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INFECÇÃO DE PELE E PARTES MOLES Silvia Castro Caruso Christ Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo

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Page 1: INFECÇÃO DE PELE E PARTES MOLES Silvia Castro Caruso Christ Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Hospital do Servidor Público Estadual de São

INFECÇÃO DE PELE E PARTES MOLES

Silvia Castro Caruso ChristHospital Beneficência Portuguesa de São PauloHospital do Servidor Público Estadual de São Paulo

Page 2: INFECÇÃO DE PELE E PARTES MOLES Silvia Castro Caruso Christ Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Hospital do Servidor Público Estadual de São

Classificação• Primárias = sem porta de entrada aparente• Secundárias = complicações de lesões de pele (feridas, lesões

abrasivas ou traumas)

• Agudas = duram poucos dias• Crônicas = duram meses ou anos

• Monomicrobianas = um agente etiológico• Polimicrobianas = variedade de agentes etiológicos

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Erisipela

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Erisipela• Infecção da derme e epiderme, vasos linfáticos superficiais

• Dor, hiperemia, edema e aumento da temperatura local

• Lesões elevadas com clara diferenciação entre a área acometida e a pele de aspecto normal

• Casos mais graves = linfangite, linfonodomegalia regional, vesículas, bolhas e petéquias

• Lesão extensa = febre e sinais de sepse

Page 5: INFECÇÃO DE PELE E PARTES MOLES Silvia Castro Caruso Christ Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Hospital do Servidor Público Estadual de São

Erisipela

Diagnóstico clínico!

• Exames complementares = apenas em casos graves• Hemograma, proteína C reativa• Hemoculturas (2 amostras) se febre = positiva em 5% dos

casos• USG = afastar coleções

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Erisipela

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Erisipela

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Erisipela

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Celulite

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Celulite• Infecção profunda que compromete derme, epiderme e tecido

celular subcutâneo

• Não há distinção entre a pele saudável e a afetada • Dor, hiperemia, edema e calor local

• Casos graves = linfangite, linfonodomegalia regional, vesículas, bolhas e petéquias

• Lesões extensas = febre e sinais de sepse

Page 11: INFECÇÃO DE PELE E PARTES MOLES Silvia Castro Caruso Christ Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Hospital do Servidor Público Estadual de São

Celulite

Diagnóstico clínico!

• Exames complementares = apenas em casos graves• Hemograma, proteína C reativa• Hemoculturas (2 amostras) se febre = positiva em 5% dos

casos• USG = afastar coleções

Page 12: INFECÇÃO DE PELE E PARTES MOLES Silvia Castro Caruso Christ Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Hospital do Servidor Público Estadual de São

Celulite

Page 13: INFECÇÃO DE PELE E PARTES MOLES Silvia Castro Caruso Christ Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Hospital do Servidor Público Estadual de São

Erisipela X Celulite

Fatores predisponentes

• Obesidade • Insuficiência venosa e arterial• Edema linfático• Trauma local• Eczema ou outra dermatite • Micose interdigital• Imunodepressão • Infecções cutâneas de repetição

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Erisipela X Celulite

Na prática...

Diagnóstico diferencial difícil !

Celulite• Geralmente

associada a uma porta de entrada (ferimento)

• Estado geral mais comprometido

• Febre • Edema, não

linfedema

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Fasceite Necrotizante

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Fasceite necrotizante • Infecção com necrose do tecido celular subcutâneo e da fáscia

muscular

• Pode ocorrer comprometimento da musculatura adjacente (mionecrose)

• Dor muito intensa, geralmente desproporcional à lesão da pele

• Sepse grave = mais frequente

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Fasceite necrotizante

Exames complementares:

• Hemograma, proteína C reativa• Hemoculturas • Rx simples = presença de ar em partes moles • RNM = diagnóstico precoce

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Etiologia e TratamentoInfecção Etiologia Tratamento de

escolhaAlternativas

Erisipela Streptococcus do grupo A (pyogenes) e eventualmente os do grupo C e G

Penicilina cristalina 0,5 a 4 milhões U EV 4/4 horas OU Amoxicilina 500mg VO 8/8 horas

Clindamicina

Celulite Staphylococcus aureus e Streptococcus do grupo A (pyogenes)¹

Oxacilina 2,0g a 3,0g EV 6/6 horas OU Cefalotina 1,0g a 2,0g EV 6/6horas OU Cefalexina 1,0g VO 6/6 horas

Clindamicina

Fasceite necrotizante*

Streptococcus do grupo A, C e G, S. aureus, Enterobacterias, (E. coli, Enterobacter, Klebsiella, Proteus), Bacteroides e Peptostreptococcus sp, Clostridium perfringens

Ampicilina/Sulbactam 1,5 a 3,0g EV 6/6 horas OU Piperacilina/Tazobactam 4,5g EV 8/8 horas OU  Ertapenem 1,0g EV 1x/dia Limpeza cirúrgica ampla

Clindamicina + Ciprofloxacina  

* Tratamento precoce

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Etiologia e Tratamento

• Esquemas menos apropriados

• Ciprofloxacina

• Ação deficiente sobre estreptococos • Resistência em S. aureus• Reservar para osso ou superinfecção

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Tratamento• Repouso

• Melhorar drenagem linfática• Elevação do membro

• Avaliação da Cirurgia Vascular

• Tratamento das lesões de porta de entrada.

• Erisipela de repetição = profilaxia controversa: Penicilina G benzatina a cada 21 dias

Page 21: INFECÇÃO DE PELE E PARTES MOLES Silvia Castro Caruso Christ Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Hospital do Servidor Público Estadual de São

Outras

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Outras • Impetigo = lesões indolores eritematosas, acompanhadas

de lesões pustulares ou bolhosas

• Foliculite = pápulas e pústulas centradas por pêlo com discreta hiperemia ao redor

• Furúnculos = nódulos inflamatórios, dolorosos e profundos que se desenvolvem a partir da foliculite, que evoluem para drenagem espontânea de material purulento

• Furunculose = furúnculos de repetição

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Outras• Diagnóstico clínico !

• Exames complementares = geralmente não há necessidade

• Gram e cultura das lesões = punção

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Outras

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Etiologia e TratamentoInfecção Etiologia Tratamento de

escolhaAlternativas

Impetigo Streptococcus do grupo A, Staphylococcus aureus

Penicilina G benzatina OU Cefalexina 500mg VO 6/6 horas por 7-10 dias

Sulfametoxazol/Trimetoprim OU Clindamicina

Foliculite Staphylococcus aureus, Enterobactérias, Pseudomonas aeruginosa, Candida sp e Malassezia furfur

Cuidados locais   

Se houver celulite ou abscesso local: antibioticoterapia + drenagem SN

Furunculose Staphylococcus aureus

Cuidados locais e de higiene (roupas de cama e vestimentas) +Cefalexina 500mg a 1,0mg VO 6/6 horas por 7-10 dias

Sulfametoxazol/Trimetoprim OU Clindamicina

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Úlceras crônicas

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Úlceras Crônicas• Etiologia: venosa ou isquêmica

• Aspecto inflamatório circundante: comum

• Sinais sugestivos de infecção = secreção purulenta, área extensa de hiperemia com calor local, febre e aparecimento de nova região de necrose

• Ação de antimicrobianos quando não há sinais adicionais de infecção: nenhuma

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Úlceras crônicas

Culturas = diagnóstico etiológico e não de infecção

• Coleta somente se suspeita de infecção = tecido profundo, com técnica asséptica

• Coleções = punção

• Habitualmente positivas = não indicativas de tratamento = Colonização X Infecção

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Úlceras Crônicas

A escolha do tratamento varia:

• Localização da lesão (sacral e não sacral)• Internação recente• História de uso prévio de antibiótico• Tempo de evolução

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Etiologia e TratamentoInfecção Etiologia Tratamento

Úlcera sacral Polimicrobiana pela proximidade da região perianal bacilos Gram negativo,

anaeróbios e Enterococos

Sem antibiótico ou internação recente: Ampicilina-sulbactam ou a combinação de

ceftriaxona com metronidazol ou clindamicina

Antibiótico ou internação recente:

Ertapenem ou tigeciclina

Complicação intra-hospitalar: Piperacilina-tazobactam ou imipenem ou

meropenem

Úlcera não sacral Bactérias oriundas da pele: Streptococcus e Staphylococcus sp

Sem antibiótico ou internação recente: Oxacilina EV ou

Clindamicina ou Ampicilina-sulbactam

Antibiótico ou internação recente:

Julgar risco para MRSA

Complicação intra-hospitalar: Vancomicina ou Teicoplanina ou

Tigeciclina ou Linezolida

> Tempo de evolução = > agentes colonizantes

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Tratamento

• Avaliar necessidade de desbridamento cirúrgico

• Curativos

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Pé Diabético

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Pé Diabético

• Infecções geralmente polimicrobianas e necrotizantes

• Classificação:

0 = Sem úlcera1 = Úlcera não ultrapassando a derme2 = Exposição de tendão ou articulação3 = Exposição óssea com ou sem osteomielite4 = Gangrena seca ou úmida, com ou sem celulite5 = Gangrena extensa

Page 34: INFECÇÃO DE PELE E PARTES MOLES Silvia Castro Caruso Christ Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Hospital do Servidor Público Estadual de São

Pé Diabético

Page 35: INFECÇÃO DE PELE E PARTES MOLES Silvia Castro Caruso Christ Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Hospital do Servidor Público Estadual de São

Pé Diabético

Page 36: INFECÇÃO DE PELE E PARTES MOLES Silvia Castro Caruso Christ Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Hospital do Servidor Público Estadual de São

Pé Diabético

A escolha do tratamento varia:

• Gravidade do quadro

• História de uso prévio de antibiótico

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Pé Diabético

• Alterações do fluxo arterial = microangiopatia

• Infecção• Alteração da circulação local• Necrose e tecidos desvitalizados

• Concentração máxima e meia vida tecidual prejudicadas !

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Tratamento cirúrgico

• Melhorar vascularização

• Reduzir carga bacteriana• Drenagem de coleções• Retirada de tecidos desvitalizados• Limpeza

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Etiologia e TratamentoFatores modificantes Agentes habituais Esquemas sugeridos Alternativas

Sem hospitalização ou antimicrobianos recentes

E. coli , Klebsiella, Proteus sp, estreptococos, estafilococos, B.fragilis

Clindamicina associada à cetriaxona ou Amoxicilina+Clavulanato

Ampicilina-sulbactam, moxifloxacina

Hospitalização ou antimicrobianos recentes

Anteriores mais gram-negativos produtores de ESBL; eventualmente MRSA

Ertapenem Tigeciclina

Superinfecção hospitalar

Anteriores mais MRSA e Pseudomonas aeruginosa

Cobertura para gram-positivos: vancomicina

Teicoplanina ou daptomicina ou linezolida

Cobertura para gram-negativos e anaeróbios: Piperacilina-tazobactam

Imipenem ou meropenem, ou associação de metronidazol com cefepima ou ceftazidima

Casos leves: tratamento ambulatorial com ATB VO

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Duração do tratamento• A duração depende de:

• Resposta clínica e aspecto local• Necessidade e agressividade do tratamento cirúrgico• Presença de osteomielite

• Não depende de:• Tempo estabelecido• Agente etiológico

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Duração do tratamento

• Sem osteomielite• 10-14 dias• Desaparecimento da celulite• Clareamento da secreção• Ferida limpa

• Com osteomielite• 3 a 10 semanas

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Infecção após Mordeduras

Page 43: INFECÇÃO DE PELE E PARTES MOLES Silvia Castro Caruso Christ Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Hospital do Servidor Público Estadual de São

Infecção após Mordeduras

• Tipos de lesão: puntiforme e lacerações

• Mordedura cão: infecção secundária > 40%, > 24 horas• Mordedura gato: infecção secundária > 50%, < 12 horas

• Principais síndromes: celulite, abscesso, artrite séptica, osteomielite, sepse e adenopatia

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Etiologia e TratamentoInfecção Etiologia Tratamento de

escolhaAlternativas

Mordedura de cão Pasteurella sp, Capnocytophaga sp, Staphylococcus sp e

outras bactérias (Gram negativo)

Ampicilina-sulbactam ou amoxicilina-clavulanato

por 5 dias(ou mais se celulite extensa)

Doxiciclina

Mordedura de gato Pasteurella sp, Bartonella sp

Ampicilina-sulbactam ou amoxicilina-clavulanato por 5

dias (ou mais se celulite extensa)

Doxiciclina

Page 45: INFECÇÃO DE PELE E PARTES MOLES Silvia Castro Caruso Christ Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Hospital do Servidor Público Estadual de São

Profilaxia Raiva• Lavagem do ferimento com água corrente abundante e

sabão

• Evitar suturas = aumenta o risco de infiltração do vírus nas terminações nervosas = indicada se houver risco de comprometimento funcional, estético ou de infecções

• O soro anti-rábico, quando indicado, deve ser infiltrado no local ferido uma hora antes da sutura

http://www.pasteur.saude.sp.gov.br/informacoes/manuais/manual_4/norma_07.htm#7-1

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Profilaxia RaivaCondição do animal

Desaparecido Desaparecido Animal sadio Área de raiva controlada

Animal sadio Área de raiva não controlada

Animal sadio Área de raiva não controlada

Animal com sinais suspeitos de raiva**

Natureza da lesão

Grave Leve Leve / Grave

Leve Grave Leve / Grave

Conduta Soro + vacinação

Vacinação Observação 10 dias*

Observação 10 dias*

Vacinação 3 doses e observar 10 dias*

Soro + vacinação

* Se a observação clínica não for possível, ou o animal desaparecer antes do término do prazo (10 dias), o paciente deve receber tratamento profilático.

** O animal deve ser submetido à eutanásia e seu encéfalo (inteiro ou fragmentos) deve ser encaminhado para análise laboratorial.

http://www.pasteur.saude.sp.gov.br/informacoes/manuais/manual_4/norma_07.htm#7-1

Page 47: INFECÇÃO DE PELE E PARTES MOLES Silvia Castro Caruso Christ Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Hospital do Servidor Público Estadual de São

Infecção após trauma

Page 48: INFECÇÃO DE PELE E PARTES MOLES Silvia Castro Caruso Christ Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Hospital do Servidor Público Estadual de São

Etiologia e Tratamento

Infecção Etiologia Tratamento de escolha Alternativas

Infecção após trauma * S. aureus Oxacilina 2,0g a 3,0g EV 6/6 horas OU Cefalotina 1,0g a 2,0g EV 6/6horas OU Cefalexina 1,0g VO 6/6 horas

Clindamicina

* Tratar como celulite

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• Após feridas contusas (politrauma), laceradas, perfurantes (pregos, vidros), feridas por arma branca ou de fogo, queimaduras e fraturas expostas

• Ferimentos de menor risco: superficiais, limpos, sem presença de corpo estranho e/ou tecidos desvitalizados

• Ferimentos de maior risco: extensos e/ou profundos, sujos, com presença de corpo estranho e/ou tecidos desvitalizados

Profilaxia Tétano

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Limpeza eDesbridamento da ferida

+Reforço da Vacina

Limpeza e Desbridamento da

ferida+

SAT +

Vacina (3 doses ou reforço)

SIM NÃO/ DESCONHECIDO

≥3 doses de vacina

antitetânica há mais de 5

anos

Profilaxia Tétano

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Critérios para Internação

• Infecção complicada ou extensa com necessidade de antibioticoterapia sistêmica e/ou drenagem cirúrgica

• Sinais de sepse

• Presença de complicações ou sinais de gravidade, como confusão mental, hipotensão, descompensação de comorbidades e suspeita de fasceite necrotizante

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Obrigada

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