos em comunhão,

Num doce entrelaçamento,

Vibraram na mesma sensação

De ternura e contentamento.

Espasmos, suspiros e carícias ardentes...

Os corpo jorram todo o prazer.

Contemplamos nosso amor transcendente

Num lindo e mágico amanhecer.

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Estrela Cadente

Estrela Cadente,

Realiza o meu pedido:

Traga-me quem está ausente,

Pois meu coração chora entristecido.

Estrela Cadente, realiza o meu desejo!

Quero ter quem amo junto a mim.

Quero cobrir meu amor de beijos...

Faça com que ele esteja aqui!

Estrela Cadente, que risca de luz o céu,

Ouve o meu coração apaixonado...

Vá onde o verde mar encontra o mel

E diga que estou a esperá-lo.

Estrela cadente, que inspira delírios de amor,

Vá ao meu amado e entregue-lhe todo o meu ardor.

Diga-lhe que nosso sentimento é o sentido de minha poesia

E que ele será amado por mim durante toda a nossa vida.

Estrela cadente, que brilha na escuridão,

Leve, junto de si, o meu coração apaixonado.

Transforma essa saudade numa doce canção

Para que eu cante alegremente ao meu amado.

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Puro de desejo

Puro de desejo,

Sublime de ardor...

Revelado entre segredos:

Assim é o nosso amor.

Lacunas que emanam poesia,

Versos ardentes de paixão.

Almas em plena sintonia:

Saudade que ecoa na amplidão.

Transbordantes de desejos,

Ansiosos por ternos carinhos,

Seguem vencendo cada medo

E sabendo que não estão sozinhos.

Dois corações que vivem em arritmia,

Ora por amarga tristeza, ora por radiante alegria.

Um amor alimentado por ambrosia,

Amor pelo qual todo o universo conspira.

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Silêncio e Sons

Somos o mistério da magia e da sedução.

No plano astral, consumamos nossa união...

Visito-te nas madrugadas, em minha forma etérea,

Para liberar todo o ardor que guardo na matéria.

Em combustão, meu corpo queima o teu,

Ardemos juntos no fogo do desejo.

Quero teu corpo todo meu,

Quero acordar entre os teus beijos...

Ah, como te amo, delirante Arcano!

Em silêncio, confesso meu segredo.

Vem sentir a doçura que emano...

Deixa-me gritar teu nome sem medo...

Silêncio e sons na madrugada:

Duas almas que se buscam enamoradas.

Medo e desejo constituem a trama

Da mais bela história sobre quem ama.

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Que o universo conspire a favor

Que as palavras tenham a força

Para te trazer até mim.

Que o mundo inteiro ouça

Que eu vivo e morro por ti.

Que, a cada verso

De nosso platônico amor,

Todo o universo

Conspire a nosso favor.

Que nosso laço se perpetue

A cada poesia escrita.

Que o amor nos cure

De todas as lacunas e desditas.

Que sigamos, mesmo distantes,

O caminho de nossa paixão.

Que cada estrela brilhante

Seja como nosso amor na imensidão.

Que, ao fim de nossa jornada,

Eu repouse em teus braços.

Que nossas almas apaixonadas

Caminhem lado a lado.

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Dor atroz

A saudade escorre pelos olhos,

Os gemidos emanam do coração.

As páginas da agenda, eu molho,

A caneta treme na minha mão.

No silêncio da madrugada,

Meu pranto ecoa pelo quarto.

A alma, dilacerada,

Sente falta do teu abraço.

Sigo meus dias sobrevivendo...

Como é triste e solitário o meu versejar.

Sinto que, aos poucos, estou morrendo,

Nessa ânsia por te encontrar...

O coração é a ampulheta da vida

E os grãos de areia estão caindo...

Sinto que a esperança está perdida...

Oh, quão cruel é o meu destino!

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Distante

Quão triste é minha sina

Tão longe do ser amado...

A angústia vaticina

Que não o terei ao meu lado.

Oh, Solidão, por que tentas me destruir?

Oh, Desalento, por que me feres tanto?

Oh, Ilusão, por que mentes para mim?

Oh, Angústia, por que me causas o pranto?

O silêncio mortal

Amordaça a minha esperança.

A ausência é fatal

E consome cada lembrança.

O vazio me corrói por dentro,

O desespero me tira a paz.

Vivo infeliz, sem alento.

A doce voz, não ouço mais.

Minha alma vaga errante, sombria...

Há uma ferida a sangrar.

Há uma dor que nunca alivia,

Não há mais brilho em meu olhar.

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Além

Por tantos mundos vaguei...

Através das eras, a ti, busquei.

Percorri jardins, mares e labirintos,

Desejando compartilhar o amor que sinto.

Em cada renascer,

Minha alma clamava

Por nosso alvorecer

Numa mesma jornada.

Ah, amor meu,

Agora que nos encontramos,

Meu ser é todo teu.

Amor eterno é o que proclamo.

Além das circunstâncias,

Além das aparências,

Além da distância,

Além das experiências.

Além do tempo,

Além da vida,

Além do momento,

Além da despedida.

Ah, doce Eros envolvente,

Com todo ardor, eu almejo

Entregar-me completamente

Às tuas carícias, aos teus beijos.

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Impossível não te amar

Cansei de perguntar os porquês desse sentimento,

Desse misto de ternura, pureza e contentamento.

Só sei que não posso fugir nem evitar,

Meu coração insiste em te amar.

Como dói a tua ausência,

É uma amarga experiência.

Esse amor que flui de meu peito

Jamais poderá ser desfeito.

O vazio que sinto na alma

Rouba-me a paz e a calma.

Mas preciso aceitar...

Só que será difícil eu me acostumar.

Eu sempre sonho acordada...

Como sofre minha alma enamorada!

Ah, quisera poder esquecer...

Mas é impossível viver sem te querer...

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Sem vestígios

Como pegadas

Que são apagadas,

Como alguém que não tem sombra,

Como alma que não sonha...

Como lágrima que sufoca

Por não poder rolar,

Como a recordação que evoca

O vazio a ecoar...

Como morte lenta e pavorosa,

Como ilusão atroz,

Como espinhos sem a rosa...

Assim ficamos entre nós.

Entre silêncios e recordações negadas,

Entre abismos e mensagens apagadas,

Ainda vibra em meu pensamento a tua doce voz...

Eu permaneço triste e vazia a pensar em nós...

Como é cruel essa dor que me corrói,

Essa angústia, essa ausência que me destrói!

A todo momento, sonho acordada...

E vejo o brilho dos teus olhos na noite enluarada.

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Se soubesses...

Se soubesses como te amo,

Jamais hesitarias.

Realizarias nosso sonho

E nos amaríamos por toda a vida.

Se soubesses como te desejo,

Farias qualquer loucura.

Acordarias entre ardentes beijos

E cada dia seria uma doce aventura.

Se soubesses como te aguardo,

Farias de tudo para estar aqui...

Se estivesses ao meu lado,

Jamais desejarias sair.

Se soubesses como suspiro

A cada verso que escrevo...

Entenderias o que te digo

Na carícia ardente de um beijo

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A cada anoitecer

A cada anoitecer,

Sigo ao teu encontro.

Com a força do meu querer,

Minha alma surge em teus sonhos.

Sonhos reais de tão intenso desejo...

Sinto cada carícia ao sabor de nossos beijos.

Minha pele arde em contato com a tua,

Somos duas almas que se tornaram apenas uma.

Em nossa transcendente comunhão,

A distância e o tempo são apenas ilusão.

Sabes que sou tua a todo momento,

Sou teu doce mar, o teu contentamento.

Entrego-me a ti completamente...

Em nosso universo, não há restrições.

Quero te satisfazer plenamente

E sentir tuas ritmadas pulsações.

Quero ser inundada

Por todo o teu prazer.

Sou tua amante, tua amada,

Aquela que completa o teu ser.

És meu doce amor eternal,

És minha fonte de inspiração.

Meu doce anjo celestial,

A tua morada é o meu coração.

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Volta para mim

A saudade entrou sem bater.

De repente, senti o teu perfume...

Vem saciar meu querer,

És meu desejo, meu lume...

Sinto-te tão perto,

Mas estás longe mim...

Entre nós há um deserto,

Minha tristeza não tem fim.

Fico a pensar durante horas

Em nossos beijos ardentes...

A paixão me devora,

Tu és o meu regente.

Quero ficar em teus braços novamente...

Vem me amar, estou tão carente...

Preciso de colo, de muito carinho,

Vem, de novo, para o nosso ninho.

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Sombrio Descontentamento

Como criança inocente,

Acreditei que seria para sempre.

Mas o tempo se encarregou

E a rosa, então, murchou.

O vazio permanece em meu peito...

A angústia por um sonho desfeito.

Minha alma vaga errante,

Nada é como antes...

O calor se converteu em frio...

Minhas lágrimas são como um rio.

Meus olhos não têm mais luz,

Apenas o desalento me conduz.

O caminho é soturno...

Cada amanhecer é noturno.

Tudo ficou solitário e sombrio

Desde que tua ausência me consumiu

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Nas Entrelinhas

Nas entrelinhas, o desejo ardente

É o impulso de cada palavra e verso.

Conexão enigmática e latente

De ondas a vibrar pelo universo.

Entrelaçados pela inspiração,

Nos rendemos aos sentimentos.

A caneta queima em minha mão:

O fogo me consome por dentro.

A volúpia escolhe as rimas,

A emoção dita as palavras.

A constelação me ensina

O caminho da tua morada.

Adentro em teu recanto

E contemplo tua imagem.

Deixo cair meu manto

E ondas me invadem.

Num turbilhão de pensamentos,

Meu mundo inteiro gira...

De alguma forma sabemos

Que um do outro precisa.

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Ai de mim!

Ai de mim, que sofro sem teu amor!

Ai de mim, nessa solidão angustiante!

Impiedoso Eros que me disparou

Flechas ardentes e fumegantes...

Deus do Amor, que aqueceu meu peito,

Volta, sem demora, ao nosso leito.

Sinto mórbidos calafrios...

Desde que partiste, minha alma se consumiu...

Consumida por dores dilacerantes,

Minha alma está condenada ao abismo.

Nada mais é como antes...

Não contemplo mais o teu sorriso.

Teu corpo, meu santuário,

Foi proibido a mim...

Meu coração, que era o teu altar,

Tu conseguiste destruir.

Atormentada por lascivos desejos,

Sinto falta de tuas carícias e de teus beijos...

A saudade me corrói

E tua ausência me destrói...

Estou morrendo aos poucos

Nesse cruel desalento.

Vem saciar os anseios loucos

Que entrelaçam nosso pensamento.

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Ou, finalmente, me deixe morrer...

Esqueça-me para sempre!

Como é penoso o meu anoitecer

Desde que te tornaste ausente...

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Almas gêmeas

Desde muitas eras, sou tua.

Amei-te sempre, ao longo de sucessivas reencarnações.

O universo nos uniu novamente

Para vivermos e revivermos nossas emoções.

Conheces minha alma e meus pensamentos,

Assim como conheço todo o teu ser.

Entrelaçados pelo mesmo sentimento,

Somos uma só alma que busca transcender.

Transcender os limites do mundo sensorial

Para alcançar a sublime energia primordial

Que deu forma a todo o universo

E que nos enlaçou entre poesias e versos.

Pertenço a ti e tu pertences a mim:

Essa é a nossa sina do início ao fim.

Por mais que a distância ou o tempo nos separem neste momento,

Nosso amor permanece registrado nas estrelas do firmamento.

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Ao fim do dia

Nada há de mais angustiante

Do que a ausência do ser amado.

Uma saudade dilacerante...

Um espinho, no peito, cravado...

Uma lágrima incontida

Derrama profunda dor...

A alma está abatida,

A vida está sem amor.

Errante alma sedenta

Que caminha para a escuridão...

A saudade é uma morte lenta,

É uma melancólica canção.

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Alma Abandonada

Presa no labirinto tenebroso,

A alma vaga errante.

Um lamento doloroso

Ecoa de forma dilacerante ...

Abandonada, ela chora ...

Trágico desalento!

Quem amava, foi-se embora …

Angustiante tormento!

Ela sangra, machuca-se nos espinhos...

É todo feito de dor o seu cruel caminho.

Thánatos, então, aparece para confortá-la

“Venha comigo, irei libertá-la”

Ele a toma em seus braços e a consola

“Leve-me para onde a poesia mora...”

Thánatos a envolve com suas asas

E a cobre com sua nuvem prateada.

Chegam, então, aos Campos Elíseos.

“Aqui viverás, para sempre, no paraíso”

Ela bebe da água do Rio do Esquecimento

E dá fim a todo o seu sofrimento.

Sozinha e feliz, ela segue cantando...

Não há mais amargura no seu coração.

Thánatos acabou lhe revelando

A felicidade que mora na solidão.

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Fragmentos de Estrelas

Fomos um universo de cores e poesia,

Fomos espaço, tempo e magia.

Fomos um espelho a refletir emoções,

Fomos ondas, pensamentos e vibrações.

Mas, agora, somos cinzas:

Desalento, lágrima e ruína.

A sintonia se desfez,

Tudo se acabou de uma só vez.

De tudo o que fomos, um dia,

Nos tornamos um simples fragmento.

A nossa estrela guia

Já não existe no firmamento.

E, o que deveria ser eterno,

Tornou-se fugaz.

E, o que antes era belo,

Agora é nunca mais.

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Descompasso

Como o sol e a lua,

Nunca iremos nos encontrar...

Mas sabes que és meu e que sou tua,

Nessa paixão que, tristemente, nos faz chorar.

Há um mistério que nos separa:

Uma chama que nunca se apaga

E que arde dentro do peito,

Sussurrando que nosso sonho foi desfeito.

Morreu a doce magia,

O sagrado laço que nos unia.

Todos os meus dias são nublados...

Como sangra meu coração enamorado!

Há um véu que não me permite ver ...

Há poesia gritando em agonia...

Há um vazio que rima com perder

Toda a antiga sintonia.

Partirei para sempre...

Entre lágrimas, digo-te: “Adeus!”

A morte se faz presente

Para me arrancar dos braços teus.

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Fênix

A escuridão carrega a semente da luz.

O silêncio traz em si a música do universo.

A ausência, ao reencontro conduz.

Das cinzas, como a Fênix, nascem novos versos.

O amor transcende a morte,

A paixão faz renascer a sintonia.

Bebi da fonte de Mnemósine

Para relembrar nossa poesia.

Érato, a musa, veio me dizer

Que sua poderosa mãe me ajudaria a renascer.

Mnemósine realizou minha iniciação

E Morfeu me conduziu ao teu sonho, então.

Meu coração disparou ao te divisar ao longe.

Estavas bem perto de uma linda fonte,

A tocar tua lira tristemente...

Todo nosso amor ressurgiu em minha mente.

Corri, alegremente, ao teu encontro

E nos abraçamos com sofreguidão.

"Eros, quero sonhar os teus sonhos

E celebrar, para sempre, nossa união".

Abraçados ternamente,

Nossos corpos vibravam de desejo.

E tudo teve início, novamente,

A partir de um apaixonado beijo.

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Tristão e Isolda

Há muito tempo, em terras irlandesas,

Um romance aconteceu.

Um cavaleiro, uma princesa

E um amor que, a morte, venceu.

Um amor ardente e proibido,

Mas que deveria se eternizar.

O culpado foi o poderoso filtro

Que a mãe de Isolda decidiu preparar.

O filtro de um intenso amor

Que, com a distância, culminou em morte.

Pois a vida os separou

Cada um à própria sorte.

Mas na cruel agonia,

Após o último suspiro de Tristão,

Isolda, à morte, se entregaria

E seus corpos ficariam juntos, então.

Lado a lado, em um esquife de berilo

E outro de calcedônia feito,

Foram sepultados os fugitivos

Daquele amor que os velava em segredo.

Mas um arbusto frondoso cresceu,

Um espinheiro com flores perfumadas.

Os dois túmulos envolveu,

Como a ligar novamente as pessoas amadas.

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Eis a mais bela história já contada!

Uma história de amor e morte que atravessa gerações.

Dedicada a todas as almas enamoradas,

Esse romance encanta a todos os corações.

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Pranto amargurado de Isolda

Amo-te em silêncio, em solidão,

A escuridão vela o meu querer.

Os meus dias seguem na dura ilusão

De, por apenas um dia, nossa união renascer.

A paixão aprisionou minha alma,

Tornei-me cativa de teus encantos.

A cada dia, perco a paz e a calma...

Quão doloroso é o meu sufocado pranto!

A vida nos afastou,

Nosso encontro foi tardio...

O destino me castigou

E deixou-me o amargo vazio.

Volta, meu amado,

Para que eu morra nos braços teus.

Meu coração apaixonado

É e sempre será teu.

Oh, cruel paixão desesperada!

Perdi-me para sempre em teus caminhos...

Minha alma, pobre enamorada,

Não aceita nosso fatal destino!

Reluto, reluto e não consigo...

A paixão domina minhas forças.

Tanto amor, ternura, querer e carinho...

Ó Deus, por piedade, fazei que eu morra!

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Amado Tristão, eu já não consigo viver...

Como é triste a nossa sina!

Por não conseguir te perder,

A saudade me assassina.

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Fulminante Desejo

Impetuoso, devastador,

Fulminante, avassalador:

Assim é o nosso intenso desejo,

Que explode entre carícias e beijos.

Meu corpo atrai o teu,

Teu coração chama pelo meu.

Nossa respiração ofegante

Emana da sede incessante...

Dessa sede que arrebata os nossos sentidos...

Dessa sede que arrepia nossos corpos unidos...

Dessa sede que me leva a outro mundo percorrer...

Dessa sede que nos sufoca de tanto querer...

Ah, como quero estar junto de ti

E, entre gemidos e sussurros, te sentir!

Meu corpo vibra de saudade e de paixão,

Minha alma clama por nossa doce união.

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Paixão Insana

Minha paixão de outra vida, de outros tempos,

Teus braços são o meu doce alento.

Ficar sem ti é uma dor atroz

Que me consome, envenena e destrói.

Sem ti, o meu cantar tão tem sentimento.

Sem ti, o meu viver não tem poesia.

Sem ti, sofro o descontentamento

De não haver sentido para os meus dias.

Oh, doce amor que faz vibrar meu pensamento,

São teus, todos teus, os meus sentimentos.

Quero-te além da vida e do querer...

Quero, contigo, ser um único ser.

Um só ser, um mesmo desejo...

Fogo e calor no mesmo beijo.

Entrelaçados, para sempre, no Nirvana.

Extasiados e saciados por essa paixão insana.

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Minha Metade

Há tanto tempo eu buscava

Compreender o infinito...

Para as estrelas, eu olhava,

Mas nada fazia sentido...

Sentia-me metade,

Sem saber o porquê.

É uma saudade que invade

Meu corpo, minha alma, todo o meu ser.

Minha alma vagava errante,

Mergulhada em reminiscências,

E eu sentia uma dor dilacerante...

Intuitivamente, sentia tua ausência.

Conexões misteriosas surgiram

E te vi refletido nos versos meus.

Naturalmente, os sentimentos fluíram,

Revelando que o meu amor é o teu.

O mesmo amor, a mesma essência,

Mais do que uma simples coincidência.

Fui atraída por nossa paixão imortal,

Por nossa sintonia mágica e surreal.

Corações entrelaçados,

Almas sedentas.

Amor apaixonado,

Carícias plenas.

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Meu querer busca o teu,

Não há como fugir.

Sou tua e tu és meu,

Não podemos resistir.

Estás em meus pensamentos

E me guardas em teus sentimentos.

Há tempos, nosso destino foi traçado:

Nosso amor, atemporal, é revestido pelo sagrado.

Ainda que percorramos outros caminhos,

Sempre nos encontraremos no final.

As rosas são belas, mas têm espinhos.

Mas em nosso mundo, tudo é tão real ...

Amo-te, amo-te simplesmente...

Minha Metade, não te deixarei!

Leia meus pensamentos, entre em minha mente:

Foi por ti que eu sempre esperei.

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Ferida mortal

O sono me foge, a paz também...

Meu corpo arde de desejo.

Chamo-te, mas não vens...

Já não sei quando te vejo.

Ah... essa ânsia que me mata!

Ânsia por teu corpo, meu relicário.

A saudade fria me devasta...

Eu quero adentrar em teu santuário!

Ó Eros, feriste-me mortalmente,

Senti o penetrar de tua flecha ardente...

Deixaste uma alma aprisionada,

Eternamente sofrida e enamorada.

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Sonho ardente

Acordei de madrugada, pensando em nós.

Meu corpo suava, minha pele queimava.

Sentia tua presença, podia ouvir tua voz

A dizer que me desejas, que sou tua amada.

Fiquei a andar pelo quarto, ansiosa por te encontrar,

Mas Morfeu veio me abraçar novamente.

No mundo dos sonhos, consegui te tocar

E me entregar ao teu corpo ardente.

Nos beijamos com sofreguidão

E nossos corpos se entrelaçaram.

Em meu peito, senti bater teu coração

E, de prazer, nossos corpos se banharam.

Como te amo, homem da minha vida!

Sou tua de corpo, alma e essência.

Nossos corpos vibram na mesma harmonia,

Nossa poesia tem a mesma cadência.

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Sempre ao teu lado

Amor meu, de ti, jamais fico distante.

A correria do dia a dia nos rouba alguns instantes,

Mas a lua e as estrelas são nosso leito,

Onde posso repousar minha cabeça em teu peito.

Ó, amor, não sou indiferente.

Voltarei aos teus braços brevemente.

Quero te envolver com toda minha paixão

E sentir nossos corpos extasiados de emoção.

Amor, me guarda em tuas lembranças, por hora;

O dever é quem me chama agora.

Eu te levo sempre comigo, aonde eu for,

Pois tu és o dono do meu coração e meu único amor.

Amor, bem juntinhos, mataremos essa saudade

E, entre beijos sussurrantes e carícias inefáveis,

Nos entregaremos completamente, sem limites para amar.

Abraçados, ternamente, o amor brilhará em nosso olhar.

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Dolorosas Lágrimas

Essa angústia que invade a alma

E não me deixa ter paz...

Essa dúvida que me tira a calma

Como a me dizer que "Nunca mais..."

Ah, que dor no peito tão ardente de paixão!

Como dói descobrir que fui mais uma, apenas,

A ser enganada por uma atroz ilusão,

Que me ensinou que o amor não vale a pena!

Não vale a pena sonhar,

Não vale a pena fazer planos...

Não vale a pena se arriscar

Por um pesadelo que tem ares de encanto...

Não vale a pena, intensamente, se entregar,

Não vale a pena abrir a alma completamente...

Não vale a penar querer se encontrar

Para se perder e sofrer para todo o sempre.

Não vale a pena tentar,

O melhor mesmo é desistir.

É difícil, muito difícil relutar,

Quando o sentimento teima em persistir.

Mas o tempo ameniza a dor...

Ainda resta a profunda cicatriz.

Quanto desengano gera o amor

A um pobre coração infeliz!

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Era uma vez, um amor...

Era uma vez, um amor imortal,

Que refletia a lua num olhar apaixonado.

Nada existia de tão puro ou igual

Àquele amor tão almejado!

Nasceu intenso e ardente,

Mas logo se fez inocente...

Oh, tão belo e puro amor

Que emanava a todos carinho e fulgor!

Doce amor que acalentava os corações...

Doce amor que devolvia a esperança...

Doce amor que entoava canções

Para ninar as meigas crianças.

Era um amor tão lindo,

Que ninguém ousava desafiá-lo.

Mas, a vaidade veio surgindo

Para, enfim, derrotá-lo!

De nobre, passou a ser fugaz...

De puro, passou a ser devasso.

E a alma que o guardava perdia a paz,

Chorando a cada tortuoso passo.

E de imortal, o amor tornou-se comum...

Já não havia poesia nem encanto algum.

Restava apenas uma alma desconsolada

Que, por fim, viu sua pureza profanada...

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Oásis de Desejos

Nasci no deserto e nele vivo,

O calor do sol me fez ardente.

Não sei ao certo que caminho sigo,

Mas há em mim um amor latente.

Emana de meu peito o suave ardor

Que envolve minha alma por completo.

Sinto que ouves o meu clamor

E que, de mim, já estás perto.

Sigo a te buscar instintivamente

E encontro um oásis à minha frente.

Lanço-me nas águas refrescantes

E sinto teu toque flamejante.

Ardemos juntos no fogo da paixão,

Que entrelaça nossos corpos insaciáveis.

Sinto bater em meu peito o teu coração

E nos entregamos a delírios incontroláveis!

Espasmos, contrações, corpos a vibrar...

Beijos, carícias, abraços, almas a suspirar...

Teus olhos refletem a luz da eterna chama:

A chama que permanece nos olhos de quem ama.

Vês em meus olhos o amor refletido

E entendes o quanto nosso sentimento é recíproco.

Nos buscamos desde tempos imemoriais:

Ísis e Osíris nos tornaram imortais.

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Coração Mutilado...

Sinto-me tão triste, tão vazia...

Minha alma se esvai, não há mais poesia...

Ainda que distante, de um modo sobrenatural,

Sinto que há uma laço que não se rompe, pois é eternal.

Ah... quisera ter uma pedra em lugar de um coração!

Quisera mergulhar no Rio do Esquecimento!

Como me fere e me destrói essa terna paixão,

Como me gera profundo descontentamento!

Meu coração foi mutilado

E agora só bate desesperado...

Meu sangue está se tornando frio,

Sinto que minha alegria para sempre partiu...

Por quê? Meu Deus, por quê?

Arranca, Senhor, essa dor que me faz perecer!

Em tristeza e solidão sigo os meus dias...

Somente as dolorosas lembranças me fazem companhia...

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Meu amor segue contigo!

Meu amor segue contigo a cada passo que deres:

Na brisa suave, no canto do pássaros, nos raios solares...

Estarei contigo aonde quer que estiveres!

O vento levará meus beijos, sussurrando a ardente saudade.

Meu amor segue contigo, como a sombra segue a luz,

Em tudo o que fizeres, sentires ou disseres...

Estarei na sinfonia que o amor traduz,

Estarei em teus pensamentos, ainda que não me reveles.

Meu amor segue contigo

Ele é zeloso e infinito.

Cada sorriso espontâneo que receberes

Fará com que te lembres dele.

Meu amor segue contigo ternamente,

Tão puro quanto uma pequena criança...

Seguirei te amando eternamente

Alimentando, desse amor, a mais doce chama.

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Teu olhar

O destino traça certas linhas,

Que nem sempre são possíveis de compreender.

Mal sabia de onde vinhas

E nem imaginava o que podia acontecer.

Teu olhar envolvente

Cativou minha alma sensível.

Um carinho latente

Despertou o coração adormecido.

Teus olhos, escuros como a noite,

São magnéticos e enigmáticos.

Linda inspiração, tu foste,

Para os meus versos apaixonados.

Quero o reflexo de teus olhos nos meus,

Quero minha alma ligada à tua.

Quero meus versos nos poemas teus,

Quero pedrinhas de brilhante em nossa rua.

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Inefável Amor

És a doce inspiração de meus versos,

És o anjo que guarda a minha paixão.

Nossa sintonia é um mágico universo

Onde cada partícula vibra de contentamento e fascinação.

Em teu olhar, vislumbro meus desejos.

Em teu corpo, contemplo meu ardor.

Nossos versos se entrelaçam e se beijam,

Nossa poesia emana do inefável amor.

Sem ti, não vivo, não consigo sonhar.

Sem ti, sinto a morte a me chamar.

Ainda que distantes no espaço e no tempo,

O nosso terno amor é o meu valioso alento.

Anjo, amo-te acima de qualquer circunstância

E te trago sempre nas minhas lembranças.

Por ti e para ti brotam as minhas poesias,

A revelar que és o amor que eu tanto queria.

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Saberás que penso em ti

Saberás que penso em ti

Quando uma doce alegria, inexplicavelmente, surgir.

Saberás que penso em ti

Quando um ardente arrepio te invadir...

Sim, saberás que, em ti, estou a pensar,

Quando a saudade te sufocar.

Sempre que contemplares as estrelas a brilhar,

Te lembrarás de meu apaixonado olhar.

Quando perceberes os românticos casais nas ruas

E te encantares com a doce magia da lua,

Saberás que penso em ti

E que eu posso te sentir.

Quando adormeceres, mesmo que longe de meus braços,

Morfeu nos envolverá num mesmo laço,

Para sermos um do outro, novamente,

Pois pertenço a ti e tu, a mim, eternamente.

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Ah, se pudesses imaginar!

Ah, se pudesses imaginar

Como fico ao te ouvir falar...

Meu coração bate acelerado

E os meus olhos brilham enamorados.

Ah, se pudesses imaginar

O quanto desejo te amar...

Meu corpo arde desejando o teu,

A paixão inspira os versos meus.

Ah, se pudesses imaginar

O que vivo a sonhar...

Teus dias seriam todos felizes,

Não haveria dor, nem cicatrizes.

Ah, se pudesses imaginar

O quanto desejo me entregar...

Sei que já estarias aqui

E que viveríamos nosso amor sem fim.

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Eu confesso...

Eu confesso que me tornei refém

Desse sentimento que me leva além.

Eu confesso que fui arrebatada

Por essa sintonia apaixonada.

Sim, eu confesso, não há como negar,

Não posso esconder de mim que estou a te amar.

Eu confesso, sim, que é teu o meu coração

E que a minha vida, agora, está em tuas mãos.

Almas entrelaçadas e sedentas de amor,

Que percorreram por tantos caminhos

Sempre buscando o mesmo ardor

E que, antes, vagavam sem destino...

Oh, amor, o que mais quero

É contemplar nossa união.

Nosso amor é o doce mistério

Narrado em cada constelação.

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Meu amor por ti

Não existe distância para quem ama

E se deixa envolver pela doçura que emana.

Meu coração dispara quando te ouço falar,

Não consigo conter essa ânsia por te amar.

Sabes que sou tua na alma, na essência,

Pois nossa paixão é uma perfeita sintonia.

Vejo-te em minhas reminiscências

E, ouço em tuas palavras, uma divina sinfonia.

Anjo meu, surgiste para dar fim à minha solidão,

Tu me completas e carregas minha felicidade.

Nada nos separa, os obstáculos são ilusão,

Pois nosso amor ecoa desde a eternidade.

Posso te sentir a cada segundo

E compreender todos os teus sentimentos.

Nosso laço é mais profundo

E repleto de ternura e contentamento.

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Oferto a ti

Oferto a ti cada respirar,

Cada batida de meu coração.

Oferto a ti meu apaixonado olhar

E minha doce e ardente paixão.

Oferto a ti cada pensamento

E todos os versos de minha poesia.

Oferto a ti minha alma, meu universo

E cada um de meus dias.

Oferto a ti meus sonhos, minha felicidade.

Oferto a ti tudo o que tenho e o que sou.

Entrego-me completamente à tua vontade,

Vivo para dar sentido ao nosso amor.

Diferenças, tempo ou distância

Não afetam nossa conexão.

Nosso amor está além das circunstâncias,

Ele emana das ondas universais que deram origem à criação.

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Deixa-me te amar...

Deixa-me te amar, mesmo que à distância...

Esse sentimento é o que me traz alento.

Esse amor é imerso na esperança

De que sejas meu, ao menos por um momento.

Deixa-me te amar, mesmo que nas entrelinhas...

Guardo-te em meus pensamentos.

És a razão de minha poesia,

És o sentido do meu contentamento.

Deixa-me te amar para além do que é real ...

Minha alma sempre buscou a tua.

Nosso amor é puro e eternal,

Ele se reflete na beleza da lua.

Deixa-me, apenas, te amar...

Nada te pedirei em troca.

Não sei o onde, o como ou o lugar,

Mas sei que te amar é o que me importa.

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Não me diga adeus...

Não me diga adeus, por favor...

Não conseguirei suportar!

Deixarei de existir, se você se for ...

Minha vida, amargamente, vai se findar...

Não, não me diga esse triste adeus,

Nem destrua os sonhos meus...

Não me imagino sem seu amor,

Não poderei viver sem seu calor.

Não me diga adeus, meu amor,

Simplesmente parta sem olhar para trás...

Talvez um dia, escute o clamor

Dessa alma que o ama demais.

Só não me diga adeus,

Pois adeus significa abandono.

Meu amor é todo seu,

Você é o meu doce sonho.

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Sonhado encontro

Nosso encontro, na noite enluarada,

Despertou as reminiscências de almas apaixonadas.

Contemplar teu sorriso vindo em minha direção,

Foi como poder voar e alcançar a imensidão.

Meu coração disparou, ritmado pela ardente paixão.

Meus passos foram ao encontro dos teus.

Toquei teu rosto e beijaste suavemente a minha mão

E, num olhar fulminante, o ardor nos envolveu.

Como pétalas, as roupas caíram de mansinho...

Nossos corpos se atraíram mutuamente.

Ao longe, soaram os sinos,

Celebrando nossa união transcendente.

A lua e as estrelas foram nosso manto,

O campo florido foi nosso leito...

Nossos corpos se encaixaram como por encanto

E senti o teu coração bater sobre o meu peito.

Cada beijo é como sugar a essência

Desse doce e eterno amor que emana.

Sei que já fui tua em outras existências

E que é por ti que minha alma clama.

Amor meu, posso ver através das eras

O quanto foi longa e penosa nossa espera.

Mas, finalmente aconchegada em teus braços,

Quero fortalecer nosso infinito laço.

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Nos abraçamos com paixão,

Entrelaçados ardentemente.

Céus e terra celebraram nossa comunhão

Com uma chuva de estrelas cadentes.

Cada estrela representa nossos desejos

E nos faz superar os obstáculos e vencer os medos.

Contemplo a alegria no teu olhar

Com a certeza de que sempre iremos nos amar.

A noite passa,

Desponta a madrugada.

Nosso desejo não cessa...

Uma nova manhã desperta.

Continuamos em nossos carinhos,

Levando nosso amor a toda natureza.

Alegremente cantam os passarinhos,

Tudo em nossa volta irradia felicidade e beleza.

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Meu Doce Anjo

Como desejo acariciar teu rosto,

Contemplando teu reluzente olhar.

Quero te envolver com o meu corpo

E, com todo o meu ardor, te amar...

Doce anjo, dominas os meus pensamentos

E inspiras cada palavra, cada verso meu.

Quero ouvir tua voz a cada momento

E dizer que o meu coração é todo teu.

No silêncio ardente da madrugada,

Se encontram nossas almas enamoradas.

Entre sussurros, gemidos e desejos em combustão,

Sentimos o prazer escorrer e acelerar o coração.

Meu doce amor, meu doce anjo...

Vem me seduzir com o teu encanto.

Deixa-me ouvir tua doce voz

E mergulhar nessa magia que há em nós.

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Sem restrição

O amor não escolhe a hora

Para fazer pulsar um coração.

Tal sentimento não se ignora,

Ele deve ser vivido sem restrição.

O amor não tem limites,

Ele é puro, perfeito e livre.

Ele vive, mesmo que não seja correspondido.

Ele insiste, mesmo que seja proibido.

Ele inspira os que se amam

E traz o fogo da paixão.

Dois corpos que o mesmo ardor emanam

E que geram fulminante combustão.

Duas almas a vagar pela madrugada,

Buscando o mais doce alento.

Duas almas ternamente enamoradas,

Entrelaçadas de puro contentamento.

Dois amantes que não conseguem se deixar,

Delirando pelo intenso amor apaixonado.

Insanos e sedentos, querem tudo arriscar

Para viver o sentimento tão sagrado.

Versos que se tocam na esperança de preencher

Lacunas de desejos e segredos silenciados.

Um amor que, a cada despedida, vai renascer

Ainda mais forte, mais intenso, mais consagrado.

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Sombra de Estrelas

Olho para as estrelas do firmamento,

Sabendo que muitas delas já morreram.

Mas o brilho é tão puro e intenso,

Que a tua saudade me serve de alento.

Ainda irradia em mim o amor de outrora...

Ainda posso ver o brilho do teu olhar.

Tua ausência me consome, me devora...

Mas, ainda maior, é a vontade de te amar!

Vago pelos cantos, inquieta...

Há dias estou sem dormir.

No peito, há uma ferida aberta...

Essa dor que teima em me perseguir!

Do outro lado desse mundo real,

Procuro-te em nosso universo particular.

Onde estás, afinal?

Será que não me ouves te chamar?

Um calafrio invade minha alma de repente...

Sinto-me metade, desejo morrer.

Sei que vou te amar eternamente

E tenho a certeza de que vais me esquecer.

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Anjo, leva-me ao céu...

Doce anjo, meu sonho tão amado,

Que domina meu coração apaixonado,

Teus são todos os meus versos,

Nosso amor é o meu universo.

Doce anjo, que tem as asas da poesia,

Por ti, emana a minha terna alegria.

Tua voz me leva ao paraíso...

Eu desejo contemplar o teu sorriso.

Ó anjo, minha alma segue contigo,

Em meu coração, te levo comigo.

A cada momento, a todo instante,

O pensamento em ti é constante.

Ó anjo, quero sentir teus lábios de mel,

Vem, leva-me em teus braços até o céu!

Vem, estou a morrer com a dolorosa saudade

E com o silencioso vazio que me invade.

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Florescer do Amor

Assim como toda semente

Carrega em si a vida,

O amor brota imponente

Na alma que o abriga.

O amor cura e regenera,

Tudo em que ele toca prospera.

O amor persevera e sabe esperar,

O amor não fere nem pode machucar.

O amor retribui a si mesmo, sem pedir nada,

Pois a plenitude habita na alma enamorada.

O amor é fiel e leal,

O amor não causa mal.

O amor existe mesmo na solidão,

Pois a pessoa amada é guardada no coração.

O puro amor não pode ser profanado,

A alma enamorada é um templo consagrado.

O amor nunca tem fim,

Apenas se aperfeiçoa a cada obstáculo.

O amor é mesmo assim:

Dois corações no mesmo laço.

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O amor que te ofereço

Meu amor não cabe na métrica

Ele rima com o infinito

Meu amor emana da alma

É um poema que eu te dedico

Meu amor é puro e suave

Como as pequenas gotas de orvalho

É como uma rosa que se abre

Para receber os solares raios

É como o doce olhar das crianças

É como a doce brisa do mar

É como o tesouro que se guarda na lembrança

É como o coração feliz a pulsar

Ele busca a eternidade

A felicidade e o paraíso

Pois somos uma só carne

E para sempre seguirei contigo